1) A inflação das famílias mais pobres subiu 0,38% em agosto devido ao aumento dos preços dos alimentos, enquanto a faixa de renda mais alta registrou deflação de 0,10% com a queda dos preços dos serviços.
2) No acumulado do ano, a inflação das famílias muito pobres é de 1,5% contra uma retração de 0,07% para os mais ricos.
3) As diferenças nas cestas de consumo explicam a divergência, com os mais pobres gastando
1) A inflação das famílias mais pobres subiu 0,38% em agosto devido ao aumento dos preços dos alimentos, enquanto a faixa de renda mais alta registrou deflação de 0,10% com a queda dos preços dos serviços.
2) No acumulado do ano, a inflação das famílias muito pobres é de 1,5% contra uma retração de 0,07% para os mais ricos.
3) As diferenças nas cestas de consumo explicam a divergência, com os mais pobres gastando
1) A inflação das famílias mais pobres subiu 0,38% em agosto devido ao aumento dos preços dos alimentos, enquanto a faixa de renda mais alta registrou deflação de 0,10% com a queda dos preços dos serviços.
2) No acumulado do ano, a inflação das famílias muito pobres é de 1,5% contra uma retração de 0,07% para os mais ricos.
3) As diferenças nas cestas de consumo explicam a divergência, com os mais pobres gastando
alimentos e a dos mais ricos cai, diz Ipea No ano, o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda para as famílias muito pobres acumula alta de 1,5%. (John Lambeth/Pexels) A inflação dos alimentos e a deflação dos serviços, em meio à recessão provocada pela pandemia de Covid-19, levaram o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda de agosto a ratificar uma pressão inflacionária maior para as famílias mais pobres.
Em agosto, enquanto a taxa de inflação das famílias mais pobres
apontou alta de 0,38%, a faixa de renda mais alta registrou uma deflação de 0,10%, informou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta segunda-feira, 14.
No ano, o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda para as
famílias muito pobres acumula alta de 1,5%. Para os mais ricos, há retração de 0,07% no índice.
As diferenças nas composições das cestas de consumo, entre as
famílias muito pobres e as famílias mais ricas, explica a diferença. Especialmente quando se leva em conta as quantidades, além do preço, os muito pobres gastam, relativamente, mais com alimentos e menos com serviços. Já os mais ricos gastam mais, também relativamente, com serviços.
“Evidencia-se uma pressão altista vinda dos alimentos no domicílio
– que formam o grupo de maior peso na cesta de consumo das famílias mais pobres – e uma queda nos preços dos serviços, cujo alívio é bem mais intenso sobre o orçamento das famílias mais ricas”, diz um trecho do relatório do Ipea.
O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda decompõe o IPCA
por faixas de renda. A faixa mais pobre tem renda domiciliar abaixo de R$ 1.650,50 mensais por família. A faixa mais rica tem renda domiciliar acima de R$ 16.509,66 mensais por família.
Segundo o Ipea, enquanto a inflação dos alimentos voltou a se
acelerar em agosto, os descontos dados por creches e escolas particulares por causa da pandemia contribuíram para derrubar ainda mais o índice de serviços. O preço das mensalidades escolares é exemplo típico de item que afeta mais os orçamentos dos mais ricos, já que as famílias mais pobres, tipicamente, não gastam com mensalidades, pois recorrem ao ensino público.
“A retração no valor das mensalidades das creches (-7,7%) e das
escolas de ensino fundamental (- 4,1%) e médio (- 2,9%) gerou um alívio maior sobre o orçamento da população de renda mais alta, pois é esse segmento que, majoritariamente, utiliza os serviços privados de educação”, diz o relatório do Ipea.