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Documento do formando:

Instalação de travão e fornecimento


de ar BR2/4
©201723 DAF Trucks N.V., Eindhoven,
Países Baixos.
Visando o desenvolvimento contínuo dos
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destinam-se apenas a formação, não podendo
ser utilizados para situações de "vida" real. A
informação contida neste documento está sujeita
a alterações. Para obter dados técnicos corretos
específicos de determinados chassis, é
imperativo consultar a documentação de serviço
através de Service Rapido.

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201723 DW63291001
ESTRUTURA

Estrutura

FORNECIMENTO DE AR
1
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
2
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
3

©
201723
FORNECIMENTO DE AR
Índice

ÍNDICE
Fornecimento de ar

Página Data

1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1-1 . . . . . 201723


1.1 Introdução ao sistema de travagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1-1 . . . . . 201723
1
2. SISTEMA DE FORNECIMENTO DE AR. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2-1 . . . . . 201723
2.1 Compressor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2-1 . . . . . 201723
2.2 Unidade de processamento do ar (APU). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2-4 . . . . . 201723
2.3 Fornecimento inteligente de ar (SAC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2-10 . . . . 201723
2.4 Sistema de fornecimento de ar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2-20 . . . . 201723

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201723 1
FORNECIMENTO DE AR
Índice

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2 201723
FORNECIMENTO DE AR
Introdução

1. INTRODUÇÃO
1.1 INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE TRAVAGEM

C
R605042-5

(A) Sistema de fornecimento de ar


O sistema de fornecimento de ar fornece ar aos
consumidores, tais como os travões de serviço, o
travão de estacionamento, os utilizadores
auxiliares e os acessórios.
Componentes
Compostos por: (consoante o modelo do veículo)
- Compressor com um ou dois cilindros
- Unidade de processamento do ar (APU) ou
controlo de fornecimento inteligente de ar
(SAC)
- Válvula limitadora de pressão
- Válvula de descarga
- Repartidores pneumáticos
(B) Regulação da força de travagem
O objetivo da regulação da força de travagem é
obter níveis ideais de desaceleração e equilíbrio
dos travões.
É necessária a explicação de vários princípios
básicos para compreender estes termos.
Funções de controlo
- Controlo de pressão do travão dependente
da carga
- Controlo do reboque
Para explicar estas funções de controlo, deve
fazer-se uma distinção entre o sistema de
travagem convencional e o EBS, devido às
diferenças de funcionamento e dos
componentes.

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201723 1-1
FORNECIMENTO DE AR
Introdução

Componentes
Componentes do sistema de travagem
convencional:
- Pedal de travão
- Válvula de relé sem carga
1 -
-
ALR
Válvula de relé
- Válvula de controlo do reboque
- Válvula ABS
Componentes EBS:
- Atuador do sinal do travão
- Modulador do eixo dianteiro e traseiro
- Válvula ABS (eixo dianteiro)
- Modulador do reboque
- EBS ECU
- Sensores de velocidade das rodas
(C) Instalação dos travões
São tidos em atenção dois tipos de construção
de travões com reguladores automáticos de
folgas:
- Construções de travão de disco
- Construções de travão de tambor

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1-2 201723
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

2. SISTEMA DE FORNECIMENTO DE AR
2.1 COMPRESSOR

C
R605064-3
É possível distinguir dois tipos de compressores
para veículos DAF:
- Compressor de um cilindro
- Compressor de dois cilindros

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201723 2-1
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Processo de compressão de duas fases


2 1
B
1 A

M201364
O ar é aspirado para o primeiro cilindro (primeira
fase). Devido ao pistão no primeiro cilindro (1)
deslocar-se para cima, este comprime o ar a uma
pressão intermédia. Como resultado, o ar
comprimido é agora empurrado para fora do
cilindro, para a cabeça do cilindro.
Na cabeça do cilindro, refrigerada a água, o ar
comprimido é refrigerado como resultado do ar
que flui para o segundo cilindro (segunda fase).
No segundo cilindro (2), o ar já comprimido é
novamente comprimido para uma pressão ainda
maior.

O curso (B) do pistão no segundo cilindro é


inferior ao curso (A) do pistão no primeiro
cilindro. A partir do segundo cilindro, o ar é
levado para a APU ou para o SAC através da
cabeça do cilindro, onde é novamente
refrigerado. Este compressor obtém
temperaturas de funcionamento inferiores.

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2-2 201723
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Função de poupança de energia do


compressor
A Enchimento 23 0
B Poupança de energia
A
0
2
Canal de entrada
Canal de escape 1
23 Canal de poupança de energia

Os compressores de dois cilindros nos veículos


DAF estão equipados com uma função de
poupança de energia do compressor.
Quando o sistema de fornecimento de ar tiver
atingido a pressão de desativação, a cabeça do 2
cilindro recebe um sinal. O regulador de pressão
no secador de ar envia o sinal através da linha de B
poupança de energia do compressor.
No interior da cabeça do cilindro (B), os êmbolos
acionam duas válvulas que ligam os canais de
entrada e de escape. O ar comprimido é, então,
constantemente bombeado de um cilindro para o
outro.
Se o regulador de pressão se desligar devido ao R605084

consumo de ar, as válvulas deslocam-se para a Cabeça do cilindro


posição inicial e o compressor volta a fornecer
(A).
Válvula de segurança
A cabeça do cilindro contém uma válvula de
segurança composta por uma bola (1) e uma
mola (2). Esta válvula limita a acumulação de
pressão para aproximadamente 21 bar.
Se ocorrer uma falha, a pressão na saída do
compressor pode exceder este valor. A bola é
levantada da sede da cabeça do cilindro contra a
pressão da mola. Isto liga a saída do compressor
(2) à entrada do compressor (0). 1
Qual é o procedimento para verificar a 2
capacidade do compressor?

R601030

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FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

2.2 UNIDADE DE PROCESSAMENTO DO AR (APU)

1
A

C
R605064-3
Num sistema de fornecimento de ar com APU, a
sequência de enchimento e os níveis de pressão
são regulados por via mecânica ou pneumática.
Sabe quais as séries de veículos
equipadas com um sistema de
fornecimento de ar APU?

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2-4 201723
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

APU
Peças principais
- Secador de ar
- Elemento do secador
- Válvula de segurança de quatro circuitos
- Regulador de pressão de desativação 22 K 1
Funções principais
- Extrair impurezas do ar fornecido. 23.
- Manter a pressão do sistema.
- Dividir o sistema de fornecimento de ar em
quatro circuitos individuais para garantir o 21
funcionamento dos travões, em caso de fuga
P
de ar. 25
- Regular a acumulação de pressão no G 23
sistema. 12
24. 3 1 26
24

R605038

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201723 2-5
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Função do secador de ar
- Enchimento do sistema
- Regulação de pressão
- Regeneração

1 1
3
Elemento do filtro
Escape
5 Restrição
6 Restrição
8 Válvula de descarga
13 Pistão de controlo

1/12 21
23
8 13

3 5 6
R605081

Enchimento do sistema
O ar fornecido pelo compressor chega ao A
secador de ar através do ponto de ligação 1/12.
No elemento do filtro (1), o ar circula através dos
grãos do filtro, que filtram o óleo e as partículas
de sujidade e extraem o vapor de água do ar. 13
O ar seco circula através do ponto de ligação 21
para o sistema. B

5
C

8
R605077

Enchimento do sistema

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2-6 201723
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Regulação de pressão
A pressão de desativação é atingida
Quando a pressão de desativação é atingida, o A
sinal de pressão é novamente enviado para a
cabeça do cilindro do compressor. (função de
poupança de energia do compressor).
13
1
Qual é o valor da pressão de
desativação?
B

5
C

8
R605078

A pressão de desativação é atingida

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A pressão de ativação é atingida


Se a pressão no sistema descer até ao nível da A
pressão de ativação devido ao consumo de ar, o
sinal para a cabeça do cilindro do compressor é
interrompido.
O compressor é agora capaz de voltar a 13
pressurizar o sistema.
Pressão de ativação do regulador de pressão B
1,4 – 1,8 bar abaixo da pressão de desativação.

5
C

8
R605080

A pressão de ativação é atingida

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201723 2-7
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Regeneração
É necessário proceder à regeneração para A
descarregar as impurezas do elemento do filtro.
Tal é conseguido ao ventilar ar seco a partir do
sistema, no sentido oposto, através do elemento
1 do filtro, quando a pressão de desativação for
atingida.
13

O ar e as impurezas são expelidos através do B


escape principal.
Em que nível de pressão é iniciada a
regeneração? 5
C

8
R605079

Regeneração

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FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Controlo do aquecedor
A APU está equipada com um elemento
aquecedor (2), o qual aquece a sede da válvula
de descarga.

1
23
1

2
R601893

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FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

2.3 FORNECIMENTO INTELIGENTE DE AR (SAC)

No site e-Campus, está disponível


uma apresentação eletrónica sobre

1 "fornecimento inteligente de ar (SAC)"


para suportar a explicação incluída
neste manual de formação.
1/4 Descrição
2/4 Estado de carga
3/4 Estado de regeneração
4/4 Estado bloqueado

C
R605064-3

Estrutura
O SAC é uma unidade de processamento
inteligente do ar.
As informações recebidas da rede CAN e os
sensores de pressão internos são usados para
gerir a distribuição exata de ar comprimido.
Assegura uma gestão ativa, inteligente e
contínua do ar em todas as funções.

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2-10 201723
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Benefícios do SAC em comparação com a


APU
- Otimiza o consumo de combustível.
- Aumento do intervalo de serviço do
elemento do filtro. (de um para dois anos)
-
-
Indicação de aviso para o condutor.
Controlo da humidade do ar.
1
- Diagnóstico de erros e estados do sistema.
- Controlo de processamento inteligente do
ar.
Sabe quais são os veículos equipados
com um sistema de fornecimento de ar
SAC?

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FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Peças principais
- Secador de ar 24.1 0
- Válvula de segurança de quatro circuitos
- Silencioso 24
- ECU de processamento inteligente do ar
1 Funções principais
27
23
A ECU controla as diferentes funções do sistema 26
SAC:
- Controla o compressor. 11 21
- Regula o nível de pressão no sistema de 22
acordo com as diferentes situações de 20
funcionamento.
- Monitoriza as funções e regula-as em
conformidade.
- Divide o sistema de fornecimento de ar em
quatro circuitos. Se um falhar, o SAC
protege os outros circuitos contra o
esvaziamento.
31 25.1 25
- Duas ligações de fornecimento de ar ao
circuito de auxiliares.

R605039-2

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2-12 201723
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Componentes
ECU (D412)
A Vedação A
B Conector para sensores de pressão (B1 e C

1
B2) (2x)
C Conector para solenoides (C1 e C2)
B
D Conector para aquecedor
(2x)
E Grampo de mola para ligação à terra D
F Pinos de posicionamento (2x)
G Conector da cablagem E

A ECU (D412) está ligada à alimentação de F


energia após a ignição, a rede CAN e o VIC-3.
Os pinos 2 e 4 do conector destinam-se a uma
segunda ligação da CAN, mas não estão a ser G
utilizados.

R601870

KL 30 5 1 CANH_1
KL 15 6 2
HEART BEAT 7 3 CANL_1
KL_31 GND 8 4

Ligação de "encaixe" do escape


Algumas versões do SAC são fornecidas com um
silenciador que dispõe de uma ligação de
"encaixe" do escape. A posição da roda
sobresselente determina a versão usada.
Controlo básico do regulador
O SAC controla o fornecimento de ar e/ou
influencia o nível de pressão no sistema para se
adaptar a diferentes funções de operação.
O controlo do nível de pressão do sistema
baseia-se no "controlo básico do regulador".
Ativa e desativa a entrada de ar no sistema, bem
como a comutação do compressor para fases de
descarga e transferência.
G002684

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201723 2-13
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

O controlo básico do regulador dispõe de três


estados diferentes:
1. Estado de carga
2. Estado de regeneração
3. Estado bloqueado
1 Consoante a ativação das duas válvulas
solenoide, os três estados diferentes do
regulador são ativados.
- O C1 é um solenoide de 2/2 vias que
controla a função de poupança de energia
do compressor e o fornecimento de ar para
o C2.
- O C2 é um solenoide de 2/2 vias que
controla a posição da válvula de descarga e
o processo de regeneração.
A válvula de descarga é fechada no estado
bloqueado. Este é o pré-requisito do
conceito de poupança de energia do SAC.
Isto porque permite manter a linha do
compressor e o elemento do secador
pressurizados durante a regeneração.
Vantagens:
- No estado bloqueado, não ocorre a saída de
volume de ar pressurizado do elemento do
secador e da linha do compressor.
- Eficiência elevada do compressor devido à
linha do compressor pressurizado.
- Mesmo breves situações de superação
podem ser usadas com um efeito de
poupança de energia, pois o aumento da
pressão pode começar imediatamente a
partir do nível atual de pressão do sistema.
Estado de carga
O compressor carrega o sistema.
As pressões mínima e máxima no sistema
dependem das condições efetivas de
funcionamento.

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2-14 201723
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Estado de carga:
No diagrama, são indicadas as B
ligações internas pressurizadas. C1 C2

1
E7

F G
11
I E8

H2
20

H3

33 34

31
G002679

Estado de carga

Estado de regeneração
O tempo e a frequência de regeneração
dependem das condições de funcionamento.
A regeneração baseia-se no fluxo de ar
acumulado (nível de saturação) através do
secador de ar. O nível de saturação é calculado
usando diferentes parâmetros, tais como:
- Velocidade do motor.
- Características do compressor.
- Pressão de ar
O compressor está desligado e não está a
carregar o sistema. A linha de controlo da válvula 11

de descarga (I) está pressurizada e a válvula de


descarga abre o canal de regeneração. O ar seco
do sistema circula no sentido oposto através do
elemento do filtro. A partir da válvula
unidirecional (E7) e da restrição (G), através do 20
elemento do filtro (F), válvula de descarga e para
o escape (31).
Estado de regeneração:
33 34
No diagrama, são indicadas as
ligações internas pressurizadas. 31
R605085

Estado de regeneração

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201723 2-15
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Estado bloqueado
O compressor está desligado e não está a
carregar o sistema. A linha de controlo da válvula
de descarga (I) está despressurizada e a válvula
de descarga fecha o canal de regeneração. A
1 linha do compressor e o elemento do filtro
mantêm-se pressurizados.
Estado bloqueado:
No diagrama, são indicadas as
ligações internas pressurizadas.

De que forma é a carga no motor de 11


arranque reduzida durante o "auxílio de
arranque do motor"?

20

33 34

31
R605086

Estado bloqueado

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Quais são os níveis de pressão de


ativação e desativação durante o
"modo de motor anulado"?

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2-16 201723
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Quais são os níveis de pressão de


ativação e desativação durante o
"modo de ultrapassagem do motor"?

1
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De acordo com a sua opinião, de que


forma reage o sistema se não for
possível o "controlo básico do
regulador" devido a um erro?

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Como é que o sistema reconhece a


função de operação "abastecimento
externo"?

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201723 2-17
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Qual é a função da ligação 20 do


secador de ar?

1
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Controlo do aquecedor
A Aquecedor
B Válvula solenoide C1
C Válvula solenoide C2

O SAC vem equipado com um aquecedor


interno. O aquecedor funciona em condições
mais frias aquecendo a sede da válvula de
descarga, o que evita o possível congelamento.
O controlo do aquecedor baseia-se no sensor de
temperatura interno da ECU da unidade de
processamento do ar (D412) e na temperatura
ambiente do sistema de gestão do motor.
O aquecedor ativa-se abaixo da temperatura de
ativação. O aquecedor desativa-se acima da
temperatura de desativação.
Quando a mensagem CAN com a leitura da A B C
temperatura ambiente do sistema de gestão do R601877

motor não está disponível, o "controlo do


aquecedor" também é desativado.
Qual é a possível consequência de
uma sede da válvula de descarga
congelada?

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2-18 201723
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Diagnóstico
É possível monitorizar os três estados do
regulador básico através do DAVIE.
Além destes estados, também é possível testar e
ativar o aquecedor da sede da válvula de
descarga. 1
Após a substituição, o fornecimento inteligente
de ar tem de ser programado com o DAVIE.
Saturação
O SAC não localiza a fuga de ar. Um nível
elevado de saturação deve acionar a inspeção
do sistema quanto a fugas de ar por parte do
técnico.
O nível de saturação é o fluxo de ar acumulado
no elemento do secador de ar.
Se o nível de saturação for superior a 21 000
litros, o DIP (painel de instrumentos DAF) mostra
um aviso amarelo.
Como é que a ECU da unidade de
processamento do ar (D412) consegue
determinar o nível de saturação?

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201723 2-19
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

2.4 SISTEMA DE FORNECIMENTO DE AR

A B
23 21 3 23 25
1
H U
6.2
D P 6.3
6.4

F 1 K
6.5
U 6.6
P
6.7
C
21
1
E 0 24 26 22
G
6.1

6.2

12 3 24

R600580
No exemplo encontra-se ilustrado um diagrama
pneumático de uma APU com a válvula de
proteção de quatro circuitos:
Qual é a função da válvula de
segurança de quatro circuitos?

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2-20 201723
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Qual a função da válvula H de 2/2


vias?

1
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Qual é a função da válvula antirretorno


na ligação 26?

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Qual é a função da ligação 24?

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201723 2-21
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

A B
C1 C2 U
P
D1 U
P
D2

E4

1 H1 L1

E7
12
F G
L2
11
K3
I E8
K6
M
K1 K2 K4
H2 E3
20

E6 H3 E1 E2
J
E9
33 34 35 32

31 0 26 21 22 25.1 25 23 24.1 24

R601483
No exemplo encontra-se ilustrado um diagrama
pneumático do SAC com a válvula de proteção
de quatro circuitos.
Qual é a função de D1 e D2?

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2-22 201723
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Defina as oito ligações de


alimentação. Utilize a informação de
serviço para encontrar a resposta.

1
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Quais as válvulas que garantem a


proteção dos quatro circuitos?

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201723 2-23
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

A B

1 20 21 22

35 19

1 7

2 3 37
31
4
5
6
36
8

9 25
10 38
12 26

39
28
11

29
13 23
15
30
14 16 27
33
17
32 24
18 40 34

S705030

O exemplo ilustra o circuito de fornecimento de ar


para os acessórios:
Em que ligação da válvula de
segurança de quatro circuitos está
ligada a válvula antirretorno (21)?

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2-24 201723
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Qual é a função da válvula 40?

1
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Válvula limitadora de pressão


Objetivo
As válvulas limitadoras de pressão são usadas
para auxiliares e acessórios nos quais é
necessário limitar o nível de pressão.

R601265

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201723 2-25
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Funcionamento
Se a pressão em (2) for inferior ao valor de limite
máximo, o pistão (3) está na posição mais alta e
os componentes (1) e (2) ficam ligados. Se a
pressão em (2) atingir o limite, o pistão (3) é
1 empurrado para baixo contra a mola, até ficar
encostado ao vedante (4). Se a pressão em (2)
for superior à pressão em (1), o ar regressa a (1)
através do orifício (6) e do rebordo (5) do vedante
(4).
É possível utilizar uma válvula limitadora de
pressão, por exemplo, para reduzir a pressão do
controlo da caixa de velocidades manual.
O que acontece à pressão em (2)
quando o parafuso de regulação é
virado para a direita?

C900383-2

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Válvula de descarga
Objetivo
As válvulas de descarga são usadas para
conferir prioridade na sequência de enchimento e
para evitar que o sistema seja esvaziado em
caso de fuga.

R601203-2

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2-26 201723
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Funcionamento
Válvula de descarga com refluxo completo:
O ar comprimido entra através da ligação 1. A
válvula antirretorno (5) permanece fechada pela
pressão de ar da ligação 1. Como o diafragma (3)
mantém o orifício (2) fechado com a mola (4), a
pressão de ar não passa para o espaço (6). 4
1
3

5
2

1 6
C900285

Se a força da mola ultrapassar a força exercida


pela pressão por baixo do diafragma (3), o
diafragma (3) desloca-se para cima e abre o
orifício (2). O ar comprimido da ligação 1 pode
agora passar para o espaço (6). Após uma queda
de pressão na ligação 1, o ar comprimido pode
regressar do espaço (6) através do orifício (2). 4
Se a pressão por baixo do diafragma (3) descer
para um valor inferior à pressão de fecho, o
orifício (2) é fechado pelo diafragma (3) por 3
influência da mola (4). O fluxo de retorno apenas
pode ocorrer no lado da válvula antirretorno (5).
5
2

1 6
C900286

Repartidores pneumáticos
Os veículos DAF dispõem de um repartidor
pneumático para distribuir o ar fornecido aos
auxiliares e acessórios.

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201723 2-27
FORNECIMENTO DE AR
Sistema de fornecimento de ar

Repartidor pneumático da cabina


É possível ligar os seguintes consumidores à
cabina do repartidor pneumático
B Suporte do banco do condutor
D
1 C
D
buzina de ar comprimido
Acessórios ou suporte do banco do B
E
F
acompanhante
E Seleção de mudanças
F Ajuste da coluna de direção
C
G
G Fornecimento de ar

A
G001386

Repartidor pneumático da cabina CF/XF_E6

A Repartidor pneumático
B Buzina de ar comprimido B

G001385-3

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2-28 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Índice

ÍNDICE
Princípios do travão

Página Data

1. DESACELERAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1-1 . . . . . 201723


1.1 Introdução à desaceleração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1-1 . . . . . 201723
1.2 Forças de travagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1-2 . . . . . 201723
1.3 Avaliação do desempenho dos travões. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1-7 . . . . . 201723

2. EQUILÍBRIO DOS TRAVÕES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


2.1 Introdução ao equilíbrio dos travões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2-1 . . . . .
2-1 . . . . .
201723
201723
2
2.2 Sistema convencional de equilíbrio dos travões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2-3 . . . . . 201723
2.3 Sistema EBS de equilíbrio dos travões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2-12 . . . . 201723

3. EQUILÍBRIO DOS TRAVÕES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3-1 . . . . . 201723


3.1 Introdução ao equilíbrio dos travões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3-1 . . . . . 201723
3.2 Sistema convencional de equilíbrio dos travões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3-7 . . . . . 201723
3.3 Sistema EBS de equilíbrio dos travões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3-14 . . . . 201723

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201723 1
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Índice

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2 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Desaceleração

1. DESACELERAÇÃO
1.1 INTRODUÇÃO À DESACELERAÇÃO

A
2

C
R605066-3

Desaceleração
Desaceleração é a diminuição de velocidade
durante um período de tempo.
A desaceleração pretendida e o peso do veículo
determinam a força máxima de travagem.
O valor de desaceleração do veículo é calculado
usando a fórmula F = m × a
m
F = força de travagem total (força de fricção entre
o pneu e a superfície da estrada ) F1 + F2.
m = peso total do veículo. m.a
Z
a = valor de desaceleração calculado
Z = centro de gravidade.
F1 F2

R601043-2

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201723 1-1
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Desaceleração

1.2 FORÇAS DE TRAVAGEM

Os seguintes aspetos têm efeito sobre a força de


travagem:
- Pressão de travagem,
- Diâmetro do cilindro do travão,
R Fg
- Comprimento da alavanca do travão (se
instalada), Fbrake

2 - Diâmetro do tambor de travão ou disco do


travão (R), Rdyn
- Raio do pneu (Rdyn), Fw Fw
- Condição dos calços dos travões e Fn
R601891-2
- Força de fricção entre o pneu e a superfície
da estrada (Fw).
Força de fricção (Fw)
As características do veículo, as condições de
estrada e as condições atmosféricas influenciam
a força de fricção (Fw) transmissível desde o
pneu para a superfície da estrada.
Por outras palavras:
A força de fricção (Fw) depende da força normal
(Fn) e do coeficiente de fricção (μ).
A equação é: Fw = Fn x μ
Fg

Fw Fn

R605044

Força normal (Fn)


A força normal (Fn) exerce uma força no veículo,
Fg
na direção oposta à força gravitacional (Fg) do
Z
veículo.
A forma como a força gravitacional (Fg) é dividida
pelos eixos do veículo depende da localização do
centro de gravidade (Z).
Fn Fn
Se o camião estiver parado, o centro de R605008-3

gravidade (Z) fica equilibrado e não ocorrem


alterações na carga dos eixos.
Isto designa-se "carga estática do eixo".

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1-2 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Desaceleração

Quais os fatores que influenciam a


força normal (Fn)?

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Coeficiente de fricção (μ)


Para transferir uma força de fricção (Fw) através
da travagem ou da direção, é necessário um
coeficiente de fricção (μ).
Além de travar e acelerar, o veículo também tem
de ser capaz de mudar de direção. Para mudar
de direção, é obtida uma força a partir do
coeficiente de fricção (μ) entre o pneu e a
superfície da estrada.
O coeficiente de fricção longitudinal (μB) é
necessário para travar e acelerar.
O coeficiente de fricção transversal (μS) é
necessário para virar.
A relação entre estas forças longitudinal e
transversal podem ser apresentadas num gráfico
utilizando o círculo de Kamm. Isto indica que, em
caso de aumento de μS, μB diminui, e vice-versa.

R605046

Círculo de Kamm

©
201723 1-3
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Desaceleração

Se for necessário travagem e direção em


simultâneo, o coeficiente de fricção longitudinal 1,0
(μB) e o coeficiente de fricção transversal (μS)
são usados. O gráfico mostra que o coeficiente
0,8
de fricção disponível na direção transversal
reduz significativamente no caso de uma
derrapagem das rodas superior a 20%. 0,6

2 0,4

0,2

0 20 40 60 80

R605047

Na prática, uma superfície da estrada seca e


irregular apresenta um coeficiente de fricção de,
no mínimo, 0,8. Uma superfície da estrada
gelada apresenta um coeficiente de fricção de
0,1.
Por isso, numa superfície com um coeficiente 1,0

reduzido de fricção, é possível transferir uma


força de fricção (Fw) inferior. Ao contrário de 0,8
numa superfície com um coeficiente elevado de
fricção, é possível transferir uma força de fricção 0,6
(Fw) elevada.
0,4
Uma força de travagem demasiado elevada
nunca é desejável. Uma roda que bloqueie não
consegue transferir forças na direção longitudinal 0,2

ou lateral, e isto tem consequências para a


capacidade de controlo do veículo. 0 20 40 60 80

R605045

É usado um sensor da velocidade das rodas para


medir a derrapagem das rodas.

R605094

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1-4 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Desaceleração

Qual a influência da diminuição do


coeficiente de fricção na força de
travagem?

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..................................................................................................................................................... 2
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Qual o comportamento de uma roda a


100% de derrapagem das rodas?

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O que acontece se a força de


travagem for superior à força de fricção
máxima entre a roda e a estrada?

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201723 1-5
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Desaceleração

Por que motivo é necessário manter a


derrapagem das rodas no intervalo de
10% a 30% durante a travagem?

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2 .....................................................................................................................................................

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1-6 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Desaceleração

1.3 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOS TRAVÕES

As avaliações do desempenho dos travões têm,


geralmente, por base a verificação da
conformidade com os requisitos legais
relacionados com a desaceleração.
E para localizar e corrigir problemas. Isto serve
para garantir a aplicação das forças corretas a
cada um dos eixos.
A avaliação do desempenho dos travões é usada
2
para localizar e corrigir problemas. Isto serve
para garantir a aplicação das forças corretas a
cada um dos eixos.
O desempenho adequado dos travões
corresponde à desaceleração equivalente à
provocada pela travagem do camião e do
reboque ou semirreboque.
Para um camião, isto significa:
- Distribuição da força de travagem pelos m
vários eixos (F1) e (F2). m.a
Z

F1 F2
R605021

Para um camião e reboque, isto significa:


m m
- Distribuição da força de travagem pelos
eixos do camião (F1), (F2), (F3) e pelos m.a
Z
m.a
Z
eixos do reboque (F4) e (F5).

F1 F2 F3 F4 F5
R605016

Para um trator e semirreboque, isto significa:


- Distribuição da força de travagem pelo trator m
(F1) e (F2) e pelo semirreboque (F3), (F4) e m.a
Z
(F5).
O desempenho dos travões é avaliado através
F1 F2 F3 F4 F5
de um banco de teste do travão com rolos.
Mede e regista a carga dos eixos e a força de R605017

travagem por eixo.


Por conseguinte, é importante que as avaliações
sejam realizadas com os travões à temperatura
de funcionamento. Isto porque os materiais de
fricção usados nos travões apresentam um
coeficiente constante de fricção a determinadas
temperaturas de funcionamento.
O veículo tem de estar completamente carregado
para ser realizada uma avaliação correta. Tal
deve-se a que também seja necessário garantir a
segurança em situações extremas.
Sistemas de travagem convencionais
A soma da carga dos eixos e das forças de
travagem resulta no valor de desaceleração
"calculado" do veículo.

©
201723 1-7
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Desaceleração

Sistema de travagem EBS


Ao contrário do que se verifica com o sistema de
travagem convencional, o desempenho de
travagem deste sistema de travagem não pode
ser avaliado medindo a desaceleração do
veículo. Não é a pressão de travagem que
controla a desaceleração do veículo, mas sim o
"sistema electrónico", dependendo da posição do
pedal do travão.
2 O sistema electrónico do sistema EBS calcula a
pressão de travagem necessária para atingir
uma desaceleração de travagem específica
pretendida.
Para ser possível avaliar o desempenho de
travagem do veículo (sistema de travagem), o
desempenho de travagem (estático) de um
camião com EBS pode ser verificado com base
num gráfico de força de travagem.
Após os travões "aquecerem", a força de 235/75R17,5
F (N)
travagem por roda é medida em relação à 6000
pressão no cilindro do travão num banco de
teste. As forças de travagem medidas são 9"-125
indicadas no gráfico. Para obter uma curva de 5500

desempenho de travagem, una os pontos no


gráfico.
5000

A curva de desempenho de travagem deve ser 1


comparada com a curva de referência.
4500

Se a curva representada (1) for igual ou superior 2


à curva de referência, o desempenho de
travagem estará correcto. 4000

Se a curva representada (2) for inferior à curva de


referência, o desempenho de travagem estará 3500

incorrecto. Neste caso, terá de inspeccionar o


estado mecânico do sistema de travagem básico. 3000

2500

2000
2 2,5 3 3,5 4 4,5
P (bar)

R600883

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1-8 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

2. EQUILÍBRIO DOS TRAVÕES


2.1 INTRODUÇÃO AO EQUILÍBRIO DOS TRAVÕES

Introdução

2
A

C
R605066-3
A força de travagem por eixo do veículo tem de
ser proporcional à carga dos eixos. Por outras
palavras, as forças de travagem têm de ser
equilibradas.
A força de travagem desproporcional pode
originar um comportamento imprevisível do
veículo, tal como o bloqueio das rodas ou um
tempo de travagem excessivo.
O equilíbrio dos travões é composto pelos
seguintes tópicos:
- Distribuição da força de travagem
- Regulação da força de travagem
Explique de que forma a pressão de
travagem influencia diretamente a força
de travagem.

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©
201723 2-1
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Carga dinâmica do eixo


Ao travar, o camião começa a rolar em redor do
respetivo centro de gravidade (Z).
Fg Z
A carga e a força normal (Fn) aumentam no eixo
dianteiro e diminuem no eixo traseiro.
Por conseguinte, o eixo dianteiro tem de travar
com mais força do que o eixo traseiro. Fn Fn

2
R605011-3

Com a mudança da força normal (Fn), a força


gravitacional (Fg) muda proporcionalmente.
A carga dinâmica dos eixos depende de:
- Força gravitacional (Fg)
- Localização do centro de gravidade (Z)
- Carga dos eixos
- Distância entre eixos
Para obter um veículo com um bom equilíbrio,
juntamente com um bom desempenho dos
travões, é necessário reunir uma série de
condições:
- O sistema de travagem não pode apresentar
problemas mecânicos, pneumáticos ou
elétricos.
- O sistema de travagem terá de ter sido
ajustado e/ou programado de acordo com as
especificações.

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2-2 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

2.2 SISTEMA CONVENCIONAL DE EQUILÍBRIO DOS TRAVÕES

Componentes, sistema convencional

21 3 18
62 12 23 29 11 11
4 u u 22
0 2 1 11 21
p p 23
21
1 2 3
24 26

62
25 12 22
2

33
34 21 1
62
41 41 42 43 22 4
62 1/4
41 42
22 11 25
1 2 43 1 2
12 1 2
42 31 17
35

24

11
14
62 23
2 12 2 1
11
23
1

1
23 62
2
62 12 11
11

14
24 K104079-2
Em relação ao controlo do equilíbrio dos travões
num sistema de travagem convencional, a
pressão de travagem no eixo dianteiro e traseiro
é controlada através de vários componentes.
Os componentes envolvidos são:
- Válvula do travão de pé (3)
- Válvula ALR (25)
- Válvula de relé sem carga (35)
- Válvula ABS (23)

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201723 2-3
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Válvula do travão de pé
A válvula do travão de pé permite a regulação
precisa do arejamento e da ventilação dos
circuitos do travão de serviço.
Ao pressionar a válvula do travão de pé, aplica a
pressão do sistema, existente na ligação 11 e 12,
aos travões de serviço, na ligação 21 e 22.
Esta pressão de saída é diretamente
2 disponibilizada para a válvula ALR (ligação 22) e
válvula de relé sem carga (ligação 21). Isto
regula o nível de pressão nos eixos com base na
carga dos eixos.

R605087

Válvula ALR
A válvula ALR (válvula de relé automática
dependente da carga) regula a pressão de
travagem nas câmaras de travão, consoante a
carga do eixo traseiro. Isto evita a existência de
forças de travagem desproporcionais no eixo
traseiro.
O tipo de suspensão do eixo determina o tipo de
válvula utilizada:
- Válvula ALR, suspensão de molas
- Válvula ALR, suspensão pneumática

©
2-4 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Válvula ALR, suspensão de molas


A válvula ALR, suspensão de molas, mede a
alteração de distância entre o chassis e o eixo
através de uma biela (2) fixada ao eixo.

L
Se a carga dos eixos diminuir, a distância entre o
chassis e o eixo diminui. Como resultado, a
alavanca de comando (L) é deslocada do ângulo
(α) e a pressão de travagem regulada (p4) 1
correspondente para as câmaras de travão
aumenta.
2
A verificação e ajuste do comprimento da 2
alavanca (L) encontra-se na suspensão de molas
ALR necessária para a manutenção do veículo.

R6 00 568

R600704-2

©
201723 2-5
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Válvula ALR, suspensão pneumática


A válvula ALR, suspensão pneumática,
determina a carga do veículo ao determinar o
4
nível de pressão nas almofadas de ar.
A válvula ALR está fixada no chassis e não 2
dispõe de ligação ao eixo. As ligações 41 e 42 1
estão ligadas a uma das almofadas de ar no eixo
traseiro. 2
2 Ao carregar o veículo, o nível de pressão
nas almofadas de ar aumenta. Isto também 41 42
origina um aumento do nível da pressão na R601398-2
ligação 41 e 42.
Por conseguinte, a pressão de travagem
regulada (p4) correspondente para as câmaras
de travão aumenta.
Quais são as consequências para o p41= 4.65 bar
funcionamento do sistema de travagem 10 p42

p2 [bar]
em caso de avaria de ALR? Utilize o 9
número do chassis 0E734712 e a 8
informação de serviço para encontrar a p41= 3 bar
p42
resposta. 7
6
5
4
3 p41= 0.3 bar
p42
2
1
1:

1
0.6–0.2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
p4 [bar]

R600705

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

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©
2-6 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Válvula de relé sem carga


1 Pressão do sistema
2 Pressão de saída
3 Escape
41 Pressão de controlo da válvula do travão 41 42
de pé
42 Pressão de controlo de ALR

A válvula de relé sem carga adapta a pressão de


travagem no eixo dianteiro. A pressão de
2
travagem é reduzida com base na pressão 1 2
enviada pelo ALR.

3
R600049-2

A pressão de travagem no eixo dianteiro 10


depende do seguinte: P2(bar)
- Nível de pressão na ligação 41 proveniente 9
da válvula do travão de pé.
- Nível de pressão na ligação 42 proveniente 8
do ALR.
7
Estes níveis de pressão determinam a
6
quantidade de ar enviado para os cilindros do
P42 = P41
travão no eixo dianteiro. 5

Quanto mais altos forem os níveis de pressão, 4


maior a pressão de saída para os cilindros do
travão. 3
Se, devido a uma avaria, não for enviada pressão 1:2.
7
para a ligação 42, a válvula funciona como uma 2
P42 = 0
válvula de relé normal.
1

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
+
0,25 0,1 P41(bar)

R600330

©
201723 2-7
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Válvula de relé
O objetivo da válvula de relé é permitir um rápido
arejamento e ventilação dos cilindros de travão
de mola e dos cilindros do travão. Tal encurta o 4
tempo de reação e de libertação do travão. 2

2 1

3
R605095

A pressão do sistema está ligada ao ponto 1 (9,2


10
bar no diagrama). Se a ligação 4 for acionada, as 0
câmaras de travão ligadas ao ponto 2 são 9,2 -0,2
P2 (bar)

9
arejadas. Se a ligação 4 estiver sem pressão, as
8
câmaras de travão são ventiladas através do
escape 3. 7
Nos modelos mais recentes, esta válvula é 6
substituída pela válvula de relé sem carga.
5
Qual é o objetivo do equilíbrio dos
travões? 4
3
2
1

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
P4 (bar)
MAX. 0,2
R600640-2

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

©
2-8 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Válvula ABS
Garantir a excelência das características de
estabilidade direcional e de direção, durante a
travagem, equilibrando as pressões de travagem
para as câmaras de travão em caso de bloqueio
das rodas.
Tornar a distância de travagem o mais curta
possível, tendo em conta estes requisitos.
O modulador ABS encontra-se montado no
sistema de travagem em linha com as câmaras
2
de travão. Este tem de diminuir ou aumentar o
nível de pressão da câmara de travão,
independentemente da pressão que sai da 1
válvula do travão de pé.
Se a válvula ABS estiver a funcionar, a pressão 2
de entrada na ligação 1 é diferente da pressão de
saída na ligação 2 para a câmara de travão.

R600264

©
201723 2-9
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

2 3

P 2 (bar) P 2 (bar) P 2 (bar)

t (sec) t (sec) t (sec)

R601387
Se a válvula ABS não estiver a funcionar, serve o
propósito de aumentar a pressão. Primeiro
diagrama, pressão do sistema em ambas as
ligações (1, 2). Durante uma intervenção do ABS,
a válvula ABS ventila as câmaras de travão ABS,
segundo diagrama, a válvula de íman (4) é
acionada e a pressão sai para a câmara de
ventilação. Ou mantém a pressão, terceiro
diagrama, a válvula de íman (3) é acionada e a
pressão acima do diafragma superior é igual à
pressão do sistema.
Função de controlo
As velocidades das rodas são medidas com os 8
sensores da velocidade das rodas (1) e os anéis 9
dos sensores (2). 5 4
Através da medição da velocidade das rodas, é 7
possível calcular a derrapagem das rodas. Isto 6
determina se a válvula ABS (4) precisa de ser
ativada durante a travagem para manter a 2
derrapagem das rodas dentro do intervalo de 3
10% a 30%. Ou até que a roda já não se encontre
bloqueada. Isto é conseguido ao reduzir
gradualmente e manter (equilibrar) o nível de
pressão de travagem.
1
R600286-2

©
2-10 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

..................................................................................................................................................... 2
.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

©
201723 2-11
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

2.3 SISTEMA EBS DE EQUILÍBRIO DOS TRAVÕES

Componentes, sistema EBS

12 11
11

D412
L088
12 ECU 27
p p
u u

2
11
2 1
21

25.1
24.1
4 20 0
2 2
A 2 2
5 5
1 1 B
2 1 4
12 s
u
21 21 21 p
u
n
22 22 1 11
22
3 3 3 12 2 1 D378
D377 2
2 1 1 4
1
4
L086 2
4
11 12
12 22
22 p
11 21 u red
21
yellow

42 43
3 2
22 11
p
u
D380 21

11 1
12 11
L087

S705032

O sistema EBS possui o seu próprio princípio de


controlo para as pressões de travagem dos eixos
dianteiro e traseiro. As pressões de travagem
são optimizadas em relação às cargas dinâmicas
dos eixos.
Componentes envolvidos no fornecimento de
pressão de travagem
- Atuador do sinal do travão (L086)
- Válvula ABS (L087)
- Modulador do eixo dianteiro (D377)
- Modulador do eixo traseiro (D378)

©
2-12 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Unidade de controlo eletrónico


Consoante a posição do pedal de travão, a ECU
do EBS calcula a pressão de travagem
necessária para atingir uma desaceleração de
travagem específica pretendida.
Em seguida, para calcular a pressão de
EBS
travagem necessária, a unidade de controlo
eletrónico recebe sinais de vários sensores
ligados aos componentes do sistema.
As pressões de travagem são otimizadas,
2
relativamente às cargas dos eixos dinâmicas, e
convertidas na pressão de travagem necessária
para os cilindros do travão.

P
P U

R600347

Atuador do sinal do travão


O atuador do sinal do travão gera a
desaceleração pretendida, a partir do condutor,
num sinal elétrico.
A desaceleração pretendida depende da posição
do pedal de travão.

R605091

©
201723 2-13
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

O que acontece à pressão enviada


para o eixo dianteiro, de acordo com o
diagrama do travão acima, quando um
veículo se encontra carregado?

2 .....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

Quais as informações necessárias


pela ECU do EBS para atingir a
desaceleração solicitada?

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

Modulador dianteiro
O modulador do eixo dianteiro controla a pressão
de travagem do eixo dianteiro.

R601474

©
2-14 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Modulador do eixo traseiro


O modulador do eixo traseiro controla a pressão
de travagem, de forma independente, de cada
um dos lados do eixo traseiro.
Por que motivo a válvula de relé sem
carga já não é necessária no EBS?

R601475

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

Válvula ABS
A ECU do EBS ativa a válvula ABS, que apenas
se encontra instalada no eixo dianteiro quando é
detetado o bloqueio das rodas.
Isto despressuriza as câmaras de travão,
independentemente da pressão transmitida do
modulador do eixo dianteiro.
No eixo traseiro, a função do ABS é integrada no
modulador do eixo traseiro.
Qual a diferença entre os sistemas
ABS em conjunto com sistemas
convencionais e do ABS em conjunto
com o EBS? Utilize a informação de
serviço para encontrar a resposta.

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

©
201723 2-15
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

©
2-16 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

3. EQUILÍBRIO DOS TRAVÕES


3.1 INTRODUÇÃO AO EQUILÍBRIO DOS TRAVÕES

Introdução

2
A

C
R605066-3
Os travões do (semi) reboque têm de ser
harmonizados com o veículo.
Uma combinação do veículo devidamente
harmonizada é uma combinação na qual todos
os travões travam praticamente de forma igual,
em conformidade com a carga dos eixos.
É importante que os camiões e os reboques
possam ser trocados. Isto é aplicável aos novos
conjuntos trator-reboque e aos conjuntos trator-
reboque com travões que já tenham sido
revistos. F1 F2 F3 F4
O equilíbrio dos travões é a regulação da força de
travagem da combinação do veículo. m1 m2 m3 m4
Esta regulação é realizada no banco de teste do
travão com rolos, mas também é sempre F1 : F2 : F3 : F4 = m1 : m 2 : m 3 : m 4
necessário um test drive.
R600026

Para uma regulação correta, a combinação do


veículo tem de estar carregada e o nível de
pressão tem de estar entre 1 e 3 bar na cabeça
de engate do reboque amarela.
Existem diferenças importantes entre os
sistemas convencionais e o EBS em relação à
harmonização.

©
201723 3-1
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Por que motivo a pressão na cabeça


de engate do reboque amarela tem de
ser entre 1 e 3 bar para uma regulação
correta?

2 .....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

Carga dinâmica do eixo


É possível distinguir dois tipos de combinação do
veículo:
- Camião e reboque
- Trator e semirreboque
Camião e reboque
O peso do camião ou da força gravitacional (Fg)
é dividido pelos eixos do camião. O peso do
reboque ou da força gravitacional (Fg) é dividido Fg Z Fg Z
pelos eixos do camião. O reboque não transfere
força gravitacional (Fg) para o camião
Trator e semirreboque
Fn Fn Fn Fn Fn
R605012-3

Quando os travões de uma combinação de trator


e semirreboque são utilizados, a carga dos eixos
é deslocada do semirreboque para o trator. É por Fg Z
este motivo que o desempenho de travagem do
semirreboque pode ser inferior ao desempenho
de travagem do trator.
Fn Fn Fn Fn Fn
O semirreboque transfere uma parte da sua R605013-3

carga dos eixos para a quinta roda do trator


durante a travagem.

©
3-2 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Funções de controlo
Pressão de atuação
A pressão de atuação é a pressão à qual o travão
começa a exercer força de travagem. Em caso
de dúvidas relativamente à pressão de atuação
do travão de uma determinada roda, pode medir
a pressão na câmara de travão.
É importante que as pressões de atuação nos

2
vários eixos estejam devidamente afinadas. Tal é
particularmente importante no que se refere a
pressões de travagem baixas.
A ilustração mostra que o camião inicia a
travagem a uma pressão de 0,5 bar na cabeça de
engate amarela. O reboque inicia a travagem a
uma pressão de 0,8 bar. A uma pressão de 1,2 a
bar, a percentagem de desaceleração do camião %
é de 6% e a do reboque é de 3%.
30

25

20

15

10

6
5
3

0
0 0,5 0,8 1 1,2 1,5 2 2,5
P (bar)
R601083

©
201723 3-3
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Gama EC

a %

100

90

2
80

70 EBS

60

EBS EBS
50

40

30

20

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
P (bar)
R600880

Gama EC para uma combinação de camião e reboque.

©
3-4 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

a %

100

90

2
80

EBS
70

60
EBS EBS
50

40

30

20

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
P (bar)
R600881

Gama EC para uma combinação de trator e semirreboque.

Com base na informação existente no formulário


de equilíbrio dos travões, é possível desenhar as
curvas de desaceleração na gama EC. A área
entre as curvas é a gama EC.
Define os requisitos legais para a desaceleração
de travagem de uma combinação do veículo.

©
201723 3-5
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Por que motivo a gama EC de um


camião e reboque é diferente de uma
gama usada para um trator e
semirreboque?

2 .....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

©
3-6 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

3.2 SISTEMA CONVENCIONAL DE EQUILÍBRIO DOS TRAVÕES

Válvula de controlo do reboque


11 Pressão de alimentação do reservatório
de ar
12 Cabeça de engate vermelha
22 Cabeça de engate amarela

2
41 Circuito 1 do travão de serviço da pressão
de controlo
42 Circuito 2 do travão de serviço da pressão
de controlo 41
43 Circuito do travão de estacionamento da
pressão de controlo 22
42
Os camiões equipados com um sistema de
travagem convencional utilizam uma válvula de 12 43
controlo do reboque para regular a força de
travagem do reboque. 11
Este componente pode ser usado para regular a
harmonização. 42
41 43
A válvula de controlo do reboque transmite os 22
11
comandos de travagem desde o camião para o
reboque e funciona como uma salvaguarda 12
contra a fratura da linha de serviço.
A pressão de travagem é controlada com a R605034
pressão do circuito do travão 1, 2 ou do circuito
do travão de estacionamento.
A predominância pode ser regulada no local da
seta na ilustração. Isto é apenas permitido se os
sistemas de travagem do veículo e do (semi)
reboque não apresentarem mais anomalias.
Funções de controlo
Pressão de atuação
Em caso de dúvidas relativamente à pressão de 9
P22(bar)

atuação do travão de uma determinada roda,


poderá medir a pressão na câmara de travão da 8
respetiva roda.
7
Quando a pressão de atuação do reboque for
demasiado elevada, o desempenho de travagem 6 P11/12 = 8bar
do reboque pode ser 50% inferior à do camião. P43 = 8bar
5
Pode ocorrer com uma pressão específica na
linha de serviço. 4
C B
O diagrama ilustra as diferenças das pressões de 3
entrada, saída e atuação, de acordo com a
definição de predominância. 2,2 + 0,2
0 2
C
1

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
<0,35 8,6
P41/42(bar)

R600333

©
201723 3-7
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Explique as curvas B e C ilustradas no


diagrama. Utilize a informação de
serviço para encontrar a resposta.

.....................................................................................................................................................

2 .....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

©
3-8 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Predominância
Ao aumentar a predominância, a pressão
enviada pela válvula de controlo do reboque a
aumenta.
O equilíbrio dos travões é regulado através da
alteração da predominância relativa às linhas de
referência na gama EC. Isto é apenas permitido
se os sistemas de travagem do camião e do
reboque não apresentarem mais anomalias. %
40
2
Quando a predominância estiver correta, as
curvas do veículo e do (semi) reboque 30
encontram-se entre as linhas de referência na
gama EC. 20
Que imagem mostra uma regulação
correta de predominância? 10
0
0 1 2 3 4 5 bar
p

%
40
30

20
10
0
0 1 2 3 4 5 bar
p
R601090

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

©
201723 3-9
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Por que motivo é necessária uma


definição de predominância?

.....................................................................................................................................................

2 .....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

O que acontece se aumentar a


predominância no próprio reboque?

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

O que acontece se aumentar a


predominância na válvula de controlo
do reboque?

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

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3-10 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Formulário de harmonização
1 2 3 4 5

2
m1+ m2+...... m1+ m2+......

F1+F2+F3
X 100 %

p
R
R m1+ m2+......
R L
F1+F2+F3
L
L
F1 F2 F3
L R L R L R
0.5 %
1.0 %
1.5 %
2.0 %
3.0 %
4.0 %
5.0 %

6 7 8 9

m1+ m2+...... m1+m2+......

F1+F2+F3
X 100 %
p

R
R R F1+F2+F3 m1+m2+......
L
L L
F1 F2 F3
L R L R L R
0.5 %
1.0 %
1.5 %
2.0 %
3.0 %
4.0 %
5.0 %
R605027

©
201723 3-11
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Para determinar e regular corretamente a


predominância, é necessário preencher um
formulário de harmonização. As medições são
realizadas no banco de teste com rolos. Em
seguida, os valores têm de ser calculados para
preencher uma gama EC.
Quando a força de travagem e a carga dos eixos
de cada eixo forem somadas, é possível calcular
2 a relação de travagem. Isto é conseguido ao
dividir a soma das forças de travagem pela soma
das cargas dos eixos.
Explique como realizar a leitura do
formulário de harmonização. Utilize a
informação de serviço para encontrar a
resposta.

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

Consegue indicar verificações


importantes que tenham de ser
realizadas antes de ser possível
executar o equilíbrio dos travões
correto?

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

©
3-12 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Indique três fatores que tenham


influência no comportamento dos
travões de um veículo.

.....................................................................................................................................................

..................................................................................................................................................... 2
.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

Quais são as possíveis consequências


de uma regulação incorreta dos travões
entre o camião e o reboque?

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

©
201723 3-13
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

3.3 SISTEMA EBS DE EQUILÍBRIO DOS TRAVÕES

O modulador do reboque é usado para controlar


as pressões de travagem do reboque.
O EBS verifica continuamente a desaceleração
pretendida e a pressão de travagem adequada,
pelo que a regulação da predominância do

2 reboque não é possível.


Num conjunto de um camião com EBS e um
reboque sem EBS, a predominância tem de ser
sempre regulada na válvula de reação do
reboque.

R601477

Opções de regulação de equilíbrio


Quais são as opções de regulação
para os sistemas convencionais e para
o EBS em termos de equilíbrio? Utilize
a informação de serviço para encontrar
a resposta.

Conjunto trator-reboque Equilíbrio dos travões do Equilíbrio dos travões do


camião reboque
Camião sem EBS,
reboque sem EBS
Camião sem EBS,
reboque com EBS
Camião com EBS,
reboque sem EBS
Camião com EBS,
reboque com EBS

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

©
3-14 201723
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

Quando é que é possível que o


desempenho dos travões de um
sistema de travagem a funcionar
corretamente fique fora da gama EC?
Utilize a informação de serviço para
encontrar a resposta.

.....................................................................................................................................................
2
.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

Qual é a vantagem do EBS para os


sistemas convencionais em termos de
eficiência de travagem?

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

.....................................................................................................................................................

©
201723 3-15
PRINCÍPIOS DO TRAVÃO
Equilíbrio dos travões

©
3-16 201723
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Índice

ÍNDICE
Instalação de travões

Página Data

1. INSTALAÇÃO DE TRAVÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1-1 . . . . . 201723


1.1 Transferência de forças de travagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1-1 . . . . . 201723

2. TUBOS DE AR E ACOPLAMENTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2-1 . . . . . 201723


2.1 Tubos de ar e acoplamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2-1 . . . . . 201723

©
201723 1
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Índice

©
2 201723
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Instalação de travões

1. INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
1.1 TRANSFERÊNCIA DE FORÇAS DE TRAVAGEM

A
3

C
R605070-4

Travões de tambor
São usados dois tipos de travões de tambor nos
veículos DAF:
- Construção de tipo com árvore de cames em
S
- Construção de tipo com árvore de cames em
Z
Travões de disco
São usados vários tipos de versões de travões
de disco nos veículos DAF:
- Versões Wabco PAN-17, PAN 19-1+
e PAN 19-2.
- Versões Knorr SB7000 e SN7000.

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201723 1-1
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Instalação de travões

Regulação automática de travão


Todos os travões de disco e de tambor dispõem
de um dispositivo de regulação automática para
compensar a folga. Esta folga surge entre o
material de fricção e o tambor ou disco, à medida
que os componentes sofrem o desgaste.
Consequentemente, o curso do cilindro durante a
travagem permanece mais ou menos constante.
Consoante o tipo de travão, a instalação está
presente no interior ou exterior do conjunto do
travão.
Regulador automático de folgas para a
3 construção de árvore de cames em S

R605052-2

Travão de tambor com construção de árvore de


cames em S

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1-2 201723
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Instalação de travões

b a

4
3
5

2
1

R605059-2

Mecanismo de árvore de cames em S


a Deslocação normal
b Deslocação adicional
1 Entalhe na placa de controlo
2 Suporte
3 Roda livre
4 Roda dentada no eixo sem-fim
5 Eixo sem-fim
6 Roda dentada na placa de controlo

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201723 1-3
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Instalação de travões

Travões aplicados
Ao travar numa situação de travagem normal (a),
o suporte (2) consegue deslocar-se no interior do
espaço no entalhe da placa de controlo (1). Na
posição neutra, o suporte está encostado ao
limite superior do entalhe.
Ocorre uma deslocação adicional (b) devido ao
desgaste.
Neste caso, o suporte (2) entra em contacto com
o limite inferior do entalhe da placa de controlo
(1). Isto faz com que o suporte (2) se desloque
para cima, relativamente à caixa do regulador.
3 Como resultado, a roda dentada no eixo sem-fim
(4) é comutada. Uma roda livre (3), constituída
por uma mola e uma embraiagem cónica,
possibilita que o eixo sem-fim (5) se desloque
livremente pela roda dentada na placa de
controlo (6).

R605060
Travões libertados
Quando o cilindro do travão já não estiver
ativado, regressa à posição neutra. O suporte (2)
é puxado para baixo por entrar em contacto
com o limite superior do entalhe na placa de
controlo (1).
Isto faz com que a roda dentada no eixo sem-fim
(4) seja virada para o outro lado. A roda livre (3)
controla agora o eixo sem-fim (5). O eixo sem-fim
controla a roda dentada na placa de controlo (6),
o que ajusta a folga entre o revestimento dos
travões e o calço de travão. Isto ocorre ao rodar
a árvore de cames em S para a esquerda.

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1-4 201723
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Instalação de travões

Regulador automático de folgas para a


construção de árvore de cames em Z
Se a folga entre o calço de travão e o tambor do
travão for superior a um valor predefinido, o
mecanismo de regulação automática regula a
folga entre ambos os calços de travão.

R605051-2

Travão de tambor com construção de árvore de


cames em Z

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201723 1-5
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Instalação de travões

3 2
4

1 6

R605050

Mecanismo de árvore de cames em Z


1 Regulador manual
2 Árvore de cames em Z
3 Tampão antipoeira
4 Impulsor de regulação
5 Pino de pressão
6 Eixo de ligação

Funcionamento do travão
Ao aplicar os travões de serviço, a vareta do
cilindro do travão é pressionada contra a
alavanca do travão. Isto roda a árvore de cames
em Z (2) e pressiona os impulsores de regulação
(4) para fora através do pino de pressão (5). Os
calços de travão principais e secundários são
pressionados contra o tambor de travão.

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1-6 201723
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Instalação de travões

Quando os travões são libertados, a mola na


câmara de travão pressiona a vareta do cilindro
do travão, a alavanca do travão e a árvore de
cames em Z para a posição neutra. Assim, a
mola que se encontra ligada aos calços de travão
força estes para longe do tambor de travão. Isto
também coloca os impulsores de regulação (4) e
os pinos de pressão (5) novamente na posição
neutra.
Se ocorrer o desgaste do travão, os impulsores
de regulação (4) são empurrados ainda mais
para fora quando os travões forem aplicados. Por
isso, qualquer folga entre os dentes helicoidais
dos impulsores de regulação e os dentes
3
helicoidais do regulador manual (1) é eliminada.
Isto faz com que o regulador manual (1) rode, e
tal, por sua vez, eleva-o para fora da sede cónica
na caixa.
Mecanismo de regulação

R605055

Travões libertados

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201723 1-7
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Instalação de travões

Se ocorrer o desgaste dos travões, a folga entre


o calço de travão e o tambor de travão excede
um valor predefinido. O mecanismo de regulação
automática regula a folga de ambos os calços de
travão.
O impulsor de regulação (4) é ainda mais
pressionado para fora. Assim, a folga entre os
dentes helicoidais do impulsor de regulação (4) e
os dentes helicoidais no regulador manual (1) é
eliminada. Isto faz com que o pinhão (em laranja)
seja elevado e, por conseguinte, fique
desbloqueado e rode. Quando os travões são
3 libertados, o pinhão é novamente pressionado
para a sede cónica e bloqueado. Isto força a
rotação do próprio impulsor de regulação (4).
Este movimento de rotação é transferido pelo
veio de ligação e, assim, ambos os calços de
travão são regulados.
Construções do travão de disco Wabco
Variantes
A construção do travão de disco consiste no
disco do travão e no calibrador do travão.
Existem três versões desta construção usadas
em veículos DAF: PAN-17, 19-1+ e PAN-19-2.
Por exemplo, as versões PAN-17 e 19-1+ são
explicadas. Para obter mais detalhes, consulte a
informação de serviço.
Funcionamento do travão
1 Alavanca 1
2 Mecanismo de regulação
3 Disco de pressão 5 3
4 Disco do travão
5 Calibrador do travão

Se o travão for acionado, a vareta do cilindro do


travão é premida contra a alavanca montada no
excêntrico (1).
A força é transmitida através do mecanismo de
regulação (2) para a placa de pressão (3), a qual R600573

pressiona o calço do travão contra o disco do


travão (4).
Devido à força de reação no excêntrico, o 4 2
calibrador do travão flutuante (5) também
pressiona o calço do travão oposto com a mesma
R600574
força.
Wabco PAN-17, PAN-19-1+
(série LF45, LF55, dianteira)

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1-8 201723
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Instalação de travões

Mecanismo de regulação
1

5 4 4 3 2

R605057

Wabco PAN-19-1+
1 Alavanca
2 Mola
3 Anel cónico
4 Pino
5 Parafuso de regulação

A vareta do cilindro do travão aciona a alavanca


montada no excêntrico (1) e o pino (4) na
alavanca roda o anel cónico (3), ligeiramente, no
curso para fora. Isto faz com que a mola (2)
liberte tensão na bucha de regulação, a qual se
encontra instalada no parafuso de regulação (5).
Quando a folga entre o calço e o disco do travão
aumenta, a bucha de regulação roda o parafuso
de regulação (5) e, assim, os travões são
ajustados.

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201723 1-9
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Instalação de travões

Construções do travão de disco Knorr


Variantes
A construção do travão de disco consiste no
disco do travão e no calibrador do travão. SB7000
Existem duas versões desta construção usadas
em veículos DAF: Knorr SB7000 e Knorr
SN7000.
Knorr SB7000
- Reconhecida pela caixa dividida entre o
cilindro do travão e o calibrador do travão.
- É usada em eixos traseiros com suspensão

3
de molas.
Knorr SN7000
- Reconhecida pela caixa não dividida entre o
cilindro do travão e o calibrador do travão.
- É usada em todos os eixos dianteiros do
travão de disco e nos eixos traseiros
pneumáticos. SN7000
O funcionamento das duas versões é idêntico.
Apenas a revisão e as peças do calibrador do
travão são diferentes.

R600707

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1-10 201723
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Instalação de travões

3
3
4
5
1

R605056

Knorr SN7000
Regulador automático de folgas no calibrador
do travão Knorr
Um dos dois casquilhos roscados (1) está
equipado com um mecanismo para regulação
automática da folga entre os calços do travão e o
disco do travão. Este regulador e o excêntrico
estão equipados com dentes (3) que engatam
uns nos outros. Se a folga for demasiado ampla,
estes dentes rodam o regulador (5) da próxima
vez que os travões forem aplicados. Assim, a
folga é reduzida.

Sob condições de folga normais, o regulador


exerce pressão contra o calço do travão antes de
a rotação ocorrer. Contudo, se a rotação ocorrer,
esta é absorvida por uma embraiagem. A rotação
do regulador é transferida para o outro regulador
através de uma corrente (2). A remoção de uma
tampa de borracha (4) no local do regulador
automático revela um hexágono. Utilizando uma
chave de luneta, é possível definir a folga
manualmente regulando este hexágono.

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201723 1-11
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Instalação de travões

NOTA: Não rode excessivamente o


regulador. Nunca rode o regulador
sextavado sem utilizar um adaptador.
O adaptador é um dispositivo de
proteção contra torção e quebra caso o
binário seja demasiado elevado. Se
não utilizar um adaptador, pode
danificar o mecanismo do calibrador do
travão, resultando na necessidade de o
substituir.

NOTA: Use a informação de serviço e o

3
número do chassis 0E804399 para
encontrar as respostas às seguintes
questões.

Pode mencionar outros pontos de


atenção importantes em relação à
reposição e regulação dos calços do
travão no calibrador SN7000?

R605076

Dispositivo de proteção contra torção no


calibrador Wabco

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1-12 201723
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Instalação de travões

Quais são os dados de verificação dos


calços do travão?

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..................................................................................................................................................... 3
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Quais são os dados de verificação de


um disco do travão?

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O que tem de ser inspecionado para


verificar o estado de um calço do
travão?

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201723 1-13
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Instalação de travões

Quais são os dados de verificação de


um calibrador do travão?

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3 .....................................................................................................................................................

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Quais são os dados de verificação de


um conjunto de revestimento dos
travões?

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Quais são os dados de verificação de


um tambor de travão?

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1-14 201723
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Instalação de travões

Indicador de desgaste
Dependendo do tipo de calibrador do travão, o
calibrador do travão está equipado com um
indicador de desgaste ou com cabos de desgaste
dos calços dos travões. Estes dispositivos
destinam-se a avisar o condutor sobre um
eventual desgaste dos calços dos travões.
O indicador de desgaste, instalado no 1
mecanismo de regulação do calibrador do travão,
é composto por uma resistência e por um
comando (1) ligados em série. O comando está
normalmente fechado e o circuito tem uma
resistência igual ao valor da resistência. Quando
os calços dos travões estão gastos, o circuito é
3
interrompido. Tal faz com que o VIC ative um
símbolo de aviso de "desgaste dos calços dos
travões" no painel de instrumentos.
Fios de desgaste dos calços dos travões estão R600488
instalados nos calços. Se os calços dos travões
se tiverem desgastado até à espessura mínima,
os fios estão gastos. Quando os fios estão
gastos, o circuito é interrompido. Tal faz com que
o VIC ative um símbolo de aviso de "desgaste
dos calços dos travões" no painel de
instrumentos.

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201723 1-15
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Instalação de travões

Cilindros do travão
São usados dois tipos de cilindros do travão nos
veículos DAF:
- Cilindro do travão
- Cilindro do travão de mola
Cilindro do travão
Quando a válvula do travão de pé é acionada, é
admitido ar pressurizado no lado de pressão do
diafragma (1). O diafragma (1) e a vareta (2) são
empurrados para fora contra a pressão da mola 1
(3).
Consequentemente, os travões são acionados.
3 O ar no outro lado do diafragma pode sair através
de orifícios de purga e da folga em redor da
vareta.
Quando os travões são libertados: 3
- A mola helicoidal (3) força a vareta e o
diafragma de volta para a posição inicial.
- O cilindro do travão aspira sempre ar
atmosférico no lado sem pressão.
- A vareta regressa totalmente à posição 2
R600506
inicial.
Cilindro do travão de mola
O cilindro do travão de mola é composto por duas
11
partes: uma parte para o travão de pé, concebida
como um cilindro do travão normal, e uma parte
para o travão de estacionamento, que é um
cilindro do travão de mola.
Os reservatórios de ar têm de estar num nível de
pressão seguro antes de iniciar a condução.
Caso contrário, é indicado um sinal de aviso (por
exemplo, um sinal sonoro) e o travão de
estacionamento é aplicado (imagem 1).

12
R600909

Imagem 1

Se esta pressão for admitida no cilindro do travão


11
de mola, na ligação 12, o pistão comprime a
mola. A vareta já não se encontra sob carga, o
diafragma do cilindro do travão normal segue o
movimento e o travão é libertado.
Na situação descrita (imagem 2), o travão de
mola é libertado e o travão de serviço é aplicado
devido ao ar pressurizado admitido através da
ligação 11.

12
R600908

Imagem 2

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1-16 201723
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Instalação de travões

Como demonstrado na imagem 1 e 2, as


câmaras junto às câmaras de pressão são B A
ventiladas através de orifícios de purga e ligadas
através de um tubo externo.
Noutras versões (imagem 3), a câmara de molas
(B) é ligada através de uma válvula do
respiradouro interno (A) à câmara de pressão do
cilindro do travão normal. A válvula do
respiradouro está aberta enquanto o travão de
serviço não é aplicado. Quando o travão de
serviço é ativado, a válvula de ventilação (A) é
fechada para evitar a acumulação de pressão na
câmara de molas (B).
Como é que as dimensões dos R601454
3
componentes influenciam as forças de
travagem que podem ser transferidas? Imagem 3

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Como é que o estado da instalação


dos travões e dos pneus influencia as
forças de fricção que podem ser
transferidas?

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201723 1-17
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Instalação de travões

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1-18 201723
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Tubos de ar e acoplamentos

2. TUBOS DE AR E ACOPLAMENTOS
2.1 TUBOS DE AR E ACOPLAMENTOS

Geral
São usados acoplamentos Raufoss e copos
Voss nos circuitos de ar. A principal diferença
entre os acoplamentos é o modo em que os
tubos de ar são instalados nos acoplamentos ou
copos.
NOTA: Utilize apenas acoplamentos
Raufoss quando efetuar reparações
num tubo de ar Hytrel®. 3
Os fatores indicados abaixo são essenciais para
garantir a fiabilidade da ligação entre o
acoplamento e o tubo:
- Utilize os materiais corretos e assegure um
manuseamento adequado.
- Certifique-se de que seleciona o
acoplamento correto de acordo com o
diâmetro do tubo.
- Mantenha a área de trabalho limpa e realize
os procedimentos de montagem de forma
precisa.
- Utilize as ferramentas corretas.
Segurança
1. Utilize sempre equipamentos de proteção
individual adequados.

2. Aplique sempre o travão de estacionamento


e coloque calços ou blocos à frente e atrás
das rodas para evitar a deslocação do
veículo.

3. Antes de desligar qualquer tubo de ar,


certifique-se de que o circuito de ar está
despressurizado.

4. Após a reparação, deverá verificar todo o


circuito de ar quanto ao funcionamento e à
existência de fugas.

Remoção e instalação
Na informação de serviço encontra-se uma
indicação específica para a remoção ou
instalação de acoplamentos Raufoss ou copos
Voss.
Este é um plano pormenorizado para a remoção
e instalação destes acoplamentos e copos e tem
de ser seguido tal como indicado.

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201723 2-1
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Tubos de ar e acoplamentos

Diferentes indicações na informação de


serviço
- Remover copos Voss dos tubos de ar de
plástico.
- Instalar copos Voss em tubos de ar de
plástico.
- Remover tubos de ar de acoplamentos
Raufoss.
- Instalar tubos de ar em acoplamentos
Raufoss.
Quais os números de peça DAF das
ferramentas especiais corretas
3 relativamente ao diâmetro do tubo de
ar? Use a informação de serviço para
encontrar a resposta e preencha a
tabela abaixo.

Referência Referência Referência Referência Referência


DAF (tubo de DAF (tubo de DAF (tubo de DAF (tubo de DAF (tubo de
Descrição ar de 6 mm) ar de 8 mm) ar de 10 mm) ar de 12 mm) ar de 16 mm)
Ferramenta de
libertação padrão
Ferramenta de
libertação profissional

Verificar as ligações
Após a reparação de acoplamentos Raufoss ou
de copos Voss, deve ser realizada uma
verificação rigorosa quanto a fugas.
Quando for colocado um copo Voss novo, este
deve ser corretamente instalado.
Inspecione sempre o conjunto e puxe para
garantir que o bocal está totalmente bloqueado.
Se for montado incorretamente, o O-ring do
bujão continua visível. Se existir pressão, ocorre
uma fuga audível de ar.

R600366

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2-2 201723
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Tubos de ar e acoplamentos

Verificação das ligações, acoplamentos


Raufoss
1. Inspecione sempre o conjunto e puxe para
garantir a integridade dos componentes da
1 1
junta.
- Na situação A, o tubo de ar não está
totalmente montado. Devido à A
deslocação do O-ring (1), um orifício no
acoplamento produz um som sibilante
quando pressurizado.
- Na situação B, o conjunto está 1
corretamente montado.
NOTA: Após a montagem do
tubo de ar, verifique sempre a
B 3
existência de fugas de ar
audíveis com o motor G001804
desligado e os tubos de ar
pressurizados.

Fugas nos tubos de ar de plástico


As fugas nos tubos de ar devem ser reparadas
imediatamente para evitar situações de perigo.
A existência de fugas de ar num tubo de ar pode
afetar o desempenho de travagem do veículo e
pode originar um comportamento do veículo
menos controlável.
No caso de existir uma fuga num copo de tubo de
ar Voss, não é permitido apertar demasiado a
porca de ligação.
ATENÇÃO! Utilize sempre copos
Voss ou acoplamentos Raufoss para
o sistema de travagem.

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201723 2-3
INSTALAÇÃO DE TRAVÕES
Tubos de ar e acoplamentos

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2-4 201723

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