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Fenômenos de ruptura
Mas que este entrecruzamento não nos iluda [...] não acreditemos que,
ainda uma vez, essas duas grandes formas de descrição se cruzaram sem se
reconhecerem. P. 6 – 7
Crítica do documento
Reconstituir, a partir do que dizem estes documentos – às vezes com
meias palavras – o passado de onde emanam e que se dilui, agora, bem
distantes deles. O documento sempre era tratado como a linguagem de
uma voz agora reduzida ao silêncio: seu rastro frágil mas, por sorte
decifrável. P. 7
O documento não é o feliz instrumento de uma história que seria em
si mesma, e de pleno direito, memória; a história é, para sociedade, uma
certa maneira de dar status e elaboração à massa documental de que ela
não se separa. P. 8
Digamos, para resumir, que a história, em sua forma tradicional, se
dispunha a “memorizar” os monumentos do passado, transformá-los em
documentos e fazer falarem estes rastros que, por si mesmos, raramente
são verbais, ou que dizem em silêncio coisa diversa do que dizem, em
nossos dias, a história é o que transforma os documentos em monumentos
e que desdobra, onde se decifraram rastros deixados pelos homens, onde
se tentativa reconhecer em profundidade o que tinha sido, uma massa de
elementos que devem ser isolados, agrupados, tornando pertinentes,
inter-relacionados, organizados em conjuntos. P. 8