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Guia Dos Maçons Escoceses Aprendiz
Guia Dos Maçons Escoceses Aprendiz
ou
CADERNO DOS TRÊS GRAUS SIMBÓLICOS DO RITO ANTIGO E ACEITO.
Elaborado pelo Grande Oriente de França em 1804.
Venerável.
Em EDIMBURGO.
58
APRENDIZ MAÇOM.
ABERTURA.
R. Para encaminhar suas ordens ao Segundo Vig, e velar para que os Irmãos se conservem decentemente
em suas Colunas.
R. Para encaminhar suas ordens ao Primeiro Vigilante e a todas as Dignidades, para que os trabalhos
sejam prontamente executados.
R. Ao Sul.
P. Para que, Caríssimo Irmão Segundo Vigilante, ocupais este lugar?
R. Para melhor observar o Sol em seu meridiano, chamar os obreiros ao trabalho, e mandá-los dos
trabalhos à recreação, afim de que o Venerável Mestre cubra-se de honra e glória.
R. Ao Ocidente.
R. Assim como o Sol se oculta no Ocidente para fechar o dia, do mesmo modo ali o Primeiro Vigilante se
coloca para abrir e fechar a Loja, pagar os obreiros e mantê-los contentes e satisfeitos.
R. Ao Oriente.
R. Assim como o Sol se eleva no Oriente para iniciar a sua trajetória e abrir o dia, do mesmo modo o
Venerável Mestre ali se coloca para abrir a Loja, dirigir os seus trabalhos e esclarecê-los com suas luzes.
O Venerável Mestre bate por três golpes de malhete de iguais espaçamentos; em seguida vira-se para o Primeiro
Diácono, é feito o sinal gutural. O Venerável Mestre dá ao Primeiro Diácono a palavra sagrada em seu ouvido para a
abertura da Loja de Aprendizes Maçons do Rito Escocês.
O Primeiro Diácono a leva ao Primeiro Vig que a envia por seu diácono ao Segundo Vig, onde após ter
reconhecido-a dá um golpe de malhete e diz ao Venerável que tudo se encontra justo e perfeito.
Ven Em nome de Deus e de São João da Escócia, a Loja de Aprendiz está aberta. A nenhum Iré permitido
falar ou passar de uma Coluna a outra sem obter permissão; tratar de qualquer assunto político ou
controverso, sob o rigor das penas que comandam o status geral da Ordem. A mim, meus Irmãos.
O Vendiz:
Ven Em seus lugares, meus IIr. (Ele se senta) Caríssimo IrSecretário, faça-nos conhecer a leitura da
prancha traçada de nossa última reunião.
Ven IIrPrimeiro e Segundo VVig, anunciai em vossas Colunas que se qualquer dos IIr que queiram
fazer observações, a palavra vos será concedida.
Ven : Ir M des CCer, ide ao Átrio do Templo, para verificar se lá encontram-se IIr Visitantes.
O M de CCer sai de seu lugar e presta contas aos dois Vigilantes ; vai recolher os certificados dos IIr visitantes e
retorna para a companhia dos visitantes.
O Ven envia o Ir Grande Experto Cobridor para telhar os visitantes, e um outro Experto para tomar as assinaturas
de modo a verificar com aquelas dos certificados.
Ven Ir Cobridor anunciai ao M de CCerque este pode apresentar os IIr Visitantes.
Ven De pé e a Ordem.
P. O que trazeis?
R. Vencer minhas paixões, submeter minhas vontades e fazer novos progressos na Maçonaria.
Vén Ele vos será concedido. Ir M de CCer, conduzi este Ir ao lugar a que ele se destina. (Ele assim o
conduz).
Se o Ir visitante é um oficial da Obediência ou representante dela, um Grande Eleito da Vontade Sagrada, ou Subl
Príncipe do Real Segredo, ele será recebido com cinco estrelas, bateria incessante e abóbada de aço; com três estrelas se
for um Venerável Mestre. O Venerável cumprimenta os visitantes e pede para eles uma aclamação.
INICIAÇÃO.
Ven IrExperto, valha-vos de uma caneta, de tinta e de papel, e levai-os até o Profano. Dizei-lhes que as
provas a que será submetido são muito perigosas e é prudente que este faça o seu testamento.
O Experto se retira e quando o testamento tiver sido preenchido, este o procura e leva o mesmo ao Venerável, que
ordenará a leitura do testamento pelo Ir Orador. O Venerável em seguida solicita ao IrTesoureiro sua opinião, se
este está satisfeito. Se ele não estiver, o Venerável dirá : Cumpri o vosso dever. O Tesoureiro irá até o Profano, exigir-
lhe-ás as taxas de sua Iniciação e em seguida retornará à Loja, onde dirá: Estou agora satisfeito.
Ven Ir. Experto, retorne ao Profano; preparai-o e trazei-o à porta do Templo, ao Ir. M. de CCer.
O Experto o retira da Câmara das Reflexões, venda seus olhos, retira todos os seus metais, o coloca em uma camisa
com o comprimento da cabeça à cintura, mantendo o peito esquerdo descoberto, o joelho direito nu e o pé esquerdo em
chinelo.
Os dois VVig. fazem os anúncios de praxe, e o Primeiro Vigilante, com voz forte, diz :
Ven Vede quem é, meu Irmão, o temerário que ousa interromper nossos augustos trabalhos.
O Ir. Cobridor põe delicadamente a ponta de sua espada sobre o peito do candidato, tomando o cuidado de não feri-lo,
mas fazendo com que sinta o frio do ferro; em seguida diz em voz alta:
MCCerBaixai a vossa espada, sou eu, o Ir. Experto que apresenta um profano a esta respeitável Loja.
Ven (forçando a voz). Meus IIr., armai-vos de vosssas espadas ; um profano encontra-se à porta do Templo.
Ir. Mde CCer, que indiscrição é a vossa de apresentar aqui um profano! O que pretendeis? O que
quereis?
Ven Uma vez que ele seja livre e de bons costumes, exigi-lhe seu nome, sua nacionalidade, sua idade, sua
religião, seu estado civil e seu endereço atual.
A porta deverá estar entreaberta ; o MCCere o candidato estão do lado de fora ; um Experto ou o Cobridor pelo
lado de dentro para receber as respostas e dá-las ao Segundo Vigilante; este as fornece ao Primeiro Vigilante e este por
último ao Venerável.
Uma vez dentro, o Irmão Terrível coloca a ponta de sua espada sobre o peito do candidato, fazendo-o senti-la.
P. É de vossa própria vontade, sem contrariedade, nem sugestão, que vos apresentai diante de nós?
Ven Refleti bem, senhor, sobre o pedido que vós realizastes. Vós passareis por provas terríveis que exigirão
toda a firmeza que põe a prova o caráter mais decidido. Estais convencido a vos submeter a elas? Vós
sentis a coragem para enfrentar os perigos aos quais vossa indiscrição vos expor?
R. Sim, senhor..
Ven Deste modo, nada mais vos perguntareis. Irmão Terrível, conduzi este profano para fora da área do
templo; conduzi-lo-eis por onde deve passar todo mortal sem temor para ser apresentado neste augusto
recinto.
Ele fará duas ou três voltas pela área externa do templo. Abre-se delicadamente as portas do templo, onde colocar-se-á
uma tela; dirigir-se-á o candidato o mais próximo desta tela de papel, onde se executará a ordem do Venerável:
Dois Irmãos o tomam com força e dois outros o amparam sobre seus braços entrelaçados. Fecham-se então as portas do
templo com força e permanecem todos em um instante do mais profundo silêncio.
Ven Conduzi o recipiendário ao Segundo Vigilante, e fazei-o ajoelhar-se. Profano, participeis da oração que
nós endereçaremos em vosso favor ao autor de todas as coisas. De pé e à Ordem!
ORAÇÃO.
Meus Irmãos, humilhemo-nos diante do Soberano Árbitro dos Mundos; reconheçamos Seu poder e a nossa
fraqueza; contenhamos nossos espíritos e nossos corações dentro dos limites da eqüidade; e caminhando dentro
das vias da retidão, elevemo-nos a Ele. Ele é único e existe por ele mesmo; a Ele devemos toda a nossa existência.
Ele opera em tudo e por todos. Invisível aos olhos dos mortais, vê e enxerga todas as coisas: a Ele que invocamos;
a Ele que dirigimos nossas vozes e nossas preces.
Digna-vos, ó Grande Arquiteto! Digna-Vos, vos peço, a proteger os obreiros da paz aqui reunidos; aumentai o
nosso zelo; fortificai nosso ânimo contra a luta fatigante das paixões; inflamai os nossos corações de amor pelas
virtudes e nos orienteis para o sucesso, assim como este novo aspirante que deseja participar de nossos mistérios
augustos. Conceda a este candidato toda assistência e mantenha-o sob o Vosso poderoso braço durante as provas
que ele submeter-se-á. Amém.
R. Em Deus.
Ven Uma vez que vós colocastes vossa confiança em Deus, não recuseis a mão que vos guiará e não temeis
nenhum perigo.
O Experto o faz levantar-se e o coloca entre colunas, onde se mantém o mais profundo silêncio.
O Venbate o malhete.
Os Vigilantes respondem.
QUESTIONAMENTOS.
Ven Senhor, diante desta Assembléia, da qual sou órgão, para qual pretendes serdes admitido em seus
trabalhos, sondará as profundezas de vosso coração, interrogando vosso espírito sobre os principais
princípios morais.
Ven Esta crença, pertencente ao vosso coração, não é patrimônio exclusivo do filósofo, mas também o é do
selvagem, pois desde que ele percebe que existe, ele descobre que não existe por ele mesmo; ele venera
como criador a natureza, e o silêncio desta natureza muda é que o leva aos pés do criador dos mundos. É
a Ele que este rende homenagens através de cerimônias pueris e mesmo às vezes ridículas.
Ven É o oposto da virtude... É um hábito odioso que nos leva a em direção ao mal; e é para impor salutares
restrições às impetuosas investidas dos desejos, para crescer sobre os vis interesses que atormentam o
Profano, para acalmar o fervoroso ardor das paixões dentro deste templo. Aqui nós trabalhamos sem
descanso para acostumar o nosso espírito a não se render às grandes aflições, e só conceber idéias sólidas
de glória e de virtude ; aqui nunca renegamos o nosso moral sobre os princípios eternos da saúde moral
que nos conduzem a doar-nos ao amor pelo justo equilíbrio e pela sensibilidade que constitui a
sabedoria, ou ainda mais a ciência da vida. Mas esse trabalho é árduo. A esta tarefa devemos nos
devotar incessantemente, até que o sucesso coroe o trabalho, se vós persistirdes em vossa determinação
de ser recebido como Maçom. Talvez vós tenhais vindo aqui como cativo de diversas idéias diferentes,
possivelmente como escravo de falsas e grosseiras noções de intelectos depravados e mal intencionados.
Se labutar incessantemente e honestamente a fim de se obter a perfeição moral vos parecerdes uma
empreitada além de vossas forças, vós estais ainda em liberdade de retornar pelo caminho que viestes.
P. Persistis em vossa intenção de tornar-se Maçom?
R. Sim, senhor.
Ven Senhor, toda sociedade possui suas leis, e todo associado tem deveres a cumprir; e, como seria
imprudente impor estas obrigações sem antes conhecê-las, é sábio esta assembléia vos dizer quais serão
os vossos deveres. O primeiro será um silêncio absoluto sobre tudo o que virdes a entender e a descobrir
entre nós, assim como tudo o que vós entenderdes, verdes ou ouvirdes em seguida. O segundo dos vossos
deveres, cuja dever a Maçonaria considera o mais sagrado, que a leva a ser considerada a mais nobre, a
mais importante e a mais respeitada das instituições; este dever, que é a essência de nossa existência,
como já vos disse, é o de combater todas as paixões que desonram o homem e o levam à prática do mal;
praticar as virtudes mais doces e mais benfazejas; socorrer seu irmão, prevenir seu infortúnio e ajudar o
seu bem, assisti-lo com seus conselhos e com suas luzes... Se em um profano esta é uma qualidade rara,
nos maçons é uma obrigação cumpri-la. Cada ocasião de ser útil não deve ser desperdiçada, por ser uma
infidelidade. Recusar a assistir um é cometer perjuro; e verdadeira amizade, ternura e consolação são
trabalhadas em nossos Templos, menos por serem sentimentos, mas mais por serem um dever: torná-los
e produzi-los como virtude. O terceiro dos vossos deveres, do qual só deverá jurar após ser recebido
maçom, será o de vos concordar com todos os estatutos gerais da Ordem, às leis particulares desta Loja,
e de vos submeter a tudo que será prescrito ao nome desta respeitável assembléia que dela vos solicita o
favor de serdes admitido. Agora vós conheceis os principais deveres de um maçom, sentirdes com a força
e com a resolução inabalável de colocá-los em prática?
R. Sim, senhor.
Ven Antes de vós prosseguirdes, nós vos exigimos um juramento de honra que devereis realizar sobre a taça
sagrada. Se fordes sinceros, podeis beber com confiança; mas se a falsidade e a dissimulação
acompanhar vosso compromisso, não jureis... Afastai rapidamente esta taça e evitai o pronto e terrível
efeito dessa bebida.
R. Sim, senhor.
Ven Irmão Sacrificador, apresentei a este aspirante a taça sagrada, tão fatal aos perjuros.
O Irmão Sacrificador, portando uma taça com água, aguardará quando o Ven lhe fará o sinal para dar a bebida para o
aspirante beber. Ele deverá também colocar um pouco de amargo na bebida quando o recepiendário tiver bebido parte
da água.
Eu me comprometo com o silêncio mais absoluto sobre todas as provas que testarão a minha coragem. Se eu
falhar e faltar com os meus deveres ; se o espírito de curiosidade aqui me conduz (o Venfaz sinal para ele beber)
consinto que a doçura dessa bebida (derrama-se o amargo) se converta em amargor e que seu efeito salutar se
transforme em sutil veneno. (Faz-se com ele beba todo o conteúdo da taça.)
Ven O que vejo! Senhor, percebo qualquer alteração. Vossa consciência desmentiria as declarações de vossa
boca? E a doçura desta bebida converter-se-ia em amargor. Retirai o profano.
Ven Senhor, se desejar vos retirardes, não nos ofendereis, pois agora é o momento de fazê-lo. Deixai-me
assegura-vos que a idéia aflitiva que habita em vós, jamais alterará a opinião que possuímos sobre vós ;
mas não me prolongarei mais : para ingressar em nossa sociedade e para nos assegurarmos da realidade
de vossa vocação, faz-se necessário que cumpris grandes provas. Vós deveis sem dúvida entendido que
devereis ocultar tais provas do mundo profano, qualquer que seja a idéia que vós formareis sobre as
mesmas. Pensei bem senhor, o momento se aproxima e uma vez engajado nestas provas, não sereis mais
o mestre de vós mesmo... Se não vos sentirdes com a resolução necessária para suportá-las, exigimos a
vossa retirada o quanto antes.
O Ven dá um golpe de malhete, repetido pelos vigilantes, e diz com uma voz forte:
Ven Irmão Terrível, apoderai-vos deste profano; fazei-o sentar-se no banco das reflexões.
O Irmão Terrível se apodere dele bruscamente, fazendo-o dar uma pirueta e o faz sentar-se sobre um banco das
reflexões.
Ven Que ele seja deixado apenas com sua consciência ; que a obscuridade que cobre os seus olhos e que a
terrível solidão silenciosa sejam seus únicos companheiros.
Ven Refletistes bem nas conseqüências de vosso pedido, senhor? Pela última vez eu vos advirto que apesar de
nossas provas serem misteriosas e emblemáticas, elas não são menos terríveis, e muitos já sucumbiram a
elas. Pronunciai-vos pela última vez... Desejais retornar ao mundo profano ou persistis em ser recebido
maçom?
Ven Irmão Terrível, apoderai-vos deste profano, e fazei-o realizar sua primeira viagem. Certificai-vos que ele
a faça sem acidentes.
O Irmão Terrível faz com ele faça a primeira viagem, e retorna para entre os Vigilantes.
Nesta primeira viagem, o condutor bate por três vezes sobre a mesa do Segundo Vigilante, que se levanta e diz: Quem
vem lá?
O recipiendário responde.
Ven Senhor, nossas provas, como já vos disse, são misteriosas e emblemáticas; o que vós apreendestes desta
viagem? Quais reflexões morais vós tendes a fazer : enfim, quais os símbolos que vos foram apresentados
à vossa imaginação?
Ven Esta primeira viagem, senhor, é o emblema da vida humana, o tumulto das paixões, o choque dos
diversos interesses, a dificuldade das tarefas, os obstáculos que multiplicam-se diante de vós através das
correntes que prendem-se a vós. Tudo isto é figurado pela luta e pelo fracasso que vos atinge e pela
irregularidade da rota que vós percorrestes.
R. Sim, senhor.
Ele faz as mesmas cerimônias que a primeira; dirigindo-se ao Primeiro Vigilante como foi feito com o segundo.
Os Vigilantes anunciam que a segunda viagem está terminada.
Ven Vós pensastes a respeito das dificuldades que acarretaria a um terrível presságio em seguida das provas.
Elas nada farão a vós em comparação às tarefas que ainda estarão por vir. Vós devereis recolher neste
momento todas as forças de vossa alma, para conseguir vencê-las. Se, contra toda tentativa, vós vierdes
sucumbir nesta terrível e perigosa viagem, nós lamentaremos sobre a vossa sorte, nos choraremos o
vosso infortúnio e relembraremos com amargor, todo o zelo e constância que ainda não foi suficiente.
Fazei-o realizar sua terceira viagem.
Ele faz as mesmas cerimônias que as duas outras viagens. Dirigindo-se ao Ven.·., faz-se as mesmas questões e
respostas.
Ven Desde que seja assim, que ele passe pelas chamas purificadoras, afim que nele nada mais reste
de profanidade.
Ele faz a terceira viagem em meio às chamas ; parando entre as duas colunas e anunciando-se como nas outras viagens.
Ven Vossas viagens estão agora terminadas, e não precisamos mais testar a vossa coragem; mas que ela não
vos abandone: vós ainda não terminastes os vossos trabalhos; o que vós fareis, sendo de qualquer
gênero, serão ainda mais difíceis. A Ordem à qual vós solicitais ingresso, poderá exigir-vos que vós
derrameis até a última gota de sangue. Se sentirdes com coragem de vos oferecerdes em holocausto, vós
devereis deixar-vos aqui uma prova de vossas promessas verbais; é por meio de vosso próprio sangue,
aqui derramado, que vossa promessa será sagrada. Consenti nisso ?
R. Sim, senhor.
Ven Irmão Cirurgião, cumpri o vosso dever; proporcione então o plano dos sacrifícios ao estado de força o
onde se encontra este aspirante. A loja por sua vez confia em vossa sabedoria e em vossa prudência.
Prendem-se as tiras no braço do candidato ao sinal do Venerável. Pressiona-se com objeto pontudo, sem, contudo, ferir
o candidato. Amarra-se um torniquete no braço do mesmo, enquanto se derrama água morna sobre onde se pressionou o
braço.
Ven Cada passo que dardes nesta empresa tem sido marcada pelo sucesso e vós tendes triunfado sobre todos
os obstáculos; mas vós ainda não chegastes ao término de vossas provas. Todo profano que deseja ser
recebido como maçom deve realizá-la ; tão ato é realizado em todas as partes do mundo. E para que a
Maçonaria facilite um maçom ser reconhecido por outros, em qualquer lugar que este esteja, em
qualquer língua que ele fale, existe em todas as lojas do universo uma prancha apresentada com
caracteres hierógrifos, conhecido apenas dos verdadeiros maçons, deste modo ele é marcado a fogo e
aplicado sobre o corpo, impresso como uma marca indelével. Consentindo-vos a receber esta marca
gloriosa, sendo que poderás dizer de todo o coração: Agora sim, sou maçom!
Aquecendo-se o timbre da Loja, aplica-se o mesmo – apenas morno – sem queimar – sobre o peito do candidato.
Ven Veja, senhor, o momento de colocar em prática o segundo de vossos deveres. Nós temos nesta loja o
dever de auxiliar os desafortunados, as viúvas e os órfãos diariamente ; eu colocarei diante de vós um
irmão que vos dirá em voz baixa o que devereis destinar a estes infortunados ; cabe explicar-vos que os
atos de benemerência dos maçons não podem ser atos de ostentação e de vaidade próprias dos profanos,
sendo deste modo que tudo o que deveis realizar ser mantido em perfeito segredo. Irmão Esmoler,
aproximai-vos do candidato e que ele vos declare, em voz baixa, suas intenções, sendo que após vós
devereis retornar a mim para fornecer a declaração no devido segredo.
Ven A doação é generosa, Senhor. Eu não esperava nada menos após vossos juramentos e compromissos. A
Loja que se encontra pronta para receber-vos como Membro, expressa através de mim sua aprovação e
vos agradece. E apesar dos necessitados, a quem vossa doação aliviará, não saberem de quem esta
proveio, suas gratidões e proveitos enriquecerão as preces endereçadas a vós.
Se, Senhor, o que vós oferecerdes para dar for tudo o que vossos enormes deveres permitirem, e se dar é
privar-vos de algum luxo ou conforto e, verdadeiramente vos torneis mais pobre que antes, sabeis que é
a pobreza da viúva mais aceitável nos céus do que a oferenda dos ricos. Vossa doação é recebida e aceita
pela Loja com os agradecimentos necessários. Irmão Mestre de Cerimônias, conduzi o candidato ao
Irmão Primeiro Vigilante afim que ele aprenda primeiros passos sobre o ângulo de um triângulo
retângulo, e assim permiti-o se aproximar até o Altar dos Sermões, para tomar o seu juramento.
Ven Em pé e à Ordem, meus Irmãos; o neófito vai realizar o seu juramento. Repeti comigo a vossa solene
obrigação.
JURAMENTO
Eu juro e prometo de minha livre vontade, na presença do Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, e desta
respeitável assembléia de maçons, solene e sinceramente, nunca revelar os mistérios da Franco-Maçonaria que
me forem confiados, se não a um bom e legítimo irmão, ou em uma loja regularmente constituída ; nunca
escrever, traçar, gravar nem publicar, nem criar qualquer meio pelo qual os segredos possam ser revelados, sob
pena de ter minha garganta cortada, minha língua arrancada e ser enterrado nas areias do mar, onde o fluxo e
refluxo me atirará em perpétuo esquecimento. Amém.
O Irmão M de Cerimônias reconduz o candidato entre os VVig, de onde será levado aos passos perdidos.
Todas as luzes são apagadas, colocando-se na entrada do oriente duas terrinas repletas de resina em chamas, uma de
cada lado.
Um irmão coloca-se no centro do templo, com a face voltada para a terra, como estando morto.
Todos os irmãos se armam de espadas, sendo que as mesmas serão colocadas em direção ao candidato.
O Ven desce do trono e põe-se ao lado ; onde ele bate por três vezes o malhete.
Ven Esta claridade pálida e lúgubre são as sombras que permeiam a vingança que nós reservamos aqueles
que são perjuros. As espadas dirigidas contra vós são portadas pelos inimigos irreconciliáveis que vos
perseguirão, se vós vos tornardes o vil que viola o seu juramento. Em qualquer lugar da terra onde
poderia se esconder, não encontrareis asilo; vós portareis convosco o símbolo do vosso crime. O golpe de
vossa reprovação vos atingirá com a rapidez do relâmpago. Vós descobrireis que os maçons são inimigos
dos perjuros e a punição será a mais terrível que podereis imaginar. Irmão Mestre de Cerimônias,
restitua-lhe sua venda.
O Candidato é retirado ; acendem-se todas as luzes de modo que o brilho da loja contraste com a escuridão que o
mesmo vislumbrou.
Após ter-se vendado novamente o candidato, no átrio do templo ; aguarda-se a ordem do Venerável. Todos os Irmãos
armam-se de espadas e as dirigem para o candidato, mas desta vez com as pontas abaixadas.
Ven Irmão Primeiro Vigilante, sobre quem repousa uma das colunas deste templo, uma vez que a coragem e
o sentido do dever saíram vitoriosos do longo combate entre o homem profano e o homem maçom,
julgai-os digno de ser admitido entre nós?
Ven (ele bate e diz:) Que a luz seja dada. Sic transit gloria mundi.
Todas os irmãos devem apontar suas espadas em direção aos pés do candidato, tendo a expressão serena e amistosa.
Ven (com doçura) Que a visão destas espadas não vos assusteis. Elas não são dirigidas contra vós... Nós
recebemos o vosso juramento; nós acreditamos sinceramente. O dia feliz da confiança e da amizade,
enfim vos é apresentado... não nos vejais como meros amigos, mas sim Irmãos, prontos, em centenas
sobre centenas sobre toda a superfície da terra, para assegurar vossa assistência contra qualquer que
um atente contra vossa vida ou honra.
O Ven bate. Todos os irmãos retornam aos seus lugares e permanecem de pé e à ordem.
Ele é encaminhado até o trono, onde se ajoelha no chão; o Venerável põe a ponta de sua espada sobre a testa do
candidato e diz:
Ven À glória do Grande Arqdo Universo, e sob os auspícios e pelos poderes que me foram confiados por
esta respeitável loja, eu vos recebo e constituo Aprendiz Maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito e
membro desta respeitável Loja.
O Ven.·. bate três vezes iguais sobre a lâmina de sua espada. O neófito se levanta e o Mestre de Cerimônias o conduz à
direita do Ven, que retornando a seu lugar, diz ao candidato:
Ven Receba este avental que chamamos de hábito; ele vos dá o direito de se sentar entre nós e vós nunca
devereis jamais vos apresentar em loja sem estar com ele revestido.
Ven Não devereis jamais manchar a brancura destas luvas, nem lançar vossas mãos nas águas lodosas do
vício; elas são o símbolo de vossa admissão neste templo da virtude.
Ven Estas são destinadas àquela que ameis mais, uma vez que um maçom não faz uma escolha que seja
indigna dele mesmo. Meu irmão, os maçons para se reconhecerem entre eles possuem palavras, sinais e
toques.
Este sinal vos lembrará do compromisso que vós fizestes e a punição que está associada a esta criminosa
infração.
Vós devereis dar a palavra sagrada ao irmão guarda do templo, toda vez que vós entrardes no templo.
Meu irmão, a maçonaria é conhecida em todo o Universo e é dividida em dois ritos distintos que são o
rito antigo e o rito moderno. Neles repousam as mesmas bases e os mesmos princípios. Nós trabalhamos
sob o Rito Antigo ou Escocês, porque nele se encontra a mais pura essência da Maçonaria, pois ele foi
transmitido pelos primeiros fundadores da ordem. Eis atualmente as palavras, os sinais e os toques do
rito moderno, etc.
O Experto as recebe e diz ao IrSegundo Vig, que diz ao Ir Primeiro Vig, e este por sua vez ao Ven
Ao retornar à loja, o Ir M de Cerimônias lhe mostra como bater à porta como aprendiz, lhe faz fazer a marcha e o
conduz à pedra bruta para que ele trabalhe como aprendiz.
Ven Ir M de Cerimônias, conduzi este Ir entre colunas. (Dirigindo-se ao neófito) Caríssimo Ir , este
dia é para nós um dia de júbilo e graça. Tomai lugar no topo da coluna do Sul ; ela é a reservada aqueles
de seu grau. Seja merecedor de vossa assiduidade aos nossos trabalhos e pela pratica das virtudes
maçônicas que são vos impostas por seu juramento, pois vossos irmãos serão os primeiros exemplos para
vós. Mereceis também penetrar avante de nossos mistérios e recebeis os favores que a loja nuca recusará
em conceder aqueles que são dignos.
Ven De pé e à ordem, meus irmãos. IIrPrimeiro e Segundo VVig, informai aos IIr que decoram as
vossas colunas, que vou proclamar o neófito como membro desta respeitável oficina.
Os Vigilantes repetem.
Ven Eu proclamo, pela primeira vez, o Ir N... como Aprendiz Maç, e como membro da RespLoja N...
Convido meus Irmãos a reconhecerem-no com esta qualidade e prestar o socorro e a assistência em
todos os casos que a ele for necessário recorrer.
Os VVigrepetem esta proclamação que é realizada por três vezes. Após a terceira, o Ven diz:
Ven Regozijemo-nos, meus irmãos, da aquisição que a Loja acaba de fazer de um novo Irmão e de um novo
amigo.
Cobrem-se os agradecimentos.
O Vensolicita ao IrOrador que este apresente à loja uma peça de arquitetura, se este a houver preparado.
O Venpergunta às colunas, através dos VVigse alguém deseja fazer alguma declaração para o bem da ordem em
geral ou da Loja em particular.
Ven Irmãos Primeiro e Segundo Vigilantes, anunciai em vossas colunas que os Irmãos que desejarem fazer
qualquer observação sobre o rascunho dos trabalhos do dia, a palavra vos será concedida.
Ven (Ele bate e diz:) De pé e à ordem, meus irmãos. Rendemo-nos graças ao Gr Arq do Universo pelos
trabalhos deste dia.
Oração.
Grande Arquiteto, fonte fecunda e imortal de luz, de felicidade e de virtude, os obreiros deste templo, cedendo
aos movimentos de seus corações, vos rende mil graças e reconhece que a vós tudo eles fazem de bom, de útil e de
glorioso nesta empreitada solene, onde se reúnem numerosos Irmãos. Continua a proteger os seus trabalhos e
dirigi-los cada vez mais à perfeição. Que a harmonia, a paz e a concórdia sejam a tríplice argamassa que se ligam
à nossa obra!
Amizade, beneficência! Paixão de sentimentos nobres e sensíveis ! Corações delicados e honestos! Concedeis e
ornais este templo com estas virtudes, dentro do qual nossos esforços sempre têm se fixado. E vossa prudente
discrição e modesta amenidade sejam os constantes apanágios dos irmãos desta Oficina ; e que retornando ao
mundo profano, possa ser reconhecido os seus discursos, os seus lugares e suas ações, uma vez que são os
verdadeiros filhos da Viúva. Amém.
FECHAMENTO.
R. Para levar suas ordens ao Segundo Vig.·., e velar para que os irmãos mantenham-se disciplinados em
suas colunas.
R. Para levar suas ordens ao Primeiro Vig e a todos os oficiais dignitários, a fim de que os trabalhos
sejam prontamente executados.
R. Ao Sul.
R. Para melhor observar o sol em seu meridiano, mandar os obreiros do trabalho à recreação e chamá-los
da recreação ao trabalho, afim de que o Venseja mantido em honra e glória.
P. Qual o lugar do Primeiro Vig?
R. Ao ocidente.
R. Assim como o sol se oculta no ocidente para fechar o dia, do mesmo modo o Primeiro Vig lá se senta
para fechar a loja, pagar os obreiros e despedi-los contentes e satisfeitos.
O Vendá ao primeiro diácono a palavra sagrada em seu ouvido, para fechar a Loja de aprendizes maçons do Rito
Escocês.
O Primeiro Diácono a leva ao Primeiro Vig; este a dá ao segundo diácono que se dirige ao Segundo Vig; este
último diz:
O Ven retira o seu chapéu e diz, após bater por três vezes iguais:
Ven Em nome de Deus e de São João da Escócia, a Loja de Aprendizes Maçons do Rito Escocês Antigo e
Aceito está fechada. A mim, meus Irmãos!
(NOTA. Tendo terminado os trabalhos em boa hora, o Venfará a seguinte instrução, antes de fechar a loja.).
INSTRUÇÃO
R. Um culto.
P. Qual é?
R. É um segredo.
R. A Maçonaria.
P. Sois Maçom?
R. Encontrava-me nem nu, nem vestido, e privado de todos os metias ; uma corda ao pescoço ; assim fui
conduzido á porta do templo pela mão de um amigo, que depois reconhecido como irmão.
P. Como sabíeis que estavas diante da porta da loja, se encontráveis com os olhos vendados?
R. Quem vem lá? A que respondi : alguém que pede para ser admitido na respeitável loja dedicada a São
João da Escócia.
R. De declarar meu nome, meu sobrenome, minha idade e qualidade civil, minha religião e meu local de
nascimento.
R. Entrar.
R. Com uma ponta de espada, ou alguma outra arma de guerra apoiada sobre meu peito esquerdo.
P. Que respondestes?
R. Ele me entregou ao Irmão Experto que me ordenou ficar de joelhos e participar de uma oração que o
Ven realizaria.
P. Que respondestes?
R. Em Deus.
R. Fui pego pela mão direita e levado, em seguida foi-me dito para nada temer e seguir o meu guia sem
perigo.
R. Ao sul, atrás da coluna do Segundo Vigilante, ele bateu pausadamente por três vezes.
R. Atrás do Primeiro Vig.·., no Ocidente, onde bati por três vezes e em seguida deu as mesmas respostas a
suas perguntas.
R. Ele me fez realizar o primeiro passo de um triângulo retângulo, afim de que me aproximasse do altar
para empreender meu juramento.
P. Onde o realizastes ?
R. No altar dos sermões, com o joelho esquerdo e meu pé direito nus, meu corpo formando uma esquadria,
minha mão direita sobre o Livro da Lei, o compasso e o esquadro ; minha mão esquerda segurando um
compasso apoiado sobre o meu peito esquerdo; assim realizei o juramento solene dos Maçons.
R. A Luz.
P. Explicai-mas.
R. A bíblia regula e governa a nossa lei ; o esquadro nossas ações e o compasso nos mantêm dentro da
justiça desejada por todos os homens, e particularmente nossos irmãos.
R. O Ven me tomou pela mão direita, me forneceu o toque e a palavra e me disse: Levante-se, meu Irmão.
R. Porque existiram três grandes maçons envolvidos com a construção do Templo de Salomão.
R. A visão para os sinais, o tato para sentir o toque e reconhecer um irmão em meio as trevas que
combatem a luz; e a audição para compreender a palavra.
P. Podei-me nomeá-las?
R. A arte de medir a terra, assim os Egípcios a praticavam para dividir a terra em mesma quantidade até
as bordas do Nilo que submerge freqüentemente o país, sempre que flui das montanhas ; e para evitar as
disputas que surgiam pela água, eles criaram a geometria para que fosse assegurado que todos
possuíssem justa porção de terra. Esta mesma regra foi depois conservada e praticada por todas as
nações.
R. Um quadrilongo.
R. Do oriente ao ocidente.
R. Do sul ao norte.
P. Qual a altura?
D. Qual a profundidade ?
P. Por quê?
R. Por que a Palavra nasceu no oriente e foi estendida em seguida para o ocidente.
R. Uma vez que o sol termina seu curso no ocidente, assim o Primeiro Vigali se localiza para pagar os
obreiros, pois eles são a força e o sustentáculo de sua existência.
R. Porque ele se senta ao sul, que é o meio da beleza do dia, para fazer descansar os obreiros e chamá-los da
recreação para o trabalho, afim de que o Venseja mantido em honra e glória.
P. Por que dizemos que nossa Loja é sustentada por três grandes pilares.
R. Porque a sabedoria, a força e a beleza são a perfeição de tudo e nada pode existir e perdurar sem eles.
P. Por quê?