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TOXICOLOGIA

Toxicologia Social
• Dependência: impulso que leva uma pessoa a usar uma droga de forma contínua ou
periódica para obter prazer
▪ Forte desejo ou compulsão para o consumo;
▪ Dificuldades para controlar o comportamento de consumo;
▪ Abandono progressivo de prazeres alternativos em função do uso;
▪ Estado de abstinência ou consumo para alívio dos sintomas de abstinência.
• Farmacodependência: comportamento ativo de busca do fármaco ou droga
▪ Euforia
▪ Sensação gratificante
▪ Alívio do tédio, ansiedade ou dor
▪ Conquistar a aprovação dos companheiros
▪ Satisfazer curiosidade sobre os efeitos
▪ Fuga
• Síndrome de abstinência: É uma alteração do sistema nervoso central devido à
presença de uma droga ou fármaco, após exposição única ou repetida que se manifesta
pelo aparecimento de TRANSTORNOS FÍSICOS intensos quando se INTERROMPE
O USO OU PELA RESPOSTA DIMINUÍDA PARA UMA MESMA DOSE.
• Overdose: exposição do organismo a altas doses de uma substância química qualquer
• Classificação quanto ao aspecto legal
▪ Lícita
▪ Ilícita
• Classificação quanto aos efeitos no sistema nervoso central
▪ Depressoras = álcool, hipnóticos, ansiolíticos, opiáceos, opióides, inalantes,
solventes
▪ Estimulantes = anfetaminas e cocaína
▪ Perturbadoras = mescalina, thc, psilocibina, atropina, lsd, ecstasy,
anticolinérgicos

Toxicologia Ocupacional
• Estudo da toxicologia no ambiente de trabalho, efeitos nocivos produzidos pela
interação dos agentes químicos e biológicos presentes em ambientes de trabalho com
os indivíduos a eles expostos.
▪ Identificação;
▪ Análise;
▪ Mecanismo de ação;
▪ Biotransformação;
▪ Interação das substâncias químicas;
▪ Diagnóstico das intoxicações;
▪ Prevenção dos efeitos tóxicos.
• Saúde ocupacional: promoção e manutenção do bem-estar físico, mental e social dos
trabalhadores, prevenindo alterações de saúde, controlando riscos e adaptando os
empregos às pessoas
▪ Promoção e manutenção do bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores
em todas as ocupações;
▪ Prevenção de desvios de saúde causados pelas condições de trabalho;
▪ Proteção dos trabalhadores em seus empregos, dos riscos resultantes de fatores
adversos à saúde;
▪ Colocação e manutenção do trabalhador em condições adaptadas às aptidões
fisiológicas e psicológicas, em suma: a adaptação do trabalho ao homem e de
cada homem a sua atividade

• Dificuldades: Causa ocupacional x causas não ocupacionais (CO); Tempo entre a


exposição e manifestação da Doença, outrosfatores podem interferir nas doenças de
origem ocupacional, Eliminação ou substituição da substância nociva nem sempre é
possível.
• Monitorização: Atividade sistemática, contínua ou repetitiva, relacionada com o
estado de saúde, finalizando, quando necessário, com adoção de medidas corretivas.
▪ Monitorização Ocupacional => Preconizada e exigida pela Norma
Regulamentador N° 9 do Ministério do Trabalho (NR 9):
▪ Estabelece os princípios básicos para a avaliação e monitorização da exposição
ocupacional a agentes químicos, físicos e biológicos.
▪ É necessário o conhecimento prévio de diversas condições relacionadas aos
trabalhadores e ao ambiente de trabalho: Área a ser avaliada; Número de
trabalhadores eventualmente expostos; Movimentação dos trabalhadores;
Movimentação de materiais; Condições de ventilação; Ritmo de produção;
Agentes possivelmente presentes que possam interferir nas medições;
Atividades ou funções.
▪ DEFINIR: Amostragem (Equipamentos de medição ou coleta; Características
do método a ser aplicado; Estratégia de amostragem), Grupos homogêneos;
Números de trabalhadores a serem amostrados em cada grupo; Tempo de
coleta de cada amostra; Coleta de amostras em pontos fixos; Dias de coleta das
amostras; Padrões de comparação dos resultados;
• Monitoramento ambiental = “É a medidae avaliação de agentes no ambiente de
trabalho para estimar a exposição ambiental e o risco à saúde por comparação dos
resultados com referências apropriadas"
▪ MA = XENOBIÓTICO FORA DO ORGANISMO
▪ Pode sugerir melhores medidas de intervenção e de controle, por meio de
associações temporais e espaciais com as práticas de trabalho;
▪ Técnicas mais econômicas e menos invasivas;
▪ Exposição ambiental que causou o efeito nocivo, pode não estar mais presente
no ambiente quando o efeito é detectado.
▪ Finalidades da MA = Verificar se as concentrações dos agentes químicos
determinados em amostras ambientais estão de acordo com padrões de
segurança estabelecidos legalmente; estabelecer, quando possível, a relação
entre a concentração de agente químico no Ambiente e o estado de saúde de
indivíduos expostos; implantar medidas de controle; verificar a efetividade das
medidas de controle (exaustão, ventilação) dos agentes químicos
contaminantes do meio.
▪ Uma vez que se baseia em uma amostragem obtida no tempo e no espaço, não
é absoluto, por isso é muito importante associar com monitoramento
biológico.
▪ Fatores intervenientes do MA: Atividades, tarefas ou funções exercidas pelos
trabalhadores; Área ou local de trabalho; Número de trabalhadores presentes e
possivelmente expostos; Movimentação dos trabalhadores pelos locais de
trabalho; Movimentação dos materiais (gases, vapores, poeiras etc.);
Condições de ventilação ou movimentação do ar, temp. e pressão; Ritmo de
produção; outros agentes químicos ou físicos possivelmente presentes que
possam interferir nas avaliações ou na exposição.
• Limite de exposição ocupacional: Definem os Limites de Tolerância para agentes
físicos, químicos e biológicos, quando é possível quantificar a contaminação do
ambiente, ou listando ou mencionando situações em que o trabalho é considerado
insalubre qualitativamente.
• ACGIH: Considera dados técnicos e científicos disponíveis, propõe os Limites de
Exposição Ocupacional – Threshold Limit Values (TLV)
• OSHA – EUA: Considera dados técnicos e científicos disponíveis, envolve aspectos
legais, políticos e sociais
• TLVs: Concentração de substâncias dispersas na atmosfera que representam
condições para as quais se supõe que quase todos os trabalhadores possam estar
expostos dia após dia sem apresentar efeitos adversos à saúde.
▪ Referem-se a substâncias dispersas no ar e não em líquidos ou sólidos;
▪ Não há garantia absoluta, pois se supõe;
▪ Trata-se de quase todos os trabalhadores;
▪ Referem-se a trabalhadores;
▪ Não fazem diferenciação quanto ao sexo;
▪ No caso da mulher grávida é aplicado à mulher e não à criança ou feto.
▪ TLV-TWA (Time Weighted Avarage – Média ponderada pelo tempo) =
Concentração média para uma jornada de trabalho normal de 8 h/dia para um
total de 40 h/semana, para a qual quase todos os trabalhadores poderiam estar
repetidamente expostos dia após dia, sem efeitos nocivos.
▪ TLV-STEL (Short Term Exposure Limit – Limite de Exposição de Curto
período) = Concentração a que os trabalhadores podem estar expostos
continuamente por um curto período de tempo (15 minutos, 4x/dia - intervalos
de 60 min) sem sofrer Irritação; Lesão tissular crônica ou irreversível; Narcose
(Falta de consciência).
▪ TLV-C (Ceiling – Teto) = Representa a concentração que não pode ser
excedida durante qualquer momento da jornada de trabalho. Gases irritantes
(ácido clorídrico, ácido sulfúrico, ácido nítrico, amônia e soda cáustica)
Asfixiantes simples
• Índice de exposição = C/LEO, c concentração e leo limite de exposição ocupacional
• Sempre que o IE for igual a 1 a exposição é igual ao limite, se superior a 1 estará
acima do limite. Se acima de 0,5 estará acima do Nível de Ação, e assim por diante.
• Efeitos aditivos: IE = C1/L1 + C2/L2 + ... + Cn/Ln, C é concentração média do
componente e Ln é limite de exposição ao componente
▪ Duas ou mais substâncias, que possuem toxicocinética e toxicodinâmica
semelhantes, e podem provocar a MESMA AÇÃO TÓXICA
▪ Busca de informações toxicológicas de todas as substâncias envolvidas
▪ Somatória dos IE
• Frequência de monitorização bienal para valores abaixo do nível de ação
• Frequência de monitorização semestral ou anual para concentrações entre o nível de
ação e o limite de exposição ocupacional
• Histórico → Medidas de controle e nexo causal.
• Concentrações acima do nível de ação e principalmente sobre o limite de exposição,
recomenda-se uma reavaliação somente após a implementação de medidas de
controle.
• Monitorização biológica:
▪ “É a medida e avaliação dos agentes químicos ou de seus produtos de
biotransformação em tecidos, secreções, ar exalado ou alguma combinação
destes para estimar a exposição e o risco à saúde quando comparada com uma
referência apropriada.”
▪ Atividade sistemática, repetida ou contínua relacionada a saúde.
▪ É um dos instrumentos disponíveis para desempenhar corretamente um
programa de vigilância da saúde ou, de acordo com a NR n.7, da Portaria n.
3.214 do MT, o Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional
(PCMSO).
▪ Principal objetivo: Prevenir a exposição excessiva aos agentes químicos que
podem provocar efeitos nocivos agudos ou crônicos nos indivíduos expostos
▪ Biomarcadores = Compreende toda substância ou seu produto de
biotransformação, assim como qualquer alteração bioquímica precoce, cuja
determinação nos fluídos biológicos, tecidos ou ar exalado avalie a intensidade
da exposição e o risco à saúde.
 Parâmetro que evidencia a ocorrência de alguma alteração num sistema
ou numa amostra biológica: Alteração molecular; Alteração celular;
Doença clinicamente evidente; Morte.
 EXPOSIÇÃO (DOSE INTERNA) – EFEITO (Cohb) -
SUSCEPTIBILIDADE
 Toda vez que o indicador está correlacionado com a concentração da
substância química presente no ambiente de trabalho, este é tido como
indicador de exposição.
 SELETIVOS: Como a determinação do xenobiótico na matriz
biológica ou de um produto de biotransformação seletivo para o agente
químico.
 MEDIANAMENTE SELETIVOS: Quando o IB é um produto de
biotransformação que pode ser encontrado no organismo independente
da exposição ocupacional, mas que apresenta aumento com a absorção
do xenobiótico.
 NÃO SELETIVOS: São os usados para um grupo de substâncias
químicas com características comuns (Ácido hipúrico).
▪ Biomarcadores de Efeito = Efeitos considerados não nocivos, não resultam
transtornos da capacidade funcional nem da capacidade do organismo para
compensar nova sobrecarga, são reversíveis e não diminuem a capacidade do
organismo de manter a homeostase, não aumentam a suscetibilidade do
organismo aos efeitos indesejáveis de outros fatores. COLINESTERASE e
ALA-U
▪ Biomarcadores de Suscetibilidade = Refere-se a qualquer condição, adquirida
ou congênita, que pode ser utilizada para predizer a resposta do organismo ao
xenobiótico, uma vez que a variabilidade dessa resposta é considerável.
▪ Condições para implantação do MB = Conhecimento da toxicocinética e da
toxicodinâmica provocadas pela substância química, existência de um
indicador biológico, possibilidade de obtenção de material biológico
adequado, existência de um método analítico adequado, conhecimento das
relações entre a exposição externa, a dose interna e aos efeitos nocivos,
definição de valores de referência e de valores limites máximos permitidos
para os parâmetros biológicos.
▪ Fatores que afetam o MB = Hábitos pessoais (álcool, fumo), fármacos
(aspirina), fatores constitucionais (sexo, idade), fatores patológicos, interações
metabólicas, exposições múltiplas;
▪ Vantagens = Permite avaliar a exposição global do indivíduo ao toxicante,
considera-se a absorção do toxicante por todas as vias de Introdução, avalia a
exposição relativa a um período prolongado e não apenas a quantidade do
agente químico presente no ambiente no momento da amostragem, avalia a
exposição total do trabalhador em toda a sua extensão de trabalho, avalia a
quantidade absorvida em função de fatores individuais na biodisponibilidade
dos toxicantes.
▪ Desvantagens = Número relativamente limitado de indicadores disponíveis,
frente ao grande número de substâncias químicas, carência de estudos
toxicocinéticos e toxicodinâmicos para um elevado número de substâncias de
uso comum na indústria, impossibilidade de realização de monitorização
biológica de substâncias pouco absorvidas pelo organismo.
• A avaliação ambiental deve ser complementada pela avaliação biológica para a
vigilância da saúde do trabalhador.
• A avaliação biológica refere-se à exposição passada enquanto a ambiental ao dia que
foi feita.
• A avaliação ambiental limita-se a penetração da substância por via respiratória.

Praguicidas
• SINÔNIMOS: pesticida, praguicida, defensivo agrícola, agrotóxico, agroquímico,
veneno etc.
• DEFINIÇÃO: substâncias destinadas a destruir, repelir ou reduzir qualquer praga,
representada por um animal, vegetal ou microrganismo.
• CATEGORIAS: herbicidas, inseticidas, fungicidas, raticidas, etc.
• Exposição:
▪ Profissionais ou ocupacionais = ✓ Indústrias: ✓ formuladores, síntese,
embalagem ✓ Transporte e comércio ✓ Firmas desinsetizadoras/uso
doméstico ✓ Saúde pública “Fumacê” ✓ Agricultura ✓ Pilotos agrícolas e
bandeirinhas ✓ Pecuária
▪ Acidentais = Ingestão: crianças ✓ Transporte com alimentos
▪ Tentativas de suicídio
▪ Poluição ambiental =✓ Resíduos industriais ✓ Aplicação agrícola ✓ Água
para consumo
▪ Alimentar ✓ Acima dos limites máximos permitidos ✓ Prazo de carência
• Fatores relacionados à intoxicação: Falta de treinamento, não uso de roupas
protetoras (EPIs), não uso de Receituário Agronômico, uso excessivo do produto, uso
de produtos proibidos, não fiscalização da aviação agrícola (Pulverização área),
desrespeito do tempo de carência, linguagem técnica inadequada nos rótulos, nível de
escolaridade do trabalhador e outras.
• Contaminação via oral: Irritação da boca e garganta, dor de estômago, náuseas,
vômitos, diarreia
• Contaminação via inalatória: Ardência do nariz e da boca, tosse, corrimento de
nariz, dor no peito, dificuldade de respirar
• Contaminação via dérmica: alergia, irritação, desidratação
• Manifestações clínicas: Cefaleia, náuseas e vômitos, tonturas, fraqueza, dores e
cólicas abdominais, tremores musculares, dispneia (Dificuldade de respirar),
hipotensão ou hipertensão, bradicardia (FC < 60 bpm) ou Taquicardia (FC > 120
bpm), sudorese excessiva, salivação (Sialorreia), câimbras e formigamentos, alergias
• Inseticidas inibidores da acetilcolinesterase - organofosforados e carbamatos:
▪ Absorvidos por todas as vias: oral, dérmica e respiratória.
▪ Lipossolubilidade
▪ Boa distribuição;
▪ Capacidade de atravessar barreira placentária e hematencefálica
▪ Biotransformação hepática: hidrólise, oxidação, redução e conjugação
▪ Organofosforados => metabólitos de maior atividade tion (P = S) malation,
paration ativação a oxon (P = O)
▪ Carbamatos => geralmente metabólitos de menor atividade (exceto Propoxur®
e Carbaril®)
▪ Aldicarbe = Uso como raticida doméstico, sob a forma do popular chumbinho;
 Produto ilegal => uso e comércio como raticida => atividade ilícita e
criminosa (Humanos, suicídio, animais);
 2012 => Ministério da Agricultura, Pecuária e
 Abastecimento (MAPA) cancelou registro do Temik 150 G =>
proibidos produção, comercialização e uso de qualquer agrotóxico à
base de Aldicarbe.
 Oito mil casos de intoxicação relacionados ao chumbinho, no Brasil,
todos os anos.
▪ Não são substratos da Acetilcolinesterase, apenas se ligam ao sítio catalítico da
enzima, impedindo sua ligação à acetilcolina (NT);
▪ Acetilcolina (NT) se acumula na fenda sináptica e através da ligação aos
receptores muscarínicos e nicotínicos tem seus efeitos exacerbados. -
Síndrome colinérgica
▪ Carbamatos tem inibição reversível, organofosforados tem inibição
irreversível
• Piretrinas e Piretroides:
▪ Inicialmente, derivados do Crisântemo (Chrysanthemum cinerariaefolium)
(inseticida)
▪ Inseticidas sintéticas e introduzidos no mercado na década de 1970;
▪ Atualmente, uso na agricultura, pecuária, domicílios, campanhas de saúde
pública, entre outras
▪ Tipo I – Não tem Ciano substituído na posição alfa
▪ Tipo II – Ciano (C≡N) substituído na posição alfa
▪ Absorção: Via oral e dérmica (menor abs);
▪ Taxa de absorção é aumentada na presença de solvente orgânicos;
▪ Alta lipossolubilidade – Atravessa BHE;
▪ Biotransformação: Principalmente oxidação (piretrinas) e Hidrólise
(Piretroides) – Fígado;
▪ Excreção: Renal
▪ Seletivos do canal de sódio;
▪ Antagonista do GABA;
▪ Aumento da liberação de noradrenalina;
▪ Ação Neurotóxica em insetos e mamíferos.
▪ Não há antídoto.
▪ Manutenção das funções vitais
▪ Lavagem gástrica em dose maciça em até 1 hr.
• Neonicotinoides:
▪ Sinônimos: cloronicotinas, clorotriázois, nitroiminas;
▪ Desenvolvidos em 1980;
▪ Sintetizado da nicotina natural;
▪ Utilizados na agricultura e horticultura;
▪ “Fumacê”
▪ Absorção escassa via derme. Alta no TGI;
▪ Pico Plasmático: 2,5 h
▪ Biotransformação hepática
▪ Excreção renal
▪ Imitam a acetilcolina e compete pelos receptores nicotínicos na membrana
pós-sináptica – Ativação e hiperexcitabilidade do SNC
• Organoclorados:
▪ Inseticidas Organoclorados
▪ Foram amplamente utilizados na agricultura; ● Em 1970, proibidos ou
restringidos em muitos países pela biocumulação, biomagnificação e
persistência por décadas;
▪ Polêmicos BHC (Hexaclorocicloexano) e DDT (Diclorodifeniltricloroetano); ●
BHC - banido em 85, ainda era usado anos após.
▪ DDT - Atualmente, o Brasil não utiliza DDT para qualquer finalidade.
▪ Absorção: Oral, dérmica e Respiratória;
▪ Altamente lipossolúveis – tecido adiposo;
▪ Indutores de enzimas microssômica hepática;
▪ Excreção: principal biliar
▪ Estimulantes do SNC;
▪ Prolonga abertura do canal de Na;
• Herbicidas Bipiridílicos:
▪ Exemplos: Paraquat®, Diquat®, Gramoxone®
▪ Estão incluídos nesta classe, dois compostos quaternários deamônio
▪ Altamente tóxico para o homem => Dose letal em humanos encontra-se em 3-6
mg/kg => quantidade tão pequena quanto 10-15 mL de solução a 20%.
▪ Ingestão de volumes superiores a 50 mL é fatal.
▪ Absorção Vias respiratória e dérmica (ocupacional) e Oral (acidental e suicídio)
▪ Intox. acidentais em crianças => coloração do produto
▪ Distribuição ampla nos tecidos
▪ Não se liga a proteínas plasmáticas;
▪ Atravessa barreira placentária;
▪ Acúmulo nos pulmões, rins, fígado e tecido muscular.
▪ Reações de oxido-redução e auto-redução (cit P450) => Paraquat é reduzido
(sistema NADPH), reage com O2 => anion superóxido (O2);
▪ Reação com lipídios => ativa sistema mononuclear macrofágico => FIBROSE DO
TECIDO PULMONAR
▪ Macrófago é uma célula de defesa > conduz a formação de tecido fibroso
• Herbicidas clorofenoxiacéticos:
▪ Exemplos: Agroxone®, Tordon®
▪ Uso: desfolhante, usado na Guerra do Vietnã – 1955-1975 (Agente laranja:
2,4-D com 2,4,5-T=> contaminante Dioxina TCDD => efeitos carcinogênicos)
▪ Classificados em 3 grupos em função do número de átomos de cloro ligados ao
anel aromático:
▪ Vias respiratória e digestiva
▪ Via dérmica – importante para a absorção das dioxinas
▪ Ampla ligação proteica, baixa taxa de biotransformação, eliminação urinária.
▪ Aguda: Irritantes de pele e mucosas, Ingestão:
 Espasmos musculares, sudorese, diminuição dos reflexos, dificuldade
respiratória, distúrbios cardíacos, comprometimento SNC (hipertonia
(rigidez muscular), alucinações, convulsões e coma profundo).
 Insuficiência renal, acidose metabólica, falência de múltiplos órgãos.
▪ Crônica: ocupacional, Irritação dos olhos, nariz e garganta, Erupções cutâneas,
Alterações urinárias: oligúria, hematúria, albuminúria
▪ Teratogênico
▪ Embriotóxico
• Glifosato:
▪ Famoso e polêmico, o herbicida glifosato (N-fosfonometil-glicina) =>
▪ entre os 10 agrotóxicos mais consumidos no Brasil.
▪ Princípio ativo mais utilizado nos últimos anos (Sistema de Agrotóxicos
Fitossanitários (Agrofit)) – MAPA – Bulas aprovadas pelo MAPA –
Receituário agronômico
▪ Amplamente distribuído no ambiente => resíduos nos alimentos, atmosfera,
solo e lençol freático; podendo causar intoxicação humana mesmo quando
consumido em baixas doses.
▪ Estudos correlacionam o glifosato com o aparecimento de doenças: câncer
(câncer ósseo, câncer do cólon, câncer renal, câncer hepático, câncer do
pâncreas, câncer de tireoide, entre outras), diabetes, doenças cardíacas,
desordens neurológicas (depressão, autismo, Alzheimer, Parkinson),
infertilidade, alterações hormonais, nascimentos com microcefalia
▪ 2015, a Agência de Pesquisa sobre Câncer (IARC) da Organização Mundial de
Saúde (OMS) declarou o glifosato “provável causador de câncer humano”. A
decisão foi baseada em pesquisas de 17 especialistas em câncer de 11 países
• Fungicidas:
▪ Uso: proteção de sementes durante armazenamento, proteção de culturas
maduras e proteção de paredes.
▪ Ditiocarbamatos, Compostos de cobre e Triazóis
▪ Tratamento sintomático, não há antídoto, sintomas variados frente ao
composto.
• Raticidas:
▪ Variedades de compostos ampla, diferença na composição química e
toxicidade;
▪ Chumbinho > Problema de saúde pública;
▪ Anticoagulantes, como varfarina e analógos (Cumarina e indandionas), mais
utilizados atualmente;
▪ Inibição da enzimaK1 epóxido-redutase e Vit. K, com consequente diminuição
dos fatores de coagulação;
▪ Distúrbio hemorrágico;
▪ Prolongamento do Tempo de protrombina.

Solventes e Vapores
• Solventes: Classe de líquidos orgânicos de variável lipofilicidade e volatilidade,
pequeno tamanho molecular.
• Facilmente absorvidos pelos pulmões, pele e sistema digestório;
• A maioria obtidos do refino do petróleo.
• Substâncias utilizadas para extrair, aplicar, dissolver ou remover outra substância sem
reagir com esta

• Gases: Fluidos sem forma, que permanecem no estado gasoso nas condições normais
de pressão e temperatura. Difundem-se.
• Vapores: Formas gasosas de substâncias normalmente sólidas ou líquidas nas
condições normais de pressão e temperatura. Difundem-se.
• Limite de exposição dos solventes: OSHA, PELs (ACGIH), Valores máximos foram
projetados para protegê-los dos efeitos agudos de exposições elevadas e de curta
duração a solventes
• Fatores que determinam a intensidade da exposição dos solventes: pressão de vapor
(volatilidade), ponto de ebulição, densidade, velocidade de evaporação, densidade de
vapor, solubilidade em água, coeficiente de partição sangue/ar
• Absorção dos solventes: inalação de compostos orgânicos voláteis, absorção via
dérmica, oral por acidentes
• Transporte e distribuição de solvente: depende do teor hídrico, teor de lipídeos e
vascularidade. Hidrofílicos via solubilização no plasma, lipofílicos via fosfolipídeos,
lipoproteínas e colesterol presentes no sangue. Armazenamento em tecido adiposo e
ricos em lipídeos
• Biotransformação de solvente: modula toxicidade, fígado (cit.P450), bioativação
• Excreção de solvente: urina (inalterado ou conjugados), fezes (conjugados), ar
(inalterado)
• Fatores modificadores: fatores ambientais, fatores individuais, interação entre
solventes, fatores genéticos, fatores fisiopatológicos, fatores endógenos (Crianças,
idosos, gênero), fatores exógenos (Indutores e inibidores – Enzima P450, Atividade
física, dieta).
• Características comuns dos solventes: efeitos dérmicos locais devido a extração dos
lipídeos da derme, efeito depressor do SNC, efeito Neurotóxico, efeito Hepatotóxico,
efeito Nefrotóxico, alterações cardíacas, risco variável de câncer.
• N-Hexano: hidrocarboneto alifático, solvente, exposição ocupacional e social
(cheirador de cola)
▪ Absorção pulmonar, cutânea, gastrointestinal
▪ Tecidos (cérebro, rins, baço, tecido adiposo, fígado)
▪ Acumulação em Tec. Adiposo
▪ Excreção da forma inalterada via pulmonar
▪ Biotransformação com bioativação - produtos com ação neurotóxica e irritante
▪ Intoxicação aguda: SNC => vertigem (tontura) e acentuada anestesia (elevadas
concentrações), euforia, parestesias das extremidades, lesões e eritemas na pele, ação
irritante mucosa nasal, bucal, trato respiratório e córnea.
▪ Intoxicação crônica: Anemia e trombocitopenia (redução de
▪ plaquetas), hepático (necrose), polineurite periférica – Danos aos nervos (n-hexano
e produtos de biotransformação, como 2,5-hexanodiona)
▪ Sintomas: câimbras, dormência nos dedos das mãos e dos pés (meses ou anos após
a exposição, perda sensorial tátil, dolorosa e térmica (pés e mãos), fraqueza
muscular (braço, antebraço, coxa), paralisia, sequelas após cessada exposição.
• Tolueno tem ação neurotóxica
• Benzeno: hidrocarboneto aromático, toxicidade hematopoiética, desregula produção
de células vermelhas
▪ Líquido incolor, volátil, inflamável, elevada lipossolubilidade, solúvel em
solventes orgânicos;
▪ Uso vem diminuindo nos últimos anos.
▪ Via pulmonar: rapidamente absorvido, maior na primeira hora
▪ Via dérmica: pouca absorção, pode volatilizar
▪ Via oral: absorção elevada, pico plsmático em minutos
▪ Distribuído por lipoproteínas para tecidos adiposos.
▪ No fígado e na medula óssea, ocorre a transformação dessa substância em
metabólitos tóxicos
▪ Excreção urinária: conjugação com sulfatos e ácido glicurônico
▪ Metabólitos quinônicos: ação de mieloperoxidases na medula óssea (reativos)
– DNA - radicais altamente reativos - ROS ação sobre camada fosfolipídica da
membrana -- lesão celular;
▪ Metabólitos quinônicos reação com cromossomas alterações morfológicas --
interferências na mitose (Divisão celular)
▪ P-benzoquinona: agente alquilante - reação com grupos tióis (GSH) inibindo a
organização dos microtúbulos (estruturas proteicas nas células) por mecanismo
dependente de sulfidrilas;
▪ Ligação covalente >> inibição da replicação (Duplicação) do DNA
▪ Indução do câncer relacionada à exposição ao benzeno;
▪ Aplasia medular (produção insuficiente de células sanguíneas na medula
óssea);
▪ Leucemias - mais comum Leucemia Mielóide Aguda;
▪ Benzenismo: sinais, sintomas e complicações decorrentes da exposição aguda
ou crônica ao benzeno. As complicações podem ser AGUDAS quando ocorre
exposição a altas concentrações com presença de sinais e sintomas
neurológicos, ou CRÔNICAS, com sinais e sintomas clínicos diversos,
podendo ocorrer complicações a médio ou a longo prazos.
▪ Pode ser confundido por outra coisa, como tontura, dor de cabeça, quando na
verdade está relacionado com a exposição alta por benzeno
▪ Efeitos agudos: Irritante da mucosa, depressor do SNC (sonolência, tontura,
dor de cabeça, tremores, convulsões, paradas cardíacas e morte).
▪ Efeitos crônicos: Alterações hematológicas, neoplasias (multiplicação anormal
de células), alterações neurocomportamentais (irritação, sonolência),
alterações mutagênicas.
▪ Tratamento sintomático
▪ Não há limite seguro para a exposição ao benzeno
• Clorofórmio: hidrocarboneto halogenado, toxicidade renal e hepatotóxico, provável
carcinogênico humano, líquido incolor, volátil, odor etéreo, uso industrial
▪ Molécula lipofílica, é rapidamente absorvido e distribuído por todos os tecidos
do organismo.
• Álcoois: efeitos tóxicos são decorrentes principalmente da ingestão e contato com a
pele, podem potenciar a toxicidade de outros solventes ou drogas, efeito bifásico,
aumenta a toxicidade do clorofórmio, tricloroetileno, benzeno, entre outros
• Metanol:
▪ Absorção: rapidamente absorvido por via oral.
▪ Metabolismo: É lentamente metabolizado pela álcool-desidrogenase
▪ Eliminação: Urinária
▪ Hidrossolúvel → distribuição para os tecidos que apresentam elevado conteúdo
hídrico
▪ A dose tóxica mínima é de aproximadamente 100 mg/Kg.

Metais
• Definidos pelas propriedades físicas do elemento em estado sólido;
• Propriedades: alta refletividade (brilho), elevada condutividade elétrica, alta
condutividade térmica, maleabilidade (ouro), força mecânica (construção civil, carro)
– ferro, alumínio.
• Metal pesado: metal tóxico, Pb Cd Hg
• Metal nutricional: fundamentais na constituição do ser vivo, macroelementos (Na K
Mg Ca), em traços (Fe, Zi, Cu, Mn), ultra traço (Cr, Mb, Co)
• Fontes naturais ou antropogênicas
• Uso humano afeta a disponibilidade natural
• AGUDO OU CRÔNICO: Esses riscos podem ser imediatos, como também podem
ter efeitos nocivos em médio ou longo prazo, visto que sua contaminação é
progressiva e cumulativa
• Do ponto de VISTA TOXICOLÓGICO, possuem a capacidade de afetar diferentes
órgãos e tecidos do organismo em decorrência dos processos bioquímicos que
resultam na afinidade com um ou outro órgão ou tecido – DOSE E EXPOSIÇÃO
• Exposição: Forma orgânica ou inorgânica (Carga).
• Absorção e distribuição: ligação com proteínas ou estruturas celulares, distribuição
nas hemácias e plasma
• Biotransformação e excreção: lenta.
• Toxicodinâmica: afetam múltiplos órgãos, enzimas, organelas e membranas
celulares.

• Arsênio: Metaloide raramente encontrado livre no ambiente, e sim na forma de


mineral, arsênio inorgânico considerado mais tóxico, os compostos arseniacais são
encontrados em um grupo seleto de produtos industriais, comerciais e farmacêuticos
▪ Fontes de exposição = meio ambiente, contaminante do solo, água, ar e os
alimentos;
▪ Amplamente distribuído na costa terrestre;
▪ Fontes naturais: atividade vulcânica, aluição do solo e sedimentos
(desmoronamento), intemperismo geogênico (fragmentação das rochas);
▪ Fontes antropogênicas: emissões industriais, mineração e fundição, queima e
combustíveis e lixo, praguicidas e materiais tratadas com arsênio
▪ Exposição = ingestão de água e alimentos contaminados
▪ Absorção e distribuição = Distribuído por todo o organismo, DL oral Trióxido
de arsênio: 18 a 80 mg/dia
▪ Biotransformação = metilação oxidativa e posterior conjugação com
glutationa
▪ Excreção = excreção renal via composto inorgânico e produtos de
biotransformação
▪ Toxicodinâmica = Inibição de reações enzimáticas vitais para o metabolismo
celular, indução de estresse oxidativo, alteração da expressão gênica e da
transdução de sinal celular.
▪ Letal (Dose oral igual ou superior) = 2 mg/kg
▪ Dose prolongadas (semanas e meses): 0,05 mg/kg, efeitos gastrointestinais,
hematológicos, hepáticos, neurológicos e dérmicos;
▪ Exposições prolongadas 0,001 mg/kG (água potável) = doenças de pele e
câncer de pele, bexiga, rins e fígado
▪ Exposição oral: acidental, intencional ou através da alimentação;
▪ IARC (2020): Grupo 1;
▪ Codex Alimentarius – limite máximo: arroz polido (0,35 mg/kg)
• Cádmio:
▪ Fontes de exposição antropológicas = Lixiviação de aterros,mineração,
queima de combustíveis fosseis (Material particulado, facilita dissociação no
ambiente), fabricação de pigmentos (plásticos e vidro), estabilizador para
PVC, processo de galvanização como protetor da corrosão do aço, vidros
coloridos, painéis solares e janelas, baterias de cádmio, fertilizantes a base de
fosfato, bijuterias;
▪ Exposição = ingestão de alimentos e água contaminada, população não
exposta
▪ Absorção e distribuição = Distribuído ao organismo; afinidade com albumina
▪ Meia-vida no sangue: 75 a 128 dias
▪ Exposições prolongadas: acúmulo seletivo no fígado e córtex renal
▪ O Cd inalado é pelo menos 60 vezes mais tóxico do que sua forma ingerida.
▪ Excreção renal lenta
▪ Meia-vida biológica = 10 a 33 anos
▪ Efeitos renais: disfunção tubular renal; decréscimo da taxa de filtração
glomerular, falência renal
▪ Efeitos nos ossos: interferência no metabolismo da vit. C., perdas de cálcio e
fosfato (em função da deficiência de reabsorção pelos túbulos renais destes);
▪ Hematológicos: Redução da recaptação de ferro, resultando em anemia
▪ Efeitos genotóxicos, neurotóxicos, cardiovascular
▪ IARC: Grupo A1
▪ Efeitos agudos = inalação: poeiras e fumaças (óxido de cádmio), ou pela
ingestão de sais de cádmio, os efeitos iniciais são irritação local. Ingestão:
náuseas, vômitos, salivação, diarreia e cólicas abdominais, e podem ser
sanguinolentas;
▪ Efeitos crônicos = doença pulmonar crônica obstrutiva, distúrbios crônicos dos
túbulos renais, osteoporose, anemia, imunossupressão.
▪ Doença de Itai-Itai = contaminação por arroz no Japão, deficiência em cálcio
• Mercúrio: sem cheiro, insolúvel em água, líquido, altamente tóxico
▪ Usado em termômetro, amálgama (Liga Metálica) odontológico, lâmpada
fluorescente, interruptor elétrico, mineração e em alguns processos industriais;
▪ Associado a contaminação de solo, rios e lagos.
▪ Já no ambiente, contamina alimentos, peixes, mariscos...
▪ Manifestações clínicas = Gastrenterite grave, choque, danos no SN (Sistema
nervoso), danos a coordenação, formigamento nas extremidades e ao redor da
boca, falta de coordenação, diminuição do campo de visão.
▪ Tratamento = A BAL (Dimercaprol) – AGENTE QUELANTE - é mais eficaz
na prevenção de lesão renal quando adm em 4 horas após a ingestão aguda de
sais de mercúrio inorgânico

Alimentos
• Segurança de alimentos
• Efeitos nocivos decorrentes da interação de agentes químicos presentes em alimentos e
organismos vivos
• Índice de toxicidade: ingestão diária aceitável, limite máximo permitido, ingestão
diária tolerável, dose de referência
• Codex alimentarius: estabelecer normas internacionais na área dos alimentos para
proteger a saúde dos consumidores
• IDA: quantidade que pode ser ingerida diariamente sem provocar risco à saúde
• RfD: estimativa da exposição diária a um agente que não induz risco à saúde
• IDA ou RfD = NOAEL/FS, NOAEL é nível de ausência de efeito adverso observado,
FS é fator de segurança ou incerteza
• LMP: quantidade máxima de substância presente no alimento que não causa danos
durante toda a vida
• Para substâncias naturalmente tóxicas, não é possível estabelecer tolerância, já que a
concentração dependerá das condições que o alimento foi produzido
• Para estabelecer os limites de tolerância: IDA.peso médio consumidor / fator
alimento.1,5kG
• Quando não há dados suficientes para estabelecer a tolerância, pode determinar-se a
tolerância provisória
• Risco em alimentos: condição e contaminante que pode causar dano ao consumidor,
forma imediata ou tardia, única ingestão ou ingestão repetitiva
• Benefício de nitrato e nitrito em derivados cárneos: conservante para evitar
surgimento do botulismo, sabor e cor
• Risco de nitrato e nitrito em derivados cárneos: formação de nitrosaminas com alto
potencial carcinogênico, metemoglobina
• Contaminantes: antibióticos, praguicidas, micotoxinas, plásticos, aditivos
alimentares, metais
• Corante caramelo – 4MEI: 4MEI produto da degradação do caramelo, possível
carcinogênico,
• Tetrotoxina: produzida nas gônadas e outras vísceras, neurotoxina não proteica
▪ Bloqueia os canais de sódio nas membranas celulares excitáveis, inibindo
entrada de sódio no neurônio, bloqueando impulso nervoso
▪ Morte por paralisia dos músculos respiratórios
▪ Resistente ao calor e congelamento
• Saxitoxina: maré vermelha, alcaloide neurotóxico, eutrofização artificial
▪ Envenenamento paralisante por moluscos
▪ Toxinas paralisantes interferem na comunicação entre neurônios e células
musculares
▪ Inibem condução de sinapse por bloquearem canais de sódio
▪ Vômito, diarreia, paralisia facial e respiratória
• Mandioca brava
▪ Teor de cianeto nas raízes
▪ Planta cianogênica
▪ Glicosídeo cianogênicos, estão ligados ao carboidrato, liberado após o processo
de hidrólise
▪ Hipóxia citotóxica = HCN com afinidade ao Fe, interrupção do oxigênio
molecular, distúrbio na cadeia respiratória
• Nitrato e Nitrito: conservantes, formação de nitrosamina (carcinogênico)
▪ NITRITO FORMA ÁCIDO NITROSO, DECOMPOE EM CÁTIO NITROSIL.
▪ Formação de metemoglobina com consequente redução da oxigenação tecidual
em crianças
▪ Prejuízo na função tireoidal
▪ Interferência no metabolismo de proteínas lipossolíveis
• Micotoxinas: metabolismo secundário dos fungos, em resposta ao calor e umidade,
produção por fungos filamentosos
▪ Fumonisinas = B2 milho, edema pulmonar em suínos, câncer no esôfago
▪ Zearalenona = milho, trigo, arroz, cevada, atividade estrogênica, não
carcinogênico
▪ Ocratoxina A = café e cacau, nefrotóxico, carcinogênico, teratogênico
• Aditivos alimentares: geralmente controlados, não deve exceder o limite do objetivo
▪ Tartrazina = alergias, inflamação, enxaqueca, ansiedade, distúrbio do TGI,
câncer e hiperatividade em crianças
▪ BHA e BHT = antioxidantes fenólicos sintéticos
• Antibióticos: uso terapêutico, profiláxico, promotor de crescimento (problemático,
residual em alimento)
• Proposição 65: protege contaminação de água potável por carcinogênicos, exigem que
as empresas informem sobre a exposição a esses produtos químicos

Ácido Hipúrico
• Monitoramento ambiental: medida e avaliação de agentes no ambiente de trabalho
para estimar a exposição ambiental e o risco à saúde por comparação dos resultados
com referências apropriadas.
• Monitoramento biológico: medida e avaliação de agentes químicos ou de seus
produtos de biotransformação em tecidos, secreções, excreções, ar exalado ou alguma
combinação desses, para estimar a exposição ou o risco à saúde quando comparado com
uma referência apropriada.
• Solventes orgânicos: São substâncias químicas orgânicas que têm a propriedade de
solubilizar, dispersar ou diluir outras substâncias em seu meio. São líquidos em
temperatura ambiente e apresentam diferentes graus de volatilidade e lipossolubilidade.
• Tolueno: metil-benzeno, incolor ou âmbar claro, volátil, com odor forte, lipossolúvel,
reativo com diversos compostos
• Rápida absorção pulmonar, pouca absorção dérmica, mas rápida
• A distribuição ocorre rapidamente para vários tecidos. Atravessa placenta e BHE.
• Fases da Distribuição:
▪ Fase inicial ou α: para tecidos ricamente vascularizados (t1/2 = 3 min);
▪ Fase rápida ou β: para tecidos moles (Músculo) (t1/2 = 40 min);
▪ Fase lenta ou ɤ: tecido adiposo e medula óssea (t1/2 = 738 min = 12h30 min).
• Excreção urinária de metabólitos - ácido hipúrico
• Ação irritante e neurotóxica
• Efeito bifásico:
▪ Baixa concentração = Estimulação do SNC – Euforia e excitação (aumenta
neurotransmissores – norepinefrina, dopamina e serotonina);
▪ Alta concentração = Depressor do SNC (alteração estrutural do tecido
neural/neurotransmissores).
• Efeitos agudos: Irritante da mucosa e pele, estimulante e depressor do SNC
(semelhante ao etanol).
• Efeitos crônicos: Degeneração cerebelar e cortical, neuropatia periférica e atrofia ótica
(disfunção dos nervos – Formigamento), alterações neuropsíquicas e
neurocompartimentais (Déficit de atenção e Hiperatividade).
• Monitorização: ácido hipúrico urinário (VR: 1,5 g/g creatinina)
• Interferentes: Etanol inibe a BT do tolueno; dieta; benzeno
• IBMP: 2,5 g/g creatinina
• o-cresol urinário (VR: até 3 mg/L)- Interferentes: Fumo
• Tolueno urinário (IBE 48 μg/L) - exposição recente
• Finalidade na determinação de ácido hipúrico urinário: diagnóstico clínico,
monitoramento biológico para exposição ao tolueno
• Princípio da técnica: o ácido hipúrico é extraído com acetato de etila. Em seguida,
ocorre a reação do ácido hipúrico com o p-dimetilaminobenzaldeído (p-DABA),
catalisado pelo cloreto férrico, formando um complexo amarelo com absorção máxima
em 470 nm, que é proporcional a concentração de ácido hipúrico presente na amostra.
• Valor de referência = até 1,5g/g de creatinina
• IBPM = 2,5g/g de creatinina

Colinesterase
• Toxicologia ocupacional: Prevenção de alterações da saúde dos trabalhadores
expostos a diversos fatores de risco, entre eles, a exposição a substâncias químicas no
ambiente de trabalho.
• Alterações no estado de saúde podem ser prevenidas pela substituição da substância
nociva -> Nem sempre é possível!
• Alternativa é reduzir a exposição e avaliar esta exposição por monitoramento ambiental
e biológico.
• Monitoramento ambiental: Determinar a presença de agentes tóxicos no ambiente de
trabalho para avaliar o risco à saúde e comparar com normas apropriadas.
• Monitoramento biológico: Determinar a presença dos agentes tóxicos inalterados ou
seus metabólitos em tecidos, excreções, ar expirado dos trabalhadores para avaliar a
exposição e o risco a saúde. Comparar resultados obtidos com referências apropriadas.
• Tipos de bioindicadores:
▪ Indicador de exposição ou dose interna: Ex: ácido hipúrico na urina com o
tolueno do ambiente de trabalho, chumbo no sangue > (Baterias)
▪ Indicadores de susceptibilidade: Ex: Polimorfismo gênico (Pode ocorrer em
mais de 2% da população – Resistência/ adaptação genética);
▪ Indicadores de efeito: Quantificação das alterações biológicas produzidas pela
interação do agente químico com o organismo. Ex: Atividade da colinesterase
em agricultores expostos a inseticidas inibidores desta enzima, ÁCIDO δ-
AMINOLEVULÍNICO na urina em trabalhadores expostos ao chumbo
(Bateria).
• Enzima acetilcolinesterase: Mediador químico de sinapses no sistema nervoso
central (SNC), Impulso nervoso
▪ Responsável pela hidrólise do neurotransmissor acetilcolina em colina + ácido
acético;
▪ Inibição da enzima leva ao acúmulo de acetilcolina nas terminações nervosas;
▪ Sinais e sintomas decorrentes dos sítios onde ocorrerá o excesso de acetilcolina
(receptores muscarínicos e nicotínicos);
▪ Efeito muscarínicos, nicotínicos e colinérgicos centrais.
• Organofosforados e carbamatos são inibidores da colinesterase
• Absorção oral, dérmica e respiratória;
• São lipossolúveis -> boa distribuição e capacidade de atravessar barreiras placentárias
e BHE;
• Biotransformação hepática;
• Excreção renal – 80 a 90% eliminada em 48 hrs ;
• Instalação do quadro clínico em minutos ou até 12 horas
• Organofosforados: Alta toxicidade aguda, distribuição extensa no organismo, lento
metabolismo hepático, inibição irreversível da enzima acetilcolinesterase -> Efeitos
podem durar semanas ou meses
• Carbamatos: Toxicidade aguda de baixa a moderada (Aldicarb=Chumbinho=ALTA
TOXICIDADE), inibição rapidamente reversível -> Em geral sintomas de intoxicação
aguda somem rapidamente
• Tratamento: na intoxicação aguda, pode ter medidas de suporte de vida, carvão
ativado e lavagem gástrica, antídotos
▪ Atropina (Mais convencional) >> antagonista competitivo – Receptores
muscarínicos
▪ Oximas – para intoxicações por of e mistas (Pralidoxima) – Reativa enzima
• Sangue total – acetilcolinesterase: Presente em hemácias, tecidos nervosos e
músculos estriados – correlação direta com o SNC. Meia-vida de 120 dias (exposição
crônica).
• Plasma – butirilcolinesterase: Presente em vários tecidos, principalmente fígado,
plasma, pâncreas e intestino delgado. Meia-vida de 1 semana (exposição aguda).
• Indicador biológico de efeito: vigilância, diagnóstico
• Sangue heparinizado – plasma e sangue total
• Princípio do método: Medida colorimétrica da velocidade de hidrólise do iodeto de
acetiltiocolina pelas colinesterases sanguíneas. A tiocolina liberada reage com o ácido
ditionitrobenzóico (DTNB), liberando um composto de cor amarela que é quantificado
em espectrofotômetro em comprimento de onda de 412 nm. A variação de absorbância
por minuto é diretamente proporcional à atividade enzimática.

ALA-U
• Chumbo: metal tóxico com efeito de bioacumulação
• Bateria, arma de fogo, atividade de mineração >> exposição ocupacional;
• Água, solo e alimentos >> sem ser ocupacional – exposto pela alimentação ou ambiente.
• Metal “pesado” largamente utilizado na indústria => maleabilidade (Flexível) e
resistência à corrosão.
• Alta incidência de intoxicação entre os trabalhadores no Brasil (TOXICOLOGIA
OCUPACIONAL).
• Absorção oral: Via mais significativa, crianças absorve maiores concentrações.
Interfere: idade, gravidez, estado nutricional do cálcio e ferro e jejum, 5-15% em adultos
por transporte facilitado (afetado por Ca, Fe e fosfato).
• Absorção pulmonar: Inalação de poeira, fumos e vapores (40%), compostos orgânicos
tem maior absorção, principal via de exposição ocupacional.
• Absorção dérmica: apenas compostos orgânicos
• Distribuição:
▪ SANGUE = t1⁄2 vida de 35 dias.
▪ TECIDOS MOLES => t1⁄2 de 40 dias.
▪ OSSOS => 90% do conteúdo total de Pb no organismo => t1⁄2 de 2 - 10 anos
=> compartimento trabecular (lábil) e compartimento cortical (inerte => fonte
endógena de Pb) = Fosfato de Pb.
▪ Cálcio => mecanismos controladores da homeostase alteram a cinética do Pb
• Somente os compostos orgânicos de Pb sofrem biotransformação (tetraetila e
tetrametila). Compostos tetraetila e tetrametila de chumbo são desalquilados
parcialmente no fígado, formando, principalmente o chumbo trialquilado.
• Excreção: Excreção Urinária (75%), Excreção pelas fezes (16%)
• O chumbo inorgânico não é biotransformado, e sim, complexado por macromoléculas,
sendo diretamente absorvido, distribuído e excretado.
• Afinidade por grupos sulfidrila (SH), ácido fosfórico (H3PO3), amino (NH2) e
hidroxila (OH);
• Complexação com compostos endógenos;
• Interferências nas funções celulares;
• Órgãos críticos => Sistema nervoso, Medula óssea, Rins
• Interferência com a síntese da globina (Ptna);
• Alterações hematológicas;
• Ação sobre o sistema nervoso;
• Ação nefrotóxica;
• Ação sobre o trato gastrintestinal;
• Ação sobre o sistema cardiovascular;
• Ação sobre o metabolismo do ácido úrico (^ -Gota).
• Anemia Satúrnica – Anemia microcítica (reduz tamanho) e hipocrômica (Qtade de
hemoglobina): aumento de reticulócitos (hemácias imaturas), pontilhado basófilo -
decorrente da diminuição da vida média do eritrócito (fragilidade de parede) e prejuízo
na síntese do heme;
• Intoxicação aguda por chumbo orgânico
▪ Chumbo orgânico => mais comum Pb tetraetila e tetrametila
▪ Hipertensão, taquicardia e encefalopatia caracterizada por delírios, convulsões
e episódios de mania (transtorno bipolar), sensação de ebriedade (alteração do
senso de percepção), perda de apetite, irritabilidade, cefaléia, mialgias diversas
(dor muscular), náuseas e vômitos.
• Intoxicação aguda por chumbo inorgânico
▪ Chumbo inorgânico (Pb+2 e Pb+4): chumbo metálico, puro ou na forma de
ligas, e seus óxidos e sais
▪ Crianças => ingestão de grandes quantidades de Pb.
▪ Gastrintestinais: sabor metálico e adocicado na boca, dores epigástricas e
abdominais, vômitos, diarreia, constipação intestinal;
▪ Renais: albuminúria, cilindrúria e oligúria (Redução urina);
▪ Nervosos: parestesias (sensações cutâneas subjetivas, ex: frio, calor,
formigamento, adormecimento), fraqueza, convulsões, sequelas neurológicas,
epilepsia, alterações do comportamento, paralisias.
• Intoxicação crônica - saturnismo ou plumbismo
▪ Síndrome gastrintestinal: anorexia, dispepsia (dificuldade de digestão), dores
espasmódicas (muscular), constipação persistente, orla gengival de Burton,
sabor metálico persistente.
▪ Síndrome renal: lesão tubular caracterizada pela tríade de Fanconi e nefropatia
crônica (doença renal), alterações arterioscleróticas (estreitamento dos vasos) e
degeneração hialina dos vasos (acúmulo de ptna), com alteração na excreção
renal.
▪ Tríade de Fanconi => IRA: hiperaminoacidúria, glicosúria, e hiperfosfatúria
em combinação com hipofosfatemia (baixo nível de ferro).
▪ Síndrome neuromuscular: sinal de chifre e/ou queda do pulso. Alterações da
marcha e equilíbrio. Fraqueza muscular e fadiga que pode progredir até
paralisia.
▪ Síndrome central: encefalopatia (mais comum em crianças) => irritação,
vertigem, cefaleia, inquietação, delírios, paranoias, convulsões, perda de
memória, perda da concentração e atenção em tarefas corriqueiras, alterações de
humor, com irritabilidade, depressão, insônia (ou sonolência excessiva) entre
outros.
• Neuropatia:
▪ Desmielinização (Sistema nervoso comprometido - condução);
▪ Nervos motores são mais sensíveis;
▪ Disfunção na velocidade de condução nervosa;
▪ Fadiga, fraqueza de extremidades, pés e pulsos caídos
• Tratamento: lavagem gástrica, agentes quelantes, EDTA, diálise
• Biomarcadores do sangue: chumbo inorgânico, zincoprotoporfirina, ala-d
• Biomarcadores da urina: ala-u copro-u
• Chumbo inorgânico no sangue:
▪ Indicador mais confiável de exposição ao Pb >> Reflete a uma exposição
recente.
▪ Níveis sanguíneos correlacionam-se com as concentrações de chumbo no ar;
▪ Coleta: Momento da amostragem “não crítico” pode ser feita em qualquer dia e
horário, desde que o trabalhador esteja em trabalho contínuo nas últimas 4
semanas sem afastamento maior que 4 dias;
▪ Recomenda-se iniciar a monitorização após 1 mês de exposição.
• \ALA-U:
▪ Indicador biológico de efeito
▪ Elevações nas excreções de ALA-U são observados a Partir de níveis de Pb-S
entre 35-45 μg/dL;
▪ Coleta: Momento da amostragem “não crítico” pode ser feita em qualquer dia e
horário, desde que o trabalhador esteja em trabalho contínuo nas últimas 4
semanas sem afastamento maior que 4 dias;
▪ Recomenda-se iniciar a monitorização após 1 mês de exposição.
• Finalidade: Verificar exposição ao chumbo (bioindicador de efeito), apresenta maior
especificidade e sensibilidade, apresenta boa correlação com os níveis sanguíneos de
chumbo
• Fundamento do método: O ALA é condensado com uma molécula de acetoacetato de
etila formando o ALA-pirrol, que é então extraído e colocado para reagir com p-
dimetilaminobenzaldeído (p-DABA - Erlich), formando o complexo colorido ALA-
pirrol-PABA, quantificado por espectrofotometria visível em 553 nm.

Aflatoxinas
• São micotoxinas, ou seja, substâncias produzidas durante o metabolismo secundário de
fungos filamentosos que contaminam alimentos e rações animais, produzindo efeitos
agudos ou crônicos (carcinogênicos).
• Produção por fungos filamentosos
• Favorecimento da produção: Alto teor de umidade nos grãos, temperatura e umidade
relativa do ambiente, danos mecânicos nos grãos, longos períodos de armazenamento,
impurezas e matérias estranhas, Oxigenação, Insetos (veículos de contaminação).
• Consequências da contaminação: Perda econômica pelo descarte do alimento ou
ração, perda de animais acompanhada por diversas taxas de mortalidade, animais com
redução na velocidade de crescimento e produtividade, doenças em humanos, rejeição
de produtos pelo mercado importador.
• Substâncias apolares, Solúveis em solventes orgânicos, Instáveis à luz UV, Bastante
estáveis a temperaturas altas.
• São estáveis nas temperaturas normais de cozimento, pasteurização e torrefação,
ocorrendo pouca ou nenhuma destruição delas.
• Efeitos genotóxicos: Originando mecanismos básicos de mutagenicidade e
carcinogenicidade HEPATOTOXICA
• Após a biotransformação formam-se vários metabólitos com atividade biológica
diferente
• Efeito AGUDO: anorexia, prostração (fraqueza, moleza), convulsões, contrações,
paralisia, morte por necrose e degeneração hepática
• Efeito CRÔNICO: fígado fibroso e carcinoma – HEPATOTOXICA
• Carcinogênicas, teratogênicas e mutagênicas;
• Órgão mais atingido => FÍGADO => altera a absorção de lipídeos, vitaminas e
minerais;
• Depressão do sistema imunológico;
• Dano as células microssomais do fígado impedindo a transcrição (expressão do gene)
do Sistema DNA-RNA;
• Prevenção: Boas práticas agrícolas e de processamento, incluindo estocagem,
condições de transporte adequadas.
• Remoção: Física (pela cor dos grãos contaminados), química (uso de solventes),
biológica (Flavobacterium,atualmente Nocardia).
• Destruição: Física (radiação UV; calor seco ou úmido), química (uso de solventes:
amônia, álcalis (Básico)).
• O mesmo fungo em culturas diferentes e condições ambientais difere quanto a produção
de micotoxinas;
• Finalidade: Fiscalização, controle de qualidade, monitoramento, pesquisa (com o objetivo
epidemiológico, avaliar estabilidade, processo de descontaminação, etc).
• Princípio: As aflatoxinas são EXTRAÍDAS com metanol-cloreto de potássio da matriz
usada para análise. Posteriormente, realiza-se a etapa de LIMPEZA, com precipitação
de proteínas com agentes clarificantes (sulfato de cobre ou sulfato de amônio). As
aflatoxinas são REEXTRAÍDAS com clorofórmio por partição líquido-líquido e
separadas dos demais componentes do extrato por cromatografia em camada delgada.
A detecção e quantificação das aflatoxinas são realizadas por ANÁLISE VISUAL sob
luz ultravioleta (36nm).

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