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A cidade que outrora fora criada para preservar o coletivo dos males vindos
de fora, agora serve para preservar os cidadãos do “inimigo interior”. Os
muros não estão mais para proteger as cidades e, sim, para blindar o
indivíduo que agora se protege dentro de sua casa e de seus muros.
…..Partindo desta reorganização social, o Estado ganha um novo sentido na
visão de Bauman. No seu terceiro capitulo o autor trabalha com a mudança e
a nova perspectiva do Estado, onde este abre uma divisão com a economia.
Hoje não se sabe quem está no controle, ou pior, não existe ninguém no
comando da situação, sendo assim, não existe um consenso global dos rumos
que a humanidade deve seguir e por onde se locomover.
Estes processos estão cada vez mais abertos e a globalização está constituída
por seu ”caráter indeterminado, indisciplinado e de autopropulsão dos
assuntos mundiais”, portanto, a nova desordem mundial é uma seqüência de
ações, que parte da falta de definição dos rumos a serem tomados e quem
está no controle, assim como, a falta um centro que una os interesses da
civilização. Portanto, globalização nada mais é do que o processo de
desordem da economia e das relações sociais.
Não se supõe em tempos atuais, um Estado que vise uma política fechada
que não deslumbre o mercado global. O poder econômico foi extremamente
abalado e não existem maneiras de se governar a partir de ideologias
políticas e interesses soberanos da nação.
O Estado está despido de seu poder e de sua autoridade, somente lhe restou
ferramentas básicas para manutenção do interesse das grandes organizações
empresariais. Cabe, desta maneira, enfatizar que toda essa desorganização
tem como ponto culminante, as regras de livre mercado, políticas
especulatórias, capital global e um Estado diminuto e fraco, que tem como
única função a manutenção e criação de processos que mantenham a
estabilidade financeira e econômica.