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O líder e as fases do Trabalho em equipe

Em sua caminhada, o Líder terá muitas vezes que formar equipes e se relacionar em
grupo. Apesar de preparar o ser humano para todas as situações em que um líder vai se
deparar, é de grande interesse ressaltar que esse encargo é, na maioria dos ensejos, o que
mais caracteriza a liderança, ou seja, a formação e condução de uma equipe.
Como o assunto é vasto em extremo, pode-se criar um tema específico para outro livro
(e realmente já existem até conceituados cursos sobre a matéria).
Na intenção de ajudar os futuros líderes, mas sem aprofundar em demasia, para nao
perder o foco, serão expostas, a seguir, quatro fases conhecidas do processo de
formação de equipes.
Essa apresentação visa deixar claro para o leitor que alguns resultados são esperados,
que não existem motivos para desalento quando se defrontar com as variações de
comportamento dos integrantes de sua equipe.
Uma equipe de trabalho, passa por momentos razoavelmente previsíveis. Na maior parte
das vezes, não é possível a separação exata de cada um deles. Vejamos quais são:

Início ou Formação

Nesse momento os integrantes da equipe estudam, o comportamento dos demais e as


atitudes adequadas ao grupo. Este é um período onde o individual começa a pensar no
coletivo.
É normal, nessa fase, que o progresso do grupo em direção ao objetivo seja pequeno ou,
até mesmo, nenhum, já que diversos fatores desviam a atenção das pessoas.
Na formação da equipe, o Líder poderá contar com maior entusiasmo por parte de seus
colaboradores já que são apresentadas expectativas voltadas para resultados
determinados e é grande o orgulho dos integrantes por terem sido escolhidos para
participar de um projeto.
Em contrapartida, a empatia da equipe é imediata, porém simulada e existe, também,
medo e ansiedade em relação ao futuro trabalho.
Será o momento de tentar definir tarefas e as melhores formas de realização das
mesmas.
O grupo questionará o comportamento individual e o modo de solucionar as questões.
O Líder, terá que atuar, decidindo, principalmente, sobre informações a serem coletadas,
intermediando discussões muitas vezes abstratas sobre conceitos, indícios de problemas,
problemas não pertinentes ao objetivos do grupo e, contornando a impaciência de
alguns componentes com essas discussões demonstrada em reclamações contra os
obstáculos às tarefas.

Turbulência

Nesse período os integrantes observam que as tarefas são diferentes do imaginado e


tornam-se irritadiços, implicantes ou muito detalhistas.
Por diversos motivos é quando se torna mais claro o sentimento de impaciência e
desunião, inclusive com tentativas nao declaradas de demonstração de poder.
Como os membros utilizam suas experiências pessoais para interpretação de soluções e
de ações, muitos resistem a qualquer necessidade de colaboração dos outros membros
da equipe e fazem-se notar: resistências às tarefas e às abordagens diferentes daquelas
que cada um está acostumado a usar; variações de comportamento em relação ao grupo
e às expectativas iniciais; discussões; atitudes defensivas e competitivas; contestação do
bom senso dos que escolheram os outros membros da equipe; preocupação com o
excesso de trabalho; tensão crescente e ciúmes

O Líder não pode se abater em momento algum. Por incrível que pareça, nesse
momento a equipe está começando a se entender

Estabelecimento de Regras

Na tentativa de conseguir a harmonia e já partilhando problemas pessoais os indivíduos


começam a discutir a dinamica da equipe. O senso de coesão e o espírito de metas torna
o grupo mais unido e o estabelecimento de regras cria as fronteiras do permitido e do
nao permitido. A capacidade de criticar construtivamente é estabelecida e começam a
aparecer resultados positivos.
Durante este estágio, os membros harmonizam lealdades competitivas com
responsabilidades. Aceitam a equipe, as regras básicas (ou “normas”), seus papéis e a
individualidade dos companheiros. O conflito emocional é reduzido à medida que as
relações, anteriormente competitivas, tornam-se mais cooperativas.

À medida que os membros da equipe começam a resolver suas diferenças, passam a ter
mais tempo e energia para despender em suas atividades e projetos. Desta forma podem,
finalmente, começar a apresentar progressos significativos.
O Líder auxilia, coordena e orienta, predominantemente.

Sincronia
Através da percepção quanto aos processos de trabalho individual e grupal e da melhor
compreensão dos pontos fortes e fracos de cada um, a equipe torna-se eficaz e coesa.
Ao chegar a este estágio, a equipe já definiu seu relacionamento e expectativas e já se
mostra uma unidade eficaz e coesa. Finalmente os membros descobrem e aceitam os
pontos fortes e pontos fracos uns dos outros e já aprenderam seus papéis. Pode-se saber
quando a equipe atinge este estágio pela quantidade de trabalho que começa a ser
produzido.
Apesar de os indivíduos apresentarem um forte apego à equipe e capacidade de evitar
ou lidar com problemas do grupo o Líder tem que estar sempre atento e nessa fase
procurar coordenar e e estar procurando sempre melhorias, aproveitando a sinergia do
grupo.
A duração e intensidade desses estágios variam de equipe para equipe. A compreensão
desses estágios de crescimento evitará a reação exagerada aos problemas normais, e que
sejam criadas expectativas irrealísticas, que somente aumentam as frustrações.

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