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MECÂNICA DOS SÓLIDOS - II

Teoria das falhas por Fadiga – Parte 1

Prof. Márcio Antônio Paulo

Criciúma, 2021
TEORIA DAS FALHAS POR FADIGA

Tópicos da aula de hoje

- Histórico de análise de fadiga;


TEORIA DAS FALHAS POR FADIGA
HISTÓRICO (~ 1830 – 1860)
• Contexto da Revolução Industrial Européia;
• Uso intensivo de metais em construções mecânicas
(pontes, indústria ferroviária, máquinas têxteis, etc.);
• Aumento do número de acidentes e mortes: 1842 em
Versailles ~60 mortes em acidente ferroviário (primeiro
laudo técnico detalhado);
• Inglaterra: Pesquisas em elementos de máquinas
descrevendo fratura e características microestruturais.
TEORIA DAS FALHAS POR FADIGA
HISTÓRICO (1860 – 1900)
Wöhler (1860- Alemanha, Indústria Ferroviária):
• Primeiro estudo experimental sistemático. Ensaios em
escala real de componentes sob carregamento cíclico.
• Cargas cíclicas << Cargas Estáticas;
• Levantamento de dados S-N (Tensão vs. N. Ciclos);
• Conceitos de limite para vida infinita ou Limite de
Resistência à Fadiga (grande maioria dos aços);
TEORIA DAS FALHAS POR FADIGA
HISTÓRICO (1860 ~ 1900)
Bauschinger (1886):
• Confirmação dos estudos de Wöhler.
• Constatação da variação das propriedades elásticas
devido a cargas cíclicas (Encruamento ou Amaciamento);
Fim do sec. XIX: Primeiros conceitos de “projeto” e
dimensionamento quanto à fadiga. ~80 artigos técnicos
publicados na última década.
TEORIA DAS FALHAS POR FADIGA
HISTÓRICO (1900~1950)
Ewing & Humfrey (1903, Suécia):
• Interpretação das propriedades microestruturais de
materiais cristalinos. Teoria de Cristalização;
• Definição das “bandas de deslocamento” em materiais
cristalinos;
• Estudos dos micromecanismos da fratura;
• Colapso do componente devido a uma única trinca
“dominante”;
TEORIA DAS FALHAS POR FADIGA
HISTÓRICO (1900~1950)
• Primeiras leis empíricas para o Limite de Resistência
(Basquin 1910), Relação S-N;
• Medição de laços de histerese em plasticidade cíclica
(Baristow 1910, Inglaterra);
• Estudos em vibrações, efeitos de tratamentos térmicos
e processos de fabricação;
• 1926/27: Primeiros livros (EUA e Inglaterra);
• ~1920-1930: Reconhecimento científico dos estudos em
fadiga;
TEORIA DAS FALHAS POR FADIGA
HISTÓRICO (1900~1950)
• Palmgren (1924)/ Miner (1954): Definição do conceito de
Acúmulo de Dano. Regra de acúmulo linear de dano
(Regra de Miner).
• Coffin & Manson (1954): Consideração dos efeitos da
deformação plástica. Conceito de “deformação” cíclica.
Levantamento de curvas -N (Relações de Coffin-Manson ).
Fadiga de baixo ciclo.
TEORIA DAS FALHAS POR FADIGA
HISTÓRICO (1950~2000)
• Preocupação em definir bases matemáticas sólidas.
Métodos analíticos compatíveis com os experimentos;
• Grande avanço da Mecânica da Fratura com base nos
conceitos de análise de tensões, Inglis (1913) e
conceitos de energia em fratura, Griffith (1921);
TEORIA DAS FALHAS POR FADIGA
HISTÓRICO (1950~2000)
Paris & Anderson (1961):
• Fator de concentração de tensões em trincas (K);
• Teorias de propagação de trincas (da/dN) em função de
K em carregamentos estáticos e cíclicos;
TEORIA DAS FALHAS POR FADIGA
HISTÓRICO (1950~2000)
• Avanços nos estudos em propriedades microestruturais
(microscopia eletrônica, laser, raios-X, etc), efeitos
ambientais e processos de fabricação, carregamentos
complexos (aleatórios e multiaxiais), materiais diversos,
análise estatística, etc. (últimas 4 décadas).
• Modelos de acúmulo de dano mais adequados, com
base na Mecânica do Contínuo: Mecânica do Dano:
Kachanov (1958) e Rabotnov (1959), Lemaitre,
Chaboche e Krajcinovic (1980-2000);
DÚVIDAS?

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