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“coração” deste livro!

Leia atentamente e ao término de


cada subitem resuma em poucas palavras o que você en-
tendeu. Com toda certeza vai ajudá-lo na formulação de
conceitos e domínio do vocabulário necessário ao profis-
sional da área. Avante!

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4.1 Segurança nas atividades
extra-empresa

Para abordar o tema de segurança em ativida-


des extra-empresa cabe lembrar que, de acordo com
a CLT em seu artigo 2°, é considerado empregador
aquela empresa, individual ou coletiva, que assume os
riscos da atividade econômica, assalariando e dirigin-
do a prestação de serviços. Em seu artigo 3°, a CLT
determina que empregado é pessoa física que presta
serviços ao empregador, de modo não eventual, sob
dependência do empregador e recebe salário.
A NR1 – Disposições Gerais tem sua base ju-
rídica nos artigos 154 a 159 da CLT. Os items 1.7 e
1.8 da NR1 (BRASIL, 1978) apresentam as exigências
relativas ao empregador e ao empregado quanto à se-
gurança e medicina do trabalho, a saber:

1.7 Cabe ao empregador:


a)cumprir e fazer cumprir as disposições legais e re-
gulamentares sobre segurança emedicina do trabalho;
b)elaborar ordens de serviço sobre segurança e saú-
deno trabalho, dando ciência aosempregados por
comunicados,cartazes ou meios eletrônicos;
c)informar aos trabalhadores:
I.os riscos profissionais que possam originar-se noslo-
cais de trabalho;
II.os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medi-
das adotadas pela empresa;
III.os resultados dos exames médicos e de exames
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complementares de diagnóstico aos quais os próprios
trabalhadores forem submetidos;
IV.os resultados das avaliações ambientais realizadas-
nos locais de trabalho.
d)permitir que representantes dos trabalhadores acom-
panhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamen-
taressobre segurança e medicina do trabalho;
e)determinar procedimentos que devem ser adotados
emcaso de acidente ou doençarelacionada ao trabalho.
1.8Cabe ao empregado:
a)cumprir as disposições legais e regulamentares sobre
segurança e saúde do trabalho, inclusive as ordens de-
serviço expedidas pelo empregador;
b)usar o EPI fornecido pelo empregador;
c)submeter-se aos exames médicos previstos nas Nor-
mas Regulamentadoras - NR;
d)colaborar com a empresa na aplicação das Normas
Regulamentadoras - NR;
1.8.1Constitui ato faltoso a recusa injustificada do em-
pregado ao cumprimento do disposto no item anterior

As exigências relativas ao empregador eviden-


ciam suas responsabilidades e orientações de seguran-
ça e medicina do trabalho que devem ser cumpridas
nos locais de trabalho, dentro ou fora das instalações
da empresa. Quanto aos empregados, a NR1 apresen-
ta suas obrigações e informa que o não cumprimento
das exigências de segurança e medicina do trabalho es-
tabelecidas pelo empregador são passíveis de punição.
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À empresa cabe determinar medidas de contro-
le em conformidade com a legislação vigente para as
diferentes situações de trabalho que apresentem risco
aos trabalhadores. Além da determinação das medidas
de controle, cabe à empresa orientar seus empregados
e exigir que estes cumpram todas as orientações deter-
minadas pelo empregador. Dentre as possíveis manei-
ras de orientação ao trabalhador, a Ordem de Serviço,
definida na NR1, é uma delas. Podem ainda ser men-
cionados treinamentos, reuniões, por exemplo.
As ordens de serviço constituem a formalização
por parte da empresa quanto ao cumprimento das exi-
gências relativas à segurança e medicina do trabalho,
pois, tendo identificado os riscos presentes na ativi-
dade de um determinado trabalhador, tendo defini-
do medidas de controle para os riscos identificados,
o empregador apresenta este cenário ao empregado
de modo a orientá-lo quanto ao desenvolvimento de
suas atribuições, atendendo as exigências de segurança
e medicina do trabalho. Caracteriza-se também como
documento e, assim, deve uma cópia deste ser arquiva-
da na empresa e outra com o funcionário que atua na
atividade ou tarefa apresentada na Ordem de Serviço.
A Ordem de Serviço deve conter, no mínimo:

,- Justificativa legal de obrigatoriedade, conforme NR1


– item 1.7 – letra b;
- Data de criação ou revisão do documento;
- Data de emissão do documento;
- Cargo ou função do funcionário. Recomenda-se a
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indicação do CBO (Cadastro Brasileiro de Ocupações;
- Descrição detalhada da função;
- Riscos ocupacionais aos quais o funcionário fica ex-
posto na função (riscos físicos, químicos, biológicos,
ergonômicos e de acidentes);
- Medidas de controle adotadas pela empresa, especi-
ficando: 1) equipamento de proteção coletiva existen-
te no setor/local de trabalho da função analisada, 2)
equipamento de proteção individual obrigatório para
a função analisada;
- Orientações relativas às ações a serem adotadas, em
caso de acidente do trabalho;
- Embasamento legal justificando a obrigatoriedade de
cumprimento da Ordem de Serviço pelo empregado;
- Outras observações que o empregador julgue impor-
tantes;
- Declaração do empregado apresentando ciência do
conteúdo da Ordem de Serviço e seu comprometi-
mento quanto ao cumprimento da mesma;
- Data, nome, registro e função do funcionário e sua
assinatura.

No que diz respeito ao embasamento legal da Or-


dem de Serviço, o empregador pode incluir os itens
1.7, 1.8 e 1.8.1 da NR1, pois, além de informar, pro-
moverá a educação do trabalhador, em virtude de o
conteúdo dos itens apresentar tanto as exigências rela-
tivas ao empregador como ao empregado.
É muito importante que as orientações constantes
na Ordem de Serviço sejam claras e objetivas. Como
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exemplo, pode-se citar no caso de obrigatoriedade de
um determinado EPI, que este esteja indicado, como:
proteção respiratória – máscara panorâmica com filtro
químico. Com relação ao exemplo, informações apre-
sentadas de modo generalizado, como a expressão
proteção respiratória, não garantem a objetividade das
orientações relativas às medidas de controle estabele-
cidas na Ordem de Serviço, podendo ser mal entendi-
das pelo empregado e questionadas por uma possível
fiscalização..
Embora na norma esteja indicado que a ciência aos
empregados deve ocorrer por comunicados, cartazes ou
meios eletrônicos, a inclusão do nome do funcionário
que desempenha a função e sua assinatura registra que
este tem ciência do teor do documento. Podem, ain-
da, ser desenvolvidos treinamentos, reuniões ou outros
recursos educativos para explicitar ao funcionário suas
obrigações relativas à segurança e medicina do trabalho
que compõem a Ordem de Serviço.
Apresentadas as responsabilidades dos emprega-
dores e empregados, fica bastante fácil entender como a
segurança em atividades extra empresa pode ser condu-
zida. A Ordem de Serviço vai apresentar ao empregado
as medidas de controle que deverão ser seguidas e que
foram resultado de programas obrigatórioscomo Pro-
grama de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), es-
tabelecido pela NR9, das recomendações apresentadas
pela Análise Ergonômica do Trabalho (AET), estabele-
cida pela NR17, ou de outros programas não obrigató-
rios e desenvolvidos pelo empregador que possibilitam,
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por exemplo, gerenciar os riscos com o objetivo de pre-
venir acidentes de trabalho, garantir a integridade dos
funcionários e da produtividade.
Considerando-se o conteúdo da Ordem de Servi-
ço, esta deve ser revisada periodicamente ou quando
houver alterações nas tarefas que integram a função
identificada na mesma com o propósito de efetiva-
mente orientar o empregado em sua atuação profissio-
nal, atendendo às exigências de segurança e medicina
do trabalho.

4.2 Sistema de proteção


coletiva e equipamentos de
proteção individual

No cumprimento da legislação de saúde e segu-


rança para prevenir acidentes de trabalho e doenças
ocupacionais, a empresa deve implantar medidas de
controle para os riscos existentes no local de trabalho
ou àqueles que poderão vir a existir. Dentre as possí-
veis medidas, encontram-se as soluções técnicas que
empregam sistemas ou equipamentos de proteção co-
letiva (EPC) ou aquelas que adotam os equipamentos
de proteção individual (EPI).
Os equipamentos de proteção coletiva (EPC) são
dispositivos ou sistemas, fixos ou móveis, cuja abran-
gência é coletiva e destinam-se a preservar a saúde e
integridade física do trabalhador. Os equipamentos de
proteção individual (EPI) são dispositivos ou produ-
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tos de uso individual, utilizados pelos trabalhadores,
protegendo-os de riscos que possam ameaçar sua saú-
de e segurança.
O profissional de segurança deve privilegiar e re-
comendar, preferencialmente, sistemas coletivos de
proteção os quais, quando bem projetados, eliminam os
perigos e consequentes riscos de exposição a fontes de
energias, como ruído, vibração, radiação, temperaturas
extremas, partes rotativas e toda e qualquer condição
ambiente de perigo, eliminando o uso de equipamentos
de proteção individual que, de certa forma, causam des-
conforto ao trabalhador. Lembrar sempre que o equi-
pamento de proteção individual (EPI) apenas neutraliza
a exposição ao agente perigoso, ou seja, o evento peri-
goso permanece presente.
Como exemplos de EPC, podemos citar: sistemas
de ventilação ou exaustão para ambientes com aero-
dispersoides, gases ou vapores, sistema de detecção de
gases para determinado ambiente, proteção de máqui-
nas e equipamentos, entre outros. Os EPC devem ter
características tais que não criem outros riscos aos tra-
balhadores, que não dependam da intervenção do ho-
mem para seu funcionamento e não dificultem tanto
a execução das tarefas do trabalhador como serviços
relacionados à manutenção e limpeza.
Os EPC caracterizam-se como controle de enge-
nharia e devem levar em consideração as normas téc-
nicas nacionais e internacionais, tais como: Normas
Regulamentadoras, ABNT, ACGIH, OSHA, NIOSH,
OSHAS, manual do fabricante, entre outras, para a
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segurança da edificação, do processo, de máquinas e
equipamentos, de ferramentas e instalações, utilizando
modelos de engenharia e análise de projetos aplicáveis
para cada situação. Tais modelos podem se caracteri-
zar como a automação de máquinas e equipamentos,
enclausuramento de componentes rotativos, barreiras
eletrônicas, como sensores de presença, dispositivos de
parada de emergência; barreiras físicas, como guarda-
-corpo, telas, grades, travamento de fontes de energia
(Lockout/Tagout), ventilação, exaustão, gerenciamento
visual para a sinalização de áreas de circulação, restrição
de acesso, sistemas de detecção e de controle de emer-
gência, e tantas outras providências específicas para o
processo analisado.
Se um equipamento produz ruído num determi-
nando nível que muito provavelmente contribuirá para
perda auditiva ou apenas dificultar a comunicação en-
tre os trabalhadores do ambiente onde se encontra, as
medidas de controle a serem desenvolvidas deveriam
ocorrer na seguinte ordem: a) medidas relativas à fon-
te: promover modificações, por meio de manutenção,
substituição de peças e conjuntos sem alterar as carac-
terísticas da máquina nem criar novos riscos no equipa-
mento de modo a reduzir o ruído produzido; b) se as
medidas para a fonte não forem suficientes, poderão ser
desenvolvidas medidas para impedir que o ruído se pro-
pague pelo ambiente. Neste caso, o enclausuramento
da fonte é um EPC, porque protege a coletividade. Por
fim, se as medidas relativas à fonte e ao percurso não
forem suficientes, então deverão ser adotadas medidas
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relativas ao trabalhador com a adoção do EPI, a última
linha de defesa do trabalhador.
Projetos de tal amplitude necessitam de especia-
listas de diversas áreas, como Engenharia de Processo,
Engenharia Industrial, Engenharia Mecânica, Engenha-
ria Elétrica, Administração de Pessoal, Administração
Comportamental, Ergonomia, Logística, além de espe-
cialistas de Higiene e Medicina Ocupacionais.
Para caracterização de um produto como EPI
são definidas as seguintes exigências, conforme NR6 –
Equipamento de Proteção Individual – EPI (BRASIL,
1978): todo EPI só pode ser comercializado e utilizado
se apresentar Certificado de Aprovação (CA), que é ex-
pedido por órgão nacional competente no que diz res-
peito à saúde e segurança no trabalho. As informações
relativas ao CA, que devem estar presentes no EPI, são:
número do CA, com caracteres indeléveis e visíveis,
nome comercial da empresa fabricante e lote de fabri-
cação e, sendo importado, o nome do importador, lote
de fabricação e número de CA.
Para proteger o trabalhador, os perigos devem
ser controlados por controles de engenharia ou con-
troles administrativos ou adoção de equipamentos de
proteção individual, de acordo com esta ordem. Em
conformidade com NR6 (BRASIL, 1978), o EPI deve
ser adotado:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam


completa proteção contra os riscos de acidentes do tra-
balho ou de doenças profissionais e do trabalho;
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b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem
sendo implantadas; e,
c) para atender a situações de emergência.

O EPI deve ser adequado ao risco existente na


atividade ou situação de trabalho avaliada, devendo ser
definido como medida de controle pelo SESMT, sendo
ouvida a CIPA, ou na ausência do SESMT pela CIPA,
conforme NR6 (BRASIL, 1978). A escolha do EPI, ta-
refa aparentemente simples, depende de criteriosa aná-
lise por parte dos profissionais de segurança, que deve-
rá escolher a melhor alternativa com relação ao nível de
conforto, ajuste, proteção, custo e benefício.
A decisão pelo uso do EPI deve ser feita após os
seguintes procedimentos:

• Revisão e análise de tarefas;


• Análises de riscos Análise de acidentes / incidentes;
• Sistemas coletivos de proteção existentes;
• Eficiência dos sistemas coletivos;

O Anexo 1 da NR6 apresenta a lista de equipa-


mentos de proteção individual.
Sendo estabelecida medida de controle que defina a
adoção do EPI como medida de controle, há exigências
relativas ao empregador, ao empregado e ao EPI, estas
últimas já mencionadas, que devem ser atendidas, obede-
cendo-se a Norma Regulamentadora 6 (BRASIL, 1978).
É estabelecido na NR6 que o empregador deve
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fornecer gratuitamente ao empregado EPI que esteja
em perfeito estado de conservação, proceder ao registro
de fornecimento, orientando e treinando o trabalhador
quanto ao uso, guarda e conservação do mesmo. Cabe
ainda ao empregador: substituir o EPI tão logo este te-
nha se tornado impróprio para o uso; responsabilizar-se
pela higienização e manutenção periódica dos mesmos
e, sendo identificadas irregularidades no equipamen-
to de proteção individual, comunicar ao Ministério do
Trabalho e Emprego (BRASIL, 1978).
Quanto ao trabalhador, a NR6 (BRASIL, 1978)
determina que deve ser exigido o uso do EPI à fina-
lidade para qual se destina, que o empregado se res-
ponsabilize pela guarda e conservação do mesmo, que
comunique ao empregador qualquer alteração no EPI
que o tenha tornado impróprio para uso e que cumpra
as determinações estabelecidas pelo empregador quan-
to à sua utilização.
No que diz respeito à medida de controle definida
pelo empregador, esta determinará qual EPI será uti-
lizado pelo empregado no desenvolvimento de deter-
minada atividade ou função como resultado de análise
de tarefas ou da atividade realizada pelo trabalhador,
da identificação e análise dos riscos e até como medida
corretiva para as situações de acidente e incidente. A
informação integrará a Ordem de Serviço, estabeleci-
da pela NR1, e também será objeto de treinamentos e
orientações ao empregado. Para melhor apresentar as
evidências do fornecimento do EPI ao empregado, re-
comenda-se que a ficha de fornecimento do EPI apre-
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sente o CA do EPI, pois, para fornecedores distintos,
são atribuídos CA diferentes para EPI similares; iden-
tificação completa do EPI, de modo a não suscitar dú-
vidas quanto à especificação do mesmo; nome legível
do empregado a quem o EPI está sendo entregue, sua
função e outras informações que complementam os
dados do trabalhador, como setor de trabalho, centro
de custo, por exemplo. Sendo ficha de fornecimento,
deve conter a data de entrega do EPI e um campo
destinado à assinatura do trabalhador. Poderá também
haver um campo para registro da devolução do EPI,
sendo indicado o motivo para devolução, sendo tam-
bém colhida a assinatura do trabalhador. Esta ficha
deve, ainda, apresentar ao empregado o embasamento
legal relativo ao EPI, obrigações do empregador e em-
pregado e treinamentos e orientações relativas ao EPI.
Na ficha de fornecimento do EPI, pode ser registrada
a data do treinamento com a assinatura do empregado
e o SESMT mantém em arquivo o conteúdo do trei-
namento efetuado.
Importante observar que EPI, cujo CA esteja fora
da validade, não pode ser comercializado ou utilizado
pelo trabalhador.

Para verificar a validade do CA, deve ser efetuada pesquisa


na página inicial do Ministério do Trabalho e Emprego:
http://www3.mte.gov.br/sistemas/caepi/Pesqui-
sarCAInternetXSL.asp

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No endereço eletrônico mencionado, além da vali-
dade do CA, poderão ser obtidas informações técnicas
a respeito do EPI, como características do produto, fa-
bricante ou importador, entre outras.
A ficha de fornecimento do Equipamento de Pro-
teção Individual é um dos documentos que poderá ser
apresentada pela empresa quando existe uma ação tra-
balhista relacionada ao Adicional de Insalubridade e Pe-
riculosidade, por exemplo. Assim, este documento que
comprova o fornecimento do EPI, incluindo suas ca-
racterísticas e CA, serve para comprovação de proteção
e eficácia do EPI quanto à exposição ao risco. Assim,
além do atendimento às exigências legais, deve o em-
pregador comprovar que desenvolveu e implementou
as medidas necessárias para proteger o empregado dos
riscos de acidentes do trabalho ou doenças ocupacio-
nais existentes no ambiente de trabalho.

4.3 Controle de agentes agressivos

Para abordarmos o Controle de Agentes Agressi-


vos, segue o relato efetuado por Souza em notícia vei-
culada em 6 de setembro de 2012:

SÂO PAULO, SP, 6 de setembro (Folhapress) - Um


acidente em um tanque de ácido fluorídrico matou dois
funcionários de uma indústria de produtos químicos
de Guarulhos (Grande São Paulo) por volta das 11h40
de hoje. Segundo o Corpo de Bombeiros, outras sete
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