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Lajes Mistas de Aço e Concreto

Profª. Ma. Carla Cristiane Silva


Disciplina: Estruturas Metálicas

1
Discentes
• Bruno Henrique Evangelista Rezende;
• Higor Rodrigues Silva Costa;
• Lavínia Apolyane Costa;
• Leticia Gomes Ribeiro;
• Pedro Henrique da Costa;
• Susana Maria Oliveira Costa;
• Thiago Souza Oliveira;
• Vinícius Evangelista Rezende.

Discente: Susana Maria Oliveira Costa 2


Introdução
Figura 1: Laje mista de aço e concreto

Fonte: FAKURY, 2016, p.379.

Discente: Susana Maria Oliveira Costa 3


Introdução
● Vantagens:

○ Facilidade de instalação;

○ Dispensa de escoramento e de desforma;

Discente: Susana Maria Oliveira Costa 4


Introdução
○ Possibilidade da fôrma Figura 2: Fôrma de aço usada como plataforma de
serviços

de aço funcionar como


plataforma de serviço
e proteção aos
operários em
atividades nos andares
inferiores.

Fonte: FAKURY, 2016, p.380.

Discente: Susana Maria Oliveira Costa 5


Introdução
● Desvantagens:

○ Eventual necessidade de maior quantidade de vigas


perpendiculares às nervuras da fôrma para suporte da
laje mista;

○ Necessidade de utilização de forros suspensos.

Discente: Susana Maria Oliveira Costa 6


Introdução
● Aspectos do comportamento:

Discente: Susana Maria Oliveira Costa 7


Introdução
● Fôrmas de aço:
Figura 3: Tipos de fôrma

Fonte: FAKURY, 2016, p.380.

Discente: Susana Maria Oliveira Costa 8


Introdução
● Fôrmas de aço:
Figura 4: Alguns exemplos de configurações de mossas em fôrmas trapezoidais

Fonte: FAKURY, 2016, p.381.

Discente: Susana Maria Oliveira Costa 9


Objetivos
● Objetivo Geral:

○ Apresentar as lajes compostas por dois materiais


distintos, sendo eles o aço e concreto.
● Objetivos Específicos:
○ Expor seus aspectos comportamentais e construtivos;
○ Apresentar os materiais e as dimensões exigidas;
○ Dimensionar as lajes mistas segundo seu ELU e ELS;
○ Apresentar um exemplo prático de sua utilização.

Discente: Thiago de Souza Oliveira 10


Produtos, materiais e dimensões
● Considerações Iniciais:
○ Fôrmas Aço Trapezoidal (Único Tipo):
■ Altura Nominal (hf): Entre 50 a 75 mm;
■ Altura Total (ht): Entre 100 a 200 mm;
■ Fabricante: Metform (Produção década 1990);
■ Normativa: ABNT NBR 14762:2011
■ Proteção Comum: Galvanização em Ambas Faces;
■ Ambiente Agressivo: Pintura na Face Exposta.

Discente: Thiago de Souza Oliveira 11


Produtos, materiais e dimensões
● Considerações Iniciais:
○ Concreto Utilizado:
■ Altura Mínima (tc): 50 mm (Acima das Nervuras);
■ Limitação Agregado Graúdo (Interação Materiais):
● D < 0,4.tc → tc = Altura do Concreto;
● D < bf/3 → bf = Largura Média das Nervuras;
● D < 30,0 mm.
■ Brita Utilizada: Brita 1 ( Dmáx = 25,0 mm)
■ Excesso de Armadura: Brita 0 ( Dmáx = 12,5 mm)
Discente: Thiago de Souza Oliveira 12
Produtos, materiais e dimensões
● Considerações Iniciais:
○ Dimensões das Lajes Mistas:

Figura 5: Dimensões da Laje Mista.

Fonte: Dimensionamento básico de elementos estruturais de aço e mistos de aço e concreto (2016).

Discente: Thiago de Souza Oliveira 13


Produtos, materiais e dimensões
● Fôrmas da Metform:
○ Aço Utilizado: Aço Galvanizado ASTM A635 - Grau 40;
○ Resistência ao Escoamento (fy): 280 MPa;
○ Espessuras: 0,80/0,95/1,25 mm;
○ Mossas Longitudinais: Paredes das Nervuras;
○ Comprimento Comercial: Até 12,0 metros;

Discente: Letícia Gomes RIbeiro 14


Produtos, materiais e dimensões
● Fôrmas da Metform:
○ Geometrias das Chapas: MF-50 e MF-75:
■ MF-50: Utilizado em Edifícios Urbanos;
● Altura Nominal das Nervuras: 50 mm;
● Largura Útil da Chapa: 915 mm.
■ MF-75: Utilizado em Edifícios Industriais (Alta Carga);
● Altura Nominal das Nervuras: 75 mm;
● Largura Útil da Chapa: 820 mm.
○ Espessura Nominal: Esp. Chapa + Camada Galvanização
Discente: Letícia Gomes RIbeiro 15
Produtos, materiais e dimensões
● Fôrmas da Metform:
Figura 6: Dimensões e Massa da Fôrma MF-50 e MF-75 da Metform

Fonte: Dimensionamento básico de elementos estruturais de aço e mistos de aço e concreto (2016).

Discente: Letícia Gomes RIbeiro 16


Aspectos construtivos
● Colocação dos Painéis
Figura 7: Posicionamento de painéis sobre vigas

Fonte: FAKURY, 2016, p.382.

Discente: Mariana Lara de Oliveira 17


Aspectos construtivos
● Fixação das Formas nos Perfis de Aço
Figura 8: Ponto de solda para fixação

Fonte: FAKURY, 2016, p.383.

Discente: Mariana Lara de Oliveira 18


Aspectos construtivos
● Fixação das Formas nos Perfis de Aço
Figura 9: Soldagem de conectores

Fonte: FAKURY, 2016, p.383..

Discente: Mariana Lara de Oliveira 19


Aspectos construtivos
● Fase de Concretagem
Figura 10: Concretagem das lajes

Fonte: FAKURY, 2016, p.383..

Discente: Mariana Lara de Oliveira 20


Dimensionamento Segundo o ELU
(Fase inicial)

● A fôrma de aço deve ser capaz de suportar isoladamente


as ações atuantes durante a construção, que usualmente
são as seguintes:
○ pesos próprios do concreto fresco, da fôrma de aço, da
tela soldada para evitar fissuração e de eventuais
armaduras adicionais;

Discente: Pedro Henrique da Costa 21


Dimensionamento Segundo o ELU
(Fase inicial)

○ sobrecarga de construção;
○ efeito de empoçamento, caso o deslocamento no
centro do vão da fôrma, calculado com o seu peso
próprio somado ao do concreto fresco, ultrapasse o
valor de LF/250;

Discente: Pedro Henrique da Costa 22


Dimensionamento Segundo o ELU
(Fase inicial)
● Durante a verificação da fôrma ao momento fletor, a
sobrecarga de construção deve ser substituída por uma
carga linear de 2,2 kN/m perpendicular à direção das
nervuras;

● A verificação da fôrma a essas ações deve ser realizada


com base nas prescrições da ABNT NBR 14762:2011;

Discente: Pedro Henrique da Costa 23


Dimensionamento Segundo o ELU
(Fase inicial)
● Para os valores dos esforços solicitantes de cálculo,
devem ser usadas combinações de ações últimas de
construção;
● As verificações da fase inicial apresentam alguma
complexidade, pois dependem dos detalhes da geometria
da fôrma utilizada;
● Os fabricantes fornecem tabelas de dimensionamento que
podem ser usadas com simplicidade.

Discente: Pedro Henrique da Costa 24


Dimensionamento Segundo o ELU
(Fase final)
● Todo o carregamento é sustentado pela fôrma de aço
trabalhando em conjunto com o concreto, ou seja, pelo
sistema misto de aço e concreto;
● Sob ação de uma carga uniformemente distribuída, os
seguintes estados-limites últimos são aplicáveis:
○ plastificação de uma linha da laje na direção
perpendicular às nervuras pela ação do momento
fletor;
○ colapso por cisalhamento vertical e longitudinal;
● Discente: Pedro Henrique da Costa 25
Dimensionamento Segundo o ELU
(Fase final)

Figura 11: Estados-limites últimos em razão de cargas uniformemente distribuídas.

Fonte: FAKURY, 2016, p.384

Discente: Pedro Henrique da Costa 26


Dimensionamento Segundo o ELU
(Fase final)
● Nas fôrmas de aço fabricadas no Brasil, envolvendo a
relação intensidade da ação atuante e vão da laje mista,
geralmente prevalece o colapso por cisalhamento
longitudinal;
● Ruína da ligação mecânica entre a fôrma de aço e o
concreto sobreposto;

Discente: Pedro Henrique da Costa 27


Dimensionamento Segundo o ELU
(Fase final)
● A determinação da força cortante resistente de cálculo
para o estado-limite último de colapso por cisalhamento
longitudinal pode ser feita usando procedimentos da
ABNT NBR 8800:2008;
● Conhecer duas constantes (m e k), que só podem ser
obtidas por meio de ensaios experimentais.
● Dependem de sua geometria e do projeto de suas
mossas;

● Discente: Pedro Henrique da Costa 28


Dimensionamento Segundo o ELU
(Fase final)
Figura 12: Ensaio de laje mista.

Fonte: FAKURY, 2016, p.385.

Discente: Pedro Henrique da Costa 29


Dimensionamento Segundo o ELU
(Fase final)
Figura 13: Deslizamento relativo entre fôrma de aço e concreto.

Fonte: FAKURY, 2016, p.385.

Discente: Pedro Henrique da Costa 30


Dimensionamento Segundo o ELU (Tabelas de
dimensionamento para as fases inicial e final)
● A verificação na fase inicial se resume à obtenção do vão
máximo sem escoramento, que pode ser simples, duplo, triplo
ou, ainda, um balanço.
○ No vão simples, a fôrma é simplesmente apoiada;
○ Vãos duplos significam que a fôrma é contínua sobre dois
vãos consecutivos, cada um com o comprimento indicado
na tabela dada;
○ Vãos triplos, a fôrma é contínua sobre três vãos
consecutivos, cada um com o comprimento indicado na
tabela;
Discente: Higor Costa 31
Dimensionamento Segundo o ELU (Tabelas de
dimensionamento para as fases inicial e final)
Figura 14: Fôrma escorada com treliças telescópicas
apoiadas nas vigas.
● Caso o vão seja superior
ao vão máximo sem
escoramento indicado na
tabela, a fôrma deverá ser
escorada durante a
concretagem, por exemplo,
por meio de treliças
Fonte: FAKURY, 2016, p.385.
telescópicas apoiadas nas
vigas.
Discente: Higor Costa 32
Dimensionamento Segundo o ELU (Tabelas de
dimensionamento para as fases inicial e final)
● A verificação na fase final corresponde à obtenção da máxima
carga uniformemente distribuída sobreposta que pode atuar
em determinado vão, entre vigas de suporte;

● Nessa fase, a laje é sempre tratada como simplesmente


apoiada, pois não é previsto o uso de armadura negativa sobre
as vigas de suporte (se essa armadura fosse empregada, a
laje seria contínua, e as tabelas deixariam de ser aplicáveis);

Discente: Higor Costa 33


Dimensionamento Segundo o ELU (Tabelas de
dimensionamento para as fases inicial e final)

● Deve ser levado em consideração:


○ O peso próprio da laje, está com seu valor característico e
foi determinado pressupondo-se concreto com massa
específica de 2.400 kg/m3;

○ O concreto tem resistência característica à compressão,


fck, entre 20 MPa e 50 MPa;

Discente: Higor Costa 34


Dimensionamento Segundo o ELU (Tabelas de
dimensionamento para as fases inicial e final)

○ As cargas sobrepostas são características e não devem


incluir o peso próprio da laje mista;

○ As lajes com altura total de 100 mm para MF-50 e 130 mm


para MF-75 devem ser utilizadas apenas como lajes de
forro, não devendo, portanto, ser adotadas para lajes de
pisos.

Discente: Higor Costa 35


Dimensionamento Segundo o ELU (Tabelas de
dimensionamento para as fases inicial e final)
● Adicionalmente, para evitar que se atinjam estados-limites
últimos relacionados a problemas localizados, como
enrugamento da alma da fôrma de aço ou esmagamento do
apoio:
○ As fôrmas de aço MF-50 devem se apoiar nas vigas em um
comprimento mínimo de 50 mm nos apoios externos e de
100 mm nos internos;
○ As fôrmas MF-75, devem se apoiar nas vigas em
comprimentos de 75 mm nos apoios externos e de 150 mm
nos internos.
Discente: Higor Costa 36
Dimensionamento Segundo o ELU (Tabelas de
dimensionamento para as fases inicial e final)

Figura 15: Comprimentos mínimos de apoio das fôrmas de aço.

Fonte: FAKURY, 2016, p.386.

Discente: Higor Costa 37


Dimensionamento Segundo o ELS
(Fase inicial)

● Fôrma de aço não escorada


○ Deslocamento máximo;
○ LF /180 ou 20 mm.

Discente: Lavínia Apolyane Costa 38


Dimensionamento Segundo o ELS
(Fase inicial)
● Fôrma não escorada
○ Nivelamento da laje;
○ Deslocamentos verticais;
○ Carga adicional não prevista.

Discente: Lavínia Apolyane Costa 39


Dimensionamento Segundo o ELS
Tabela 1: Cargas e vãos máximos das lajes mistas com fôrma MF-50.

Fonte: FAKURY, 2016, adaptada a partir do site Metform.

Discente: Lavínia Apolyane Costa 40


Dimensionamento Segundo o ELS
Tabela 2: Cargas e vãos máximos das lajes mistas com fôrma MF-75

Fonte: FAKURY, 2016, adaptada a partir do site Metform.

Discente: Lavínia Apolyane Costa 41


Dimensionamento Segundo o ELS
(Fase final)
● Armadura em tela soldada
○ Fissuras no concreto;
○ Àrea da seção transversal;
○ Agressividade ambiental forte (marinhos e industriais);
○ Agressividade ambiental muito forte (industriais químicos
agressivos e respingos de maré).

Discente: Lavínia Apolyane Costa 42


Dimensionamento Segundo o ELS
(Fase final)
● Metform
○ Gerdau e ArcelorMittal;
● Fôrmas MF-50 e MF-75;
● Aço CA-60;
● Resistência ao escoamento f ys = 600 MPa.

Discente: Lavínia Apolyane Costa 43


Dimensionamento Segundo o ELS

Tabela 3: Armadura das lajes mistas com fôrma MF-50.

Fonte: FAKURY, 2016, adaptada a partir do site Metform.

Discente: Lavínia Apolyane Costa 44


Dimensionamento Segundo o ELS

Tabela 4: Armadura das lajes mistas com fôrma MF-75.

Fonte: FAKURY, 2016, adaptada a partir do site Metform.

Discente: Lavínia Apolyane Costa 45


Exemplos de Aplicação

● Exemplo 1 (Resolvido Word).

Discente: Vinícius Evangelista Rezende 46


Exemplos de Aplicação

● Exemplo 2 (Resolvido Word);

Discente: Bruno H. Evangelista Rezende 47


Conclusão

● Cada vez mais utilizado;


● Prazos curtos para a construção das estruturas;
● Realização de edifícios mais altos;
● Não necessitando de fôrmas;
● Não necessita de escoramentos para pequenos vãos.

Discente: Letícia Gomes RIbeiro 48


Referências
● FAKURY, R.H., Dimensionamento básico de elementos
estruturais de aço e mistos de aço e concreto / Ricardo
Hallal Fakury, Ana Lydia Reis de Castro e Silva, Rodrigo
Barreto Caldas. – São Paulo : Pearson Education do
Brasil, 2016.

● SAÚDE, J.; RAIMUNDO, D,; PROLA, L.C.; PIERIN, I.,


Lajes mistas: Aspectos Construtivos e Respectivas
Recomendações do Eurocódigo 4. São Paulo, 2006.
Disponível em:
<http://www.abcem.org.br/construmetal/2006/arquivos/Laj
es%20Mistas.pdf>. Acesso em 26 jun. 2021.

Discente: Letícia Gomes RIbeiro 49

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