Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
1. Introdução
É de conhecimento geral que a ciência continua a evoluir até aos dias de hoje. O
aparecimento de algo tão simples e pequeno como os iões complexos trouxeram com eles mais
perguntas e questionamentos sobre como podemos aplicá-los em áreas como a medicina e
também do que é que estes curiosos complexos são capazes de fazer. Com este trabalho
procuraremos encontrar respostas para estas perguntas, explorando, numa área vasta como a
medicina, a sua importância nas aplicações terapêuticas e na obtenção de imagens médicas.
A maioria dos complexos são constituídos por metais de transição, pois estes
apresentam uma maior tendência para os formar. O número de ligantes diretamente unidos ao
ião central num complexo denominam-se números de coordenação do metal, os mais
frequentes para os elementos de transição são o 4 e o 6, embora também sejam frequentes o 2
e o 5.
A maioria dos complexos formados são coloridos, como o pigmento verde da clorofila
e o vermelho na hemoglobina
2. Aplicações terapêuticas
2.1. Quais são os iões complexos usados nesta área? Quais são os ligandos e os iões
metálicos centrais?
2
Os iões complexos mais utilizados e conhecidos nesta área, que, consequentemente,
decidimos abordar, são os complexos de Ruténio, o EDTA e os metalofármacos, mais
especificamente aqueles à base de platina.
Complexos de Ruténio:
O ruténio é um metal de transição muito interessante pois consegue ter diversas
posições de coordenação devido à sua geometria de coordenação octaédrica. O mesmo também
é um metal que consegue ter diferentes estados de oxidação e consegue se adaptar com
diferentes ligandos.
EDTA:
3
diferentes (átomos doadores), ou a um dos 2 nitrogénios, ou a um dos 4 oxigénios. Geralmente,
estes formam complexos estáveis com diversos iões metálicos como o magnésio e o cálcio em
valores de pH acima de 7, e o manganês, o ferro (II e III), o zinco, o cobalto, o cobre (II), o
chumbo e o níquel em valores de pH abaixo de 7.
A cisplatina, que irá ser abordada, foi o primeiro complexo de platina a ser utilizado
nos anos 60 após a sua redescoberta e investigação. Porém, atualmente, existem outros, como
o carboplatina e a oxiplatina usadas em diversas áreas, usualmente na medicina.
A platina (Pt) é o ião metálico central que se liga ao cloro (Cl) e ao nitrogénio (N). Estes
últimos irão ligar-se ao hidrogénio (H), podendo, mais uma vez, serem alterados de acordo com
a função desejada.
4
2.2. Que características apresentam esses iões complexos, que os tornam
determinantes na sua aplicação nesta área?
A busca incessante por tratamentos eficazes e inovadores na área da saúde tem levado
à exploração de compostos químicos promissores. Entre estes destacam-se o EDTA (ácido
etilenodiaminotetracético), o complexo de rutênio e a cisplatina, substâncias estas que têm tido
um crescente interesse no campo terapêutico.
O complexo de rutênio também tem uma grande versatilidade (podendo ser aplicado
em diversas áreas), no entanto, as características que o tornam determinante na medicina são
as suas propriedades anti tumorais, a sua estabilidade e a sua versatilidade de estados de
oxidação, pois ao exibir diversos estados de oxidação (de +2 a +8) permite que se forme uma
ampla gama de complexos com diferentes características e propriedades. Além disso, estudos
indicam que este composto pode inibir o crescimento de células cancerígenas e induzir a
apoptose (tipo de “suicídio planeado” das células), tornando-se uma opção terapêutica
intrigante para diversos tipos de cancro.
5
Assim, é possível concluir que estes complexos têm uma imensidão de características
que determinam a sua utilização na medicina, mais especificamente nas aplicações
terapêuticas.
2.3. Quais são as aplicações especificas destes iões complexos nesta área?
3. Imagem médica
3.1. Quais são os iões complexos usados nesta área? Quais são os ligandos e os iões
metálicos centrais?
Os iões complexos usados na imagem médica são, por exemplo:
• Gálio-67;
• Nanopartículas superparamagnéticas de óxido de ferro;
• Complexo DOTA-Gd.
O gálio-67 (ião metálico central) pode-se ligar a diversos ligandos como o nitrogénio,
o oxigénio e o enxofre.
O complexo DOTA-Gd, por sua vez, tem o gadolínio como ião metálico central, e é
formado através da ligação do mesmo com o ácido tetrazaciclododecano (DOTA).
6
3.2. Que características apresentam esses iões complexos, que os tornam
determinantes na sua aplicação nesta área?
Gálio-67:
A maior característica deste elemento é seu baixo ponto de fusão, permitindo que ele
seja líquido em temperatura próxima à temperatura ambiente, algo que só é possível também
no mercúrio, rubídio e césio. Outro ponto interessante da natureza do gálio é que este elemento
apresenta superfusão, sendo esta a propriedade física em que a substância permanece líquida
mesmo abaixo do seu ponto de solidificação. Ambas as características são muito úteis para a
sua aplicação em imagiologia médica porque um dos exames feitos com o isótopo gálio-67 é a
Cintigrafia Corporal, que irá ser abordado mais à frente.
DOTA-Gd:
7
Óxido de ferro superparamagnético:
A toxicidade do Gd3+ fez com que novos estudos surgissem com o intuito de substituir
esses agentes de contraste por outras substâncias mais eficientes e menos tóxicas para o
paciente. Alguns estudos em biomedicina apontam para o uso de nanopartículas
superparamagnéticas de óxido de ferro como agentes de contraste para imagem por ressonância
magnética (IRM) e transporte de fármacos para células tumorais. Essas nanopartículas são
revestidas com polímeros para serem estabilizadas e, posteriormente, funcionalizadas para
determinados fins.
O óxido de ferro tem características biocompatíveis (com uma toxicidade menor) mais
interessantes do que o gadolínio, uma vez que o ferro é encontrado na sua forma natural no
nosso organismo. Além disso apresentam propriedades superparamagnéticas (magnetização
apenas na presença de um campo magnético externo) por causa do seu tamanho de proporções
nano e biodegradabilidade.
3.3. Quais são as aplicações especificas destes iões complexos nesta área?
4. Conclusão
Com este trabalho fomos capazes de concluir que a aplicação dos complexos é muito
vasta, podendo ir desde o uso doméstico até à medicina e à indústria.
8
5. Link do PowerPoint
https://www.canva.com/design/DAF540rCDcg/Q9FQqh5sGIu8jodhsTxxnw/edit?utm_conten
t=DAF540rCDcg&utm_campaign=designshare&utm_medium=link2&utm_source=sharebutt
on
6. Webgrafia
O Papel Dos Complexos Nas Várias Áreas / Aplicações de Complexos (pbworks.com)
Tese_Final_AnaBota_CD.pdf (ualg.pt)
q11_5_4.pptx (live.com)
*ulfc104170_tm_Filipa_Santos.pdf
https://repositorio.ifsc.edu.br/bitstream/handle/123456789/1066/TCC%20-
%20Eduardo%20SantAna%20Ricardo.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/13736/1/Dissertac_ao%2BRomeu%2BDinis.pdf
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/17564/1/Alfaiate_Carolina_Maria_Jardim_de_Go
uveia.pdf
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/10867/1/TESE.pdf
https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/static.sites.sbq.org.br/rvq.sbq.org.br/pdf/v9n4a07.pdf
https://qnint.sbq.org.br/qni/popup_visualizarMolecula.php?id=NG1BN9MfM_tcV3XyfXHue
8SZ0x_i1xr64XY3y6-jeo3VX4OmLqODhbAI4EwJWzPqaY6i-5795zfBi3sDEb9TfA==
https://www.rededorsaoluiz.com.br/exames-e-procedimentos/medicina-nuclear/cintilografia-
com-galio-67
https://www.scielo.br/j/rbhh/a/y8n4vCvGt76HcMP8yf6TqPt/?format=pdf&lang=pt
9
https://together.stjude.org/pt-br/diagn%C3%B3stico-
tratamento/lista%20de%20medicamentos/cisplatina.html#:~:text=A%20cisplatina%20%C3%
A9%20um%20tipo,em%20combina%C3%A7%C3%A3o%20com%20outros%20medicamen
tos.
https://estudogeral.uc.pt/handle/10316/98222
https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/15190/1/TESE%20BIANCA%20RODRIGUES%
20a54328.pdf
https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/32290/1/Qu%C3%ADmicaBioinorg%C3%A2
nicaComplexos.pdf
https://www.rededorsaoluiz.com.br/exames-e-procedimentos/medicina-nuclear/cintilografia-
com-galio-67
https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/13736/1/Dissertac_ao%2BRomeu%2BDinis.pdf
https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/22323/1/ulfc116063_tm_Ana_Cristina_Poeta.pdf
https://en.wikipedia.org/wiki/NAMI-A
https://en.wikipedia.org/wiki/KP1019
https://www.researchgate.net/figure/Molecular-structures-of-the-RuIII-complexes-NAMI-A-
a-KP1019-b-and-AziRu-c_fig1_342044818
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/chemical-structure-cisplatin-cl2h6n2pt-
2024217389
file:///C:/Users/pires/Pictures/20440_ulfc091386_tm.pdf
https://repositorio.ipl.pt/bitstream/10400.21/2691/1/Compostos%20de%20dextrano-
manose%20marcados%20com%20o%2067Ga%20para%20a%20dete%C3%A7%C3%A3o%
20do%20g%C3%A2nglio%20sentinela.pdf
https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/52516/1/MICF_Carolina_Laia.pdf
https://www.rededorsaoluiz.com.br/exames-e-procedimentos/medicina-nuclear/cintilografia-
com-galio-67
https://www.fleury.com.br/medico/exames/cintilografia-com-citrato-de-galio-67
10
https://repositorio.ifsc.edu.br/bitstream/handle/123456789/1066/TCC%20-
%20Eduardo%20SantAna%20Ricardo.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/13736/1/Dissertac_ao%2BRomeu%2BDinis.pdf
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/10144/3/3975_TM_01_P.pdf
https://www.saudedireta.com.br/catinc/drugs/bulas/dotarem.pdf
11