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TEMA DO TRABALHO INDIVIDUAL: O CONTRIBUTO DA ANÁLISE FINANCEIRA

NA TOMADA DE DECISÃO.
AULA PRATICA 1

Questões e Exercícios
1. O que é a análise financeira?
2. Como se designam os meios financeiros à disposição da empresa?
3. Que agregados de contas do PGC formam as origens de fundos?
4. Que grupos de contas do PGC respeitam às aplicações de fundos?
5. O que é a estrutura financeira e como se organiza?
6. O que é a estrutura de capitais e quais as suas principais rubricas?
7. O que é a estrutura de investimento e que agregados de contas a constituem?
8. A que tipo de acontecimentos se aplica a análise financeira?
9. De que elementos é necessário dispor para efectuar a análise financeira da empresa?
10. Qual é o objectivo principal da análise financeira?
11. Quais as funções próprias da área financeira, que se apoiam na análise?
12. O que é a gestão das disponibilidades?
13. O que se entende por rendibilidade?
14. O que se entende por equilíbrio financeiro?
15. Porque é que a rendibilidade e o equilíbrio financeiro são importantes?
16. O que é a estruturação financeira e que relação tem com a análise?
17. Qual a intervenção da análise financeira no processo estratégico?
18. O que significa controlo económico e financeiro?
19. A que nível da empresa se faz o controlo de gestão?
20. Porque é que a análise pode contribuir para motivar e desenvolver?
RESOLUÇÃO DE AULA PRATICA 1

Respostas:

1. Análise financeira é a actividade que prepara e dá suporte à gestão financeira da empresa.


Consiste na aplicação de metodologias para interpretar, caracterizar e dominar acontecimentos e
previsões relativos aos meios financeiros à disposição da empresa para o desenvolvimento das
suas actividades e às utilizações que destes são feitas. Trata-se, em suma, de extrair informações
e elaborar conclusões de natureza económico financeira e fundamentais para a gestão, a partir de
dados relativos às contas de uma organização, criteriosamente seleccionados e especificamente
preparados para o efeito.

2. Os “meios financeiros à disposição” designam-se genericamente por origens de fundos ou


financiamento.

3. Compreendem os ‘capitais próprios’ e o ‘passivo’ (que agrupa as diversas naturezas de


capitais alheios).

4. Compreendem todas as rubricas do ‘activo’ (por grandes grupos de naturezas: imobilizado,


existências, crédito concedido a terceiros e disponibilidades).

5. A estruturação financeira representa o ajustamento sistemático e permanente dos fluxos de


liquidez e exigibilidade. A estrutura financeira da empresa encontra-se expressa nos dois ramos
do balanço. Desdobra-se em: ‘estrutura de investimento’ (também designada por ‘aplicações’ ou
‘activos’) e ‘estrutura de financiamento’ (que se designa também por ‘origens’ ou ‘capitais’).

6. À estrutura de financiamento está associada a característica de exigibilidade – capacidade de,


num certo espaço de tempo, cada um dos seus componentes ser devolvido às entidades que os
emprestaram. A exigibilidade é traduzida em dias (por exemplo, o pagamento será exigível a x
dias). Também aqui há excepções a assinalar - os capitais colocados pelos sócios na empresa não
se destinam a ser devolvidos, como se de empréstimos se tratasse. Ficam na empresa para apoiar
a sua actividade e são até reforçados, com lucros não distribuídos. Estes, são considerados como
capitais sem exigibilidade.
7. A estrutura de investimento agrupa as aplicações financeiras - o conjunto de bens e direitos
que a empresa utiliza no desenvolvimento da sua actividade (equipamentos, stocks, crédito a
clientes, dinheiro). A estrutura de capitais consiste nas origens financeiras –os capitais dos sócios
e os que são provenientes do crédito concedido por outros (bancos, fornecedores, estado). À
estrutura de investimento está associada a característica de liquidez – capacidade de, num certo
espaço de tempo, cada um dos seus componentes se transformar em meios monetários. A
liquidez é traduzida em dias (por exemplo, o recebimento far-se-á a x dias, a rotação dos stocks
de matérias-primas é de y dias). Há excepções a isto, que devemos apontar. Assim, o imobilizado
(os bens de equipamento e outros) não tem directamente associada a condição de liquidez,
porque não se destina a ser vendido, mas sim utilizado para produzir. Os meios monetários em
caixa e bancos, já constituem liquidez por si mesmos.

8. A análise financeira aplica-se aos acontecimentos com relevância no plano económico (ou da
criação de excedentes) e no plano financeiro (ou respeitantes ao efeito do tempo sobre o valor
patrimonial). Quer já tenham sido verificados (como sejam, resultados obtidos em negócios,
contas de exercícios terminados, comportamentos de custos ou dos proveitos num dado período,
formação de stocks, crédito concedido a terceiros e outros), quer a estudos e previsões de
acontecimentos a verificar hipoteticamente no futuro (como sejam, desenvolvimento de
actividades, abertura de mercados, financiamentos, aplicações de capital, admissão de novos
sócios, aumentos de capital, concessão de crédito a clientes, oportunidades de novos negócios e
outros).

9. Para fazer a análise financeira é necessário dispor (e, por vezes, observar em detalhe) de
correcta informação contabilística, pelo que se torna necessário que esta actividade esteja
devidamente organizada e com os seus arquivos e registos absolutamente em dia.

10. A análise financeira tem como principal objectivo a gestão financeira da empresa.

11.

• Gestão das disponibilidades;

• Rendibilidade e equilíbrio;

• Estruturação financeira;
• Processo estratégico;

• Controlo económico-financeiro.

12. Gerir as disponibilidades é garantir os meios monetários necessários à exploração, ao menor


custo e sem aumentar o endividamento perante terceiros.

13. É a capacidade de gerar lucros com o desenvolvimento da actividade da empresa.

14. É a aptidão para fazer corresponder permanentemente os meios monetários disponíveis à


satisfação dos compromissos de pagamento assumidos com terceiros.

15.

1. Porque dá aos seus clientes uma indicação de continuidade e crescimento que é favorável à
qualidade, à redução dos custos e dos preços e ao aperfeiçoamento das relações de mercado;

2. Porque dá aos seus fornecedores a segurança de colocação de produtos e serviços, com


pagamento nas condições contratadas, dá aos bancos sinais de boa gestão, de potencial
alargamento dos negócios e de viabilidade;

3. Porque dá aos seus empregados segurança e motivação para trabalharem com qualidade e de
forma produtiva;

4. Porque dá à região em que está localizada sinais de empregabilidade e contributo social;

5. Porque garante ao estado o cumprimento correcto e atempado das suas obrigações sociais e
contributivas de modo geral.

16. A estruturação financeira representa o ajustamento sistemático e permanente dos fluxos de


liquidez e exigibilidade. A definição e verificação das proporções adequadas dos capitais, das
formas correctas da sua utilização, do cálculo das remunerações (dividendos e juros) que lhes
serão devidas e a optimização destes fluxos, constituem o objecto da análise no que respeita à
estruturação financeira – uma questão que tem ligações profundas com a estratégia da empresa.

17. A função financeira integra-se na estratégia global da empresa, participando na elaboração do


diagnóstico, na formulação estratégica, na definição das opções a considerar, na implementação
dos planos e no seu controlo. A análise financeira é essencial ao processo estratégico, desde o
diagnóstico – definição dos pontos fortes e fracos e das ameaças e oportunidades de que dispõe
em mercado, para a formulação da estratégia – às fases seguintes do processo (consideração das
opções e implementação estratégica) e às revisões necessárias. Compete ao gestor financeiro
fazer a tradução dos planos estratégicos em documentos financeiros provisionais (balanços,
demonstrações de resultados e de tesouraria) por forma a que as decisões e os objectivos
estratégicos sejam assumidos pelos quadros e por toda a organização, com domínio adequado
dos respectivos efeitos – em termos económicos, financeiros e monetários.

18. Controlar a gestão significa dominar a informação económico-financeira relevante e intervir,


com a necessária antecipação, para que os objectivos sejam alcançados. A informação económica
é a que incide sobre o desempenho operacional das diversas funções da empresa e permite
avaliar da sua eficiência na utilização dos recursos e da respectiva contribuição para a formação
dos resultados. A informação financeira é a que se reporta ao controlo e utilização eficiente dos
fluxos de capitais (créditos obtidos, cobranças, fundos próprios, etc.) que apoiam as actividades
da empresa.

19. O controlo exerce-se do topo à base e os meios que mobiliza (humanos, técnicos,
informáticos e outros) devem estar de acordo com as necessidades relativas da gestão e a
importância das actividades controladas. O controlo foca, fundamentalmente, o processo de
criação de valor da empresa.

20. Proporciona um melhor conhecimento dos negócios e da gestão, através do sistema de


informação e do controlo estratégico e orçamental.

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