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Colégio Internato dos Carvalhos

Portefólio 2022/2023
Aluna: Beatriz Correia
Professor: Isidro Pedrosa
Disciplina: Ética Profissional
Colégio Internato dos Carvalhos

1ºPeríodo
Apresentação
Nome: Beatriz Oliveira Correia
Idade: 17 anos
Número: 15576
Turma: 12ºAD1
Objetivos:
 Adquirir novos conhecimentos que me tornem numa cidadã cada vez
mais correta e justa perante a sociedade
 Sentir-me mais capaz numa perspetiva futurista, daquilo que é o mundo
do trabalho
 Ter a melhor média possível e aproveitar ao máximo o ano letivo.
Lição nº1
12/09/2022
Sumário
 Apresentação 
 Critérios e instrumentos de avaliação 
 Diálogo com as alunas sobre a disciplina de Ética Profissional 
Instrumentos de Avaliação
 Trabalho de grupo
 Trabalho individual
 Portefólio
Critérios e Instrumentos da Avaliação da disciplina de Ética Profissional
Critérios de

Avaliação dos Trabalhos de Grupo

Conteúdos letivos
 Unidade 1 – Abordagem introdutória ao estado da Ética  
A) ética como disciplina filosófica, conceito e aplicação. 
B) As questões éticas, 
C) Os dilemas éticos 
Unidade 2. O novo mundo do trabalho e as suas exigências
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 A) evolução do conceito de trabalho. Do trabalho à profissão,  


B) Os principais valores e Virtudes profissionais. 
C) A competência profissional saber, saber fazer E saber estar/ser: 
D) Trabalho e dignidade. O direito humano ao trabalha 
Unidade 3 – A Ética Profissional 
A) Ética Profissional e Odontologia; 
B) Fundamentos da Ética Profissional. 
C) Problemas éticos no contexto profissional, de Código deontológico ou de
ética, 
D) Códigos deontológicas; 
E) A Ética Profissional aplicada às Ciências e Tenologias. 
Unidade 4. O ingresso no manda de trabalho 
A) O “Curriculum Vitae”; 
Umidade 5. Ética e Responsabilidade social a Origem e significado da ética
Empresarial 
B) A Entrevista de Seleção 
Unidade 5: Ética e responsabilidade social
A) Origem e significado da ética empresarial
B) A Responsabilidade social das empresas
C) A SER e a teoria “stokecholders”
D) Ambiente e sustentabilidade
Lição nº2
19/09/2022 
Sumário:
 Módulo 1 abordagem introdutória ao estudo da ética

Entender conflitos existentes entre pessoas e estabelecer tipo de


comportamentos que facilitem a convivência em sociedade é o objetivo de
estudo da Ética.
A ética é uma área da Filosofia que lida com o que é moralmente bom eu mau,
certo ou Errado, Pode -se dizer, também, que ético e “Filosofia da moral são
sinónimos. 
Assim, a ética define-se como sendo uma disciplina da filosofia que estuda o
“dever ser do comportamento humano.  
NOTAS :
Sociedade – integração verificada entre duas ou mais pessoas, que somam
esforços para que determinado objetivo seja alcançado 
Lição nº3
26-09-2022
Sumário:
 Módulo 1: abordagem introdutória ao estudo da ética Continuação. 
 A ética e os valores. 
Funções dos valores
A) Ajudam o sujeito a saber o lugar em que está face ao par seus 
Semelhantes (na comunidade  
B) Centram a atenção das pessoas em objetos culturais e materiais que se
consideram essenciais. 
C) Formam um esquema de condutas socialmente reconhecidas como
corretas.  
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D)  Atuam como meios de contado e de pressão social. Motivam as


pessoas para a Alcalização de coisas cada vez melhores, enquanto
censuram outros campos semelhantes.  
E) Funcionam como meios de solidariedade  
Proposta de Trabalho dois vídeos
Vídeo Nº1
Ao visualizar este vídeo percebemos tendo em conta uma perspetiva futurista a
importância dos nossos comportamentos e a influência que estes têm na nossa
vida diária, como também estes contribuem para uma sociedade mais justa e
correta consigo e com os outros. Como vivemos em pleno crescimento e
evolução e cada vez mais ocorre mais exponencialmente quanto mais a nossa
intervenção for correta eticamente e moralmente mais benefícios e vantagens
teremos, pois para acompanharmos a tecnologia e a nossa era digital, em
constante evolução, é crucial a utilização dos nossos valores humanos, senão
essa capacidade fica limitada.
Vídeo Nº2
 Animais irracionais+ tortura =evolução do ser humano biológica
 Funcionalidade cérebro = compreensão
 Comparação homem com os animais
 Caraterização dos humanos como ser livres nas tomadas das decisões-
livre arbítrio
 Associar problemas cerebrais a atitudes humanas
Lição nº4
03/10/2022 
Sumário:
 Visualização do documentário “’The Philanthropist”, Constituição de
grupos de trabalho 
Apontamentos Visualização do Documentário
 Haiti- 300000 escravos- crianças
 Falta de arroz- revolta nacional. Importações EUA
 Problemas familiares
 Trafico humano- venda filhos
 Conflito interesses
Lição nº5
10/10/2022
Sumário:
 Inicio da realização do trabalho de grupo
Trabalho Grupo Nº1
Teatro do julgamento de Lucques
(Correspondência de personagens:Nuno Costa: Secretário do tribunal;
Nuno Baptista: Advogado de Lucques; Leonor Ferreira: Advogada do
governo; Matilde Cunha: Juíza; Hugo Martins: Lucques; Beatriz Correia:
Martine.)
Leonor e Nuno B. já estão sentados. Entra o Nuno C. com a Bea (polícia com a
Lucques). Entretanto, chega a juíza (Mi), todos se levantam, a Mi vai para o
lugar e sentam-se todos ao mesmo tempo.
Mi- Estamos aqui todos juntos para julgar as ações do senhor Lucques que
está a ser
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acusado de praticar tráfico humano. A defesa poderá começar a


argumentação.
Nuno B.- O meu cliente tem razões plausíveis que justificam as suas ações
visto que neste país, a violência urbana e a falta de qualidade de vida
favorecem o desenvolvimento de transtornos mentais na população. Esses
fatores são responsáveis pela prevalência de problemas como a ansiedade,
depressão, uso de drogas e, no caso do meu cliente, levou-o ao extremo da
loucura, vendendo o próprio filho, à procura de dinheiro para se alimentar e
melhores condições de vida para ambos.
Leonor- Objeção! Não podemos justificar o facto de ele ter traficado o filho
apenas porque precisava de dinheiro. Tráfico humano não deixa de ser um
crime.
Mi- Deferido, prossiga.
Nuno B.- Vou chamar o meu cliente a testemunhar para que consiga entender
o ponto de vista de alguém que vive todos os dias em pobreza extrema.
Mi- Confirmado.
(Hugo segue para a mesa ao lado da juíza.)
Nuno B.- Conte-me a sua experiência de viver num país com condições
precárias.
Hugo- Para quem não sabe, o Haiti é um dos países mais pobres do mundo e
o mais pobre das Américas. Ninguém tem noção do que é viver num país como
este. Mais de metade da população vive completamente sem condições
básicas de vida. Todos os dias vejo uma ou mais crianças a morrer devido a
doenças infeciosas. Vocês sabem o que é isso? Vê-las a morrer e não poder
fazer nada? Vendi o meu filho a pensar que ele poderia ter melhores condições
do que as que eu lhe poderia dar.
Nuno B.- É tudo, meritíssima.
(Hugo sai e volta a sentar-se à beira do Nuno B)
Mi- A acusação pode prosseguir com a argumentação.
Leonor- Mesmo que tudo o que o senhor Lucques tenha dito seja verdade,
nada justifica o ato de traficar o seu próprio filho. O tráfico humano é algo muito
sério, é um crime contra a liberdade pessoal, que afeta milhões de pessoas em
todo o mundo sujeitando-as a diversos tipos de exploração. Quando acontece,
a movimentação das vítimas é realizada com recurso à violência, ao engano ou
ao abuso, o que me diz que Lucques apenas o seu próprio bem-estar,
ignorando o que iria acontecer com Charlie.
Para além disto, o pai da criança nunca deveria usar como desculpa a falta de
dinheiro e a miséria do país para se provar inocente. Tráfico humano é crime; e
traficar o próprio filho ainda é mais preocupante.
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Para fundamentar o meu argumento irei chamar, se possível, a


senhora Martine, mãe da criança em questão, para testemunhar.
Mi- Confirmado.
(Bea entra e dirige-se à mesa de testemunhas)
Leonor- Senhora Martine, conte-nos então o que pensa sobre Lucques, o pai
do seu filho.
Bea- Isto é tudo uma farsa! O Lucques não queria o bem do Charlie. Ele
apenas queria dinheiro para os seus vícios. Nunca se preocupou com o bem-
estar do nosso filho. É um mau pai. Chegou ao ponto de me apontar uma arma
quando eu quis saber onde estava o nosso filho para o ajudar. O Lucques é
egoísta, violento, é um criminoso! E acima de tudo, é manipulador. Não
percebem que é precisamente isso que ele está a fazer agora? Ele está a
manipulá-la meritíssima.
Mi- Acalme-se senhora Martine.
Bea- Ninguém entende o que eu passei quando procurava o meu filho!
Leonor- Então está a afirmar que o pai do Charlie usou o dinheiro que ganhou
do tráfico do filho para gastar nos seus vícios certo?
Bea- Sim, ele usou-o para coisas que nunca serão mais importantes do que o
bem-estar do nosso filho. É o que estou a dizer; Lucques é um péssimo pai e
ele nunca irá mudar.
Leonor- Obrigada pelo seu testemunho senhora Martine. É tudo meritíssima.
(Bea sai da mesa de testemunho e volta a sentar-se no seu lugar)
Mi- A defesa tem algo a dizer?
Nuno B.- Sim meritíssima!
Mi- Pode prosseguir.
Nuno B.- Pelo que sei, segundo os registos que encontrei durante a minha
pesquisa sobre o caso, a senhora Martine já esteve presa anteriormente,
inclusive, ela chegou até a fugir da prisão antes de cumprir a sua pena. Ora
diga-me meritíssima, será ela uma pessoa minimamente confiável? Eu penso
que não, mas deixo a seu critério. É tudo.
Mi- Posto isto, acho que estamos prontos para um curto intervalo para tomar a
decisão final.
(Saem todos da sala e fica apenas a Mi a olhar para os papeis. Passado um
pouco entra o Nuno B. com dinheiro para a convencer a ganhar o caso.)
(O Nuno B. sai e passado um bocado volta a entrar toda a gente.)
Mi- Estamos aqui todos de volta para saber a decisão final e, analisando estes
fatores,
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decido que o facto do país ser tão miserável é suficiente para justificar
os atos do senhor Lucques, não esquecendo que ele pensou sempre
no bem-estar do seu filho.
O indivíduo será ilibado de todas as acusações feitas.
É tudo.
(Mi bate com o martelo na mesa e começa a arrumar os papeis.)
(A Bea começa a chorar e a gritar. O Nuno B. obriga-a a sair da sala. Os
restantes saem.)
(Voltamos a entrar para o resumo final.)

Resumo (Nuno C.)


Terminada a audiência às x horas, chegamos à conclusão de que a busca de
interesses distintos, entre pessoas, conduz ao surgimento de conflitos de
interesses, algumas vezes entre indivíduos, outras entre o indivíduo e a
sociedade, o que significa que em determinados momentos as pessoas
precisam de decidir o que é mais importante e qual é o comportamento mais
correto a adotar diante determinadas situações, ou seja, decidir sobre o que é
justo, o que é certo, o que é errado, o que é bom, e o que é mau.
Nesta audiência, a decisão final foi de que Lucques teve motivos suficientes
para fazer o que fez. O facto de viver num país tão pobre e tão miserável foi
suficiente para que a juíza acreditasse que ilibá-lo das suas acusações seria a
decisão mais justa e correta a tomar.
Damos então por concluída a audiência e agradecemos a vossa presença.
----//----
(Hugo): Agora finalizado o nosso teatro, iremos falar um pouco das questões
nele abordadas.
(Bea): É importante referir que o facto de as pessoas fazerem parte da mesma
sociedade não quer dizer que elas pensem da mesma maneira nem que
tenham as mesmas crenças. Cada pessoa possui os seus próprios valores e
por esse motivo, é natural que para além dos interesses da sociedade existam
também interesses individuais, gerando um conflito. Contudo, considerando
que cada pessoa não pode viver sem a restante sociedade, é necessário que
estes conflitos de interesses sejam ultrapassados e que seja estabelecido um
estilo de comportamento que mesmo não servindo a cada um em particular,
sirva ao conjunto.
(Mi): Neste caso, sabendo que o Haiti é um dos países mais pobres do mundo
e tendo noção das faltas de condições de vida básicas, da violência urbana e
das doenças contagiosas existentes, o desespero da população e
consequentes atos menos corretos, como por exemplo: o roubo de
medicamentos, comida, recorrência às drogas, entre outros, podem ser
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justificados. No entanto, no caso de Lucques, trata-se de tráfico


humano, algo que não pode ser justificado com base neste tipo de
argumentação.
(Hugo): Para além disto, durante o nosso teatro, outro crime que foi cometido e
representado foi a corrupção, tema bastante recorrente na atualidade. Esta foi
visível quando o Nuno B. subornou a juíza para ganhar o caso. Ora, uma vez
que a juíza aceitou o dinheiro, o julgamento tornou-se injusto, dando ao Nuno
uma vantagem em relação à advogada de acusação de Lucques.
(Nuno C.): Assim sendo, estamos conscientes de que é necessário entender os
conflitos existentes entre as pessoas, tendo como principal fator: perceber as
suas razões, as suas crenças e os seus valores. E, com base na influência que
estas coisas têm na sociedade, estabelecer tipos de comportamentos que
permitam a convivência entre os indivíduos do conjunto, sendo precisamente
esse o objetivo de estudo da Ética.

Lição nº6
17/10/2022
Sumário:
 Conclusão do trabalho de grupo

Lição nº7
24/10/2022 
Sumário:
 Atividades Dia do Colégio  
Lição nº8
31/10/2022 
Sumários:
 Início da apresentação dos trabalhos. 
 

Lição nº 9
07/11/2022 
Sumario:
 Conclusão da apresentação dos trabalhos. Dilemas éticas. Introdução.  
 
Lição nº10
14/11/2022 
Sumario:
 Dilemas éticos – conclusão  

Colégio Internato dos Carvalhos Ética Profissional – 12º Ano


DILEMAS ÉTICOS
No desempenho das nossas funções e atividades profissionais, vemo-nos
confrontados, muitas vezes, com conflitos e dilemas que ultrapassam a nossa
dimensão pessoal e a responsabilidade das nossas decisões. Por isso, no
confronto com esses dilemas é importante estarmos alerta para sabermos dar
as respostas mais adequadas à especificidade de cada situação em concreto.
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O ideal será agirmos numa atitude de prevenção, de modo a evitar o


surgimento dos dilemas éticos, mas quando não é possível evitá-los,
que seja, pelo menos, possível resolvê-los de forma correta e o mais justa
possível para todas as partes. O ideal será trabalharmos a partir de um caso
concreto: Estava eu em casa, sentado no meu sofá preferido, mas a minha
mente não descansava. Eram as quatro da tarde. Pela terceira noite
consecutiva, tinha acordado de madrugada, perturbado e confuso devido a um
problema na empresa que me causava uma angústia crescente. O facto de ser
o chefe de secção de uma empresa importante em altas tecnologias, e num
sector tão competitivo como este, tem os seus momentos difíceis. As vendas
andavam muito por baixo e já lá iam quase seis meses. O meu chefe,
constantemente, insistia comigo no sentido da obtenção de melhores
resultados. Há um mês que procurava um bom vendedor para trabalhar na
minha equipa e tinha entrevistado, há três dias, um candidato com grandes
possibilidades. Quando o vi entrar, com passo firme, no meu gabinete, percebi
que era aquela a pessoa que eu procurava. À medida que decorreu a
entrevista, o meu interesse foi aumentando e pensei que teria muita sorte se o
pudesse contratar. O seu historial de vendas era excecional e conhecia a
nossa indústria de uma ponta a outra. E, para acrescentar, tinha acabado,
depois de seis anos de êxitos ininterruptos, de deixar de trabalhar como
responsável na empresa que até era a nossa principal concorrente. Durante a
entrevista, dei-me conta de que aquele vendedor estava muito acima de todos
os candidatos que tinha entrevistado até àquele momento. Tinha praticamente
decidido contratá-lo – apenas lhe disse que iria fazer alguns contactos para
comprovar as referências que me dava -, quando aquele homem sorriu, puxou
da sua pasta donde tirou um “disco externo” (dispositivo de armazenamento),
que me mostrou como se fosse uma joia de valor incalculável. Imagina o
senhor o que contém este “disco externo”? – Perguntou-me. Abanei a cabeça.
Sem deixar de sorrir, e falando com grande segurança, o candidato ao lugar de
vendedor explicou-me que o “disco externo” continha uma grande quantidade
de informação confidencial sobre o nosso principal concorrente e seu antigo
patrão, incluindo o perfil de todos os clientes e os custos de um importante
contrato ao qual, também a nossa empresa, tinha concorrido. Ao terminar a
entrevista, o candidato prometeu-me que, no caso de o contratar, me facilitaria
o “disco externo” e muitos outros dados de interesse. Quando saí do meu
gabinete, tive duas reações perante este facto. A primeira foi de cólera. Como
poderia, aquele homem, fazer semelhante coisa? Eu sabia que a sua proposta
não era correta e, por isso, aquele indivíduo não era o tipo de pessoa que eu
precisava na minha equipa. A segunda reação não foi tão rápida nem tão
emocional, mas veio à superfície a pouco e pouco, fazendo-me compreender
que não podia recusar, sem mais, aquela oferta. Quanto mais pensava nisto,
mais me dava conta de que aquele homem nos oferecia, de mão beijada, a
mim e à empresa, uma mina de ouro. No caso de o contratar, não só
conseguiria o gigantesco contrato, como também muitas outros concursos
importantes que eu tentava apanhar havia três anos. Tinha tudo ao alcance das
mãos e percebi que se tratava de uma oportunidade daquelas que apenas
aparecem uma vez na vida. E não podia deixar escapar! Um dos meus filhos já
está na Universidade, os outros dois, não tardarão em seguir o seu exemplo,
pelo que, eu e a minha esposa, passamos por algumas dificuldades
económicas. Sem uma subida em termos de rendimentos, a situação apenas
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piorará. Aquela era, pois, a melhor ocasião para subir na carreira e isto
porque o vice-presidente executivo para as vendas e estudo de
mercado, se encontra perto da reforma e o meu chefe passaria para outro
cargo de maior responsabilidade. A sua substituição era o tema das conversas
de corredor. Dado o escasso volume de vendas, sempre pensei que não teria a
menor hipótese de ser o escolhido. Mas isso foi antes da minha entrevista com
o vendedor da outra empresa. Seria, pois, este o melhor momento para
conseguir um novo lugar na empresa. Percebi, então, que me encontrava entre
um “pau de dois bicos”. Por um lado, a cólera, por outro o interesse, e decidi
comentar a situação com um dos gerentes mais antigos da empresa, que tinha
sido o meu mentor desde que para ela entrei, há já 12 anos. Depois de lhe
contar toda a história, surpreendeu-me a brevidade e o acerto da sua resposta.
Contrata esse homem antes que outros o façam – disse-me. Sei que é um
risco, mas neste meio, todos procuram conseguir informações fidedignas sobre
a concorrência, utilizando quaisquer meios ao seu alcance. E iremos perder o
lado competitivo se não te decides enquanto é tempo. Percebi que o uso da
expressão «lado competitivo» era uma limitação do nosso chefe, o qual insistia
sempre em palavras daquele género. Ao sair do seu gabinete, bateu-me nos
ombros, piscou-me o olho e disse-me que estava seguro de que eu faria o
melhor. Enquanto me dirigia ao meu gabinete, «tropecei» com a minha
principal colaboradora, uma inteligente e decidida licenciada em administração
de empresas. Vejo-te preocupado – disse-me ela. Passa-se alguma coisa?
Pedi-lhe que me acompanhasse ao gabinete e, aí, expliquei-lhe toda a história.
A sua resposta foi exatamente a contrária da do gerente com quem tinha
acabado de falar. Escuta, disse-me ela olhando-me diretamente nos olhos -,
aconselho-te a que penses bem. Não é só a conduta desse homem que está
mal, mas também, tu estarás a dar guarida ao seu proceder se o contratares. E
se ainda fosse pouco, nunca saberás em que momento ele nos poderá roubar
para vender esses dados a outra empresa – Acenei afirmativamente com a
cabeça na medida em que também já tinha pensado nisso. - Além disso,
acrescentou, se alguma vez se divulgasse que o contrataste sabendo que ele
tinha roubado informação confidencial, o assunto poderia estalar e ser um
descrédito para a nossa empresa. Quando a minha colaboradora saiu, fiquei
sentado a pensar que os meus dois amigos, longe de me terem ajudado,
apenas tinham complicado a minha decisão. Não sabia o que fazer: contratá-lo,
ou dizer-lhe: «Muito obrigado, mas não estamos interessados nos seus
serviços». Poderia, no entanto, contratá-lo com a condição de que fosse sob
reserva que me entregaria a informação roubada. Mas poderia eu confiar? O
melhor seria recusar e pedir para falar com o seu antigo chefe. Naquela noite,
todo este conjunto de perguntas impediu-me de dormir e obrigaram-me a fazer
uma difícil ginástica mental. Sabia que na minha consciência, o comportamento
daquele homem não era correto e que, por vezes, faz falta muito força para
defender o que é justo. Mas, ao mesmo tempo, não queria ser tomado por
ingénuo uma vez que outros o faziam. Os concorrentes ter-se-iam lançado
como feras perante esta oportunidade de conseguirem, de uma só vez, um
vendedor de talento e informações confidenciais fidedignas. Não sabia a quem
mais pedir conselho. O meu chefe encontrava-se na sede central, em Chicago
e tudo o que saía da sua boca ou das suas comunicações por correio tinha a
ver com o aumento das vendas. O vicepresidente da nossa secção ia retirar-se
e já não se ocupava demasiado dos assuntos da empresa. O presidente era
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quase um desconhecido para mim; raras vezes o via e não sabia nada
sobre ética empresarial. Percebi, então, que precisava de pedir
conselho a alguém que não estivesse diretamente relacionado com o caso.
Três noites seguidas de insónias já eram mais que suficientes. Ainda não tinha
decidido se contrataria ou não aquele vendedor. «Que vida a minha!» pensei,
sorrindo pela primeira vez ao fim de vários dias.

ATIVIDADE:
Depois da leitura atenta do texto, procura fazer uma reflexão sobre as
seguintes questões:
1- Será um problema ético? Porquê?
2- Que te parecem os conselhos que foram dados à personagem deste
caso?
3- Que conselho darias para a resolução deste caso 

1-Sim, é um dilema ético pois devido à situação profissional e pessoal precária


da personagem, na duvida, entre duas decisões, uma correta e outra
eticamente incorreta sendo esta vantajosa, porem apesar de ajudar a sua
empresa é necessário prejudicar outra.
2-A meu ver, o gerente não tem uma conduta ética correta pois não tem o
direito de calcar outra empresa por melhorar o estado da sua. Já a
colaboradora, apresenta um comportamento distinto e correto.
3-Na minha opinião, não contraria o homem pois se ele é capaz de vender
informação à cerca da sua antiga empresa prejudicando-a , então também, é
capaz de vender a nova em que trabalha com o mesmo intuito. Isso demonstra
a sua falta de carater que é bastante importante para o mundo do trabalho.
Lição nº 11
21/11/2022
Sumário
 Introdução ao módulo 2: Novo mundo do trabalho e as suas exigências
 Inicio da realização ficha de trabalho
Lição nº12
28/11/2022
Sumário
 Conclusão da realização da ficha de trabalho sobre o novo mundo do
trabalho e as suas exigências
Ficha de trabalho-Módulo 2
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1. A palavra trabalho vem do latim tripalium, termo formado pela junção


dos elementos tri, que significa “três”, e palum, que quer dizer
“madeira”Tripalium era o nome de um instrumento de tortura constituído
de três estacas de madeira bastante afiadas e que era comum em
tempos remotos na região europeia.Desse modo, originalmente,
"trabalhar" significava “ser torturado”.No sentido original, os escravos e
os pobres que não podiam pagar os impostos eram os que sofriam as
torturas no tripalium. Assim, quem "trabalhava", naquele tempo, eram as
pessoas destituídas de posses. A ideia de trabalhar como ser torturado
passou a dar entendimento não só ao fato de tortura em si, mas
também, por extensão, às atividades físicas produtivas realizadas pelos
trabalhadores em geral: camponeses, artesãos, agricultores, pedreiros
etc.A partir do latim, o termo passou para o francês travailler, que
significa “sentir dor” ou “sofrer”. Com o passar do tempo, o sentido da
palavra passou a significar “fazer uma atividade exaustiva” ou “fazer
uma atividade difícil, dura”.Só no século XIV começou a ter o sentido
genérico que hoje lhe atribuímos, qual seja, o de "aplicação das forças e
faculdades (talentos, habilidades) humanas para alcançar um
determinado fim"
2. Eu tenho a mesma opinião que Abraham Maslow pois com base nas
suas
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ideias, é através da superação e resiliência de enfrentar os


obstáculos e desafios que nos faz sentir mais capazes e confiantes,
sendo consecutivamente mais realizada a nível pessoal.
3. A declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), no que toca
ao Direito Humano ao Trabalho, diz que todas as pessoas têm direito ao
trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e
satisfatórias de trabalho. Todos têm direito, sem discriminação alguma,
a salário igual por trabalho igual.
4. As 3 virtudes profissionais destacadas por Clauss Möllersão a
responsabilidade, a lealdade e a iniciativa.Um profissional responsável é
aquele que assume as consequências das suas ações e que se
responsabiliza quando algo, ou algum projeto, não corre de acordo com
o plano. Por exemplo, um treinador responsável de uma equipa de
basquetebol, não pode culpar os jogadores caso percam um jogo;
o mesmo deve aceitar a derrota e focar-se em melhorar a sua
equipa, uma vez que esta se encontra à sua responsabilidade. Um
profissional leal, é aquele que se demonstra sempre disponível para
resolver algum problema, e a quem se pode confiar o bom
desenvolvimento de um determinado projeto, e que não o
abandona, mesmo sabendo que pode não estar a correr muito bem. Um
adepto de futebol leal, por exemplo, é aquele que vê o seu clube a
perder um jogo e não muda de clube, permanece e apoia nos futuros
jogos. Um profissional com iniciativa, é aquele que quer inovar, de forma
a melhora uma empresa ou um determinado projeto
5. A coragem e a humildade também são duas virtudes que
constroem um bom profissional. É necessário ser-se humilde, isto é,
saber o lugar que se ocupa na hierarquização de uma determinada
empresa, para não haver faltas de respeito para com ninguém.
6. A Inteligência Artificial é uma ferramenta, que num futuro próximo,
poderá ser muito valiosa para a humanidade. Ter máquinas
capazes de pensar e realizar tarefas que também o homem consegue
fazer é um grande avanço na tecnologia. Mas até que ponto é que as
máquinas nos podem substituir? Cada vez mais a taxa de desemprego
aumenta em inúmeros países, e de certeza que a IA seria uma boa
forma de aumentar ainda mais esses números. Não só por esta razão,
mas também pelo facto de que estas máquinas podem levar à perda
de habilidade para a realização de tarefas simples, e que permitem
a humano a evolução necessária para sobreviver

Reflexão sobre a Importância da Ética Profissional- 1ºPeríodo


Colégio Internato dos Carvalhos

 Na minha opinião foi um período enriquecedor onde


aprendemos de uma forma introdutória a ética como disciplina
filosófica, como a aplicamos no dia a dia, as u suas questões e dilemas.
Acho bastante interessante o recurso a trabalhos de grupo/ visualização
vídeos / documentários.
Autoavaliação Portefólio 1ºPeriodo
 Autoavalio-me com 19 valores, uma vez que ´´e um instrumento de
avaliação que se encontra devidamente organizado, bem apresentado
(com criatividade) e com conteúdos das aulas semanais bem como
apontamentos e trabalhos desenvolvidos

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