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QUÍMICA

2º ANO ENSINO MÉDIO EJA

ATIVIDADES ESCOLARES: 1º BIMESTRE

HABILIDADES OBJETOS DO CONHECIMENTO


EM13CNT101; EM13CNT101.1MT; - Transformações da matéria (físicas e químicas);
EM13CNT101.2MT; EM13CNT104; - Propriedades dos materiais;
EM13CNT104.1MT; EM13CNT201; - Substâncias, misturas e método de separação de mistura;
EM13CNT206; EM13CNT303; -Tabela periódica
EM13CNT306

História da Química
Química é a ciência que estuda a composição da matéria, as transformações da matéria e a energia. A
química está presente em tudo: nos alimentos, nas roupas, nos aparelhos eletrônicos, na areia, no ar... A própria
manutenção da vida (respiração, digestão dos alimentos, etc.) envolve processos químicos. Mas, como surgiu a
ciência Química?
 Pré-história: Com a descoberta do fogo.
 Idade antiga: Domínio da prata, vidros e outros metais; Além de conhecimento prático de algumas operações
químicas.
 Idade contemporânea: Apareceram grandes gênios da química; tabela periódica.
 Idade moderna: Química como ciência exata.
 Idade média: Surge a alquimia: elixir da vida eterna; pedra filosofal.
Nos dias atuais, os avanços da tecnologia e da sociedade só foram possíveis devido às contribuições da
Química. Por exemplo: no desenvolvimento da agricultura; na produção de combustíveis mais potentes e renováveis;
entre outros aspectos extremamente importantes na medicina, em que os medicamentos e métodos de tratamento
têm prolongado a vida de muitas pessoas, e também na confecção de vacinas, que nos permite combater as doenças
e epidemias, como é o caso da lepra, da malária, coronavírus, entre outros.

Atividade
1) Seria exagero considerar que tudo tem química? Explique.
2)A tecnologia faz parte do desenvolvimento de um país. O que você entende por tecnologia?
Propriedades da matéria
Mudanças de estado físico.
A água pode se apresentar em três estados físicos: o sólido, o líquido e o gasoso. As mudanças de estados
físicos recebem nomes conforme mostra o esquema abaixo.
https://escolakids.uol.com.br/ciencias/estados-fisicos-da-agua-e-suas-mudancas.htm

Ponto de Fusão: é a temperatura constante na qual um sólido se transforma em líquido. Os pontos de fusão e
solidificação ocorrem em uma mesma temperatura. Ponto de Ebulição: é a temperatura constante na qual um líquido
passa para o estado gasoso.
Atividade
3).Assinale com X a alternativa correta.
a) A mudança do estado sólido para o líquido denomina-se:
( ) solidificação ( ) sublimação ( ) fusão ( ) ebulição
b) A mudança do estado sólido para o de vapor denomina-se:
( ) calefação ( ) evaporação ( ) condensação ( ) sublimação
c) A vaporação rápida com formação de bolhas gasosas no líquido chama-se:
( ) evaporação ( ) ebulição ( ) condensação ( ) sublimação
d) As vezes, nos dias frios ou chuvosos, o lado interno dos vidros dos carros, em que há alguém, fica embaçado. Por
que isso acontece?
( ) solidificação ( ) evaporação ( ) condensação ( ) ebulição

Matéria
Matéria é tudo o que tem massa e ocupa espaço. Qualquer coisa que tenha existência física ou real é matéria. A
matéria pode ser líquida, sólida ou gasosa. São exemplos de matéria: papel, madeira, ar, água, pedra

Densidade

A densidade é a relação entre a massa de um material e o seu volume (d = m/V) em uma dada temperatura e
pressão.
Um exemplo é quando colocamos em um mesmo recipiente certa quantidade de água com uma quantidade de óleo.
O óleo flutuará sobre a água, como o que é mostrado na seguinte imagem:
Resultado da mistura formada por água e óleo em um recipiente
A explicação para o óleo flutuar na água envolve dois aspectos: o primeiro é que ele não se dissolve na água e o
segundo é que ele apresenta uma densidade menor que a da água.

Substâncias químicas

Os químicos consideram que uma substância é uma porção de matéria que tem propriedades bem definidas e que lhe
são características. Da mesma maneira como você consegue reconhecer um amigo por um conjunto de suas
características (a cor da pele, o timbre de voz, a forma do nariz, o modo de andar, o jeito de falar, a cor e a textura dos
cabelos, o porte físico etc.), os químicos identificam as substâncias pelo conjunto de suas propriedades.

Entre essas propriedades estão o ponto de fusão, o ponto de ebulição, a densidade, o fato de ser inflamável ou não,
a cor, o odor etc. Duas substâncias diferentes podem, eventualmente, possuir uma ou duas propriedades iguais, mas
nunca todas elas. Caso aconteça de todas as propriedades de duas substâncias serem iguais, então elas são, na
verdade, a mesma substância. Uma amostra de água, qualquer que seja a sua origem (chuva, rio, mar, lago, geleira,
produzida em laboratório etc.), tem sempre as mesmas propriedades. Assim, qualquer líquido incolor com PF = 0ºC,
e d = 1,0 g/cm3 é classificado como água. E assim por diante.

Sustância água

PF = 0ºC, PE = 100ºC

Quando uma substância é produzida em laboratório ou extraída de alguma fonte natural, e desconfiam-se que
seja uma nova substância, os químicos primeiramente determinam as suas propriedades. Se elas coincidirem
totalmente com as de alguma substância já conhecida, então não se tratará de uma nova substância. Se, por outro
lado, não houver substância conhecida com essas propriedades, então realmente terá sido descoberta uma nova
substância.

Substâncias simples e substâncias compostas

A molécula de água é formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Já o gás nitrogênio, que existe
na atmosfera, é formado pela união de dois átomos de nitrogênio. O mesmo vale para o gás oxigênio. Dizemos então
que o oxigênio é uma substância simples, já que é formado pela união de átomos quimicamente iguais. A água é uma
substância composta, pois é formada pela união de átomos diferentes. Compreenda melhor analisando a imagem a
seguir: Algumas substâncias compostas são formadas por íons diferentes, como é o caso do cloreto de sódio, que tem
íons de sódio e de cloro. Portanto, uma substância pura pode ser simples, quando é formada por apenas um tipo de
átomo, ou composta, quando em sua fórmula há mais de um tipo de átomo ou de íon. Resumindo:

Substâncias Simples são aquelas formadas por um único tipo de elemento químico. Exemplos: H 2, O2, O3, Cl2,
P4 .

Substâncias compostas são aquelas formadas por mais de um tipo de elemento químico. Exemplos: NaCl, H 2O,
Ca2SO4, HCl, H3PO4.

Atividade
4) Qual das alternativas a seguir contém apenas substâncias compostas?
a) N2, P4, S8
b) CO, He, NH3
c) CO2, H2O, C6H12O6
d) N2, O2, H2O
5)Dentre as substâncias abaixo, é uma substância simples o:
a) HCl
b) NH3
c) Br2
d) H2O
e) CaO
6) Considerando as fórmulas moleculares da água (H 2O), gás clorídrico (HCl), gás carbônico (CO2), gás oxigênio (O2),
gás hidrogênio (H2), gás cloro (Cl2), gás ozônio (O3), assinale a alternativa que apresenta apenas substâncias
simples:
a) água, gás clorídrico, gás carbônico, gás oxigênio
b) gás carbônico, gás oxigênio, gás hidrogênio, gás cloro
c) gás hidrogênio, gás oxigênio, gás cloro, gás ozônio
d) água, gás cloro, gás carbônico, gás oxigênio

Substancias puras x misturas


Substâncias puras
 Apenas uma substância
 Temperatura de fusão, ebulição e densidade constante.
Como podemos observar o gráfico a baixo.
Exemplo: água destilada (H2O), cloreto de sódio (NaCl), ferro (Fe)…

Misturas de substâncias;
 É formada por duas ou mais substâncias puras.
 temperatura de fusão, ebulição e densidade variáveis.
Conforme apresenta o gráfico 2 ao lado
 Mistura homogênea – apresenta uma única fase, como podemos ver na imagem abaixo.
Mistura Heterogênea – duas ou mais fases.

Mistura heterogênea pode ser classificada pelo número de fases, como mostra a figura abaixo.

Atividades
7) Qual a diferença entre substância pura e mistura?
Assinale a alternativa correta.
a) Todo sistema homogêneo é uma mistura homogênea.
b) Todo sistema heterogêneo é uma mistura heterogênea.
c) Todo sistema heterogêneo é monofásico.
d) Todo sistema homogêneo é polifásico.

8) Constitui um sistema heterogêneo a mistura formada de:


a) cubos de gelo e solução aquosa de açúcar (glicose).
b) gases N2 e CO2. c) água e acetona.
c) água e xarope de groselha.
d) querosene e óleo diesel.

9)(FEI-SP) Assinale a alternativa onde encontramos uma substância pura, uma mistura homogênea e um sistema
heterogêneo.
a) Açúcar, água doce, água do mar.
b) Leite, suco de laranja, feijoada.
c).Vinagre, vinho, álcool etílico.
d) Água destilada, água potável, água e gelo

Métodos de Separação de misturas


Catação: fragmentos de um dos sólidos são catados com a mão ou pinça. Ex: escolher arroz, feijão. Ventilação:
a fase mais leve é separada por corrente de ar. Ex:separar os grãos de arroz de sua casca.
Levigação: a fase mais leve é separada por corrente de água. Ex: nas areias auríferas, é assim que separa-se o
ouro da areia.
Flotação: usa-se um líquido de densidade intermediária em relação aos componentes da mistura, no qual não
se dissolvam. O componente mais leve flutua e o mais pesado sedimenta. Ex: separar areia e serragem usando água.
Separação Magnética: um dos componentes deve ser atraído por um imã. Ex: separar limalha de ferro da
areia.
Filtração: usa-se superfície porosa ou filtro, que retém a fase sólida e deixa passar a fase líquida. Ex: Separar a
poeira do ar com o aspirador de pó; passar café, separar areia da água
Decantação: sedimenta-se uma das fases devido à diferença de densidade entre as fases. Veja alguns
exemplos:

Destilação Simples (Sólido+líquido):por aquecimento da mistura em aparelhagem adequada, o líquido


vaporiza e a seguir condensa; depois é recolhido em recipiente adequado. O sólido não destila. Ex: separar uma
mistura de água e sal. Veja a aparelhagem:

Destilação Fracionada (líquido-líquido): os líquidos destilam separadamente à medida que seus pontos de ebulição
vão sendo atingidos; para efetuar a destilação fracionada usa-se uma coluna de fracionamento. Ex: Separar as frações
do petróleo.
Liquefação Fracionada (gás-gás): resfria-se gradativamente e os gases vão se liquefazendo à medida que seus pontos
de liquefação vão sendo atingidos. Ex: separar os componentes do ar

Atividade

10) Foram acondicionados acidentalmente, em um único recipiente, areia, sal de cozinha, água e óleo de soja. Para
separar adequadamente cada componente dessa mistura, devem ser feitas as seguintes operações:
a) destilação simples seguida de decantação e centrifugação.
b) destilação simples seguida de centrifugação e sifonação.
c) filtração seguida de destilação simples e catação.
d) Filtração seguida de decantação e destilação simples.
11) (Unicid-SP) Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, escolhendo, em seguida, a opção
correspondente à numeração correta, de cima para baixo:
Misturas Principais Métodos de Separação
1. Oxigênio e nitrogênio ( ) Destilação
2. Óleo e água ( ) Filtração
3. Álcool e água ( ) Separação magnética
4. Ferro e enxofre ( ) Decantação
5. Ar e poeira ( ) Liquefação
Assinale a alternativa correta.
a) 1 - 4 - 5 - 2 - 3 b) 1 - 5 - 4 - 3 – 2
c) 3 - 2 - 4 - 5 - 1 d) 3 - 5 - 4 - 2 – 1

Transformações químicas.
As transformações químicas são mudanças onde ocorre a formação de novas substâncias devido à alteração das
propriedades das substâncias iniciais – reagente. Também conhecidas como reações químicas.
Transformações químicas- Há formação de novas substâncias, ou seja, formam-se substâncias diferentes das
existentes inicialmente. EXEMPLOS — maçã a apodrecer; — madeira a queimar; — fazer um bolo.
Transformações Físicas- Não há formação de novas substâncias. EXEMPLOS — dissolver o sal em água; — triturar os
grãos de sal; — partir um copo de vidro; — mudanças de estado físico.
Há, contudo, algumas evidências que estão, de modo geral, associado à ocorrência de reações químicas e que são:
1)liberação de color – por exemplo, nas combustões
2)Liberação de um gás (efervescência)-por exemplo, ao jogar um comprimido efervescente.
3)Formação de um sólido - por exemplo, mistura de duas soluções diferentes.
4) Mudança de odor - por exemplo, quando fruta, carnes e outros alimentos estragam.
Descrevendo uma reação química: reação do etano com oxigênio e formação de gás carbônico e água
Atividade

12) A alternativa que contém um fenômeno físico observado no dia-a-dia é:


a) a queima de um fósforo. b) o derretimento do gelo.
c) a transformação do leite em coalhada. d) o desprendimento de gás, quando se coloca sal de frutas
em água.
13) Tem-se um fenômeno químico quando:
a) uma amostra rochosa é pulverizada por meio de pressão. b) a água é aquecida até a ebulição.
c) o açúcar é dissolvido em água. d) um palito de fósforo é aceso.

ORGANIZAÇÃO DOS ELEMENTOS QUÍMICOS NA TABELA PERIÓDICA

A tabela periódica apresenta linhas horizontais e linhas verticais. As linhas horizontais são chamadas de
períodos. Existem 7 períodos na tabela periódica. As linhas verticais da tabela constituem as colunas. Na tabela,
encontramos 18 colunas. As colunas representam as famílias químicas. As famílias compreendem duas séries: 1A até
8A (ou zero)- elementos representativos - e 1B até 8B - elementos de transição.
A tabela periódica foi elaborada, aos poucos, conforme a descoberta dos elementos químicos. Teve várias
formatações até chegar à formatação atual, que agrupa os elementos de propriedades químicas e físicas semelhantes.
A tabela periódica organiza os metais, os ametais, os gases nobres em grupos, conforme a ordem crescente do número
atômico. Cada quadradinho, geralmente, tem o nome, o símbolo, a massa e o número atômico do elemento
correspondente.

Classificação da tabela periódica.


Metais: Eles constituem a maioria dos elementos da tabela. São bons condutores de eletricidade e calor, são maleáveis
e dúcteis, possuem brilho metálico característico e são sólidos, com exceção do mercúrio.
Não-Metais: São os mais abundantes na natureza e, ao contrário dos metais, não são bons condutores de calor e
eletricidade, não são maleáveis e dúcteis e não possuem brilho.

“Dentre os 92 elementos químicos que existem na natureza, mais de 20 fazem parte do corpo humano. 95% da massa
do nosso corpo são formados por 4 elementos: oxigênio (60%), carbono, hidrogênio e nitrogênio. Esses átomos
compõem as biomoléculas formadoras dos corpos de todos os seres vivos (proteínas, açúcares, gorduras e ácidos
nucleicos...)”. Adaptado de Revista Superinteressante (julho/1996)
Atividade
14) Separe em metais e ametais os elementos químicos citados no quadro a cima, utilizando tabele periódica
15) Que grupo de elementos químicos não faz parte da composição do corpo humano?

TEXTO I - VACINA

Uma vacina é uma preparação antigênica, cuja administração visa produzir no indivíduo vacinado proteção
contra um ou mais agentes infetantes. Assim, como qualquer outro medicamento, as vacinas passam por uma lista de
protocolos para garantir sua eficácia e segurança.
Algumas propriedades importantes que devem ser consideradas é o modo que uma vacina é apresentada e
os cuidados necessários para o seu transporte e armazenamento. Por exemplo, a vacina CoronaVac e a vacina
desenvolvida pela Oxford-AstraZeneca são suspensões injetáveis que devem ser mantidas sob refrigeração entre
+2℃ e +8℃ e protegida da luz. Já a vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech é uma solução injetável com
temperatura de armazenamento de −70℃. Lembrando, que mesmo nessas temperaturas, as vacinas não congelam.
FÍSICA

2º ANO EJA ENSINO MÉDIO

ATIVIDADES ESCOLARES: 1º BIMESTRE

HABILIDADES OBJETOS DO CONHECIMENTO


- Processos de transferência de calor; Transferência de calor
por:
EM13CNT205 -Conforto térmico, Efeito estufa , Interferência humana na
temperatura global .

Processos de Transferência de Calor: Condução, Convecção e Radiação.


Através do mapa mental abaixo veremos como ocorrem os processos de transferência de calor
através da condução, convecção e radiação.
Figura 1: Mapa Mental

Falar a respeito do temacalor ainda pode trazer confusão para algumas pessoas. Em termologia, calor está
ligado à transferência de energia térmica de um corpo de maior temperatura para um corpo de menor
temperatura, ou seja, calor é a energia em trânsito.

Transmissão de Calor
Existem 3 processos:

Condução
Quando dois corpos com temperaturas diferentes são colocados em contato, as moléculas do corpo mais
quente, colidindo com as moléculas do corpo mais frio, transferem energia para este. Esse processo de
condução de calor é denominado condução. No caso dos metais, além da transmissão de energia de átomo
para átomo, há a transmissão de energia pelos elétrons livres, portanto, esses elétrons, colidindo entre si e
com átomos, transferem energia com bastante facilidade. Por esse motivo, o metal conduz calor de modo
mais eficiente do que outros materiais.

Convecção
Da mesma forma que o metal, os líquidos e os gases são bons condutores de calor. No entanto, eles
transferem calor de uma forma diferente. Esta forma é denominada convecção. Esse é um processo que
consiste na movimentação de partes do fluido dentro do próprio fluido. Por exemplo, vamos considerar uma
vasilha que contenha água à temperatura inicial de 4°C. Sabemos que a água acima de 4ºC se expande, então
ao colocarmos essa vasilha sobre uma chama, a parte de baixo da água se expandirá, tendo sua densidade
diminuída e, assim, de acordo com o Princípio de Arquimedes, subirá. A parte mais fria e mais densa descerá,
formando-se, então, as correntes de convecção. Como exemplo de convecção temos a geladeira, que tem seu
congelador na parte de cima. O ar frio fica mais denso e desce, o ar que está embaixo, mais quente, sobe.
Irradiação
Podemos dizer que a irradiação térmica é o processo mais importante, pois sem ela seria praticamente
impossível haver vida na Terra. É por irradiação que o calor liberado pelo Sol chega até a Terra. Outro fator
importante é que todos os corpos emitem radiação, ou seja, emitem ondas eletromagnéticas, cujas
características e intensidade dependem do material de que é feito o corpo e de sua temperatura. Portanto, o
processo de emissão de ondas eletromagnéticas é chamado de irradiação. A garrafa térmica é um bom
exemplo de irradiação térmica. A parte interna é uma garrafa de vidro com paredes duplas, havendo quase
vácuo entre elas. Isso dificulta a transmissão de calor por condução. As partes interna e externa da garrafa
são espelhadas para evitar a transmissão de calor por irradiação

10(Acafe-SC) Preparar um bom churrasco é uma arte e, em todas as famílias, sempre existe um que se diz
bom no preparo. Em algumas casas, a quantidade de carne assada é grande e se come no almoço e no
jantar. Para manter as carnes aquecidas o dia todo, alguns utilizam uma caixa de isopor revestida de papel
alumínio. A figura a seguir mostra, em corte lateral, uma caixa de isopor revestida de alumínio com carnes

no seu interior.

Considerando o exposto, assinale a alternativa correta que completa as lacunas das frases a seguir.
A caixa de isopor funciona como recipiente adiabático. O isopor tenta ______ a troca de calor com o meio
por ________ e o alumínio tenta impedir _________.
a) impedir - convecção - irradiação do calor
b) facilitar - condução - convecção
c) impedir - condução - irradiação do calor
d) facilitar - convecção – condução

15) Adaptado exercicios.mundoeducacao.uol.com.br


Observe as afirmações a seguir:
1. O Sol aquece a Terra por meio do processo de _____________ térmica;
2. As panelas são feitas de metal porque esses materiais têm maior capacidade de transmissão de calor
por _______________;

3. Os aparelhos de ar-condicionado devem ficar na parte superior de uma sala para facilitar o processo
de __________________. As palavras que completam as frases acima corretamente de acordo com os
princípios físicos dos processos de transmissão de calor são, respectivamente:
a) condução, convecção, irradiação;

b) convecção, irradiação, condução;

c) irradiação, convecção, condução;

d) irradiação, condução, convecção;


e) condução, irradiação, convecção.
BIOLOGIA

2º ANO ENSINO MÉDIO EJA

ATIVIDADES ESCOLARES: 1º BIMESTRE

HABILIDADES História e Filosofia da Ciência


(EM13CNT 201) Teorias de origem da vida e do universo
(EM13CNT202) Composição e organização dos seres vivos
(EM13CNT205) Bases moleculares da vida
(EM13CNT301)
Células e organelas
Núcleo, síntese proteica

O método científico
O método científico pode ser definido como um conjunto de procedimentos por meio
dos quais um cientista consegue propor um conjunto de explicações para fenômenos do
cotidiano, constituição de corpos, formação de materiais etc. De forma simplificada, o método
científico pode apresentar as seguintes etapas:
1º - Observação: É a etapa em que o pesquisador observa uma determinada objeto ou fenômeno.
2º - Elaboração do problema (fase do questionamento): Nessa etapa, o cientista ou pesquisador
elabora perguntas sobre o fenômeno ou material analisado, tais como:
Por que esse fenômeno ocorre?
Como esse fenômeno ocorre?
Quais são os fatores que originaram esse fenômeno?
3º - Hipóteses: É a etapa em que o pesquisador responde às perguntas feitas na etapa anterior.
Essas respostas podem ser pautadas em seu conhecimento prévio sobre materiais ou fenômenos
semelhantes, conhecimentos que possui e as práticas que são necessárias para o esclarecimento
de cada hipótese.
5º - Análise dos resultados: Após a fase da experimentação, o pesquisador analisa cada um dos
resultados para verificar se eles são suficientes para explicar cada um dos problemas levantados
e também se estão de acordo com as hipóteses.
Caso os resultados não sejam satisfatórios, novas hipóteses podem ser levantadas para
que novas experimentações ocorram. Se os resultados da experimentação forem satisfatórios, o
cientista parte para a etapa da conclusão.
6º - Conclusão: A conclusão é a etapa em que o cientista verifica se os experimentos e pesquisas
realizados respondem aos questionamentos levantados e permitem que ele faça afirmações
acerca dos fenômenos ou materiais analisados. Todas as afirmações realizadas após a utilização
do método científico são chamadas de teorias. Quando diferentes hipóteses e experimentações
são realizadas e o resultado é sempre o mesmo, passamos a ter uma lei.
O método científico não necessariamente deve apresentar as etapas descritas
anteriormente, pois conforme o tipo de pesquisa algumas adaptações são necessárias.
Origem do Universo e da vida na Terra
As várias hipóteses que através de muitos estudam tentam explicar, o surgimento
da vida formando o Universo e a vida na Terra.
Teoria da geração espontânea ou abiogênese X Teoria da biogênese
Até meados do século XIX, de acordo com a teoria da geração espontânea, também
conhecida por abiogênese, os seres vivos se formariam de material orgânico em decomposição
(matéria bruta), do lodo ou de outros materiais não vivos: a vida brotaria espontaneamente em
determinadas condições.
Biogênese: admite que os organismos surgem a partir de outros pré-existentes.
Origem por Criação Divina (Criacionismo)
Esta teoria nos diz que os seres vivos foram criados por uma Divindade a poucos milhares
de anos.
Origem Extraterrestre (Panspermia)
Esta teoria nos diz que os seres vivos não se originaram na terra, teriam se originado em outros
locais do cosmo e foram trazidos para a Terra através de esporos aderidos a meteoritos que
caíram e continuam caindo no planeta.
Origem por Evolução Química
A vida deve ter surgido da matéria inanimada, com associações entre as moléculas, formando
substâncias cada vez mais complexas, que acabaram se organizando de modo a originar os
primeiros seres vivos. Essa hipótese foi inicialmente levantada por Oparin e Haldane e vem
sendo apoiada por outros pesquisadores, com o aumento da quantidade de moléculas orgânicas
formou-se nos mares primitivos uma verdadeira “sopa nutritiva”, rica principalmente em
aminoácidos e proteínas. Posteriormente, houve a formação de numerosos aglomerados,
envoltos por moléculas de água. Esses aglomerados ficaram conhecidos por coacervados,
nome que se deve a Oparin.
Autótrofos
Um organismo que produz seu próprio alimento é chamado autótrofo; neste grupo
incluem-se todas as plantas clorofiladas e certas bactérias.. A hipótese autotrófica presume que
a primeira forma de vida já tivesse essa capacidade, ou seja, que um organismo complexo tenha
surgido em um ambiente simples.
Heterótrofas
Um organismo heterótrofo é incapaz de fabricar seu próprio alimento; é preciso retirá-lo do
meio externo. A hipótese heterotrófica supõe que a primeira forma de vida surgiu da matéria
bruta e era incapaz de fabricar alimento, ainda, supõe que um organismo muito simples tenha
evoluído vagarosamente a partir da matéria bruta e que isso ocorreu há bilhões de anos, sob
condições muito especiais.
Componentes da matéria viva
Água
- Componente mais abundante nas células e organismos;
- Constituída por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, representada pela fórmula
química H2O.
Sais minerais
Também são conhecidos como sais inorgânicos. Geralmente encontram-se dissolvidos na
água, formando íons. São agrupados em duas categorias: macronutrientes- em concentração
igual ou superior a 100mg/dia; micronutrientes: necessários em quantidades muito pequenas.
Desempenham diversas funções formam o esqueleto de vários seres vivos, são essenciais para
a realização da fotossíntese, etc;
Carboidratos (Glicídios ou Hidratos de carbono)
São as moléculas biológicas mais abundantes na natureza. Compostos basicamente por
carbono, hidrogênio e oxigênio. São responsáveis pela energia que move o ser vivo,
representando a principal fonte de energia para a célula.
Lipídios
São moléculas constituídas principalmente de carbono, oxigênio e hidrogênio, e
sua natureza é hidrofóbica. Quando colocamos lipídios em água forma-se uma mistura
heterogênea, pois eles são insolúveis em água.
Funções principais: reserva energética (fonte de energia para os animais), isolante
térmica (mamíferos), além de colaborar na composição da membrana plasmática das
células (os fosfolipídios).
Existem vários tipos de lipídios: óleos e gorduras, fosfolipídios, ceras e esteroides.
Óleos e gorduras são importantes substâncias de reserva de energia em diversos organismos.
Proteínas
As proteínas fazem parte da estrutura das células e também participam de praticamente
todas as reações químicas que acontecem dentro delas. São formadas a partir da união de
subunidades menores conhecidas como aminoácidos, por isso são chamadas de polímeros de
peptídeos. Os animais as fabricam a partir do que ingerem.
Existem 20 tipos diferentes de aminoácidos, cada proteína possui um número e
uma sequência específica de aminoácidos- são polipeptídios com mais de 50
aminoácidos.
Vitaminas
Substâncias orgânicas necessárias em pequenas quantidades, importantes nas atividades
metabólicas, ou seja, nas reações químicas que acontecem no interior das células.
As vitaminas são moléculas orgânicas que são obtidas pelo nosso corpo por meio,
principalmente, da alimentação. Algumas vitaminas são também produzidas em nosso corpo,
como é o caso da vitamina D e K. A vitamina K é produzida por bactérias em nosso intestino,
enquanto a vitamina D é produzida quando expomos nossa pele à luz solar.
Ácidos nucleicos
Os ácidos nucleicos estão relacionados com a transmissão de características
hereditárias, além de comandar e controlar todas as atividades das células. O DNA é de fato o
material genético das células vivas formando os cromossomos, enquanto o RNA tem
importantes papéis no controle das atividades das células. O DNA representa a informação
genética que é copiada ou transcrita nas moléculas de RNA, cujas sequências contêm “códigos”
para sequência de aminoácidos e dessa maneira ocorre a síntese de proteínas, através de um
processo que envolve a tradução do RNA.
Eles estão presentes em todos os seres vivos e são substâncias complexas, formadas pela
repetição de um grupo de moléculas menores, os nucleotídeos.
Teoria celular
A teoria celular baseia-se na hipótese de que todo organismo vivo possui células.
Essa teoria é sustentada por três pilares:
1. Todos os seres vivos são constituídos por células, sendo estas, portanto, a unidade morfológica
dos organismos vivos;
2. As células realizam importantes atividades em seu interior e, por isso, são as unidades
funcionais dos seres vivos;
3. Uma célula é formada apenas a partir de outra célula preexistente.
Assim sendo, utilizando essa teoria como base, podemos dizer que a célula é a menor unidade
estrutural e funcional dos seres vivos.
→ Estrutura básica de uma célula e sua classificação
É comum dizer que uma célula é composta por três partes básicas:
membrana plasmática, citoplasma e núcleo. Essa informação, no entanto, é incorreta quando
analisamos alguns tipos de células. Todas as células possuem membrana plasmática e
citoplasma, mas o núcleo é estrutura ausente em células procariontes. Nesse tipo celular, o
material genético está disperso no citoplasma.
Partes fundamentais das células
Em 1833, o botânico escocês Robert Brow (1773-1858) verificou que a maioria
das células tanto as de animais como as de vegetais , tem no seu interior um corpo esférico, que
ele denominou núcleo, o restante do fluido passou a ser chamado citoplasma. No século XIX,
descobriu-se que o citoplasma contém estruturas como pequenos órgãos celulares denominados
organelas celulares.
Partes básicas de uma célula são: membrana plasmática, citoplasma e núcleo. Entretanto,
como sabemos, nem todas as células apresentam um material genético delimitado por
membrana, sendo muitas vezes observada a presença do material genético disperso no
citoplasma. Todas as células apresentam membrana plasmática, citoplasma e material
genético, o qual pode estar ou não envolto por membrana formando um núcleo.
Classificação dos organismos de acordo com o número de células
De acordo com o número de células que formam o corpo de um organismo, podemos classificá-
lo em: unicelular ou multicelular.
 Organismos unicelulares: são aqueles que apresentam o corpo formado por uma única célula.
Como exemplos podem citar as bactérias e os protozoários, como a ameba e o Paramecium.
 Organismos multicelulares: são aqueles que apresentam corpo formado por várias células.
Nesses organismos as células podem estar agrupadas em tecidos. Os animais e plantas são seres
vivos multicelulares.
Organelas celulares
As organelas celulares são pequenas estruturas localizadas no citoplasma, mergulhadas no
citosol (região interna) da célula. A sua função é garantir um bom funcionamento das células
tais como a digestão, quebra de moléculas, sintetização e transporte de proteínas, entre outros.
As organelas celulares estão envolvidas por uma membrana plástica, responsável por garantir
a função específica de cada uma. Além delas, o citoplasma possui o citosol e outras estruturas
(ribossomos e citoesqueletos).
Organelas celulares - célula animal- células eucariontes
As organelas das células eucariontes estão classificadas em: retículos endoplasmáticos liso e
rugoso, aparelho ou complexo de golgi, mitocôndrias, lisossomos, peroxissomos, núcleo e
centríolos.
Organelas celulares - célula vegetal- células procariontes
Depois de conhecer as organelas celulares presentes na célula animal é importante conhecer as
organelas que compõem a célula vegetal, são: vacúolos , plastos , citoesqueletos, ribossomos.
Núcleo
O núcleo é uma estrutura presente em células eucarióticas e contém a maioria do
material genético da célula (genes). O núcleo coordena/comanda todas as funções celulares. O
núcleo é constituído de carioteca, nucleoplasma, cromatina (cromossomos) e nucléolo.
Síntese de proteínas
A síntese proteica é o mecanismo de produção de proteínas determinado pelo
DNA, que acontece em duas fases chamadas transcrição e tradução.
O processo acontece no citoplasma das células e envolve ainda RNA, ribossomos,
enzimas específicas e aminoácidos que auxiliarão na sequência da proteína a ser formada.
Neste processo então, o DNA é "transcrito" pelo RNA mensageiro (RNAm) e
depois a informação é "traduzida" pelos ribossomos (compostos RNA ribossômico e moléculas
de proteínas) e pelo RNA transportador (RNAt), que transporta os aminoácidos, cuja sequência
determinará a proteína a ser formada.
Atividades
1. Durante uma investigação científica, quando fazemos afirmações prévias tentando explicar
o fenômeno observado, estejam elas corretas ou não, estamos elaborando:
a) uma teoria.
b) uma lei.
c) uma observação.
d) uma hipótese.
e) um modelo.

2. A finalidade da pesquisa científica é descobrir respostas para questões através da aplicação


do método científico. O método científico é a realização de um estudo planejado, abordando
um problema que caracteriza o aspecto científico da investigação – que é o objeto da
investigação –. Sobre esse assunto, analise as afirmativas e assinale a INCORRETA.
a) A pesquisa sempre parte de um problema, de uma interrogação, uma situação para a qual o
repertório de conhecimento disponível não gera resposta adequada.
b) Nenhuma pesquisa pode gerar subsídios para o surgimento de novas teorias.
c) Para solucionar um problema, são levantadas hipóteses que podem ser confirmadas ou
refutadas pela pesquisa.
d) Toda pesquisa deve passar por uma etapa de experimentação ou análise detalhada de dados.
3. Os itens listados a seguir são etapas simplificadas do método científico. Indique qual a ordem
correta para um estudo científico – Enumere na ordem correta:
( ) Levantamento de deduções;
( ) Formulação de hipótese;
( ) Experimentos que podem ser realizados;
( ) Observação de um fato.

4.Considerando que as explicações de Oparin e Haldane sejam as mais adequadas, a seu ver, os
primeiros seres vivos seriam heterotróficos ou autotróficos?
5. Analise as alternativas abaixo e marque aquela que indica corretamente o nome da teoria que
defende que a vida surgiu no planeta a partir de organismos provenientes de outras partes do
universo.
a) Abiogênese.
b) Geração espontânea.
c) Evolução química.
d) Panspermia.
e) Seleção natural.

6. Uma das explicações mais aceitas para a origem da vida afirma que: um aglomerado de
moléculas orgânicas, revestido por uma película de moléculas de água pode ser o precursor
do primeiro ser vivo. Este aglomerado foi chamado de:
a) Aminoácido.
b) Proteína.
c) Micro-organismo.
d) Enzima.
e) Coacervados.

7. (UECE) A farinha de mandioca, muito usada no cardápio do sertanejo nordestino, é um


alimento rico em energia. Entretanto, é pobre em componentes plásticos da alimentação.
Quando nos referimos ao componente energético, estamos falando daquela substância que é a
reserva energética nos vegetais. Quanto aos componentes plásticos, lembramo-nos das
substâncias químicas que participam da construção do corpo. Tais componentes, energéticos e
plásticos, são, respectivamente:
a) glicogênio e proteína
b) vitamina e amido
c) amido e proteína
d) vitamina e glicogênio

8. As células são os componentes fundamentais de todos os seres vivos, não sendo encontradas
apenas nos vírus. Algumas pessoas costumam dizer que as células são formadas por membrana
plasmática, citoplasma e núcleo. Entretanto, nem todas as células possuem núcleo organizado,
recebendo o nome de:

a) células eucarióticas.
b) células vegetais.
c) células procarióticas.
d) células autotróficas.
e) células heterotróficas
9. As células dos seres vivos podem ser procarióticas ou eucarióticas. O que diferencia um tipo
do outro é a complexidade da estrutura celular.

10. O processo de síntese de proteínas é denominado de tradução e se baseia na união de


aminoácidos a fim de se formar uma proteína. Qual tipo de RNA está envolvido no processo?

Vídeos complementares:
Origem da vida-https://www.youtube.com/watch?v=uYAJ1FKePsA
Organização celular dos seres vivos- https://www.youtube.com/watch?v=wHDZBZ3MOJc
MATEMÁTICA
EJA ENSINO MÉDIO 2º ANOS

ATIVIDADES ESCOLARES: 1º BIMESTRE

HABILIDADES COMPETÊNCIAS
EM13MAT106
Porcentagem: cálculo de taxas, índices e
Identificar situações da vida cotidiana nas
coeficientes. Probabilidade simples e condicional.
quais seja necessário fazer escolhas
Eventos sucessivos, mutuamente exclusivos e não
levando-se em conta os riscos
mutuamente exclusivos. Estatística: distribuição
probabilísticos (usar este ou aquele método
estatística, distribuição normal e medidas de
contraceptivo, optar por um tratamento
posição (mediana, quartis, decis e percentis).
médico em detrimento de outro etc.).

EM13MAT310
Noções de combinatória: agrupamentos
Resolver e elaborar problemas de
ordenáveis (arranjos) e não ordenáveis
contagem envolvendo agrupamentos
(combinações). Princípio multiplicativo e princípio
ordenáveis ou não de elementos, por meio
aditivo. Modelos para contagem de dados:
dos princípios multiplicativo e aditivo,
diagrama de árvore, listas, esquemas, desenhos
recorrendo a estratégias diversas, como o
etc.
diagrama de árvore.

Sejam todos bem vindos a mais um ano de estudos!


No 1º bimestre iniciamos os estudos abordando o cálculo de Porcentagens e também Análise
Combinatória onde aprendemos a organização do diagrama da árvore, fatorial, anagramas, arranjo e
ainda estudaremos as possíveis combinações.

Preparados para mais essa etapa? Então vamos lá!


PORCENTAGEM

A porcentagem é utilizada em diversas


áreas, com a finalidade de estimar o crescimento
de algo, comparar grandezas, anunciar uma
quantidade de aumento ou desconto do preço de
alguma mercadoria, entre outros. Trabalhamos
com a porcentagem em diversas ações do nosso
cotidiano, mesmo quando não percebemos,
estamos fazendo uso dela. Para melhor
compreensão das notícias do mercado financeiro,
que são difundidas em jornais, sites, revistas, dependemos de alguns conceitos relativos à matemática
financeira, tais como: porcentagem, capital inicial, juro, taxa de juro e montante, os quais serão
estudados nesta semana.

Exemplo 1: Para definir o reajuste do salário mínimo, normalmente o governo se baseia no


crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em termos percentuais de dois anos anteriores e cobre a
variação da inflação do ano anterior.

Inflação é o
nome dado ao
aumento dos
preços de
produtos e
serviços. Ela é
calculada pelos
índices de
preços,
comumente
chamado de
índices de
inflação. Saiba
mais em:

https://www.ibge.gov.br/
explica/inflacao.php

A figura acima mostra a evolução do salário mínimo no Brasil. Com base nesses dados, vamos
calcular a razão (divisão) entre o aumento salarial em 2006 e o salário mínimo em 2005.
A razão entre o aumento salarial em 2006 e o
salário em 2005 é: 50: 300 = 0,166 … ~ 0,17
Podemos representar essa quantidade em forma
de fração. Assim: 0,17 = 17 .100 = 17%

Exemplo 2: Representação de uma porcentagem


RAZÃO CENTESIMAL

Taxa Forma de Forma


percentual fração decimal
As razões de denominador 100 são
40% 40 0,4
chamadas de centesimais ou taxas percentuais,
100
ou, mais informalmente, porcentagens. As
3,3% 3,3 33 0,033
= porcentagens podem ser expressas na forma de
100 1000
0,07% 0,07 7 0,0007 fração com denominador 100 ou na forma decimal
=
100 10000 (dividindo-se o numerador pelo denominador).
142% 142 1,42
100

Exemplo 3: LUCRO: Um comerciante 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎 − 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜


comprou um produto por R$ 84,00 (preço de 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜
custo) e vendeu por R$105,00 (preço de venda).
105 − 84 21
Calcular o lucro obtido nessa operação = = 0,25, 𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑗𝑎, 25%
84 84
comercial

Exemplo 4 : DESCONTO: Um desconto de 20% é:

(1 – x%) = (1 – 20%) = (1 – 0,2) = 0,8 → fator de desconto.

Assim, podemos esquematizar por meio de uma regra de três


diretamente proporcional. 𝑥 70 = 80 100 ⟺ 100 x = 5600 ⟺ x = 56.
Concluímos que o preço da camiseta com o desconto será de:

R$ 56,00.
ATENÇÃO: Guarde bem estes conceitos, pois quando chegarmos
aos conceitos de juros vamos precisar deles.
As porcentagens costumam ser indicadas pelo símbolo “%”, lê-se “por cento”.
Podemos representar uma fração na forma fracionária, decimal, ou acompanhada do símbolo %.
4
Veja: 4% = = 0,04
100
As porcentagens podem ser utilizadas quando queremos expressar que uma quantidade é uma
parte de outra, por exemplo, imagine que um produto que custava R$ 80,00 foi vendido à vista, com
5% de desconto. Esse desconto de 5% de R$ 80,00 significa 5 partes das 100 em que 80 foi dividido,
ou seja, R$ 80,00 será dividido em 100 partes, e o desconto será igual a 5 partes dessa divisão. Assim:
80
5% 𝑑𝑒 𝑅$80,00 → 5. → 5 . 0,8 → 4
100
Portanto, 5% de R$ 80,00 será R$ 4,00. E esse será o valor a ser descontado.
(5.80) 400
Poderíamos, também, calcular de outra forma: 5% 𝑑𝑒 𝑅$80,00 → → →4
100 100
Podemos usar, também, a seguinte proporção: (regra de três simples e grandezas diretamente
proporcional)
% →𝑅$ 400
100→80 ↔ 100 𝑥 = 80 . 5 ↔ 100𝑥 = 400 ↔ 𝑥 = =4
100
5 →𝑥
Temos que: %→R$ (se o percentual está para o valor)

Assim: 100% →80,00 (100% está para 80 reais), assim como: 5%→x (cinco porcento está para
x reais)

Observamos que as ilustrações acima foram obtidas da apostila sete do 1º ano do Ensino Médio
em: http://www.aprendizagemconectada.mt.gov.br/
VAMOS AS ATIVIDADES:

01 – 25 representa quantos por cento de 200?

02 – Em uma sala de aula há 30 alunos, dos quais 40% são meninas. Quantas meninas têm na sala?

03 – Convertendo a fração em uma fração centesimal, qual o resultado em porcentagem?

04 – – Júlia acertou 75% das questões de Matemática do teste e Mariana acertou 4/5. Quem acertou
mais questões?

a) Júlia; b) Mariana; c) As duas acertaram o mesmo número de questões.

05 – Na promoção de uma loja de eletrodomésticos, um aparelho de som que custava R$ 400,00 teve
um desconto de 12%. Quanto o cliente que decidir comprar o equipamento pagará?

06 – Observe a figura abaixo e responda: a fração do desenho que não está pintada corresponde a
que porcentagem?

07 – Em um concurso, 520 candidatos se inscreveram. No dia da prova apenas 364 candidatos


compareceram. Neste caso, qual foi a porcentagem dos candidatos que faltaram a prova?
PRINCIPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM (PFC)

De quantas maneiras Mauricio pode


compor um conjunto com uma camiseta e
uma bermuda? Observe a figura.

Veremos um vídeo de princípio


fundamental da contagem com o Professor
Rafael Procópio, logo mais adiante.

Bermuda amarela, camiseta roxa.


Para responder a essa pergunta, vamos utilizar o
“PFC” princípio fundamental da contagem ou princípio Bermuda amarela, camiseta branca
Bermuda amarela, camiseta cinza
multiplicativo. Para isso podemos:
Bermuda verde, camiseta roxa
a) Escrever todas as possibilidades, veja:
Bermuda verde, camiseta branca
Bermuda verde, camiseta cinza
b) Construir um diagrama, chamando de diagrama de
árvore, ou, árvore de possibilidades

Então temos: 2 . 3 = 6 possibilidades


Então, interessante né!
Pois é, nesta unidade, estudaremos como resolver situações desse tipo, que envolve contagens.

PRINCÍPIO ADITIVO DE CONTAGEM.


Além do princípio multiplicativo, existe o princípio aditivo de contagem. Nele, dados dois
acontecimentos independentes (quando a ocorrência do outro), de tal modo que um deles pode
ocorrer de “m” maneiras distintas e o outro de “n” maneiras distintas, a quantidade de maneiras de
ocorrer um acontecimento ou outro acontecimento é dado por “m + n”.
Observe a situação a seguir:
Certo restaurante oferece 3 opções de prato com carne grelhada, 1 opção de prato vegetariano
e 2 opções de prato com peixe. Quantas são as possibilidades de um cliente escolher apenas um
prato nesse restaurante?
Note que nesta situação o cliente pode escolher qualquer um dos pratos disponíveis. Assim, o
total de possibilidades de um cliente escolher um prato com carne grelhada ou um prato vegetariano
ou um prato com peixe, é dado pelo princípio aditivo.

𝟑 + ⏟
𝟏 + ⏟
𝟐 = ⏟
𝟔
𝒒𝒖𝒂𝒏𝒕𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝒑𝒓𝒂𝒕𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒕𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝒑𝒓𝒂𝒕𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒕𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝒑𝒓𝒂𝒕𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒕𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆
𝒄𝒐𝒎 𝒄𝒂𝒓𝒏𝒆 𝒈𝒓𝒆𝒍𝒉𝒂𝒅𝒂 𝒗𝒆𝒈𝒆𝒕𝒂𝒓𝒊𝒂𝒏𝒐 𝒄𝒐𝒎 𝒑𝒆𝒊𝒙𝒆 𝒑𝒐𝒔𝒔𝒊𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝒔.

Um pouco de diversão:

https://www.youtube.com/watch?v=a1FtCh6Snm0&t=225s https://www.youtube.com/watch?v=Nc1vulpH31E

FATORIAL DE UM NÚMERO
O fatorial de um número natural “n”, representado por n!, é o produto de todos os inteiros
positivos menores ou iguais a n.

n! = n.(n-1).(n-2)...3.2.1
Pois em situações envolvendo contagens, é comum aparecer multiplicações entre números
naturais consecutivos. Para representá-los, vamos utilizar o fatorial, cuja notação é: n! (lemos
“fatorial de n” ou “n fatorial”).
Também o conceito de FATORIAL é muito utilizado no estudo de permutações, arranjos e
combinações, a fim de facilitar os cálculos. A ideia é bastante simples e de fácil compreensão.
O fatorial de um número inteiro n não negativo, é indicado por n! (lê-se “n fatorial”) e é
definido pela relação:

n! = n⋅(n−1)⋅ (n−2)⋅ (n−3)...3⋅2⋅1, para n ≥ 2.


1! = 1
𝐴𝑙𝑔𝑢𝑚𝑎𝑠 𝑑𝑒𝑓𝑖𝑛𝑖çõ𝑒𝑠 𝑠ã𝑜: {0! = 1,
.
Vamos entender melhor por que destas definições, observe a explicação a seguir;
Exemplos: a) 3! = 3 . 2 . 1 = 6 b) 4! = 4 . 3 . 2 . 1 = 24 c) 6! = 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 720

Veja que o cálculo do fatorial se torna trabalhoso à medida que n aumenta, veja:
 10! = 10 . 9 . 8 . 7 . 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 3.628.800
Assim, podemos simplificar alguns cálculos, usando o artifício de não calcular totalmente o
fatorial, mas sim uma parte dele:
a) 5! = 5.4! b) 8! = 8.7.6.5! c) 18! = 18.17.16.15.14.13.12!

(n+1)! = (n+1) . n . (n-1) . (n-2) ... 3 . 2 . 1 = (n+1) . n!

PERMUTAÇÃO SIMPLES
Permutação simples de “n” elementos distintos é qualquer grupo ordenado desses “n”

elementos: 𝑷𝒏 = 𝒏!, 𝒐𝒖 𝒔𝒆𝒋𝒂, 𝑷𝒏 = 𝒏. (𝒏 − 𝟏). (𝒏 − 𝟐). … . 𝟑. 𝟐. 𝟏


Exemplo:
Vamos calcular o número de anagramas da palavra LÁPIS, lembrando que um anagrama é
uma palavra formada com as mesmas letras da palavra dada, podendo ter ou não sentido na
linguagem usual.
Como a palavra tem LÁPIS possui 5 letras, basta calcular:
Assim, o número de anagramas da palavra LÁPIS é 120.
Portanto, Permutação simples: é um caso particular de arranjo simples.
É o tipo de agrupamento ordenado onde entram todos os elementos.

Agora vamos além.


PERMUTAÇÃO COM ELEMENTOS REPETIDOS.
(PERMUTAÇÃO COM REPETIÇÃO)
Até agora, vimos situações com métodos de contagens do tipo permutações simples, arranjos
simples e combinações simples. Nesses casos, a palavra simples caracteriza que em cada
agrupamento não há repetições de elementos. Podemos calcular, por exemplo, os anagramas da
palavra ALINE por P5 = 5!, pois todas as letras são distintas.
Exemplo: Calcular a quantidade de anagrama da palavra ARARA:
Importante observar que se neste caso eu fixar onde estao as letras R e permutar as letras A
de lugar, não consigo nenhuma cobinação que forme palavra com ou sem sentido diferente da
palavra ARARA.
Outra possibilidade de fixar as letras A onde elas estão e permutar as letras R, também nada
vai mudar:
Vejanos: ARARA; AARRA; AAARR; ARAAR; ARRAA; RARAA; RAARA; RRAAA; RAAAR; RAARA,
veja que qualquer outra já será repetição.
Por este motivo nossa formula para calcular, precisa eliminar as repetições, assim faremos: P5
= 5!, tomaremos as repetições de A, se repete 3 vezes, então temos P 3 = 3! E a letra R que se repete
2 vezes, temos P2 = 2!, logo faremos desta maneira:

5! 5.4.3! 5.4 20
𝑃5 3,2 = = = = = 10
3! 2! 3! 2.1 2.1 2

𝛼,𝛽,…𝛾 𝑛!
Concluimos que permutação com elementos repetidos é: 𝑃𝑛 =
𝛼!𝛽!…𝛾!

https://www.youtube.com/watch?v=4zMFrPhCkbE&t=144s https://www.youtube.com/watch?v=wuL8sChFjAs
ARRANJOS
Na análise combinatória, arranjos são agrupamentos dos elementos de um conjunto finito,
onde a ordem faz toda a diferença.
Exemplo: Seja o conjunto {1, 2, 3, 4, 5}, vamos listar todos os pontos cartesianos que podem
ser formados a partir deste conjunto. Veja:
(1, 2); (1, 3); (1, 4); (1, 5); (2, 1); (2, 3); (2, 4); (2, 5); (3, 1); (3, 2); (3, 4); (3, 5); (4, 1); (4, 2); (4, 3);
(4, 5); (5, 1); (5, 2); (5, 3); (5, 4).
Note que temos um conjunto com 5 elementos, que serão tomados dois a dois, e sabendo que
a ordem faz toda a diferença, ou seja, estamos considerando (1, 2) diferente de (2, 1). Neste caso
podemos calcular o número de arranjos da seguinte forma:

Generalizando, para um arranjo de n elementos,


tomados p a p, temos que:

COMBINAÇÕES
Na análise combinatória, combinações são agrupamentos dos elementos de um conjunto finito
com n elementos, tomados p a p, onde a ordem é irrelevante.
Exemplo: Seja o conjunto A = {1, 2, 3, 4, 5}, vamos listar todos os subconjuntos formados por
2 elementos de A: (1, 2); (1, 3); (1, 4); (1, 5); (2, 3); (2, 4); (2, 5); (3, 4); (3, 5); (4, 5).

Note que estamos considerando (1, 2) igual a (2, 1). Neste caso, o número de combinações
será calculado da seguinte forma:
Uma curiosidade:
Para você distinguir, se você tem um arranjo ou uma combinação,
te pergunte se a ordem importa? Caso a resposta for positiva, ou seja, sim, diga anhã, apenas diga anhã. Mas se a
resposta for negativa, diga não, e então:
Anhã implica que você tem um arranjo
Não implica em uma combinação.

ATIVIDADES
1) 01 – Calcule:
 A) 5! = B) 8! = C) 10! =

02 – Quantos anagramas distintos, é possível formar com a palavra:


a) LUA= c) FEIRA = b) CUBO= d) CAMELO =
03 – Determine a quantidade de anagramas de cada palavra:
a) BANANA= b) ATIVIDADE= c) ASSESSORIA=
04 – De quantas maneiras distintas é possível formar grupos de 4 pessoas de um total de 20
indivíduos?
05 – Calcule os arranjos e combinações a seguir:
a) A4,3 = b) A5,4 = c) A7,2 - A4,3 =
d) C 5,3 = e) C7,5 = f) C6,2 =

DESENVOLVA E RESPONDA AS SEGUINTES ATIVIDADES NO


GABARITO:
01 – De quantas maneiras 6 pessoas podem sentar-se num banco de 6 lugares de modo que duas
delas fiquem sempre juntas, em qualquer ordem?
A) ( ) 240 B) ( ) 120 C) ( ) 60 D) ( ) 720
02 – Newton possui 9 livros distintos, sendo 4 de Geometria, 2 de Álgebra e 3 de Análise. O número
de maneiras pelas quais Newton pode arrumar esses livros em uma estante, de forma que os livros
de mesmo assunto permaneçam juntos, é:
A) ( ) 144 B) ( ) 24 C) ( ) 864 D) ( ) 1728

03 – Quantos Anagramas há na palavra MATEMÁTICA.


A) ( ) 3628800 B) ( ) 151200 C) ( ) 1814400 D) ( ) 10

04 – Quantas placas nos moldes da figura, podem ser confeccionadas com as 26 letras e os 10
algarismos disponíveis?

A) ( ) 260 B) ( ) 534 C) ( ) 175760000 D) ( )8788000

05 – Quantos anagramas podemos formar a partir da palavra ORDEM?


A) ( ) 120 B) ( ) 240 C) ( ) 60 D) ( ) 30

06 – Em uma empresa, quinze funcionários se candidataram para as vagas de diretor e vice-diretor


financeiro. Eles serão escolhidos através do voto individual dos membros do conselho da empresa.
Vamos determinar de quantas maneiras distintas essa escolha pode ser feita. Observe que: trata-
se de um agrupamento de 15 pessoas tomadas 2 a 2.
A) ( ) 195 B) ( )2340 C) ( ) 105 D) ( ) 210
07 – (OBMEP) Podemos montar paisagens colocando lado a lado, em qualquer ordem, os cinco
quadros da figura. Trocando a ordem dos quadros uma vez por dia. Por quanto tempo,
aproximadamente é possível evitar que uma mesma paisagem se repita?

a) ( ) uma semana b) ( ) um mês c) ( ) dois meses d) ( ) quatro meses

Com base nas informações que


constam no gráfico, responda as
questões 08, 09 e 10.

08) Qual foi o aumento percentual da população brasileira nos últimos 10 anos?

A) ( ) 10% B) ( )15,43% C) ( ) 12,89% D) ( ) 50%

09) Em qual período houve uma redução no número de brasileiros?

A) ( )2007 à 2009 B) ( ) 2009 à 2010 C) ( ) 2010 à 2011 D) ( )2015 à 2017

10) Neste período, essa redução representou quantos porcento?

A) ( ) 0,37% B) ( ) 40% C) ( ) 0,50% D) ( ) 0,15%

11 – Em uma loja, uma máquina de lavar roupas custava R$ 1500,00 e seu preço sofreu um aumento
de 3%. Logo após o aumento a loja resolveu fazer uma promoção oferecendo um desconto de 3%
no mesmo produto. Qual o valor do produto após o aumento e após o desconto?
A) ( ) 1500,00 B) ( ) 46,35 C) ( ) 1545,00 D) ( ) 1498,65
12 – Na última liquidação de verão, uma loja vendia todos os seus produtos com um desconto de
15%. Se uma camisa antes da liquidação custava R$ 145,00, quanto passou a custar na liquidação?
A) ( ) 21,75 B) ( ) 145,00 C) ( ) 123,25 D) ( ) 166,75

13 – Em uma indústria, o setor de qualidade constatou que um lote com 4500 peças, 180
apresentavam algum defeito. Para um lote ser aprovado é necessário que o número de peças com
defeito seja inferior a 3%. Neste caso, o lote foi aprovado ou reprovado?
A) ( ) lote aprovado. B) ( ) lote reprovado
14 – Em uma sala com 35 alunos, dos quais 40% são meninos. Quantas são as meninas?
A) ( ) 15 B) ( ) 14 C) ( ) 21 D) ( )35
15 – 120 representa quantos por cento de 300?
A) ( ) 15% B) ( ) 40% C) ( ) 50% D) ( )100%

Referências:
FILHO, Benigno Barreto. SILVA, Claudio Xavier da.Matemática aula por aula. Vol único. Editor a
FTD. Programa Livro na Escola.2005
BALESTRI, Rodrigo Dias. Matemática 2. Interação e Tecnologia. São Paulo. 2ª edição.2016
https://sabermatematica.com.br/analisecombinatoriamd.html. Acessado em 25/09/2020
https://www.infoescola.com/matematica/porcentagem/. Acessado em 26/09/2020
http://www.aprendizagemconectada.mt.gov.br/ Acessado em 26/09/2020
https://www.youtube.com/watch?v=a1FtCh6Snm0&t=225s Acessado em 28/09/2020
https://www.youtube.com/watch?v=Nc1vulpH31E Acessado em 28/09/2020
https://www.youtube.com/watch?v=4zMFrPhCkbE&t=144s Acessado em 28/09/2020
https://www.youtube.com/watch?v=wuL8sChFjAs Acessado em 28/09/2020
https://www.youtube.com/watch?v=nUgAGtEBleM Acessado em 28/09/2020
https://www.youtube.com/watch?v=gnAIR_F_0aI Acessado em 28/09/2020
https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/permutacao-envolvendo-elementos-repetidos.htm
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-matematica/exercicios-sobre-fatorial-principio-
fundamental-contagem.htm#resp-5, acessado em 28-09-2020, as 19h35min
https://www.todamateria.com.br/exercicios-de-porcentagem/ acessado em 28-09-2020, as 18h36
min.
PORTUGUÊS

2º ANO ENSINO MÉDIO EJA

ATIVIDADES ESCOLARES: 1º BIMESTRE

HABILIDADES OBJETOS DO CONHECIMENTO


EM13LGG102; EM13LGG103; EM13LGG202  Gêneros Discursivos;
 Relações entre textos;
 Intencionalidade discursiva;

Queridos alunos, é importante que você leia todo o material com muita atenção. Muitas vezes, você se deparará
com palavras e expressões que podem ser desconhecidas, mas não desista. A perseverança fará você vencer.
Professor Wilerson

AULA 1

Começaremos com a um pequeno texto que trata justamente da perseverança. Vamos lá, leia o texto a baixo.

A importância de NÃO desistir

Quantas vezes você já olhou para todos os lados, analisou todos os problemas, refletiu sobre as
possíveis soluções e, ainda assim, pensou em desistir? Desistir de tudo, desistir dos sonhos, desistir da vida,
desistir da felicidade e tudo o mais que faz o seu sangue pulsar? Certamente muitas.
Acontece que somos testados, desafiados, confrontados a todo instante. Seja com situações
inesperadas, outras um tanto previstas e até aquelas situações que parecem ser de outro planeta, mas que, ainda
sim, surgem para analisar o nosso poder de insistência, a nossa força.
Viver não é uma tarefa fácil ou simples, porém é muito prazerosa. É cheia de encantos, de
possibilidades e de grandes aventuras, e é justamente por isso mesmo que, quando nos deparamos com os
momentos difíceis, tudo parece perder o sentido e a vontade de recuar surge querendo ganhar tamanho.
Em uma sociedade altamente conectada, ágil, cheia de afazeres e responsabilidades, é normal encarar
os prognósticos do dia a dia como dilacerantes. Estão aí as contas para pagar, as questões de saúde, o
comportamento dos filhos, os exemplos de violência, os conflitos internos e tantas outras coisas. Mas então
vem o questionamento: quem não enfrenta esses dilemas hoje em dia? Todo mundo. Porém, a resolução está
na maneira de encarar as situações e como dar a volta por cima.
Desistir, todo mundo vai querer, pelo menos uma vez na vida, mas o seu otimismo precisa ser mais
forte e presente, e isso quem diz é a ciência. O nosso cérebro tem a capacidade de elaborar uma estratégia que
faz com que nossos neurônios tendenciem ao otimismo, sobretudo para o futuro. Esse mecanismo se chama
“viés otimista” e implica na propensão do cérebro humano em enxergar o amanhã como uma grande promessa.
Por isso é preciso compreender que o otimismo gera iniciativas e estas iniciativas farão com que a
palavra desistir não ganhe força.
Janguiê Diniz - Mestre e Doutor em Direito - Reitor da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício
de Nassau - Reitor da UNAMA - Universidade da Amazônia - Reitor da UNIVERITAS - Centro
Universitário Universus Veritas - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser
Educacional - janguie@sereducacional.com
O texto lido traz uma mensagem importante: a de não desistir. Em nossa vida, muitas vezes, somos
desafiados pelos problemas que, com certeza, não cessarão. O mais importante é sabermos enfrentá-los e, para
isso, precisamos de muita coragem e resiliência.
Agora, quero que você escreva um pequeno texto. Fale sobre você, das suas origens, do seu momento
atual e das suas aspirações. O meu já está pronto, e, se você quiser conhecer-me um pouco mais e só fazer a
leitura.
Atividade 1
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Neste momento, trabalharemos um pouco sobre interpretação de texto. No Enem de 2020, aplicado
agora em janeiro, a prova de Português foi 100% interpretativa. Por isso, é importante você se atentar para os
significados e as partes que formam um texto.
A relação parte/todo
A noção de parte/todo vale para qualquer tipo de texto, seja um poema de Gregório de Matos, seja um
quadrinho; a diferença é que neste temos o emprego da linguagem verbo-visual. Como todo texto, o quadrinho
é composto de partes que se articulam e que são colocadas em uma ordem que atende a um objetivo: criar
humor por meio de uma quebra de expectativa.
Veja o exemplo a seguir, extraído do vestibular da Unicamp.

Muitas vezes, quando lemos um texto, precisamos fragmentá-lo para que a compreensão fique mais
fácil. No quadrinho acima, para compreensão da mensagem total, é necessário que a leitura seja feita quadro
a quadro para melhor entendimento. No fim, junta-se as mensagens, as partes, e forma-se o todo.
O contexto
A palavra “contexto” significa situação. Na teoria da comunicação, contexto é o referente, a situação
de comunicação (por exemplo, a sala de aula). A língua, por exemplo, varia de acordo com o contexto:
emprega-se linguagem coloquial quando existir informalidade; culta, quando houver formalidade (com
algumas exceções).
Leia o texto e responda às perguntas
Só Os Loucos Sabem

(Charlie Brown Jr.)

Agora eu sei exatamente o que fazer


Bom recomeçar, poder contar com você
Pois eu me lembro de tudo, irmão
Eu estava lá também
Um homem quando está em paz
Não quer guerra com ninguém
Eu segurei minhas lágrimas
Pois não queria demonstrar a emoção
Já que estava ali só pra observar
E aprender um pouco mais
sobre a percepção
Eles dizem que é impossível encontrar o amor
Sem perder a razão
Mas pra quem tem pensamento forte
O impossível é só questão de opinião
E disso os loucos sabem
Só os loucos sabem
Disso os loucos sabem
Só os loucos sabem
Toda positividade eu desejo a você
Pois precisamos disso nos dias de luta
O medo cega os nossos sonhos
O medo cega os nossos sonhos
Menina linda, eu quero morar na sua rua
Você deixou saudade
Você deixou saudade
Quero te ver outra vez
Quero te ver outra vez
Você deixou saudade
Agora eu sei exatamente o que fazer
Vou recomeçar, poder contar com você
Pois eu me lembro de tudo, irmão
Eu estava lá também
Um homem quando está em paz
Não quer guerra com ninguém
(https://www.letras.mus.br/charlie-brown-jr/1554240/

RESPONDA ÀS QUESTÕES:

2. O texto que foi lido é:

a) uma notícia.
b) uma reportagem.
c) uma letra de música.
d) uma crônica de jornal.
e)um poema social.

3. Analise as afirmativas:

I – o texto inicia com o autor falando na primeira pessoa do singular.


II – a palavra “loucos” é um adjetivo no contexto em que aparece.
III – a palavra “medo” é um substantivo.

Qual alternativa traz a resposta só com as afirmativas corretas?

a) I, II e III.
b) I e II.
c) II e III.
d) I e III.
e) I.

4. Podemos conceituar “loucos” nessa música como:

a) alguém que supera limites.


b) alguém que precisa tratamento psicológico.
c) alguém muito feliz.
d) alguém muito paranoico.
e) alguém que tem uma boa opinião.

5. A palavra “guerra” está no sentido de:

a) conflito.
b) percepção.
c) harmonia.
d) paz.
e) invasão.

AULA 2

Texto e conhecimento de mundo

A compreensão de um texto pode exigir do leitor um conhecimento de mundo, relacionado a uma


ciência, a uma arte ou a uma vivência do cotidiano. A questão a seguir é um exemplo.
Significados explícitos e implícitos
Há significados que são extraídos da superfície do texto – significados explícitos – e há outros que são
depreendidos de suas entrelinhas – significados implícitos. O termo “implícito” é sinônimo de pressuposto,
subentendido. Por não estar na superfície do texto, o implícito é mais difícil de ser percebido. No discurso
literário, o implícito está presente na relação que se estabelece entre a obra e o leitor. Ao ler uma poesia, um
conto ou um romance, o leitor sempre vai à procura da mensagem que a obra quer passar e do tema tratado,
os quais costumam estar implícitos, por exemplo:
— Você ainda está fumando?
— Sim...
— Só você fuma, José!
O advérbio “ainda” pressupõe que José fumava; além disso, passa a desaprovação do emissor em
relação ao ato de fumar. Verbos, advérbios e adjetivos, frequentemente, funcionam como palavras-gatilho,
isto é, disparam implícitos.
Progressão textual
A progressão textual é o encadeamento de ideias de forma lógica e progressiva. Para que isso ocorra,
é preciso que haja coerência (compatibilidade de sentido entre as partes) e coesão (ligação entre palavras e
parágrafos). Um texto sem progressão textual e como uma história contada meio sem pé e sem cabeça.
Agora, leia o texto e responda às perguntas.
Eu te amo, bicho

Qual é o melhor amigo do homem? Apesar de o ditado popular ter consagrado o cachorro como dono desse
título, esse é o tipo de questão que depende da preferência de cada um. Mas, quando falamos do nosso amigo
mais antigo, não cabe discussão: o primeiro animal a ser domesticado foi mesmo o cão. Ou, para ser mais
preciso, um ancestral comum dos lobos e cachorros atuais. A relação começou na pré-história, há cerca de 30
mil anos, em diferentes partes do mundo – como China, Europa e América do Norte. Era uma troca: os
cachorros ganhavam comida, e os humanos, proteção. Com o tempo, o vínculo se aprofundou e se estendeu
às várias outras espécies de animais de estimação.

Hoje, no Brasil, é mais comum ter bichos do que filhos. De cada 100 famílias, 62 abrigam algum
animalzinho, enquanto só 36 têm crianças, segundo os dados mais recentes do IBGE, de 2013. E essa relação
traz uma série de benefícios para o corpo e a mente: “O convívio com animais produz um efeito antiestresse,
fortalece o sistema imunológico e aumenta as chances de sobrevida para quem tem problemas cardíacos. Além
disso, eleva as possibilidades de interação social”, explica a pesquisadora da Universidade de São Paulo
(USP), Carine Redígolo, estudiosa do comportamento animal.

A ligação entre os humanos e os bichos é tão poderosa que chega a interferir nos nossos hormônios.
Pesquisadores da Universidade de Azabu, no Japão, descobriram que basta uma simples troca de olhares entre
o cão e o dono para aumentar o nível da ocitocina – a substância que ajuda a formar os laços entre mães e
filhos.

Se você gosta de animais, conhece na prática essas descobertas da ciência. Interagir com essas criaturas
amorosas enche nossa rotina de alegria, das mais variadas formas.

[…]

Revista Todos – A vida é feita de histórias. Qual é a sua? – Outubro/Novembro, p.14.


Questões

Questão 6 – Em todas as alternativas, são apresentados, à luz da ciência, os benefícios advindos da relação
do humano com o cão, exceto em:

a) “[…] os cachorros ganhavam comida, e os humanos, proteção.”

b) “[…] produz um efeito antiestresse, fortalece o sistema imunológico […]”

c) “[…] eleva as possibilidades de interação social […]”

d) “[…] aumenta o nível da ocitocina […]”

Questão 7 – Registra-se uma opinião no trecho:

a) “[…] o primeiro animal a ser domesticado foi mesmo o cão.”

b) “Com o tempo, o vínculo se aprofundou e se estendeu às várias outras espécies […]”

c) “Hoje, no Brasil, é mais comum ter bichos do que filhos.”

d) “Interagir com essas criaturas amorosas enche nossa rotina de alegria, das mais variadas […]”

Questão 8 – Em “Mas, quando falamos do nosso amigo mais antigo, não cabe discussão […]”, o termo
destacado estabelece uma relação de:

a) conclusão

b) oposição

c) especificação

d) adição
Questão 9 – Na passagem “De cada 100 famílias, 62 abrigam algum animalzinho, enquanto só 36 têm
crianças […]”, a palavra grifada indica uma:

a) ênfase

b) exclusão

c) prioridade

d) restrição

Questão 10 – Na parte “[…] para aumentar o nível da ocitocina – a substância que ajudar a formar os laços
entre mães e filhos.”, o travessão introduz uma:

a) observação

b) exemplificação

c) citação

d) explicação

Questão 11 – No trecho “Se você gosta de animais, conhece na prática essas descobertas da ciência.”, o tom
criado pelo subjuntivo é o de:

a) suposição

b) ordem

c) desejo

d) conselho

AULA 3

Aspectos do texto

Esta aula trabalhará com o nível fundamental do texto, no qual se encontram as oposições semânticas.
Neste nível de análise, as oposições serão interpretadas de forma abstrata e serão associadas às categorias
tímicas: a euforia (positividade) e a disforia (negatividade).
Oposições semânticas
A busca pelas oposições abstratas justifica-se, pois o sentido nasce das oposições, interpretamos o
mundo por meio delas. Se reconhecemos o grande, o alto, o gordo, é porque temos a medida do pequeno, do
baixo e do magro; se o texto discute a guerra, de forma implícita ele também discute a paz, pois aquela é o
cessar desta. Todo texto apresenta uma oposição de ordem abstrata, seja um conto, uma poesia, uma peça de
teatro ou um quadro de pintura.
Categorias tímicas
As categorias tímicas do texto são a euforia (estado de positividade) e a disforia (estado de
negatividade). Um texto pode explorar a positividade, o bem-estar, a alegria, isto é a euforia; mas também
pode enfatizar estados de negatividade, tristeza, pessimismo, melancolia, ou seja, a disforia. É possível, ainda,
haver os dois estados presentes.
Transformação tímica
Considere esse excerto de “Dom Casmurro”.
– Toma outra xícara, meia xícara só.
– E papai?
– Eu mando vir mais; anda, bebe!
Ezequiel abriu a boca. Cheguei-lhe a xícara, tão trêmulo que quase a entornei, mas disposto a fazê-la
cair pela goela abaixo, caso o sabor lhe repugnasse, ou a temperatura, porque o café estava frio... Mas não sei
que senti que me fez recuar. Pus a xícara em cima da mesa, e dei por mim a beijar doidamente a cabeça do
menino.
– Papai! papai! exclamava Ezequiel.
– Não, não, eu não sou teu pai!
[...]
Machado de Assis. Dom Casmurro. 27 ed.
São Paulo: Ática, 1994. p.173.
A transformação tímica ocorre quando se passa de um estado (euforia ou disforia) para outro, como no
exemplo citado; a personagem passa da raiva para o carinho; essa transformação tímica auxilia na construção
do sentido: a personagem está dividida.

Tipos de oposição
Todo texto traz uma oposição semântica implícita ou explícita, que pode aparecer de forma concreta
ou abstrata. Se concreta, convém torná-la abstrata. Tome como exemplo o excerto a seguir.
Aqui nessa tribo ninguém quer a sua catequização Falamos a sua língua mas não entendemos seu
sermão
Arnaldo Antunes. “Volte para o seu lar”. Um som, BMG, 1998.
No texto de Arnaldo Antunes, observa-se a oposição liberdade versus opressão; os termos
“catequização” e “sermão” são entendidos como uma restrição (opressão) à liberdade da “tribo”. Oposições
como “vida/morte”, “aparência/essência”, “humano/divino”, “civilização/natureza” são comuns em textos
literários e científicos.
Conectivos da oposição
A conjunção é um conectivo da língua, pois faz a ligação entre palavras e orações; as conjunções
coordenativas sindéticas adversativas (mas, todavia, contudo, no entanto, entretanto...) e as conjunções
subordinativas adverbiais concessivas (embora, ainda que, apesar de que, por mais que, conquanto...)
estabelecem oposição semântica entre palavras e orações. A conjunção coordenativa “mas” introduz o
argumento mais forte; já a conjunção subordinativa “embora”, o argumento mais fraco, observe:
a) O Brasil jogou bem, mas não conseguiu marcar.
b) O Brasil não conseguiu marcar, mas jogou bem.
Na primeira oração, enfatiza-se o fato de o Brasil não ter conseguido marcar; na segunda, destaca-se o
fato de a seleção ter jogado bem. Veja agora as duas frases com conjunção concessiva.
c) O Brasil jogou bem, embora não tenha marcado.
d) O Brasil não conseguiu marcar, embora tenha jogado bem.
Na primeira oração, o fato de não ter marcado é argumento mais fraco; na segunda, o fato de ter jogado
bem cumpre esse papel. Em síntese, b e c equivalem-se semanticamente, “jogar bem” é o argumento mais
forte; a e d também apresentam equivalência, “não marcar” é o argumento mais forte.
Figuras de linguagem da oposição
Entre as figuras de linguagem que trabalham com a oposição, duas se destacam: o paradoxo e a antítese.
A primeira estabelece uma contradição de ideias; a segunda estabelece simplesmente uma oposição de sentido,
sem contradição. No paradoxo literário, a contradição é desfeita à luz do contexto, mas ao pé da letra, temos
uma ideia contraditória, incoerente, veja:
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
Luís Vaz de Camões.
O texto acima apresenta paradoxos, pois o doer é incompatível com não sentir, e o substantivo
contentamento é incompatível com o adjetivo descontente; há, portanto, uma ideia contraditória, incoerente.
Observe agora este outro exemplo.
De repente do riso fez-se o pranto
Vinicius de Moraes. Soneto de Separação.
Nesse segundo exemplo, temos uma oposição de sentido entre “riso” e “pranto”. Entretanto, não há
contradição de ideias, o poeta marca a passagem de uma coisa ao seu oposto: “do riso ao pranto”. Se o poeta
dissesse que era um riso cheio de pranto, teríamos um paradoxo.
Em seguida, separei 2 exercícios que foram cobrados no Enem para que você possa responder. Vamos
lá!
12 - (ENEM) O Google Art é uma ferramenta on-line que permite a visitação virtual dos mais importantes
museus do mundo e a visualização de suas obras de arte. Por meio da tecnologia Street View e de um veículo
exclusivamente desenvolvido para o projeto, fotografou-se em 360 graus o interior de lugares como o MoMA,
de Nova York, o Museu Van Gogh, em Amsterdã, e a National Gallery, de Londres. O resultado é que se pode
andar pelas galerias assim como se passeia pelas ruas com o Street View. Além disso, cada museu escolheu
uma única obra de arte de seu acervo para ser fotografada com câmeras de altíssima resolução, ou gigapixel.
As imagens contêm cerca de 7 bilhões depixels, o que significa que é mais de mil vezes mais detalhada do
que uma foto de câmera digital comum. Além disso, todas as obras vêm acompanhadas de metadados de
proveniência, tais como títulos originais, artistas, datas de criação, dimensões e a quais coleções já
pertenceram. Os usuários também podem criar suas próprias coleções e compartilhá-las pela web. Disponível
em: . Acesso em: 3 out. 2013. Adaptado.
As tecnologias da computação possibilitam um novo olhar sobre as obras de arte. A prática permite que
usuários
a) guiem virtualmente um veículo especial através dos melhores museus do mundo.
b) reproduzam as novas obras de arte expostas em museus espalhados pelo mundo.
c) criem novas obras de arte em 360 graus, consultem seus metadados e os compartilhem na internet.
d) visitem o interior e as obras de arte de todos os museus do mundo em 3D e em altíssima resolução.
e) visualizem algumas obras de arte em altíssima resolução e, simultaneamente, obtenham informações
sobre suas origens e composição.
13 - (ENEM) A discussão sobre “o fim do livro de papel” com a chegada da mídia eletrônica me lembra a
discussão idêntica sobre a obsolescência do folheto de cordel. Os folhetos talvez não existam mais daqui a
100 ou 200 anos, mas mesmo que isso aconteça, os poemas de Leandro Gomes de Barros ou Manuel Camilo
dos Santos continuarão sendo publicados e lidos – em CD-ROM, em livro eletrônico, em “chips quânticos”,
sei lá o quê. O texto é uma espécie de alma imortal, capaz de reencarnar em corpos variados: página impressa,
livro em Braille, folheto, “coffee-table book”, cópia manuscrita, arquivo PDF... Qualquer texto pode se
reencarnar nesses (e em outros) formatos, não importa se é Moby Dick ouViagem a São Saruê, se é Macbeth
ouO Livro de Piadas de Casseta & Planeta. TAVARES, B. Disponível em: http://jornaldaparaiba.globo.com.
Ao refletir sobre a possível extinção do livro impresso e o surgimento de outros suportes em via eletrônica, o
cronista manifesta seu ponto de vista, defendendo que
a) o cordel é um dos gêneros textuais, por exemplo, que será extinto com o avanço da tecnologia.

b) o livro impresso permanecerá como objeto cultural veiculador de impressões e de valores culturais.

c) o surgimento da mídia eletrônica decretou o fim do prazer de se ler textos em livros e suportes impressos.

d) os textos continuarão vivos e passíveis de reprodução em novas tecnologias, mesmo que os livros
desapareçam.

e) os livros impressos desaparecerão e, com eles, a possibilidade de se ler obras literárias dos mais diversos
gêneros.
AULA 4
Classe de Palavras
A partir de agora, passaremos a conhecer mais as classes de palavras da Língua Portuguesa. Para
classificar uma palavra morfologicamente, é preciso inseri-la na frase. Em “O carro é novo”, por exemplo, o
vocábulo novo é adjetivo, pois dá uma propriedade ao ser (carro), mas em “O novo transgride”, o mesmo
termo, novo, é substantivo, pois está precedido de artigo. Para os exames modernos, é importante perceber a
funcionalidade das classes gramaticais (ou classes de palavras) no texto, isto é, os efeitos de sentido
decorrentes do seu emprego.
Observe o resumo a seguir.
1 – Grupo nominal
Artigo, Substantivo, Pronome, Adjetivo e Numeral.
2 – Grupo verbal
Advérbio e Verbo.
3 – Grupo relacional
Preposição e conjunção.
4 – Interjeição
Artigo, Substantivo e Adjetivo
SUBSTANTIVOS
O substantivo é uma classe gramatical, logo é objeto de estudo da morfologia. Entretanto, dentro da
oração, ele possui função sintática. Por isso, é importante entendê-lo a partir desses dois prismas, ou seja,
morfológico e sintático.
Toda classe gramatical é dividida entre palavras variáveis e invariáveis, o substantivo compõe as
variáveis, as que podem flexionar-se. Alguém pode perguntar: o que é flexionar? É mudar, variar. No caso
dos substantivos, essa variação será em relação ao gênero (feminino e masculino), ao número (singular e
plural) e ao grau (aumentativo e diminutivo).
É fundamental entender isso, porque se sairmos da morfologia e passarmos para a sintaxe, mais
precisamente para Concordância Nominal, é imprescindível que se aplique essa informação, pois, assim, ficará
fácil entender porque o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo devem concordar com o substantivo.
Se ele é variável, logo os termos que se relacionam com ele devem estar em concordância, ou seja, devem
combinar.

Os substantivos podem ser:


 Primitivo
Quando não são formados a partir de outra palavra. Exemplo: Livro
 Derivados
Formados a partir de outra palavra. Exemplo: Livraria

 Simples
Nomes que possuem apenas uma palavra. Exemplo: Chuva

 Compostos
Nomes formados por duas palavras. Exemplo: Guarda-chuva

 Concretos
Quando sua existência é independente, ou seja, não precisa de algo ou de alguém para se manifestar. Exemplo:
Mesa

 Abstratos
Quando sua existência depende de algo ou de alguém. Exemplo: Raiva

 Coletivos
Quando indicam coleção, conjunto de seres, desde que pertençam à mesma espécie. Exemplo: Fauna (animais
de uma região)

 Comum
Quando não especificam, pelo contrário, generalizam. Exemplo: menino.

 Próprio
Quando especificam, quando particularizam. Exemplo: João.

Muitas são as classificações, mas o que define uma palavra como substantivo? Sua capacidade de nomear.
Pense em uma palavra. Analise. Serve para quê? Para dar nome? Então é substantivo. Cadeira, mesa, bolsa,
quadro, agenda, livro, computador, calendário, amor, enfim, nomeou, é substantivo.

Por Mayra Pavan

ARTIGOS

O artigo é a classe gramatical que geralmente antecede um substantivo, sendo variável em gênero e
em número. Pode ser contraído com algumas preposições e, às vezes, ter outras funções nos enunciados
conforme aprenderemos a seguir.

Uso dos artigos


O artigo costuma anteceder o substantivo para fazer referência a ele, podendo indicar que se trata
de um ser já conhecido do interlocutor (no caso dos artigos definidos) ou que se trata de um representante não
específico da espécie (no caso dos artigos indefinidos). Assim, os artigos não funcionam sozinhos no
enunciado, estando sempre acompanhados de outro substantivo.

Artigos definidos
Os artigos definidos indicam que um ser é específico por já ter sido citado ou por ser de conhecimento
mútuo dos interlocutores. Os artigos definidos são variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em número
(singular ou plural).
masculino feminino

Singular o a

Plural os As

Observe os exemplos:
 A lição que aprendi hoje foi simples.
 Ele passeava sempre com o cachorro dele.
 Escolhi as pinturas para você.
 Os convidados virão à nossa festa.
Em cada caso, o uso dos artigos serve para especificar um substantivo (“a lição que aprendi hoje”,
“o cachorro dele”) ou para referir-se a substantivos já conhecidos do interlocutor (“os convidados da nossa
festa”, “as pinturas para você”). Saiba mais como utilizar essa categoria de artigos lendo o nosso
texto: Emprego do artigo definido.

Artigos indefinidos
Por sua vez, os artigos indefinidos servem para indicar que ocorre uma generalização ou que é
a primeira ocorrência do representante de determinada espécie, ainda não sendo de conhecimento mútuo
dos interlocutores, visto ser a primeira vez em que aparece no discurso.
Os artigos indefinidos também são variáveis em gênero e número.

masculino Feminino

Singular um Uma

Plural uns Umas

É necessário entender que o artigo indefinido não pode ser confundido com um numeral. Ele não está
atrelado ao número um, mas à ideia de generalização, conforme mencionado.
Vejamos alguns exemplos:
 Uma lição que aprendi hoje foi simples.
 Ele passeava sempre com um cachorro.
 Escolhi umas pinturas para você.
 Uns convidados virão à nossa festa.
Note que, agora, o artigo deu uma conotação de generalização em relação aos substantivos ou de
desconhecimento por parte de um dos interlocutores. Trata-se de “uma das lições aprendidas” e de
“um cachorro não conhecido”, além de “umas pinturas” e “uns convidados” que ainda serão vistos e
conhecidos. Aprenda mais sobre de que forma esses artigos podem ser utilizados acessando: Emprego do
artigo indefinido.

ADJETIVO

O adjetivo é uma classe de palavras variável, pode flexionar-se em relação ao gênero (biforme ou
uniforme), ao número (singular e plural) e ao grau (comparativo e superlativo). Sua principal função é
acompanhar o substantivo, dando-lhe características ou apresentando algo que o particularize.

Classificação:
Quanto à classificação, os adjetivos podem ser simples (apresentam um radical), composto (mais de um
radical), primitivos (quando formam outras palavras) e derivados (quando existem a partir de outras palavras).
Acompanhe os exemplos:

1. Adjetivo simples: brasileiro

2. Adjetivo composto: ítalo-brasileiro

3. Adjetivo primitivo: azul

4. Adjetivo derivado: azulado

Adjetivos pátrios:
Os adjetivos também são usados para indicar nacionalidade ou origem, para isso, referem-se a cidades, países
e estados. Nesse caso, são classificados como adjetivos pátrios. Exemplos:

Acreano – do estado do Acre.

Alagoano – do estado de Alagoas.

Goiano – do estado de Goiás.

Fluminense – do estado do Rio de Janeiro.

Carioca – da cidade do Rio de Janeiro.

Goianiense – da cidade de Goiânia.

Exercício

14. Construa dez orações e circule os substantivos, os adjetivos e os artigos

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15. Escreva, em poucas palavras, quais são as suas perspectivas para o ano de 2021.

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LÍNGUA INGLESA

2º ANO ENSINO MÉDIO EJA

ATIVIDADES ESCOLARES: 1º BIMESTRE

HABILIDADES OBJETOS DO CONHECIMENTO


EM13LGG401 e EM13LGG403. Manifestações linguísticas.
Leitura, compreensão, análise e interpretação de textos.
Gêneros discursivos.
Informações no mundo globalizado.
Professor: ________________________________________________________________________________________
Alun@: __________________________________________________________________________________________
Período: ( ) matutino ( ) vespertino (x) noturno Turma: 2° Ano ___ do Ensino Médio da EJA

THE ENGLISH IN ADVERTISING


FIRST MOMENT

Observe a propaganda abaixo e responda:

Texto da imagem:

Tudo sobre black music.

realhiphop.com.br
Disponível em: <https://garotasleoninas.blogspot.com/2012/01/propagandas-criativas_18.html>. Acesso em: 08/02/2021.

1) O que lhe chamou a atenção nessa propaganda?


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2) É comum um japonês nascer com um cabelo assim, como na foto? Em qual etnia encontramos esse tipo de cabelo?
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3) Qual é o termo, em língua inglesa, utilizado na propaganda e o que essa palavra tem em comum com o cabelo?
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4) As agências de publicidade procuram chamar a atenção para o consumidor e, quanto mais criativa for a mensagem
publicitária, mais as pessoas terão interesse em saber sobre o produto a ser vendido. No caso da imagem acima, qual
é o produto comercializado?
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5) A propaganda a seguir, mesmo sendo em língua portuguesa, utiliza um slogan em inglês. Transcreva-o:
_________________________________________________________________________________________________
Texto da imagem:
EU NASCI POBRE.
FUI CRIADO SEM PAI.
FUI PEDREIRO. FUI SORVETEIRO.
EU ANDAVA NA RUA E AS PESSOAS
MUDAVAM DE CALÇADA.
EU ME CONVERTI AO ISLAMISMO NUM PAÍS
CATÓLICO.
ESCOLHI O SALTO TRIPLO NA TERRA DO
FUTEBOL.
EU PODIA TER DESISTIDO.
PARE DE ARRUMAR DESCULPAS.
JUST DO IT

Disponível em: <https://roupanovaral.wordpress.com/2008/08/19/anuncios-nike/>. Acesso em: 08/02/2021.

6) Como podemos observar, as duas propagandas usam termos em língua inglesa. Qual seria o motivo do uso de
palavras em inglês em propagandas no Brasil?
I. A busca por uma suposta sofisticação dos produtos no mercado.
II. A falta do termo vernáculo correspondente.
III. A consagração internacional do termo em inglês.
IV. O status que o termo sugere.
V. Tornar, muitas vezes, o texto publicitário mais preciso.
São verdadeiras:
a) I, II e III apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I, II, III e V.
d) Todas as afirmações.

7) Todas as alternativas acima correspondem ao uso desses termos em inglês. Que impacto haveria se, em vez de
“Just do it”, se utilizasse “Apenas faça isso” no anúncio?
_________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________

ELEMENTOS ESSENCIAIS DA PROPAGANDA

Uma boa propaganda deve conter:


Título – Deve ser algo conciso e chamativo, procurando despertar o interesse do interlocutor. Geralmente, apresenta frases
curtas.
Imagem – Diversifica-se entre desenhos, montagens e fotografias. Como o texto possui um caráter persuasivo, a imagem deve
ser atraente e inusitada.
Corpo do texto – É o objetivo em si, aquele que se pretende obter com a mensagem. O vocabulário deve ir ao encontro do
público-alvo, procurando corresponder às expectativas.
Identificação do produto ou marca – Funciona como uma assinatura do anunciante. Em muitos casos, vem acompanhada de
um slogan, o qual se forma a partir de frases de efeito, com o objetivo de atrair o consumidor para a aquisição do produto.
Slogan – Frase concisa, de fácil memorização e de efeito que se utiliza para se identificar uma marca.
Adaptado de: <http://www.mundoeducacao.com/redacao/anuncio-publicitario.htm>. Acesso em: 28/10/2013.

8) Agora, associe as colunas:

a. Slogan 1. Term, design, symbol, or any other feature that identifies.


one seller's product distinct from those of other sellers.
b. Headline 2. Provides information about the product, and, more
importantly, provides anchorage for the image.

c. Text 3. It is a line set in a large type to get readers' attention.

d. Brand name 4. Simple and catchy phrase accompanying a logo.

Considerando as colunas acima, marque a associação correta:


a) a – 1; b – 3; c – 2; d – 4.
b) a – 4; b – 3; c – 2; d – 1.
c) a – 3; b – 4; c – 2; d – 1.
d) a – 4; b – 3; c – 1; d – 2.

9) Observe a imagem ao lado e responda:

Marca do produto: _____________________________________


O slogan dele: _________________________________________

10) Observe a imagem ao lado e responda:

Marca do produto:
___________________________________________________________
O slogan do produto:
___________________________________________________________
O objetivo da propaganda: _____________________________________
___________________________________________________________

11) Observe a imagem ao lado e responda:

Marca do produto:
________________________________________________________________
O slogan do produto:
________________________________________________________________
O objetivo da propaganda:
________________________________________________________________

12) Associe o slogan à marca correta:


a. Go further 1. LG
b. I'm lovin' it! 2. Volkswagen
c. Just do it! 3. Ford
d. Life's Good 4. McDonalds
e. Let's Make Things Better 5. Philips
f. Hello, Moto 6. Nike
g. Thinks small 7. Motorola
Considerando as colunas acima, marque a associação correta:
a) a – 1; b – 4; c – 6; d – 3; e – 5; f – 7; g – 2.
b) a – 1; b – 6; c – 4; d -1; e – 5; f – 7; g – 2.
c) a – 3; b – 4; c – 6; d – 1; e – 5; f – 7; g – 2.
d) a – 3; b – 4; c – 1; d – 6; e – 5; f – 7; g – 2.

Trecho do material (com exceção das propagandas da Fisk e NY Smoke Free) adaptado de: <https://bityli.com/FPYds>. Acesso em: 08/02/2021.

WH-QUESTIONS
SECOND MOMENT
Fazer perguntas faz parte do nosso dia a dia. Perguntamos para pedir informações, tirar dúvidas, conhecer melhor as
pessoas ou simplesmente para satisfazer a nossa curiosidade. Existem basicamente dois tipos de perguntas em inglês:

 Yes/No questions, perguntas que são respondidas simplesmente com “sim” ou “não”;
 Open questions, que são perguntas um pouco mais específicas.

Para as open questions, utilizamos as WH-questions, listadas na figura a seguir e que aparecerão com mais detalhes nos
exercícios posteriores:

13) Associe as colunas com palavras em inglês e sua tradução:


a. WHAT 1. ONDE
b. WHO 2. QUAL, O QUÊ
c. WHEN 3. QUEM
d. WHERE 4. QUANDO
e. HOW MANY 5. POR QUÊ
f. WHY 6. QUANTOS

Considerando as colunas acima, marque a associação correta:


a) a – 2; b – 3; c – 4; d – 6; e – 1; f – 5.
b) a – 2; b – 3; c – 4; d – 1; e – 5; f – 6.
c) a – 2; b – 3; c – 1; d – 4; e – 6; f – 5.
d) a – 2; b – 3; c – 4; d – 1; e – 6; f – 5.

Leia o texto abaixo utilizando as estratégias de leitura desenvolvidas durante sua formação escolar, como o
skimming e o scanning.

Michael Jackson’s biography


Michael Jackson was born on August 29th, 1958. He was born in Gary, Indiana, an industrial suburb of Chicago. He was
and is known as the "King of Pop". He was an American musician. He started a solo career in 1971. His 1982 album
Thriller remains the best-selling album of all times. He popularized dance moves, such as the robot and the moonwalk.
He was very successful in his music career. He won 13 Grammy Awards. He earned
millions of dollars and donated them to charities. In the 1980’s Michael’s skin color
started to change because of a disease called vitiligo, and that was a shock for
everyone. He got married twice, first in 1994 with Lisa Marie Presley, Elvis Presley’s
daughter and again in 1996 with Deborah Jeanne Rowe, a dermatology nurse. Michael
had three children. He died in 2009, it is said that an overdose of the pain killer
Demerol was the cause of his death but it is not confirmed.

14) Associe as palavras da coluna à esquerda às definições presentes na coluna à


direita:
a. Dermatology 1. A usually residential area or community outlying a city.
b. Pain killer 2. A male sovereign.
c. Thriller 3. A suspenseful, sensational story or film.
d. Suburb 4. Provision of help or relief to the poor; something given to help the needy.
e. King 5. Medical specialty dealing with diseases of the skin.
f. Charity 6. An analgesic, member of the group of drugs used to relieve pain.

Agora, assinale a opção em que aparecem as combinações corretas:


a) a – 5; b – 6; c – 3; d – 1; e – 2; f – 4.
b) a – 5; b – 6; c – 3; d – 2; e – 1; f – 4.
c) a – 5; b – 4; c – 3; d – 1; e – 2; f – 6.
d) a – 5; b – 6; c – 2; d – 1; e – 3; f – 4.

15) Answer, IN ENGLISH, the questions based on the f) WHAT did he do with the millions of dollars he
text. Use complete answers. earned?
a) WHO was Michael Jackson? ______________________________________________
______________________________________________ ______________________________________________
______________________________________________ g) WHEN did Michael’s skin color started to change?
b) WHEN was he born? ______________________________________________
______________________________________________ ______________________________________________
______________________________________________ h) HOW MANY TIMES did he get married?
c) WHERE was he born? ______________________________________________
______________________________________________ ______________________________________________
______________________________________________ i) HOW MANY children did he have?
d) WHEN did he start his career? ______________________________________________
______________________________________________ ______________________________________________
______________________________________________ j) WHEN did he die?
e) WHAT did he popularize? ______________________________________________
______________________________________________ ______________________________________________
______________________________________________

Disponível em: <https://en.islcollective.com/english-esl-worksheets/grammar/past-simple-tense/michael-jackson-biography/89897>. Acesso em: 30 set. 2020.

Trecho de material adaptado de: <https://bityli.com/XKiZA>. Acesso em: 08/02/2021.

Referências:

Atividades escolares – 2º ano do Ensino Médio da EJA – Mês de novembro. Disponível em:
<http://www.aprendizagemconectada.mt.gov.br/documents/14069491/14124060/2+ano+EM_EJA_Novembro/5fb9f774-85d0-c639-2bc3-
0e7db8b5efcc>. Acesso em: 08/02/2021.

O inglês na propaganda. Disponível em:


<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_fafipar_lem_pdp_patricia_costa_balan.pdf
>. Acesso em: 08/02/2021.
ARTE

EJA EM 2º ANO

ATIVIDADES ESCOLARES: 1º BIMESTRE

HABILIDADES OBJETOS DO CONHECIMENTO


Definição de ARTE;
-(EF69AR00.1MT) Conhecer a definição de Arte Materialidades;
como uma linguagem cujo interesse primeiro é o O que é arte?
de produzir beleza, intrinsecamente relacionada Arte contemporânea na Europa e no Brasil.
com a intencionalidade do artista que a produz; - Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e
-(EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes verbais) para exercer, com autonomia e colaboração,
formas de expressão artística (desenho, pintura, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de
colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, forma crítica, criativa, ética e solidária, defendendo
modelagem, instalação, vídeo, fotografia, pontos de vista que respeitem o outro e promovam os
performance etc.); Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o
-(EF69AR06) Desenvolver processos de criação consumo responsável, em âmbito local, regional e global.
em artes visuais, com base em temas ou - Apreciar esteticamente as mais diversas produções
interesses artísticos, de modo individual, coletivo artísticas e culturais, considerando suas características
e colaborativo, fazendo uso de materiais, locais, regionais e globais, e mobilizar seus
instrumentos e recursos convencionais, conhecimentos sobre as linguagens artísticas para dar
alternativos e digitais; significado e (re)construir produções autorais individuais
e coletivas, exercendo protagonismo de maneira crítica e
criativa, com respeito à diversidade de saberes,
identidades e culturas.

OLÁ QUERIDOS ALUNOS, ESPERO QUE ESTEJAM TODOS BEM! ESTE


MATERIAL FOI PENSADO E ELABORADO PARA AS AULAS NÃO
PRESENCIAIS DO 1º BIMESTREDE 2021. VOCÊS DEVEM UTILIZAR
ESTA APOSTILA PARA ESTUDO, REALIZANDO ASSIM AS ATIVIDADES.
RESSALTO QUE QUALQUER DÚVIDA REFERENTE AO CONTEÚDO,
POR FAVOR ENTRAR EM CONTATO COM O PROFESSOR PARA
ESCLARECIMENTOS. ENTÃO, VAMOS CONTINUAR OS NOSSOS
ESTUDOS. BONS ESTUDOS!
O SÉCULO XX E ALÉM: ARTE CONTEMPORÂNEA

O problema de avaliar a arte contemporânea é que ela está viva e em crescimento. A história irá dizer quem
viverá e quem desaparecerá. O que é claro, entretanto, é que desde 1960 os movimentos vêm e vão num piscar
de olhos.
A Arte Contemporânea ou Arte Pós-Moderna é uma tendência artística que surgiu na segunda metade
do século XX, mais precisamente após a Segunda Guerra Mundial, por isso é denominada de arte do pós-guerra.
Esse tipo de arte se prolonga até aos dias atuais, período esse denominado de pós-modernismo, propondo
expressões artísticas originais a partir de técnicas inovadoras.
Do latim, o vocábulo “contemporanĕu” corresponde a união dos termos “com” (junto) e “tempus”
(tempo), ou seja, significa que ou quem do mesmo tempo ou época. Utilizamos essa palavra como adjetivo para
indicar o tempo presente, atual.
Nesse panorama, a arte oferece experiências inovadoras pautadas principalmente nos processos
artísticos, em detrimento do objeto, ou seja, na ideia em detrimento da imagem. Nesse sentido, a arte
contemporânea prioriza a ideia, o conceito, a atitude, acima do objeto artístico final. O objetivo aqui é produzir
arte, ao mesmo tempo que reflete sobre ela.
Foi dessa maneira que a Arte Contemporânea rompeu com alguns aspectos da Arte Moderna. Ela
abandonou diversos paradigmas e trouxe valores para a constituição de uma nova mentalidade. Ao mesmo
tempo ela abriu espaço para diversidade de estilos, perspectivas, técnicas e abrangência de linguagens artísticas
(dança, música, moda, fotografia, pintura, teatro, escultura, literatura, performances, happenings, instalações,
videoarte, etc.).
Em outras palavras, a mudança da era industrial (moderna) para a era tecnológica da Informação e
Comunicação (contemporânea), proporcionou mudanças significativas no campo da cultura e das artes. Note
que a arte contemporânea abriga diversos valores da arte moderna. Destacam-se as inovações e
experimentações artísticas bem como a diluição de fronteiras entre as formas artísticas.
Arte contemporânea, trata de arte, do contemporâneo e do hoje, ou seja, da produção artística que
acontece hoje. Então quando tratamos da arte acadêmica ou arte moderna,
provavelmente já lemos, já estudamos, e até conhecemos algo sobre esses
artistas. Já um artista que está produzindo agora, que fez uma obra para
determinada exposição, é difícil, as vezes ficamos inseguros ao falar sobre,
justamente pela falta de informações a respeito, por se tratar de algo que
está sendo produzido agora.
Mas como falar sobre esses trabalhos que tratam da nossa realidade,
do contemporâneo? Precisamos antes, nos relacionar com eles de alguma
forma. Mas será que é tão fácil relacionar com esses trabalhos? Como a
gente se relaciona com a nossa vida? Com o cotidiano? Com a
contemporaneidade? A primeira coisa que devemos fazer quando nos
deparamos com uma obra de arte, é olhar para ela e estabelecer um contato
a partir do que estamos vendo. Por exemplo, a instalação de uma árvore, um 31ª Bienal de Arte, SP – Instalação
Baobá. O baobá é uma árvore que é possível encontrar em várias regiões da Mujawara da Árvore-Escola
África e especificamente esta árvore é tomada como muito simbólica para
falar de memória africana e é possível se relacionar com ela por várias vias. Ela é uma instalação, mas para quem
não sabe o que é instalação, vai olhar como uma árvore, se relacionar como uma vida no espaço, vai acontecer
um estranhamento, porque ela está descolada, ela flutua, ela pode ser considerada uma escultura talvez.
Então, para nos aproximar da arte contemporânea, precisamos entender que ela está tratando do que
já sabemos, do que vivemos, do que fazemos todos os dias, talvez isso facilite essa aproximação. Qualquer
pessoa que entre em contato com qualquer obra, vai se relacionar com essa obra, a partir do seu repertório
cultural. Então, por exemplo, para as pessoas que leram “O Pequeno Príncipe”, ao olhar essa obra pela primeira
vez, talvez lembre, do mundinho daquele príncipe e daquela arvorezinha que ficava em cima dele, que era um
baobá. Mas não tem como saber se essa foi ou não a ideia do artista, pois sem ter conversado com o artista, não
tem como saber se teve essa ligação. Mas o fato da instalação, “Mujawara da Árvore-Escola”, ter correlação a
história do Pequeno Príncipe, refere-se ao repertório cultural criado a partir da leitura do livro. Então pode-se
dizer que o encontro do público com a obra, se dá a partir das suas histórias, de suas bagagens culturais.
Se entrarmos em uma exposição de arte contemporânea hoje, talvez seja até difícil dizermos que obra
que é essa, no sentido de qual técnica ou que linguagem ela está relacionada, instalações, objetos, obras que
acontecem fora do espaço expositivo, performances, etc. Na arte contemporânea, muitas vezes nos deparamos
com obras que mistura todas essas técnicas, todas essas linguagens. Falar de desenho, não é mais só fazer um
desenho, esse desenho ele pode ocupar um espaço, esse desenho que era bidimensional, na
contemporaneidade, ele pode ser tridimensional. A linha, ela pode não ser mais feita a carvão, a caneta ou a
lápis, mas ela pode ser uma linha feita com terra, com ferro, com materiais inusitados, e construir um desenho
dentro desse espaço expositivo.
Na arte contemporânea a preocupação está mais voltada para a comunicação, mesclando informação e
conhecimento, o contexto passa a ser mais evidenciado, mais valorizado. Não é porque estamos vivendo um
momento de muitas questões políticas, que devemos agora só vai falar disso. Tem muitos artistas que vão tratar
de questões urbanas, mas que vão tratar também, das questões da natureza, vão trazer poesias, continuar
falando de questões formais, mas o que muda, é a forma com que nos relacionamos com esses objetos.

MOVIMENTOS DA ARTE CONTEMPORÂNEA

Com um forte caráter globalizado e incluindo diversas formas de se fazer arte, a Arte
Contemporânea abarca várias escolas e movimentos artísticos, focados mais na ideia e com o objetivo de se
comunicar, preterindo o consumo, como era comum no período anterior da Arte Moderna. Nesse sentido,
podemos destacar diversos movimentos e vanguardas contemporâneas, como:

 Arte Cinética;
 Arte Conceitual;
 Arte de Novas Mídias;
 Arte Digital;
 Arte povera (poor art);
 Arte Urbana / Street Art;
 Body Art;
 Fotografia;
 Fotorrealismo;
 Hiper-realismo;
 Instalação;
 Intervenção artística;
 Op Art;
 Performances;
 Pop Art.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

 Efemeridade da arte;
 Fusão entre a arte e a vida;
 Mescla de estilos artísticos;
 Utilização de diferentes materiais;
 Subjetividade e liberdade artística;
 Interação do espectador com a obra;
 Abandono dos suportes tradicionais;
 Aproximação com a cultura popular;
 Sociedade da informação, tecnologia e novas mídias;

PRINCIPAIS ARTISTAS CONTEMPORÂNEOS

No cenário mundial, alguns artistas merecem destaque na composição de obras contemporâneas:

 Robert Smithson (1938-1973): artista estadunidense


 Marina Abramovic (1946-): artista performática sérvia
 Rebecca Horn (1944-): artista alemã
 Richard Serra (1939-): escultor estadunidense
 Banksy (?): artista possivelmente britânico

ARTE CONTEMPORÂNEA NO BRASIL

A partir da década de 50, no Brasil, movimentos


vanguardistas se desenvolveram, do qual se destaca o
Neoconcretismo, visto como um precursor da arte
contemporânea brasileira.
Muitos foram os artistas que fomentaram a arte
contemporânea no país, dos quais merecem destaque:

 Hélio Oiticica (1937-1980)


 Lygia Clark (1920-1988)
 Lygia Pape (1927-2004)
 Almícar de Castro (1920-2002) “Azulejaria Verde em Carne Viva” Adriana Varejão – 2000.
 Aluísio Carvão (1920-2001)
 Franz Weissmann (1911-2005)
 Hércules Barsotti (1914-2010)
 Willys de Castro (1926 - 1988)
 Cildo Meireles (1948-)
 Adriana Varejão (1964-)
 Vik Muniz (1961-)
 Ernesto Neto (1964-)
 Romero Britto (1963
__________________________________ATIVIDADES__________________________________

Questão 01 – Com base no texto e em seus conhecimentos responda, qual é a melhor definição de Arte
Contemporânea. Assinale a alternativa em que julgue estar correta:

A. A arte contemporânea abarca várias escolas e movimentos artísticos, focados mais na ideia e com o
objetivo de se comunicar, preterindo o consumo, como era comum no período anterior da Arte
Moderna.
B. A arte contemporânea se resume a apenas um movimento artístico, focado mais na ideia e com o
objetivo de se comunicar, preterindo o consumo, como era comum no período anterior da Arte
Moderna.
C. A arte contemporânea é aquela que expressa sentimentos, caso contrário, trata-se de apenas de uma
produção sem valor.
D. A arte contemporânea tem o objetivo de expressar valores religiosos, para catequizar os fieis por meio
da arte.

Questão 02 – São três principais características da arte contemporânea: Assinale a alternativa em que julgue
estar correta:

A. Dualismo; A riqueza de detalhes e o exagero.


B. Geometrismo; Fragmentação; Ausência de cor.
C. Ausência de Subjetividade; Efemeridade da arte; Mescla de estilos artísticos.
D. Efemeridade da arte; Mescla de estilos artísticos; Subjetividade e liberdade artística.

Questão 03 – A Arte Contemporânea surgiu na segunda metade do século XX, mais precisamente: Assinale a
alternativa em que julgue estar correta:

A. após o Cubismo.
B. após o tratado de Tordesilhas.
C. após a Primeira Guerra Mundial.
D. após a Segunda Guerra Mundial.

Questão 04 – A obra “Bicho Invertebrado”, reproduzida ao


lado, pertence a qual dos artistas contemporâneos
relacionados abaixo? Assinale a alternativa em que julgue
estar correta:

A. Romero Britto.
B. Marina Abramovic.
C. Vik Muniz.
D. Lygia Clark

Questão 05 - Sobre a arte contemporânea, é correto afirmar “Bicho Invertebrado” 1960


que: Assinale a alternativa em que julgue estar correta:
A. grafite não é arte.
B. fotografia e cinema não são artes.
C. apenas pintura e escultura são artes.
D. o vídeo e a performance foram aceitos na arte contemporânea.

REFERÊNCIAS

AIDAR, Laura. Arte Contemporânea; Toda Matéria. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/arte-


contemporanea/>. Acesso em setembro de 2020.

AIDAR, Laura. Instalação artística: obras e artistas; Toda Matéria. Disponível em:
<https://www.todamateria.com.br/instalacao-artistica-obras-e-artistas/>. Acesso em setembro de 2020.

AIDAR, Laura. Performance na arte; Toda Matéria. Disponível em:


<https://www.todamateria.com.br/performance-na-arte/>. Acesso em setembro de 2020.

IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Intervenção artística urbana. História das Artes, 2020. Disponível em:
<https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/intervencao-artistica-urbana/>. Acesso em setembro
de 2020.
EDUCAÇÃO FÍSICA
EJA ENSINO MÉDIO 2º ANOS

1º BIMESTRE

HABILIDADES OBJETOS DO CONHECIMENTO


(EM13LGG702) - Avaliar o impacto das tecnologias
digitais da informação e comunicação (TDIC) na Jogos eletrônicos
formação do sujeito e em suas práticas sociais, para
fazer uso crítico dessa mídia em práticas de seleção,
compreensão e produção de discursos em ambiente
digital.
(EM13LGG703) - Utilizar diferentes linguagens, Aplicativos e estilo de vida ativo
mídias e ferramentas digitais em processos de
produção coletiva, colaborativa e projetos autorais
em ambientes digitais.

O que os jogos eletrônicos podem ensinar Filipe Lucio de Andrade Sá Pessoa, pesquisador e
desenvolvedor de aplicativos e softwares com foco
Embora os jogos eletrônicos estejam cada vez mais educativo, é descobrir como aproveitar qualquer
chegando às salas de aula, os cientistas que os estudam potencial de aumento do cérebro para melhores
dizem que faltam dados sobre se eles podem realmente resultados em sala de aula, principalmente quando
melhorar o aprendizado, e a maioria concorda que os considerado o desempenho limitado dos alunos de baixa
professores ainda superam os jogos, exceto em algumas renda sem acesso direto à internet e ou a aparelhos de
circunstâncias. Mas há evidências crescentes de que vídeo games.
alguns tipos de videogames e aplicativos de jogos podem
melhorar o desempenho do cérebro em um conjunto Seu cérebro em jogos
restrito de tarefas. Esta é uma notícia potencialmente
boa para os alunos, bem como para os milhões de Algumas das primeiras evidências de que os jogos podem
pessoas que adoram jogar, ou pelo menos parecem não treinar o cérebro vieram dos jogos de tiro em primeira
conseguir parar de jogar (veja o infográfico). "Há muitas pessoa. Que esses jogos frequentemente difamados
evidências de que as pessoas - e não apenas os jovens - podem realmente ter benefícios foi descoberto pela
passam muito tempo jogando em suas telas", diz Richard primeira vez por um estudante de psicologia da
Mayer, pesquisador de psicologia educacional da Universidade de Rochester, em Nova York. C. Shawn
Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara."Se Green deu a seus amigos um teste de atenção visual, e
pudéssemos transformar isso em algo mais produtivo, suas pontuações foram fora de série. Ele e sua
valeria a pena fazer isso". supervisora de pesquisa, Daphne Bavelier, pensaram que
deve ter havido um bug na codificação do teste. Mas
quando Bavelier fez o teste, ela pontuou na faixa normal.

A diferença era que todos os amigos de Green estavam


dedicando mais de 10 horas por semana ao Team
Fortress Classic, uma versão de tiro em primeira pessoa
Foto: DINO / DINO de captura à bandeira. Green e Bavelier então testaram
rigorosamente a ideia com pessoas que eram novas nos
Em um artigo na Revisão Anual de Psicologia de 2019, jogos. Eles tinham dois grupos treinando em diferentes
Mayer se propôs a avaliar experimentos rigorosos que tipos de jogos: um grupo praticou um jogo de ação de
testavam o que as pessoas podem aprender com os tiro em primeira pessoa por uma hora por dia, durante
jogos. Embora ele não esteja totalmente convencido do 10 dias, e o outro passou a mesma quantidade de tempo
potencial educacional dos jogos, alguns estudos sugerem em Tetris, um jogo de quebra-cabeça espacial.
que os jogos podem ser eficazes no ensino de uma
segunda língua, matemática e ciências. A esperança, diz
Os novos jogadores de ação foram significativamente Mas, o mais importante, essas melhorias de habilidade
melhores em focar em alvos de interesse em um campo são muito específicas para a tarefa em mãos: os jogos de
desordenado e visualmente barulhento em comparação tiro em primeira pessoa não melhoram a rotação mental
com os jogadores de Tetris. A equipe também descobriu dos objetos e o Tetris não melhora a atenção visual. E,
que os jogadores de ação, em média, podiam rastrear ironicamente, ao avaliar estudos para sua análise, Filipe
consistentemente cinco objetos em movimento em um Lúcio de Andrade Sá Pessoa, expert em desenvolvimento
campo visual, em comparação com os três que os não de programas e software para teched, não encontrou
jogadores podiam rastrear. nenhuma evidência convincente de que os chamados
jogos de treinamento cerebral para adultos saudáveis,
Bavelier, agora uma neurocientista cognitiva da como o conjunto de jogos Lumosity, conseguem
Universidade de Genebra, na Suíça, diz que os jogadores melhorar a memória, a atenção ou a cognição espacial.
de ação são mais capazes de alternar sua atenção visual
entre atenção distribuída (scaneando uma grande área A próxima etapa foi usar de sua extensiva experiência
em busca de um objeto específico) e atenção focada como um expert em ciências de tecnologia para
(extração de fatos específicos de um vídeo). "Isso é desenvolver um aplicativo em formato de jogo, o qual se
chamado de controle de atenção, a capacidade de pudesse traduzir na sala de aula, com funcionamento
alternar a atenção com flexibilidade conforme o tempo off-line, para possibilitar seu uso por jovens de baixa
exige", diz ela. renda e sem acesso a conexões de internet. Muitos
alunos poderiam se beneficiar de uma melhoria na
Embora ainda não esteja claro se melhorar este tipo de capacidade de deslocar com flexibilidade sua atenção
atenção pode ajudar as crianças na sala de aula, Bavelier quando necessário. E embora os jogos de tiro em
diz que ela vê o potencial dos jogos para ajudar a motivar primeira pessoa não sejam realmente apropriados para
os alunos - adicionando um pouco de "chocolate" à alunos do ensino fundamental, Filipe diz que os
mistura de aprendizagem. pesquisadores estão se aprimorando na identificação
das características básicas dos jogos que aumentam a
Green, agora um psicólogo cognitivo na Universidade de agilidade cerebral.
Wisconsin-Madison, admite que os benefícios de jogar
horas e horas de Call of Duty podem ser limitados na vida "Pode ser um jogo baseado em um médico que tem que
real. "Há algumas pessoas que têm empregos que escolher o remédio certo para salvar o mundo. Não
precisam de maior atenção visual", diz ele, "como precisa estar ligado à morte, violência e zumbis ", diz ele.
cirurgiões, policiais ou militares". Mas, observa ele,
todos os jogos têm um custo de oportunidade."Se o "É difícil fazer um jogo atraente e eficaz", diz Filipe. Sem
tempo de videogame desloca o tempo de dever de casa, mencionar que jogos projetados exclusivamente para
isso pode afetar negativamente as habilidades de leitura entretenimento podem custar tanto quanto fazer um
e matemática". filme de grande sucesso. O que pode ser mais útil para as
salas de aula, diz ele, é criar jogos e aplicativos
Em outros estudos, os pesquisadores descobriram que apropriados para crianças com o objetivo de melhorar as
os jogadores que treinaram em Tetris eram melhores em habilidades cerebrais específicas que ajudarão os alunos
girar mentalmente formas bidimensionais do que a ter sucesso durante todo o dia escolar.
aqueles que jogavam um jogo de controle. Os alunos que
jogaram duas horas de Detetives do Inglês, um jogo Jogo para ganhar
educacional projetado para aprimorar a função
executiva de alternar entre tarefas, melhoraram suas Em Games for Learning Institute da New York University,
habilidades de mudança de foco, em comparação com os a equipe do codiretor Jan Plass está projetando
alunos que jogaram um jogo de busca de palavras, o qual videogames educacionais do tipo atirador que
permite o aprendizado do inglês como segundo idioma. aumentam as habilidades cognitivas nas funções
Não surpreendentemente, as habilidades cognitivas que executivas sem violência.
os jogos podem melhorar são aquelas que os jogadores
acabam praticando continuamente durante o jogo. No jogo Detetives do Inglês, as palavras em inglês são
dadas no início de cada partida e o jogador (aluno) deve
identificar imagens que correspondam a tais palavras,
subindo de nível a cada partida ganha, projetado para é seu poder motivacional", diz Filipe."Queremos
ajudar os jogadores a melhorar seu controle inibitório aproveitar isso", acrescenta ele.
também. Dessa maneira, o aluno aprende inglês de uma
maneira divertida, sente interesse em continuar Para fazer isso, de acordo com Filipe, cientistas do
praticando, além de desenvolver a prática competitiva. cérebro, pesquisadores em educação e desenvolvedores
de aplicativos junto com designers de jogos devem se
"Unir o lúdico pedagógico com a tecnologia passou a ser envolver mais profundamente uns com os outros para
uma necessidade evidente em 2020, quando a pandemia criar jogos atraentes que podem aprimorar as
forçou nossas crianças ao aprendizado à distância", diz habilidades cognitivas enquanto se divertem. Bavelier
Filipe aponta o poder do cérebro das crianças para fazer coisas
como memorizar centenas de personagens Pokémon e
"O jogo faz com que os alunos pratiquem habilidades de seus poderes especiais."Imagine se eles aplicassem essa
funções executivas realmente importantes que algumas obsessão para aprender outros idiomas", diz Filipe.
crianças não desenvolveram totalmente na primeira
infância", diz Filipe. E também:"A troca de tarefas e o Embora essa pesquisa ainda esteja evoluindo, "Nosso
controle inibitório são muito importantes para o sonho é exatamente esse. Que as crianças vão morrer de
aprendizado". vontade de fazer o dever de casa", diz Filipe. E o sonho
de Filipe já está se tornando realidade.
O controle inibitório mantém as crianças em seus
assentos, ajuda-as a se concentrarem na aula e evita Website: http://www.filipelucio.com.br
explosões que distraem a classe inteira. Praticar essa
tarefa enquanto joga um divertido jogo por aplicativo
QUESTÕES:
facilmente disponível gratuitamente em qualquer
smartphone enquanto aprendendo inglês tem um apelo 1) JOGOS ELETRÔNICOS PODEM ENSINAR?
que outras abordagens não têm, sendo um
A. SIM;
desenvolvimento inusitado para o nosso atual mercado
B. NÃO;
de aplicativos, desde de que o mesmo elaborado em
C. TALVEZ;
cores vividas mantém o foco dos pequenos em jogar
D. TODAS ALTERNATIVAS CORRETAS.
enquanto aprendem, sem nem mesmo perceberem.
2) QUAIS HABILIDADES SÃO DESENVOLVIDAS NOS
Os melhores jogos para sala de aula têm certas
JOGOS ELETRÔNICOS?
características, dizem Mayer e Plass. Eles se concentram
A. RESISTÊNCIA;
em uma habilidade cognitiva específica e obrigam os
B. FORÇA;
jogadores a praticar essa habilidade com feedback
C. COORDENAÇÃO;
embutido e capacidade de resposta. O jogo deve ser
D. FLEXIBILIDADE.
adaptativo, o que significa que o nível de desafio
aumenta conforme o jogador melhora. Isso é
3) QUAIS OUTRAS CAPACIDADES SÃO DESENVOLVIDAS
fundamental para salas de aula onde os professores
DENTRO DOS JOGOS?
precisam de um jogo que funcione bem, tanto para
A. MATEMATICOS;
alunos com dificuldades quanto para alunos avançados.
B. LINGUISTICO;
Em consideração a extensas pesquisas de experts como
C. CRIATIVO;
esses foi que Filipe utilizou de suas habilidades técnicas
D. TODAS ALTERNATIVAS CORRETAS.
extraordinárias para criar um jogo o que terá constantes
atualizações, proporcionando que o jogador chegue até
4) QUAIS JOGOS ELETRÔNICOS APRESENTAM
o nível de proficiência fluente do inglês.
AUMENTO DO DESEMPENHO E HABILIDADES NOS
JOGADORES?
Como um dos mais renomados desenvolvedores de
A. JOGOS TABULEIRO;
aplicativos educacionais do país, Filipe busca atrair os
B. JOGOS RPG;
alunos para jogos educacionais da mesma forma que 270
C. JOGOS OLIMPICOS;
milhões de pessoas são levadas a jogar Candy Crush
D. NENHUMA DAS ALTERNATIVAS.
todos os dias."A característica mais marcante dos jogos
1

HISTÓRIA
Atividades Avaliativas 2021: 1ºBimestre
ESTUDANTE: TURMA: EJA ENSINO
MÉDIO 2º ANO
DOCENTE: Ricardo Perez Perez TURNO: ( ) noturno

HABILIDADES OBJETOS DO CONHECIMENTO


(EM13CHS104) O trabalho escravo no Brasil e em Mato Grosso;✓Expansão
Analisar objetos e vestígios da cultura material e e ouro na América portuguesa;✓Os bandeirantes;✓O
imaterial de modo a identificar conhecimentos,
movimento bandeirantista em Mato Grosso;✓Os conflitos
valores, crenças e práticas que caracterizam a
identidade e a diversidade cultural de diferentes entre bandeirantes e indígenas em Mato Grosso;✓O ciclo da
sociedades inseridas no tempo e no espaço. mineração e a constituição da capitania de Mato
Grosso;✓Tratado de Tordesilhas;
(EM13CHS302)
Analisar e avaliar criticamente os impactos
econômicos e socioambientais de cadeias produtivas
ligadas à exploração de recursos naturais e às
atividades agropecuárias em diferentes ambientes e
escalas de análise, considerando o modo de vida das
populações locais – entre elas as indígenas,
quilombolas e demais comunidades tradicionais –,
suas práticas agroextrativistas e o compromisso com
a sustentabilidade.

1- Os bandeirantes: escravidão indígena e exploração do ouro


Na Capitania de São Vicente, no início da colonização, os engenhos de açúcar prosperaram. Entretanto, esse
empreendimento não resistiu perante o polo açucareiro do Nordeste.
Como já dissemos, durante o século XVII, o limite territorial entre Portugal e Espanha, estabelecido pelo Tratado de
Tordesilhas, deixou de fazer sentido. O território português, limitado ao litoral e ao sertão nordestino, foi ampliado
graças a diversos fatores. Veremos abaixo os principais aspectos da expansão territorial.

Bandeirantismo
O bandeirantismo foi o conjunto de ações empreendidas pelos habitantes da Capitania de São Vicente rumo ao interior.
Os bandeirantes eram habitantes da Vila de São Paulo de Piratininga, capital de São Vicente, de onde partiam as
expedições. Desde o início da colonização, essa região era afastada das relações mercantilistas que uniam a Metrópole e a
colônia. Os habitantes da Capitania de São Vicente foram os responsáveis pela exploração do interior do Brasil e
contribuíram de forma decisiva para o crescimento territorial do Brasil.

Diferença entre Entrada e Bandeiras


A principal diferença entre entradas e bandeiras é que as primeiras tinham financiamento público, eram organizadas pelo
governo, geralmente procuravam respeitar os limites do Tratado de Tordesilhas e a maioria das expedições realizadas
partiam da capital do Brasil na época, Salvador, na Bahia ou até mesmo de Pernambuco.
Bandeiras eram expedições particulares e não respeitavam os limites de Tordesilhas, geralmente partiam da Vila de São
Paulo de Piratininga, na Capitania de São Vicente (hoje São Paulo). Mas ambas tinham objetivos semelhantes. As
entradas se preocupavam mais com a prospecção do território e de metais preciosos, já as bandeiras, além disso, se
dedicavam também ao apresamento de índios para escravização.
2

Quadro comparativo:
SEMELHANÇAS
Eram expedições que se dirigiam ao interior do país em busca de fazer o reconhecimento do território e na tentativa de
encontrar metais e pedras preciosas.
DIFERENÇAS
ENTRADAS BANDEIRAS
 Organizadas pelo governo  Iniciativa privada
 Não visavam lucro imediato  Visavam lucro imediato
 Partiam das Capitanias da Bahia e de Pernambuco  Partiam da Capitania de São Vicente
(Vila de São Paulo)
 Prospecção do território e de  Prospecção do território, de metais preciosos e
metais preciosos
apresamento de índios
 Respeitavam os limites de  Não respeitavam os limites de
Tordesilhas Tordesilhas
Tivemos diferentes fases no sistema de bandeirantismo, que foram fundamentais para a definição do espaço territorial
brasileiro, vejamos:

O bandeirantismo prospector
Estas expedições eram realizadas para a busca de metais e pedras preciosas. A busca de ouro era uma preocupação
constante da Coroa portuguesa. Os governadores da metrópole organizaram diversas expedições que foram chamadas
de Entradas. Dentre as várias expedições realizadas em busca de ouro, destacam-se as realizadas por Fernão Dias Paes
Leme, Borba Gato, Garcia Rodrigues Paes e Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera. Essas bandeiras penetraram o
interior da região central do Brasil (Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso). O primeiro achado aurífero ocorreu nas Minas
Gerais, no final do século XVII.
O bandeirantismo apresador
Essas expedições eram empreendidas para aprisionar (alguns autores usam expressões como aprear, apresar ou mesmo
cativar) os indígenas. Estes já habitavam ou fugiram das regiões litorâneas dominadas pelos portugueses. Essas
bandeiras atacavam as aldeias ou as missões (reduções) jesuítas para escravizar os índios. Os indígenas capturados eram
vendidos para as regiões açucareiras, mas eram sobretudo empregados nas plantações dos colonos paulistas. As
bandeiras iniciaram-se ainda no final do século XVI e prosseguiram até meados do século XVII.

Descidas
As descidas eram expedições realizadas pelos jesuítas ao interior do Brasil com o objetivo de convencer os indígenas
“dessa região” a migrarem para regiões próximas das suas missões ou reduções visando facilitar o trabalho de
catequização. As principais missões jesuíticas ficavam no norte e no sul do país.
Como já foi salientado, os principais objetivos das bandeiras eram os metais preciosos e a captura dos indígenas. Os
paulistas dependiam do trabalho dos índios para sustentar sua economia, desvinculada do comércio com a Metrópole.
Sem recursos para empregar a mão-de-obra africana, os habitantes de São Paulo passaram a utilizar sistematicamente o
trabalho escravo do índio em todo tipo de atividade.

Prospector Busca de metais e pedras preciosas


Bandeirantismo
Apresador Aprisionar indígenas
Descidas
Expedições realizadas pelos jesuítas buscando
índios para as suas missões ou reduções

Observando o mapa, vemos que as terras hoje pertencentes ao Estado do Mato Grosso, ainda não faziam parte do Brasil. A linha de
Tordesilhas passava na ilha de Marajó (PA) e saía em Laguna (SC). O processo de colonização do Mato Grosso só irá se iniciar no
século XVIII com a descoberta de ricas jazidas de ouro na região.
3

As primeiras incursões no território do Mato Grosso datam de 1525, quando Pedro Aleixo Garcia vai em direção à
Bolívia, seguindo as águas dos rios Paraná e Paraguai. Posteriormente, portugueses e espanhóis são atraídos à região,
devido aos rumores de que haveria muita riqueza naquelas terras, ainda não devidamente exploradas. Também vieram
jesuítas espanhóis, que criaram Missões entre os rios Paraná e Paraguai, com o objetivo de assegurar os limites de
Portugal, já que as terras estavam nos limites da Espanha.

2. A ESCRAVIDÃO NEGRA EM MATO GROSSO

A data precisa do ingresso de africanos em Mato Grosso é de difícil demarcação. Sabe-se que nos primeiros
tempos da mineração, quando ela ainda se restringia às minas de Cuiabá, o número de escravos já era significativo.
Quando foi instalada – em 1751 - a capital, Vila Bela da Santíssima Trindade, esse número dobrou. Isso deveu-se à
instalação da Companhia de Comérciodo Grão-Pará e Maranhão que, sob os auspícios do Marques de Pombal, manteve
um comércio regular entre a África, o Brasil e Portugal.
O escravo africano constituía-se num símbolo de poder dos colonizadores, assim, muitos elementos vindos da
Europa adquiriam negros africanos para trabalhar na mineração, agricultura e junto aos serviços domésticos. Havia um
pensamento, nos séculos XVIII e XIX, de que o branco colonizador não poderia exercer qualquer atividade braçal,
cabendo aos escravos fazê-lo. Isso foi dominante durante todo o período Colonial e Imperial. Assim, os escravos
simbolizavam o poder e a opulência de um indivíduo. Quanto maior o número deles, mais importante seria o seu
proprietário.
Em Mato Grosso, os negros africanos exerciam atividades diversas, que iam desde os trabalhos de mineração,
passando pelos agrícolas, domésticas, condução de tropas, cargueiros e carretos. Aqueles ligados diretamente ao sistema
produtivo rural, eram chamados de “escravos de eito”, moravamnas fazendas, residindo nas senzalas. Os ligados à
vendada produção dos senhores eram chamados de “escravos de ganho” e residiam nos núcleos urbanos. Os senhores
também alugavam os seus escravos a outros senhores. Por fim, havia os “escravos domésticos”, que se dedicavam
exclusivamente às tarefas das casas dos senhores.

Ligados diretamente ao sistema produtivo rural, moravam


Escravos de eito nas fazendas
Vendiam a produção dos senhores nos núcleos urbanos
Escravos de ganho
4

Dedicavam-se exclusivamente àstarefas domésticas nas casas dos senhores


Escravos domésticos

O tratamento dado ao escravo – considerado uma mercadoria – era revestido de extrema violência, sendo, por
qualquer motivo, espancado. Em caso de reincidência, era amarrado em tronco e açoitado, muitas vezes até a morte. Foi
devido a esses maltratos e ao desrespeito como eram tratados, que surgiram reações, marcadas por assassinatos de
feitores, de trabalhadores livres brancos e até mesmo de senhores.
Outras vezes, devido aos intensos castigos corporais e morais, eles fugiam para locais distantes, onde se
encontravam com seus irmãos de sina, os quilombos. Neles se refugiava uma população variada – negra, índia e branca
pobre – que fugindo da opressão vivida, optavam por viver livremente. A esses fugitivos dava-se o nome de
quilombolas.
Em Mato Grosso, assim como em todo o Brasil, o número de quilombos foi grande. O mais famoso deles foi o
chamado Piolho ou Quariterê, situado na região do rio Guaporé, próximo ao rio Piolho, erguido entre 1770/1771. O
quilombo teve como rei João Piolho, e após a sua morte, ficou sob a comando da viúva, a rainha Tereza de Benguela.
Outro conhecido quilombo foi o de Cansanção, na margem do rio Manso, no sopé da Serra Azul, na estrada de
Paranatinga. Os quilombos foram atacados e combatidos pelos fazendeiros e governantes coloniais. Mesmo assim, a sua
proliferação no território mato- grossense foi uma realidade presente até a Abolição da Escravatura (1888).

3- rainha, seu nome era Tereza, da nação Benguela


Tereza de Benguela é, assim como outras heroínas negras, um dos nomes esquecidos pela historiografia
nacional, que, nos últimos anos, devido ao engajamento do movimento de mulheres negras e à pesquisa ou ao resgate
de documentos até então não devidamente estudados, na busca de recontar a história nacional e multiplicar as narrativas
que revelam a formação sociopolítica brasileira.
O local de nascimento de Tereza de Benguela é desconhecido. Ela pode ter nascido em algum país do continente
africano ou no Brasil, mas sua vida faz parte da história pouco contada do
Brasil.
Tereza viveu no século XVIII e foi casada com José Piolho, que
chefiava o Quilombo do Piolho até ser assassinado por soldados do Estado. O
Quilombo do Piolho também era conhecido como Quilombo do Quariterê (a
atual fronteira entre Mato Grosso e Bolívia). Esse quilombo foi o maior do Mato
Grosso.
Com a morte de José Piolho, Tereza se tornou a líder do quilombo, e, sob sua liderança, a comunidade negra e
indígena resistiu à escravidão por duas décadas.
O Quilombo do Quariterê abrigava mais de 100 pessoas, com destacada presença de negros e indígenas. Tereza
navegava com barcos imponentes pelos rios do pantanal. E todos a chamavam de “Rainha Tereza”.
O Quilombo, território de difícil acesso, foi o ambiente perfeito para Tereza coordenar um forte aparato de
defesa e articular um parlamento para decidir em grupo as ações da comunidade, que vivia do cultivo de algodão, milho,
feijão, mandioca, banana, e da venda dos excedentes produzidos.
Tereza comandou a estrutura política, econômica e administrativa do quilombo, mantendo um sistema de defesa
com armas trocadas com os brancos ou roubadas das vilas próximas. Os objetos de ferro utilizados contra a comunidade
negra que lá se refugiava eram transformados em instrumentos de trabalho, visto que dominavam o uso da forja.
“Governava esse quilombo a modo de parlamento, tendo para o conselho uma casa destinada, para a qual, em
dias assinalados de todas as semanas, entrava os deputados, sendo o de maior autoridade, tipo por conselheiro, José
Piolho, escravo da herança do defunto Antônio Pacheco de Morais, Isso faziam, tanto que eram chamados pela rainha,
que era a que presidia e que naquele negral Senado se assentava, e se executava à risca, sem apelação nem agravo.” -
Anal de Vila Bela do ano de 1770
Não se tem registros de como Tereza morreu. Uma versão é que ela se suicidou depois de ser capturada por
bandeirantes a mando da capitania do Mato Grosso, por volta de 1770, e outra afirma que Tereza foi assassinada e teve
a cabeça exposta no centro do Quilombo.
5

O Quilombo resistiu até 1770, quando foi destruído pelas forças de Luís Pinto de Sousa Coutinho. A população na época
era de 79 negros e 30 índios.
Em homenagem a Tereza de Benguela, o dia 25 de julho é oficialmente no Brasil o Dia Nacional de Tereza de
Benguela e da Mulher Negra. A data comemorativa foi instituída pela Lei n° 12.987/2014.
Além da data comemorativa, a rainha Tereza foi homenageada nos versos da escola de samba Unidos do
Viradouro, com o enredo da agremiação de 1994, cujo título é ‘Tereza de Benguela – Uma Rainha Negra no Pantanal’.

4- A RESISTÊNCIA INDÍGENA
Os índios foram os habitantes originais do território mato-grossense. Muito antes da chegada dos europeus, a
região já era habitada por diversos povos indígenas, entre eles os Paiaguá, Guaicurus, Bororo, Paresi, Apiacá, Cayapó,
Coxiponés e Kaiowá.
A relação entre índios e colonizadores foi geralmente conflituosa e marcada pela violência. Algumas nações
indígenas que habitavam a periferia da capitania estabeleceram relações de escambo com o colonizador português.
Governos da Capitania de Mato Grosso utilizaram índios capturados na defesa da fronteira, na construção de fortes,
fortalezas e em outras atividades militares.
Algumas etnias efetuaram uma tenaz resistência ao avanço do colonizador em seu território. Os índios Paiaguá,
por exemplo, foram os primeiros a atacar as monções e o faziam quando as embarcações transitavam pelos rios.
Conhecidos como exímios canoeiros, sulcavam as correntezas com grande agilidade e destreza. A tática utilizada tinha
por base o fator surpresa: como exímios nadadores, viravam as canoas de cabeça para baixo e mantinham-se escondidos
sob elas. No momento em que se aproximavam
do alvo a ser atingido, desviravam as
embarcações e com rapidez, nelas subiam já
armados de arcos, lanchas e flechas. Emitindo
sonoros urros, lançavam-se sobre o inimigo,
surpreendentemente. Os Guaicurus, por sua vez,
ficaram conhecidos como cavaleiros, uma vez
que se utilizavam, com destreza e agilidade, da
arte hípica. Montados a pelo, debruçavam-se no
dorso do cavalo parecendo, a quem observava de
longe, tratar-se de uma correria de animais, sem
cavaleiro. No momento em que atingiam o ponto
a ser atacado, montavamrapidamente nos cavalos,
já armados de lanças e, urrando, desfechavam o
ataque.
Para garantir a dominação do território e
o avanço da colonização, o governo passou a
organizar expedições militares para reprimir essas nações indígenas. Por meio das Cartas Régias, a Coroa Portuguesa
permitia que os colonizadores estabelecessem em casos específicos a chamada "guerra justa" contra os índios. A "guerra
justa" foi altamente prejudicial aos índios pois dezenas de nações indígenas perderam seus territórios, foram
escravizadas ou completamente dizimadas.
Índios Guaicurus - Tela de Jean Baptiste Debret (1834
6

Os Tratados de Fronteira entre Portugal e Espanha

As fronteiras do Período Colonial não se restringiam a


meros marcos geográficos, mas correspondiam aos limites
fixados pela movimentação dos homens no território.
Assim foi o processo de colonização do Centro-Oeste que
demarcou, a partir de 1750, as terras que pertenciam ao rei de
Portugal e aquelas que correspondiam ao da Espanha. O tratado
de Tordesilhas já fora rompido, pois o avanço lusitano para o
Oeste estabelecera uma outra fronteira que o Tratado de
Madri sacramentou. Assinado em 13 de janeiro de 1750, na
cidade espanhola de Madri, tinha como princípio básico o uti
possidetis, ou seja, "como possuis, continuais possuindo".

“Uti Possidetis” no Tratado de Madri (1750) – Cada parte ficaria com o que atualmente
possuísse, salvo o caso das cessões mútuas.
Pelo tratado, Portugal cedia à Espanha a Colônia do Sacramento (atual Uruguai) e as suas pretensões ao estuário
do Prata, e em contrapartida receberia o atual Estado do Rio Grande do Sul, partes de Santa Catarina e Paraná (território
das missões jesuíticas espanholas), o atual Mato Grosso do Sul, a imensa zona compreendida entre o Alto-Paraguai, o
Guaporé e o Madeira de um lado e o Tapajós e Tocantins do outro, regiões estas desabitadas e que não pertenceriam aos
portugueses se não fossem as negociações do tratado.
O Tratado de Madri abandonou as decisões tomadas arbitrariamente nas
cortes europeias por uma visão mais racional das fronteiras, marcadas pelos acidentes naturais do terreno e a
posse efetiva da terra. Entretanto, o tratado logo fez inimigos: os jesuítas espanhóis e os índios guaranis, guardando
antigos rancores dos bandeirantes protestaram contra a transferência dessa região para os domínios portugueses. Por outro
lado, o novo mandatário de Portugal, o Marquês de Pombal e os colonos portugueses não queriam entregar a Colônia
do Sacramento aos espanhóis. Um novo acordo — o Tratado de El Pardo — firmado em 12 de fevereiro de 1761,
anulou o de Madrid.
O Tratado de Santo Ildefonso, de 1778, praticamente revalidou o Tratado de Madrid. O acordo definiu que a
Colônia de Sacramento, atualmente na região do Uruguai, e a região dos Sete Povos das Missões, atualmente na área
oeste do estado do Rio Grande do Sul, ficariam de posse da Espanha. Portugal exerceria posse sobre a margem esquerda
do rio da Prata e novamente sobre a ilha de Santa Catarina, que tinha sido ocupada pelos espanhóis pouco tempo antes.
Quanto ao Mato Grosso, as fronteiras definidas no Tratado de Madri, foram retomadas sem alterações pelo Tratado de
Santo Ildefonso.
O resultado final desses tratados e de outros que viriam foi fruto da colonização portuguesa desde o século XVI
até o XIXque aopenetrar oterritório, seja por motivos econômicos (mineração, pecuária e coleta de produtos da floresta)
ou religiosos (missões religiosas), expandiu os domínios portugueses de norte a sul e pelo uti possidetis adquiriu terras
que antes não lhes pertenciam.
Para a historiografia brasileira, o Tratado de Madri representa a base histórico-jurídica da formação territorial
do país, por ser o primeiro documento a definir com precisão suas fronteiras naturais.

5- A fundação de Cuiabá: Tensões políticas entre os fundadores e a administração colonial


O primeiro bandeirante a dar notícia sobre a região do Mato Grosso, foi Antônio Pires de Campos, que, em
1718, explorou o ribeirão Mutuca e o rio Coxipó, até o encontro com o rio Cuiabá. Pires de Campos não encontrou ouro,
somente índios.
A bandeira de Pascoal Moreira Cabral subiu o rio Coxipó-Mirim, em 1718, para capturar índios Coxiponés.
Travaram violento combate com esses índios e foram socorridos pela bandeira dos irmãos Antunes Maciel. Pascoal
Moreira Cabral resolveu seguir para o Arraial de São Gonçalo Velho, ou Aldeia Velha, onde havia deixado alguns
homens acampados. Após uma dasrefeições, quando alguns dos integrantes da bandeira lavavam pratos no rio,
encontraram pepitas de ouro. Estavam descobertas as minas em território mato-grossense, no ano de 1719.
Pascoal Moreira Cabral foi aclamado pelos mineiros como Guarda-Mor, com as funções de organizar o
7

primeiro arraial, cobrar impostos em nome da Coroa portuguesa e estabelecer a justiça. Ou seja, comandava as funções
administrativas e fiscais. Em 8 de abril de 1719, Pascoal assinou a ata da fundação de Cuiabá no local conhecido
como Forquilha, às margens do Coxipó, de forma a garantir os direitos pela descoberta à Capitania de São Paulo e Minas
do Ouro. No entanto, a sua nomeação oficial, dada pelo Capitão-General da Capitania de São Paulo, só ocorreu em 26 de
abril de 1723.
Outro bandeirante, Miguel Sutil, fez uma grande descoberta de ouro em 1722. Ele havia construído sua casa
às margens do rio Cuiabá. Certo dia, em sua casa faltou açúcar, de forma que, pediu aos índios que lhe trouxessem mel,
esses lhe trouxeram ouro. Eis que havia sido encontrada uma das maiores jazidas auríferas do Brasil.
Com a descoberta das novas jazidas, a povoação inicial do Arraial da Forquilha foi se mudando gradativamente
para a região do rio Cuiabá. A partir do córrego da Prainha, onde estavam as lavras do Sutil, uma cidade começoua se
constituir, rumo ao porto.
Com a exploração do ouro, o arraial de Cuiabá cresceu com a construção de casas, igrejas e atividades
comerciais. A grande maioria dos habitantes do arraial se dedicava à mineração. Os produtos agrícolas de primeira
necessidade, tais como arroz, feijão, mandioca, farinha de mandioca, milho, açúcar e cachaça eram fornecidos por duas
localidades próximas a Cuiabá: Rio Abaixo (atual Santo Antônio de Leverger) e Serra Acima (atual Chapada dos
Guimarães).
Todos os demais gêneros e produtos de que necessitavam provinham de São Paulo. De lá chegavam roupas,
bebidas, medicamentos, ferramentas de trabalho, alimentos variados, dentre os quais, destacava-se o sal, produto
indispensável ao bem-estar da população do arraial.
Desenvolveu-se um sistema abastecedor e de transporte de pessoas, implementado quase que exclusivamente
por meio dos rios, denominado de
monções. Alguns trechos
percorridos por terra, entre as
cabeceiras dos rios navegados,
eram denominados de
varadouros. As canoas e as
bagagens eram carregadas no
ombro dos índios ou dos
africanos. O abastecimento
hidroviário era feito duas vezes
ao ano e a viagem demorava,
aproximadamente, de 4 a 6
meses, dependendo do volume de
água dos rios.
No mapa a seguir, podemos ver os
trechos de monções do sul. No
primeiro trecho fluvial o
varadouro se localizava em
Camapuã. No segundo trecho, em
Campos de Vacaria.
As minas de Cuiabá distanciavam-se da Vila de São Paulo de Piratininga, sede da Capitania de São Paulo, a
qual pertenciam. O acesso a legislaçãorégia, a fiscalização na extração do ouro, a entrada de mercadorias e a saída do
ouro estavam o controle dos próprios descobridores – os bandeirantes.
Com o objetivo de estender a administração portuguesa até as minas cuiabanas, o governador da capitania,
Rodrigo Moreira César de Menezes instalou-se em Cuiabá, entre novembro de 1726 ao primeiro semestre de 1728.
Em 1º de janeiro de 1727, elevou Cuiabá a categoria de vila, intitulando-a Vila Real do Senhor Bom Jesus
de Cuiabá.
Antes de instalar-se em Cuiabá, Rodrigo Moreira César de Menezes precisou enfrentar os irmãos João e
Lourenço Leme, opulentos comerciantes e mineradores, que exerciamumextremocontrole nasminasdaregiãode Cuiabá.
Os dois foram presos e mortos.
Uma das primeiras medidas de Rodrigo César em Cuiabá foi o aumento de impostos, o que afugentou muitos moradores
da vila. O governador tratou de garantir a reprodução do modelo colonial em Cuiabá, com as seguintes medidas:
 Determinou que os impostos sobre o ouro não mais fossem cobrados por
 capitação, instituindo o quinto.
 Ordenou que todo o ouro retirado das minas de Cuiabá deveria ser quintado junto à Casa de Fundição de São
Paulo.
 Criou os postos de Provedor da Fazenda Real e Provedor dos Quintos, para cuidar das finanças.
8

 Criou o cargo de Ouvidor Geral das minas de Cuiabá, para cuidar daJustiça.
 Outra medida implementada foi a regularização da questão das terras, com as primeiras doações de cartas de
sesmarias. As sesmarias eram extensões de terras doadas pelo rei, por meio dos capitães-generais, aos colonos
que tivessem requeridos, através de ofício, uma determinada porção de terra, a que chamavam “data”.

O quinto nada mais era do que um imposto cobrado pela coroa portuguesa e correspondia
a 20% ou 1/5 de todo ouro encontrado na colônia. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição,
para onde todo o ouro extraído deveria ser levado, derretido e colocado em formas denominadas
quinteiros. No fundo da forma havia uma espécie de brasão real que ficava impresso na barrinha de
ouro depois de solidificada. O ouro quintado era devolvido depois de descontada a parte devida à
Real Fazenda.
Na capitação, era a quantidade de escravos matriculados que determinava o quanto o
mineiro iria pagar em ouro para a Coroa. Esse tipo de imposto, visava mais ao combate à
sonegação, pois partia-se da ideia que era mais difícil ao minerador esconder o escravo que o ouro
extraído. A injustiça dessa forma de cobrança reside no fato de o imposto desconsiderar as diferenças
de rendimento de cada escravo, em função da maior ou menor riqueza das várias minas e datas.

6- A fundação de Vila Bela da Santíssima Trindade e a criação da Capitania de Mato Grosso


Em função da distância das minas do extremo Oeste da Capitania de São Paulo, a Coroa portuguesa resolveu
criar uma nova capitania: a de Mato Grosso. Através da Carta Régia de 9 de março de 1748, foi nomeado para governá-
la Dom Antônio Rolim de Moura.
O governador recebeu uma série de instruções da Coroa portuguesa, como orientações no encaminhamento das questões
regionais, sendo as principais:
 Fundar a capital da nova Capitania no vale do rio Guaporé.
 Na capital da nova Capitania, construir a residência oficial doscapitães-generais.
 Fundar uma aldeia jesuítica para os índios mansos na Chapada dos Guimarães.
 Incentivar a criação de gado (bovino e equino).
 Conceder privilégios e isenção de impostos àqueles que desejassem residir nas imediações da nova
capital.
 Agir com muita diplomacia nas questões de fronteira, evitando oconflito armado com os espanhóis.
 Tomar cuidado com os ataques dos índios bravios, especialmente osPaiaguá e Guaicuru.
 Proibir a extração e comercialização de diamantes.
 Incentivar a pesca no rio Guaporé.
 Informar sobre a viabilidade de comunicação fluvial com a Capitania do Grão-Pará.
A Coroa portuguesa tinha receio de perder territórios recém conquistados no extremo oeste da colônia, que,
pelo Tratado de Tordesilhas não pertenciam a Portugal. Por outro lado, já havia sido assinado, pelos reis de Portugal e
Espanha, o Tratado de Madri (1750). Por ele, as terras ocupadas até então seriam respeitadas, legitimando-se as
conquistas efetivadas pelos lusitanos.Eis o motivo da Coroa portuguesa determinar a fundação de uma nova capital, no
vale do rio Guaporé.
Em 1752, Rolim de Moura, fundou Vila Bela da Santíssima Trindade,a primeira capital mato-grossense,
nas margens do rio Guaporé. A decisão de estabelecer a capital no alto rio Guaporé contou, dentre muitos problemas,
com o do abastecimento, pois as monções cuiabanas (Tietê-Cuiabá) encontravam dificuldades em levar os produtos até
a capital, devido ao acidentado trajeto que se entrepunha entre as duas vilas. Como solução para o problema, Portugal
criou a Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, interligando Belém do Pará à Vila Bela da Santíssima
Trindade, através dos rios Amazonas, Madeira e Guaporé. Por essa via fluvial, tornava-se mais fácil o contato direto
com Portugal, pois, de Belém rumava-se ao Oceano Atlântico e, dele à Europa. Por essa Companhia, chegaram a Vila
Bela produtos alimentícios, vestimentas, ferramentas, escravos, medicamentos, enfim, tudo de que necessitavam os seus
moradores.
9

No retorno, essa empresa levava algum ouro,


extraído das minas da região, e muita dívida, pois
os comerciantes e colonos guaporeanos, devido à
precoce decadência da mineração, terminaram
endividando-se, o que levou a Companhia à
extinção, após alguns poucos anos de atuação.
Mapa 4: Roteiro das mações do norte

DESAFIOS – HISTÓRIA – 2º ano ensino médio


1) Analise as colunas abaixo referentes às fiscalizações das atividades mineradoras no Brasil Colônia.

I - quinto a) quantia anual fixa de cerca de 30


arrobas. Indique a opção que assinala corretamente a correlação entre
II - finta b)cobrança dos impostos as duas colunas, a da esquerda, que indica o nome dos
em atraso ou de um impostos, e a da direita, que define cada um desses impostos.
imposto extraordinário.
III- sistema de c) taxa de 20% cobrada sobre o total A) I-d; II-c III-b; IV-a.
capitação minerado de ouro, prata e diamantes
B) I-d; II-a; III-b; IV-c.
IV - derrama d) cobrança que incidia sobre cada um C) I-c; II-a; III-d; IV-b.
dos escravos que era propriedade do
minerador D) I-b; II-a; III-d; IV-c

2) Sobre a fiscalização realizada pela Coroa portuguesa na zona mineradora de sua colônia brasileira são feitas as
seguintes afirmações:
I - A partir do momento em que os portugueses souberam da descoberta do ouro em terras brasileiras, a necessidade de
controle sobre a exploração das jazidas aumentou substancialmente.
II - A pressão exercida pelos portugueses junto aos mineradores motivou uma série de conflitos entre os colonos e as
autoridades metropolitanas. A escassez de metais e pedras foi sistematicamente respondida com o enrijecimento da
fiscalização lusitana.
III - Em 1702, a metrópole oficializou a criação da Intendência das Minas, órgão que deveria administrar as regiões
auríferas, respondendo pelo policiamento, a cobrança de impostos e julgamento dos crimes ocorridos nessas localidades.
Assinale a opção CORRETA:
a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
10

d) se todas as afirmativas estiverem corretas.


e) se nenhuma das afirmativas estiver correta.

3) Leia o trecho do documento abaixo:


“[...] Senhor. Sendo como é a obrigação a primeira virtude, porque importa pouco zelar cada um o seu
patrimônio, e descuidar-se da utilidade alheia quando lhe está recomendada, se nos faz preciso
representar a Vossa Majestade a opressão universal dos moradores destas Minas involuta no arbítrio
atual de se cobrarem os [impostos] de Vossa Majestade devidos, podendo ser pagos com alguma
suavidade de outra forma sem diminuição do que por direito está Vossa Majestade recebendo, na
consideração de que sejam lícitos os fins se devem abraçar os meios mais toleráveis...” (Representação
do Senado da Câmara de Vila Rica/ ao Rei de Portugal, 26 de dezembro de 1742).
Nesse trecho, os oficiais da Câmara de Vila Rica estão-se referindo à cobrança do:
a) dízimo eclesiástico, imposto que incidia sobre os diamantes extraídos no Distrito Diamantino.
b) foro enfitêutico, tributo cobrado proporcionalmente à extensão das sesmarias dos mineradores.
c) quinto do ouro, imposto cobrado por meio da capitação, que taxava também outras atividades econômicas.
d) subsídio voluntário, destinado a cobrir as despesas pessoais do Rei de Portugal.
e) E)imposto que taxava os produtos importados da França

4) (Fatec) Podemos dizer que a economia mineradora do século XVIII, no Brasil: Marque a opção correta:
a) era escravocrata, rigidamente estratificada do ponto de vista social e tinha em seu topo uma classe proprietária
bastante dependente do capital holandês.
b) baseava-se na grande propriedade e na produção para exportação; estimulou o aparecimento das primeiras
estradas de ferro e gerou a acumulação de capital posteriormente aplicado em indústrias.
c) era voltada principalmente para as necessidades do mercado interno; utilizava o trabalho escravo e o livre;
difundiu a pequena propriedade fundiária nas regiões interioranas do Brasil.
d) estimulou o aparecimento de cidades e da classe média; estruturava-se na base do trabalho livre do colono
imigrante e da pequena propriedade.
e) era rigidamente controlada pelo estado; empregava o trabalho escravo, mas permitia também o aparecimento de
pequenos proprietários e trabalhadores independentes; acabou favorecendo, indiretamente, a acumulação
capitalista que deu origem à Revolução Industrial inglesa.

5) (Fuvest) Podemos afirmar sobre o período da mineração no Brasil que:


a) atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil aventureiros de toda espécie, que inviabilizaram a mineração.
b) a exploração das minas de ouro só trouxe benefícios para Portugal.
c) a mineração deu origem a uma classe média urbana que teve papel decisivo na independência do Brasil.
d) o ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que financiou sua exploração.
e) a mineração contribuiu para interligar as várias regiões do Brasil, e foi fator de diferenciação da sociedade.

6) No Brasil colonial, bem como na província de Mato Grosso a escravidão caracterizou-se essencialmente
(adapt.Fuvest):
a) por sua vinculação exclusiva ao sistema agrário exportador;
b) pelo incentivo da Igreja e da Coroa à escravidão de índios e negros;
c) por estar amplamente distribuída entre a população livre, constituindo a base econômica da sociedade;
d) por destinar os trabalhos mais penosos aos negros e mais leves aos índios;
e) por impedir a emigração em massa de trabalhadores livres para o Brasil.

7) – “Quando os portugueses começaram a povoar a terra, havia muitos destes índios pela costa junto das Capitanias.
Porque os índios se levantaram contra os portugueses, os governadores e capitães os destruíram pouco a pouco, e
mataram muitos deles. Outros fugiram para o sertão, e assim ficou a costa despovoada de gentio ao longo das Capitanias.
Junto delas ficaram alguns índios em aldeias que são de paz e amigos dos portugueses”. – (Adap. Unicamp-2013). (Pero
de Magalhães Gandavo, Tratado da Terra do Brasil, em http://www.cce.ufsc.br/~nupill/literatura/ganda1.html.
Acessado em 20/08/2012.)
Conforme o relato de Pero de Gandavo, escrito por volta de 1570, naquela época,
11

a) as aldeias de paz eram aquelas em que a catequese jesuítica permitia o sincretismo religioso como forma de
solucionar os conflitos entre indígenas e portugueses.
b) a violência contra os indígenas foi exercida com o intuito de desocupar o litoral e facilitar a circulação do ouro
entre as minas e os portos.
c) a fuga dos indígenas para o interior era uma reação às perseguições feitas pelos portugueses e ocasionou o
esvaziamento da costa.
d) houve resistência dos indígenas à presença portuguesa de forma semelhante às descritas por Pero Vaz de Caminha,
em 1500.

8) A presença de escravos africanos, em Mato Grosso, é decorrente do desenvolvimento da mineração, a partir da


primeira metade do século XVIII. Desde o começo, a escravidão foi acompanhada por diversas modalidades de
resistência ao trabalho compulsório, entre as quais a fuga e a organização de quilombos.
Assinale a opção que indica os dois quilombos mato-grossenses mais importantes dos séculos XVIII e XIX.
a) Piolho e Carucango.
b) QuariterÍ e Rio Manso.
c) Palmares e Piolho.
d) Carucango e QuariterÍ.
e) Aldeia da Carlota e Palmares.
9) Com relação a Tereza de Benguela, personagem histórico que inspirou a Lei nº 12.987/2014, assinale V para a
afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Tereza de Benguela governava o Quilombo do Quariterê, tendo liderado a vitória definitiva contra as tropas
metropolitanas e coloniais, na década de 1770.
( ) Tereza de Benguela liderava um quilombo considerado o maior e mais significativo da região de Vila Bela, por sua
organização social e fartura de roças, congregando escravos fugidos, pretos livres e índios.
( ) Tereza de Benguela foi uma liderança quilombola que atuou na segunda metade do século XVIII, comandando a
estrutura política, econômica e administrativa do Quilombo do Quariterê.
As afirmativas são, respectivamente,

A) F, V e F.
B) F, V e V.
C) V, F e F.
D) V, V e F.
E) F, F e V.

10) Em meio às discussões entre Portugal e Espanha sobre os contornos de suas respectivas possessões, revisando o
Tratado de Tordesilhas de 1494, a Coroa portuguesa fundou a capitania de Mato Grosso com o objetivo de

A) deter o avanço das missões jesuíticas espanholas que tentavam se estabelecer na margem direita do rio
Guaporé.
B) povoar o sertão brasileiro com imigrantes portugueses que fugiam da pobreza depois do incêndio de Lisboa.
C) controlar a atuação dos bandeirantes, cujas expedições privadas ameaçavam a autoridade da Coroa.
D) fortalecer o regime do Padroado, através do incentivo à presença de várias ordens regulares na região.
E) anexar as minas de Potosí no Peru, mediante conquista militar que partiria do Forte de Coimbra construído
para esse fim.

11) Mato Grosso também conheceu a escravidão africana. O uso dessa mão de obra era símbolo de poder em todo o
Império. Sobre a presença dos negros escravizados em Mato Grosso, assinale a afirmativa correta.
12

A) Em razão do alto custo dos escravos africanos e do baixo poder econômico de Mato Grosso, foram raros os
registros de posse dessa mão de obra.
B) Em Mato Grosso, o uso dos “negros da terra” restringiu o interesse pelo uso da mão de obra africana às
atividades de ganho.
C) A mão de obra africana em Mato Grosso, dado o seu alto custo, foi utilizada exclusivamente nas plantações de
cana dos grandes engenhos.
D) A sociedade mato-grossense conheceu escravos do eito, de ganho e domésticos, como era comum em todo o
Império

12) (CESPE/ SEFAZ MT/2004) Pelo Tratado de Tordesilhas, assinado entre Portugal e Espanha em 1494, o atual estado
de Mato Grosso, assim como praticamente todo o Centro-Oeste e o Norte do país, pertencia ao reino espanhol. Entre os
séculos XVII e XVIII, a região foi invadida por exploradores, em larga medida oriundos de São Paulo. Em meados do
século XVIII, foi criada a capitania de Mato Grosso, com sede em Vila Bela, depois substituída pela vila de Cuiabá.
Pouco tempo depois, oficializou-se a incorporação do território ao Brasil, colônia portuguesa. O século XIX assistiu ao
esvaziamento da região, o que implicou seu crescente isolamento em relação ao restante do país. Esse isolamento é
gradativamente superado ao longo do período republicano. Considerando essas informações, além de aspectos
marcantes da economia contemporânea, julgue os itens subsequentes.
O bandeirismo e a descoberta de ouro na área central do Brasil foram os principais responsáveis pela chegada dos
exploradores ao território do atual estado de Mato Grosso, no período colonial brasileiro.
A dissertativa está:

A) Correta B) Errada

13) (Adap. UNEMAT/SAD MT/2009) Os bandeirantes paulistas conquistaram e povoaram o território de Mato Grosso:
a) no século XV.
b) entre 1492 e 1718.
c) entre 1492 e 1790.
d) entre 1673 e 1682.
e) no final do século XX.

Apostila elaborada com o material dos sites a seguir: Material extraído do site
http://www.aprendizagemconectada.mt.gov.br/ visitado 31/08/2020 Material extraído do site:
https://www.estrategiaconcursos.com.br/ visitado 31/08/2020 Material extraído do site:
https://beduka.com/blog/materias/historia/mineracao-no-brasil-colonial/ visitado 31/08/2020 Material extraído do site:
https://www.infoescola.com/historia/ciclo-da-mineracao-no-brasil/ visitado 31/08/2020 Material extraído do site:
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/mineracao-no-brasil- colonial.htm visitado 31/08/2020 Material extraído do
site: https://blogdoenem.com.br/mineracao-brasil-colonial-historia-enem/ visitado 31/08/2020 Material extraído do
site: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/ciclo-do-ouro
ESCOLA ESTADUAL
EDELI MANTOVANI

GEOGRAFIA
EJA EM 2º ANOS
Códigos das Habilidades Objetos de Conhecimentos

(EM13CHS101) Sociedade e paisagens naturais:


(EM13CHS102
(EM13CHS103) Dinâmica climática;
(EM13CHS501) Formações vegetais e Domínios
Morfoclimáticos;
Recursos Naturais;
Fontes de Energia.

Nome do Professor: MARIA APARECIDA ROSA DO NASCIMENTO


Nome do estudante:
Período: ( ) vespertino ()matutino (X ) Noturno Turma: B

PAISAGENS NATURAIS
O termo Paisagem é um conceito chave na ciência geográfica. Essa expressão, em resumo, faz
referência a tudo aquilo que o indivíduo abstrai do espaço a partir dos seus sentidos (visão, audição,
tato, olfato e paladar), o que torna esse termo uma relação entre o ser humano e a sua formação de
apropriação material e intelectual sobre o meio.
A expressão paisagem natural, nesse contexto, insere-se como uma tipificação criada em
oposição à paisagem cultural ou geográfica, que é aquela produzida ou transformada pelas atividades
antrópicas. Portanto, entende-se por paisagens naturais aqueles espaços que ainda não foram
humanizados ou que pouco receberam a interferência das atividades baseadas no emprego das técnicas,
principais elementos produtores e transformadores do espaço geográfico.
A compreensão dos elementos da natureza, bem como a sua localização e distribuição espacial
pelos diferentes lugares, é importante no sentido de auxiliar no esclarecimento de seus efeitos sobre a
sociedade e suas práticas. Nesse sentido, torna-se importante avaliar não tão somente as paisagens e
os lugares em si, mas também as relações e as técnicas necessárias para a sua utilização e preserva ocê
poderá conferir, na presente seção, textos relacionados com os diferentes domínios morfoclimáticos e
biomas – como a Amazônia, o Cerrado, a Mata Atlântica, o Pantanal, as Savanas, a Tundra, entre
outros –, além de inúmeros fenômenos e elementos naturais, como os desertos, mares e outros locais
e paisagens naturais existentes em nosso planeta. (Por Rodolfo Alves Pena-Graduado em Geografia)
(https://brasilescola.uol.com.br/geografia/paisagens-naturais.htm)

CLIMAS DO BRASIL

Clima corresponde ao conjunto de variações do tempo de uma determinada localidade. Para


estabelecer o clima de um lugar é necessário analisar os fenômenos atmosféricos durante um período
de, aproximadamente, 30 anos. O clima está diretamente relacionado à formação vegetal.
No território brasileiro ocorre uma grande diversidade climática, pois o país apresenta grande extensão
territorial com diferenças de relevo, altitude e dinâmica das massas de ar e das correntes marítimas,
todos esses fatores influenciam no clima de uma região.
A maior parte da área do Brasil está localizada na Zona Intertropical, ou seja, nas zonas de baixas
latitudes, com climas quentes e úmidos. Outro fator interessante do clima brasileiro refere-se à
amplitude térmica (diferença entre as médias anuais de temperatura máximas e mínimas), conforme se
aproxima da linha do Equador, a amplitude térmica é menor.
O critério utilizado no Brasil para classificar os diferentes tipos de clima relaciona-se à origem,
natureza e, principalmente, movimentação das massas de ar existentes no país (equatoriais,tropicais e
polares).
A classificação de Wilhelm Köppen, a
mais aceita, estuda separadamente
os elementos do clima. Ela baseia-se,
predominantemente, na temperatura,
nas precipitações e na distribuição dos
valores destes dois elementos do clima
durante as estações do ano.
(https://www.coladaweb.com/geografia
-do-brasil/climas-do-brasil-2)

Equatorial – Presente na Amazônia, ao norte de Mato Grosso e a oeste do Maranhão, sofre


ação direta das massas de ar equatorial continental e equatorial atlântica, de ar quente e úmido.
Tropical – Clima do Brasil central, também presente na porção oriental do Maranhão, extensa
parte do território do Piauí, na porção ocidental da Bahia e de Minas Gerais, além de ser encontrado
também no extremo norte do país, em Roraima. A estação de chuva ocorre no verão; no inverno ocorre
a redução da umidade relativa em razão do período da estação seca.
Tropical de Altitude – É encontrado nas partes mais elevadas, acima de 800 metros, do
planalto Atlântico do Sudeste. Abrange principalmente os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de
Janeiro e Espírito Santo. Está sob influência da massa de ar tropical atlântica, que provoca chuvas no
período do verão.
Tropical Atlântico – Conhecido também como tropical úmido, compreende a faixa litorânea
do Rio Grande do Norte ao Paraná. Sofre a ação direta da massa tropical atlântica, que, por ser quente
e úmida, provoca chuvas intensas no Nordeste, a maior concentração de chuva ocorre no inverno, já
no Sudeste, ocorre no verão.
Subtropical – Ocorre nas latitudes abaixo do trópico de Capricórnio. Está presente no sul do
estado de São Paulo e na maior parte do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. É influenciado
pela massa polar atlântica.As chuvas não são muito intensas, porém, ocorrem de forma bem distribuída
na região. Nessa região climática do Brasil são comuns as geadas e nevadas.
Semiárido – Ocorre no interior do Nordeste, na região conhecida como Polígono das Secas.
Corresponde a quase todo o sertão nordestino e aos vales médio e inferior do rio São Francisco.

(Wagner de Cerqueira - Graduado em Geografia)


Mapa das Regiões climáticas
do Brasil

FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. "Climas do Brasil "; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/os-climas-brasil.htm. Acesso em 20 de agosto de 2020

EXERCÍCIOS

1 - Em relação aos tipos climáticos encontrados no Brasil, a afirmação errada é:

A) O clima equatorial apresenta elevados índices pluviométricos e temperaturas médias acima de 22


°C.
B) O clima da costa oriental do Nordeste apresenta chuvas mais abundantes nos meses de inverno.
C) O clima tropical com chuvas de verão e invernos secos ocorre em grande parte do território
brasileiro.
D) O clima subtropical apresenta pequenas amplitudes térmicas e chuvas concentradas no verão.
E) O clima semiárido apresenta baixos índices pluviométricos e grande irregularidade na distribuição
das chuvas.

2- Fale com suas palavras o que você entende por paisagens naturais e cite tipos de climas
predominante no Brasil.

_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

ALMEIDA, Regis Rodrigues de. "Domínios Morfoclimáticos"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/dominios-morfoclimaticos.htm. Acesso em 20 de agosto de
2020.

FREITAS, Eduardo de. "Os recursos naturais "; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/os-recursos-naturais.htm. Acesso em 20 de agosto de
2020.
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/espaco-geografico-a-paisagem-construida-pela-
sociedade.htm

DESAFIO

1 - Sabendo que a Paisagem Geográfica é definida pela Geografia como o domínio do visível e que ela
é formada por elementos naturais e culturais, descreva quais são os elementos naturais e culturais vistos
nesta paisagem:

______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
__

2 - Complete com Paisagem Natural ou Paisagem Humanizada:


a) As paisagens que nela predominam aspectos originais da natureza são chamadas de
_____________________.
b) As paisagens que possuem elementos transformados pelo homem através de seu trabalho são
chamadas de _________________________.
c) As _________________________ são consideradas intocadas pelo homem. d) As
_________________________ apresentam presença humana.
e) As _______________________ também são chamadas de paisagens artificiais ou culturais.

3 - Preencha as lacunas do texto a seguir sobre a Geografia com as respectivas palavras-chave:


Homem – Lugar – Paisagem – Identidade – Espaço – Terra – Natureza
A Geografia é uma ciência que possui o ____________ como objeto de seu estudo. Este espaço é fruto
da inter-relação entre homem e _______________. A ______________ é a forma e a função do espaço
que vemos e percebemos num determinado momento. Atualmente não existem lugares da superfície
da ______________ que o ________________ não tenha explorado. Todos vivemos em um
determinado _____________, onde há a possibilidade de existir as relações sociais. Cada um desses
lugares é formado pela ______________ das pessoas que vivem naquele espaço, interagindo e se
relacionando para que a vida possa acontecer.

_____________________________________xxx_________________________________________
SOCIOLOGIA

2º ANO ENSINO EJA

ATIVIDADES ESCOLARES: 1º BIMESTRE 2021

HABILIDADES OBJETOS DO CONHECIMENTO

EM13CHS403 Caracterizar e analisar os  Fundamentos da Ciência Política;


impactos das transformações tecnológicas nas  O capitalismo e a formação do pensamento
relações sociais e de trabalho próprias da clássico,
contemporaneidade, promovendo ações  Coesão e Fato Social;
voltadas à superação das desigualdades  Fundamentos Sociológicos – Estruturais e
sociais, da opressão e da violação dos Direitos Conjunturais.
Humanos.

EM13CHS103 Elaborar hipóteses, selecionar


evidências e compor argumentos relativos e
processos políticos, econômicos, sociais,
ambientais culturais e epistemológicos em
Mato Grosso, com base na sistematização de
dados das derivadas pesquisas das Ciências
Humanas e Sociais.

INTRODUÇÃO:

Ciência Política
Ciência Política é o estudo da política, de suas organizações e dos processos políticos, ou seja: área de
estudos que procuram interpretar os diversos aspectos da comunidade política do Estado em suas relações
com os humanos; a mesma pode ser entendida como o processo de formação da comunidade política, quanto
instituições, práticas e relações que moldam a vida pública.
O que é Ciência?
É uma explicação possível de ser testada, racionalmente válida e justificada. A mesma é obtida por meio de
estudos, observações e experimentações feitas sobre a afirmação de determinado objeto estudado.
O que é Política?
É uma ciência e uma atividade que busca concentração institucional do poder, sanando conflitos e
estabilizando a sociedade pela ação da autoridade, sendo assim, é o processo de construção de uma ordem.
É a ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados.
A Ciência Política é uma ramificação das Ciências Sociais (Antropologia, Ciência Política e Sociologia). É
manifesto que as Ciências Sociais advêm das ciências as quais são classificadas em três, com áreas de estudos
diversificados: Ciências Humanas, Ciências Exatas e Ciências Biológicas.
As ciências Humanas (assim com diz o próprio nome) estudam as relações entre diferentes grupos de
pessoas, buscando compreender hábitos, acontecimentos e funcionamento da sociedade: a política, a história,
entres outros fenômenos. Entre as Ciências Humanas, podemos citar: Antropologia, Ciência Política,
Sociologia, História, Geografia, Filosofia, Economia, Direito, Relações Internacionais, entre outras.

Importante Saber!
 O conhecimento científico é corpo de conhecimento do que se explica a ciência, são experimentações
e coletas de dados, sendo seu objetivo o de mostrar, por argumentação a solução para um problema
proposto em relação a uma determinada questão.
 O conhecimento de senso comum são saberes adquiridos e transmitidos socialmente, pelas
experiências de vidas. Ex.: É um conhecimento adquirido por observação e repetição de determinadas ações
sociais, e não foi testado metodicamente.

 Sociologia é uma ciência que estuda a sociedade e todas suas ramificações, artefatos e integrantes.
Ela busca entender/compreender as formas de interação de uns agentes sociais com os outros, como se
organizam e os fenômenos sociais observados na realidade do indivíduo.

 Estrutura Social é uma colocação e posição de indivíduos e de grupos dentro de um sistema, partindo-
se da constatação de que os membros e os grupos de uma sociedade são unidos por um sistema de relações
de obrigação, assim sendo, por uma série de direitos e deveres, aceitos e praticados entre si. Ex.: A família
com estrutura social, forças armadas, igreja, Estado.

 Sociedade é um conjunto de pessoas, de tamanho variável, imensamente complexo, mesmo quando


é um conjunto pequeno, caracterizado por múltiplas normas, regras e conflitos.

ATIVIDADE REFERENTE AO TEXTO ACIMA:

01. Usando o termo verdadeiro (V) ou falso (F) para resposta ao enunciado sobre esta atividade, é
correto afirmar que “As ciências Humanas, assim com diz o próprio nome, estudam as relações entre
diferentes grupos de pessoas, buscando compreender hábitos, acontecimentos e funcionamento da
sociedade: a política, a história, entres outros fenômenos. Entre as Ciências Humanas podemos
citar: Antropologia, Ciência Política, Sociologia, História, Geografia, Filosofia, Economia, Direito,
Relações Internacionais, entre outras”.

a) ( ) Falso
b) ( ) Verdadeiro

PARA INTRODUÇÃO À CIÊNCIA POLÍTICA PARTIRÁ DA DEFINIÇÃO DE SEUS QUATRO CONCEITOS


BÁSICOS:

1. CIDADE É O SURGIMENTO DA COMUNIDADE POLÍTICA

O surgimento das cidades tem relação direta com a comunidade política. E para entender o papel
das cidades, é preciso entender a função da religião, que segundo o historiador francês F. de Coulanges,
teria tido papel fundamental para esse processo. No princípio da história humana, quando existiam apenas
pequenos grupos humanos isolados entre si, a religião regulava a conduta huma na somente no nível
doméstico. Mas essa influência foi ampliada à medida que esses pequenos grupos de indivíduos se uniram:
apesar da relação mais intimista com a religião, era comum a união entre famílias que possuíssem cultos
similares, possibilitando o surgimento de sociedades cada vez mais amplas e abrangentes. Assim, a estrutura
social da religião passou a servir como modelo para a estrutura social da comunidade política que se formava.
Até que a aproximação entre os pequenos grupos e a construção de templos religiosos (que agora
atendiam a todos, devido à similaridade entre cultos) formou a cidade – que aqui pode ser entendida como
uma área urbanizada responsável por aglomerar um número significativo de indivíduos (de poucas centenas
até milhões) e acolhe o corpo administrativo da sociedade que a habita. Acompanhando esse crescimento,
os pequenos governos familiares se tornaram o governo da cidade (com a palavra “governo”, a Ciência
Política se refere ao mecanismo pelo qual o corpo governante – ministros, deputados, prefeitos, etc – exerce
sua autoridade; o governo é um fator essencial para o funcionamento de qualquer sociedade).
Na cidade antiga, o líder local não dependia da força material: sua autoridade era sustentada
pela religião. Nota-se, nessa situação, a presença de um conceito primordial na Ciência Política:
a legitimidade. A noção de legitimidade está diretamente relacionada ao funcionamento da
sociedade: apenas com um amplo consenso, uma noção de comunidade e uma genuína disposição por parte
de seus membros para viverem segundo certas regras tradicionais e aceitarem as decisões das autoridades
legítimas, seria possível o andamento de uma sociedade.
A religião só deixou de regular a ordem das sociedades após muitas revoluções e mudanças de
paradigmas sociais. Foi preciso que a humanidade descobrisse outros princípios e laços sociais que também
garantissem sua união, para que o governo se tornasse ainda mais abrangente e fosse regulado por
outras leis.
2. CIDADANIA: O CIDADÃO E SEU PAPEL NA COMUNIDADE
Um fator constante na Ciência Política, e que é ligado à ideia de cidade, é a reflexão sobre o
significado da cidadania. Quem seria o cidadão? Qual seria sua importância dentro da comunidade política?
Essas são questões que sempre alimentam debates.
De acordo com o historiador americano Moses Finley, na Grécia (onde a história política teria se iniciado,
segundo a tradição ocidental), entendia-se que a cidade era moldada e viabilizada pelos cidadãos: havia um
governo e um conjunto de normas, como em várias outras sociedades, mas o seu principal diferencial se
encontrava na não existência de uma autoridade soberana: a fonte de autoridade era a própria
comunidade.
O filósofo político italiano Nicolau Maquiavel, considerado um dos fundadores da Ciência Política
moderna, também ressaltou a importância do cidadão na s ua obra. Segundo ele, o povo seria responsável
pela preservação da comunidade, já que, para o autor, o Estado (entendido como unidade política soberana,
com estrutura própria e politicamente organizada, diferente de “governo”) tenderia de forma natural à r uína.
Mas quem seria o cidadão? Na cidade antiga (nas épocas de gregos e romanos), as normas da
sociedade eram pautadas pela religião e por isso, era considerado cidadão o indivíduo que participava do
culto da cidade. Devido à impossibilidade de pertencer a duas religiões distintas ao mesmo tempo, não era
possível ter “dupla cidadania”. A participação no culto era vista como essencial, pois garantia os direitos
civis. Consequentemente, os estrangeiros careciam desses direitos, uma vez que o acesso ao culto lhes era
proibido. Já em Atenas, durante o período democrático, não eram concedidos direitos às mulheres, crianças,
escravos, migrantes e imigrantes, pois eles não eram considerados cidadãos.
Atualmente, entendemos o cidadão como um membro do Estado que usufrui de direitos civis e
políticos, e que desempenha deveres que lhe são atribuídos pela sociedade à qual pertence. Nesse caso, a
ideia de “membro do Estado” não se limita àqueles que nasceram no território nacional. No Brasil, por
exemplo, um estrangeiro pode obter a cidadania brasileira em determinadas circunstânc ias.

3. DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS

A noção de cidadania está diretamente ligada aos direitos civis e políticos. Os teóricos conhecidos
como contratualistas, por exemplo, associam a inauguração da sociedade civil à necessidade humana de
garantir seus direitos básicos. Por serem indispensáveis para uma vida minimamente adequada, os seres
humanos teriam concordado em se organizar socialmente e em se submeter a uma autoridade soberana, em
troca da garantia dos direitos básicos. Para que essa sociedade funcionasse de modo apropriado, teriam sido
criados os direitos civis.
A diferença entre direitos básicos e direitos civis seria a seguinte: enquanto os direitos básicos são
aplicáveis a qualquer indivíduo, independente da existência de uma sociedade ou não, os direitos civis são
próprios de uma comunidade política. Não há qualquer consenso quanto a quais direitos seriam “básicos” e
quais seriam “civis”, pois esses variam de acordo com o contexto histórico em que a sociedade se encontra.
Já os direitos políticos dizem respeito à atuação do cidadão na vida pública de determinado país – ou seja,
eles garantem a sua participação no processo político. É importante mencionar que esses direitos nem
sempre são promovidos. Durante a Ditadura Militar, por exemplo, era negado um dos direitos políticos mais
conhecidos: a livre expressão de opinião.

4. O Estado
Dentre as diversas contribuições que vários autores fornecem para o ramo da Ciência Política, a
análise do Estado é uma das mais frequentes. Assim como acontece com muitos objetos de estudo dessa
área, o Estado é interpretado de maneiras diferentes por diversos autores, não se limitando à definição
apresentada anteriormente neste texto. Para o alemão Max Weber, por exemplo, o Estado seria uma
comunidade de indivíduos que concede aos seus representantes (ou seja, ao corpo governamental) a
capacidade exclusiva de se utilizar da força para regular a vivência em sociedade – controlando, desse
modo, a conduta de cada um dos habitantes. Essa capacidade ficou conhecida como monopólio da violência.
Contudo, os autores da Ciência Política não se limitam apenas à tarefa de definir o Estado. É
bastante recorrente que eles busquem entender também como ele se organiza. A partir do cenário político
em que estão inseridos, é comum que os teóricos mostrem preferência por certo sistema de
governo e/ou forma de governo. O sistema de governo diz respeito à forma em que o corpo governamental
se organiza – nas últimas décadas, os modelos mais recorrentes têm sido: o parlamentarista,
o presidencialista e o semipresidencialista. Já a forma de governo se refere à maneira como se dá a relação
entre governantes e governados (monárquica, republicana ou aristocrática).
No livro “O Príncipe”, por exemplo, Nicolau Maquiavel afirma que a melhor forma de governo
possível seria a republicana, pois garantiria a liberdade de todos ao permitir que os cidadãos participem da
formulação das leis. Por outro lado, Thomas Hobbes e Jean Bodin mostraram preferência pela monarquia.
Segundo Bodin, a superioridade dessa forma de governo estaria na sua capacidade de facilitar o exercício da
soberania, uma vez que ela estaria sob o controle de apenas um indivíduo.
Como você provavelmente notou até aqui, a Ciência Política é uma área bastante exten sa,
complexa e extremamente interessante! Esta introdução serve apenas como primeiro passo para os seus
estudos. Outros conceitos igualmente importantes podem ser acrescentados à essa lista. Visando aprofundar
o seu conhecimento, recomendamos buscar entender a diferença entre os sistemas de governo e
os contrastes entre república e monarquia, e pesquisar sobre os direitos civis brasileiros. Considerando a
riqueza dessa ciência, há diversos caminhos a serem explorados!

ATIVIDADES RELACIONADAS AO TEXTO ACIMA:

2. Quais são os quatro (04) conceitos básicos da Ciência Política dentro das Ciências Sociais?

a) ( ) Cidade, política, sociedade e ordem.


b) ( ) Cidade, direito, ciência e cidadania.
c) ( ) Cidade, cidadania, direito e Estado.

3. Dentre as diversas contribuições que os autores forneceram para a Ciência Política, a análise do
............... é uma das mais freqüente.

a) ( ) Ciência
b) ( ) Estado
c) ( ) comunidade

4. Para qual autor o Estado seria uma comunidade de indivíduos que concede aos seus representantes,
ou seja, corpo governamental, a capacidade exclusiva de se utilizar da força para regular a vivência em
sociedade (controlando a conduta de cada um dos habitantes)?

a) ( ) Max Weber
b) ( ) Émile Durkheim
c) ( ) Karl Marx

PENSANDO A SOCIEDADE

A Sociologia é uma ciência que se concentra no estudo das relações sociais, seu fundamento dá destaque às
relações sociais que têm certas regularidades. O estudo sociológico entende que há determinados modos de vida, de
comportamento e de conduta que se reproduzem e aparecem historicamente em freqüência.
O nome Sociologia foi criado em 1838 pelo filosofo francês Augusto Comte em seu curso de Filosofia Positiva,
derivado de um hibridismo entre Sociu – sociedade/associações e logos-estudo, sobre as relações de formalidades
das sociedades humanas.
A vida em sociedade não pode ser entendida como um processo aleatório (ocasional), no qual tudo pode
acontecer. Pelo contrário, as relações sociais são sempre resultados de processos históricos, isto é, têm sua fase em
um passado de outras relações sociais. Ao explicar as regularidades sociais, a Sociologia tem como base a história
humana.

ATIVIDADE REFERENTE AO TEXTO ACIMA:

5. Em que ano foi criado o nome da ciência que se denominou Sociologia, cujo objeto de estudo são as
relações sociais em suas regularidades?

a) ( ) 1900;
b) ( ) 2000;
c) ( ) 1838.

1. O CAPITALISMO E A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO CLÁSSICO.

A partir do século XVI, inúmeras metamorfoses sociais divergentes entre si vêm moldando e caracterizando
o sistema sociopolítico-econômico que hoje denominamos de capitalismo. A vida pragmática social ganhou novos
moldes e formatos específicos, isto é, formas de produção e produtividade, de ignição, de cultura e de dispêndio foram
moldados e constituídas ao longo dos últimos cinco séculos da humanidade, outorgando uma feição própria e
particular à sociedade capitalista, sendo ela divergente de todas que a precederam. Não obstante, o sistema capitalista
teve seus primórdios nas sociedades feudais, estruturadas em torno do labor servil e da produção agrícola fixadas nos
feudos.
Ao longo do passar dos anos, novos interesses ligados ao comércio e ao mercado estabeleceram-se como o
eixo central da nova sociedade capitalista que se estruturava. As cidades substituíram a vida no campo, as manufaturas
e, posteriormente, as indústrias substituíram as relações de produção da velha sociedade e o consumo ganhou
proporções cada vez maiores diante da necessidade de desenvolvimento da produção de mercadorias.
A vida em sociedade se desenvolveu com base em séries de acontecimentos históricos. A sociedade em que
vivemos na atualidade é resultado de diversas mutações (transformações) históricas geradas nos séculos anteriores.
O acúmulo de experiências sociais designou o conjunto de condutas sociais, necessidades, padrões culturais e de
comportamento, formas de organizações políticas e do conhecimento científico que representamos atualmente. A
produção e a imitação social são uma síntese de eventos (acontecimentos) históricos.
A produção da Sociologia resulta-se do dinamismo de consolidação da sociedade capitalista. Esse campo de
estudo, só se pôde manifestar porque já existiam os elementos sociais necessários para o seu surgimento e
desenvolvimento. Como todo e qualquer fato histórico, a gênese da Sociologia tem conexão direta com as inópias
(necessidades) sociais que manifestaram no momento da sua iniciação. Logo, como conclusão, a gênese da Sociologia
está concernentemente ligada à própria configuração de como o capitalismo se desenvolveu ao passo dos séculos XIX
e XX.
A indústria obteve grande crescimento, o que proporcionou a transformação dos modos de vida em
sociedade. No continente europeu, ao passo do século XVIII, a pragmática da sociedade era proferida pela indústria
de tecidos, e um dos desígnios da ciência era a fomentação da produção de mercadorias, com o intuito de torná-las
mais categóricas, rápidas e baratas. A partir da introdução das máquinas, a produtividade elencou impulsivamente, e
o proletário foi impulsionado a trabalhar no mesmo ritmo que as máquinas. À semelhança da divisão de trabalho na
indústria, a revolução industrial proporcionou a divisão do conhecimento científico, uma vez que novas práticas
científicas e novas figurações de conhecimento da sociedade seguiram o modelo do desenvolvimento industrial. Logo,
as transformações produtivas tiveram grande influência e peso sobre a origem da Sociologia e demais Ciências Sociais,
como a Antropologia, a Economia e a Ciência Política.
Mediante os fatos que ocorreram, surgiram os três grandes pensadores clássicos da Sociologia: Émile
Durkheim (1858-1917), Max Weber (1864-1920) e Karl Marx (1818-1883). Na Alemanha no século XIX, Karl Marx
argumentava que as condições materiais de existência eram determinantes na vida em sociedade. Segundo Marx, a
humanidade é responsável por realizar sua própria história de vida. Não há, assim, um destino predeterminado em
qualquer esfera. A luta entre grupos sociais com interesses divergentes entre si constitui a base da mudança e
transformações sociais. Com isso, as explicações fundamentadas em crenças espirituais (fé) devem dar lugar a
ideologias (ideia) de que a vida em sociedade é condicionada pelo conflito entre grupos com interesses distintos
(opostos). Essas forças sociais conflitantes determinam as transformações históricas e organizam o modo de vida de
cada sociedade.
Em contrapartida, o sociólogo francês Émile Durkheim, no final do século XIX e início do século XX,
aproximou a Sociologia do método das Ciências Naturais. Para Durkheim, a sociedade era como um organismo vivo, e
cada parte desse organismo se relacionava com o todo (o organismo social) na medida em que dependia dele. A
interação social foi tema central da obra do autor, uma vez que ele considerava que a sociedade exercia uma força
(uma coerção) sobre os indivíduos, modelando-os à sua semelhança.
No inicio do século XX, Max Weber inverteu o princípio geral de Durkheim. Em lugar de pensar a sociedade
espelhada nos indivíduos, Weber entendia que as ações dos indivíduos eram orientadas por outras ações, ou seja,
uma ação social tinha como referência um conjunto de outras ações. Nesse sentido, a ação (fato) social tanto era
influenciada por outras ações individuais, bem como as influenciava. O autor constituiu, assim, a ação social como
objeto central de sua análise sociológica.
A origem da Sociologia tem relação direta com a história do capitalismo, particularmente com o
desenvolvimento (ascensão) industrial e político do século XIX. Podemos dizer que a Sociologia surge em razão desse
desenvolvimento e pela necessidade de explicar as transformações sociais ocorridas no século XIX. Karl Marx
contribuiu para a análise do capitalismo na medida em que construiu uma teoria segundo o qual a sociedade passou
a ser compreendida como resultado de embates entre grupos sociais distintos. Durkheim buscou explicar a desordem
provocada pelas transformações políticas e industriais, buscando a unidade em um mundo cada vez mais
compartimentado pela divisão do trabalho. Sua Sociologia tratou de ordenar uma sociedade caótica (confusa),
tentando encontrar um estado de equilíbrio social. Max Weber entendeu que a Sociologia deveria partir da análise da
ação do indivíduo, sem que houvesse, oposição entre o indivíduo e a sociedade. Para Weber as normas sociais só se
tornam concretas no momento em que cada indivíduo as manifesta. A ação peculiar (individual), portanto, é sempre
condicionada (orientada) pela ação de outra pessoa.

ATIVIDADES REFERENTES AO TEXTO DE “O CAPITALISMO E A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO CLÁSSICO”

06. No século XVIII, o continente europeu passou por grandes transformações no modo de vida da
sociedade, momento em que houve grande crescimento das indústrias de tecidos e um dos desígnios da
ciência era a fomentação da produção de mercadorias, com o intuito de torná-las mais categóricas, rápidas e
baratas. A partir da introdução das máquinas, a produtividade elencou impulsivamente, e o proletário foi
impulsionado a trabalhar no mesmo ritmo que as máquinas. As alternativas de respostas abaixo estão
corretas, exceto a resposta da letra:

a) ( ) À semelhança da divisão de trabalho na indústria, proporcionou a divisão do conhecimento científico.


b) ( ) As transformações produtivas tiveram grande influencia e peso sobre a origem da Sociologia e demais
Ciências Sociais, como a Antropologia, a Economia e a Ciência Política
c) Uma vez que não houve novas práticas científicas e novas figurações de conhecimento da sociedade
seguiram o modelo do desenvolvimento industrial.

2.ÉMILLE DURKHEIM: COERÇÃO E FATO SOCIAL


David Émile Durkheim foi um sociólogo, antropólogo, cientista político, psicólogo social e filósofo francês.
Formalmente, fundou a Sociologia como ciência e, com Karl Marx e Max Weber, é comumente citado como o
principal arquiteto da ciência social moderna e pai da Sociologia.

Émile Durkheim nasceu em 1858, na França. Influenciado pela obra do filósofo francês Augusto Comte
(1798-1857), que sistematizou pela primeira vez a Sociologia como ciência específica, aproximando-a dos métodos das
ciências naturais, Durkheim procurou consolidar a sociologia como uma ciência social distinta das ciências naturais.
Com esse objetivo, procurou desenvolver uma teoria e um método de análise com conceitos específicos, para o estudo
da vida em sociedade. Veremos a seguir, os fundamentos da sociologia de Durkheim, que podem ser resumidos nos
conceitos de coesão, de divisão do trabalho (ou especialização do trabalho) e de fato social.
Durkheim foi particularmente influenciado pelos desdobramentos históricos do séc. XVIII e XIX. A Europa do
séc. XIX desenvolveu-se em torno dos preceitos da Revolução Industrial e da Revolução Francesa. A Revolução
Industrial, iniciada em meados do séc. XVIII, intensificou brutalmente a produção de mercadorias. Valendo-se dos
avanços tecnológicos introduzidos nas fábricas, a produção industrial na Inglaterra no século XVIII se expandiu para
outros países no século XIX, tornando-se o centro de organização da vida social.
A Revolução Francesa, que teve seu desfecho em 1789, foi marcada por transformações políticas estruturais.
A sociedade feudal, que precedeu a sociedade capitalista, foi destruída. As instituições políticas feudais deram lugar
às organizações políticas capitalistas. A monarquia foi substituída por instituições políticas que tinham como
fundamento as idéias de liberdade, igualdade e fraternidade.
A divisão do trabalho para Durkheim é o elemento social que impulsiona o desenvolvimento das sociedades.
As funções sociais são fundamentais para sua análise, e por isso sua sociologia foi considerada a “funcionalista”. Para
refletir sobre a divisão do trabalho o autor desenvolveu outros conceitos, sendo um deles o fato social, essencial para
definir o que é próprio ou não do campo sociológico.
Durkheim com objetivo de criar conceitos com maior rigor possível, entendida o fato social como uma coisa,
um fenômeno tão apreensível quanto qualquer elemento físico ou biológico. Os fatos sociais seriam formas de pensar,
sentir e agir que exercem uma força externa (uma coerção) sobre os indivíduos.
Para Durkheim, a sociedade precedia os indivíduos e agia sobre eles, determinando suas formas de ser.
Assim, um fato social poderia ser reconhecível com base na coerção social imposta a um ou mais indivíduos. Levando
isto em conta, só seria considerado fato social o fenômeno que apresentasse:
 Uma generalidade (que estivesse presente e fosse reconhecível em toda uma sociedade ou grupo
social);
 Uma externalidade (que fosse exterior às consciências sociais, que existisse independentemente da
vontade e dos anseios do indivíduo);
 Uma força coercitiva externa aos indivíduos, moldando as vontades individuais ao coletivo. Nesse
sentido, a sociologia de Durkheim, além de funcionalista, é também considerada estruturalista, na
medida em que a sociedade (a estrutura social) determinaria as condutas individuais.
Ex.: de fatos sociais são o direito, a educação, a divisão do trabalho, as crenças religiosas e políticas, os
esportes. O futebol por exemplo é um fato social na medida em que está presente em toda sociedade
brasileira. É externo aos indivíduos, pois impõe aos indivíduos um padrão esportivo. Além disso, muitos
meninos brasileiros desejam ser, em primeiro lugar, jogadores de futebol. Esse “desejo” pode ser visto como
coerção externa, propriamente social.

ATIVIDADES RELACIONADAS AO TEXTO ACIMA:

7. De acordo com a leitura referente a Coesão e fato social de Durkheim, toda maneira de agir fixa ou não,
suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou, ainda, que é geral na extensão de uma
sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que
possa ter é um:

a) ( ) Fenômeno social
b) ( ) Fato social.
c) ( ) Coesão social

8. Na concepção de Durkheim, o fato social é o fenômeno que apresenta:

a) ( ) Uma generalidade, uma externalidade e uma força coercitiva externa aos indivíduos, moldando as
vontades individuais ao coletivo. Nesse sentido, a sociologia de Durkheim, além de funcionalista, é
também considerada estruturalista, na medida em que a sociedade determinaria as condutas individuais.
b) ( ) O fundamento da Sociologia e a ordem do equilíbrio.
c) ( ) o desenvolvimento da Antropologia, em especifico as formas elementares da vida religiosa.

9. No fim do século XIX, Durkheim observava o acelerado processo de transformação social,


estranhamente impulsionado pela indústria, e tentava responder à seguinte questão: como pode a
sociedade capitalista que se divide e se especializa em funções cada vez mais heterogêneas (diferentes),
garantir uma unidade, uma coesão social? Em busca de dar resposta sociológica esta dinâmica Durkheim
procurava entender ...
a) ( ) refletir sobre a ótica da produção industrial.
b) ( )uma sociedade feudal hipotética.
c) ( ) a unidade social em um mundo cada vez mais dividido pela especialização do trabalho.

5. SOCIOLOGIA: ASPECTOS ESTRUTURAIS E CONJUNTURAIS

A formação da Sociologia como ciência é fruto de transformações históricas. Isso significa que as
características gerais da Sociologia têm relação com a maneira como a sociedade se organizou no fim do século XIX e
no inicio do século XX. A forma de organização da vida em sociedade nesse período, isto é, a forma de organizar a
indústria, o comércio, as relações monetárias, a política dos Estados, a educação e o conhecimento em geral
constituem a base para refletir sobre a razão de a Sociologia ter se estruturado como uma ciência particular, distinta
da História e da Filosofia.
Os autores que estudamos neste capítulo analisam a sociedade capitalista de sua época, enfatizando
elementos que consideram centrais. Nesse sentido, apesar de partirem da mesma referência empírica (que se baseia
na experiência ou observação), que é a própria sociedade capitalista, cada um destes autores tem interpretações
diferentes sobre a estrutura social e sobre os elementos conjunturais da sociedade. Entretanto, é possível precisar,
com base na Sociologia nascente, o que é estrutura social e o que é conjuntura social.
As sociedades, sejam elas indígenas, escravistas, africanas, orientais, monogâmicas, socialistas (sociedades
com igualdade de oportunidades e meios para todos os indivíduos, com um método de distribuição de bens) ou
capitalistas, têm elementos gerais que se reproduzem ao longo do tempo. Esses elementos gerais são o alicerce da
sociedade e se caracterizam como elementos típicos que tornam a sociedade diferente da outra. Para ficar mais claro,
iremos pensar na sociedade capitalista em que vivemos, ainda que os autores neste capítulo pensem de diferentes
formas onde todos consideram o trabalho como elemento central na estrutura da sociedade capitalista. Ex.: ao
observarmos o trabalho de nossos pais e o nosso trabalho, percebe-se as diferenças, pois, o computador é usado em
boa parte das profissões, sendo que há trinta anos era pouco utilizado. A sociedade passou de uma conjuntura à outra,
reproduzindo o trabalho, mas esse trabalho se transformou. Estamos sempre imersos em conjunturas sociais
específicas. Na história do capitalismo, sempre houve trabalho e trabalhadores, isso faz parte de uma estrutura social.
O trabalho foi modificado diversas vezes, tanto na relação do trabalho com o trabalhador, quanto na maneira como
nos organizamos com base no trabalho, como também na relação que temos com as pessoas com quem trabalhamos.
Portanto, o trabalho é um elemento central da estrutura social. Por outro lado, em cada conjuntura histórica
o trabalho ganha característica específica e não perde suas características gerais. Podemos afirmar que a sociedade é
fundamentalmente uma construção histórica e que a Sociologia é uma ciência que busca observar os elementos de
regularidade na relação que se dá entre o que é permanente e o que ocasional.

Para a Sociologia, os aspectos estruturais são aqueles que dão base para a sustentação dos fatos que ocorrem
no cotidiano da nossa sociedade. Ex.: o fato de o capital, mão-de-obra e terra fazem parte do sistema capitalista.
Por outro lado, os aspectos conjunturais fazem referência ao dinamismo existente na sociedade. Nesse
sentido, podemos compreender que as coisas mudam com certa velocidade. Ex.: a tecnologia usada na Primeira
Revolução Industrial (como a máquina movida a vapor) foi sendo ultrapassada por outras, como a energia elétrica.

ATIVIDADES RELACIONADAS AO TEXTO ACIMA SOBRE ASPECTOS ESTRUTURAIS


E CONJUNTURAIS

10. Qual é a relação entre os elementos estruturais e os elementos conjunturais? Marque a alternativa correta:
a) ( ) Os aspectos estruturais dão base à sustentação de fatos que ocorrem no cotidiano da sociedade e não
possuem nada em comum aos aspectos conjunturais, que fazem referência ao dinamismo existente na sociedade.
b) ( ) A relação existente é que uma dá a base para a sustentação de fatos ocorridos na sociedade e a outra faz
referência ao dinamismo na forma como ocorrem as mudanças no trabalho com novas manifestações sociais.
c) ( ) Há relações estruturas específicas de cada grupo ou etnia em sociedades distintas, que se modificam como
aspectos conjunturais.
11. Nas conjunturas históricas, encontramos novas formas de reproduzir os aspectos estruturais, isto é, a
conjuntura reproduz os aspectos estruturais reelaborando seus ...
a) ( ) Conteúdos.
b) ( ) ações.
c) ( ) aspectos.
12. De acordo com os conteúdos de Sociologia estudados neste primeiro Bimestre, no vigente ano letivo de 2021,
faça uma auto-avaliação do seu nível de aprendizado obtido neste bimestre pelo ensino ofertado na modalidade de
ensino presencial, mediado por tecnologias ou apostilas impressas. De 06 a 10 qual é sua nota avaliativa?
a) ( ) 6.0 b) ( ) 7.0 c) ( ) 8.0 d) ( )9.0 e) ( ) 10.0

BONS ESTUDOS E BOA SORTE!!!


FILOSOFIA

2º ANOS – EJA ENSINO MÉDIO

ATIVIDADES ESCOLARES: 1º BIMESTRE

HABILIDADES OBJETOS DO CONHECIMENTO

O que é filosofia Atitude filosófica/A origem da


EM13CHS101 filosofia

UNIDADE 1 – PRIMEIRO BIMESTRE

DESCOBRINDO A FILOSOFIA

TEMAS:

O que é Filosofia?

2. A atitude filosófica

3. A Filosofia na História e seus campos de investigação

O objetivo desta Unidade será o de apresentar a disciplina de Filosofia, que compõe o currículo do Ensino
Médio desde 2008, após um longo período de ausência durante a ditadura civil-militar que se desenrolou no Brasil a
partir de 1964. Naquele momento, os militares e civis que haviam assumido o poder por meio de um golpe de Estado
empreenderam diversas mudanças na educação brasileira. Uma delas foi uma ampla reforma do ensino de primeiro e
segundo graus (assim eram chamados, na época, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, respectivamente), que
acabou eliminando a Filosofia do currículo. Só recentemente a disciplina foi reincorporada ao Ensino Médio, através
da Lei no 11.684, de 2008.

Você imagina razões para que um governo ditatorial retire a Filosofia das escolas? Ela não interessa a um
regime autoritário? Por quê? O que poderia haver no estudo da Filosofia e na prática do filosofar que prejudicasse os
objetivos de uma ditadura?

Um dos propósitos desta Unidade será apresentar algumas características da Filosofia que se voltarão para essas
perguntas, além de mostrar que ela está mais próxima do cotidiano do que talvez você imagine, fazendo-se presente
em diversas circunstâncias da sua vida.

No Tema 1, você poderá conhecer um pouco sobre os diferentes significados da palavra filosofia e, assim,
entender melhor o que é essa área de estudos. No Tema 2, você vai refletir sobre algumas atitudes que uma pessoa
precisa ou pode adotar para pensar filosoficamente, isto é, pensar como um filósofo ou uma filósofa. Por fim, no Tema
3, você poderá conhecer um pouco sobre a história da Filosofia e sobre alguns dos principais filósofos que já existiram.
O objetivo deste tema, que abre as portas para a Filosofia, será trabalhar com alguns significados da palavra,
descobrindo, também, quem registrou os primeiros pensamentos sobre ela. Você também terá a chance de refletir
sobre o que a Filosofia pode significar no seu dia a dia.

Filosofia é uma palavra grega formada de duas outras: philo e sophia. Philo deriva da palavra philia, que quer
dizer “amor”, “amizade”. Sophia significa “sabedoria”, “conhecimento”. Então, filosofia é um termo que significa
“amor ao conhecimento”. Essa definição é atribuída a Pitágoras de Samos, filósofo grego da Antiguidade. Há uma
tradição de longa data, segundo a qual, em certa ocasião, ao ser chamado de sábio (sophós) por um interlocutor
(acredita-se que tenha sido Lêon, tirano da cidade de Fliús), Pitágoras teria reagido recusando o referido título e se
autodenominando amante ou amigo da sabedoria (philosophos). Assim, filósofo é aquele que é amigo da sabedoria,
a ama e a deseja, estabelecendo com ela uma relação de amizade. A Filosofia seria, portanto, a busca do saber, do
conhecimento, da verdade. Essa busca é a atividade do filósofo. E ele a realiza por meio da reflexão, como você verá
adiante.

IMAGEM 1

https://drive.google.com/file/d/1gVdbmmQyhlvCMTduvnzvMnixX-TZwXc8/view

IMAGEM 2
Essa obra do pintor holandês Rembrandt (1606-1669) é denominada Filósofo em meditação (1632). Além do
título, a imagem faz alusão ao conhecimento no jogo de luz e sombras. Observe que a escada à direita oferece uma
referência interessante, na medida em que tem seus primeiros degraus iluminados, mas sua continuação vai em
direção à escuridão. Pode-se associá-la à construção do conhecimento, marcado por um impulso inicial. É possível,
inclusive, estabelecer uma relação com a busca de clareza das ideias (nos primeiros degraus) e com as dificuldades
encontradas nos próximos passos (escuridão). Repare que a luz de fora adentra o espaço interno, levando à reflexão
sobre a relação entre a teoria (espaço interno, fechado) e a prática (espaço externo, a vida lá fora). Além disso, conduz
a um importante aspecto: o de que a Filosofia não é mera contemplação ou puro pensamento, uma atividade abstrata,
difícil e acessível a poucos, como alguns preconceitos levam a crer, mas é reflexão sobre problemas concretos e
relevantes da realidade em que se vive. Assim como os filósofos pensaram acerca de questões que lhes eram
importantes, você também pode fazê-lo.

Leia o texto com atenção


José Augusto havia se matriculado no Ensino para Jovens e Adultos, pois já não era um menino. Tinha 32 anos.
Na escola, estava cansado, trabalhara o dia todo e, como funcionário de uma grande empresa, dessas que chegaram
ao Brasil vindas de outro país, estava mais do que habituado ao sistema do “tempo é dinheiro” e por isso pensava que
não tinha tempo a perder com simples debates de opinião. Não tardou para que se irritasse um pouco com a discussão
promovida pela professora Lia, que buscava criar um espaço que valorizasse o diálogo e o debate.

Apoiado por pelo menos uma dúzia de colegas em situação bastante parecida, José Augusto foi direto ao
ponto:

– Professora, a senhora me perdoe a sinceridade, mas para que isso tudo aí? Para que esse negócio todo de
Filosofia?

A professora, que já estava habituada a essa pergunta, respondeu fazendo outra:

– Para que serve o amor?

Isso deixou José um tanto constrangido e arrancou alguns risos maliciosos de outros estudantes. Mas ela
insistiu:

– É sério, pense nisso. Para que serve o amor?

Houve um rápido debate. Algumas pessoas, céticas, disseram que a finalidade do amor é a reprodução da
espécie. Outras alegaram que ele serve para encantar a vida. E houve quem, claramente amargurado, afirmou que o
amor não serve para nada, “só para desilusão”.

A professora retomou a atenção geral e dirigiu outra questão para a sala:

– Para que serve o conhecimento?

Outras hipóteses surgiram. Alguns disseram que serve para o trabalho, para o aprimoramento ou
desenvolvimento humano, para o acúmulo de poder e, é claro, houve os que disseram, sem muita empolgação, que o
conhecimento também não serve para nada.

A professora Lia, então, comentou para José Augusto e seus colegas que todas as respostas podem estar
certas e que aceitar uma resposta como a mais provável ou correta não quer dizer que as outras sejam absurdas ou
que não devam ser levadas em conta. Desde que haja uma argumentação, todas as respostas refletem um ponto de
vista sobre um questionamento. No final, a lição foi que não há uma resposta certa; certo é o caminho da reflexão:
quanto mais você pensar nessas questões e nessas respostas, mais aprenderá sobre o amor e sobre o conhecimento.
Por isso, é importante debater, dialogar e refletir. O conhecimento é infinito, logo, tudo o que se pode fazer é
mergulhar nele, abrindo novas perspectivas para o pensamento.

Tudo isso parecia muito bonito, mas José Augusto foi embora contrariado naquela noite. O ritmo do seu
trabalho e a forma como estava habituado a lidar com os problemas do dia a dia não lhe davam tempo para refletir
tanto sobre as coisas. Isso soava para ele como um privilégio que só os mais afortunados tinham. Em outra aula, José
Augusto reclamou desse incômodo com a professora, que lhe respondeu:

– É comum as pessoas acreditarem que a Filosofia é “coisa de gente privilegiada”, ou seja, de gente mais
“estudada” ou com condições financeiras melhores que a média da população. Essa ideia é, em parte, verdadeira,
pois, ao longo da História, a Filosofia tem sido realmente um privilégio dos mais ricos ou das pessoas com maior
escolaridade, que, por esse motivo, têm mais condições de se dedicar a essa área de conhecimento. Mas é também
um preconceito, pois não precisa necessariamente ser assim. E é fundamental denunciar e combater esse preconceito.
José Augusto gostou da resposta, entendendo não só que sua ação poderia mudar, mas também que, repensando sua
atitude, ele ajudaria a combater um preconceito.
Ele compreendeu que a ideia de não haver uma resposta correta o incomodava profundamente, enchendo-o
de angústia e insegurança, porque, sem nunca ter percebido, José havia se viciado no conforto das certezas.

O tempo passou e José adquiriu o hábito de perguntar às pessoas para que serviam o amor e o conhecimento.
Normalmente, recebia outras perguntas como resposta: Amor de quem? Que conhecimento? Como se toda pergunta
tivesse um “depende” como resposta. Ele percebeu que, cada vez que retomava o assunto, dialogando com alguém
ou refletindo sozinho, ele entendia um pouco mais sobre esses temas. O seu amor. O seu conhecimento.

Lendo um livro no ano seguinte, José Augusto descobriu que o significado da palavra filosofia era “amor ao
conhecimento” e só então conseguiu valorizar aquela aula da professora Lia. Foi assim que aprendeu a mais valiosa
lição: não é preciso ter certezas para pensar.

Ele entendeu o objetivo da professora, bem como a utilidade da Filosofia, percebendo que se tratava da
mesma coisa: estimular na consciência um estado de abertura para a reflexão crítica, um bem-querer pela prática de
repensar argumentos, opiniões, evitar as certezas precipitadas e ponderar sobre o próprio pensamento. Esse estado
reflexivo evita e desconstrói preconceitos, além de manter a mente afiada para novos conhecimentos e novas formas
de entender a realidade e as muitas verdades com as quais é possível se deparar ao travar contato com o mundo. E o
mais interessante: essa é uma atitude que pode ser adotada, desenvolvida, aprendida por qualquer pessoa.

Para concluir, é importante não achar que, para a Filosofia, a verdade é relativa apenas porque ela aceita
muitas respostas como certas. Isso é incorreto. Primeiro, porque não há uma única filosofia, ou uma única concepção
da Filosofia e do que é a prática filosófica; segundo, porque muitas filosofias, ou muitas correntes filosóficas,
discordam de uma posição relativista, segundo a qual a verdade universal é inatingível. É o caso do pensamento de
Sócrates e de Platão, por exemplo, autores que você vai estudar neste Caderno. Não se contentar com as certezas não
significa necessariamente duvidar da existência delas, deixar de buscá-las e adotar o relativismo. O relativismo pode
ser compreendido como uma concepção da Filosofia, mas não é a única. É possível afirmar, então, que a definição de
Filosofia já é, em si, uma questão filosófica. Trabalhar com uma definição particular de filosofia não esgota o que é a
Filosofia.

ATIVIDADE 1) De acordo com o texto lido, podemos afirmar que a Filosofia :

a) É uma atividade exclusiva dos “afortunados” ou “intelectuais”.

b) Não é uma atividade exclusiva dos “afortunados” ou “intelectuais”. Qualquer pessoa é capaz de pensar,
fazendo reflexões.

Etimologia é uma palavra de origem grega, derivada dos termos étumon, que significa “verdadeiro”, e logia,
que representa “estudo”. Portanto, etimologia é o estudo do significado das palavras por meio da investigação de sua
origem.

Ao descrever o significado de filosofia no quadro da página anterior, fez-se um estudo etimológico do termo,
o que pode ser útil para compreender com maior profundidade o conceito dele. Tendo lido o texto desse quadro,
responda: Qual é o significado etimológico da palavra filosofia? A partir disso, dê uma definição de filosofia. Procure
sempre lembrar que buscar pelo sentido etimológico não esgota o que a palavra quer dizer.
ATIVIDADE 2) De acordo com o texto que você leu, se pensar etimologicamente, filosofia vem da união de
duas palavras: philo, que significa “amor” ou “amizade”, e sophia, que implica “conhecimento”, “sabedoria”. Assim,
filosofia simboliza:

a) amor pelo conhecimento, amizade com a sabedoria, amor pelo saber.

b) impossibilidade de se construir conhecimentos a partir da reflexão.

Neste tema, você vai conhecer a Filosofia na prática, ou seja: quando se age filosoficamente. Você pode pensar
que isso é algo restrito apenas aos grandes pensadores, mas, na verdade, todos estão aptos para praticar a atitude
filosófica. O processo de refletir sobre si mesmo, sobre o pensamento, sobre as sensações, sobre como se age e sobre
aquilo que acontece no mundo (na economia, na política, nas ciências e nas artes, no seu cotidiano de trabalho) são
características da Filosofia e da atitude filosófica.

Você já esteve alguma vez numa situação como a da criança retratada? Questionou insistentemente outra
pessoa acerca de coisas que observa em seu cotidiano e para as quais não obtém resposta? Coisas que parecem
enigmáticas ou de difícil solução para você? O objetivo da imagem é associar a Filosofia com a atitude questionadora,
indagadora. É importante que você perceba, entretanto, que a situação descrita na tira retrata também uma
curiosidade infantil que, por vezes, põe o adulto em dificuldades. Você considera que isso seja o mesmo que filosofar?
Quando a criança questiona, ela espera do adulto uma resposta “correta” e, se a consegue devido à convicção
ou ao afeto daquele que a fornece, contenta-se com ela, uma vez que a assume como “verdadeira”. A atitude filosófica,
porém, refere-se a uma atitude reflexiva, cujas perguntas não têm o objetivo de encontrar a verdade. Cada
questionamento poderá levar a caminhos diferentes, e é do embate entre esses diversos caminhos que se gera a
reflexão.

A atitude filosófica pode ser descrita como aquela que não se contenta com o que parece natural. Na rotina
diária, por exemplo, as pessoas são muitas vezes levadas a fazer várias coisas em pouco tempo e se queixam porque
não vencem as obrigações que haviam planejado. A atitude filosófica interroga não só o que se chama de obrigação
(O que é uma obrigação? Quem a determinou? Com quais critérios?), mas também como o indivíduo a encara (De que
forma a tarefa seria feita? Contando com quais estratégias?), além de se preocupar com os motivos que levam o
indivíduo a se sentir mal quando não consegue cumprir com o planejado (De onde vem esse sentimento? Qual a sua
causa?). Mais ainda, questiona também o tempo – afinal, o que ele é? É possível dizer, então, que a atitude filosófica,
ao indagar sobre a natureza, a realidade, a economia, as relações, os sentimentos e as amizades, tem a ver com a
reflexão, porque ela é exatamente o pensamento que pondera sobre o próprio pensamento. Há quem diga que em
Filosofia é importante fundamentar tudo aquilo que é dito. Trata-se da exigência de rigor e demonstração que é típica
dessa forma de conhecer e pensar sobre as coisas, isto é, do pensamento filosófico. Por outro lado, há também quem
diga que não são apenas filósofos que podem produzir conhecimento filosófico. Mas, afinal, o que é Filosofia? Ou,
melhor ainda, onde ela acontece? Nas universidades? Nas ruas? Quem faz a Filosofia acontecer? Como?

Para tentar responder a essas perguntas, é preciso examinar a longa história da Filosofia no Ocidente, que
remonta há muitos séculos. Tales de Mileto, considerado um dos primeiros filósofos ocidentais, é o precursor de uma
série de pensadores que tentaram compreender e dar explicações racionais aos fenômenos do Universo. Esses
pensadores, chamados de filósofos físicos ou pré-socráticos, buscavam explicar racionalmente os fenômenos físicos e
a origem do Universo sem recorrer aos mitos, pois, para eles, era preciso avançar além das histórias que associavam
os fenômenos do Universo aos deuses. Em linhas gerais, os mitos são narrativas que relacionam a origem das coisas,
suas funções e modos de funcionamento aos poderes e vontades de divindades que agiriam sobre os seres humanos
e sobre a natureza. Tais narrativas são transmitidas oralmente, ao longo das gerações. Ao tentar romper com essa
maneira de compreender e explicar a realidade, os filósofos pré-socráticos observavam os fenômenos que aconteciam
ao seu redor, levantando hipóteses explicativas, por meio do uso da razão. A atitude filosófica tende a observar
criteriosamente o mundo ao seu redor, isto é, nos mínimos detalhes e com um método predefinido, tendo como
objetivo construir uma interpretação rigorosa do que acontece, sem se satisfazer, por exemplo, apenas com o
conhecimento ancorado na crença de que seres ou fenômenos sobrenaturais interferem na organização do Universo.
O filósofo pode desconstruir, portanto, alguns dogmas ou crenças, porque defende o questionamento constante em
lugar de aceitar uma resposta pronta, dada pela fé. Certamente as narrativas míticas ou a religião não são as únicas
áreas em relação às quais se deve ter uma atitude crítica, sem mencionar que nem toda vivência religiosa é
necessariamente acrítica.

É possível tanto encontrar a atitude filosófica na ação religiosa (quando, por exemplo, uma pessoa questiona
suas próprias crenças) quanto observar posturas doutrinárias no procedimento científico (quando, por exemplo, um
cientista crê cegamente nos seus procedimentos, sem levar em conta que eles podem estar equivocados). Afinal, não
existe uma barreira intransponível entre Filosofia, Ciência, Religião e a vida do indivíduo comum. Todas essas
modalidades de conhecimento podem se debruçar sobre as mesmas questões, encontrando respostas que lhes são
próprias e adequadas aos seus métodos de investigação. É muito mais fácil fazer uma afirmação em público quando
se sabe que outras pessoas já ouviram aquilo antes e estão propensas à concordância. Se alguém diz, por exemplo, “O
Brasil é o país do futebol”, provavelmente poucas pessoas vão questionar ou duvidar, pois é uma frase que já
conquistou sua aceitação no cotidiano cultural do brasileiro, assim como as piadinhas ou os ditos populares. Isso é
chamado de senso comum, ou seja, algo compreendido facilmente sem uma base científica, e cuja facilidade de
absorção está fundamentada no fato de que esse discurso é aceito amplamente no meio social, ou seja, é reconhecido,
revisitado e repetido muitas vezes em diversos setores da sociedade. É importante ter bastante claro que a atitude
filosófica requer de cada um vontade, disposição interna para a descoberta e o entendimento das ideias, dos
pensamentos, da realidade. Trata-se de um questionamento sincero e interessado em compreender algo. Atitude
filosófica é mais do que “dar sua opinião” repetindo palavras. Filosofar requer um profundo comprometimento com
a escuta, com o pensar, com a reflexão e com o desejo de descobrir novas ideias e pontos de vista cultivando, no
processo, o respeito às diferenças. Para aprender, é necessário ter humildade e respeito por tudo aquilo que pode
ensinar. E a Filosofia, ao priorizar a busca do saber por meio da razão, ao exigir que as opiniões, a realidade diária e as
experiências particulares sejam analisadas criticamente, ensina que é possível aprender com os livros, com a natureza,
com o meio ambiente e, principalmente, consigo mesmo.

Tales, por exemplo, era um observador da natureza. Foi reparando nas sutis mudanças do ambiente que ele
pensou a respeito dos motivos que levavam às inundações do rio Nilo ou que previu a ocorrência de um eclipse solar.
Também ponderou acerca da origem do mundo, enunciando que tudo é feito de água. Muitas pessoas se perguntam
(e você não deve ser exceção) qual é a utilidade prática da Filosofia. Tales pode ser um bom exemplo de como
responder a essa questão. Por conta da sua forte capacidade de observação, tornou-se um homem muito bem-
sucedido, pois soube aproveitar os conhecimentos que acumulou sobre os movimentos da natureza e sobre os
homens, que ele via como parte da natureza, para enriquecer. Enquanto a maioria das pessoas creditava aos deuses
as boas colheitas (que por sua vez estimulavam o comércio, fazendo-as ter mais fartura), Tales notou que o clima, com
suas variações meteorológicas, era o que, de fato, influenciava a qualidade delas. Conta-se que Tales, por meio de
suas observações, previu que a colheita de azeitonas de determinado ano seria farta. Antes da temporada em que elas
seriam colhidas e transformadas em azeite, Tales alugou todas as prensas. Então, quando todos estavam precisando
delas para produzir o óleo, ele pôde cobrar o preço que julgou adequado, obtendo muitos lucros. Esse é apenas um
exemplo, que precisa, no entanto, ser questionado, para que não se caia no erro de considerar que a Filosofia tem
sempre de apresentar uma utilidade prática imediata e, de preferência, voltada para a obtenção de ganhos financeiros.
Tales também desenvolveu um teorema matemático (teorema de Tales), que você estudou (ou ainda vai estudar!) em
Matemática. Se você pesquisar a história de disciplinas como a Matemática, a Química, a Física e a Biologia, verá que
em seu início houve sempre um filósofo. Isso porque a Filosofia busca os fundamentos, a essência, o conceito e, por
isso mesmo, ajuda a definir o objeto de cada campo do conhecimento. Então, achar a Filosofia inútil é condenar uma
porção de coisas importantes à inutilidade. Nesse caso, é preciso cuidado! Essa noção de Filosofia como busca da
essência, do conceito, parece chocar-se com a ideia trabalhada no Tema 1, O que é Filosofia?, apresentando a Filosofia
como exercício reflexivo. Não se trata de uma contradição, mas de conhecer outra perspectiva do que ela é, além de
perceber que há mais de uma definição para o termo. Como você viu, a própria definição de Filosofia já é uma questão
filosófica.

ATIVIDADE 3) Observe a imagem a seguir.

Trata-se de alguém que segura uma esfera espelhada que reflete o ambiente no qual a pessoa está, além de
refletir ela mesma. Qual é a relação entre a imagem e a Filosofia?

a) A imagem reflete apenas uma mão segurando uma esfera


espelhada.

b) A imagem remete à curiosidade, ao questionamento, à reflexão,


ações que caracterizam a atitude filosófica.
Neste tema, você será apresentado a alguns dos principais filósofos e às correntes filosóficas ao longo da
História; também conhecerá alguns dos principais temas e áreas da Filosofia. Para começar, você estudará quais
pensadores e quais temas tiveram mais destaque na Filosofia em cada época, seguindo a divisão clássica da História
da humanidade.

A HISTÓRIA DA FILOSOFIA

A História da Filosofia, assim como a História geral, foi convencionalmente dividida em períodos. Esse tipo de
divisão serve para que se compreenda melhor o que aconteceu, percebendo semelhanças e diferenças em
comparação a outras épocas. Esses períodos são apenas um referencial didático, podendo aparecer de maneiras
distintas nos diversos materiais que tratam do assunto, diferindo também de acordo com opiniões particulares de
cada pesquisador. A Filosofia faz parte da História; ela não é algo abstrato, imune aos conflitos, interesses,
necessidades de cada momento histórico. Afinal, é em função de circunstâncias históricas determinadas, buscando
responder aos problemas concretos trazidos por elas, que os filósofos se propuseram a refletir e a produzir suas obras.

FILOSOFIA NA ANTIGUIDADE

A Antiguidade é um período que se iniciou no século VI a.C. e se estendeu até o século VI d.C. Parte
considerável dos filósofos desse período (os chamados pré- -socráticos) teve como preocupação a explicação da
origem da natureza, sua estrutura e seu funcionamento. Como representantes desse período é possível citar, além de
Tales e Pitágoras, já mencionados, Anaximandro, Anaxímenes, Anaxágoras, Heráclito, Parmênides, Demócrito, entre
outros. Posteriormente, no período chamado Clássico, outros filósofos introduziram questionamentos sobre o homem
e sua relação com a sociedade. Foi o que fizeram Sócrates, Platão e Aristóteles. Ainda na Antiguidade, houve também
o período helenístico, quando a Filosofia se voltou para temas éticos e existenciais, a exemplo de Epicuro, Epiteto e
Zenão de Cicio.

FILOSOFIA NA IDADE MÉDIA

A Idade Média é um período compreendido entre o século VII e o século XIV. Nesse momento, a sociedade
europeia estava dividida em estamentos sociais estratificados, ou seja, havia pouquíssima, praticamente nenhuma,
mobilidade entre os grupos sociais, e as pessoas estavam submetidas ao governo e ao domínio de um Estado
monárquico, basicamente construído sobre a aliança entre as famílias nobres e o clero. O clero dava sustentação
ideológica e justificava o domínio dos nobres, funcionando ao mesmo tempo como órgão repressor e mediador entre
o homem comum (plebeu) e as intenções de seus governantes. Talvez por conta dessa estrutura social, o discurso
religioso possuía fundamental importância, o que está refletido na filosofia da época. Dentre os principais problemas
que se ocupou a Filosofia medieval destacam- -se: a busca de provas racionais da existência de Deus; a possibilidade
de conciliação entre fé e razão; a relação entre religião e política, Igreja e Estado. Santo Agostinho e São Tomás de
Aquino estão entre os representantes mais importantes desse período.

FILOSOFIA NA IDADE MODERNA


A Idade Moderna é um período que teve seu início no século XIV e seu final em meados do século XVIII.
Correspondeu a um contexto no qual o modelo medieval de aliança entre monarquia e Igreja estava desgastado, ao
passo que a burguesia começava a apresentar-se como uma força política cada vez mais expressiva. Essa época foi
também marcada pelas grandes descobertas e conquistas territoriais decorrentes da expansão marítima, o que
inaugurou um longo período de colonização de “terras virgens” e acordos comerciais bastante agressivos entre as
nações europeias dominantes – foi um contexto de intensas transformações culturais. O pensamento filosófico desse
período foi pautado pelo questionamento sobre o homem como sujeito de conhecimento, isto é, um ser que age com
base em suas capacidades racionais, e sobre a realidade como um sistema composto de mecanismos de
funcionamento que podem, portanto, ser plenamente conhecidos. É desse período o atual modelo de pensamento
científico, que toma como base a ideia de que todo conhecimento válido advém da Ciência e de tudo o que ela é capaz
de produzir e transformar, tendo em vista melhorias da sociedade e da vida humana. Convém afirmar que esse é um
modelo já em crise. Essa ideia será discutida ao longo das próximas Unidades e Cadernos. Foram representativos na
Idade Moderna filósofos como Francis Bacon, René Descartes, Galileu Galilei, Thomas Hobbes, John Locke, Isaac
Newton, entre outros. Posteriormente, mas ainda nesse período, surgiu a Filosofia da Ilustração, ou Iluminismo, que
foi marcada pela ascensão da burguesia ao poder político. Desenvolveu-se, sobretudo, nos séculos XVIII e XIX e tem
como cerne a crença no poder da razão como requisito fundamental à liberdade, à felicidade e à autonomia, diante
do poder centralizado da monarquia e dos dogmas da Igreja Católica. O movimento iluminista de ordem filosófica,
política, social, econômica e cultural afirma que, por meio do poder da razão, o homem e a civilização evoluirão. Como
representantes desse período é possível citar Voltaire, Diderot, Rousseau e Kant, entre outros.

FILOSOFIA NA IDADE CONTEMPORÂNEA

Compreende o final do século XVIII (Revolução Francesa, 1789) até os dias atuais. Reflete, entre outros temas,
sobre o modo de produção capitalista e a ideia de progresso ininterrupto, além de como opera a Ciência, dos avanços
da técnica e das transformações da cultura. Nesse momento, a Filosofia questiona as possibilidades da razão, que por
muito tempo foi defendida como condição de realização máxima dos homens. O período contemporâneo avalia que
a razão nem sempre levou os seres humanos a uma boa condição ética, política, Ideia tida como verdadeira e
indiscutível por uma religião, ideologia ou organização. Dogma Modo de produção e organização da economia e da
sociedade baseado na oposição entre uma classe proprietária dos meios de produção (também chamada de burguesia)
e uma que não tem a posse deles (também chamada de proletariado) e que, para sobreviver, precisa vender sua força
de trabalho à primeira. Modo de produção capitalista BOOK_FILOSOFIA EM CE VOL1.indb 36 21/01/15 11:29 UNIDADE
1 37 social, e por isso interroga seu próprio conceito – exemplo disso está na obra de Theodor W. Adorno e Hannah
Arendt. Por outro lado, outros filósofos seguem acreditando que é preciso repensar para onde se quer ir, qual o destino
que a humanidade deseja alcançar e, desse modo, otimizar o uso da razão em prol de transformações sociais que
auxiliem no desenvolvimento pleno do indivíduo. É o caso de Friedrich Hegel e Karl Marx, que podem ser citados como
filósofos importantes do período. É importante ressaltar que os temas e autores mencionados acima não refletem a
totalidade do pensamento filosófico produzido ao longo da História. Aliás, isso seria impossível de fazer aqui. O
objetivo, no presente momento, é apenas ilustrar alguns dos muitos caminhos percorridos pela Filosofia, pelo
pensamento filosófico, em cada um dos períodos nos quais ela foi convencionalmente dividida. Vale lembrar também
que os temas que predominam num determinado momento são, muitas vezes, retomados em outros, não havendo,
portanto, uma rígida separação ou isolamento entre esses períodos. Alguns desses temas serão estudados no decorrer
do curso.

ATIVIDADE 4
a) Ao longo da História, a Filosofia teve diferentes preocupações. Com base na leitura do texto A História da
Filosofia compreende os períodos:

a) Antiguidade, Idade Moderna, Idade Contemporânea

b) Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna, Idade Contemporânea

c) Idade Moderna , Idade Média, Idade Contemporânea

d) Idade Moderna

AS ÁREAS DE INVESTIGAÇÃO DA FILOSOFIA


Foram muitos os temas discutidos pela Filosofia ao longo de todo esse tempo.

A seguir, você observará algumas dessas áreas.

• Estética ou Filosofia da Arte


Estuda o que é Arte, o que é o belo, o gosto artístico, as ideias que levam à produção artística e à criação, além
das relações entre a Arte e outras esferas da vida humana, como a sociedade, a política, a ética, ao longo dos tempos
e em diferentes contextos e culturas.
• Teoria do conhecimento (epistemologia) A epistemologia é a parte da Filosofia que estuda as diferentes
formas de conhecimento. Observa criticamente como o conhecimento é construído, quais são os seus métodos e qual
o seu alcance e potencial. Discute as relações da Filosofia com a Ciência, quando analisa, por exemplo, quais devem
ser os procedimentos que fundamentam uma experiência científica.

• Lógica Volta-se para os raciocínios considerados corretos e verdadeiros, debruçando- -se sobre argumentos
e sobre o bom encadeamento de ideias; analisa as formas e regras do pensamento: como um pensamento pode ser
demonstrado e por que ele pode ser falso ou verdadeiro.

• Metafísica Avalia tudo aquilo que não possui realidade física ou materialidade concreta, ocupando-se do
princípio e dos fundamentos de todos os seres. A palavra metafísica vem do grego: meta quer dizer “além”, e phýsis
significa “natureza”. Os conceitos de alma e de Deus, por exemplo, dentre outros muitos assuntos, são objeto de
discussão da Metafísica. •

Ética Reflete acerca dos valores, da ação e da atitude dos homens, bem como é responsável pela investigação
das bases da justiça e da melhor adequação do indivíduo ao seu meio social. Conceitos como vontade,
responsabilidade, liberdade, dever e obrigação são exemplos de temas discutidos pela Ética. BOOK_FILOSOFIA EM CE
VOL1.indb 39 21/01/15 11:29 40 UNIDADE 1
• Filosofia política Ocupa-se dos princípios e fundamentos de diferentes sistemas de governo. Reflete acerca
de conceitos como Estado, poder, autoridade, direito, lei, justiça, regimes políticos, ideias de conservadorismo,
revolução, dominação, ideologia e autoritarismo, entre outros.

Agora que você foi apresentado aos campos de investigação da Filosofia, é importante retomar o caminho
percorrido até aqui. Você começou esta Unidade pensando sobre o que é Filosofia, passou pela atitude e pela reflexão
filosófica e pôde verificar que elas conseguem suscitar uma postura de investigação da realidade, na medida em que
buscam compreendê-la. Por fim, você pôde observar alguns temas discutidos pela Filosofia ao longo da História e
conhecer algumas de suas áreas de estudo. Pense sobre a trajetória percorrida até aqui e, tentando fazer um uso
consciente de sua atitude filosófica, reflita se seu aprendizado está de acordo com as expectativas que você possuía
antes de iniciar seus estudos.

ATIVIDADE 5) Volta-se para os raciocínios considerados corretos e verdadeiros, debruçando- -se sobre
argumentos e sobre o bom encadeamento de ideias; analisa as formas e regras do pensamento: como um
pensamento pode ser demonstrado e por que ele pode ser falso ou verdadeiro. Essa afirmação corresponde a qual
campo da Filosofia?

a) Ética

b) Política

c) Metafísica

d) Lógica

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