Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Treinamento Tatico Futebol Iniciante
Treinamento Tatico Futebol Iniciante
www.teoriadofutebol.com
Nota do autor
Diz um provérbio antigo que, você não pode ajudar alguém a subir, sem você ficar
mais perto do topo. Este livro não é apenas uma síntese de assuntos relacionados com
o treino do futebol, centrado no âmbito da aprendizagem desportiva. Sobre o ponto de
vista do projecto “Teoria do Futebol”, pretendemos que cada leitor tenha o melhor
acesso a um conjunto de temáticas, com desejo de reflectir sobre elas e os seus
autores, que procure actualizar toda a informação e aprendizagem conseguida, que
critique, mas mais do que isso, que não leve cada palavra como uma verdade universal
e impermutável.
3) A idealização do treino
5) Exercícios
9) A concentração psicológica
Por exemplo, servirá ao treinador saber qual é o modelo de jogo que quer para a sua
equipa, mesmo sendo o melhor modelo de jogo do mundo, se não é capaz de começar
um treino com uma palestra e continuar com os exercícios necessários para que a equipa
aprenda a jogar a sua maneira? Ou então, com um exemplo mais prático: o chefe. De que
serve ao chefe saber tudo sobre negócios, se não é capaz de reconhecer o valor de cada
um dos seus funcionários e ainda por cima dar ordens erradas?
Para uma equipa de futebol, o mais importante é ter um modelo de jogo bem definido,
com um conjunto de princípios bem definidos que organizam a equipa de determinada
forma. A idealização de um modelo de jogo por um treinador parte sempre da sua
filosofia, da cultura do clube e da pressão social, como os adeptos e os média. Só existe
uma forma de idealizar um modelo de jogo dentro de um plantel, sendo a forma
como o treinador deve passar a mensagem sobre as suas ideias aos seus
jogadores, que é através do treino. Operacionar o modelo de treino é a forma mais
eficaz de inserir o modelo de jogo no seio do grupo, além de algumas vantagens que
sempre vem junto. Formas de defender, formas de atacar, formas de comunicar entre os
jogadores e todas as ideias que surgem na mente do treinador apenas são transmitidas
através do treino, e, independentemente se o treinador foi ou não jogador de futebol, a
capacidade de liderança de um grupo é a chave secreta que distingue os treinadores
normais dos melhores treinadores do mundo. Muitos dos melhores treinadores do mundo
nem são mestres tácticos, mas são mestres em identificar erros e lacunas e a corrigir
esses defeitos da equipa, treinando várias formas de jogar que todas juntas formam a
equipa.
Qualquer equipa funciona com a ligação entre as partes e o todo, sendo as partes
cada jogador e o todo o plantel ou então os jogadores que disputam a partida. Através do
treino, o treinador deve interiorizar cada uma das suas ideias em cada jogador, ideias
essas que ensinam o jogador a jogar em equipa sem o desligar da sua qualidade
individual. Aliás, o treinador deve fazer uso da qualidade individual de cada jogador e
assim construir o plural baseado no singular da equipa, sendo capaz de fazer a ligação
correcta entre a própria filosofia, a qualidade do plantel e os objectivos do grupo. Assim,
podemos concluir que através do treino é possível “domesticar” cada um dos jogadores
perante o modelo de jogo definido pelo treinador, uma vez que dessa forma, o rendimento
do atleta dispara. Ao mesmo tempo, o alto rendimento atleta tem influência no rendimento
da equipa. Esta relação tem um desfecho importante para o futebol, principalmente no
futebol moderno: a valorização do atleta e aos altos rendimentos da equipa que valorizam
o estatuto do clube no seio da competição.
Visto que existe uma relação entre treino e jogo, um deve ser semelhante ao outro e
ao mesmo tempo, um termo deve fazer progredir o outro termo, buscando o alto
rendimento. A avaliação correcta de cada jogador e das suas habilidades tácticas,
técnicas, físicas e psicológicas, permite definir uma forma de jogar "ideal" da equipa,
sendo que essa forma de jogar apenas pode ser colocada em prática ou em causa
através do treino, através de inúmeros exercícios, que cumprem vários princípios
específicos do treino. Assim, a ideia de jogo terá um papel importante na forma de treinar,
e quanto mais coerente for essa forma de jogar, mais fácil será a forma como será
racionalizada através do treino, pois a eficácia e prestação do atleta ou da equipa
espelha-se na forma como se treina.
A forma como queremos jogar é a forma como devemos treinar e a modelação
das características da equipa tem um papel preponderante nessa construção. O futebol é
uma modalidade com características muito específicas, e por isso a forma de treinar deve
aproximar-se da forma de jogar. O princípio da especificidade do treino resolve esta
questão, obrigando a que cada exercício contenha os mesmos estímulos e mesmas
situações como uma partida de futebol, ou que sejam aproximados à realidade do jogo.
Quanto maior for o grau de correspondência entre o modelo de treino, o modelo de
jogo e a realidade do jogo, melhores e mais eficazes serão os resultados do treino,
pois a modelação do jogo da equipa condiciona o processo de planeamento e de
periodização do treino.
Por resumo, provamos que existe uma relação entre o jogo e o treino. Evidentemente
que a necessidade de formar um modelo de jogo que seja eficaz e único perante as
outras equipas já é uma realidade do futebol moderno. Os resultados do treino apenas
são conhecidos durante o jogo, pois é exactamente no jogo onde se formam os estímulos
ideais que o treino não consegue reproduzir, e por isso, devemos ter em atenção que até
que uma forma de jogar tenha sido totalmente racionalizada perante a equipa, o treino
deve ser visto como a componente global e a competição como um ramo dessa
componente, ao ponto que um jogo não é mais do que apenas noventa minutos de treino.
A idealização do treino
" Não concebo a modificação de um comportamento por magia. Tem de ser com o
treino. E quando digo treino quero dizer treinos. ". A frase citada pertence a José
Mourinho e refere a melhor forma de formar uma equipa e a forma de jogar dessa equipa.
Uma vez que o modelo de jogo tem uma forma de ser induzido nos atletas, que é através
do treino, e como o treino é sinónimo de trabalho e esforço, o próprio treino também tem
uma forma de ser induzido no trabalho da equipa através de ideologias específicas, sendo
estas ideologias representadas através dos inúmeros exercícios disponíveis ao treinador,
desde que todos esses exercícios sejam específicos para a modalidade.
A figura representa uma entre várias formas de treinar, onde os vários princípios do
treino partem do singular para o plural, sem esquecer que cada princípio está ligado aos
restantes princípios.
Pela ordem da figura, o treinador deve distinguir quais as habilidades de cada atleta,
sejam físicas, técnicas, tácticas ou psicológicas, pois cada atleta é diferente de todos os
outros, e a mesma forma de treinar não produz os mesmos efeitos em dois atletas, Só
assim o treinador distingue qual será a forma de treinar para estimular o atleta até ao seu
alto rendimento, através de exercícios. Cada exercício deve cumprir quatro princípios
fundamentais - adaptação, sobrecarga, continuidade e interdependência - pois só
assim poderá desenvolver o atleta de acordo com as características da modalidade. Para
conseguir alcançar um desenvolvimento eficaz nessas características, o treinador deve
orientar os jogadores em exercícios que sejam específicos para o futebol, mas ao
mesmo variar esses exercícios. Por outras palavras, deve escolher exercícios que sejam
eficazes para a estimulação correcta do atleta em todas as características físicas,
técnicas, tácticas ou psicológicas de acordo com o seu modelo de jogo, mas também
variar os exercícios, de forma impedir que os atletas sejam sempre estimulados da
mesma forma, assim como também procurar e treinar novas características na equipa e
ao mesmo tempo melhorar a criatividade da mesma. O treinador deve ter em conta que
cada atleta é um ser vivo e não uma máquina, e que fisicamente tem limites. Cada
exercício deve procurar aumentar o rendimento do atleta ao seu máximo, mas de forma
ética. Por fim, todos os princípios estão ligados entre si, e o treinador capaz de orientar o
treino obedecendo a todos estes princípios, é considerado mestre na vertente do treino.
Em 2006, José Mourinho afirmou: "Não acredito, no futebol de hoje, em equipas bem
fisicamente e outras mal. Há equipas adaptadas, ou não, à forma de jogar do seu
treinador. O que nós procuramos é que a equipa se consiga adaptar ao tipo de esforço
que a nossa forma de jogar exige."
Uma vez que o treinador é responsável por todo o processo de treino, deve conhecer
os objectivos e os efeitos dos exercícios. Cada modelo de jogo corresponde a uma
metodologia de treino diferente, ou seja apenas existe uma forma de treinar para uma
forma de jogar. A partir destas duas premissas, podemos concluir que o treinador deve
escolher exercícios que melhor adaptem os seus jogadores ao seu modelo de jogo,
percebendo que cada jogador se adaptará de forma diferente, e que o mesmo exercício
não serve para habilitar a mesma forma de jogar em equipas diferentes.
Para compreender o fenótipo e o genótipo, podemos considerar que cada ser vivo
nasce com determinadas características (genótipo), mas que os vários estímulos do
meio ambiente transformam esse ser vivo ao longo da vida (fenótipo). Cada ser
humano é único, e por isso necessita de ser compreendido e ajudado a escolher uma
direcção para a sua evolução. Não é possível que a partir da padronização de qualquer
forma de treino para grupos inteiros de indivíduos obtenha sempre bons resultados.
Assim, o plantel deve ser dividido em vários grupos, de acordo com os objectivos da
equipa e capacidades dos vários membros da equipa.
No futebol, frequentemente surgem vários talentos que por falta de condições, tanto
sociais como desportivas, acabam em segundo plano ou acabam mesmo por seguir outra
profissão fora do futebol. Por vezes, existem talentos dentro dos plantéis, mas que
estão escondidos, pois o seu treinador ou ex-treinadores não foram capazes de
reconhecer o seu valor, julgando que o melhor caminho para o atleta seria outra função
ou outra posição. Neste caso, a função do atleta é distinguir quais são as habilidades
naturais do indivíduo e traçar o caminho certo para a progressão eficaz do atleta. É por
essa razão que o líder de um plantel é nomeado treinador, pois a sua função é
desenvolver as habilidades naturais do atleta dentro dos seus limites.
Princípio da adaptação
A capacidade de adaptação dos seres vivos permitiu a evolução das espécies ao
longo de milhões de anos, e impediu também que quase todas as espécies
desaparecessem de um momento para o outro. O ser humano conseguiu permanecer e
prevalecer no planeta, devido à sua capacidade de adaptação. Ligado ao princípio da
individualidade biológica, o princípio da adaptação é um princípio da natureza e também
desportivo.
O conceito de Homeostase
O conceito de estímulo pode ser entendido como um factor que altera as condições
do organismo, seja de forma física ou psicológica. O calor ou o frio, exercícios físicos, as
emoções e as infecções são exemplos de estímulos frequentes no treino desportivo.
Existem quatro tipos de estímulos diferentes:
A síndrome da adaptação geral (SAG) está dividida em três fases diferentes até que
o agente stressante na sua acção atinja o limite da capacidade fisiológica de
compensação no organismo, organizadas da seguinte forma: 1ª fase: reacção de alarme,
excitação ou choque; 2ª fase: fase da resistência ou adaptação; 3ª fase: fase da exaustão
ou cansaço.
Uma vez que não existe certezas em predeterminar o estado exacto de recuperação
individual, o treinador deve estar atento a cada atleta, indagando sobre sensações
subjectivas como o estado de ânimo, sono, cansaço ou dores, que são uma grande ajuda
na determinação de uma recuperação plena do organismo. Períodos muito curtos ou
prolongados de inactividade podem produzir as reacções citadas. Para um controlo
racional da recuperação do atleta, deve-se fazer uso constante dos testes para de
determinação do estado actual de desempenho e avaliar a evolução do atleta em
relação ao estado de desempenho de cada mesociclo de treino. Esta comparação
funciona como acerto para as sobrecargas que visam a elevação máxima da qualidade
física e do tempo previsto para o desempenho máximo.
Mais ainda, o treino deve ser programado com antecedência suficiente, para que não
existem períodos mínimos de inactividade durante o ciclo de treino, pois quando o atleta
se exclui dos treinos durante determinados períodos de tempo, atinge a fase de
destreinamento. Para isso, é preferível reduzir os trabalhos em termos de volume invés
de deixar as habilidades do singular se desvanecerem, comparando com as habilidades
do colectivo.
Princípio da continuidade
De acordo com Tubino, a condição atlética só pode ser conseguida após anos
seguidos de treino, e por isso existe uma influência bastante significativa das
preparações anteriores em qualquer sistema de treino em andamento. Isto significa que
demora sempre tempo determinado para se conseguir alcançar rendimento superior ao
normal, e ao mesmo tempo os treinos anteriores influenciam treinos actuais, ou seja, o
que o plantel trabalhou em exercícios anteriores, esse trabalho os ajudará a estarem
aptos para exercícios mais difíceis ou mais evoluídos.
Existe uma relação entre o volume e a intensidade do treino. As duas variáveis estão
ligadas entre si, mas o aumento dos estímulos de uma dessas variáveis pode causar a
diminuição de estímulos da outra variável. Por exemplo, partindo de um exercício simples,
mas que apresenta a variável de volume elevada, e a variável de intensidade baixa, os
estímulos desse exercício afectam o atleta mais fisicamente do que psicologicamente,
pois obriga a um esforço físico elevado durante o exercício. Por outro lado, um exercício
muito intenso, mas com pouco volume de trabalho, é um exercício mais difícil
mentalmente. Os estímulos afectam o atleta de forma psicológica, em detrimento da
forma física.
NOTA: As variáveis Volume e Intensidade não são ou não estão explícitas a todos os
treinadores, para que possam ser definidas num treino ou numa acção baseada na
relação entre as duas variáveis. Respeitando a ética do treino, o atleta nunca deve ser
colocado em risco durante o treino, isto se o treinador tiver dúvidas na relação entre estas
duas variáveis. Os bons treinadores conseguem distinguir a relação entre a variável
volume e a variável intensidade do treino.
Princípio da especificidade
Nos tempos anteriores ao surgimento do Princípio da especificidade, a condição
física era o objectivo principal do treino, ao ponto que a organização táctica era por vezes
"excluída". Entendia-se que as capacidades físicas de cada atleta eram a chave do alto
rendimento. Desde o surgimento do princípio da especificidade, e consequentemente do
"treino com bola", as capacidades físicas dos atletas são treinadas apenas em
especificidade, ou seja, apenas as partes do corpo específicas da modalidade são
treinadas. Esta "modernização" do treino, entendendo como uma parte da periodização
táctica, embora mais difícil que a periodização convencional, elevou o rendimento
das equipas, seja a nível amador ou profissional.
“Isto serve, cada vez mais, para firmar na consciência do treinador que o treino,
principalmente na fase próxima à competição, deve ser estritamente específico, e que a
realização de actividades diferentes das executadas durante a performance com a
finalidade de preparação física, se justifica se for feita para evitar a inibição reactiva (ou
saturação de aprendizagem).” (ibidem, 1995).
“Quanto maior for a diversificação desses estímulos – é obvio que estes devem estar
em conformidade com todos os conceitos de segurança e eficiência que regem a
actividade – maiores serão as possibilidades de se atingir uma melhor performance.”
(ibidem, 1996).
Os exercícios devem ser variados, mesmo que os objectivos de cada exercício sejam
os mesmos que outros exercícios. Durante a competição, o atleta é exposto a vários tipos
de dificuldades e obstáculos, que apenas um treino completo permite ao atleta
ultrapassar todas essas barreiras com facilidade. Quando o treinador escolhe vários
exercícios, o atleta é exposto a várias situações diferentes, melhorando o seu feedback e
consequentemente aumentando o seu rendimento desportivo.
Princípio da Saúde
“Assim, não só a Ginástica Localizada em si e suas actividades complementares
possuem grande importância. Também os sectores de apoio da Academia, como o
Departamento Médico, a Avaliação Funcional e o Departamento Nutricional assumem
relevante função no sentido de orientar todo o trabalho, visando a aquisição e a
manutenção dessa Saúde.” (ibidem, 1996).
Mais ainda, o atleta e o treinador devem ter em conta factores externos à actividade
física. O descanso, a alimentação e a prática ou não prática de determinadas actividades
determina a performance do treino e da competição. Atletas profissionais entendem o
desporto como uma profissão, e sabem que o rendimento máximo não depende apenas
do período entre entrar e sair do estádio. O rendimento depende imenso da condição
física e psicológica, e, aceitando que não estão a treinar ou a competir a maior parte do
tempo, regularizam as actividades extra-desportivas, visando alcançar o sucesso
desportivo.
A inter-relação entre os princípios
Existem vários princípios norteadores do treino desportivo, independentemente da
actividade praticada. Todos esses princípios, quando considerados individualmente, tem
as suas próprias funções e o seu valor, mas cada uma dessas leis não existe apenas por
existir. A integração desses princípios é extremamente importante, ao ponto que apenas
com desenvolvimento de todos os princípios, ou pelo menos aqueles que são
considerados norteadores para determinado objectivo, se consegue aproximar do
rendimento desportivo máximo.
Quando mais e melhor for compreendido cada um dos princípios abordados, mais
fácil será para o treinador organizar o treino da sua equipa, pois possui melhores
competências para organizar um treino de rendimento. No entanto, a equipa depende da
qualidade individual do singular, mas principalmente da capacidade de ligação
entre cada singular. Da mesma forma, o profundo conhecimento destes princípios e de
outros conhecimentos não é o único factor determinante para o sucesso do treino, A
excelência apenas é conseguida com a relação perfeita destes conhecimentos, que
apenas é conseguida através da aplicação no treino.
Exercício 1: passe curto, médio ou passe longo
Tipo: Passe e recepção de bola
Espaço: 6-14 metros vs 6-10 metros
Número: 6 a 12 jogadores
Material: 4 cones, 2 bolas
Duração: 5-10 minutos
Descrição
Organização
O passe é compreendido como elo de ligação entre dois jogadores. Durante uma
partida de futebol, vão sempre existir situações que o portador efectua um passe curto ou
um passe longo. Os estímulos do exercício passam pela percepção do momento exacto
para efectuar o passe, sem que a bola encontre a outra bola pertencente ao exercício.
Com o tempo, a atenção está mais voltada para a trajectória da bola (sem oposição), e a
técnica do passe e recepção são efectuadas naturalmente.
Como suplementar ao exercício, deve ser acrescentada pontuação pela eficácia dos
passes efectuados. Cada passe bem efectuado vale um ponto para o jogador que o
efectuou. Caso a bola embata contra a outra bola, os 2 jogadores que passaram as bolas
perdem automaticamente 5 pontos.
Este exercício poderá ser repetido, face aos seus complementos e variações. O atleta
deve entender este exercício como um desafio, e festejar por cada passe bem efectuado.
Variações
Descrição
O jogador passa a bola para um jogador num dos vértices interiores do losango,
move-se rapidamente para receber a bola e entrega para o jogador que vai iniciar uma
nova rotina. Fica junto ao cone para receber a bola e devolver em primeiro toque. O
jogador do vértice contrário move-se para receber a bola no fim da rotina.
Organização
Variações
Descrição
A rotina do exercício é efectuada sempre por três jogadores: o defesa que vai marcar,
o atacante de se vai desmarcar e o jogador que recebe e passa. O primeiro atacante
passa a bola ao segundo e segue em desmarcação para a zona do defesa, procurando
receber a tabela. Por usa vez, o defesa deve impedir a realização da combinação direta.
No fim de cada rotina, os jogadores rodam.
Organização
Variações
Descrição
Organização
Variações
Descrição
Organização
Variações
Descrição
Seis atacantes posicionados fora de um quadrado trocam a bola entre sí. Dois
defesas posicionados dentro tentam interceptar a bola. Os atacantes não podem entrar
dentro do quadrado, e os defesas não podem sair do mesmo. Quando um defesa
intercepta a bola, troca de lugar com o atacante a quem conseguiu interceptar.
Organização
A posse de bola é fundamental para qualquer equipa, pelo que o controlo da mesma
é a uma das causas que diferenciam equipas normais de equipas vencedoras, ou seja, as
equipas mais fortes são exímias na posse de bola. O objetivo é praticar situações 1x1, e
pode ainda ser aproveitado para desenvolver técnicas de passe ou para inserir um
jogador que tenha vindo de lesão e que precisa de recuperar tempo perdido.
O treinador pode impor condições que confiram dinâmica ao exercício, como simular
antes de passar a bola, efetuar determinado número de passes pelos atacantes e se o
conseguirem, os defesas tem direito a prémio (entenda-se castigo).
Variações
Descrição
Organização
Os guarda-redes não devem apenas defender bem a baliza, mas também devem ter
um bom jogo de passe. Por isso, trocam a bola entre si, procurando sair a jogar para um
jogador em frente a vários adversários. Por usa vez, os defesas estão em fase defensiva,
procurando interceptar a bola, mas sobretudo, mantendo o espaço fechado. Quando
recuperam a bola, fazem uma saída de jogo rápida e precisa. Na dúvida entre os defesas
centrais, o defesa em contenção junto à marca sinalizadora do meio será aquele que está
posicionado do mesmo lado do guarda-redes que tem a bola.
Variações
Descrição
Organização
Variações
Descrição
Numa área de 8 por 10 metros, com uma zona crítica para os defesas de 2x8 metros,
os avançados buscam a finalização. Por usa vez, os defesas mantém a postura
defensiva, procuram a recuperação da bola e entregar a mesma ao médio defensivo
Organização
Por sua vez, os atacantes trocam a bola entre si, procurando a finalização. Podem e
devem usar estratégias já treinadas, como combinações directas, passes em
profundidade e desmarcações.
Variações
Descrição
Organização
Por sua vez, os defesas mantém a postura defensiva dos exercícios anteriores,
apenas procurando o desarme quando a cobertura defensiva está bem efectuada. Numa
fase primária, podem comunicar verbalmente que a cobertura defensiva está feita. Mais
tarde, estão impedidos de o fazer, mas é certo que já não precisam de o fazer.
Variações
Descrição
Organização
O treinador deve adicionar uma competição. Por dez passes efectuados pelos
atacantes sem intercepção ou tentativa de desarme, estes ganham um ponto. Por cada
intercepção ou tentativa de desarme, os defesas ganham dois pontos. Em vez disso, por
cada passe longo bem sucedido, ou seja, entre losangos (independentemente dos
vértices), os atacantes ganham dois pontos. A marca sinalizadora que une os dois
losangos não conta para contabilizar passes longos, ou seja, um passe recebido ou
efectuado a partir deste ponto não é considerado passe longo. Cada intercepção vale na
mesma dois pontos e cada passe normal vale um ponto
Variações
Descrição
Organização
O processo de jogo da equipa passa pelo ataque contínuo de uma das equipas até
que esta consiga pontuar. A outra equipa contra-ataca, sem prestar importância a
qualquer ponto que consiga facturar. Quando a primeira equipa consegue marcar, as
duas equipas trocam de funções e realizam a mesma rotina. O exercício deve ser
praticado por qualquer jogador, sem diferença entre defesas, médios e avançados. Nesta
altura, a equipa deve ser capaz de se organizar em cobertura defensiva de forma eficaz, e
também procurar espaços livres para receber a bola. Devem também fazer trocas de
posição para causar desequilíbrios.
Variações
Descrição
Organização
O treinador forma dois grupos, dos quais um é constituído por jogadores defensivos
(defesas e médios defensivos) e o outro é constituído por jogadores ofensivos (médios
ofensivos e avançados). Ambas se organizam conforme as organizações anteriores.
O treinador pode definir quais são os métodos defensivos e ofensivos, bem como
qual das balizas as equipas devem ultrapassar.
Variações
Descrição
Organização
O treinador define o espaço em frente a uma das balizas e define um jogador fixo que
fará passes em profundidade, como um médio organizador. Os jogadores organizam-se
em fila, tabelam com o jogador fixo e rematam ao primeiro toque. O guarda-redes escolhe
um dos percursos que o jogador deve fazer e entrega a bola. O jogador que rematou deve
ser rápido a reagir, receber a bola e fazer o percurso escolhido. Se marcar golo, deve
dirigir-se imediatamente para o terceiro percurso, e receber a bola pelo ar, a passe do
guarda-redes.
O treinador pode definir o tipo de finalização, qual o lado da tabela que os jogadores
devem efetuar e qual o percurso que o guarda-redes deve enviar a bola.
Variações
Descrição
Dois grupos, de quatro jogadores cada, circulam com a bola controlada em volta do
quadrado correspondente. O jogador da frente controla a bola e os jogadores restantes
seguem-no agarrando a camisola. Quando terminam uma volta, o jogador da frente vai
para o fim do grupo, e o segundo jogador passa a controlar a bola. O grupo que primeiro
terminar as voltas, desde que todos os membros do grupo tenham controlado a bola, é o
grupo vencedor.
Organização
Este exercício foi desenvolvido para desenvolver técnicas de drible e agilidade dos
atletas. Ao mesmo tempo, estes aprendem a conviver com o espaço pessoal muito
pequeno, que geralmente varia entre os 15 e 46 centímetros. Por outras palavras,
ganham o hábito de enfrentar adversários no corpo-a-corpo sem dificuldade.
Variações
Descrição
O processo inicia com um passe para o segundo atacante. O primeiro atacante deve
manter-se em linha com o defesa ou já em movimento para receber a bola em
profundidade. O segundo atacante apenas tem de fazer um passe em profundidade no
timming correcto. O defesa apenas tem de interceptar.
Organização
Variações
Descrição
Organização
O treinador reserva o espaço em frente a uma das balizas para este exercício. Três
atacantes organizam-se preferencialmente em triângulos, mantém mobilidade e troca de
bola. Um deles mantém-se sempre atrás, sempre pronto para receber a bola quando os
atacantes da frente estão pressionados. Os defesas organizam-se em contenção e
cobertura defensiva antes de tentar o desarme. Quando conseguem recuperar a posse de
bola, reagem rapidamente. Um dos defesas solta-se da linha que faz ponto quando este
recebe a bola em profundidade.
Variações
- Efectuar os cruzamentos, com o atacante que vai cruzar a bola ser lançado em
profundidade e a cruzar de primeiro toque
- Repetir uma das situações de finalização várias vezes, e fazer o mesmo com a
outra situação
- Repetir uma situação até que os atacantes consigam pontuar
- Criar uma competição entre defesas e atacantes. Vence o grupo com mais pontos
efectuados
- Diminuir o espaço do exercício
Exercício 18: transição ofensiva
Tipo: Contenção, cobertura ofensiva, mobilidade, profundidade
Espaço: 40x30 metros
Número: 4 médios vs 3 atacantes
Material: 12 estacas, 4 cones, 1 bola
Duração: 10-20 minutos
Descrição
Organização
Quando a linha está bem organizada e não possibilita espaço aos atacantes, estes
devem movimentar-se rapidamente da seguinte forma: o atacante lateral segue para o
meio, mas move-se em frente aos médios, na tentativa de os retirar da sua posição. O
atacante posicionado no meio vai para um dos lados do campo.
Variações
Descrição
Organização
Variações
Descrição
Organização
No futebol, a comunicação entre jogadores durante a partida está cada vez mais a
tomar uma posição de relevo. Mas como é feita a comunicação? Por ordem técnica, é
feita pelo passe, e por ordem táctica, pela movimentação dos jogadores. Este exercício
varia entre quatro combinações diferentes entre jogadores, despertando a capacidade de
imprevisibilidade em qualquer situação de jogo. O treinador organiza quatro percursos
diferentes, cada um com uma movimentação diferente, e define um tempo para que os
jogadores rodem de percurso. Define também jogadores fixos, os quais ficarão no centro
de cada percurso, repetindo a movimentação durante várias vezes.
Variações
Descrição
Organização
Variações
Descrição
O atacante inicia a jogada com um passe preciso para o defesa, que imediatamente
devolve a bola ao primeiro toque. Ao receber, o atacante decide se progride com a bola,
de passa ao jogador de apoio, também ele desmarcado ou se remata. O defesa deve
impedir que o atacante passe ou remate.
Organização
Existe um cone de referência para os atacantes que o treinador decide onde colocar.
Este cone define de onde será feito o passe, sempre na direção da baliza pequena. A
baliza pequena pode ainda ser diminuída, obrigando o atacante a fazer um passe mais
preciso e também para dificultar o alívio ao defesa.
Variações
- O treinador decide a direcção que o defesa deve passar a bola quando a recebe do
atacante
- Adicionar um defesa, apenas para cobertura defensiva, autorizando o primeiro
defesa a tentar desarmar.
- Limitar o tempo máximo para a finalização ou recuperação da posse de bola
Exercício 23: cada vez mais rápido
Tipo: Passe, mudança de direção, finalização
Espaço: 4x12 metros, em frente a uma baliza
Número: 8 jogadores vs Guarda-redes
Material: 19 cones, 4 bolas, 1 baliza
Duração: 8-14 minutos
Descrição
Organização
O treinador reserva o espaço em frente a uma baliza para este exercício desenhando
dois percursos com cones. O primeiro percurso é percorrido por um atacante e tem onze
cones, e o segundo percurso é percorrido pelo segundo atacante e tem sete cones. O
atacante que não está a percorrer um percurso mantém-se ao lado do outro atacante,
apoiando ao primeiro toque, ou seja, cada vez que o segundo atacante surge a passar por
um dos cones de fora do percurso, o primeiro atacante passa e recebe a bola ao primeiro
toque. O primeiro percurso termina com lançamento do primeiro atacante e remate ao
primeiro toque, e o segundo percurso termina com lançamento do segundo atacante em
profundidade, que deverá apenas receber a bola ao lado do cone de referência. O
segundo percurso é mais simples que o primeiro, porque os atacantes rodam quando
repetirem o processo do exercício.
Variações
Descrição
Organização
O treinador define a largura dos corredores laterais, uma vez que, quanto menor for a
largura desses corredores, maior será a amplitude da equipa na posse de bola. A equipa
que ataca é obrigada a colocar um jogador por corredor, circular a bola e criar situações
de finalização. A equipa que defende pode colocar apenas dois jogadores no corredor do
meio, mantendo sempre o terceiro defesa no corredor lateral onde se encontra a bola,
obrigando a formar contenção. O treinador define os processos ofensivos que ambas as
equipas devem utilizar
Variações
Descrição
Organização
A sequência é definida pelo número da fila das bases. Se a bola está numa base do
lado esquerdo, está na fila 1. Se a bola percorre a fila da esquerda, depois a da direita e
novamente a fila da esquerda, a sequência é 1-2-1, e por aí adiante.
Variações
Descrição
Organização
Variações
Descrição
Organização
Variações
Descrição
Duas equipas de dois jogadores cada, buscam pontuar, com remate e apoio do joker.
O joker lança a bola em qualquer falta, saída da bola para fora do espaço do jogo ou
ponto conseguido pelos jogadores. Não pode pontuar e é o único que pode fazer os
lançamentos, seja após um ponto ou se a bola sair fora do campo.
Organização
O treinador divide o espaço de jogo em dois, onde cada espaço terá uma baliza.
Organiza uma pequena partida de futebol, onde uma das equipas está em inferioridade (a
equipa sem posse de bola). Existem algumas regras que os jogadores de ambas as
equipas devem respeitar. Cada jogador tem o seu próprio corredor do qual não pode sair,
excepto o joker. Isto significa que cada jogador enfrentará a marcação individual dentro do
seu espaço. Por sua vez, o joker pode percorrer os dois corredores. Qualquer um dos
jogadores pode pontuar, incluindo os jogadores que estão no corredor contrário ao alvo.
No entanto, apenas o joker não pode fazer ponto. Cada vez que um jogador consegue
pontuar ou a bola sai fora do espaço de jogo, o joker deve ser rápido a lançar a bola,
sempre para a equipa contrária que estava a apoiar.
Variações
Descrição
Com uma zona proibida, os jogadores trocam a bola entre si. Os passes seguem
sempre a mesma direção, e a única forma de os fazerem, é pelo ar.
Organização
O treinador pode ainda definir quantos toques podem dar os jogadores. Quando os
jogadores conseguirem controlar bem a bola conforme as regras do exercício, o treinador
forma um segundo espaço, igual ao do exercício, forma duas equipas e cria uma
competição. Pode fazê-la de duas formas. O treinador define um número máximo de
toques que a equipa deve dar em conjunto. Vence a equipa que conseguir efetuar mais
passes com o mesmo número máximo de toques. Para a segunda opção, define um
tempo máximo e vence a equipa que conseguir fazer mais passes dentro do tempo
definido.
Variações
Descrição
Num espaço dividido em quatro quadrantes, três equipas de três jogadores circulam
duas bolas. Como existem mais equipas do que bolas para jogar, existe sempre uma
equipa sem posse de bola.
Organização
Neste exercício, três equipas disputam duas bolas. As equipas na posse de bola
devem manter-se sempre em movimento, procurando não perder a posse de bola. A
equipa sem posse de bola tenta recuperar uma bola, ou se possível, ambas as bolas.
Nenhum jogador pode invadir um quadrante ocupado por um colega de equipa, mas
qualquer jogador pode circular livremente por todos os quadrantes.
Variações
- Adicionar objetivos complementares, como uma equipa conseguir a posse das duas
bolas. Se o conseguir, ambas as equipas adversárias cumprem castigo, como dez
abdominais
- Criar competição. Definir um número de passes que uma equipa deve conseguir
efetuar sem perder a bola, conseguindo assim um ponto. No fim do exercício, vence a
equipa que conseguiu mais pontos
As fases de jogo no futebol
As capacidades das equipas em defender e atacar revelam-se factores cruciais que
definem a vitória ou a derrota da equipa. A capacidade em finalizar quando se consegue
entrar na área adversária, ou como o coletivo defende bem, seja na defesa ou a meio
campo, com linhas subidas, são características das grandes equipas.
A saída de jogo, que também pode ser compreendida como Fase III para a equipa
com posse de bola, é responsável pela primeira parte da transição ofensiva, ou por
outras palavras, por levar a bola para o sector mais avançado. Costuma ser a fase mais
longa de qualquer equipa que tem a posse de bola, e é também a mais importante, pois
só com a saída de jogo bem sucedida é que uma equipa é capaz de criar situações
de finalização. Geralmente, os jogadores intervenientes não participam em ações de
explosão, nem as próprias ações são muito complexas, uma vez que são sempre feitas
em zonas baixas do terreno. Estas ações podem ser feitas pela progressão ou pelo
passe, e podem ser individuais, em grupo ou de toda a equipa.
Este género de movimentos está inserido na fase II do processo ofensivo, que surge
no momento quando a equipa entra com a bola no meio-campo adversário, e é obrigada a
uma maior criatividade e velocidade de execução das acções ofensivas. A equipa
aproveita-se da flutuação defensiva da equipa sem posse de bola, levando mesmo a
bola para um dos corredores para deixar espaço livre no corredor contrário ou
mesmo para confundir o adversário ou procurar espaços livres para chegar perto da
baliza adversária. Não existe um método geral para equipas defensivas ou ofensivas, ou
para equipas de posicionamento horizontal ou vertical, uma vez que este género de
transição pode ocorrer a qualquer momento. A principal vantagem é a obrigação que o
adversário tem de se movimentar para manter o espaço fechado.
A finalização é considerada a fase mais curta, visto que apenas dura alguns
segundos e vale como prémio para a equipa após minutos de construção de jogo.
Durante esses breves segundos, existe uma tensão muito elevada, tanto para a equipa
que defende como a equipa que ataca, equipa técnica e assistência, seja no estádio ou
pela televisão. É também uma fase de grande exigência, uma vez que é uma
oportunidade rara que a equipa tem para pontuar. Por exemplo, no futebol actual, um
golo surge em média de 50 em 50 minutos, e alguns jogos apenas apresentam três ou
quatro oportunidades favoráveis para fazer golo, mesmo somando as oportunidades de
ambas as equipas.
Idêntica à fase III ofensiva, é uma fase do jogo quando os jogadores têm ainda muita
liberdade para jogar e pouca pressão por parte do adversário. Geralmente, sucede
quando o adversário tem a bola na linha defensiva, e os avançados pressionam os
defesas contrários, procurando recuperar a posse de bola. Ao mesmo tempo, a restante
equipa assume posições e funções defensivas, e marcações a determinados jogadores
adversários que tem papeis importantes.
Nesta fase, a equipa deve estar devidamente preparada para defender, com
equilíbrio entre espaço fechado e preparação para contra-ataque, uma vez que é
durante esta fase que se toma o risco de recuperar mais vezes a bola. Os jogadores não
estão posicionados demasiado próximos da baliza para assumirem risco de recuperar a
posse de bola, mas ao mesmo tempo não estão demasiado longe da baliza adversária
para que possam contra-atacar rapidamente. É também nesta fase quando a pressão
para recuperar a posse de bola se começa a sentir.
Esta fase é a menos desejada por treinadores e jogadores, uma vez que é nestes
momentos quando a equipa sofre mais riscos de sofrer golos. De uma forma geral, é o
momento quando ambas as equipas pressionam mais intensamente, tanto a equipa
que ataca, uma vez que são raras vezes que consegue alcançar a baliza, como a equipa
que defende porque pode sofrer golo e perder o jogo. No entanto, algumas equipas
adoptam esta fase como fundamental do plano de jogo, pois, a equipa ofensiva liberta
muito espaço durante esta fase, que a equipa defensiva aproveita para recuperar a bola e
explorar em contra-ataque.
Resumindo:
Movimentos horizontais
Na figura 1, a bola está num dos corredores laterais. Os jogadores aproveitam-se do
facto da equipa adversária também estar colocada no mesmo lado do campo, e, através
dos passes com segurança, colocam a bola no corredor contrário, onde existe mais
espaço livre.
Na figura 2, o procedimento é o mesmo, ou seja, colocar a bola no flanco contrário,
onde o espaço é maior. A colocação de bola é feita pelo ar, pois é mais rápida, mas
também é mais fácil de recuperar pela equipa adversária.
Na figura 3, ambas as equipas estão posicionadas para um dos corredores laterais.
A equipa na posse de bola efectua um passe longo para um jogador em movimento.
Geralmente, esta jogada inicia num dos laterais, e é típica de equipas ofensivas ou que
jogam verticalmente.
Na figura 4, a equipa efectua trocas de bola ainda na defesa, onde existe pouca
pressão adversária, procurando levar a equipa adversária a flutuar para um dos lados do
campo. Quando o faz, a equipa coloca imediatamente a bola no lado contrário. Podemos
considerar que é uma armadilha para abrir espaço.
Saída de jogo
Na figura 5, a saída de jogo é feita em largura e profundidade, com um passe longo
do lateral para o médio-ala ou extremo. Também pode ser feita por um defesa-centro ou
pelo guarda-redes, mas esta saída coloca a bola no flanco menos povoado e o mais à
frente possível.
Na figura 6, um dos defesas sobe no terreno com a bola controlada. Ao mesmo
tempo, toda a equipa sobe em bloco, obrigando o adversário a descer e compactar. Esta
saída de jogo é muito encontrada em equipas de posse de bola.
Na figura 7, a saída é feita entre lateral e defesa-centro ou médio defensivo. Quando
a pressão adversária é forte na saída de jogo, a tabela é uma forma segura de sair a jogar
pelo chão. É também uma saída de jogo muito encontrada em equipas de posse.
Na figura 8, a saída em apoio funciona como uma armadilha. Um dos defesas passa
a bola para um dos médios, que imediatamente devolve se for pressionado, objectivando
atrair um dos adversários a subir no terreno, havendo menos um a pressionar no meio
campo.
Na figura 9, a saída de jogo é feita com um passe longo e rasteiro, encostado à linha
o máximo possível. O comprimento pode variar desde o sector defensivo até ao sector
mais avançado. É uma estratégia de jogar em máxima amplitude ou subir constantemente
no terreno através de lançamentos laterais.
Na figura 10, todas as linhas da equipa sobem, independentemente do portador da
bola. Quando os jogadores se colocam mais adiantados, o adversário é obrigado a
aproximar-se da própria baliza. Esta estratégia obriga o adversário a impedir a
superioridade numérica no meio campo.
Inversão de bola
Existem várias respostas para a mesma questão. Um jogador que não controla
bem as suas emoções e se deixa levar pela agressividade, pode perfeitamente
acabar expulso ou suspenso quando não aceita a decisão de um árbitro. Um jogador
demasiado ansioso, ou que não consegue controlar a sua ansiedade, facilmente
explode e grita com os companheiros, adeptos ou árbitro. Ou ainda um jogador com
um elevado nível de impulsividade, que reage de cabeça quente ou sem pensar
facilmente pode ser expulso, ao sofrer uma falta e reagir menos bem contra o
adversário que fez a falta sobre esse jogador.
Para o treinador
Um treinador que corre pelo campo como um maluco não ajuda os seus
jogadores. A sessão do treino não serve apenas para melhorar índices técnicos, táticos
ou psicológicos. É na sessão de treino que o treinador deve impor limites aos
jogadores, como impedir excessos de ansiedade ou comportamento demasiado
impulsivo, impedindo assim que os jogadores tenham a mesma atitude durante a
competição.
A concentração psicológica
“A concentração não é só um dos elementos mais importantes do treino mental, como
também é o mais sensível. O problema é que qualquer ação, mesmo a mais simples,
requer concentração.”
Existem, pelo menos, dois tipos diferentes de concentração no futebol. Uma delas, é
a concentração defensiva, que é um princípio tático responsável pelos movimentos
defensivos, e é a mais fácil conseguir. Dura apenas alguns breves segundos quando uma
das equipas defende. O outro tipo de concentração é a concentração psicológica, que
dura durante toda a partida, e que basta um segundo que um jogador está
desconcentrado para ditar a diferença entre derrota e vitória.
Sente-se no seu quarto com um objecto na mão, como por exemplo uma bola.
Concentre o seu olhar nesse objecto. Será boa ideia ter um relógio com alarme, mas se
não tiver, esteja atento ao tempo que demora a realizar cada tarefa do exercício.
Mantenha a sua atenção sobre o objecto, a textura, cor, a utilidade, a forma como é
construído, e por ai adiante. No momento em que afastar o olhar do objecto, pare e anote
o tempo decorrido, ou seja, o tempo que conseguiu manter-se concentrado.
O exercício é mais difícil do que parece. Primeiro, tente manter a sua concentração por
cinco minutos, o equivalente a 5% do tempo total de uma partida de noventa minutos.
Quando conseguir realizar esta meta de cinco minutos, procure chegar o mais
longe possível, aumentado a capacidade de concentração.
Para o treinador
Por fim, este trabalho ajudou-me imenso a alargar os meus horizontes, tanto a nível
de escrita como a nível desportivo. Espero que tenham tido o gosto de o ver, ler e rever,
assim como eu tive o gosto em escrevê-lo. Obrigado a todos
Referências bibliográficas
- www.teoriadofutebol.com
- www.efdeportes.com
- wikipédia.pt