Você está na página 1de 9

Por que somos corruptos?

Uma abordagem económica-comportamental e breves considerações sobre a


situação de Moçambique

1. INTRODUÇÃO.

Escolhi pesquisar a corrupção não, só porque e um tema interessante, mas principalmente porque
uma lição sobre a situação política, social e económica que enfrentamos actualmente, mas
também revela bastante a sobre a natureza humana na sociedade e especialmente sobre a alma do
povo Mocambicano, durante as minhas mergulhei em varias dissonâncias cognitivas, ideias
contrarias as intuições que eu já tinha acerca dessa problemática.

Falar alguma coisa sobre Moçambique (dados, tendências, polícia)

Será o caso de algumas macas podres dentro do sistema ou seria um problema mais endémico, e
que todos nos podemos nos comportar de maneira corrupta?

Este artigo procura responder a estas questões respondendo as seguintes:

-Análise crítica da teoria de custo benefício da corrupção e seu enquadramento para o


Moçambique

-Trazer um novo olhar XXXXXXX e tirar ilações para o caso de MoçambiqueXXXXXXXX

Acontece que sempre que desapareci misteriosamente uma grande quantia em dinheiro muitos de
nos pensa se tratar de um grande ladrão que fez uma analise de custos e benefícios e decidiu
roubar tudo, mas oque a história nos mostra ao longo do tempo e algo diferente e deveras
surpreendente que são muitas pessoas a roubar somente um pouco, e mantendo a imagem de que
são pessoas honestas.

2. REVISÃO DA LITERATURA

Porque somos Corruptos: uma abordagem económica-comportamental.

Na teoria económica a corrupção e baseada numa análise de custos e benefícios, onde o


individuo coloca na balança os possíveis custos de praticar uma acção corrupta e os possíveis
benefícios que poderá adquirir com a acção e a partir dai decide se pratica a acção ou não.

1. Vantagem que alguém obtêm de lucrar com o crime (ganho ou beneficio)


2. A probabilidade de ser pego (custo)
3. A punição esperada caso seja pego(custo).

Na ciência se temos um problema como a corrupção podemos criar uma réplica desse problema,
um método experimental e através desse experimento simples desse problema permite estudar o
problema e tirar conclusões.

Então realizamos um experimento simples de matemática.

Dava-se um simples de Matemática para resolver e a cada exercício correcto devia ser pago o
valor correspondente, em media resolvia se 4 questões certas e recebia um total de 4 dólares.

 Condição controle (4 questões).


 Condição triturador ( 6 questões).

Não era o caso de algumas pessoas a roubarem muito, mas sim de várias pessoas a roubarem
somente um pouco.
METODOLOGIA

Pesquisa Bibliográfica

Análise quantitatica, comparativa, histórica

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


Testando a análise de Custos e Benefícios.

1. Vantagem que alguém obtêm de lucrar com o crime (ganho ou beneficio) – na polícia,

Hipótese: Quando um polícia cobra multa de 1000mts, ele ganha 50mts de ganho, que leva para
se manifestar, mas quando pede refresco, ganha de imediato 100mts, sem burocracia, com pouca
probabilidade de ser pego.

“REFRESCO” – usa na teoria de margem de manobra

2. A probabilidade de ser pego (custo)


3. A punição esperada caso seja pego(custo).

Para o caso de Moçambiq Para o caso de Moçambique, temos que encontrar alguma evidencia
que sustenta o aumento de crimes ou práticas desonestas apesar do aumento da pena ou
probabilidade de ser pego.

1. Vantagem que alguém obtêm de lucrar com o crime.

Aumenta se a quantia oferecida para 50 centimos, 1 dólar, 5 dólares e por fim 10 dólares por
resposta correta.

Era esperado que a medida que o que a que a quantia aumentasse, as pessoas roubariam mais,
não foi esse caso.

De novo encontramos muitas pessoas a roubar somente um pouco.

2. A probabilidade de ser pega e a punição esperada caso seja apanhado.


 Outras pessoas destruíam metade da folha de respostas de tal forma que restava alguma
evidência.
 Outras pessoas destruíam toda a folha de respostas.
 Outras pessoas destruíam toda folha e pegavam o dinheiro de um pote com mais de 100
dólares.
Seria esperado a medida que a probabilidade de ser pego diminuísse as pessoas roubariam mais
mas de novo, não foi esse o caso.

O resultado era sempre o mesmo muitas pessoas a roubaram mas somente um pouco, neste caso
por pouco dinheiro, mesmo com a possibilidade de roubaram todo o dinheiro, as pessoas foram
insensíveis a esses incentivos da teoria económica racional ou tradicional.

Se as pessoas são insensíveis as explicações da teoria económica, a estas forcas oque poderia
estar acontecendo?

Chegamos a conclusão de que existem duas motivações uma económica e outra psicológica.

Por um lado, todos queremos olhar no para o espelho e nos sentirmos bem com o nosso senso de
integridade, honestidade, a nossa ética e moral e não queremos roubar (motivação Psicológica)

Por outro lado queremos nos beneficiar do roubo, roubando somente um pouco ainda nos
sentirmos bem com em relação a isso.

Então todos nos iremos roubar quando tivermos oportunidade, mas somente um pouco no
entanto que não mude a noção de honestidade que temos sobre nos mesmos.

Chamamos a isso A TEORIA DA MARGEM DE MANOBRA que através de um raciocínio


flexível, a capacidade de justificar nosso próprio comportamento.

Testando a Teoria da Margem de manobra.

Oque podem fazer para diminuir a margem de manobra?

Experimento 1: primeiro grupo devia lembrar dos 10 mandamentos, antes de realizar o teste de
matemática, nenhum roubou nada, tanto com cristãos e ateus.

Lembrar as pessoas padrões morais faz com as pessoas roubem menos ou sejam mais honestas.
Os 10 mandamentos e algo difícil de introduzir dentro do sistema de educação, sistema político e
na sociedade em geral, o equivalente a isso são os códigos de honra.

Assinando um código de honra antes da realização dos testes nenhum dos estudantes roubou
nada.

QUANTO A AUMENTAR A MARGEM DE MANOBRA.

1 Experimento: meia vida da Coca-Cola.

Nesse experimento deixando notas de dinheiro e de Coca-Cola o que desapareci são as cocas
colas.

2 Experimento: Usaram fichas invés de dinheiro real, desta vez o roubo aumentou quatro vezes.

Pense comigo, quão mal você se sentiria por roubar um lápis do trabalho, comparando com o
qual mal você se sentiria ao roubar o mesmo valor da caneta em dinheiro de uma caixinha de
dinheiro.

Mas isso não resolve o problema que enfrentamos em Moçambique actualmente porque também
existe um elemento social.

As pessoas vendo outras pessoas a roubarem, e vemos isso todos os dias nas médias de
informação e comunicação, todos tipos de maus exemplos.

1 Experimento: Deram dinheiro adiantado e deviam devolver e ficar somente com o dinheiro que
pertencia a eles.

 Nessa condição as pessoas roubaram mas somente um pouco.

2 Experimento estudante actor.

No final de 30 segundos um estudante levantasse e diz que terminou tudo e pode ir, então levou
todo dinheiro e foi embora, oque aconteceu com os outros estudantes.

Quando o estudante fazia parte do mesmo grupo os roubos aumentaram.

Quando o estudante fazia parte de outro grupo os roubos diminuíam.


Resultado: Ficou claro quando o estudante levantou que podiam roubar sem serem pegos então
de novo não era sobre a possibilidade de serem pegos, era sobre as regras da corrupção, quando
se trata de alguém do nosso grupo alguém no qual nos identificamos com o ele a corrupção pois
fica fácil para nos justificar aquele mau comportamento nos mesmos e mantendo assim o nosso
senso de honestidade distorcido.

Conclusõesão Recomendações
Todas pessoas são capazes de roubar, mas roubamos somente um pouco, qQuando recordamos
as pessoas sobre padrões morais e éticos os roubos diminuem pelo menos num curto espaço de
tempo. Quando existe uma distância do dinheiro real as pessoas roubam mais, qQuando vemos
alguém do nosso grupo a roubar, os roubos aumentam, e se for de outro grupo ao qual não
queremos nos associar os roubos diminuem.

Todos no mundo temos a mesma propensão para roubar se tivermos oportunidade, oque faria de
um pais para o outro são os incentivos neste caso provamos que os incentivos morais e sócias
influenciam mais em relação aos incentivos económicos.
Referências bibliográficas

Dan ariely,a mais pura verdade sobre a desonestidade, Elsevier.

Dan Arielly, Previsivelmente Irracional, as Forças Ocultas que Influenciam as nossas


Decisões,2008.

Você também pode gostar