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↳ Estudo dos efeitos adversos de substâncias às quais os trabalhadores estão expostos em seu ambiente de trabalho
o Os estudos podem ser epidemiológicos, em animais experimentais ou in vitro
↳ Fábricas da Pratt & Whitney Aircraft (North Haven, Connecticut, EUA)
o Fábrica de produção de motores de jatos
o Passou se a se observar um aumento na incidência de câncer cerebral - glioblastoma multiforme → Algo na fábrica levava ao aparecimento de tumores
o Em 2001 as observações deram início ao maior estudo de saúde no trabalho já conduzido → - Estudo retrospectivo do período de 1952 a 2001, sendo
reunidos dados de cerca de 224 mil indivíduos.
▪ Objetivo: determinar a(s) causa(s) do tumor
o Por fim, percebeu-se que não havia relação ao local de trabalho e a incidência de câncer
Fatores Modificadores
Monitoramento Ambiental/Biológico
↳ Ocorre de 2 formas :
o Monitoramento do Ar do ambiente de trabalho → Garantir que os compostos estão em doses não toxicas, e que é seguro se trabalhar ali
▪ Concentração aceitável do xenobiótico no ambiente de trabalho (TLVs, PELs)
o Monitoramento biológico → Monitoramento de marcadores no sangue e urina
▪ Concentração do xenobiótico, seus metabólitos, ou um marcador de efeito específico em amostras biológicas (Índices Biológicos de Exposição - BEIs)
↳ Aproximadamente todos os trabalhadores podem ser expostos dia após dia sem danos à saúde
TLVs (ACGIH)
↳ TLV-TWA (Time-Weighted Average)
o Limite para uma jornada de trabalho de 8 h/dia, 40 h/semana (valor médio)
↳ TLV-STEL (Short-Term Exposure Limits)
o Limite para um período curto de exposição: 15 min, 4 vezes ao dia, com intervalos de 60 min
↳ TLV-Ceiling
o Limite que não pode ser ultrapassado em nenhum momento
o Substâncias com efeito agudo
Monitoramento ambiental --
↳ Consiste na determinação, habitualmente no ar do ambiente de trabalho, das substâncias presentes nesse ambiente, para avaliar a exposição e o risco à saúde,
comparando-se os resultados obtidos com referências apropriadas (LTs)
↳ Devem ser coletadas amostras que representem a exposição dos trabalhadores (amostras representativas)
o Amostras de ar
o Nem sempre é possível se coletar amostra de todo o ambiente → Se estabelece pontos fixos bem planejados
Fatores intervenientes
↳ Devem ser considerados na monitoração
↳ São eles
o Atividades, tarefas ou funções exercidas pelos trabalhadores
o Área ou local de trabalho
o Número de trabalhadores presentes e possivelmente expostos
o Movimentação dos trabalhadores
o Movimentação dos materiais (gases, vapores, poeiras, etc)
▪ Pode haver a exposição de indivíduos que nem tem consciência da exposição
o Condições de ventilação ou movimentação do ar, temperatura
o Ritmo de produção
o Outros agentes químicos ou físicos que possam interferir nas avaliações ou na exposição
Monitoramento Biológico --
↳ Consiste na determinação das substâncias e/ou de seus metabólitos em sangue, urina, ar expirado dos indivíduos expostos para avaliar a exposição e o risco à
saúde comparando-se os resultados obtidos com referências apropriadas (índices biológicos de exposição)
o Alguns índices está na NR 7, e a lista mais completa no ACGIH
Biomarcadores
↳ Indicadores Biológicos de EXPOSIÇÃO, RESPOSTA (ou EFEITO) e SUSCEPTIBILIDADE às substâncias
↳ São eles:
o Biomarcadores de exposição: indicam que houve exposição a uma substância ou classe de substâncias, mas não informam sobre a ocorrência de efeitos
adversos
▪ Pode ser quantificada nos fluidos biológicos como a substância ou um produto da metabolização
▪ Da ideia de quanto se expões a substância
▪ Exemplos:
• Benzeno → ácido trans,trans-mucônico urinário ácido fenilmercaptúrico urinário
• Tolueno → ácido hipúrico urinário orto-cresol urinário tolueno urinário; tolueno no sangue; tolueno no ar expirado
• Estireno → ácido mandélico urinário; ácido fenilglioxílico urinário; estireno no sangue; estireno no ar exalado
• Xilenos → ácido metil-hipúrico urinário; xileno no sangue; xileno no ar expirado
o Biomarcadores de efeito: indicam tanto a ocorrência de exposição como de efeitos adversos
▪ Identificamos a alteração de alguma molécula biológica do individuo
▪ Se estabelece relação de causalidade
▪ Ex. CO se liga a hemoglobina, aumentando a carboxihemoglobina → Indica que o individuo esteve exposto
• O diclorometano na biotransformação também gera CO
▪ O mesmo efeito pode ser gerado por diferentes substâncias → Não se tem certeza do composto causador
▪ Exemplos
• Alterações bioquímicas, fisiológicas ou comportamentais
o Inibição da colinesterase cerebral por inseticidas organofosforados ou carbamatos
o Inibição da enzima - aminolevulínico desidratase eritrocitária (ALAD) por chumbo
o Zn-protoporfirina (ZPP)
o Carboxiemoglobina (exposição ao CO e ao cloreto de metileno)
o Metemoglobina
o Fragmentação do DNA, troca de cromátides irmãs
o Biomarcadores de susceptibilidade: indicam se um indivíduo tem uma limitação para lidar com a exposição química
▪ Ex. Japoneses tem menor capacidade de digerir acetaldeído do etanol
▪ Indicativos de um estado bioquímico ou fisiológico alterado que pode predispor o indivíduo a impactos de agentes químicos, físicos ou infecciosos
• Atividade de CYP450 aumentada, diminuição da atividade de enzimas de conjugação, diminuição da atividade do sistema imune
↳ No gráfico abaixo, pode-se identificar que no monitoramento biológico, uma alteração é algo muito precoce, que ainda não causou um problema real ao individuo,
podendo ainda controlar a exposição, evitando a doença
↳ As doenças podem ser muito similares com doenças do cotidiano
o Difícil diferenciar causas ocupacionais e não ocupacionais
o Muitas vezes a doença é recorrente de anos de exposição
↳ O monitoramento, portanto, tem importante papel em auxiliar nessa relação causa consequência
Vias de Exposição
↳ Inalação (gases, vapores, aerosóis líquidos, aerosóis particulados, fumos, poeiras, fibras)
↳ Absorção dérmica (materiais suspensos no ar, respingos de líquidos na pele, imersão, manuseio de material)
↳ Ingestão (hábitos incorretos no local de trabalho, como comer, fumar, levar a mão ou algum material à boca)
Cloro --
↳ Cl2 → moderadamente solúvel em água, dano em todo o trato respiratório → Produção de HCl
Amônia --
↳ NH3 → muito solúvel em água, danifica primariamente vias aéreas superiores
o Formação de base forte
Formaldeído --
↳ Boa solubilidade em água
↳ Solução 35 a 50% → formol ou formalina
↳ Encontrado em:
o Produção de resinas uréia-formol, fenol-formol e melamínica
o Indústria química
o Conservante de produtos cosméticos e de limpeza
o Embalsamação de peças anatômicas
↳ Gás incolor
↳ Efeitos da exposição:
o Efeito irritante e de sensibilização
o Câncer
o Asma, dermatite
o Efeitos agudos: produção de lágrimas, irritação nasal, inflamação da garganta, aperto no peito, dor de cabeça
Fosgênio --
↳ Baixa solubilidade em água
↳ Irritante por si só → Se liga covalentemente a biomoléculas
↳ Pode gerar ácido em sua produção
↳ Formado na:
o Produção de plásticos, praguicidas, corantes
o Indústria química (isocianatos)
↳ Ponto de ebulição: 8oC
↳ Gás incolor
Gases Asfixiantes
↳ Podem ser Simples ou Químicos
↳ Reduzem a pressão parcial de oxigênio → Menor disponibilidade → Asfixia
Asfixiantes Simples --
↳ CONCENTRACÕES ALTAS e lugares fechados
↳ Alguns exemplos são: Acetileno (C2H2); Argônio (Ar); Butano (C4H10); Dióxido De Carbono (CO2); Etano (C2H6); Etileno (C2H4); GLP (gás liquefeito do petróleo Ou Gás
De Cozinha); Hélio (He); Hidrogênio (H2); Metano (CH4); Neônio (Ne); Nitrogênio (N2); Propano (C3H8); Propileno (C3H6)
Asfixiantes Químicos --
↳ Produzem asfixia mesmo quando presentes em pequenas concentrações agentes metemoglobinizantes
↳ Alguns exemplos são
o Monóxido de carbono (CO) → carboxihemoglobina
o Gás sulfídrico (H2S) → inibição da citocromo oxidase (complexo IV) da cadeia de transporte de elétrons (reage com Fe3+), formação de sulfahemoglobina
(pequena proporção) → Inibe a citocromo oxidase da cadeia de elétrons → Não há produção de ATP
o Gás cianídrico (HCN) → inibição da citocromo oxidase (complexo IV) da cadeia de transporte de elétrons
Agentes metemoglobinizantes
↳ Capazes de oxidar o ferro da hemoglobina
↳ Em contato com essas substâncias,
↳ Os orgânicos pode ser diretamente oxidantes ou após a biotransformação
↳ A metemoglobina é o complexo de hemoglobina com ferro III
↳ Ocorre espontaneamente
Monitoramento de Metemoglobina
↳ Visualização no sangue
Poeiras e Particulados
Pneumoconioses --
↳ Reação do pulmão à inalação de poeiras minerais
o carvão
o sílica
o asbestos
o berílio
o grafite
o mica
o alumínio
o talco
↳ Podem ter nomes específicos dependendo do material particulado (Asbestos, Silicociose)
↳ Fatores importantes para a toxicidade
o Tamanho
▪ Partículas com diâmetro aerodinâmico entre 7 e 30 um não atingem as vias aéreas inferiores
▪ Partículas menores que 7 um podem chegar aos alvéolos
o Forma
o Solubilidade
o Reatividade
↳ No alvéolo temos macrófagos que fagocita o material particulado, podendo ser destruído.
↳ Há o desenvolvimento de um processo inflamatório, que pode levar a fibrose
↳ Pode atingir tecidos adjacentes → Ter efeito sistêmico
↳ Muito comum em trabalhadores com carvão
↳ Manifestações clínicas
o Antracose pulmonar (pequena alteração da função pulmonar)
o Fibrose massiva progressiva
o Síndrome de Caplan → artrite reumatóide + pneumoconiose
Silicose
↳ 1500 casos são diagnosticados anualmente nos EUA
↳ Pode ser:
o Aguda (rara)
▪ Atualmente é rara devido ao controle existente
o Crônica ou nodular (exposição moderada à sílica por um período de 20 - 45 anos)
o Complicada ou conglomerada (lesões fibróticas massivas)
o Outras doenças pulmonares (tuberculose, câncer)
↳ Tamanho variável de 0,1 a 100 m
↳ Pode estar nas formas de:
o Cristalina (quartzo, cristobalita, tridimita) → mais tóxica e fibrogênica
o Amorfa (kieselguhr, vítrea)
↳ Fontes de exposição
o Fundição
o Mineração
o Pedreira
o Jateamento de areia
o Alvenaria
o Corte de pedras
o Manufatura de vidro
o Cerâmica
↳ No Brasil
o 1999 a 2000 – aproximadamente 2 milhões de trabalhadores expostos à sílica em mais de 30% de sua jornada de trabalho
o A ocorrência de silicose pode variar de 3,5% no ramo de pedreiras (exploração de granito e fabricação de pedra britada) a 23,6% no setor de indústria
naval (operações de jateamento com areia).
Asbesto
Usos e Aplicações
↳ Metal puro ou ligado a outros metais
↳ Compostos químicos na forma de óxidos e sais:
o Acetato de chumbo – inseticida, impermeabilizante, verniz, pigmento
o Carbonato de chumbo – pigmento
o Sulfato de chumbo – baterias e acumuladores
o Cromato de chumbo – pigmento, borracha, plástico, cerâmica
o Óxidos de chumbo – baterias e acumuladores, cerâmicas, esmaltes, tintas, vernizes
o Arseniato de chumbo – praguicida
↳ Indústrias químicas e da construção
↳ Base de tintas e pigmentos
↳ Ingrediente de soldas
↳ Material de revestimento na indústria automotiva
↳ Protetor contra radiações ionizantes
↳ Manufatura de baterias (70% do consumo mundial de chumbo)
Propriedades
↳ Excepcional maleabilidade
↳ Baixo ponto de fusão,
↳ Alta resistência à corrosão
↳ Alta opacidade aos raios X e gama,
↳ Reação eletroquímica com o ácido sulfúrico
↳ Estabilidade química no ar, solo e água
Limites
↳ No ar, o limite é de 0,1 mg/m3
↳ No sangue → 60 ug/dL (menor que em países como Canadá e europeus)
o Esse número é menor em mulheres → Exposição do feto a concentração de chumbo
↳ A estrutura de ALA e GABA é bem similar, podendo haver competição pelos receptores nas células nervosas
o Manifestações neuropsiquiátricas do saturnismo foram atribuídas à competição reversível entre ALA e GABA por sítios de ligação
de GABA nas membranas de células nervosas
↳ Autoxidação do ALA
o Espécies reativas de oxigênio
o Ácido 4,5-dioxovalérico (genotóxico e citotóxico) → Danos a proteínas, membranas, mitocôndrias, DNA, receptores protéicos de
GABA → Efeitos bioquímicos e clínicos da exposição ao chumbo
Controle da Exposição
↳ Chumbo em sangue → IBMP: 60 g/dL
↳ Ácido-aminolevulínico na urina (ALAU) → IBMP: 10 mg/g creatinina ou 15 mg/L
↳ Zincoprotoporfirina no sangue (ZPP) → IBMP: 100 g/dL
↳ Limite na água utilizada para consumo: 0,01 mg/L – Portaria n. 518, 25/03/2004, Ministério da Saúde
↳ Limites em alimentos: 0,05 mg/kg a 2,0 mg/kg – Portaria n. 685, 27/08/1998, Anvisa
- Cádmio -
↳ Isolado pela primeira vez em 1817 do minério calamina (cadmia), rico em carbonato de zinco
↳ Era conhecido como cadmium fornacum e flores de zinco por se formar nas paredes dos fornos de fundição de zinco
↳ Encontrado em pequena quantidade na natureza, geralmente associado a minérios de zinco, cobre e chumbo
↳ Metal do século XX
↳ Principais compostos
o Óxido de cádmio (CdO)
o Cloreto de cádmio (CdCl2)
o Sulfito de cádmio (CdS)
o Carbonato de cádmio (CdCO3)
o Sulfato de cádmio (CdSO4)
Propriedades físicas e químicas
↳ Semelhantes às do zinco
↳ Grande resistência a corrosão
↳ Baixo ponto de fusão
↳ Boa condutividade elétrica
Uso
↳ Estabilizador para PVC
↳ Pigmentos para plástico e vidro
↳ Baterias de níquel-cádmio
↳ Ligas
↳ Fotocélulas e células solares
↳ Fungicida
↳ Pirotecnia
↳ Amálgama em tratamento dentário
↳ Indústria têxtil
↳ Recobrimento de aço e ferro (resistência à corrosão): parafusos, porcas, fechaduras, aeronaves e motores de veículos, equipamentos
marítimos e máquinas industriais
Exposição
Ocupacional
Farmacocinética
↳ Cd se deposita principalmente no fígado e rins (órgãos-alvos)
↳ Meia-vida de 17 a 38 anos
↳ Rins - 6 a 38 anos; fígado - 4 a 19 anos
↳ Excreção também pelas fezes
↳ Sofre bioacumulação na cadeia alimentar
Efeitos
Efeitos Tóxicos
↳ Renal
oRins → disfunção tubular proximal e glomerular → dano celular
▪ Aumenta excreção de glicose, aminoácidos, cálcio e enzimas celulares
↳ Hepático
↳ Pulmonar
↳ Depleção de enzimas antioxidantes (SOD, GPX), alteração do metabolismo de zinco, ferro, cálcio, cobre, selênio
Efeitos Agudos
Efeitos Crônicos
- Cromo -
↳ Descoberto em 1765 e isolado em 1797
↳ PbCrO4 (crocoíta) + HCl diluído → CrO3 → aquecimento na presença de carvão
→ Cr
↳ Fe(CrO2)2 ou FeO.Cr2O3 (cromita) → mais abundante fonte de cromo na natureza
↳ Cr2O3 (óxido de cromo III) → redução com alumínio → Cr
↳ Não é encontrado livre na natureza
↳ Usos e aplicações
o Ligas metálicas ferrosas (aço inox) e não ferrosas e estruturas de construção civil
o Cromações (galvanoplastias)
o Fabricação de produtos utilizados em curtumes (pigmentos), conservantes de madeira (cromato de sódio), sínteses orgânicas
o Fertilizantes
↳ Fontes antropogênicas de contaminação do ambiente com cromo
Metabolização
Farmacocinética
↳ Absorção depende de:
o Tamanho da partícula
o Solubilidade
o Estado de oxidação do cromo
o Atividade dos macrófagos alveolares
↳ Compostos de Cr(VI) atravessam mais facilmente as membranas celulares (ânion cromato tetraédrico)
↳ Limite de tolerância para Cr(VI): 40 g/m3 → 5 g/m3
↳ Biomarcador de exposição: cromo urinário
↳ IBMP = 30,0 g/g de creatinina ou 40 g/L
↳ Pode haver também a absorção pela pele (Cr III e Cr VI)
↳ Cromatos (Cr VI) podem causar dermatite de contato
↳ Podem ocorrer queimaduras no contato
↳ Ulcerações nas mãos, braços e pés são relatadas em trabalhadores de galvanoplastia e pedreiros
↳ Toxicidade
o Cr(VI) é mais tóxico que o Cr(III) (100 a 1000 vezes) → Capacidade de penetração nas células é um fator importante
Efeitos
↳ Efeitos agudos
o Danos à pele, trato respiratório (irritação e reações alérgicas) e rins (dano glomerular e tubular)
↳ Efeitos crônicos
o Câncer pulmonar, ósseo, renal, próstata, sistema hematopoiético, estômago, bexiga
o Ulceração e perfuração do septo nasal (Cr VI é corrosivo)
o Irritação do trato respiratório (tosse, bronquite, asma)
↳ Cr(III) → metal essencial, componente do “fator de tolerância à glicose”
o GTF - dinicotinato de cromo (III)-glutationa → Facilita a interação da insulina com seu receptor
o Ação benéfica também no crescimento, resposta imune e estresse
↳ Deficiência dele causa → neuropatia periférica, perda de peso e disfunção do metabolismo de glicose, proteínas e lipídios
o Ingestão diária adequada em adultos: 35 g (homens), 25 g (mulheres)
↳ Para elementos essenciais há riscos associados ao ingresso corpóreo tanto de baixas como de elevadas concentrações do metal
↳ A faixa de concentração que preenche os requisitos biológicos e previne a toxicidade pode ser estreita
- Quelação de Metais -
↳ Metais podem reagir com ligantes contendo O-, S-, N- na forma de -OH, -COOH, -SH, -NH2, =NH, >C=O
↳ Os quelantes usados na terapia são:
o Solúveis em água
o Resistentes à biotransformação
o Capazes de chegar a sítios de estoque de metais
o Capazes de formar complexos não tóxicos com metais tóxicos e excretados
o Ter baixa afinidade por metais essenciais
↳
↳ Líquidos a temperatura ambiente
↳ Baixo ponto de ebulição
↳ Alta volatilidade
↳ Alta lipossolubilidade
↳ Utilização em processos ocupacional → Principalmente na indústria petroquímica
o Solubilizantes
o Dispersantes
o Diluentes
Benzeno
↳ Propriedades Físico químicas
o Ponto de ebulição: 80,1oC
o Ponto de fusão: 5,5oC
o LogP: 2,13
o Pressão de vapor: 94,8 mmHg (25oC)
o Densidade: 0,877 g/cm3
o Fator de conversão: 1ppm =3,19 mg/m3
o Solubilidade em água: 1,8 g/L
↳ Utilização em processos ocupacionais
o Portaria n.3 MT Março 1982 – Proibição como solvente industrial e produtos acabados
o Gasolina: Concentração máxima permitida 0,1% v/v (Contaminante)
o Indústria petroquímica
▪ Matéria prima : Etilbenzeno, estireno, poliestireno
o Siderurgica
↳ Toxicocinética
o Absorção: Pulmonar e cutânea(rápida)
o Biodisponibilidade: 50-90%
o Distribuição: rápida para tecidos ricos em lipídeos
o Biotransformação:
▪ 84-89%
▪ CYPs hepático, principalmente CYP 2E1
o Excreção:
▪ 12% inalterado (exalado)
▪ 0,1 a 0,2% (urina)
Biotransformação
↳ Ele é metabolizado pela CYP2E1, gerando duas espécies oxidadas, que podem seguir 3 caminhos:
o Entrar num segundo passo oxidativo pelas CYPs, gerando ácido mucônico (não tóxico)
o Seguir para redução pela glutationa, gerando ácido fenilmercaptúrico
o Gerar derivados fenol (por rearranjo não enzimático) ou catecol e benzeno diidrodiol (por ação de hidrolases), que podem entrar
no metabolismo da CYP e gerar quinonas, que são metabólitos tóxicos, responsáveis pela mielotoxicidade
Mecanismo de Toxicidade
↳ A exposição aguda pode levar a irritação de peles e mucosas, devido a penetração do benzeno, dissolvendo as membranas e
causando uma reação inflamatória
↳ Pode também gerar radicais livres no metabolismo, que interagem com componentes celulares
↳ O principal efeito é a depressão do sistema nervoso central, por desestabilizar a membrana dos neurônios.
↳ Na exposição crônica é caracterizada pela grande quantidade de radicais livres, mas a principal ação é a mielotoxicidade, tendo a
destruição de células da medula devido a alta presença de mieloperoxidase (leucócitos+++, eritrócitos++ e plaquetas+)
o Esse processo é reversível quantitativamente, podendo voltar ao normal com o fim da exposição.
↳ É considerado uma substância carcinogênica, pois pode reagir com ácidos nucleicos
Sinais de Intoxicação
↳ Exposição aguda baixas concentrações: edema pulmonar, hemorragias local, cefaleia, “embriaguez”, tonturas, tremores, náusea
↳ Exposição aguda altas concentrações: vômito, convulsões, arritmias, depressão respiratória, morte
o Exposição concomitante, como por exemplo com catecolaminas pode levar a fibrilação ventricular
↳ Exposição crônica sem mielotoxicidade: fadiga e palidez (redução de eritrócitos), cefaleia, anorexia, irritabilidade e hemorragias
(epistaxes, menorragia gengival).
↳ Exposição crônica com mielotoxicidade: infecções bacterianas, lesões necrótica de mucosas e câncer
Monitorização do ar
↳ A maioria dos países estimam limites entre 0,5 a 1 ppm para uma jornada de trabalho (8h)
↳ Existe também um valor de curta duração, por exemplo 15min
Monitoração Biológica
N – Hexano
↳ O n-hexano também é um subproduto da biodegradação do petróleo, mas encontrou
diversos usos, como solubilizante de graxas e em colas
Propriedades físico-químicas
↳ Ponto de ebulição: 69 ºC
↳ Ponto de fusão: -95°C
↳ LogP: 3,29 (mais lipofílico que o benzeno)
↳ Pressão de vapor: 150 mm Hg (25ºC)
↳ Densidade: 0,66 g/mL (20ºC)
↳ Solubilidade em Água: 9,5 mg/L (baixa)
↳ Fator de conversão: 1ppm = 3,5 mg/m3, 1 mg/m3 = 0,28 ppm
Toxicocinética
↳ Absorção Pulmonar e gastrintestinal rápida, com biodisponibilidade de 25% pela absorção pulmonar, no sangue é baixa porque é
imiscível com água.
↳ Distribuição: rápida e ampla para tecidos ricos em lipídeos (cérebro, rins, baço, fígado, gordura), atravessa barreiras seletivas (placenta,
hematoencefálica)
Biotransformação
Sinais de intoxicação
↳ Exposição aguda: irritação, náuseas, depressão do SNC - tontura, cefaleia, parestesia, desmaios (desestabilização das membranas),
euforia, anestesia
↳ Exposição crônica: neurotoxicidade periférica (neuropatia sensomotora progressiva), infertilidade (agindo em tubulinas de células de
sertoli, desestabilizando-as e prejudicando a produção de espermatozoides), doenças neurodegenerativas (morte de neurônios), efeitos
hematotóxicos, câncer.
Mecanismo de toxicidade
Monitorização
Utilização
Toxicocinética
↳ Absorção: essencialmente pulmonar, mas podendo ser cutânea, com biodisponibilidade de 70-75% pela absorção pulmonar (alta
devido a solubilidade em água)
↳ Ampla distribuição e acúmulo em tecido adiposo (Obesos ~30% >absorção/retenção)
↳ Biotransformação por CYPs hepático (CYP2E1) gerando CO, CO2, Cl-
↳ Excreção: pulmonar (inalterado) (Metabólitos conjugados ou não) e urinária ( ~5% inalterado)
Biotransformação
Mecanismo de toxicidade
Manejo de Intoxicações
↳ Medidas terapêuticas de suporte
o Repouso
o Retirada do trabalhador do ambiente
o Lavagem da área de contato
o Lavagem gástrica sem indução de vômito
o Utilização de laxantes
o Metilxantinas (Ex. Cafeína) no caso de depressão respiratória
o Oxigenoterapia e respiração artificial
o Transfusão de sangue
o Anti Hemorrágicos quando há hemorragia
o Antibióticos em caso de mielotoxicidade e imunossupressão
o Transplante de medula para casos graves
Parece que foi de 2010:
01) Falava sobre a exposição de um trabalhador a silica e pergunta o efeito da silica a
niveis celulares. [CAIU HOJE NO DIURNO]
O caminho que as partículas de poeira percorrem dentro do sistema respiratório é
constituído pelo nariz, boca, faringe, laringe, árvore traqueobronquial e alvéolos
pulmonares, e se depositam em diferentes regiões dependendo do seu diâmetro
aerodinâmico. Em situações normais, o aparelho respiratório intercepta a maioria das
partículas inaladas, através da ativação dos mecanismos de defesa e restauração
Entretanto, essa capacidade de auto-proteção e reparo de danos tem um limite. Durante
a exposição ocupacional, a deposição excessiva de poeira, provocada pela inalação
freqüente e contínua desse agente, ca usa diversos efeitos adversos dentro do aparelho
respiratório.
Na região traqueobronquial a presença da poeira estimula um aumento na produção de
muco para auxiliar o trabalho de condução dos cílios ali existentes na remoção das
partículas. A estimulação prolongada das células e das glândulas de secreção do muco
pode induzir a hipertrofia dessas estruturas.
As partículas que penetram além do bronquíolo terminal são rapidamente ingeridas por
células chamadas macrófagos, cuja função é destruir material estranho. Alguns dos
macrófagos, com suas partículas ingeridas, são transportados sobre a lâmina
mucociliar. Outros macrófagos morrem, liberando partículas, substâncias ativas e restos
celulares, que são ingeridas por novos macrófagos, e esse processo é repetido
indefinidamente.
A vida do macrófago sob circunstâncias normais é medida em termos de semanas ou
talvez um mês ou mais. Sua vida é encurtada se a partícula ingerida é especialmente
tóxica, como é o caso da sílica livre cristalina, que devido às suas propriedades de
superfície, mata o macrófago em um período de horas ou dias.
Partículas de poeira que se alojam nos alvéolos estimulam o recrutamento e acúmulo
dos macrófagos nessa área provocando reações do tecido pulmonar. Estudos têm
demonstrado um aumento nos indicadores de inflamação principalmente nos pulmões
de pessoas silicóticas. A formação de colágeno acompanha a inflamação prolongada ou
crônica na maioria dos órgãos do corpo. É uma parte da familiar formação de cicatriz
nos tecidos, que pode agir tanto sobre a pele como dentro do pulmão. A fibrose
pulmonar é uma seqüela comum da inflamação pulmonar crônica.
Além disso, as células do pulmão que estão em contato com o ar, possuem uma alta
taxa de reposição ou renovação, onde as células com a superfície parcialmente
danificada são rapidamente trocadas por células novas. Devido à rápida regeneração
das células do pulmão, há provavelmente maior vulnerabilidade às alterações
carcinogênicas pela presença da poeira.
Mecanismo celular:
03) Perguntava qual o estado de oxidação do mercúrio que era inalado, qual era o estado
de oxidação que estava presente nos alimentos e os efeitos tóxicos.
Inalado na forma molecular Hg° (Inalação é a principal via de exposição ao mercúriometálico -
80% absorvido pelos pulmões)
Estado de oxidação presente nos alimentos: Hg+2 (bioacumulação) (O consumo de peixe é a
principal rota de exposição ao metilmercúrio) > MeHg é lentamente biotransformado a Hg2+
pela microflora do intestino no cérebro, não? > 1% carga corporal/dia
Vivian: A exposição ao Hg° pode ocorrer pela quebra de frascos contendo mercúrio, aparelhos
médicos, barômetros e derretimento de restaurações de amálgama dentário para recuperação
de prata.
Mercúrio Inalado: Hgº, já que ele é a forma mais volátil encontrada do mercúrio.O consumo de
peixe é a principal rota de exposição ao metilmercúrio (MeHg)
Mercúrio ingerido com alimento: Hg2+
(Vcs tem certeza? Acho que li no slide que o mercurio ingerido como alimento era lentamente
convertido para Hg++ no cérebro) (Adri: Hg0 vai pro cerebro, la é oxidado a Hg2+ e se
acumula) (Mas o Hgº é inalado, a forma mais ingerida é como Hg2+, não? Então é qual?) O
metilmercurio é transformado em mercúrio 2+ no cérebro
Efeitos tóxicos:
- Exposição aguda a altos níveis:
dano pulmonar grave, mesmo morte devido à hipóxia
sintomas no SNC como tremores e hiperexcitabilidade, perda da memória ----
geralmente reversíveis
Exposição crônica com doses altas
- Tremor mercurial: fasciculações musculares finas alternadas por mais intensas. Distúrbios
psíquicos e neurocomportamentais:
timidez excessiva, insegurança, irritabilidade, hiperatividade mental, explosões de
raiva, perda de memória, dificuldade de concentração, insônia, depressão, sonolência e em
casos mais graves, delírio e alucinação. Gengivite, estomatite e intensa salivação
- Proteinúria devido a dano tubular e síndrome nefrótica nos casos mais graves
- Também pode afetar o sistema imune (diminui a resistência, câncer, alergia, autoimunidade)
Transformação:
Transformação é o processo onde uma substância sofre alteração morfológica,
constitutiva ou estrutural, causado por processo biológico, químico ou físico.
Biotransformação:
A biotransformação pode ser, então, compreendida como um conjunto
de alterações químicas (ou estruturais) que as substâncias sofrem no
organismo, geralmente, ocasionadas por processos enzimáticos, com o
objetivo de formar derivados mais polares e mais hidrossolúveis.
A biotransformação pode ocorrer através de dois mecanismos:
mecanismo de ativação ou bioativação - que produz
metabólitos com atividade igual ou maior do que o precursor. Ex.:
a piridina é biotransformada no íon N-metil piridínico que tem
toxicidade cinco vezes maior que o precursor. O mesmo ocorre
com o inseticida paration que é biotransformado em paraoxon,
composto responsável pela ação tóxica do praguicida;
mecanismo de desativação - quando o produto resultante é
menos tóxico que o precursor.
05) Perguntava sobre os poluentes gerados pela queima de ga solina e diesel por
automoveis, seus efeitos no ambiente e efeitos sobre a saúde humana.
A queima de combustíveis fósseis (carvão e derivados de petróleo), que contenham S
como impureza, produzem SO2 como poluente primário e SO3, H2SO4 ou sais de SO4 2 -
como poluentes secundários, que podem causar por exemplo a chuva ácida (dano à vegetação
e desmatamento; deterioração de prédios, casas e arquiteturas; liberação de metais tóxicos no
solo) . Por ser um gás hidrossolúvel, o SO2 em organismo humano pode caus ar rinite,
laringite, faringite, broncoconstrição e aumento da secreção de muco.
Também podem gerar gases como NO e NO2, como gases primários e HNO3 e NO3-
como gases secundários, que também fazem parte da chuva ácida. O gás NO2 é lipossolúvel.
Em organismo humano pode causar edema pulmonar (agudo) e enfisema pulmonar (crônico).
CO2 e metano.
[slide 6, 7, 8 aula dioxina ambiental]
Do ano passado:
1. Para quem fez os exercícios da aula de Solventes e Monitoração (aquele gigante com
12 questões), não precisava fazer.
Qual era a questão? Alguém sabe?
2. Por que um indivíduo que foi exposto com cloreto de vinila desenvolveu câncer e o
outro que também tinha sido exposto não foi. [CAIU HOJE NO DIURNO]
A diferença encontra-se no período e quantidade de solvente existente no local. Por exemplo
ambos trabalham na mesma empresa e setor, porém no local de um trabalhador a
concentração seja bem maior e consequentemente a absorção por este individuo tb seja maior.
-- Fatores genéticos, problemas nas proteinas responsáveis pelo reparo de DNA. Quantidade
da exposição, outros fatores de risco associados, como: idade, gênero, nutrição ,
comportamento, estado imunológico, alterações fisiológica, etc
INFORMAÇÃO A MAIS: (Na questão, acho que seria interessante citar os BIOMARCADORES
DE EXPOSIÇÃO E EFEITO, principalmente)
Biomarcadores
Indicadores Biológicos de EXPOSIÇÃO, RESPOSTA (ou EFEITO) e SUSCEPTIBILIDADE às
substâncias
• Biomarcadores de exposição: indicam que houve a exposição a uma substância ou classe de
substâncias, mas não informam sobre a ocorrência de efeitos adversos
EXEMPLOS: presença do agente tóxico ou de seus metabólitos na urina, sangue ou no ar
exalado. Tolueno na urina, ou tolueno no sangue ou ainda ácido hipúrico (metabólito do
tolueno) na urina.
• Biomarcadores de efeito: indicam tanto a ocorrência de exposição como de efeitos adversos
EXEMPLOS: Carboxiemoglobina no sangue (CO+Hb), mostrando tanto a quantidade de CO a
que o indivíduo foi exposto quanto os efeitos que essa exposição causou.
• Biomarcadores de susceptibilidade: indicam se um indivíduo tem uma limitação para lidar com
a exposição química
EXEMPLOS: atividade da CYP450 alterada (maior ou menos) ou ainda alteração no sistema
imune (maior ou menor).
Arsenio 3:
Inibe a formação de acetilcoA
alta afinidade por grupos sulfidrila (SH) de enzimas e proteínas
Inibição do complexo piruvato desidrogenase
inibe captura de glicose nas células
inibe gluconeogênese
inibe oxidação dos ácidos graxos e posterior produção de acetil CoA
inibe a produção de glutationa
Arsenio 5:
Pode substituir o fosfato em muitas reações bioquímicas devido às
propriedades químicas similares (via glicolítica e respiração celular)
desacoplamento da fosforilação oxidativa
• formação do arsenato de ADP em vez de ATP
As partículas que penetram além do bronquíolo terminal são rapidamente ingeridas por
células chamadas macrófagos, cuja função é destruir material estranho. Alguns d os
macrófagos, com suas partículas ingeridas, são transportados sobre a lâmina
mucociliar. Outros macrófagos morrem, liberando partículas, substâncias ativas e restos
celulares, que são ingeridas por novos macrófagos, e esse processo é repetido
indefinidamente.
A vida do macrófago sob circunstâncias normais é medida em termos de semanas ou
talvez um mês ou mais. Sua vida é encurtada se a partícula ingerida é especialmente
tóxica, como é o caso da sílica livre cristalina, que devido às suas propriedades de
superfície, mata o macrófago em um período de horas ou dias.
Partículas de poeira que se alojam nos alvéolos estimulam o recrutamento e acúmulo
dos macrófagos nessa área provocando reações do tecido pulmonar. Estudos têm
demonstrado um aumento nos indicadores de inflamação principalmente nos pulmões
de pessoas silicóticas. A formação de colágeno acompanha a inflamação prolongada ou
crônica na maioria dos órgãos do corpo. É uma parte da familiar formação de cicatriz
nos tecidos, que pode agir tanto sobre a pele como dentro do pulmão. A fibrose
pulmonar é uma seqüela comum da inflamação pulmonar crônica.
Além disso, as células do pulmão que estão em contato com o ar, possuem uma alta
taxa de reposição ou renovação, onde as células com a superfície parcialmente
danificada são rapidamente trocadas por células novas. Devido à rápida regeneração
das células do pulmão, há provavelmente maior vulnerabilidade às alterações
carcinogênicas pela presença da poeira.
Com base em todas as considerações anteriores, pode -se antecipar que a poeira
depositada nos pulmões pode induzir:
pequena ou nenhuma reação;
hiperprodução de muco e hipertrofia das glândulas de secreção de muco,
recrutamento de macrófagos;
proliferação crônica ou reação inflamatória;
fibrose;
câncer.
Uma das questões de quem não fez os exercícios era sobre CCl4, mecanismo de
toxicidade, efeitos mais importantes o que acontece se houver exposição conjunta de
outros solventes que usam a mesma CYP para ser metabolizados. Ah, tinha algo sobre o
que CCl4 faz com glutationa também
PROVA 06/12/2013:
Monitorização Terapêutica
Dosagem prescrita (adesão ao tratamento) Dosagem administrada (ADBE) [] sérica (difusão passiva e
transporte ativo) [] no sítio de ação (associação medicamentosa) EFEITO
Objetivos:
Otimização do tratamento (manter monoterapia); ↓ efeitos adversos e intoxicação aguda; ↓ custos;
Medida das concentrações de um fármaco no sangue total, soro ou plasma com a finalidade de
individualização da terapia farmacológica com o objetivo de maximizar a eficácia e minimizar os
eventos adversos.
Fármaco total = livre + ligado
É importante individualizar a terapia, pois é relação dose x resposta (RxD) não é
igual para toda a população.
Alguns são mais sensíveis (risco de efeitos adversos)
Outros são menos sensíveis (dose subterapêutica)
Faixa terapêutica: Faixa de [] plasmática, sanguínea ou sérica do fármaco no estado de equilíbrio que se
correlaciona com a curva de eficácia (valores entre a concentração tóxica e subterapêuticas).
É especifico para cada doença (FT é para determinado efeito: antidepressivo, analgésico, TOC...)
Quando a MT é eficiente:
Paciente entende a finalidade do tratamento e adere ao regime prescrito
Fármaco é selecionado apropriadamente e usado com o conhecimento PK e PD
Fármaco é monitorado regularmente e ajustado de acordo com a evolução clínica e intercorrências.
Quanto MT é indicada:
Tratamentos crônicos Doença intercorrente: renal, hepática
Suspeita de intoxicação: simulação da doença Pacientes idosos, obesos, gestantes
Adesão ao tratamento é grande problema: administração em dose única; orientação de familiares; adequar
forma farmacêutica; orientação ao paciente.
Interação medicamentosa: Pode ser benéfica ou prejudicial
Mecanismo de ação:
Interações físico-químicas: Reações de óxido-redução, precipitação, adsorção.
Interações PK: Alteram a concentração no sítio de ação
A, D: ↑ ↑ efeito B, E: ↑ ↓ efeito
Absorção: Velocidade de esvaziamento gástrico: estágio limitante na absorção
Inibem: anticolinérgicos, opiáceos: ↓ peristaltismo e ↓ absorção
Aceleram: metoclopramida: ↑ esvaziamento e ↑ absorção de analgésicos: útil na enxaqueca
Distribuição: Ligação às proteínas plasmáticas (mesma proteína):
Sofrem deslocamento: varfarina, fenitoína
Deslocam: sulfonamidas, salicilatos, ácido valpróico
** Monitorização plasmática não resolve, pois é medido o fármaco total intoxicação
Biotransformação (CYP450):
Indução enzimática: antiepilépticos (fenobarbital), nicotina, etanol (crônico)
Inibição enzimática: dissulfiram, fenilbutazona, metronidazol, cloranfenicol, tetraciclina
Pode ser benéfica (verapamil e ciclosporina): Verapamil (antiarrítmico): Inibidor CYP 450. Ciclosporina:
imunossupressor: ↓ da dose de ciclosporina e ↓ do custo do tratamento
Excreção:
Secreção ativa no túbulo proximal
Quinidina + digoxina: quinidina inibe secreção tubular e dobra as [digoxina]
Interações farmacodinâmicas:
Resultam das ações farmacodinâmicas dos fármacos envolvidos
Adição, sinergismo, potenciação, antagonismo
Cuidados na MT: Escolher material biológico apropriado; esperar o estabelecimento do estado de equilíbrio:
normalmente de 4 a 5 T1/2
Vantagem da MT:
Identificação de variações individuais no padrão de biotransformação dos fármacos;
Adequação da dose a pacientes portadores de doenças hepáticas e renais
Compensar alterações produzidas por estados fisiológicos como: gravidez, puberdade, envelhecimento
Identificação de pacientes que não fazem uso da medicação de forma adequada
61% dos idosos hospitalizados na Grande São Paulo apresentaram RAM; 11,3% a RAM era a causa da
internação. 46,2% as RAM surgiram durante a hospitalização
Medicamentos mais frequentes: Insuficiência cardíaca (digitálicos) e Hipertensão (diuréticos).
Mulher, 64 anos iniciou uso de atorvastatina, para tratamento de dislipidemia. 3d após iniciar seu
uso, apresentou insônia. Não fazia uso de outro fármaco.
A insônia persistiu até que se suspendeu o tratamento, uma semana depois de seu início.
3. Longo prazo:
Cloroquina: afinidade pela melanina que se acumula no epitélio da córnea (30-70% dos pacientes depois
de 1 a 2 meses) e na retina (menos comum e mais grave).
Teoria da mutação somática: as mutações se acumulam nas células (clones) e se somam com o tempo.
Estágios: 1° (Iniciação: geração da mutação); 2° (promoção: proliferação); 3° (progressão) e 4° (metástase)
Resultado:
A administração de uma
substância carcinogênica não é
suficiente para causar tumor, é
necessário a perpetuação da
mutação (substância promotora).
Bases de dados: (IARC, OMS); Food and Drug Administration (FDA, USA);
Monitoramento da exposição:
Concentração aceitável do xenobiótico no ambiente de
trabalho. TLVs (ACGHI), PELs (OSHA)
Aproximadamente todos os trabalhadores podem ser expostos dia após dia sem danos à saúde. TLVs tem
limites para várias jornadas de trabalho. Em geral, PEL tem limites maiores
Monitoramento ambiental:
Determinação, no ar do ambiente de trabalho, das substâncias presentes nesse ambiente, para avaliar a
exposição e o risco à saúde, comparando-se os resultados obtidos com referências apropriadas.
Amostras representativas: colaborador carrega um coletor/medidor de ar; fitas; superfícies.
Monitoramento Biológico:
Determinação das substâncias (metabólitos) em sangue, urina, ar expirado dos indivíduos expostos para
avaliar a exposição e o risco à saúde comparando-se os resultados obtidos com referências apropriadas.
Dar suporte ao monitoramento do ar do ambiente de trabalho;
Testar a eficácia dos equipamentos de proteção individual;
Avaliar exposição não ocupacional
Biomarcadores:
Indicadores Biológicos de EXPOSIÇÃO, RESPOSTA (ou EFEITO) e SUSCEPTIBILIDADE às substâncias.
B de exposição: indicam que houve a exposição, não informam sobre ocorrência de Ea (Tolueno urinário)
B de efeito: indicam a ocorrência de exposição e efeitos adversos (↓ colinesterase cerebral inseticidas).
B. de susceptibilidade: indicam se um indivíduo tem uma limitação para lidar a exposição (ação da CYP).
Doenças: Cardiovascular (arritmias); Renais, S.I (autoimune); S.N (<colinesterase); Pele (dermatite);
sistema reprodutivo e sistema respiratório.
Vias: Inalação (gases, vapores, aerossóis, fumos, poeiras); Absorção dérmica (materiais suspensos no ar,
respingos de líquidos na pele); Ingestão (hábitos incorretos: comer, fumar, beber).
Inalação: principal via acomete pulmão (asbestose, bronquite, enfisema, câncer).
Gases asfixiantes podem ser simples (↓ PO2: N2, H2, metano) ou químicos (metemoglobinizante: Fe3+):
CO (carboxihemoglobina) H2S, HCN (inibem citocromo B).
Metemoglobina: 5-10 (cianose); > 70% Morte. Determinação (Monitoramento biológico)
Essenciais: Cr(III), Co, Cu, Fe, Mn, Mo, Zn, Se, Mg Tóxicos: As, Be, Cd, Cr(VI), Pb, Hg, Ni
Fatores que influenciam a toxicidade: complexação com proteínas; interação com metais essenciais;
idade (estágio de desenvolvimento); estilo de vida (dieta, fumo, álcool); forma química e estado imune.
• Chumbo:
Utilizado na Roma antiga para produção de acetato de chumbo (no vinho) causa da imbecilidade,
Pb2+ é usado na forma de sais (acetato, carbonato, sulfato). Tintas, soldas, bactérias, automóveis.
Forma produtos estáveis com biomoléculas tiólicas, inativando enzimas
Substitui íons de Ca e Zn em proteínas e enzimas perda de atividades biológicas
Aumenta acúmulo e excreção de ALA (precursor de Heme) inabição de enzimas. Semelhança a GABA
(problemas neurológicos Saturnismo. Além de estresse oxidativos
Há desmielinização e degeneração axonal no sistema nervoso periférico
• Cádmio:
Fungicida, PVC, baterias, amálgama dentário; Principal absorção é pulmonar (fumaça de cigarros)
Consumo de alimentos/água contaminada bioacumulação na cadeia alimentar
Acúmulo em rins e fígado (complexa com GSH). Cd livre é toxico para os rins (↑ excreção: Ca, glicose e aa).
Depleção de enzimas antioxidativas. Pneumonite, edema pulmonar, DPOC; anemia; dores ósseas.
Monitoramento é feito a partir da medição de proteínas e cadmio na urina (metalotioneina, albumina)...
• Cromo (Cr)
Não é encontrado na forma livre na natureza, sim na forma de óxido de cromo (III e VI). Usado em aço inox.
Exposição: nevoas e fumos metálicos nos processos de cromação. Via aérea superior.
Cr VI atravessa a membrana celular mais facilmente. Também são absorvidos pela pele (CR VI gera
dermatite de contato). Cr VI é mais tóxico (radicais oxidativos)
Glutationa reduz VI III. Portanto, o mesmo sempre é encontrado em >[urina] (não diferencia).
Efeitos agudos: danos à pele, trato respiratório (irritação) e rins (dano glomerular e tubular)
Efeitos crônicos: câncer pulmonar, ósseo, renal, sistema hematopoiético, estômago, bexiga.
Cr(III): M essencial, componente do “fator de tolerância à glicose” (GTF): facilita interação com receptor
Deficiência: neuropatia, perda de peso, disfunção do metabolismo.
Efeitos agudos: Depressão do SNC (narcose, desorientação, euforia, inconsciência, paralisia); Asfixia;
irritação local (pele e mucosas).
Crônico: depende da metabolização do solvente neurotoxicidade (≠ depressão do SNC).
Interação: indução e inativação enzimática (própria ou de outra); competição pelo sítio ativo.
Alteram a metabolização: idade, polimorfismo, alimentação, fumo, gênero e co-exposição.
Diclorometano: forma CO (carboxihemoglobina) CYP450 2E1. Também pode formar cloreto de formila,
que via glutationa é convertido em CO2.
CCl4: toxicidade hepática e renal, depleção da camada de O3 (uso restrito). Gera peroxidação lipídica.
Álcool: induz CYP, portanto ↑ toxicidade de outros solventes. Metanol (acidose coma, morte).
(Extra) Qual a área da toxico envolvida e identificar algumas características que ela dava no texto.
T descritiva: testes de toxicidade que geram informações úteis em avaliações de risco e estabelecimento
de regulamentações que permitam o uso seguro.
T mecanística: identificação e conhecimento de mecanismos tóxicos dos xenobióticos
T regulatória: responsável por decisões em relação ao uso seguro do medicamento ou agente tóxico
2) Qual a contribuição de Paracelso para a toxicologia? Oq significam os parâmetros LD50, NOAEL, LOAEL?
Paracelso é considerado o “Pai da Toxicologia Moderna”.
Todas as substâncias são tóxicas. A dose correta é que diferencia um veneno de um remédio.”
Premissa: qualquer toxicante capaz de causar uma resposta biológica, pode deixar de apresentar efeito,
quando a dose ou concentração for inferior ao menor nível de efeito
Contribuição para o entendimento de conceitos importantes (relação dose/reposta, DL50).
NOAEL: No Observed Adverse Effect Level (nível de efeito adverso não observado) é a maior dose.
LOAEL: Lowest Observed Adverse Effect Level (nível de <efeito adverso observado)
3) Qual a diferença entre intoxicação aguda e crônica? Efeito aditivo e sinérgico? Dê exemplos.
Efeito tóxico: Ea (não desejado) pela intensificação do efeito farmacológico responsável pelo efeito.
Agudo: ocorre rapidamente após uma única administração (ou múltiplas em 24h) de um agente.
Crônico: exposição prolongada a doses cumulativas, por +de 3m. Tem características patológicas.
Ambos podem ser local (no sítio de contato) ou sistêmico (absorção e distribuição).
Atenção: o órgão alvo (aquele onde se produz o efeito), não precisa ser o de maior [agente].
Interação medicamentosa farmacodinâmica:
Efeito aditivo: efeito final é igual à soma de cada um dos agentes. A(2) + B(3) AB(5). Verapamil inibi
CYP450 menor metabolização de ciclosporina
Efeito sinérgico: efeito final é > que a soma dos efeitos. A(2) + B(3) AB(>5). Ocorre potencialização.
Reações idiossincráticas: reatividade anormal do organismo a um agente químico, determinada
geneticamente.
5) Um paciente tomava ciclosporina para evitar rejeição de transplante e depois que passou a tomar
fenobarbital, o nível sanguíneo da ciclosporina caiu abaixo dos níveis terapêuticos.
a) explique o mecanismo que levou a esse quadro. Fenobarbital é indutor enzimático da CYP450, ocorre
aumento da biotransformação da ciclosporina levando a níveis séricos abaixo da faixa terapêutica.
b) quais as outras possíveis causas para o achado da subterapia em uma monitorização
terapêutica?
Má colaboração do paciente: tempo insuficiente, Má absorção: distúrbios GI
frequência erada Associação medicamentosa: biotransformação,
Dose insuficiente; ligação a proteínas
Coleta incorreta (hora) Metabolismo rápido: comportamento individual
*acima da faixa: hepatopatia, nefropatia, metabolismo lento, puberdade, má colaboração do pac.)
7) Falar das funções CCI4. Limpeza de peças metálicas, lavagem a seco, composição de espuma,
extintora de incêndio e intermediário sintético. Uso é limitado devido a toxicidade renal e hepática
(peroxidação lipídica), carginogenicidade e destruição da camada de ozônio.
10) Silicose. Falar sobre o mecanismo CELULAR da exposição à sílica, e suas consequências.
A silicose é uma doença pulmonar causada pela inalação de sílica (constitui a areia: doença acomete
principalmente mineiros, cortadores de granito, operários das fundições). A inalação leva a processo
inflamatório exacerbado, com formação de granulomas e deposição de colágeno no parênquima pulmonar
(Fibrose por M2). Por citotoxicidade direta, ativação de geração de oxidantes, estimulação da secreção de
citocinas e quimiocinas, estimulação da secreção de fatores fibrogênicos e morte celular por apoptose.
3) Qual é a forma de mercúrio que é inalável. Qual é o seu mecanismo de ação. Hg0 (elementar) é
inalado e nessa forma consegue atravessar a BHE (alucinação, perda de memória e irratibilidade). No
sangue, é oxidado a Hg2+, se ligando a albumina e sendo distribuído. De modo geral, sua toxicidade envolve
a ligação a grupos tiol de enzimas, levando a interrupção do metabolismo. Lesão renal, dor abdominal e
náuseas, edema pulmonar. Sofre acúmulo na forma orgânica (metil-mercúrio) cadeia alimentar...