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FILTRAÇÃO
1º semestre de 2012
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Escola de Engenharia de Lorena – EEL
FILTRAÇÃO
FILTRAÇÃO
Pa
Filtrado Suspensão
Pb
L Torta
Meio de filtração
Pa = pressão da suspensão
Pb = pressão do filtrado
L = espessura da torta
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FILTRAÇÃO
O mais comum;
obra.
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CÁLCULOS DE FILTRAÇÃO
∆P (1 − ε ) 2 µ v s
= 180 (1)
L ε 3 D p2
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CÁLCULOS DE FILTRAÇÃO
6 6
Dp = = (2)
Ap S 0
Vp
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CÁLCULOS DE FILTRAÇÃO
∆P 5(1 − ε ) 2 µ v s S02
= (3)
L ε3
Resolvendo esta equação para a velocidade de escoamento se tem:
∆Pε 3 1 dV
vs = = (4)
5(1 − ε ) µ S o L A dt
2
CÁLCULOS DE FILTRAÇÃO
Para integrar a equação (4) e ter uma relação utilizável para todo o
processo, é preciso que apenas duas variáveis apareçam na equação.
As grandezas V, t, L, ∆P, So e ε podem todas variar.
CÁLCULOS DE FILTRAÇÃO
Sendo:
ρs= densidade dos sólidos no bolo do filtro.
W = peso dos sólidos na suspensão de líquido por unidade de volume do
líquido nesta suspensão.
V = volume do filtrado que passou pela torta (bolo) do filtro.
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CÁLCULOS DE FILTRAÇÃO
1 dV ∆Pε 3 ∆PA
= = (6)
A dt 5 wV µ (1 − ε ) S 2 αµ wV
Aρ s
o
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CÁLCULOS DE FILTRAÇÃO
5(1 − ε ) So2
α= (7)
ρ sε 3
CÁLCULOS DE FILTRAÇÃO
INCLUSÃO DA RESISTÊNCIA DO MEIO FILTRANTE (Rm)
CÁLCULOS DE FILTRAÇÃO
INCLUSÃO DA RESISTÊNCIA DO MEIO FILTRANTE (Rm)
dV ∆P
= (8)
Adt α wV
µ + Rm
A
CÁLCULOS DE FILTRAÇÃO
INCLUSÃO DA RESISTÊNCIA DO MEIO FILTRANTE (Rm)
t= + Rm
∆P 2 A A
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CÁLCULOS DE FILTRAÇÃO
INCLUSÃO DA RESISTÊNCIA DO MEIO FILTRANTE (Rm)
CÁLCULOS DE FILTRAÇÃO
INCLUSÃO DA RESISTÊNCIA DO MEIO FILTRANTE (Rm)
CÁLCULOS DE FILTRAÇÃO
INCLUSÃO DA RESISTÊNCIA DO MEIO FILTRANTE (Rm)
dt µ α wV Rm
= +
dV ∆P A 2
A
dt µα wV µ Rm
= +
dV ∆PA 2
A∆P
y = K1 x + K 2
µα w µ Rm
K1 = e K2 =
∆PA 2
A∆P
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CÁLCULOS DE FILTRAÇÃO
INCLUSÃO DA RESISTÊNCIA DO MEIO FILTRANTE (Rm)
Graficamente,
dt
dV
K1
K2
V
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EXPERIMENTO DE FILTRAÇÃO
EXPERIMENTO DE FILTRAÇÃO
EXPERIMENTO DE FILTRAÇÃO
( K1V + K 2 )
t V
∫0 dt = ∫0 P dV (1)
K1 2 K2
t final = V final + V final (2)
2P P
t final K K
= 1 V final + 2 (3)
V final 2 P P
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EXPERIMENTO DE FILTRAÇÃO
Sendo:
αµ S ρ l
K1 = Constante que depende da torta (g/min.cm7).
(1 − mS ) A 2
Rm µ
K2 = Constante que depende do meio filtrante (g/min.cm4).
A
α = resistência específica da torta (cm/g)
µ = viscosidade do fluído (g/cm.s)
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EXPERIMENTO DE FILTRAÇÃO
Sendo:
Ms
S= Fração mássica de sólido (adimensional)
Ms + Ml
EXPERIMENTO DE FILTRAÇÃO
Sendo:
M úmida − M sec a
volume de vazios ρl
ε = fração de vazios= =
volume total da torta Vtorta
n quadros
1 quadro
EXPERIMENTO DE FILTRAÇÃO
Sendo:
V final
C= Capacidade do filtro (mL/min)
t final + td
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EXPERIMENTO DE FILTRAÇÃO
EXPERIMENTO DE FILTRAÇÃO
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EXPERIMENTO DE FILTRAÇÃO:
Tabela de Resultados:
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EXPERIMENTO DE FILTRAÇÃO:
10 quadros para ∆P = 100 kPa (até que todos os quadros fiquem cheios).
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EXPERIMENTO DE FILTRAÇÃO:
EXPERIMENTO DE FILTRAÇÃO:
Tabela de resultados:
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EXPERIMENTO DE FILTRAÇÃO:
K1
K2
Rm
α
ε
l h
S
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Alimentação
Filtrado
da suspensão
Incremento da torta
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∆P 32 µv
= 2
L D
Onde:
∆p é a pressão (N/m2)
v é a velocidade no tubo (m/s)
D é o diâmetro (m)
L é o comprimento (m)
µ é a viscosidade (Pa.s)
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∆P 32 µv ∆pc k1 µ v (1− ε ) S 2 2
= 2 = 0
L D L ε 3
Onde:
k1 é uma constante para partículas de tamanho e forma definida
µ é a viscosidade do filtrado em Pa.s
v é a velocidade linear em m/s
ε é a porosidade da torta
L é a espessura da torta em m
S0 é a área superficial específica expressa em m2 / m3
∆Pc é a diferença de pressão na torta N/m2
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dV / dt
v=
A
Onde:
cs (V + εLA) dV / dt
L= v=
A (1 − ε ) ρ p A
∆pc k1 µ v (1− ε )2 S02
=
L ε3
dV ∆pc dV ∆pc
= =
A dt k1 (1 − ε ) S 02 µ c sV A dt µ c sV
α
ρ pε 3 A A
dV ∆pc
Para a resistência do leito temos: =
A dt µ c sV
α
A
dV ∆pc
= dV ∆p f
A dt µ c sV =
α A dt µRm
A
dV ∆p
=
A dt αcsV
µ + Rm
A
dt µαcs µ dt
= 2 V+ Rm = K pV + B
dV A (∆p) A(∆p) dV
µαcs µRm
Kp = B=
A (∆p )
2
A (∆p)
Filtração à pressão constante
Para pressão constante e α constante (torta incompressível),
V e t são as únicas variáveis.
dt µαcs µ dt
= 2 V+ Rm = K pV + B
dV A (∆p) A(∆p) dV
Integração para obter o tempo da filtração t em (s):
t v Kp
∫ dt = ∫ ( K pV + B) dV t= V + BV
2
0 0 2
Dividindo por V:
t Kp
= V +B
V 2
Onde V é o volume total do filtrado (m3) reunido em t (s)
Para saber o tempo de filtração é necessário conhecer
α e Rm.
µαcs
Kp =
A2 (∆p)
Kp
t= V + BV
2
2 µRm
B=
A (∆p )
t Kp
= V +B
V 2
E traçar um gráfico de t/V versus V
Preciso dos dados de volume coletado (V) em tempos
diferentes de filtração.
t Kp
= V +B
V 2
Y = A.X + B Kp 1 µαcs
=
t/V 2 2 A2 (∆p)
µRm
B=
A (∆p )
V
t Kp Kp = coeficiente angular da reta
= V +B
V 2 B = coeficiente linear da reta
Kp 1 µαcs µRm
= B=
2 2 A2 (−∆p) A (−∆p )
Concentração de alimentação
cs = 23,47 kg/m3
Calcule as constantes α e Rm a partir dos dados
experimentais de volume de filtrado (m3) versus tempo de
filtração (s). Estime o tempo necessário para filtrar 1m3
da mesma suspensão em um filtro industrial com 1m2 de
área. Se o tempo limite para essa filtração fosse de 1h,
qual deveria ser a área do filtro?
Tempo (s) Volume (m3)
A = 0,0439 m2
4,4 0,498 x 10-3
9,5 1,000 x 10-3
cs = 23,47 kg/m3
16,3 1,501 x 10-3
24,6 2,000 x 10-3 µ = 8,937 x 10-4 Pa.s
34,7 2,498 x 10-3 (água a 298,2 K)
46,1 3,002 x 10-3
59,0 3,506 x 10-3 ∆p) = 338 kN/m2
(∆
73,6 4,004 x 10-3
89,4 4,502 x 10-3
107,3 5,009 x 10-3
µRm
B= µαcs
A (∆p)
A2 (∆p) 2 µRm
µαcs t= V + V
Kp = 2 A (∆p)
A2 (∆p)
Solução:
Dados são usados para obter t/V
B = 6400 s/m3
µ α cs (8,937 x 10 −4 ) (α ) (23,47)
K p = 6,00 x 10 = 2
6
=
A (−∆p) (0,0439) 2 (338 x 103 )
α =1,863 x 1011 m / kg
µRm (8,937 x 10 −4 )(Rm )
B = 6400 = =
A( − ∆p) 0,0439 (338 x 10 3 )
Rm = 10,63 x 10 10 m −1
Solução:
µαcs µRm
t= V +2
V
2 A (∆p)
2
A (∆p)
µαcs µRm
t= V +
2
V
2 A (∆p)
2
A (∆p)
5710 286
t= 2 +
A A
t = 3600 s
3600A2 − 286A − 5710 = 0
A = 1,3m2
Compressibilidade da torta
Torta incompressível (α = constante): um aumento na vazão
acarreta em um aumento proporcional da queda de pressão
(∆p), ou seja, para dobrar a vazão da filtração, deve-se
dobrar (∆p).
dV ∆p
=
A dt αcsV
µ + Rm
A
Torta compressível (α = f(∆p)): um aumento na vazão
acarreta em um aumento maior que o proporcional da queda
de pressão (∆p), ou seja, para dobrar a vazão da filtração,
deve-se utilizar uma (∆p) maior que o dobro.
Equação empírica comumente utilizada:
s é o fator de compressibilidade
α = α 0 (∆p )s
varia entre 0,2 e 0,8, na prática.
s = 0 para torta incompressível
Exercício 2:
Filtrações a pressão constante foram realizadas para uma suspensão de
CaCO3 em H2O sendo obtidos os resultados apresentados na tabela. A
superfície total de filtração foi 440 cm², a massa de sólidos por volume de
filtrado foi de 23,5 g/L e a temperatura foi de 25 oC (µH2O=0,886x10-3kg/[m
s]). Calcule os valores de α e Rm em função da diferença de pressão e
elabore uma correlação empírica entre α e ∆P.
Experimento: 1 2 3 4 5
∆P 5x104 1x105 2x105 4 x105 8 x105
V(L) t1 t2 t3 t3 t5
0,5 13,7 8,2 4,9 2,9 1,7
1 46,7 28,2 17,2 10,4 6,3
1,5 99,1 60,2 36,7 22,3 13,6
2 170,8 104,1 63,7 38,8 23,6
2,5 261,8 159,9 97,9 59,8 36,5
3 372,2 227,5 139,4 85,3 52,1
3,5 307,1 188,3 115,3 70,5
4 398,6 244,5 149,8 91,7
4,5 308,1 188,8 115,6
5 378,9 232,3 142,4
5,5 280,4 171,9
6 332,9 204,1
Solução:
V t1/V t2/V t3/V t4/V t5/V
0,0005 27391 16333 9844 5870 3481
0,001 46728 28236 17172 10380 6258
0,0015 66065 40140 24499 14891 9034
0,002 85402 52043 31826 19401 11811
0,0025 104739 63946 39153 23912 14587
0,003 124076 75849 46481 28422 17364
0,0035 87753 53808 32933 20140
0,004 99656 61135 37443 22917
0,0045 68463 41953 25693
0,005 75790 46464 28470
0,0055 50974 31247
0,006 55485 34023
Regressão linear:
t/V=aV+B a= Kp/2=cαµ/(2A2∆p), B=Rmµ/(A∆p)
c) ε=Vporos/Vtorta= (Vtorta-Vsólidos)/Vtorta=1-Vsólidos/Vtorta
ε= 1-(m/ρsólido)/(m /ρtorta) = 1-ρtorta /ρsólido = 1-1600/2800 = 0,43
d) Vtorta=Vquadros=0,2m3;
mtorta=ρtorta Vtorta= 1600 x 0,2 = 320 kg
V=mtorta/c= 320/23,5=13,6 m3
2 A (−∆p)
2
t = f tc
Solução:
t=µαcV2/(2A2∆p)
A=3,26 m2
Filtração a velocidade (ou vazão) constante
• Alimentação do filtro é feita por uma bomba de deslocamento positivo.
dV ∆p
= dV V
A dt αcsV velocidade = u = = = constante
µ + Rm A dt A t
A
Sendo: µRm V
= perda de pressão no meio filtrante = ∆Pm
A t
Obtém-se: ∆P − ∆Pm = αµu 2 ct
Considerando a seguinte equação empírica para torta compressível:
α = α 0 (∆P − ∆Pm )s
Obtém-se:
(∆P − ∆Pm )1− s = α 0 µu 2ct
(
Linearizando: log t = (1 − s ) log(∆P − ∆P ) − log α µu 2 c
m 0 )
Exercício 5 :
A seguinte tabela apresenta os dados experimentais obtidos em uma filtração a
vazão constante de uma suspensão de MgCO3 em água. A velocidade de
filtração foi de 0,0005 m/s, a viscosidade do filtrado foi de 0,00092 kg/(ms) e a
concentração da suspensão era 17,3 kg/m³. Calcule os parâmetros de filtração
Rm, s e α0.
∆P(KPa) t(s)
30,3 10
34,5 20
44,1 30
51,7 40
60 50
70,3 60
81,4 70
93,1 80
104,8 90
121,3 100
137,9 110
Determinação de ∆Pm:
Extrapolando a curva de ∆P versus t,
obtem-se uma estimativa aproximada
de 27 kPa: Determinação de α0 e s:
160
140
120
100
∆ P (kPa)
80
60
40
20
0
0 20 40 60 80 100 120
t (s)
Cálculo de Rm: (
log t = (1 − s ) log(∆P − ∆Pm ) − log α 0 µu 2 c )
∆Pm 27000 −1 101,3584 9 m
Rm = = = 5,9 ⋅10 m α 0 =
10
= 5,7 ⋅ 10
µu 0,00092 ⋅ 0,0005 0,00092 ⋅ 0,0005 2 ⋅17,3 kg
s = 1 − 0,6757 = 0,3243
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Escola de Engenharia de Lorena – EEL
EXERCÍCIOS EXTRAS
FILTRAÇÃO
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EXERCÍCIO EXTRA 1
EXERCÍCIO EXTRA 1
Volume do filtrado (l) Tempo (min)
0,2 0,03
0,4 0,07
0,6 0,125
Determinar a resistência
0,8 0,187
1,0 0,257 específica da torta (α) e do
1,2 0,342
meio filtrante Rm e a espessura
1,4 0,445
1,6 0,557 da torta equivalente ao meio
1,8 0,683 filtrante l h
2,0 0,813
2,2 0,962
2,4 1,12
2,6 1,288
2,8 1,478
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EXERCÍCIO EXTRA 2