Sindromes Ansiosas 2

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As síndrome s ansiosas são ordenada s inicialmente em dois grandes

grupos: quadros em que a ansiedade é constante e permanente (ansiedade

generalizada, livre e flutuantes) e quadros em que há crises de ansiedade

abruptas e mai s ou menos intensas. São as chamadas crises de pâni co, que

podem configurar , se ocorrerem de modo repetitivo, o transtorno de pânico

(Hollander; Simeon, 200 4).

Ansiedade Generalizada

O quadro de ansiedade generalizada caracteriza -se pela presença de

sintomas ansiosos excessivos, na maior parte dos dias, por pelo menos seis

meses. A pessoa vive angustiada, tensa, preocupada , nervosa ou irritada.

Nesses quadros, são frequentes sintomas como insônia , dificuldade em

relaxar, angústia constante, irri tabilidade aumentada e dificuldade em

concentrar-se. São também comuns sintomas físicos como cefaleia, dores

musculares, dores ou queimação no estômago, taqui cardia, tontura, formigamento e sudorese fria.
Alguns termos populares para esses estados são: “gastura ”, “repuxamento dos nervos ” e “cabeça
ruim”.Para se fazer o diagnostico de uma síndrome ansiosa, também é necessário verificar se os
sintomas ansiosos causam sofrimento clinicamente significativo e prejudicam a vida social e ocupacional
do indivíduo.

Crises de Ansiedade, Crises de Pâni co , Síndrome e Transtorno de Pânico em muitos pacientes , a


ansiedade se manifesta sob a forma de crises ntermitente s, com a eclosão de vários sintomas
ansiosos, em número e intensidade significativos (Nardi; Valença, 2005). Associados às crises agudas e
intensas de ansiedade, pode ou não haver sintomas constantes de ansiedade generalizada.

As crises de pânico são crises intensas de ansiedade , nas quais ocorre importante descarga do sistema
nervoso autônomo. Assim, ocorrem sintomas como: batedeira ou taqui cardia, suor frio, tremores,
desconforto respiratório ou sensação de asfixia, náuseas, formig ame ntos e m memb ros e/o u lábios.
Nas crises intensas, os pacientes podem experime ntar di versos graus da chamada despersonali za ção.
Essa se revela como sensação de a cabeça ficar leve, de o corpo ficar estranho, sensação de perda de
controle, estranhar -se a si me smo.

Pode ocorrer também a desrealização (sensação de que o a mbiente, a ntes


familiares, parece estranho , diferente , não -familiar ). Alem disso , ocorre com

frequência nas crises de pâni co um consi derável medo de ter um ataque do

coração, um infar to, de morrer e/o u enlouquecer. As crises são de início

abrupto (chegam ao pico em 5 a 10 minuto s) e de curta duração (duram

geralmente não mais que uma ho ra) . São muitas vezes desencadeadas por

determinadas condições, co mo: aglomerados humanos, ficar “preso ” (ou com

dificuldade para sair) em conges tioname ntos no transito, supermercados com muita gente, shopping
centers, situações de ameaça, etc. (C osta Pereira, 1997).

DALGALARRONDO, Paulo . Psicopatologia e semiologia dos transtornos

mentais. Porto Alegre : Artmed, 2 ª E d. , 2008. Capít ulo 26 – pg 3 04 - 306

D enomi na -se o quadro de tra ns torno de pân i co caso as crise s sej a m

recorre ntes, com dese nvol vim ento de m edo d e ter novas cri ses, p reocupaçõe s

sobre po ssíve i s im pli cações da crise (perder o controle, te r u m ataque ca rdíaco

ou e nl ou que cer) e so fri m ento subj e ti vo si gni ficativo . A síndro me do pâ ni co

pode o u não ser acompanha da de a gorafob i a, ou seja , fo bi a de luga res amplos

e aglomeraçõ es (Nardi; V ale nça, 200 5).

Síndrome Mista d e Ansi e dade e D epressão

Qua ndo si ntomas dep ressi vos e a nsi o sos e stã o prese ntes, mas ne nhuma

das d uas s índ ro me s (depressi va o u a nsi osa) é g ra ve o s ufici ente pa ra, por si

só, cons ti t ui r um dia gnós tico, de nomina -se o q uadro de s índ ro me mi sta de

depressão e ansi edade.

O quad ro de ans ie da de de o rige m orgân ic a é cons tit uído po r uma

sínd rome ansi o sa (em crises ou ge nera li zad a) q ue é clarame nte resulta nte de

uma d oe nça , uso de fár macos ou o utra co ndi ção orgâni ca . Nesses casos, a

sínd rome a nsi osa segue -se à i nsta laçã o d e uma doe nça o rgâ ni ca (p. e x.,

hi p erti reoi di smo, l úp us e ri tematos o si stêmico , etc .) ou co ndi çã o orgâni ca ( uso


de medi camento s co mo corti coi des; medi camentos para o trata mento de

hep ati te C , como o i nterfero n; ou ai nda de substâ nci as tóxi cas, co mo o ch umbo

ou o merc úrio). A s s índ ro me s ansi osas ta mbém são co m uns nos quadr os

psi cop atoló gi cos associados ao período p ré -mens tr ua l. Na a nsi ed ade de base

orgâni ca, é parti c ula rme nte freq ue nte a prese nça da irr itabi lid ad e e da

la bilidad e do humor.

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