Você está na página 1de 44

Introdução à

LITERATURA SAPIENCIAL
Os livros de Jó, Provérbios e Eclesiastes formam a literatura ção do Espírito, tiravam conclusões sobre a natureza humana e so-
sapiencial da Bíblia. A literatura sapiencial tem uma abordagem ca- bre como viver uma vida agradável a Deus.
racterística, além de uma gama própria de assuntos, o que faz dela Outras seções poéticas da Bíblia, como os Salmos (SI 8.3-4).
uma seção distinta de estudo. Nesses livros, o termo "sabedoria" e podem tratar de temas semelhantes aos encontrados na literatura
os seus sinônimos, tais como "entendimento", ocorrem com muito sapiencial; e tais seções são comumente consideradas como repre-
mais freqüência do que em outras partes da Bíblia. Esses livros po- sentantes da presença ou influência da tradição sapiencial. Na ver-
dem ser distinguidos dos Profetas e dos textos históricos do Antigo dade, a sabedoria é um tipo de tradição ou cultura humana. Não é
Testamento pela forma como a verdade é neles revelada. A exem- encontrada somente em Israel. mas também em outras civilizações.
plo dos historiadores, os escritores sapienciais baseiam-se na ob- Uma parte constitutiva de toda sabedoria, além da sua filosofia, é a
servação e no estudo. No entanto, eles fazem um maior uso da orientação prática e o ensinamento sobre como viver. Contudo, a sa-
introspecção e da meditação do que os historiadores. Diferente bedoria da Bíblia é peculiar, porque, em todos os seus caminhos atra-
dos historiadores, os sábios não discutem a história de Israel. Eles vés das alturas ou das profundezas da experiência humana. ela
falam pouco ou nada sobre Moisés, a Lei, os reis, a geografia ou a deposita a sua confiança no Deus de Abraão, o Pai de Jesus Cristo. A
política. Ao invés disso. os escritores sapienciais falam da condição sabedoria tem a sua fonte e começo no "temor do SENHOR" (Pv
humana como tal. em seus aspectos permanentes. Eles trazem até 9.1 O), tanto em suas idéias bem como em seus métodos e sua ética.
ela a perspectiva da majestade divina e da providência governado- Em sua revelação através dos sábios, o Espírito de Deus abarca
ra, refletindo sobre a questão de como a criatura deve pensar sobre desde provérbios simples e domésticos. passando pela terminologia
o Criador. Estes escritores dão atenção especial ao problema do enigmática e, freqüentemente, difícil de Eclesiastes, chegando até
sofrimento humano. as palavras misteriosas e sublimes de Jó. Diz-se com freqüência que
A literatura sapiencial assemelha-se à profecia no uso da poe- as parábolas de Jesus estão associadas à tradição sapiencial. Essa
sia e na expressão de verdades profundas. Mas, em seu papel associação mostra que a origem proverbial, humilde e aparentemen-
como mensageiros de Deus, os profetas transmitem mensagens te humana de boa parte da literatura sapiencial não é um obstáculo a
divinas dirigidas a situações específicas. Eles também predizem o que se perceba a sua inspiração divina. Ao contrário, é a sabedoria
futuro. Os sábios observavam o mundo ao seu redor e, sob a dire- multiforme de Deus que é revelada na literatura sapiencial.
,
PROVERBIOS
de Salomão

··n:
li .
;,,
.
Autor O Livro de Provérbios constitui-se numa
coleção de ditos sábios procedentes de uma série de
~. . autores. O nome de Salomão aparece em 1.1; 10.1;
da aos jovens por uma pessoa mais idosa. A instrução geralmente
começa com um vocativo ("Filho meu"). seguido de exortações e
mandamentos com explicações de apoio e encorajamentos.
- "· '·'· 25.1. O cap. 30 é atribuído a Agur, e o cap. 31, a Le- O outro formato principal em Provérbios é o dito proverbial
muel. Que Salomão foi uma personalidade-chave no movimento contido numa máxima de uma só sentença, encontrado especial-
sapiencial e que escreveu muitos provérbios fica claro em 1Rs mente em 10.1-22.16 e 25.1-29.27. Esses ditos são freqüen-
4.29-34. A influência geral de Salomão sobre o Livro de Provérbios temente apresentados em paralelismo, no qual a segunda linha
é considerável, e a sua autoria direta de boa parte do material não estabelece um contraste direto com a primeira, ou então a segun-
precisa ser questionada. No entanto, a afirmação em 1.1 ("Provér- da linha desenvolve a idéia contida na primeira. O uso do paralelis-
bios de Salomão") não precisa ser entendida muito além do papel mo de contraste é típico na comparação da sabedoria com a
de liderança exercido pelo rei na compilação do livro. Otítulo saio- loucura e da justiça com a iniqüidade.
mônico pode referir-se tanto à marca do caráter de Salomão sobre Outra forma proeminente é o provérbio numérico (6.16-19;
a literatura sapiencial bem como à sua autoria direta. Sendo óbvio 30.15-16, 18-19). o qual, especialmente com relação aos ditos
que ele não escreveu o livro inteiro tal qual o temos, 1.1-7 indica contidos numa máxima duma só sentença, aparentemente favore-
que a obra não é uma coleção acidental. mas uma construção pro- ce a percepção da ordem nas questões complexas e nas experiên-
posital com determinados objetivos. cias de vida. Ao agrupar e comparar tais questões e experiências, a
obtenção e avaliação do conhecimento se desenvolve de tal forma
·~
1
Data e Ocasião º' ''"'""" do
~ literário ou do conteúdo de Provérbios, nada no livro
/ " .. ·
'°""'" que nos é possível aprender qual é a vida correta e como buscá-la.
Para uma discussão adicional das características, temas e for-
, ~~ · demanda uma datação posterior à queda de Jeru- mas poéticas de Provérbios, veja as introduções à Literatura Sapien-
1 -"'~-=- salém e ao exílio babilônico do século VI a.C A obra cial e à Poesia Hebraica. Provérbios, à semelhança da Lei de Moisés,
toda harmoniza-se com aquele período, embora seja impossível traz o testemunho de Cristo, retratando a sua pessoa e obra. A Lei
afirmar quando o livro alcançou a sua forma atual. Partes dele são apresenta a justiça e a santidade de Cristo, o grande descendente de

-
do tempo do rei Ezequias (25 1). Abraão que herdaria as bênçãos da aliança de Deus e as mediaria a
todas as nações (GI 3.14). Provérbios e os outros livros sapienciais
Características e Temas o Livro de apresentam a sabedoria e o discernimento de Cristo. De acordo com

A
1 1

Provérbios apresenta dois formatos principais do gê-


1 o Novo Testamento, Jesus Cristo é a sabedoria de Deus encarnada
! nero sapiencial. Nos caps. 1-9, há um bom número
1 (1Co 1.14,30; CI 2.2-3).
de construções mais longas semelhantes à "instru- O Livro de Provérbios não toca em muitos dos mais proemi-
ção" de determinada literatura egípcia antiga. Alguma dependên- nentes temas religiosos do Antigo Testamento. Mas, lidando com
cia na forma e no conteúdo não deveria nos surpreender, dadas as o que, muitas vezes, considera-se como as áreas mais mundanas
preocupações comuns da literatura de sabedoria em todas as cul- da vida, Provérbios ensina-nos que toda a vida deve ser vivida para
turas. Se a forma desenvolveu-se em escolas para a elite (como no a glória do soberano Criador. Há uma ordem moral para toda a cria-
Egito) ou em casa (como foi, provavelmente, o caso em Israel). o ção, e as violações dessa ordem apenas conduzem a conseqüênci-
seu conteúdo consiste da sabedoria para a vida tal qual era ensina- as adversas.

, Esboço de Provérbios
1. Prólogo: o propósito do livro (1.1-7) H. Preceitos sobre os relacionamentos humanos
li. Instruções da Sabedoria (1.8-9.18) (3.27-35)
A. Recomendação.da Sabedoria (1.8-9) 1. Recomendação da Sabedoria (cap. 4)
B. Admoestação contra a violência (1.10-19) J. Admoestação contra o adultério (cap. 5)
C. Recompensas da Sabedoria (1.20-33) L. Instruções preventivas (6.1-19)
D. Sabedoria como um dom divino e uma tarefa humana M. Outras admoestações contra o adultério
(cap. 2) (6.20--7.27)
E. A disciplina do Senhor (3.1-12) N. Vocação e excelência da Sabedoria (cap. 8)
F. Hino à Sabedoria (3.13-20) D. Competição entre a Sabedoria e a loucura (cap. 9)
G. Orientação para a vida (3.21-26) Ili. Provérbios de Salomão (10.1-22.16)
___ I
PROVÉRBIOS 1 726

IV. Instruções dos sábios (22.17-24.22) VII. As palavras de Agur (cap. 30)
V. Outras máximas dos sábios (24.23-34) VIII. A$ pEJlavras do rei Lemuel (cap. 31)
VI. Outros provérbios de Salomão, copiados pelos homens A.O bom rei (31.1-9)
de Ezequias (caps. 25-29) B. A boa esposa (31.10-31)

Uso dos provérbios 7 eQ temor do SENHOR é o princípio do saber,


ªProvérbios de Salomão, filho de Davi, mas os loucos desprezam
1 o rei de Israel.
2 Para aprender a sabedoria e o ensino;
a sabedoria e o ensino.

para 1 entender as palavras de inteligência; Contra as seduções dos pecadores


3 para obter o ensino do bom proceder, BfFilho meu, ouve o ensino de teu pai
a justiça, o juízo e a eqüidade; e não deixes a instrução de tua mãe.
4para dar aos bsimples prudência 9 Porque serão gdiadema de graça
e aos jovens, conhecimento e bom siso. para a tua cabeça
s couça o sábio e cresça em prudência; e colares, para o teu pescoço.
e o instruído adquira habilidade to Filho meu, se os pecadores
6 para entender provérbios e parábolas, querem seduzir-te,
as palavras e d enigmas dos sábios. hnão o consintas .

• C;PÍTULO 1 1-:;-1Rs432~Pv 10-;-2;~;c


12 9 - ;1c~~preen~er:d1s;;mr ~ bPv-94-S c~-99- 6dNm12;S~2~n8~3
7eJó2828;Sl111.10;Pv9.10;1533;[Ec12.13) 8/Pv4.1 9&322 tOhGn39.7-10;Dt13.8;Sl50.18;[Ef5.11)
•1.1 Provérbios. A palavra hebraica correspondente a "provérbios" tem uma guiar. orientar ou dirigir. Ela realça a importância dos corretos pensamentos e a
série de significados. mas geralmente é aplicada a um aforismo ou máxima experiência na tomada de decisões.
dentro de um contexto de sabedoria. Oprólogo (1.1-7) aplica-se ao livro inteiro e •1.6 Estes diferentes termos podem ser usados como sinônimos, como em Hc
à variedade de ditos de sabedoria que ele contém, todos eles classificados 2 6, mas é provável que aqui sejam formas distintas de ditos de sabedoria, tendo
genericamente como "provérbios" como característica comum um enigma que desafia o intelecto (1.1, nota).
Salomão. Embora Salomão tenha escrito muitos provérbios (1Rs 4.32). as parábolas. As parábolas de Jesus são um tanto diferentes daquilo que se vê em
palavras de outros sábios que não eram de Salomão estão aparentemente Provérbios. embora mostrem a influência da literatura de sabedoria. Temos aqui,
incluídas sob esse título (p ex .. Agur. 30.1; e Lemuel, 31.1) Até mesmo nos provavelmente, um amplo mas identificável tipo de literatura de sabedoria. A
materiais atribuídos a Salomão. algo que não foi de uma autoria direta pode ter palavra é usada para a indicação do enigma de Sansão (Jz 14.12-19). de uma
sido incluído. As raízes das tradições proverbiais na experiência popular tornam alegoria (Ez 17.2) e das declarações usadas para testar Salomão (1 As 10.1)
improvável que Salomão tenha sido o originador exclusivo de todos os provérbios •1. 7 O temor do SENHOR. Esta idéia é o princípio controlador de Provérbios e é
que ele deixou registrados por escrito (Introdução: Autor). uma antiga e decisiva contribuição israelita para a inquirição humana pelo conhe-
•1.2-4 Referência explícita ao propósito que há por detrás desta coletânea, a cimento e pelo entendimento. O temor do Senhor é a única base do verdadeiro
qual sugere alguma espécie de uso educacional formal que estava sendo feito de conhecimento. Esse "temor" não consiste em um terror desconfiado de Deus.
tal material, embora não seja forte a evidência a favor da existência de escolas de mas, antes. é a admiração reverente e a resposta em adoração da fé ao Deus que
sabedoria em Israel. se revela como Criador, Salvador e Juiz. Embora o relacionamento pactuai de
•1.2 a sabedoria. Opropósito do Livro de Provérbios é guiar o leitor à sabedoria, Israel com Deus receba pouco clara atenção em Provérbios, o uso do nome divino
vocábulo.com muitas nuances. Está relacionado com o intelecto e com o controle estreitamente associado com a aliança, o SENHOR (hebr. Javé, Êx 3.15; 6.3 e no-
do comportamento humano. É uma maneira de pensar sobre a realidade que tas), é significativo. Isso indica que a aliança redentora de Deus com seu povo e a
capacita alguém a seguir o que é bom na vida. Através da sabedoria, Deus revela revelação especial que a acompanha são fundamentais para a verdadeira sabe-
quais são os valores da vida e como podem ser alcançados. doria. Em Deuteronômio, "temor do Senhor" significa viver segundo as estipula-
o ensino. Esta palavra sugere a disciplina moral e intelectual. Com freqüência in- ções da aliança, em grata resposta à graça remidora de Deus (Dt 6.2,24). O
dica o aprendizado da sabedoria. templo erigido por Salomão mais tarde tornou-se a expressão visivel do relacio-
namento pactuai de Israel com o Senhor. que, novamente, é descrito como o "te-
palavras de inteligência. Ou seja, discernimento. a capacidade de ler entre
linhas e fazer distinções corretas. mor do Senhor" (1Rs 840.43) Há um elo importante através de Salomão e do
templo entre a sabedoria bíblica e a teologia da aliança, encontradas em outras
•1.3 a justiça, o juízo e a eqüidade. Esses termos podem ser usados em partes no Antigo Testamento.
contextos religiosos e éticos, bem como nos negócios temporais. Às vezes, a
sabedoria bíblica parece interessar-se por assuntos deste mundo, mas sempre o
é o princípio do saber. Ver também 24-6; 9 1O; 15.33; Já 28.28; SI 111.1 O O
hebraico significa o ponto de partida do conhecimento como o seu princípio
faz dentro do arcabouço do desígnio divino para a ordem criada.
básico e normatj~o._E_ssa última possibilidade está em foco aqui. Enquanto que.
•1.4 aos simples. Estas palavras fazem paralelismo, no mesmo versículo, com em sua graça comum, Deus capacita os incrédulos a saberem muito sobre o
"aos iovens". Referem-se a algum jovem sem tutor e inexperiente, não àqueles mundo. somente o temor do Senhor capacita o indivíduo a sabei o que alguma
destituídos de capacidades intelectuais. A sabedoria é uma questão de piedade coisa significa em última análise. Dependendo desse entendimento, a sabedoria
prática. persegue a tarefa de refletir sobre a experiência humana. Ver "A Sabedoria e a
prudência. Ou seja, a perspicácia Vontade de Deus", em Dn 2.20.
bom siso. Estas palavras sugerem tomar decisões corretas com entendimento. •1.8-9 A forma de instrução da literatura de sabedoria, no antigo Oriente
•1.5 cresça em prudllncia. A sabedoria estava insntucionalizada na cultura antiga Próximo, começa tipicamente com uma chamada para que se preste atenção. Pai
na qual o sábio convocava as pessoas para aumentar a sabedoria delas. Sucessivas e mãe estavam ambos envolvidos na instrução do lar.
gerações deveriam aprender das gerações anteriores (v. 8). Note a típica estrutura •1.8 o ensino. Ver a nota em 3.1.
paralela deste versículo, na qual frases quase sinônimas são reunidas. •1.9 diadema de graça ... colares. Essas metáforas retratam o efeito da
habilidade. A palavra hebraica, usada somente em Provérbios e em Já. significa sabedoria no embelezamento da vida do indivíduo.
ll Se disserem: \fem conosco,
727
21 sdo alto dos muros clama,
PROVÉRBIOS 1
l
1embosquemo-nos para derramar sangue,
à entrada das portas e nas cidades profere as suas palavras:
espreitemos, ainda que sem motivo, os inocentes; 22 Até quando, ó 9néscios, amareis a / necedade?
12 traguemo-los vivos, como 2 o abismo, E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio?
e inteiros, icomo os que descem à cova; E vós, loucos, aborrecereis o conhecimento?
13 acharemos toda sorte de 3 bens preciosos; 23 Atentai para a minha repreensão;
encheremos de 4 despojos a nossa casa; eis que aderramarei copiosamente
14 lança a tua sorte entre nós; para vós outros o meu espírito
teremos todos uma só bolsa. e vos farei saber as minhas palavras.
JS Filho meu, 1não te ponhas a caminho com eles; 24 rMas, porque clamei, e vós recusastes;
m guarda das suas veredas os pés; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse;
16 nporque os seus pés correm para o mal 2s antes, 5 rejeitastes todo o meu conselho
e se apressam a derramar sangue. e não quisestes a minha repreensão;
17 Pois 5 debalde se estende a rede 26 1também eu me rirei na vossa desventura,
à vista de qualquer 6 ave. e, em vindo o vosso terror, eu zombarei,
18 Estes se emboscam contra o seu próprio sangue 27 em "vindo o vosso terror como a tempestade,
e a sua própria vida espreitam. em vindo a vossa perdição como o redemoinho,
19 ºTal é a sorte de todo ganancioso; quando vos chegar o aperto e a angústia.
e este espírito de ganância 28 vEntão, me invocarão, mas eu não responderei;
tira a vida de quem o possui. procurar-me-ão, porém não me hão de achar.
29 Porquanto xaborreceram o conhecimento
Clama a Sabedoria e não zpreferiram o temor do SENHOR;
20 PGrita 7na rua a Sabedoria, 30 ªnão quiseram o meu conselho
nas praças, levanta a voz; e desprezaram toda a minha repreensão.

A ~t-iPv 1~2;
119.101
Jr 52;~1;-/ SI~~ 2-~a s~p;ura.-Heb~Sheo~ 13-;Lit~riq=~a;;;;,::s-;;; 4~
1 e;ó/io 15 1SI1.1; Pv 4.14 m SI
16 n Pv 6.17-18; [Is 59.7]; Rm 3.15 17 Sem vão ô Lit. senhor da asa 19 ºPv 15.27; [1Tm 6 10] 20 PPv 8.1; 9.3; [Jo 7.37]
7 de fora 21 8Conforme LXX, S, T; V a cabeça das multidões 22 9/ngênuos 1ingenuidade 23 q Is 32.15; JI 2.28; [Jo 7.39] 24 ris
65 12; 66.4; Jr 7.13; Zc 7.11 25 ss1107.11; Lc 7.30 26 ISI 2.4 27 u [Pv 1024-25] 28 v1sm 8.18; Já 27.9; 35.12; SI 18.41; Is 1.15;
Jr 11.11, 14.12; Ez 8.18; Mq 3.4; Zc 7.13; [Tg 43] 29 XJó 21.14; Pv 1.22 zs1119.173 30 a SI 81.11; Pv 1.25
•1.10-19 Estes versículos compõem outra unidade na forma da instrução. É ria, antes que se torne tarde demais. Personificações da sabedoria também
possível que essa forma tenha sido um instrumento de ensino na educação mais podem ser encontradas em 3.14-18; 8.1-36; 9.1-12.
formal, aquela efetuada fora do lar, na qual os sábios ensinavam os seus alunos. •1.21 portas. O portão da cidade era o fórum público de conselho e julgamento
As cláusulas condicionais ou frases com um "se" (vs. 10-11) indicam as situa- IDt 22 15; 25.7; Rt 4.1, 11; 2Sm 19 8). Este é o local apropriado para a figura da
ções às quais se aplicam essa sabedoria. A ordem do v. 15 é apoiada pelas razões sabedoria chamar as pessoas a atenderem os seus conselhos.
dadas nos vs. 16-19 •1.22 ó néscios. Ver a nota sobre o texto; também o v. 4, nota. Houve um de-
•1.12 o abismo. O reino da morte é descrito aqui como pronto para tragar as senvolvimento no pensamento. Em questão não está meramente a obtenção de
suas vítimas. Em outros lugares, esse termo poético denota uma dimensão onde mais discernimento, mas uma escolha deliberada entre dois caminhos. A sabe-
a corrupção é o pai e o verme é a mãe [Já 17.13-14). um domínio dotado de doria e a insensatez, a retidão e a iniqüidade, aparecem em constante oposição
portas [Is 38.1 O). Trata-se da terra de onde não há retorno [Já 7.9), do silêncio (SI em Provérbios como as duas únicas opções na vida [cf. Mt 7.24-27).
94 17), das trevas (SI 143.3) e do esquecimento [SI 88.11-12). Ver 9.18, nota; Is escarnecedores. Osignificado preciso dessa palavra. usada principalmente em
14.9-11, nota. Provérbios, é difícil de determinar. O escarnecedor ou zombador é uma pessoa
que resiste à disciplina dos sábios 19.7-8; 13.1; 14.6; 2111 ).
•1.13 bens preciosos. Provérbios não proíbe e.nem desencoraja as riquezas -
loucos, Pessoas embotadas, a quem não se pode ensinar.
somente o uso do mal para obtê-las. Entretanto, a riqueza suprema é a própria
o conhecimento. Ver 1.7. Na literatura de sabedoria, "conhecimento" é, com
sabedoria (2.4; 3.13-16; Já 28 12-19)
freqüência, um sinônimo para sabedoria.
•1.15 Filho meu. Depois de uma extensa oração condicional [vs. 10-14). é •1.23 o meu espírito. Provérbios reconhece a sabedoria tanto como uma dádi-
repetida a conclamação que reforça a ordem de se evitarem pessoas más va divina quanto como uma tarefa humana. O primeiro desses aspectos é visto
•1.16 Este versículo é quase idêntico a Is 59.7, sendo parcialmente citado em em 1.7, onde o temor do Senhor cresce da graça de Deus na redenção. A reden-
Rm 3.15. ção envolve uma renovação da mente, bem como a regeneração da alma (Rm
12.1-2; 1Co 1.18---26)
•1.17 debalde... ave. Esta declaração é introduzida para fortalecer as razões do
•1.24 vós recusastes. A rejeição ao evangelho da sabedoria tem seus parale-
conselho do autor. Oseu significado aparente é que até uma ave evitará uma ar-
los na rejeição da graça de Deus por parte de Israel.
madilha, uma vez que tome conhecimento dela. Aqueles que estão sendo tenta-
•1.25 o meu conselho. Aqui a sabedoria fala caril toda a autoridade. Sendo o
dos deveriam fazer a mesma coisa.
conselho de Deus, seu conselho e orientação não estão abertos ao debate [2.6;
•1.19 Tal insensatez é contrária à verdadeira ordem do mundo, que, embora decaído, 8.14)
continua sob o governo soberano de Deus. Essa expressão de inevitável retribuição •1.28 eu não responderei. A verdadeira sabedoria é um aspecto da graça sal-
está alicerçada sobre a ordem observável das causas e conseqüências. Aparentes vadora de Deus e pode-se chegar a um ponto sem retorno. para aqueles que are-
interrupções desse padrão levaram outros escritores bíblicos a voltar a sua atenção jeitam. Essa verdade reforça a urgência da mensagem. Ninguém pode esperar o
para o problema dos ímpios prósperos e dos justos sofredores [Já; SI 73). favor de Deus ao mesmo tempo em que despreza as dádivas que ele oferece [Dt
•1.20 A sabedoria é retratada como se fosse um pregador ao ar livre, semelhan- 1.45; 1Sm 28.6; SI 18.41 ).
te ao cone/amador de Is 55. Personificada como se fosse uma mulher, a sabedoria •1 .29 o conhecimento, Essa palavra é um sinônimo de sabedoria e é explicada
convida os simples a se arrependerem de sua insensatez e a buscarem a sabedo- aqui pela frase paralela que a acompanha, "o temor do Senhor". A sabedoria des-
1

..4
PROVÉRBIOS 1, 2 728
31 Portanto, bcomerão do fruto do seu procedimento 8 guarda as veredas do juízo
e dos seus próprios conselhos se fartarão. e !conserva o caminho dos seus santos.
32 Os néscios são mortos por 2 seu desvio, 9 Então, entenderás justiça, juízo
e aos loucos a sua impressão e eqüidade, todas as boas veredas.
de bem-estar os leva à perdição. 10 Porquanto a sabedoria entrará no teu coração,
33 Mas o que me der ouvidos habitará cseguro, e o conhecimento será agradável à tua alma.
dtranqüilo 3 e sem temor do mal. 11 O bom siso te guardará,
e Ra inteligência te conservará;
12 para te livrar do caminho do mal

2.para
A excelência da sabedoria
Filho meu, se aceitares as minhas palavras e do homem que diz coisas perversas;
e ªesconderes contigo os meus mandamentos, 13 dos que deixam as veredas da retidão,
2 fazeres atento sabedoria o teu ouvido
à para handarem pelos caminhos das trevas;
e para inclinares o coração ao entendimento, 14 'que se alegram de fazer o mal,
3 e, se clamares por inteligência, folgam com as perversidades dos maus,
e por entendimento alçares a voz, IS 'seguem veredas tortuosas
4 bse buscares a sabedoria como a prata e se desviam nos seus caminhos;
e como a tesouros escondidos a procurares, 16 para te livrar 1da mulher adúltera,
se então, entenderás o temor do SENHOR da estrangeira, mque lisonjeia com palavras,
e acharás o conhecimento de Deus. 11 a qual deixa o amigo da sua mocidade
6 dPorque o SENHOR dá a sabedoria, e se esquece da aliança do seu Deus;
e da sua boca vem a inteligência e o entendimento. 18 porque "a sua casa se 1 inclina para a morte,
7 Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos; e as suas veredas, para o reino
é e escudo para os que caminham na sinceridade, das sombras da morte;

• 31 b:Jó-;-8; ~~ 5~223; I~ 1~~J~~; 3;~ r~eld:


2;; 2s:i 33 CPv324W d; 11~7 ~u
seguro
CAPITUL02 1 ª[Pv4.21] 4b[Pv3.14] SC(Tg15-6] ód1Rs3.9,12;[Jó32.8;Tg1.5] 7e[Sl84.11];Pv305 8/[1Sm2.9];SI
- -- - -

66.9 11 g Pv 4.6; 6.22 13 h SI 82.5; Pv 4.19; [Jo 3.19-20] 14 IPv 1O23; Jr 11 15; [Rm 1.32] 15 iSI 125.5; [Pv 21.8] 16 IPv 5.20;
6.24; 7.5 m Pv 5.3 18 n Pv 7.27 I desmorona
cedo alto (Tg 3.17), como uma dádiva divina na revelação redentora. Isso é ver- na tarefa de buscar o saber através de nossa experiência humana no mundo, a
dade mesmo que ela deva ser desejada e que devamos nos esforçar para obtê-la fonte de toda a verdade é Deus. Ele deve prover a sabedoria necessária para a
(2.4-6; Hb 5.7-8; Tg 151 devida interpretação da realidade (3.51
•1.31 fruto. A relação entre feitos e resultados é observável na relação natural da sua boca. Embora suas ênfases sejam diferentes, tanto Deuteronômio como
entre causa e efeito. A figura aqui não é de prazer após uma refeição completa, Provérbios reconhecem que o alicerce subjacente do conhecimento é a Palavra
mas o desgosto por ter comido muito. de Deus (Dt 8.31. Antes mesmo de o pecado ter entrado no mundo, Adão e Eva
•1.32 desvio. Indiferença ou negligência voluntária. precisaram da Palavra de Deus a fim de conhecerem a si mesmos e o seu relacio-
aos loucos a sua impressão de bem-estar. A ignorante auto-satisfação dos namento com a criação (Gn 1 28-301
que se não deixam ensinar voluntariamente, que não vêem necessidade de •2.7 O caráter de Deus, que os sábios chegam a conhecer (v. 51. é a base da
aprender qualquer coisa da parte de alguém. moralidade. Padrões de integridade e justiça são expressões da sabedoria.
•1.33 Este versículo está em contraste direto com o v. 32. A sabedoria traz vida e •2.8 seus santos. Estes são as pessoas que mostram que possuem o temor do
segurança. Rejeitar a sabedoria é rejeitar tudo quanto promove a vida. Senhor, imitando o seu amor pactuai.
•2.1-22 Embora a esta instrução faltem os imperativos usuais, a sua força •2.9 todas as boas veredas. A literatura de sabedoria é importante para nossa
enfática é indicada pelo assunto abordado - a sabedoria que livra da morte. Os compreensão da orientação de Deus em nossa vida. Aponta para a tarefa de
resultados para quem aceita a sabedoria são o conhecimento de Deus e as obtermos sabedoria, para que possamos tomar decisões responsáveis e
bênçãos da vida (vs. 5.9.211. Esses dois aspectos da sabedoria - o dom divino e coerentes com nossa situação legal de aliança como povo de Deus (1Pe 2 9)
a tarefa humana - são vistos claramente (p. ex, vs. 4,61. •2.11 O bom siso. Ou "preparação".
•2.2 o coração. A base da razão e da vontade. A moderna distinção popular en- •2.12 Um correto discernimento moral nos salvará daqueles que desprezam a
tre conhecimento do coração e conhecimento da mente não tem aplicação aqui. sabedoria.
Ocontraste usuardo Antigo Testamento é entre a obediência formal ou externa, à coisas perversas. Palavras de rebelião que transtornam a verdade.
qual falta um verdadeiro assentimento da vontade, e a disposição, a obediência •2.16 mulher adúltera. Dadultério é um desvio radical da ordem divina quanto
de todo o coração. aos relacionamentos humanos (5 1-23; 6.20-29; 7 1-27). O termo hebraico
•2.3 se clamares ... alçares a voz. Em contraste com a falta de resposta ao significa uma mulher "estrangeira" ou "estranha". Nesse contexto, indica uma
convite da sabedoria encontrado em 1.20-23. mulher estranha ao relacionamento marital apropriado, uma prostituta ou
•2.4 tesouros escondidos. Note a figura semelhante usada por Jesus em Mt adúltera.
13.44. •2.17 o amigo da sua mocidade. Ou seja, o seu marido
•2.5 então, entenderás o temor do SENHOR. Ern 1.7, o temor do Senhor é o aliança do seu Deus. Se essa "mulher adúltera" não é israelita (v 16, nota),
princípio do saber e aqui é o alvo. Não há nenhuma discrepância, visto que o saber então, "aliança" p~de ser a cerimônia de casamento testemunhada por algum
é tanto uma dádiva quanto é uma tarefa. Deus dá conhecimento de si mesmo na deus estrangeiro. E mais provável, porém, que a mulher seja uma israelita que
revelação redentora. Começando nesse ponto, a pessoa sábia assume a tarefa transgride os requisitos da aliança do Sinai, particularmente o mandamento con-
de aprender mais sabedoria e de conhecer a Deus, sempre movendo-se na tra o adultério (Êx 20.14).
direção do alvo de conhecer mais ao Senhor, de modo mais perfeito, sendo •2.18 a morte. Na literatura de sabedoria, "vida" não é mera existência, mas
moldado à imagem de seu Filho. uma maneira caracterizada por verdadeiros relacionamentos que se conformam
•2.6 o SENHOR dá a sabedoria. Sem importar o quanto estejamos engajados ao desígnio de Deus. A "morte" não é somente o fim da vida física, mas uma
729 PROVÉRBIOS 2, 3
19 todos os que se dirigem a essa mulher não voltarão S!Confia no SENHOR de todo o teu coração
e não 2 atinarão com as veredas da vida, ge não te estribes no teu próprio entendimento.
20 Assim, andarás pelo caminho dos homens de bem 6 hReconhece-o em todos os teus caminhos,
e guardarás as veredas dos justos, e ele / endireitará as tuas veredas.
21 Porque os retos habitarão a ºterra, 7 Não sejas sábio aos teus próprios iolhos;
e os íntegros permanecerão nela. teme ao SENHOR e aparta-te do mal;
22 Mas os perversos serão 3 eliminados da terra, 8 será isto saúde para o teu 2 corpo
e os aleivosos serão dela desarraigados. e i refrigério 3 , para os teus ossos.
9 1Honra ao SENHOR com os teus bens
Exortações da Sabedoria a obedecer ao SENHOR e com as primícias de toda a tua renda;
Filho meu, não te esqueças dos meus ensinos,
3 e ªo teu coração guarde os meus mandamentos;
2 porque eles aumentarão os teus dias
10 e mse encherão fartamente os teus celeiros,
e transbordarão de vinho os teus lagares.
11 nFilho meu, não rejeites
e bte acrescentarão anos de vida e paz, a disciplina do SENHOR,
3 Não te desamparem a benignidade e a fidelidade; nem te enfades da sua repreensão.
e ata-as ao pescoço; 12 Porque o SENHOR repreende a quem ama,
descreve-as na tábua do teu coração ºassim como o pai, ao filho a quem quer bem.
4 e e acharás graça e boa compreensão 13 PFeliz o homem que acha sabedoria,
diante de Deus e dos homens. e o homem que adquire conhecimento;
.....~~~~
~ 192,Litalcançarão 21 ºSl37.3 223destruídos
CAPITULO 3 1 ªDt 8.1 2 bSI 119.165; Pv 4.10 3 CÊx 13.9; Dt 6.8; Pv 6.21 dpy 7.3; Jr 17.1; [2Co 3.3] 4e1Sm 2.26; Lc 2.52; Rm
14.18 5 /[SI 37.3,5]; Pv 22.19 gpy 23.4; [Jr 9.23-24] ó h [1Cr28.9]; Pv 16.3; [Fp 4.6; Tg 1.5] 1aplanará 7 iRm 12.16 8 i Jó 21.24 2Lit
umbigo 3Lit bebida 9 IÊx 22.29; Dt 26.2; [MI 3.10] 10 mDt 28.8 11 nJó 5.17; SI 94.12; Hb 12.5-6; Ap 3.19 12 ºDt 8.5; Pv 13.24
13 p Pv 8.32,34-35
descida irreversível para a desordem da perversidade moral lcf. 5.23, onde virtudes parte de ti mesmo, entesourando-as na memória e então conformando a
"morrer" é paralelo a "perdido, cambaleia"). elas a tua vontade.
•2.19 todos .. , não voltarão. Esta nota de conclusão esclarece quão sério é •3,5 Confia no SENHOR. Depende inteiramente da Palavra do Senhor e de suas
quebrar os padrões que não são meros costumes sociais, mas ordenanças da promessas, reveladas através do sábio 12.6; 16.20). Ver a nota em 1. 7.
criação divina. não te estribes no teu ... entendimento. O contraste é entre a percepção da
•2.20-22 A promessa de terra era uma parte básica da aliança que Deus realidade que se submete à Palavra reveladq de Deus como a autoridade para
estabeleceu com Abraão, Moisés e o povo IGn 13.15, nota; Êx 20.12; Dt 1.8; toda a verdade e uma percepção que supõe que as conjecturas humanas têm
26.1-9). Essas promessas prefiguram a promessa da vida eterna IHb 11 16). O dessa autoridade.
aspecto cond·1c·1onal da aliança é refletido aqui IGn 17.2, nota) - os retos e os •3.6 Reconhece-o. Esta é a expressão prática da mente que se submete a
sábios herdam a terra, mas os ímpios são removidos IDt 28). Deus e o reconhece.
•3.1-12 Estes versículos, provavelmente, formem uma única unidade de ele endireitará as tuas veredas. OSenhor te guiará ao alvo final da vida. Deus
instrução, com o típico tratamento de "filho meu" repetido no v. 11. A unidade dá sabedoria e, com ela, a tarefa de se tomarem sábias decisões; estes são os
contém os imperativos comuns lvs. 1,3,5-7 ,9, 11) e as cláusulas motivadoras lvs. dois aspectos da orientação dada pelo ensino da sabedoria. Não há qualquer
2,4,8, 10/. Oversículo 12 explica o propósito da disciplina do Senhor, encorajando indício de orientação que se desvie do dever de tomar decisões. Mas as decisões
o sábio a seguir o preceito do v. 11. humanas não invalidam a proteção da providência divina (Gn 50.20-21; SI
•3,1 meus ensinos. A palavra hebraica para "lei" no original, ltorah) tem o 10314)
sentido básico de "instrução" e. na tradição judaica. designa o Pentateuco. A •3, 7 sábio aos teus próprios olhos. Esta frase resume a idéia de que a mente
instrução de sabedoria, apesar de não ser confundida com os preceitos da lei humana. com seu intelecto e razão, é independentemente capaz de atingir uma
mosaica, tem, por igual modo, autoridade. verdadeira compreensão da realidade, sem precisar da revelação de Deus.
mandamentos. Este vocábulo também se acha na lei. Conforme é típico nos •3.8 A verdadeira sabedoria afirma a vida das maneiras mais práticas.
paralelismos da poesia hebraica, a segunda metade do versículo repete a idéia da •3.9-1 OHonrar a Deus com o uso correto das coisas materiais exprime gratidão
primeira metade, clareando-a ou expandindo-a. Essencialmente, este versículo pelo seu favor e reconhece que ele controla a ordem natural e os seus processos.
significa memorizar os mandamentos e, depois, pô-los em prática. •3.9 as primícias. A primeira porção da colheita anual era dada aos sacerdotes
•3.2 eles aumentarão os teus dias. A expectação normal é que a sabedoria llv 23.10; Nm 18.12-13).
conduzirá a uma longa e próspera vida, que é a bênção de Deus IÊx 20.12). •3.11 a disciplina. Embora a instrução de Deus requeira o castigo, essa
paz. No hebraico. shalom. Este termo denota bem-estar geral, a harmonia de correção não tem o propósito de prejudicar ou deixar os filhos de Deus irados.
relacionamento, a integridade e a saúde lv 8). No Antigo Testamento, as bênçãos Mas. visto que o castigo envolve sofrimento, há a necessidade de um encoraja-
de Deus são vistas. primariamente, em termos desta vida presente. Não era fácil mento específico para não se rebelar contra o castigo.
reconciliar essa perspectiva com o sofrimentos dos 1ustos ou a prosperidade dos •3.12 Hb 12.3-11 explica que a correção de Deus é melhor que a de um pai
ímpios. A revelação que estava por vir com Cristo e. especialmente, a sua terreno; como comparação, ver Lc 11.11-13. Ocastigo não é um conteúdo princi-
ressurreição da morte ainda estavam longe, no futuro. pal do ensino paternal de Deus; a instrução de Provérbios é designada para as
•3.3 a benignidade e a fidelidade, Essa frase, no hebraico, indica claramente pessoas que querem ouvi-la 12.3-5; 4.5-9; 8.11, 17).
que a sabedoria está avançando dentro da estrutura da aliança. A instrução lv. 1) •3.13-20 Esta seção é composta mais como um hino de louvor à sabedoria do
é um ensino prático para a vida, baseado no caráter de Deus revelado em sua que como uma parte de instrução lcf. SI 1). Mas ver 8.32-36 quanto a uma
Palavra. conclusão prática.
ata-as ... pescoço. Esta metáfora indica que a sabedoria embelezará a vida do •3.13 Feliz. Este vocábulo não significa meramente um sentimento subjetivo.
indivíduo. Encontra-se quase exclusivamente nos Salmos e na literatura de sabedoria,
escreve-as ... teu coração, Osentido é o mesmo que se vê no v. 1. Faze essas descrevendo a vida que desfruta da graça e do favor de Deus.
PROVÉRBIOS 3, 4 730
14 qporque melhor é o lucro que ela dá do que o da prata, 28 cNão digas ao teu próximo: Vai e volta amanhã;
e melhor a sua renda do que o ouro mais fino. então, to darei, se o tens agora contigo.
ts Mais preciosa é do que pérolas, 29 Não maquines o mal contra o teu próximo,
e 'tudo o que podes desejar não é comparável a ela. pois habita junto de ti confiadamente.
ló 5 0 alongar-se da vida está na sua mão direita, 30 dJamais pleiteies com alguém sem razão,
na sua esquerda, riquezas e honra. se te não houver feito mal.
17 10s seus caminhos são caminhos deliciosos, 31 eNão tenhas inveja do homem violento,
e todas as suas veredas, paz. nem sigas nenhum de seus caminhos;
t8 uÉ árvore de vida para os que a alcançam, 32 porque o SENHOR abomina o perverso,
e felizes são todos os que a 4 retêm. tmas aos retos trata com intimidade.
19 vo SENHOR com sabedoria fundou a terra, 33 g A maldição do SENHOR
com inteligência estabeleceu os céus. habita na casa do perverso,
20 Pelo seu conhecimento os abismos xse rompem, porém ha morada dos justos ele abençoa.
e as nuvens destilam orvalho. 34 1Certamente, ele escarnece dos escarnecedores,
21 Filho meu, não se apartem estas coisas dos teus olhos; mas dá graça aos humildes.
guarda a verdadeira sabedoria e o bom siso; 35 Os sábios herdarão honra,
22 porque serão vida para a tua alma mas os loucos tomam sobre si a ignomínia.
e adorno ao teu pescoço.
23 zEntão, andarás seguro no teu caminho, Exortação paternal
e não tropeçará o teu pé. Ouvi, ªfilhos, a instrução do pai
24 Quando te deitares, não temerás;
deitar-te-ás, e o teu sono será suave.
4
e estai atentos para conhecerdes o entendimento;
2 porque vos dou boa doutrina;
2s ªNão temas o pavor repentino, não deixeis o meu ensino.
nem a arremetida dos perversos, quando vier. 3 Quando eu era filho em companhia de meu pai,
26 Porque o SENHOR será a tua segurança btenro e único diante de minha mãe,
e guardará os teus pés de serem presos. 4então, ceie me ensinava e me dizia:
27 bNão te furtes a fazer o bem 5 a quem de direito, Retenha o teu coração as minhas palavras;

.....
~
estando na tua mão o poder de fazê-lo .
~
d guarda os meus mandamentos e vive;

14 q Jó 28.13 IS 'Mt 13.44 16 5 Pv 8 18; [1Tm 4.81 17 l[Mt 11 29] 18 u Gn 2.9; Pv 1130; 13.12; 15.4; Ap 2.7 4 seguram firme
19vs1104.24; Pv 8.27 20 xGn 7.11 23 Z[SI 37 24; 9111-12]; Pv 10 9 25 ªSI 91.5;1Pe3.14 27 bRm 137; [GI 6 10] 5Lit aos seus
proprietários 28 Clv 19 13; Dt 24 15 30 dPv 26 17; [Rm 12 181 31 es1 37 1, Pv 24 1 32/SI 25.14 33 elv 26.14, 16; Dt 11.28; Zc
5.3-4; MI 2.2 h Jó 8.6; SI 1.3 34 iTg 4.6; 1Pe 5.5
CAPITULO 4 ta SI 34.11; Pv 1.8 3b1Cr 29.1 4 ClCr 28 9; Ef 6.4 dPv 7 2
•3.14-15 Jó 28 descreve a sabedoria como um tesouro. SI 19.10 refere-se sos nos relacionamentos humanos lvs. 27-31). Estes são seguidos por cláusulas
especificamente à lei revelada. que explicam o interesse direto do Senhor na moralidade desses preceitos lvs.
•3.16-17 Ver ov. 2 e notas. 32-35)
•3.18 árvore de vida. Provavelmente, não tenhamos aqui uma alusão •3.32 As pessoas desonestas estão alienadas de Deus, mas aquelas que são re-
especffica à árvore da vida de Gn 2.9, embora o autor conhecesse sobre ela. A tas desfrutam de intimidade com o Senhor.
árvore florescente era uma figura comum na literatura da época para indicar •3.33 Aqui o típico contraste proverbial entre os 1ustos e os iníquos lcf 10.2-3,
bênçãos contínuas. A metáfora é usada novamente em 11.30; 13.12; 15.4. Mais 6-7, 11, 16) está relacionado com as bênçãos e as maldições de Deus. Isso é um
importante é o tema da "vida" em Provérbios. "Vida", na Bíblia, está essencial- paralelo com a teologia da aliança de Deuteronômio, onde a fidelidade é recom-
mente ligada ao nosso relacionamento com Deus. A interrupção do relaciona- pensada com as bênçãos de Deus IDt 11.26-29; 28 1-19)
mento apropriado com Deus, a fonte da vida, conduz à morte IGn 2.17) A •4. 1-27 Este capítulo naturalmente se divide em três ditos de instrução. cada
sabedoria está ligada aos devidos relacionamentos com Deus, com outras qual começando com as palavras dirigidas geralmente por um pai a seu filho lvs
pessoas e com a natureza. 1, 10,201. O primeiro dito vê a sabedoria como a mais preciosa aquisição lvs. 1-9),
•3.19-20 Sabedoria, compreensão e conhecimento pertencem a Deus e o segundo, como a vereda para a verdadeira vida lvs. 10-19), e o terceiro, como o
encontram expressão no ato da criação 18.22-31 ). O escritor aponta para os caminho para a retidão lvs 20-27) Não há referência direta à religião. As tradi-
propósitos e os desígnios da criação. A ordem da criação não foi totalmente ções de sabedoria são compartilhadas por pessoas de diferentes culturas e reli-
destruída pelo pecado, e a teologia da criação é um aspecto importante da giões. Ver as notas em 22 17-24.22. Salomão discutia a sabedoria com
literatura de sabedoria. pessoas provenientes de outras nações 11 Rs 4.29-34; 10.1-7), mostrando como
•3.21-26 Esta coletânea de ditos está centralizada sobre o tema da orientação certas características da sabedoria eram compartilhadas através de fronteiras na-
acerca do caminho da vida. cionais e religiosas. Em Israel. o discernimento da sabedoria empírica era usado
dentro da estrutura do relacionamento da aliança e não pode ser separado de re-
•3.21 Ver a nota em 1.4.
velação especial 11.7 e notas).
•3.22 Ver as notas nos vs. 2-3. •4.2 doutrina. Ou "ensinamento". O termo hebraico enfatiza a atividade de re-
•3.23 Uma vez mais, a orientação é vista em termos de se tomarem decisões ceptividade do aprendiz.
sábias. •4.3-4 Os sábios continuam a tradição de sabedoria passando às gerações se-
•3.24 Parte da sabedoria é evitar as situações que ameaçam a vida, não pela guintes a sabedoria que aprenderam de seus pais. Idade e eKpmiência não são
recusa de enfrentar os perigos quando necessário, mas pela busca de relaciona- autoridades absolutas, mas são fatores importantes e devem ser tidas em alto
mentos corretos e uma existência disciplinada. grau llv 19.32)
•3.27-35 Esta seção começa com uma série de mandamentos sobre certos abu- •4.4 vive. Ver as notas em 2.18 e 3.2.
5 e adquire a sabedoria, adquire o entendimento
731
18 qMas a vereda dos justos 'é como
PROVÉRBIOS 4,
2 a luz
da aurora,
5 l
e não te esqueças que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.
das palavras da minha boca, nem delas te apartes. 19 so caminho dos perversos é como a escuridão;
6 Não desampares a sabedoria, e ela te guardará; nem sabem eles em que tropeçam.
fama-a, e ela te protegerá. 20 Filho meu, atenta para as minhas palavras;
7 go princípio da sabedoria é: Adquire a sabedoria; aos meus ensinamentos inclina os ouvidos.
sim, com tudo o que possuis, adquire o entendimento. 21 Não os deixes apartar-se dos teus olhos;
s h Estima-a, e ela te exaltará; guarda-os no mais íntimo do teu coração.
se a abraçares, ela te honrará; 22 Porque são vida para quem os acha
9 dará à tua cabeça um ;diadema de graça e saúde, para o seu corpo.
e uma coroa de glória te entregará. 23 Sobre tudo o que se deve guardar,
1oouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, guarda o coração,
e se ite multiplicarão os anos de vida_ porque dele procedem as fontes da 1vida.
11 No caminho da sabedoria, 1te ensinei 24 Desvia de ti 3 a falsidade da boca
e pelas veredas da retidão te fiz andar. e afasta de ti a perversidade dos lábios.
12 Em andando por elas, mnão se embaraçarão 25 Os teus olhos olhem direito,
os teus passos; e as tuas pálpebras, diretamente diante de ti.
n se correres, não tropeçarás. 26 Pondera a vereda de teus "pés,
13 Retém a instrução e não a largues; e todos os teus caminhos sejam retos.
guarda-a, porque ela é a tua vida. 27 Não declines nem para a direita
14 ºNão entres na vereda dos perversos, nem para a esquerda;
nem sigas pelo caminho dos maus. retira o teu pé do mal.
15 Evita-o; não passes por ele;
desvia-te dele e passa de largo; Advertência contra a lascí11ia
16 Ppois não dormem, se não fizerem mal, Filho meu, atende a minha sabedoria;
e 1 foge deles o sono, se não fizerem tropeçar alguém;
17porque comem o pão da impiedade
5 à minha inteligência inclina os ouvidos
2 para que 1 conserves a discrição,
e bebem o vinho das violências. e os teus lábios ªguardem o conhecimento;

sePv2.2-3 6/2Ts2.10 UPv3.13-14;Mt13.44 8h1Sm2.30 9iPv3.22 to/Pv3.2 lti1Sm12.23 12mJ618.7;SI


18.36 n [SI 91.11];Pv3.23 14 ºSI 1.1; Pv 1.15 16 PSI 36.4; Mq 2.1 1 Lit. é-lhes roubado o sono 18 Qls 26.7; Mt 5.14,45; Fp 2.15 '2Sm
23.4 2 o amanhecer 19 s 1Sm 2.9; [Jó 18.5-6]; Pv 2.13; [Is 59.9-1 O; Jr 23.12]; Ja 12.35 23 t [Mt 12.34; 15.18-19; Me 7.21; Lc 6.45]
243abocaenganosa 26UPv5.21;Hb 12.13
CAPITULO 5 2 a MI 2.7 1 valorizar bom julgamento
•4.6 Notar a estrutura paralela deste versículo, onde a segunda linha diz quase a •4.17 comem ... bebem. A iniqüidade e a violência tornam-se seu alimenta
mesma coisa que a primeira, na entanto, com algum desenvolvimento do pensa- básica.
mento. "Não desampares" torna-se a injunção positiva para "amar". A sabedoria
•4, 18-19 Estes versículos usam afigura de uma luz que vai crescendo de intensi-
é muita mais da que um acúmulo de fatos. Envolve confiança e comprometi-
dade para caracterizar a justiça e uma escuridão impenetrável para a maldade (Ja
mento.
8.12; Ef58-13).
•4. 7 O principio da sabedoria é. Conforme está traduzida, este versículo quer
dizer: "A sabedoria é de magna importância; não a negligencies". Um outro •4.20-27 Esta instrução contrasta as dais caminhas da sabedoria e da insensa-
sentida passível é este: "A sabedoria é a primeira interesse" para a aprendiz. A tez, mesma sem usar esses vocábulos. A ênfase recai sabre a concentração
sabedoria está pronta, e aquele que quiser aprendê-la pode começar imediata- mental e sobre a atenção ao ensina da sabedoria, que conduz à vida.
mente. •4.21 coração. Ou a mente (2.2, nata).
com tudo o que possuis. Jesus usou uma declaração semelhante sabre cama
alguém deve buscar a Reina de Deus (Mt 13.45-46). •4.22 saúde. Integridade e saúde que abrangem a carpa física (3.8).
•4.9 Ver a nata em 1.9. •4.23 dele... vida. Nossas pensamentos, par sua vez. amoldam a maneira de
•4.10 Ver a nata em 3.2. falarmos e de vivermos. Ver Mt 12.35; Me 7.21; Rm 2.29.
•4.11 A metáfora da vida cama um caminho ou vereda é comum na sabedoria •4.25-27 A sabedoria capacita a indivíduo a manter-se dentro da vereda da vida,
israelita. sem desviar-se para a lamaçal.
•4.13 ela é a tua vida. A vida não pode existir sem a sabedoria. Na Nava •5.1·23 Esta passagem deve ser considerada cama uma única unidade. Embora
Testamento, Crista é chamada de nossa sabedoria (1 Ca 1.30) e de nossa vida (CI as vs. 15-23 são cancebivelmente uma composição distinta, a tema é um desen-
3.4) volvimento lógica da que vem antes. A sabedoria aconselha-nos a evitar a adúlte-
•4.14 vereda dos·perversos. Tipicamente, a sabedoria contrasta caminhas e ra, destruidora de vidas, e a encontrar satisfação sexual e emocional dentro da
idéias em aposição (especialmente nas provérbios concisos das caps. 10-22). fidelidade aos laças da matrimônio.
Esse expediente de ensina acentua a vereda da sabedoria apondo várias de seus
aspectos à vereda da insensatez e da mal. Aqui estão contrastadas as vs. 11-13 •5.1-6 Estes versículos descrevem a caráter da adúltera sedutora. Na aparência,
com as vs. 14-17, e a v. 18 com a v. 19. ela é toda doçura e luz, mas na profunda de seu ser ela emana a odor da morte.
•4.16 não dormem. Omal se assemelha a uma droga que causa vício. Aqueles •5.2 os teus lábios guardem o conhecimento. Osentida pode ser que a pes-
que são adeptas dele descobrem que, sem a sua dose diária, eles se tornam soa deve aprender a manter um discreta silêncio sempre que isso for necessária
incapazes de dormir. ou, possivelmente, que a pessoa deve ter alga de substância a ser dita (MI 2.7).

J
PROVÉRBIOS 5, 6 732
3 bporque os lábios 2 da mulher adúltera 15 Bebe a água da tua própria cisterna
destilam favos de mel, e das correntes do teu poço.
e as suas palavras são cmais suaves do que o azeite; 16 Derramar-se-iam por fora as tuas fontes,
4 mas o fim dela é amargoso como o absinto, e, pelas praças, os 0 ribeiros de águas?
agudo, como a espada de dois gumes. 11 Sejam para ti somente
s Os seus pés descem à morte; e não para os estranhos contigo.
dos seus passos conduzem-na ao 3 inferno. 18 Seja bendito o teu manancial,
6 Ela não pondera a vereda da vida; e alegra-te com ea mulher da tua mocidade,
anda errante nos seus caminhos e não o sabe. 19 /corça de amores e gazela graciosa.
7 Agora, pois, filho, dá-me ouvidos Saciem-te os seus seios em todo o tempo;
e não te desvies das palavras da minha boca. e embriaga-te sempre com as suas carícias.
BAfasta o teu caminho da mulher adúltera 20 Por que, filho meu, andarias cego 11 pela estranha
e não te aproximes da porta da sua casa; e abraçarias o peito de outra?
9 para que não dês a outrem 4 a tua honra, 21 hPorque os caminhos do homem
nem os teus anos, a cruéis; estão perante os olhos do SENHOR,
JO para que 5 dos teus bens e ele 7 considera todas as suas veredas.
não se fartem os estranhos, 22 iQuanto ao perverso, as suas iniqüidades o prenderão,
e o fruto do teu trabalho não entre em casa alheia; e com as cordas do seu pecado será detido.
11 e gemas no fim de tua vida, 23 'Ele morrerá pela falta de disciplina,
quando se consumirem a tua carne e o teu corpo, e, pela sua muita loucura, perdido, cambaleia.
12 e digas: Como aborreci o ensino!
E desprezou o meu coração a disciplina! Advertência contra o se1Vir de fiador
1
13 E não escutei a voz dos que me ensinavam, meu, ªse ficaste por fiador
nem a meus mestres inclinei os ouvidos!
14 Quase que me achei em todo mal
6 eFilho
do teu companheiro
2
se te empenhaste ao estranho,
que sucedeu no meio da assembléia z estás enredado com o que dizem os teus lábios,
e da congregação. estás preso com as palavras da tua boca.

· -3 °;Pv~16
;SI 55-;1 2~-de--:ma~tran;;
5 dPv7.27 3Hebr. Sheof 9 4oteu vigor 10 5L1t.datuaforça 16 ô canais 18 eDt24.5;
Ec 9.9; MI 2.14 19 /Ct 2.9 20 gpy 2.16 21 h 2Cr 16 9; Já 31.4; 34 21; Pv 15.3; Jr 16.17; 32.19; Os 7.2; Hb 4.13 7Ut. pesa 22 iNm
32.23; SI 9.5; Pv 131; Is 3.11 23 i Jó 4.21
ª
CAPÍTULO 6 1 Pv 11.15 1 em garantia ou penhor 2 Lit. bateste tua mão como penhor
•5.3 Em contraste com o v. 2. a sedutora começa com palavras enganosas de •5.12-13 A imoralidade sexual resume o caminho da insensatez. que re1eita a
fascinação. Cf. a doçura do verdadeiro amor em Ct 4.11. disciplina da instrução sábia.
•5.4 o fim. A frase fala do resultado final para a vítima da sedução. •5.14 assembléia. Está aqui em foco ou a desgraça pública ou o castigo pela
amargoso como o absinto. Uma planta especialmente amargosa para o comunidade da aliança.
paladar, o absinto é usado como uma metáfora para a experiência da aflição (Dt •5.15 Bebe a água ... cisterna. O contexto sugere que temos aqui uma
2918) metáfora das relações mantais com uma esposa
espada de dois gumes. A suavidade das palavras da adúltera engana (v. 3). e •5.16 fontes ... os ribeiros. A figura sugere o desperdício de uma vida pro-
as relações ilícitas só conduzem à injúria. míscua.
•5.5 morte. Não se trata somente de uma morte prematura produzida pela vida •5.18 manancial. Outra metáfora para a esposa. talvez indicando que ela tem
dissoluta. Nesse contexto. "morte" é tudo quanto não promove a "vida" confor- tido muitos filhos.
me ela é definida por Deus. a mulher da tua mocidade. A esposa que tomaste quando ainda eras jovem.
inferno. O lugar dos mortos (no hebraico. sheof). A vida desordenada leva à •5.19 A linguagem poética deste versículo parece-se com a linguagem do Cânti-
morte física. Quanto ao "sheor. ver Is 14.9-11, nota. co dos Cânticos de Salomão. Afigura de um gracioso animal de rara beleza enfati-
•5.6 anda errante nos seus caminhos. A censura moral aqui é inseparável da za o prazer físico corno parte integrante das relações maritais. Ver Ct 1.2-3; 4.1-7.
idéia da sabedoria segundo a qual a insensatez e a iniqüidade envolvem a rejeição •5.21-23 Até este ponto, as advertências contra o adultério não têm tido qual-
da ordem e plano de Deus para as coisas. quer referência à lei de Deus. Exortações semelhantes podem ser encontradas
•5.7-14 Estes versículos fornecem uma descrição mais detalhada do fruto da em outras tradições de sabedoria. Agora. o escritor explica que as conseqüências
imoralidade e o preço que ela exige naturais da insensatez, especialmente da insensatez sexual. são punições orde-
•5.8 Afasta ... da mulher adúltera. Os sábios farão uma escolha consciente nadas por Deus.
para evitar qualquer contato com a imoralidade, mantendo-se fora do caminho da •5.21 considera. Ou. então. "presta atenção em". Nossa conduta está sob uma
tentação. vigilância constante. O texto não ensina que todo pecado é castigado com uma
•5.9-11 Aqueles que se engajam na imoralidade pagam um elevado preço por penalidade imediata. Mais precisamente. Deus supeivisiona a ordem criada de tal
ela. modo que os pecadores são apanhados em sua própria insensatez (vs. 22-23).
•5.9 cruéis. Talvez o ultrajado marido da adúltera (634-35) •5.23 morrerá. Ver a nota no v. 5 e em 2.18.
•5.,0 l:ste versículo pode referir-se literalmente ao elevado custo de manter •6.1 se te empenhaste ao estranho. Tal acordo para garantir o débito de
uma amante (uma "estranha"). Ou a advertência pode ser que a imoralidade outrem não é sábio. pois envolve questões que ultrapassam o controle do fadar
arrebata as riquezas e a força (ver a nota textual). (11.15; 17.18; 22.26)
•5.11 Tal dissipação leva o indivíduo a lamentar-se quando ele reflete sobre o •6.2 enredado. Pedir dinheiro emprestado é uma coisa. mas prover segurança
desperdício e sobre a futilidade da vida que ele tem vivido. para outrem é caminhar para dentro de uma armadilha feita pelo próprio indivíduo.
733 PROVÉRBIOS 6
J Agora, pois, faze isto, filho meu, Advertência contra a maldade
e livra-te, pois caíste 12 O homem de Belial, o homem vil,
nas mãos do teu companheiro: é o que anda com a perversidade na boca,
vai, prostra-te e importuna o teu companheiro; 13/acena com os olhos, arranha com os pés
4 bnão dês sono aos teus olhos, e faz sinais com os dedos.
nem repouso às tuas pálpebras; 14 No seu coração há perversidade;
5 Jivra-te, como a gazela, da mão do caçador gtodo o tempo maquina o mal;
e, como a ave, da mão do 3 passarinheiro. handa semeando contendas.
15 Pelo que a sua destruição virá 1repentinamente;
Advertência contra a preguiça subitamente, jserá quebrantado,
6 cvai ter com a formiga, ó preguiçoso, tsem que haja cura.
considera os seus caminhos e sê sábio. 16 Seis coisas o SENHOR aborrece,
7 Não tendo ela 4 chefe, 5 e a sétima a sua alma abomina:
nem oficial, nem comandante, 17 molhosó altivos, "língua mentirosa,
ano estio, prepara o seu pão, ºmãos que derramam sangue inocente,
na sega, ajunta o seu mantimento. 18 Pcoração que trama projetos iníquos,
9 dó preguiçoso, até quando ficarás deitado? qpés que se apressam a correr para o mal,
Quando te levantarás do teu sono? 19 'testemunha falsa que profere mentiras
10 Um pouco para dormir, e o que ssemeia contendas entre irmãos.
um pouco para tosquenejar,
um pouco para encruzar os braços em repouso, Advertência contra a mulher adúltera
11 e assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, 20 1Filho meu, guarda o mandamento de teu pai


e a tua necessidade, como um homem armado . e não deixes a instrução de tua mãe;

4 b SI 132.4 5 3 Alguém que captura pássaros com arapuca ou laço 6 eJó 12. 7 7 4 líder 9 d Pv 24.33-34 11 e Pv 10.4 13 f Jó
15.12; Sl35.19; Pv10.10 14gPv3.29; Mq2.1 hPv6.19 15 iPv24.22; ls30.13; 1Ts5.3jJr 19.11 i2Cr36.16 1650uesetelhesão
abomináveis 17 mSI 101.5; Pv 21.4 n SI 120.2; Pv 12.22 o Dt 19.1 O; Pv 28.17; Is 1.15 ó olhar orgulhoso 18 P Gn 6.5; SI 36.4; Pv 24.2; Jr
18.18; Me 14.1.43-46 Q2Rs 5.20-27; Is 59.7; Rm 3.15 19 'Sl27.12; Pv 19.5,9; Mt 26.59-66 spy 6.14; 1Co1.11-13; [Jd 3-4, 16-19] 20 IEf 6.1
•6.3 nas mãos. Ao aceitar a responsabilidade pela dívida alheia, você permite abertamente, mas faz sugestões veladas e sinais que semeiam as sementes da
que outro passe a controlar a sua vida. desconfiança e da dissensão.
prostra-te. Este não é o momento para o orgulho. •6.15 Com a passagem do tempo, essas pessoas se destroem a si mesmas. O
•6.4 não dês sono. Deve haver um esforço sem descanso para ter o contrato Antigo Testamento revela que, finalmente, Deus castigará o ímpio \24.19-20) e
anulado. recompensará o justo 123.17-18; 24.15-16), mas não apresenta uma doutrina
•6.5 A figura de criaturas caçadas e apanhadas em armadilhas aumenta o senso plenamente desenvolvida de punição no pós-vida. A prosperidade dos ímpios era
de urgência. um problema contínuo ISI 37.7; 73.3-14). ONovo Testamento indica claramente
que o justo julgamento de Deus cairá sobre os ímpios, ou nesta vida ou na futura
•6.6-11 Estes versículos são uma lição objetiva baseada na diligência da formiga.
[Lc 16.23-24; Ap 14.10-12; 20.15).
A suposição subjacente é não somente que o universo é ordeiro, mas também
que há pontos de analogia até entre o humilde mundo dos insetos e os seres •6.16-19 Estes versículos são os primeiros dentre os ditos numéricos de Provér-
humanos. Os provérbios de Salomão baseados na natureza podem ter traçado bios [cf. 30.15-31). A forma desses ditos sugere uma espécie de enigma com
outras analogias semelhantes 11 As 4.33). uma resposta dada não para se desconsiderar a pergunta, mas para provocar res-
postas adicionais mais apropriadas. A literatura de sabedoria, com freqüência
•6.6 a formiga. Ver 30.25. A diligência da formiga dá a aparência de uma
alista coisas juntas que são percebidas como tendo algo em comum. Os relacio-
atividade prudente.
namentos são estabelecidos de maneiras surpreendentes, e o processo de dis-
preguiçoso. Esse termo sugere uma pessoa ociosa cuja inatividade expressa cernir relacionamentos pacíficos no universo aumenta a sabedoria. Esta unidade
uma atitude de insensatez 110.26; 13.4; 15.19; 19.24; 20.4; 26.16). é bastante distinta da unidade anterior [vs. 12-15), mas, provavelmente. tenha
•6.111-11 Este dito proverbial tem sido ligado à declaração anterior lvs. 6-9), afim sido colocada após ela visando ao desenvolvimento do tema. Enquanto ov. 15 ex-
de prover uma aplicação para ele. Omesmo dito é mais adiante vinculado a uma prime a perspectiva de uma retribuição natural não especificada. o presente dito
lição objetiva diferente 124.33-34). conclui que o Senhor é quem julga [5.21-23, nota).
•6.11 pobreza. Provérbios adverte contra atitudes e comportamentos que •6.16 Seis ... a sétima. Ouso de números sucessivos é um expediente comum
produzem a pobreza. A preguiça é uma das causas da pobreza 110.4-5; 19.15; na poesia hebraica [Já 5.19; Am 1.3).
20.13). Embora a diligência e a atividade sejam normalmente associadas à •6.20-35 Outra advertência contra o adultério [caps. 5; 7; 30.20). A forma desta
prosperidade 112.11; 13.4; 14.23), não pode ser dito que toda pobreza seja o seção é, essencialmente, aquela da instrução, embora com considerável varia-
resultado da insensatez \14.31; 17.5; 19.1, 17,22; 21.12; 22.22; 28.3, 11 ). ção. Algumas elaboradas figuras de linguagem são usadas para aumentar o tom
como um ladrão... como um homem armado. A comparação não é tanto de urgência das advertências [vs. 23,26-28,30-31 ). Os vs. 21,23 dependem de Dt
como um gatuno que chega à noite, mas com um assaltante que domina a sua 6.8; SI 119.105, que se referem à Lei. A Lei provê uma clara estrutura para a reve-
vítima< lação, mostrando a Israel a resposta apropriada ao relacionamento de aliança de
•6.12· 15 A forma sugere um dito proverbial que foi expandido para ser aplicado a Deus com essa nação. A sabedoria opera dentro dessa estrutura para descrever
uma situação específica. Uma seqüência de cláusulas descritivas é adicionada ao os limites da responsabilidade humana. A Lei condena o adultério e prescreve
pensamento principal, ou seja, que a pessoa sem valor desperta a discórdia. uma penalidade.para o mesmo [Êx 20.14; Lv 20.10). A sabedoria compartilha
•6.12 Ohomem de Belial. Tradução literal de uma frase de origem e significado dessa oposição.ao adultério- os sábios eram todos homens da aliança - e adi-
incertos. Provavelmente, indique uma pessoa vil e sem valor, dotada de um ciona suas advertências a respeito do desastre inevitável que tal loucura traz.
elemento de malevolência ativa. •6.20 Ver 1.8.
•6.13 acena ... arranha ... faz sinais. A pessoa ímpia não fala de modo claro e o mandamento. Ver a nota em 3.1.
PROVÉRBIOS 6, 7 734
21 u ata-os perpetuamente ao teu coração, 32 O que adultera com uma mulher &está fora de si;
pendura-os ao pescoço. só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa.
22 vouando caminhares, isso te guiará; 33 Achará açoites e infâmia,
quando te deitares, xte guardará; e o seu opróbrio nunca se apagará.
quando acordares, falará contigo. 34 Porque ho ciúme excita o furor do marido;
23 2 Porque o mandamento é lâmpada, e não terá compaixão no dia da vingança.
e a instrução, luz; 35 Não se 8 contentará com o resgate,
e as repreensões da disciplina nem aceitará presentes, ainda que sejam muitos.
são o caminho da vida;
24 ªpara te guardarem da vil mulher Mais advertências contra a mulher adúltera
e das lisonjas da mulher alheia. Filho meu, guarda as minhas palavras
25 bNão cobices no teu coração a sua formosura,
nem te deixes prender
7 e ªconserva dentro de ti
os meus mandamentos.
com as suas olhadelas. 2 bGuarda os meus mandamentos e vive;
2ó cPor uma prostituta o máximo que se paga re a minha lei, como a menina dos teus olhos.
é um pedaço de pão, 3 d Ata-os aos dedos,
d mas a 7 adúltera e anda à caça de vida preciosa. escreve-os na tábua do teu coração.
21 Tomará alguém fogo no seio, 4 Dize à Sabedoria: Tu és minha irmã;
sem que as suas vestes se incendeiem? e ao Entendimento chama teu parente;
28 Ou andará alguém sobre brasas, s epara te guardarem da mulher alheia,
sem que se queimem os seus pés? da estranha que lisonjeia com palavras.
29 Assim será com o que se chegar 6 Porque da janela da minha casa,
à mulher do seu próximo; por minhas grades, olhando eu,
não ficará sem castigo 7 vi entre os simples, descobri entre os / jovens
todo aquele que a tocar. um que era / carecente 2 de juízo,
30 Não é certo que se despreza o ladrão, 8 que ia e vinha pela rua junto à esquina
quando furta para saciar-se, tendo fome? da mulher estranha
31 Pois este, quando encontrado

.
e seguia o caminho da sua casa,
/pagará sete vezes tanto; 9 gà tarde do dia, no crepúsculo,
entregará todos os bens de sua casa. na escuridão da noite, nas trevas .
~ ~-··~-----

21 UPv 3.3 22 V[Pv 323) XPv 211 23_ zs1198; 2Pe 1.19 24 ªPv 2.16 25 bMt5.28 26 CPv 29.3 dGn 39.14eEz13.18 7Esposa
de outro; lit. esposa de um homem 31 /Ex 22.1-4 32 g Pv 7.7 34 h Pv 274; Ct 8.6 35 8 Litlevantará a face de todo
ª
CAPÍTULO 7 1 Pv 2.1 2 b Lv 18.5; Pv 44; [Is 55.3) e Dt 32.1 O; SI 17.8; Zc 2.8 3 d Dt 6 8; Pv 6.21 5 e Pv 2.16; 5.3 7 /[Pv 6.32;
9.4, 16) 1 Lit. filhos 2 sem juízo 9 g Jó 24.15
•6.21 Ver 3.3 e Dt 6.6,8. •6.34-35 Ociúme do marido ofendido conduz à fúria e a uma vingança sem mi-
•6.22 Ver as notas em 3.23-24; cf. Dt 6. 7. A sabedoria é abrangente em seus sericórdia, que nenhum oferecimento de compensação poderá evitar. As forças
efeitos sobre a vida do indivíduo. que impulsionam os relacionamentos humanos estão, com freqüência, no centro
isso te guiará. Ver as notas em 1.5; 2.9 e 3.6. do pensamento da sabedoria.
•6.23 Em SI 119.105, a mesma metáfora é aplicada à lei como tal. A pessoa •7.1-27 Este capítulo compõe-se de três partes, possivelmente independentes,
sábia aceita a /ei revelada e, dependendo da mesma, examina a natureza e as ligadas pelo tema comum do adultério. A primeira (vs 1-5) e a terceira partes lvs
experiências da vida. Dessa maneira, a sabedoria suplementa a lei de sua própria 24-27) estão sob a forma de instruções, e ambas advertem sobre o envolvimento
perspectiva. com a adúltera. A seção do meio lvs. 6-23) aparece como uma narrativa dramáti-
•6.24 Ver as notas em 2.16 e 5.3. ca que funciona como um reforço imaginativo da instrução.
•6.25 Não cobices. O desejo cobiçoso do coração é o começo da progressão •7.1 mandamentos. Ver a nota em 3.1.
da insensatez. A conexão entre o desejo e o ato não é tão rigidamente colocada
como em Mt 5.28, mas faz-se presente. •7.2 vive. Ver as notas em 2.18 e 3.2.
•6.26 um pedaço de pã~. Embora unir-se com prostitutas seja um ato autodes- como a menina dos teus olhos. Lit "o homenzinho de teu olho", uma referên-
trutivo, o adultério é pior. E não somente uma violação do casamento, mas tam- cia à pupila, onde a imagem do observador é refletida. A pupila admite a entrada
bém é um ataque direto contra o mesmo. da luz no olho e deve ser protegida de todo dano lcf. Dt 32.1 O; SI 17.8; Zc 2.8).
•6.27-29 As vívidas e transparentes metáforas enfatizam a loucura do adultério. •7.3 Ver 3.3 e notas. Os modos de proceder esboçados nos vs. 1-3 são um as-
•6.29 não ficará sem castigo. A sabedoria em Provérbios enfatiza os resulta- pecto do método usado pela sabedoria. As tradições são transmitidas a tim de
dos já esperados da insensatez, mas também, de vez em quando, vai além da moldar a vida e o caráter.
cadeia natural de ca~sa e efeito. até o propósito e o julgamento abrangentes de
Deus. •7.4 minha irmã ... teu parente. Alguém devia pensar sobre a sabedoria e o en-
tendimento como parentes chegados. Provavelmente, isso visasse retratar a dese-
•6.30-33 A pessoa impulsionada pela fome para roubar ainda está sujeita à lei.
jada intimidade com a sabedoria, em lugar de contrastá-la com a adúltera do v. 5.
embora as pessoas possam compreender tal necessidade. Em contraste com
isso, o adultério não conta com esse fator atenuante e atrai uma total desgraça. A •7.7 simples ... carecente de juízo. Ver a nota em 1.4. Ojovem era ingênuo e
lei requeria a restauração de quatro vezes mais para o furto; "sete vezes tanto" sem habilidade na arte de viver. Oensino da sabedoria tem por alvo um tipo assim
exagera isso para efeito de ênfase IÊx 22.1). impressionável 11.2-4).
10 Eis que a mulher lhe sai ao encontro,
com vestes de prostituta
e astuta de coração.
735
20 Levou 5 consigo um saquitel de dinheiro;
PROVÉRBIOS

só por volta 6 da lua cheia ele tornará para casa.


21 Seduziu-o 7 com as 1suas muitas palavras,
7, 8
l
11 11 É apaixonada e inquieta, 111
com as lisonjas dos seus lábios o 8 arrastou.
1
cujos pés não param em casa; 22 E ele num instante a segue,
12 ora está nas ruas, ora, nas praças, como o boi que vai ao matadouro;
espreitando por todos os cantos. Vcomo o cervo que corre para a rede,
13 Aproximou-se dele, e o beijou, 23 até que a flecha lhe atravesse o coração;
e de cara 3 impudente lhe diz: ncomo a ave que se apressa para o laço,
14 Sacrifícios pacíficos tinha eu de oferecer; sem saber que isto 1 lhe custará a vida.
paguei hoje os meus votos. 24 Agora, pois, filho, dá-me ouvidos
15 Por isso, saí ao teu encontro, e sê atento às palavras da minha boca;
a buscar-te, e te achei. 25 não se desvie o teu coração para os caminhos dela,
16 Já cobri de colchas a minha cama, e não andes perdido nas suas veredas;
Jde linho fino do Egito, de várias cores; 26 porque a muitos feriu e derribou;
17 já perfumei o meu leito com mirra, e ºsao muitos os que por ela foram mortos.
aloés e cinamomo. 27 PA sua casa é caminho para a 2 sepultura
18 Vem, embriaguemo-nos e desce para as câmaras da morte.
com as delícias do amor, até pela manhã;
gozemos amores. A excelência da Sabedoria
19 Porque 4 o meu marido não está em casa, Não ªclama, porventura, a Sabedoria,
saiu de viagem para longe. 8 e o Entendimento não faz ouvir a sua voz?

6 11 h Pv 9.13; 1Tm 5.13 iTt 2.5 13 3 desavergonhada. lit. endurecida 16 ils 19 9; Ez 27.7 19 4Lit. o homem 20 5Lit. em sua mão óno
dia marcado 21 1Pv 5.3 rn Si 12.2 7 pela grandiosidade de suas palavras 8 compeliu 22 9 LXX. S e T como um cachorro para as correntes; V
como um cordeiro.. para as correntes 23 nEc 9.12 l é por sua 26ºNe13.26 27 PPv2.18; 5.5; 9.18; [1Co 6 9-10; Ap 22.15] 2Hebr. Sheol
CAPÍTULO 8 1apy1.20-21; 9.3; [1Co 124]
• 7.1 O A sedução envolve um espetáculo enganador que atrai a vítima. ao mes- 9.16-17) Em contraposição. está contrastado o poder curador das palavras da
mo tempo em que oculta a intenção real. sabedoria (2 1-6; 3.1-2; 5.1-2; 7.24-25)
•7.14 Sacrifícios pacíficos. Oalimento dessas oferendas religiosas deu opor- •7.22 Como o boi que vai ao matadouro. Oanimal mudo não tem consciência
tunidade para a glutonaria (Lv 7.12-18) Ver 17.1. 21.27. de seu destino e permite ser levado ao matadouro.
• 7.15 As palavras são lisonjeadoras, assegurando ao jovem que ele foi especial- Como o cervo ... para a rede. A incerteza desta linha não obscurece o sentido
mente escolhido para aquele deleite. geral do versículo: o jovem caminha para uma armadilha.
• 7.17 Mirra, aloés e cinamomo. Especiarias aromáticas usadas para pertumar •7.23 a flecha lhe atravesse o coração. Um ferimento mortal.
vestes e leitos. •7.25 O teu coração. Ver a nota em 2.2.
• 7.18 Embriaguemo-nos com as delícias do amor. Esta é a mais fraudulenta não andes perdido nas suas veredas. A receita do homem sábio é manter
de todas as propostas. Sugerir que o sexo casual e ilícito possa satisfazer profundos seus pensamentos (coração) longe do adultério. e ficar afastado de lugares onde
anelos por um compromisso mútuo e amoroso é uma mentira destruidora. haja tal tentação.
• 7.19-20 A mulher tinha consciência de que aquela relação ilícita envolvia-os em •7.26-27 Um motivo para a prudência consiste em evitar a carnificina que resulta
um engano. Eles esperavam inutilmente que poderiam evitar a fúria do marido ci- da insensatez.
umento (6.33-35). •7.27 a sepultura ... morte. Ver 1.12; 2.18; 5.5 e notas.
•7.21 O poder sedutor das palavras é um tema constante (2 16; 5.3; 6.24; •8.1-36 Nos caps. 1-7, o porta-voz da sabedoria é um mestre ou sábio. Neste

A sabedoria faz ouvir a sua voz (8.1)


A sabedoria é personificada em Provérbios como estando com Deus antes da criação. Ela oferece
instrução nos caminhos de Deus. Seus beneplácitos são a base da própria vida.
Origem da Sabedoria Ensinamento da Sabedoria Valor da Sabedoria

Em Deus (v. 22) Prudência (vs. 5, 12) Rende riquezas e honra


Desde a eternidade (v. 23) Entendimento (v. 5) (v. 18)
Antes de todas as coisas Coisas excelentes (v. 6) Maior do que ouro ou prata
(vs. 23-30) Verdade (v. 7) (v. 19)
Ódio à impiedade (v. 7) Os sábios são abençoados
Justiça (v. 8) (vs. 32,34)
Prudência (v. 12) O sábio encontra vida
Conhecimento (v. 12) (v. 35)
Temor do Senhor (v. 13) O sábio obtém o favor de Deus
(v. 35)

j
PROVÉRBIOS 8 736
2 No cimo 1 das
alturas, junto ao caminho, 12 Eu, a Sabedoria, habito com a prudência
nas encruzilhadas das veredas ela se coloca; e disponho de conhecimentos
3 junto às portas, à entrada da cidade, e de conselhos.
à entrada das portas está gritando: 13 dQ temor do SENHOR consiste
4 A vós outros, ó homens, clamo; em aborrecer o mal;
e a minha voz se dirige aos filhos dos homens. ea soberba, a arrogância, o mau caminho
s Entendei, ó 2 simples, a prudência; e la boca perversa, eu os aborreço.
e vós, néscios, entendei a sabedoria. 14 Meu é o conselho e a verdadeira sabedoria,
6 Ouvi, pois falarei b coisas excelentes; eu sou o Entendimento, gminha é a fortaleza.
os meus lábios proferirão coisas retas. 15 hPor meu intermédio, reinam os reis,
7 Porque a minha boca proclamará a verdade; e os príncipes decretam justiça.
os meus lábios abominam a impiedade. 16 Por meu intermédio, governam os príncipes,
8 São justas todas as palavras os nobres e todos os juízes 3 da terra.
da minha boca; 17 iEu amo os que me amam;
não há nelas nenhuma coisa torta, ios que me procuram me acham.
nem perversa. 18 1Riquezas e honra estão comigo,
9 Todas são retas para quem as entende bens duráveis e justiça.
e justas, para os que acham o conhecimento. 19 Melhor é o meu fruto do que o ouro,
10 Aceitai o meu ensino, e não a prata, do que o ouro refinado;
e o conhecimento, antes do que o ouro escolhido. e o meu rendimento, melhor
li cporque melhor é a sabedoria do que jóias, do que a prata escolhida.
e de tudo o que se deseja 20 Ando pelo caminho da justiça,
nada se pode comparar com ela. no meio das veredas do juízo,

• zídosmontes S2ingênuos 6bPv22.20 li CJó28.15;Sl19.10;119.127;Pv3.14-15;45,7;16.16 IJdPv3.7;16.6e1Sm22.3;


[Pv 16.17-18; Is 13.11] 7Pv4.24 14 gEc 77.19; 9.16 15 h2Cr 1.10; Pv 29.4; Dn 2.21; [Mt 28.18]; Rm 13.1 16 3TM, S, Te Vde justiça;
l.XX, 8, alguns mss. e edições da terra 17 11 Sm 2.30; [SI 91 .141: Pv 4.6; [Jo 14.21] i Pv 2.4-5; Jo 7.37; Tg 1.5 18 lpy 3.16; [Mt 6.33
majestoso poema, a sabedoria é personificada como omestre supremo que ensi- riqueza é uma maneira de enfatizar o seu valor 12.4; 3.14-15; 8.19-21; Jó 28.17).
na com base em sua própria autoridade. Essa personificação, mais provavelmen- A advertência contra o materialismo crasso é óbvia.
te, seja um artifício poético para expressar, mais vividamente ainda, a autoridade •8, 12 Ver 1.4, nota.
da sabedoria. Embora seja prematuro ver a sabedoria personificada !especial-
•8.13 Otemor do SENHOR. Ver 1.7; 2.5; 3.7; 9.1 Oe notas. A sabedoria nos re-
mente nos vs. 22-31) como um retrato direto de um ser divino, não há dúvida que
lembra que a busca por uma ética baseada exclusivamente na experiência éfútil.
a revelação de Jesus Cristo como a sabedoria de Deus nos mostra a importância
A educação e a experiênc·1a devem estar edificadas sobre a base da fidelidade e
de uma sabedoria que é sua própria autoridade absoluta 11 Co 1.24,30; Hb 1.1-4;
da esperança providas pelas promessas da aliança de Deus. Os sistemas éticos
CI 1.15-16; Jo 1.1-18). Opoema progride de uma consideração da tarefa humana
sem o padrão absoluto do que é certo, bom e verdadeiro, revelado nas Escrituras,
de aprender a sabedoria (vs. 1-11) até os poderosos efeitos da sabedoria neste
não podem sobreviver ISI 36.9).
mundo lvs. 12-211 e daí até a origem divina da sabedoria e seu lugar na totalidade
da criação lvs. 22-31 ). Um apelo final equipara a sabedoria à vida (vs. 32-36). Por a soberba ... eu os aborreço. A sabedoria ecoa o ódio que Deus tem pelo mal
detrás da sabedoria humana está a sabedoria de Deus, original e não criada, pela (6.16; Dt 12.31; 16.22; SI 5.5; Is 61.8; Jr 44.4)
qual ele estabeleceu todas as coisas criadas e seus próprios relacionamentos •8.14 conselho. Esta palavra tem o sentido de conselhos derivados da sabedo-
com Deus e de umas com as outras. Isso significa que a sabedoria humana éváli- ria e da experiência e também de planos feitos pela deliberação conjunta em um
da e afirmadora de vida até onde a mesma ocorre dentro do contexto provido pela processo de ação. A mesma palavra é usada para a mente de Deus a respeito de
divina revelação especial (cap. 4, nota). seus próprios planos e propósitos lls 5.19; 1917; 25.1; 28.29). A sabedoria tem
•8.1-3 Ver as notas em 1.20-33. acesso a esse conselho.
•8.4 homens. A palavra hebraica nonmalmente aplica-se ao ser humano mascu- •B.15-16 A função apropriada para os governantes humanos é definida pela or-
lino mas pode estender-se a toda a humanidade. A sabedoria, no papel de um dem da criação de Deus, conforme está revelada na Palavra de Deus (Gn
instrutor, dirige-se não a filhos ou a alunos, mas a todas as pessoas. Não existe 1.26-28). Um governo sábio começa pelo temor do Senhor IDt 17.18-20; 1Rs
elite de classes nessa questão do aprendizado da sabedoria; ela é para todos. 3.6-9; 4.29-34). OMessias govema1ác.\lm sabedoria perfeita (Is 11.1-3/. Ver"Os
•8.5 Ver as notas em Í .4,22. Cristãos e o Governo Civil", em Rm 13.1.
•8.6 coisas axcelentes. Coisas valiosas ou magníficas. •8.17 Eu amo os que me amam. Estas afirmativas fazem o contraste com a
coisas retas. Fica subentendido o elemento moral. sabedoria sendo escondida dos insensatos (1.28-29). A sabedoria cuida daqueles
•8.7 verdade. Esta palavra denota o que é totalmente digno de confiança. Éo que lhe pertencem (4.6,8-9).
oposto de iniqüidade. Provérbios relaciona a verdade com a sabedoria em vários os que me procuram me acham. Ver 2.4-5; 3.13-15. Isso sugere uma relação
lugares, e aqúi a paraVra da sabedoria é descrita de uma maneira que sugere uma entre a sabedoria e a graça divina, que o leva a aproximar-se de nós (Is 55.6). O
origem divina. próprio Jesus é a revelação final da sabedoria divina 11 Co 1.24,30; CI 2.2-3) e
•8.8 juata. Ver a notá no v. 18. possivelmente tenha feito alusão a este versículo em Mt 7.7.
•8.9 A sabedoria é uma realidade finme Jior si só. Épreciso que nos harmonize- •8.18 Riquezas e honra. Ver 3.2,16. Oprincípio do reinado de Salomão foi um
mos com ela a fim de aprendermos dela. Isso é outra maneira de dizer que toda exemplo dos benefícios materiais e sociais da sabedoria 11 Rs 10.1-9).
verdade é verdade de Deus e que. sem o conhecimento de Deus. não podemos e justiça. Isso significa a obediência à lei de Deus, estendendo-se ao cultivo de
conhecer a verdade absoluta. Cf. a sabedoria de Jesus em Mt 13.10-16; Lc corretos relacionamentos entre Deus, as pessoas e a criação. Ver Rm 12.18; 1Tm
11.52. 2.1-4.
•8.10-11 A comparação da sabedoria com os mais desejáveis símbolos da •8.19 Ver a nota nos vs. 1Oe 11.
737 PROVÉRBIOS 8, 9
l
21 para dotar de bens os que me amam 30 rentão,eu estava com ele e era 6 seu arquiteto,
e lhes encher os tesouros. dia após dia, eu era as suas delícias,
5

folgando perante ele em todo o tempo;


A eternidade da Sabedoria 31 regozijando-me no seu mundo habitável
22 mQ SENHOR me possuía no início de sua obra, e achando as 1minhas delícias com os filhos dos homens.
antes de suas obras mais antigas. 32 Agora, pois, filhos, ouvi-me,
23 n Desde a eternidade fui estabelecida, porque "felizes serão os que guardarem
desde o princípio, antes do começo da terra. os meus caminhos.
24 Antes de haver abismos, eu nasci, 33 Ouvi o ensino, sede sábios
e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. e não o rejeiteis.
25 °Antes que os montes fossem firmados, 34 vFeliz o homem que me dá ouvidos,
antes de haver outeiros, eu nasci. velando dia a dia às minhas portas,
26 Ainda ele não tinha feito a terra, esperando às ombreiras da minha entrada.
nem 4 as amplidões, 35 Porque o que me acha acha a vida
nem sequer 5 o princípio do pó do mundo. e xalcança favor do SENHOR.
27 Quando ele preparava os céus, 36 Mas o que peca contra mim 7 violenta a própria alma.
aí estava eu; Todos os que me aborrecem amam a morte.
quando traçava o horizonte sobre a face do abismo;
28 quando firmava as nuvens de cima; O banquete da Sabedoria
quando estabelecia as fontes do abismo;
29 Pquando fixava ao mar o seu limite,
9 A Sabedoria ªedificou a sua casa,
lavrou as suas sete colunas.
para que as águas não traspassassem os seus limites; 2 bCarneou os seus animais, cmisturou o seu vinho
quando q compunha os fundamentos da terra; e /arrumou a sua mesa.

A-;; m Já 282~-28;;1-104 ;4~~ 33-~ 9;W~ 1.~~- ;3 n [;; 61 ;~ ; J~~-7 8- ;~~-;s /ug~r:;exter~s ;~s-p:~~i:~ ele~entos ~-~~
mundo 29 PGn 1.9-1 O; Já 388-11; SI 33.7; 104.9; Jr 5.22 qJá 28.4,6; SI 104 5 30 r[Jo 1.1-3, 18] s [Mt 3.171 ô Uma tradição judaica um que
foicriado 31 ISl16.3;Jo13.1 32"Sl119.1-2;128.1,Pv29.18;Lc1128 34Vf'vJ13,18 35XPv3.4;122;[Jo17.3] 36ZPv20.2
CAPÍTULO 9 1 a [Mt 16.18; 1Co 3.9-1 O; Ef 2.20-22; 1Pe 2 51 2 b Mt 22.4 1 Pv 23.30 I preparou
•8.22-31 Esta seção, parecida com um hino, apresenta a sabedoria como a base •8.28 as fontes do abismo. Ver Gn 7.11; 8.2.
do projeto do universo. Oenfoque é incomum, mas essa visão sobre a sabedoria •8.30 seu arquiteto. A sabedoria é agora descrita com9 o agente da criação.
não contraria a teologia da aliança e os atos salvíficos de Deus em Israel. Os sá- Um habilidoso artesanato é um aspecto da sabedoria lcf. Ex 31.3). o que salienta
bios também eram homens da aliança 11.7; 2.20-22 e notas). Ométodo da sabe- a natureza prática da sabedoria. Ver 1.2, nota.
doria consiste em enfatizar a teologia bíblica da criação como a base para a com-
preensão de nossa vida como o povo remido de Deus. •8.31 regozijando-me ... delícias. A sabedoria reflete a satisfação expressa na
declaração divina de que a criação é muito boa IGn 1.31).
•8.22 O SENHOR. Temos aqui o nome próprio de Deus como o Redentor e o Au-
tor da aliança IÊx 3.15 e notas). A aliança da redenção de Deus com Israel subli- •8.32 felizes. Ver a nota em 3.13. As bênçãos de Deus sobre a obediência são
nha seu compromisso com a criação, pois as promessas da aliança culminam em uma das características da teologia da aliança IDt 28.1-14; ver "A Aliança da Gra-
Jesus Cnsto - o grande descendente de Abraão IGn 12.7; d GI 3.16) e o Filho ça de Deus", em Gn 12.1 ). Aqui, a palavra descreve as recompensas da sabedoria
de Davi 12Sm 7.16; cf. Lc 1.32) - por meio de quem a criação destroçada e de- 13.13-18).
caída é remida IRm 8.20-22; 2Co 5.17, nota; CI 1.15-20; Ap 21.1.). •8.34 velando dia a dia às minhas portas. O aluno comparece à casa do
me possuía. A sabedoria não é uma quarta pessoa divina, mas é um atributo de mestre. anelante por aprender o que quer que a sabedoria lhe queira transmitir.
Deus que recebeu expressão tanto na criação como na redenção. Neste capitulo,
•8.35 Os benefícios da sabedoria são equiparados com a própria vida. Ser verda-
a sabedoria foi personificada para conseguir um efeito poético. Os atributos de
deiramente vivo é estar corretamente relacionado com Deus, com outras pesso-
Deus são eternos, pelo que a figura da sabedoria vem desde o "início"
as e com a ordem criada. Ver as notas em 3.2, 18.
no início de sua obra. A sabedoria é o primeiro conselho da vontade de Deus IEf
1.11 ), o decreto eterno que estabelece todas as coisas em seus relacionamentos favor do SENHOR. Isto é, aceitação e boa vontade. Osábio não está descreven-
e determina o curso da história. do uma maneira alternativa de obter aceitação diferente daquela provida na co-
munidade da aliança e nos sacrifícios. Antes, ele descreve as riquezas da
antes de suas obras mais antigas. A sabedoria existia antes da auto- comunhão dos crentes com o Senhor, na qual a vida deles é moldada pela verda-
revelação de Deus em sua aliança e em seus atos salvíficos. deira sabedoria 112.2).
•8.23 A sabedoria também é anterior à criação do universo.
•8.36 aborrecem. Odiar a sabedoria é odiar a vida e. portanto, é amar a morte.
•8.24-31 Já relembra-nos que a sabedoria da criação, em última análise, perten-
ce exclusivamente a Deus IJó 38-39). O"mandato cultural", ao atribuir aos se- •9.1-18 Esta seção consiste na disputa de dois convites, um da sabedoria e o ou-
res humanos a tarefa de compreender a criação e de exercer domínio sobre ela tro da insensatez. Ambas foram retratadas como mulheres que convidam as pes-
IGn 1.26-28). é a base do interesse da sabedoria em conhecer a natureza do soas para entrarem em suas casas. A sabedoria convida os simples para
mundo 11 Rs 4 29,33). Isso é seguido dentro da estrutura estabelecida pela reve- comerem de seu alimento vivificante lvs. 1-12). A insensatez oferece um alimen-
lação especial las Escrituras) e no temor do Senhor 11 .7, nota; 8.1-36, nota; to que conduz à morte lvs. 13-18).
910) •9.1 as suas sete colunas. Osentido dessas "sete colunas" não é claro. Pode
•8.24 eu nasci. Osábio plano de Deus antecede os seus atos. A referência a ter simplesmente indicar o esplendor arquitetônico da casa. Entretanto, "sete", com
"nascido" sugere que a sabedoria é, de forma singular, uma filha de Deus, mas freqüência, simboliza a perfeição ou o estado completo e assim aqui pode repre-
isso é apenas um artifício poético e não se refere a um novo ser divino. sentar a perfeição da sabedoria divina.
•8.27 aí estava eu. A sabedoria é anterior à criação e participante dela. A •9.2 misturou o seu vinho. Éprovável que essa mistura fosse de vinho e espe-
criação é a primeira grande demonstração da sabedoria de Deus. ciarias ICt 8.2).

J
PROVÉRBIOS 9, 10 738
J] á deu ordens às suas criadas O con'lite da mulher-loucura
e, assim, convida desde as alturas da cidade: 13 mA2 loucura é mulher apaixonada, é ignorante
4 d Quem é simples, volte-se para aqui_ e não sabe coisa alguma.
Aos faltos de senso diz: 14 Assenta-se à porta de sua casa,
s evmde, comei do meu pão "nas alturas da cidade, toma uma cadeira,
e bebei do vinho que misturei. ts para dizer aos que passam
6 Deixai os insensatos e vivei; e seguem direito o seu caminho:
andai pelo caminho do entendimento. 16 °Quem é Jsimples, volte-se para aqui.
7 O que repreende o escarnecedor traz afronta sobre si; E aos faltos de senso diz:
· e o que censura o perverso a si mesmo se injuria. 11 As Páguas roubadas são doces,
8.fNão repreendas o escarnecedor, e o pão comido às ocultas é agradável.
para que te não aborreça; 18 Eles, porém, não sabem que ali estão qos mortos,
Krepreende o sábio, e ele te amará. que os seus convidados estão
9 Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio ainda; nas profundezas do 4 infemo.
ensina ao justo, he ele crescerá em prudência.
10 iQ temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, O justo em contraste com o perverso
e o conhecimento do Santo é prudência. Provérbios de ªSalomão.
11 !Porque por mim se multiplicam os teus dias,
e anos de vida se te acrescentarão.
1O bO filho sábio alegra a seu pai,
mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe.
12 1Se és sábio, para ti mesmo o és; 2 cos tesouros da impiedade de nada aproveitam,
se és escarnecedor, tu só o suportarás . dmas a justiça livra da morte.

• 4 d SI 19.7 5 e Ct 5.1; Is 55.1; [Jo 6.27]8/Pv 15 12, Mt 7 6 g SI 141 5, Pv 1O8 9 h [Mt 13 12] 1O i Já 28.28; SI 111.10; Pv 1.7
ttfPv3.2,16 12 iJó 35.6-7; Pv 16.26 13 mpy 71120u Uma mulher louca é barulhenta 14 npy93 16°Pv 77-83ingênuo
t 7 PPv 20.17 18 q Pv 2.18; 7.27 4 Hebr. Sheol
CAPÍTULO 10 1 a Pv 1.1; 25.1 b Pv 15.20; 17.21,25; 19.13; 29.3, 15 2 e SI 49.7; Pv 11.4; 21.6; Ez 7.19; [lc 12.19-20] dDn 4.27
•9.3 suas criadas. As servas da sabedoria são enviadas para recolher qualquer •9.12 Se és sábio, para ti mesmo o és. Em outras palavras, tu te beneficiarás
pessoa que ouça o convite dela para a vida. (3.13-18; 4.9-13; 8.34-35).
desde as alturas da cidada. Oconvite é aberto e universal (Is 52.7). •9.13·18 A descrição da insensatez está diretamente aposta à descrição da sa-
•9.4 simples. Ver 1.4, nota. Note a disputa da chamada par parte da insensatez bedoria nas vs. 1-6.
no v. 16. •9.13 apaixonada. Ver 7.11-12.
faltos da senso. Lit. "aos que falta o coração", ou seja, avontade de pensar e de é ignorante e não sabe coisa alguma. Oapela sensual da insensatez contras-
agir corretamente. ta com a sabedoria como a mestra.
•9.5 Vinda, comei. Um banquete era a lugar próprio para a refeição distribuída •9.14 nas alturas da cidade. A insensatez falsifica os atas da sabedoria, a fim
pela sabedoria. A idéia do banquete foi usada mais tarde para retratar as bênçãos de parecer sábia (cf. a v. 3).
dos remidos (Is 55.1-2; Mt 22.1-13; 26.29; Ap 19).
•9.15·16 Os convites da insensatez imitam posteriormente os convites da sabe-
•9.6 Deixai os insensatos a vivei. Ver 1.4,22; 2.19; 3.2, 18; 8.35 e notas. doria (cf. o v. 4).
•9.7·12 Estes versículos contrastam os sábios com os insensatos, não somente •9, 17 As águas roubadas. Qualquer coisa proibida, especialmente o sexo ilíci-
quanta ao ponto da decisão para entrar nas casas da sabedoria ou da insensatez. ta (5.3,15; 716-18).
mas também quanto ao tipo de vida que resulta dessas decisões.
o pão comido às ocultas. Par haver sida furtada ou por ser proibido. Existe uma
•9. 7 o escarnecedor. O escarnecedor tem ido além de uma simples falta de perversidade na natureza humana que é despertada pela proibição ou pela lei (Rm
discemimenta e tem tomado uma decisão consciente para a mal. 77-11)
traz afronta sobra si. Oesforço par corrigir tal pessoa fracassará e poderá ser •9.18 os mortos. No hebraica, rephaim, de derivação incerta. Essa palavra é
um tiro pela culatra. usada oito vezes na Bíblia, todas elas na poesia hebraica, referindo-se aos espíri-
o que cansura. Essa frase paralela é sinônima, quanto ao significado da primeira tos de pessoas que partiram.
parte do versículo. inferno. Na hebraica, sheol, lit. "a sepultura". Ver 1.12; 5.5; 7.27 e notas. Em Pro-
•9.8 Aqui a estrutura paralela é antitética (isto é, as duas partes são pastas em vérbios, osheo/ é a destino apropriado das talos, não par ser um lugar de tormen-
contraste), to, conforme a inferno é posteriormente descrito (Ap 14.9-11 ), mas simplesmente
repreenda o sábio~ Enquanto que um insensata é fechada à sabedoria, um sá- parque aqueles que vão para lá perderam a possibilidade de relacionamento com
bio alegra-se pela oportunidade de fechar-se à insensatez. A sabedoria percebe o o Deus vivo. Ver também 2.18, nota.
lado positivo da correção; a sabedoria não vive na defensiva e nem se ofende fa- •10.1-22.16 Esta seção consiste, principalmente, de provérbios de uma só
e
cilmente, mas mosva-se humilde responsiva. sentença. Não há evidência de que estas são formas de sabedoria escrita de um
•9.9 Asabedoria reconhece um importante princípio da natureza humana: não há tempo diferente daquele das instruções mais longas dos caps. 1-9. Trata-se
ainda ponto de parada; progredimos na direção de nossa escolha. A sabedoria simplesmente de formas diferentes e funcionam de maneiras diferentes. Os afo-
acumula mais sabedoria (cf. Mt 13.12), rismos são, com freqüência, declarados de forma categórica, sem as qualifica-
ções que lhes poderiam permitir cobrir cada situação concebível. A sabedoria de
•9.10 Otemor do SENHOR. Ver 1.7, nota: "A Sabedoria e a Vontade de Deus",
em Dn 2.20. Provérbios pressupõe e edifica-se na revelação especial de Deus na Lei (1.7 e no'
tas). Os sábios hebreus supunham que, dada a inteligência humana e o dom da
Santo. Lit. "santas". A tradução aqui está baseada no paralelismo com "o Se- sabedoria de Deus, em sua auta•revelaçãa, o povo de Deus aprende a discernir a
nhor", na linha anterior (cf. 30.3, onde a mesma forma plural é usada). ardem e os relacionamentos que produzem uma vida significativa e produtiva. A
•9.11 Ver 3.2, nota. sabedoria de Provérbios nos oferece o fruto da experiência e da reflexão, ressai-
739 PROVÉRBIOS 1 o
3 eo SENHOR não deixa ter fome o justo, 12 O ódio excita contendas,
mas rechaça a avidez dos perversos. mas no amor cobre todas as transgressões.
4 to que trabalha com mão remissa empobrece, 13 Nos lábios do prudente, se acha sabedoria,
mas gamão dos diligentes vem a enriquecer-se. mas ºa vara é para as costas 2 do falto de senso.
5O que ajunta no hverão é filho sábio, 14 Os sábios entesouram o conhecimento,
mas o que dorme na sega ;é filho que envergonha. mas Pa boca do néscio é uma ruína iminente.
6 Sobre a cabeça do justo há bênçãos, 15 Os qbens do rico são a sua cidade forte;
mas na boca dos perversos mora a violência. a pobreza dos pobres é a sua ruína.
7 i A memória do justo é abençoada, 16 A obra do justo conduz à rvida,
mas o nome dos perversos cai em podridão. e o rendimento do perverso, ao pecado.
B O sábio de coração aceita os mandamentos, 11 O caminho para a vida é de quem guarda o ensino,
1mas o insensato de lábios 1 vem a arruinar-se.
mas o que abandona a repreensão 3 anda errado.
9 mouem anda em integridade anda seguro, 18 O que 'retém o ódio é de lábios falsos,
mas o que perverte os seus caminhos será conhecido. e 1o que difama é insensato.
to O que acena com os olhos traz desgosto, 19 "No muito falar não falta transgressão,
e o insensato de lábios vem a arruinar-se. mas vo que modera os lábios é prudente.
11 A boca do justo é manancial de vida, 20 Prata escolhida é a língua do justo,
mas na boca dos perversos mora a violência. mas o coração dos perversos vale mui pouco.

-~-3 e~~ 349-1~;2~;-;v 28 2~;-[Mt ;;;] ~fPv 1~-~ 8Pv 1~-24; ~~A; 21.5 S
h7v68 iPv 7
1926~ is17126;~~1~-8 l~v ·.~
10.1 O 1será derrubado ou arruinado 9 m [SI 23.4; Pv 3 23, 28.18; Is 33.15-16] 12 n Pv 17.9; [1 Co 13.4-7; Tg 5 20]; 1Pe 4.8 13 o Pv
26.3 2Lit do que não tem coração 14 P Pv 18.7 15 q Jó 31.24; SI 52.7; Pv 18.11; [1Tm 6 17] 16 rpv 6.23 17 3conduz 18 s Pv
26.24 t SI 15.3; 101.5 19 u Jó 11.2; [Pv 18 21]; Ec 5.3 v Pv 17.27; [Tg 1 19; 3 Z]
tando a necessidade de pensar através e de aplicar o conhecimento humano e a meira linha, seja como paralelo ou como contraste. A Septuaginta (o Antigo
Palavra de Deus a todas as questões da vida de uma maneira responsável Testamento em grego) diz: "mas aquele que repreende com firmeza traz a paz."
•10.1-32 Como se dá freqüentemente com a Bíblia, as divisões em capítulos são •10.11 manancial de vida. A figura é semelhante a "árvore da vida" 13.18,
antes arbitrárias e não servem de ajuda na análise dos textos. As sentenças indi- nota) As palavras do sábio, tal qual um manancial é uma fonte de vida IEz
viduais podem ser classificadas de acordo com suas estruturas literárias e seus 47.1-12; Ap 221-3)
temas. Os caps. 10-15 consistem, principalmente, de contrastes entre concei- •10.12 ódio. A palavra sugere a rejeição da boa ordem, realmente a dissolução
tos opostos, conforme é indicado pela conjunção "mas", introduzindo a segunda (d 1Jo 3.15) dos relacionamentos humanos. Tal ódio causa a fragmentação da
linha da maior parte desses provérbios. Esse artifício literário comum usa contras- sociedade
tar pares como "justo" versus "ímpio", e "sábio" versus "insensato". Agrupamen- amor. A palavra sugere buscar o melhor para os outros. O amor é a melhor ex-
to ocasional de sentenças de acordo com o tema e a forma é evidente no livro, pressão dos relacionamentos ordeiros.
método que ajuda na memorização, mas que não ajuda a interpretação dos ditos cobre. Para promover a harmonia nos relacionamentos, o amor encobre as ques-
mais independentes. Cada sentença tem seu próprio cenário social e alvo espe- tões que provocam contendas. Este versículo é aludido em Tg 5.20; 1Pe4.8.
cial Muito parecidos com os ditos populares de nossas sociedades ocidentais, al-
• 10.13 Os que são perceptivos revelam o seu caráter na sabedoria das suas pa-
guns desses ditos têm sido separados de seus contextos a fim de proverem nor-
lavras Os que são faltos de senso simplesmente se envolvem em brigas. Opara-
mas concisas e práticas para a vida diária.
lelismo sugere que a conversa tola é a causa dos seus problemas.
•10.1 Provérbios de Salomão. Ver Introdução Autor.
•10.14 entesouram o conhecimento. A pessoa sábia, embora não seja mais
•10.2 a justiça. Ver a nota em 8.18. Neste capítulo, cerca de metade dos versí- aprendiz, continuará aprendendo. Somente o tolo alega saber tudo.
culos contém um contraste entre os justos e os ímpios. a boca do néscio. Note quão freqüentemente o tolo é retratado como um fala-
livra da morte. Ver 2.18; 3.18 e notas. dor lvs 6,8, 13, 18-19,31-32) A Epístola de Tiago, os "Provérbios" do Novo Testa-
•10.3 não deixa ter fome. Há uma correlação entre a retidão e a vida. tanto nas mento, também explora esse tema ITg 1.26; 3.1-12). Saber quando se deve falar
promessas da aliança de Deus quanto na expenência de vida em geral Entretan- e quando se deve guardar silêncio é um proeminente tema da sabedoria 111.12,
to, os sofrimentos dos justos não estão aqui em vista lcf 1.19, nota) nota; 264-5; Jó 38.2; 42.1-6).
•10.4-5 Ver 6 6-11; 13.4; 15.19; 24.30-34. Um tema de sabedoria que é freqüen- • 10.15 cidade forte. A figura de linguagem é a de segurança contra as incerte-
temente usado, a pobreza, por si mesma, não é vergonhosa, mas a pobreza por zas da vida
causa da preguiça. a pobreza dos pobras é a sua ruína. Os pobres não têm grande defesa contra
•10.5 filho sábio. Os relacionamentos e as obrigações familiares são, primaria- os acontecimentos inesperados. Essa circunstância é observada sem comentá-
mente, preocupações na literatura de sabedoria. rios sobre seus acertos ou erros (cf Mt 26.11 J Em uma análise final, porém, os ri-
•10.6 bênçãos. Estas bênçãos, aqui não especificadas, deixam a aplicação cos, que confiam em si mesmos (28 11), descobrirão que sua segurança
aberta para um leque de situações, mas, tal como no v. 22, a bondade do Senhor monetária é ilusória 111.4,28; 18.10-11, 234-5) Somente o Senhor é uma defesa
é experimentada. segura 135-6).
• 10.16 o rendimento. O resultado ou recompensa da justiça é a vida 13.2, 18 e
•10.7 memória. Como a pessoa justa é lembrada após a sua morte.
notas; cf Rm 6 23).
•10.8 aceita os mandamentos. A pessoa sábia deixa-se ensinar e dá acolhida
pecado. O"pecado" ou sua conseqüência, a punição, se opõe à vida.
aos mandamentos da sabedona (2.1; 3.1, nota).
• 10.18 A forma deste versículo difere do paralelismo de opostos !paralelismo an-
o insensato de lábios. Os insensatos não sabem quando devem calar-se e es-
titético), encontrado em grande parte deste capítulo. Novamente, o assunto é um
cutar Não têm a disciplina da sabedoria e promovem a própria ruína lv. 14, nota).
falar tolo Imentira ou calúnia), e aquele que se ocupa em tal atividade é malicioso
•10.9 será conhecido. Quem tentar perverter a verdade será desmascarado e ou tolo lv. 14, nota). Tal insensatez não é considerada como coisa leve, porque
disciplinado por Deus. essa insensatez é realmente pecado IÊx 20.16).

j
•10.10 acena com os olhos. Ver 6.13, nota. •10.20 coração. Aqui, a palavra aparece como um paralelo de língua. A mente,
o insensato de lábios. Ver v. 8, nota. Esta frase não parece corresponder à pri- a vontade e o caráter interior do ímpio são fonte de palavras fúteis IMt 15.18-19)
PROVÉRBIOS 10, 11 740
21 Os lábios do justo apascentam a muitos, 32 Os lábios do justo sabem o que agrada,
mas, por falta de 4 senso, morrem os tolos. mas a boca dos perversos, somente o mal.
22 xA bênção do SENHOR enriquece, ªBalança 1 enganosa é abominação
e, com ela, ele não traz desgosto.
23 2 Para o insensato, praticar a maldade é divertimento;
11 para o SENHOR,
mas 2 o peso justo é o seu prazer.
para o homem inteligente, o ser sábio. 2 Em vindo a soberba, sobrevém a bdesonra,
24 ªAquilo que teme o perverso, isso lhe sobrevém, mas com os humildes está a sabedoria.
mas bo anelo dos justos Deus o cumpre. 3 A integridade dos retos cos guia;
25 Como passa a tempestade, mas, aos pérfidos, a sua mesma falsidade os destrói.
assim desaparece e o perverso, 4 d As riquezas de nada aproveitam no dia da ira,
mas do justo tem perpétuo fundamento. mas a ejustiça livra da morte.
26 Como vinagre para os dentes s A justiça do íntegro 3 endireita o seu caminho,
e fumaça para os olhos, mas !pela sua impiedade cai o perverso.
assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam. 6 A justiça dos retos os livrará,
27 eo temor do SENHOR prolonga os dias da vida, mas na sua maldade os pérfidos serão apanhados.
mas f os anos dos perversos serão abreviados. 7 Morrendo o homem perverso,
28 A esperança dos justos é alegria, gmorre a sua esperança,
mas a gexpectação dos perversos perecerá. e a expectação da iniqüidade se desvanece.
29 O caminho do SENHOR é fortaleza para os íntegros, B hO justo é libertado da angústia,
mas hruína aos que praticam a iniqüidade. e o perverso a recebe em seu lugar.
30 iQ justo jamais será abalado, 9 O ímpio, com a boca, destrói o próximo,
mas os perversos não habitarão a 5 terra. mas os justos são libertados pelo conhecimento.
31 i A boca do justo produz sabedoria, to ;No bem-estar dos justos exulta a cidade,
mas a língua da perversidade será desarraigada . e, perecendo os perversos, há júbilo.

• 21 4~or;ção 2zxGn 2435; 26 12; Dt8.18; ~137


22; Pv 23;-~1 ZPv2~4; 1~;-
24 ªJó-15.21; Pv-1 27; Is 66.4bS;145
Mt56;[1Jo514-15] 25CSl37.9-10dSl15.5;Pv123;Mt724-25 z7ePv9.11ÍJó1532 28gJó8.13 29hSl1.6 JOiSI
19;-Pv15~;-~
37.22; Pv 2.21 50upaís 31iSI37.30; Pv 10.13
CAPÍTULO 11 1 ªLv 19.35-36; Dt 25.13-16; Pv 20.10.23; Mq 6.11 1desonesta 2Lit.apedra perfeita 2 bPv 16.18; 18.12; 29.23 3 CPv
13.6 4dPv10.2;Ez7.19;Zc1.18eGn7.1 51Pv5.223Quaplana 7gPv10.28 8hPv21.18 !OiPv28.12
•10.21 Ver os vs. 11, 17. A sabedoria dos justos exerce bons efeitos sobre outras ética da aliança. A referência ao Senhor indica que estão em vista os relaciona-
pessoas; mas os insensatos não podem ao menos sustentar-se a si mesmos. mentos da aliança.
•10.22 enriquece. Dentro do contexto do Antigo Testamento. isso apontaria •11.2 soberba ... desonra. A sabedoria reconhece a importância do domínio
para as riquezas materiais, um resultado da sabedoria de Salomão (1 Rs 4.22-28; próprio. A arrogância e o orgulho são facilmente reconhecidos por outras pes-
10.4-13). A riqueza não é um alvo da sabedoria, mas, com freqüência, é uma re- soas, que se recusarão então a prestar-lhes honrarias.
compensa (v. 2). com os humildes está a sabedoria. Porque a humildade envolve a avaliação
•10.24 Aquilo que teme o perverso. Os ímpios temem a punição. Osignifica- realista do lugar do indivíduo em relação a outros, promove um senso sábio da
do dessa frase parece ser que o justo julgamento de Deus é inevitável. verdadeira ordem das coisas.
•10.26 A forma deste provérbio difere do paralelismo de opostos (paralelismo •11.3 integridade. Esta palavra deriva-se de uma raiz hebraica que significa
antitético) usual neste capítulo. A comparação liga aquilo que é comum com os "completo" Ela indica retidão e perfeição éticas. A orientação na vida é posta
três pares (paralelismo sinonímico; ver a "Introdução à Poesia Hebraica"). A pes- dentro de sua estrutura ética. Um relacionamento correto com o Senhor conduz a
soa preguiçosa é um fator desagradável que causa desgosto ao seu empregador. um curso reto na vida.
•10.27 Otemor do SENHOR. Ver 1.7; 910 e notas A harmonia com Deus, que é
falsidade. A palavra no original significa "coisa torta" ou "coisa torcida". Esse es-
aqui reconhecida como vinda através das provisões da aliança, significa a harmo- tilo de vida destrói uma pessoa, porque definitivamente não se pode resistir com
nia com a vida. Tal como no quinto mandamento. as bênçãos de Deus são vistas
sucesso à ordem de Deus.
em tenmos de uma vida longa e frutífera. na Terra Prometida (Êx 20.12; Dt 5.16.
nota). Ver 2.20-22; 3.2, nota. •11.4 dia da ira. Este dito antecipa não meramente a retribuição natural e im-
pessoal na vida. mas também um Juiz pessoal e sua ira. As riquezas não podem
•10.29 Este provérbio estabelece um princípio básico da teologia da aliança ao
garantir a ninguém proteção contra a ira de Deus (lc 12.13-21 ).
invés de uma observação sobre a vida humana. Os escritores de sabedoria
relembram-nos que a fonte de todo verdadeiro conhecimento e sabedoria é ã auto- a justiça. Ver a nota em 8.18.
revelação de Deus em suas obras criadoras, providenciais e salvíficas. e. espe- •11.5-6 Osentido é quase idêntico ao do v. 3.
cialmente, nas Escrituras. •11.8 libertado. Uma referência aparente à intervenção da providência divina.
•10.30 Ver o v. 27. Temos aqui outro provérbio baseado na aliança de Deus com Os ditos proverbiais afirmam, freqüentemente, o que é geralmente verdade, mas
Israel. A "terra" (ver a nota textual) éaquela prometida a Israel, e sua possessão é não sem exceções. Osofrimento dos justos (p. ex .. Jó) mostra que, apesar de ser
básica para a vida. A possessão da terra era condicionada à resposta da fé às pro- perceptível um certo grau de ordem na experiência humana, tal ordem não é inva-
messas da aliança. riável, visto que Deus é soberano e segue os seus próprios propósitos eternos.
•10.31-32 Ver a nota no v. 14. Somente a confiança na bondade de Deus, mesmo quando esta não é vista de
•10.31 perversidade. Esta palavra sugere aqui o que tala com desonestidade e imediato. é direcionada ao problema do sofredor justo. Ver a nota em
aquilo que se busca para impedir o julgamento sadio de outros. 10.1-22.16. e a "Introdução à Poesia Hebraica".
•11.1-31 Tal como no capítulo 1O, muitos dos ditos deste capítulo contrastam os •11.9 com a boca. Ver 10.13-14,18 e notas.
caminhos da retidão e da iniqüidade. Outras frases, que não citam explicitamente conhecimento. A sabedoria e o conhecimento como o caminho para a vida ca-
esses dois opostos, não obstante comparam exemplos específicos dos mesmos. pacitam a pessoa a escapar dos caminhos dos ímpios (vs. 4,6,8).
•11.1 Balança enganosa. A honestidade e negócios lícitos são básicos para a •11.1 O Uma sociedade viável deve possuir algum conhecimento do certo e do
741 PROVÉRBIOS 11
\\Pela bênção que os retos suscitam, a cidade se iexalta, 22 Como jóia de ouro em focinho de porco,
mas pela boca dos perversos é derribada. assim é a mulher formosa que não tem 8discrição.
12 O que despreza o próximo 4 é falto de senso, 23 O desejo dos justos tende somente para o bem,
mas o homem prudente, este se cala. mas a expectação dos perversos redunda vem ira.
13 10 mexeriqueiro descobre o segredo, 24 A quem dá xliberalmente,
mas o fiel de espírito o mencobre. ainda se lhe acrescenta mais e mais;
14 nNão havendo sábia direção, cai o povo, ao que retém mais do que é justo,
mas na multidão de conselheiros há segurança. ser·lhe-á em pura perda.
15 Quem fica por ªfiador 5 de outrem sofrerá males, 25 z A alma generosa prosperará,
mas no que foge de o ser estará seguro. ªe quem dá a beber será dessedentado.
16 A mulher graciosa alcança honra, 26 b Ao que retém o trigo, o povo o amaldiçoa,
como os poderosos adquirem riqueza. mas cbênção haverá sobre a cabeça
17 PO homem bondoso faz bem a si mesmo, do seu vendedor.
mas o cruel a si mesmo se fere. 27 Quem procura o bem ªalcança favor,
tB O perverso recebe um salário ilusório, dmas ao que corre atrás do mal, este lhe sobrevirá.
mas qo que semeia justiça terá recompensa verdadeira. 28 eouem confia nas suas riquezas cairá,
19 Tão certo como a justiça conduz para a rvida, mas f os justos reverdecerão como a folhagem.
assim o que segue o mal, para a sua smorte o faz. 290 que perturba a sua casa gherda o vento,
20 Abomináveis para o SENHOR e o insensato é h servo do sábio de coração.
são os perversos de coração, 30 O fruto do justo é árvore de vida,
mas os que andam em integridade são o seu prazer. e ;o que / ganha almas é sábio.

.lI
21 10 mau 7 , é evidente, não ficará sem castigo, 31 iSe o justo é 2 punido na terra,
mas ua geração dos justos é livre. quanto mais o perverso e o pecador!

iPv 14.34 ·~~~e~coraçã~- 13ILv19.16; Pv 20.19; 1Tm 513mpy19 11 14 n1Rs 12.1 15 ºPv6.1-2 5garantia 6Lit.o
que odeia os que batem as mãos, isto é, tornam-se fiadores 17 P[Mt 5. 7; 2534-36] 18 q Os 10.12; [GI 6.8-9]; Tg 3.18 19 rpy 10.16;
12.28 spy 21.16; [Rm 6.23; Tg 1.15] 21 tpy 16.5 us1112.2; Pv 14.26 70uAinda que omaujuntemãoà mão, não, lit ornau, mão para mão,
não 22 Bgosto 23 VPv10.28;Rm2.8-9 24XSI 112.9;Pv13.7; 19.17 25 ZPv3.9-10; [2Co9.6-7] ª[Mt5.7] 26 bAm8.5-6 CJó
29.13 27 dEt 7.10; SI 7.15-16; 57.6 9Lit. busca 28 e Já 31.24/SI 1.3; Jr 17.8 29 gEc 5.16 h Pv 14.19 30 ipy 14.25; [Dn 123; 1Co
9 19-22; Tg 5.20] I Lit. toma, no sentido de traz, compare com 1Sm 16.11 31 i Jr 25.29 2 Lit. recompensado
errado, bem como das recompensas e retribuições. Sem descer a uma vingança o 1ulgamento de Deus, e não apenas uma retribuição. natural. Por semelhante
vindicativa, há um regozijo apropriado quando os perpetradores do mal, da cor- modo, há um ato Judicial de Deus envolvido no escape dos justos desse juízo.
rupção e da miséria humana são destruídos. •11.23 Ver 10.24-25,28-30. O contraste entre os justos e os ímpios é visto nos
•11.11 As implicações coletivas do comportamento são evidentes: vidas retas destinos deles.
fortalecem a comunidade, ao passo que vidas iníquas a corrompem e destroem. •11.24-26 Estes versículos estabelecem o princípio geral de que a pessoa gene-
•11.12 Ver a nota em 10.14. A maledicência e o escárnio facilmente destroem a rosa é abençoada, ao passo que a avareza conduz à ruína lv. 17, nota).
reputação alheia, mas não promovem a reputação do maledicente. Osábio sabe •11.26 A generosidade do v. 25 é ilustrada pelo negociante que pensa na comu-
quando deve guardar silêncio {v. 13; 12.23; 13.3; 17.28; 18.2,6-8; Ec 37) nidade e que põe as necessidades alheias acima de seus próprios interesses.
•11.13 Temos aqui uma variação do v. 12. Este versículo nota que guardar confi- •11.27 Ver o v. 17, nota. Aquele que "procura o bem" é ou o benfeitor da socieda-
dências fortalece os relacionamentos, enquanto que a maledicência de um insen- de, que por sua vez recebe aprovação da comunidade, ou aquele que busca a jus-
sato os destrói {10.14, nota). tiça, que por sua vez recebe a aprovação de Deus lcf. Mt 5 6).
•11.14 sábia direção... conselheiros. Ver 15.22; 20.18; 24.6. Oconselho ou •11.28 Quem confia nas suas riquezas cairá. Ver o v. 4, nota. Ouando vemos
advertência era uma característica do surgimento de sabedoria na vida política, as possessões como aquilo que nos assegura a vida, Deus é excluído, tal como os
durante o reinado de Davi 12Sm 15.30-17.23) corretos relacionamentos com o próximo. Oresultado é uma vida de qualidade in-
•11.15 Ver 6.1, nota. ferior.
•11.16 Estes pensamentos paralelos opostos !paralelismo antitético) talvez en- •11.29 Os pensamentos paralelos deste versículo não são óbvios, a menos que
sinem que o desejo de respeito vale mais que meras riquezas 122.1, cf. Ec 7.1). compreendamos que a primeira linha significa um uso descuidado das riquezas
Alternativamente, o sentido pode ser que a mulher graciosa retém a honra tão se- da família, o que traz ruína à casa toda. Otolo nada herda !vento) e deverá ser o
guramente quanto a mulher cruel adquire riquezas. servo daquele que gerencia bem as suas finanças.
•11. 17 bondoso. Este termo descreve alguém que se comporta corretamente •11.30 fruto ..• árvore de vida. A metáfora está curiosamente misturada. Ore-
para com os outros. Há um interesse próprio legítimo expresso em amar "o próxi- sultado da retidão é a vida. Ver 318, nota; 13.12; 15.4.
mo como a ti mesmo" llv 19.18). Oque é melhor para os outros também é me- o que ganha almas. Lit. "toma almas" ou "toma vidas". Osignificado usual des-
lhor para nós. sa frase é matar ou tirar a vida de outrem. Para acomodar isso, a Septuaginta
•11.18 Ver 10.2, 16; cf. 1Co 9.6-11. A recompensa pode ser material ou espiri- !Antigo Testamento grego) traduz a frase por: "Mas as almas dos desregrados
tual. O princípio é o valor duradouro das recompensas da retidão. são tiradas antes do tempo." A tradução é incerta /cf. o texto ea nota/.
•11.19 Os caminhos da retidão e do mal, elaborados em detalhes específicos em •11.31 A forma deste provérbio, ao usar urna intensificação !"quanto mais"), é tí-
muitos ditos deste capítulo, são aqui afirmados nos termos mais amplos. Oprincí- pica da sabedoria 115.11; 17.7; 19.7, 1O; 21.27).
pio subjacente é explicado em Dt 30.15-20. Nesse versículo, a "justiça" e o "mal" o justo é punido. Nem mesmo os justos escapam do exame do julgamento. A
são usados num sentido mais amplo, incluindo a ordem dada por Deus na exis- Septuaginta !Antigo Testamento grego) traduz: "Se o justo é salvo com dificulda-
tência, que é discernida pela experiência 18.18, nota) de" !conforme a citação em 1Pe 4.18).
•11.20 perversos. Ou "tortos", "torcidos" 18.8) na terra. Ou "na Terra Prometida". Ver 2.20-22, nota.
•11.21 não ficará sem castigo. A terminologia legal indica que está envolvido quanto mais o perverso. Se os pecados dos justos são julgados, é óbvio que os
PROVÉRBIOS 12 742
Quem ama a disciplina ama o conhecimento, que 21avra a sua terra será farto de 1pão,
12 mas o que aborrece a repreensão é estúpido.
2 O homem de bem alcança o favor do SENHOR,
11 /Q
mas o que corre atrás de coisas vãs mé falto de 3 senso.
12 O perverso quer viver do que caçam os maus,
mas ao homem de perversos desígnios, mas a raiz dos justos produz o seu fruto.
ele o condena. 13 n Pela transgressão dos lábios o mau se enlaça,
3 O homem não se estabelece pela perversidade, ºmas o justo sairá da angústia.
mas a ªraiz dos justos não será removida. 14 P Cada um se farta de bem pelo fruto da sua boca,
4 b A1 mulher virtuosa é a coroa do seu marido, q e o que as mãos do homem fizerem ser-lhe-á retribuído.
mas a que procede vergonhosamente 15 ro caminho do insensato
é ceamo podridão nos seus ossos. aos seus próprios olhos parece reto,
s Os pensamentos do justo são retos, mas o sábio dá ouvidos aos conselhos.
mas os conselhos do perverso, engano. 16 s A ira do insensato num instante se conhece,
6 d As palavras dos perversos são emboscadas mas o prudente oculta a afronta.
para derramar sangue, 17 10 que diz a verdade manifesta a justiça,
emas a boca dos retos livra homens. mas a testemunha falsa, a fraude.
7 IOs perversos serão derribados e já não são, 18 u Alguém há cuja tagarelice é como pontas de espada,
mas a casa dos justos permanecerá. mas a língua dos sábios é medicina.
8 Segundo o 5eu entendimento, será louvado o homem, 19 O lábio veraz permanece para sempre,
emas o perverso de coração será desprezado. vmas a língua mentirosa, apenas um momento.
9 h Melhor é o que se estima em pouco e faz o seu trabalho 20 Há fraude no coração dos que maquinam mal,
do que o vanglorioso que tem falta de pão. mas alegria têm os que aconselham a paz.

. to iQ justo atenta para a vida dos seus animais,


mas o coração dos perversos é cruel.
~
21 xNenhum 4 agravo sobrevirá ao justo,
mas os perversos, o mal os apanhará em cheio .

CAPÍTULO 12 3 a [Pv 10 25] 4 b Pv 31.23; 1Co 11.7 e Pv 14.30; Hc 3.16 I Lit. Uma esposa de valor 6 dPv 1 11, 18 e Pv 14.3 7 /SI
37.35-37; Pv 11.21; Mt 7.24-27 8 C1Sm 25.7; Pv 18.3 9hPv13.7 10 iDt 25.4 11/Gn3.19 1Pv28.19 mPv 6.32 2trabalha ou culti-
va 3Lit. coração 13nPv18.7 °[2Pe 2.9] 14PPv132; 15.23; 18.20 qJó 34 11, Pv 1.31; 24.12; [Is 3.10-11 ]; Os 4 9 15 'Pv 3.7; Lc 18.11
16 5 Pv 11.13; 29.11 17 IPv 14.5 18 us157.4; Pv 4.22; 15.4 19 V(SI 52.4-5]; Pv 19.9 21 xs191.10;Pv1.33; 1Pe 3.13 4dano
pecados dos ímpios também são julgados. Oprincípio da responsabilidade huma- o coração dos perversos é cruel. A pessoa iníqua é incapaz de bondade até
na é clara: até os justos devem aceitar a responsabilidade por sua insensatez. com o seu gado.
•12.1 Quem ama a disciplina ama o conhecimento. Lit. "amar a disciplina, •12.11 Uma variante do v. 9, este versículo contrasta os benefícios do trabalho
amar o conhecimento". A forma desse provérbio, tal como em 13.3; 14.2, agrupa duro e honesto com fantasias que nada produzem. Ver 6.6-11; 20.4; 24.30-34;
as coisas que se pertencem sem declarar explicitamente a relação existente en- 28.19.
tre elas. Essas coisas são então contrastadas com seus opostos. A pessoa sábia •12.12 Embora o hebraico deste versículo seja difícil, o contraste básico - os
aceita a correção. e. em conseqüência, fica mais sábia, mas aquela que não acei- benefícios da retidão em contraposição aos eleitos da iniqüidade - está claro.
ta críticas não chega a lugar algum.
•12.13 Ver 10.11, 14,31.
•12.2 o favor. Ver a nota em 8.35.
•12.14 Oprincípio da recompensa, expresso. por exemplo, nov. 21, está enfoca-
SENHOR. Ver a nota em 1.7. do na fala sábia. Tal linguagem cria bons relacionamentos e mostra cuidado pela
•12.4 Ver a extensa apreciação da esposa virtuosa em 31.10-31. ordem das coisas capaz de fomentar a vida. Suas recompensas são tão tangíveis
•12.5 O caráter de uma pessoa estabelece princípios para as suas ações. Há como aquelas do labor físico.
uma advertência implícita contra confiar em pessoas com base nas aparências. •12.15 O insensato pensa que sabe mais do que as demais pessoas. A pessoa
•12.6 Ver 1.11. Este versículo ressalta o poder das palavras para o bem ou para o sábia é humilde bastante para aprender da experiência alheia e tem a capacidade
mal. de discernir os bons conselhos (v. 1).
livra homens. Em outras palavras. elas resgatarão as vítimas dos ímpios. •12.16 Odomínio próprio é uma das características dos sábios. Oinsensato rea-
•12. 7 Ver 10.25. nota. ge tão fortemente e tão precipitadamente, que destrói relacionamentos. A pes-
soa sábia deixa o caminho aberto para a reconciliação.
•12.8 entendimento. Um bom senso prático. A exibição de domínio sobre a
vida ganha louvores. •12.17 À primeira vista, este provérbio expressa aquilo que deveria ser óbvio.
mas ilustra eficazmente o inevitável relacionamento entre o caráter e os atos (v.
o perverso de coração. A frase sugere a incapacidade de pensar retamente; 5, nota)
mais confusão mental do que mesmo maldade.
•12.18-19 Estes dois provérbios podem ter sido postos juntamente com o v. 17
•12.9 Vários provérbios que têm essa forma de comparação direta, usando a fór- porquanto expandem o mesmo tema. O v. 18 considera os eleitos das palavras
mula do "melhor... do que" [15.16-17; 16.8,19,32; 17.1,12; 19.1). em nossos relacionamentos com outras pessoas, enquanto que o v. 19 considera
o que se estima em pouco. Uma pessoa sem posição ou reputação social. a força da verdade em comparação com a fraqueza das mentiras, que inevitavel-
e faz o seu trabalho. A Septuaginta (Antigo Testamento grego) também traduz mente cedem terreno (cl. o v. 13).
esta frase por: "que trabalha para si mesmo." O sentido da frase é ou "Melhor •12.20 fraude. O contraste com a "alegria" parece requerer que isso significa
u~a prosperidade humilde do que a pobreza ocultada pela pretensão"; ou então: fraudar-se a si mesmo.
"E melhor trabalhar sem ser valorizado do que passar fome enquanto se sonha paz. Esta palavra (no hebraico. shalom) refere-se à totalidade; trata-se de um ter-
com riquezas". mo que se aplica mais aos relacionamentos que, propriamente, uma referência a
•12.10 Deus leva em conta o tratamento que damos aos animais (1Rs 4.33). alguma experiência particular de tranqüilidade.
Isso é coerente com a preocupação pela correta ordem das coisas no mundo. •12.21 Nenhum agravo. Esta condição básica dos justos refere-se tanto às ca-
O justo. Ver a nota em 8.18. lamidades naturais quanto aos julgamentos de Deus. Ver a nota em 11.8.
743 PROVÉRBIOS 12, 13
22 2 0s lábios mentirosos são abomináveis ao SENHOR, ó eA justiça guarda ao que anda em integridade,
mas os que agem fielmente são o seu prazer. mas a malícia subverte ao pecador.
23 ªO homem prudente oculta o conhecimento, 7 !Uns se dizem ricos sem terem nada;
mas o coração dos insensatos proclama a estultícia. outros se dizem pobres, sendo mui ricos.
24 b A mão diligente dominará, 8 Com as suas riquezas se resgata o homem,
mas a remissa será sujeita a trabalhos forçados. mas ao pobre não ocorre ameaça.
25 e A ansiedade no coração do homem o abate, 9 A luz dos justos brilha intensamente,
mas d a boa palavra o alegra. gmas a lâmpada dos perversos se apagará.
26 O justo serve de guia para o seu companheiro, IO Da soberba só resulta a hcontenda,
mas o caminho dos perversos os faz errar. mas com os que se aconselham se acha a sabedoria.
27 O preguiçoso não assará a sua caça, t t iQs bens que facilmente se ganham, esses diminuem,
mas o bem precioso do homem é ser ele diligente. mas o que ajunta à força do trabalho terá aumento.
28 Na vereda da justiça, está a vida, 12 A esperança que se adia faz adoecer o coração,
e no caminho da sua carreira não há morte. imas o desejo cumprido é árvore de vida.
O filho sábio ouve a instrução do pai, 13 O que 1despreza a palavra a ela se apenhora,
13 ªmas o escarnecedor não atende à repreensão.
2 bDo fruto da boca o homem comerá o bem,
mas o que teme o mandamento será galardoado.
14 mo ensino do sábio é fonte de vida,
mas o desejo dos pérfidos é a violência. para que se evitem nos laços da morte.
3 co que guarda a boca conserva a sua alma, 15 A boa inteligência 1 consegue ªfavor,
mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína. mas o caminho dos pérfidos é intransitável.
4 dO preguiçoso deseja e nada tem, tó PTodo prudente procede com conhecimento,
mas a alma dos diligentes se farta. mas o insensato espraia a sua loucura.
5 O justo aborrece a palavra de mentira, 17 O mau mensageiro se precipita no mal,
mas o perverso faz vergonha e se desonra. mas qo embaixador fiel é medicina.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~ 22ZPv617;11.20;Ap22.15 23ªPv13.16 24bPv10.4 25CPv15.13dls50.4
CAPÍTULO 13 ta Is 28.14-15 2 b Pv 12.14 3 e SI 39.1; Pv 21.23; [Tg 3.2] 4 dpy 10.4 6 e Pv 11.3,5-6 7 /[Pv 11.24; 12.9; Lc
12.20-21] 9g Já 18.5-6; 21.17; Pv 24.20 10 h Pv 10.12 11ipy10.2; 20.21 12iPv 13.19 13 INm 15.31; 2Cr 36.16; Is 5.24
14 m Pv 6.22; 10.11; 14.27 n 2Sm 22.6 15 ºSI 111.10; Pv 3.4 1 dá 16 PPv 12.23 17 qpy 25.13
•12.22 Ocaráter e as atitudes auto-revelados de Deus provêem um forte motivo •13.4 O preguiçoso. Ver 6.6-11 e notas. A responsabilidade humana não pode
para a verdade. ser evitada. Nem o mundo e nem Deus têm a obrigação de nos sustentar a vida.
•12.23 oculta o conhecimento. Não por motivo de egoísmo, mas a fim de que diligentes. Compreendendo corretamente as recompensas do trabalho honesto,
não faça espetáculo de seu conhecimento. A sabedoria sabe quando é certo a pessoa diligente é sustentada.
manter o silêncio e quando é certo falar (26.4-5; Ec 3.7; Tg 3.17-18). •13.5 O justo. Ver a nota em 8.18.
proclama a estultícia. O insensato não somente tem um conceito exagerado •13.6 Ver 10.9; 11.3-9.
de sua própria esperteza (v. 15), mas também não pode resistir demonstrá-la. Tal •13. 7 Uns se dizem. Ou "fingem ser" Embora seja notada a disparidade das
disposição deixa entrever sua real insensatez. possessões, o ponto central do provérbio parece ser a similaridade do fingimento.
•12.25 Oministério de encorajamento é mais do que uma palavra superficial (Tg Cada qual representa mal os fatos sobre si mesmo.
2.15-16), mas a palavra falada ainda continua sendo um aspecto importante do •13.8 Uma pessoa rica poderá ser seqüestrada para se obter pagamento de res-
cuidado mútuo. Deus age para conosco mediante feitos interpretados pela sua gate, mas tais ameaças não dizem respeito aos pobres. Por detrás de cada situa-
Palavra. ção está o princípio de que a segurança das riquezas pode ser ilusória, enquanto
•12.27 assará. Édifícil dizer se a tradução deve ser que o homem é preguiçoso que a insegurança da pobreza tem suas vantagens.
demais para assar a sua caça ou se ele é preguiçoso demais para apanhá-la em • 13.9 brilha intensamente. A metáfora apresenta dois tipos de casas: uma de-
primeiro lugar. A segunda linha elogia a diligência sem continuar a metáfora da las é bem iluminada e feliz; a outra é escura e abandonada. Essas casas simboli-
caça. zam vidas humanas: uma pessoa prospera e vive muito tempo, enquanto que a
•12.28 vida, Ver 3.2, 18 e notas. outra tem sua vida cortada precocemente (10.27, nota).
não há morte. No hebraico "não morte". Ver 2.18 e nota e também 3.2. As con- •13.11 A sabedoria do trabalho duro honesto é contrastada com a insensatez do
soantes hebraicas traduzidas por "não" também podem significar "para": em con- lucro desonesto.
traste com "a vereda da justiça", que conduz à vida, "há uma vereda que conduz à
•13.12 Uma experiência humana comum: as expectações frustradas causam
morte".
uma perda .de morar e um senso de desesperança. Isso não implica que a gratifi-
•13.1 A capacidade de aprender da criança ou do aluno contrasta com a propen- cação instantânea seja boa, mas, antes, que devemos nos esforçar honestamen-
são do insensato em zombar e em recusar a correção (1.8,22 e notas). te em busca dos alvos desejáveis da vida.
•13.2 fruto da boca. O poder das palavras é um tema freqüente da sabedoria. árvore de vida. Ver 3.18, nota.
Ver 10.11, 13, 19; 12.14 e notas. As palavras sábias são construtivas, e quem as
•13.13 a palavra. A palavra de sábia instrução.
diz se beneficia pessoalmente disso.
pérfidos. Essa palavra sugere os enganadores traiçoeiros, cuja consciência so- o mandamento. Ver 3.1, nota. Os efeitos opostos da obediência e da desobe-
diência são temas constantes.
cial está torcida.
•13.3 O que guarda a boca. Exercendo controle sobre o que diz, a fim de que •13.14 fonte de vida. A mesma palavra hebraica foi traduzida por "manancial
devida", em 10.11 (10.11,nota).
aquilo que é dito seja cuidadosamente considerado quanto a seus efeitos possí-
veis. • 13.15 pérfidos. Ver o v. 2, nota.
o que muito abre os lábios. Explosões de palavras. precipitadamente ou mali- •13.16 A verdade contida neste provérbio parece ser óbvia, mas ver 12.17, nota.
ciosamente, sem preocupar-se com as suas conseqüências. •13.17 O mau mensageiro. Alguém que traz uma mensagem enganadora.
PROVÉRBIOS 13, 14 744
18 Pobreza e afronta sobrevêm ao que 2 rejeita a instrução, 3 Está na boca do insensato a vara
mas 'o que guarda a repreensão será honrado. para a sua própria soberba,
19Q desejo que se cumpre agrada a alma, bmas os lábios do prudente o preservarão.
mas apartar-se do mal é abominável para os insensatos. 4 Não havendo bois, / o celeiro fica limpo,
20 Quem anda com os sábios será sábio, mas pela força do boi há abundância de colheitas.
mas o companheiro dos insensatos se tornará mau. s eA testemunha verdadeira não mente,
21 s A desventura persegue os pecadores, mas a falsa se desboca em dmentiras.
mas os justos serão galardoados com o bem. 6 O escarnecedor procura a sabedoria
22 O homem de bem deixa herança e não a encontra,
aos filhos de seus filhos, mas para o prudente o e conhecimento é fácil.
mas 1a riqueza do pecador é depositada para o justo. 7 Foge da presença do homem insensato,
23 uA terra 3 virgem dos pobres porque nele não divisarás lábios de /conhecimento.
dá mantimento em abundância, 8 A sabedoria do prudente é entender
mas a falta de justiça o 4 dissipa. o seu próprio caminho,
24 vo que retém a vara aborrece a seu filho, mas a estultícia dos insensatos é enganadora.
mas o que o ama, 5 cedo, o disciplina. 9 gOs loucos zombam 2 do pecado,
25 xo justo tem o bastante para satisfazer o seu apetite, mas entre os retos há boa vontade.
mas o estômago dos perversos passa fome. to O coração conhece a sua própria amargura,

14 A mulher sábia edifica a sua casa,


mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba.
2 O que anda na retidão teme ao SENHOR,
e da sua alegria não participará o estranho.
11 h A casa dos perversos será destruída,
mas a tenda dos retos florescerá.
ªmas o que anda em caminhos tortuosos, 12 iHá caminho que ao homem parece direito,
esse o despreza. mas /ao cabo dá em caminhos de 'morte.

· - 1 8 CP\J 155,3;-32 2Lit.~~nora 21 ss1 32.10; Is 47 11 22 1Jó27.16-17; P\128.8; [Ec 2.26] 23 UP\J 12.11 3a/queivada, isto é, deixada
sem çultivo para recuperação 4 Lit. o que é varrido 24 vpv 19.18 5 prontamente 25 xs134.10;Pv10.3
ª
CAPITULO 14 2 [Rm 2.4] 3 bpv 12.6 4 Ia manjedoura ou cocho 5cAp1.5; 3.14 d Ex 23.1; Dt 19.16; Pv 6.19; 12.17 6 ePv 8.9;
17.24 7/Pv23.9 9gPv10.232Lit.daculpa li hJó8.15 t2iPv16.25iRm6.21 'Pv12.15
mal. Ou "infortúnio". Tal mensageiro foi o amalequita que, esperando conquistar •14.2 na retidão. Sendo um contraste com "perverso". esta palavra significa
o favor de Davi, afirmou falsamente ter matado a Saul, mas foi executado para "reto", "honesto"
sua desgraça 12Sm 1.1-16). Os ditos paralelos deste provérbio sugerem que o Teme ao SENHOR. Ver 1.7, nota.
mensageiro fiel, talvez por ser um enviado da parte de alguém, promove o
bem-estar de outras pessoas. •14.3 Ver 10.13, nota.
•14.4 limpo. Não é claro se o hebraico dá a entender que o celeiro fica "limpo"
•13. 19 Ver o v. 12, nota. A concretização de um alvo digno traz benefícios à vida
ou cheio de "grãos". como resultado de não ser usado. Em ambos os casos. o be-
do indivíduo. Os insensatos, porém, não abandonarão o mal para seguirem tais al-
nefício menor do celeiro não usado deve ser avaliado contra o nada que é produzi-
vos.
do quando os bois não estão trabalhando. Gastos devem ser aceitos se alguma
•13.20 A lição simples é que nos tornamos como aqueles em cuja companhia coisa tiver de ser realizada.
nos mantemos. •14.5 Um fato e uma advertência que enfatizam a consistência do caráter com
•13.21 A sabedoria dos hebreus, com seu enfoque sobre as lições derivadas da as ações 1125.17 e notas).
experiência humana lcap. 4, nota), salienta a relação geral de causa e efeito entre •14.6 O escarnecedor. Ver 1.22, nota.
os estilos de vida e os seus respectivos resultados. Embora isso possa ser consi-
procura a sabedoria. Esse tipo de pessoa pode reconhecer o valor da sabedo-
derado uma retribuição natural por causa dos padrões observáveis da experiência
ria, mas não tem o ensino suficiente para ser bem-sucedido.
humana, há uma suposição subjacente segundo a qual a ordem que domina o
mundo é uma conseqüência do governo de Deus. •14.8 prudente. Dentro do contexto da sabedoria. o termo indica alguém que é
esperto, que age com real discernimento de uma maneira que promova a vida.
•13.22 deixa herança. Na vida, a sabedoria tem efeitos duradouros, especial- Ver 12.16,23; 13.16 e notas.
mente na própria família.
enganadora. Talvez por enganar-se a si mesmo 1cf. 12.20, nota/. embora enga-
depositada para o justo. As riquezas do ímpio podem ser-lhe tiradas e entre- nar outras pessoas possa estar envolvido.
gues a alguém mais merecedor do que ele 128.8; Já 27.13-19). Este versículo tal-
•14.9 zombam do pecado. Isso pode significar que eles zombam diante da su-
vez indique a'dissipação irresponsável das riquezas por causa da insensatez ou a
gestão de apresentar a Deus a oferenda do sacrifício pela culpa. ou de se fazer
retribuiçã?.divina dei rico ímpio, devido a outros pecados lcf. Tg 51-3).
restituição à pessoa que foi enganada llv 6.1-7).
•13.23 A relação natural entre a diligência e a suficiência lvs. 4, 11, nota) é que-
boa vontade. A segunda linha deste versículo contrasta com a primeira, e o sen-
brada pela opressão e pela injustiça.
tido da palavra é ou a aceitação da parte de Deus ou a comunhão restaurada com
•13.24 a vara. Embora essa palavra possa simbolizar qualquer tipo de correção outras pessoas.
disciplinar, pouca dúvida há de que a punição corporal era aprovada em algumas •14.1 OEmbora grande parte da literatura de sabedoria da Bíblia reflita sobre os
situações (10.13; 22.15; 23.13-14; 29.15). Disciplina com amor impede a vara de relacionamentos entre as pessoas, também existe uma preocupação por aqueles
ser destrutiva (3.11-12 e notas). aspectos da vida que são pessoais e particulares. Certas coisas não podem ser
•13.25 Ver os vs. 13, 18,21 e notas. comunicadas. e o indivíduo deve aprender a saber que coisas são estas.
•14.1 A mulher sábia edifica a sua casa. Note, em 9.1. os paralelos verbais •14.12 Ver 2.18,20-22; 3.18 e notas.
com a personificação da sabedoria como se fosse uma mulher que edifica a sua parece direito. Este dito subentende que tal caminho não é direito e que a pes-
casa. soa em foco é precipitada, sem discernimento ou ignorante.
745 PROVÉRBIOS 14, 15

13 Até no riso tem dor o coração, 26 No temor do SENHOR, tem o homem forte amparo,
e mo fim da alegria é tristeza. e isso é refúgio para os seus filhos.
14 O infiel de coração dos seus próprios caminhos se ntarta, 27 ªO temor do SENHOR é fonte de vida
como 3 do seu ºpróprio proceder, o homem de bem. para evitar os laços da morte.
15 O simples dá crédito a toda palavra, 28 Na multidão do povo, está a glória do rei,
mas o prudente atenta para os seus passos. mas, na falta de povo, a ruína do príncipe.
16 PO sábio é cauteloso e desvia-se do mal, 29 vo longânimo é grande em entendimento,
mas o insensato encoleriza-se e dá-se por seguro. mas o de 7 ânimo precipitado exalta a loucura.
17 O que presto se ira faz loucuras, 30 O ânimo sereno é a vida do corpo,
e o homem de maus desígnios é odiado. mas a xinveja é a zpodridão dos ossos.
18 Os simples herdam a estultícia, 31 ªO que oprime ao pobre
mas os prudentes se coroam de conhecimento. insulta baqueie que o criou,
19 Os maus inclinam-se perante a face dos bons, mas a este honra
e os perversos, junto às portas do justo. o que se compadece do necessitado.
20 oO pobre é odiado até do vizinho, 32 Pela sua malícia é derribado o perverso,
4 mas o rico tem muitos ramigos. masco justo, ainda morrendo, tem esperança.
21 O que despreza ao seu vizinho peca, 33 No coração do prudente, repousa a sabedoria,
smas o que se compadece dos pobres é feliz. mas do que há no interior dos insensatos
22 Acaso, não erram os que maquinam o mal? vem a lume.
Mas amor e fidelidade haverá para os que planejam o bem. 34 A justiça exalta as enações,
23 Em todo trabalho há proveito; mas o pecado é o 8 opróbrio dos povos.
5meras palavras, porém, levam à penúria. 35!0 servo prudente goza do favor do rei,
24 Aos sábios a riqueza é coroa, mas o que procede indignamente
mas a estultícia dos insensatos não passa de estultícia. é objeto do seu furor.
25 A testemunha verdadeira 6 1ivra 1almas, A ªresposta branda desvia o furor,
mas o que se desboca em mentiras é enganador. 15 mas ba palavra dura suscita a ira.

• 13 m Pv 5.4; Ec 2.1-2 14 n Pv 131, 12.15oPv13.2; 18.20 3 Lit. de sobre si mesmo 16 P Jó 28.28; SI 34.14; Pv 22.3 20 oPv 19.7 rpy
19.4 4Lit. muitos são os que amam o rico 21 ss1112.9; [Pv 19 17] 23 5Lit. conversa dos lábios 25 t[Ez 3.18-21] ô salva vidas 27 upy
13.14 29vpy16.32; 19.11; Ec 7.9; Tg 1.19 7Lit. curto de espírito 30 xs111210ZPv12.4; Hc 3.16 31 ªPv 17.5; Mt 25.40; 1Jo 3.17 b[Jó
31.15; Pv 222] 32 cGn 49.18; Jó 13.15; [SI 16.11; 73.24]; 2Co 1.9; 5.8; [2Tm 4.18] 33 dpy 12.16 34 e Pv 11.11 Bvergonha ou desgraça
35 /Mt 24.45-47
CAPÍTULO 15 1ªPv25.15b1Sm 25.10
•14.13 Cf. o v. 1O, nota. Uma alegria externa e uma tristeza oculta podem coexis- •14.22 amor e fidelidade. Esta expressão, usada para indicar a amorosa com-
tir, mas a tristeza pode ser a realidade a ser enfrentada no fim. paixão de Deus pelo seu povo da aliança (SI 86.15). é aplicada aqui ao mais pro-
•14.14 Ohebraico da segunda linha deste versículo é difícil, mas o contraste bá- fundo amor e lealdade.
sico entre as recompensas pelo comportamento bom e pelo comportamento mal •14.23 Ver 10.4; 12.11; 13.4 e notas.
é evidente. •14.24 Conforme o mesmo se acha, este versículo é semelhante ao v. 23. A ver-
•14.15 simples. Ver a nota em 1.4. A pessoa "simples" é destreinada quanto ao dade óbvia, na segunda linha, enfatiza a futilidade da insensatez.
uso do julgamento crítico. •14.25 Ver o v. 5. A primeira linha exprime os resultados do testemunho veraz
prudente. Ver a nota no v. 8. em uma disputa legal (ver a nota textual). A segunda linha não exprime o oposto
•14.17 O que presto se ira. Ver o v. 29; 16.32; 19.11 e notas. do pensamento da primeira linha (conforme geralmente se dá no Caso de parale-
de maus desígnios. A palavra hebraica normalmente significa "discrição", virtu- lismo antitético), mas simplesmente indica a natureza do testemunho falso,
de positiva (1.4; 2.11; 3.21; 5.2; 8.12). Uma linha seguinte de sentido contrário como ele obscurece a verdade.
(paralelismo antitético). que se encontra na maioria dos provérbios deste capítu- •14.26 temor do SENHOR. Ver 1.7, nota.
lo, sugeriria o contrário daquele que se ira com facilidade. •14.27 fonte de vida. Ver 3.18; 10.11; 11.30; 13.14 e notas.
•14.18 conhecimento. Ver 1.7, nota. •14.29Verov.17.
•14.19 Mesmo nesta vida, as pessoas más, às vezes, são compelidas a respeitar •14.30 ânimo sereno. Ver a nota em 2.2. Os antigos reconheciam o elo existen-
com rancor as pessoas boas. Mas ajustiça de Deus pode ser a intenção da frase, te entre a tranqüilidade mental e espiritual e a saúde física (3.7-8).
pela qual os justos serão finalmente vindicados. e os ímpios terão que se inclinar •14.32 ainda morrendo. A Septuaginta (Antigo Testamento grego) diz "pieda-
diante deles, no julgamento final. de", fazendo um contraste mais direto com "malícia". Otexto hebraico não fala
•14.20 Embora originalmente fosse um dito independente acerca de amigos que explicitamente sobre a ressurreição dentre os mortos, mas sugere a confiança de
podem ajudar em tempos de tribulação (cf. Lc 16.9). sua colocação imediata- que Deus vindica os justos (23.1 B, nota).
mente antes do provérbio do v. 21 lhe dá uma aplicação adicional. Mesmo com a •14.33 vem a lume. O significado desta linha é incerto. Ou o insensato exibe
melhor das intenções, as pessoas ficam cansadas de uma amizade que sempre prontamente aquilo que ele imagina ser a sua sabedoria ou mesmo o insensato
impõe exigências. A amizade é fácil quando não impõe obrigações ou traz benefí- manifesta um ocasional lampejo de sabedoria.
cios. •14.34 exalta. Ou moralmente ou como conseqüência de bênçãos materiais di-
•14.21 A lei de Deus ordena bondade e cuidado pelo próximo como um reflexo vinas (Dt 28.1-14; 1Rs 4.20-28).
do próprio caráter do Senhor (Lv 19.10-18). Esse princípio adquire ainda maior •14.35 A sabedoria da corte real provê essa advertência contra o insensato in-
clareza no Novo Testamento, que requer que nos tratemos uns aos outros de uma competente.
forma que reflita o tratamento gracioso que recebemos de Deus através de Cristo •15.1 Opoder das palavras de edificar ou de destruir relacionamentos é salienta-
(1Jo 4 7-11) do aqui e nos vs. 2,4, 7, 14,23.
PROVÉRBIOS 15 746

DEUS VÊ E CONHECE: A ONISCIÊNCIA DIVINA


Pv 15.3
"Onisciência" significa "conhecer todas as coisas". Os olhos de Deus estão em toda parte (Jó 24.23; SI 33.13-15;
139.13-16; Pv 15.3; Jr 16.17; Hb 4.13), e ele sonda todos os corações, bem como observa os caminhos de cada um (1 Sm
16.7; lRs 8.39; 1Cr 28.9; SI 139.1-16,23; Jr 17.10; Lc 16.15; Rm 8.27; Ap 2.23)- em outras palavras, ele sabe tudo a
respeito de tudo e conhece a todos todo o tempo. Conhece o futuro não menos do que o passado e o presente e conhece
eventos possíveis que nunca acontecem não menos do que os eventos que, de fato, ocorrem (1Sm 23.9-13; 2Rs 13.19; SI
81.14-15; ls48.18). Deus não precisa buscar informações a respeito das coisas, como um computador recupera um arquivo;
todo o seu conhecimento está imediata e diretamente diante dele. Os escritores bíblicos se mostram espantados com a
capacidade da mente de Deus com respeito a tudo isso (SI 139.1-6; 147 .5; Is 40.13-14,28; cf. Rm 11.33-36).
Oconhecimento de Deus está ligado à sua soberania: ele conhece todas as coisas, porque ele as criou, sustenta-as e as faz
funcionar a todo momento, de acordo com o seu plano (Ef 1.11 ). A idéia de que Deus poderia conhecer e pré-conhecer todas
as coisas, sem controlar tudo, não só é antiescriturística como também ilógica.
Os crentes são encorajados pela onisciência de Deus, porque ela lhes assegura que todas as coisas a respeito deles são
conhecidas por Aquele que os ama e não descuidará de coisa alguma que lhes diga respeito (Is 40.27-31; Mt 6.8). Para o
descrente, a verdade do conhecimento universal de Deus deve trazer terror, porque se constitui uma advertência de que
ninguém pode esconder-se ou esconder de Deus seus pecados (SI 139.7-12; 94.1-11; Jn 1.1-12).

2 A língua dos sábios adorna o conhecimento, 10 i0isciplina rigorosa há para o que deixa a vereda,
emas a boca dos insensatos derrama a estultícia. e io que odeia a repreensão morrerá.
3 dQs olhos do SENHOR estão em todo lugar, 11 10 4 além e o 5 abismo estão
contemplando os maus e os bons. descobertos perante o SENHOR;
4 A língua 1serena é árvore de vida, quanto mais mo coração dos filhos dos homens!
mas a perversa quebranta o espírito. 12 no escarnecedor não ama àquele que o repreende,
s eo insensato despreza a instrução de seu pai, nem se chegará para os sábios.
!mas o que 2 atende à repreensão consegue a prudência. 13 °0 coração alegre 6 aformoseia o rosto,
ó Na casa do justo há grande tesouro, mas Pcom a tristeza do coração o espírito se abate.
mas na renda dos perversos há perturbação. 14 O coração sábio procura o conhecimento,
7 A língua dos sábios 3 derrama o conhecimento, mas a boca dos insensatos se apascenta de estultícia.
mas o coração dos insensatos não procede assim. 15 Todos os dias do aflito são maus,
8 gO sacrifício dos perversos qmas a alegria do coração é banquete contínuo.
é abominável ao SENHOR, ló rMelhor é o pouco, havendo o temor do SENHOR,
mas a oração dos retos é o seu contentamento. do que grande tesouro onde há inquietação.
9 O caminho do perverso é abominação ao SENHOR, 17 sMelhor é um prato de hortaliças onde há amor
mas este ama o que hsegue a justiça. do que o boi cevado e, com ele, o ódio .

• zcPv1223
7 3espalha
3d2Cr169;Jó3421.Pv521.Jr1617;3219;Zc41~;Hb413 41Litquecura. sePv101/Pv13-;8~Lit~~arda-; -~
8 8Pv 21.27; Ec 5.1. Is 111; Jr6.20; Mq 6 7 9 hpv 21.21 10 i1Rs 228 iPv5 12 11 IJó 26 6; SI 139 8 m1sm 16.7; 2Cr
6.30; SI 44.21; At 1.24 4 Hebr. Sheo/5Hebr Abaddon 12 n Pv 131; Am 5.10; 2Tm 4.3 13 o Pv 12.25 P Pv 17.22 ô embeleza 15 q Pv
17.22 16 rs137.16; Pv 16.8; Ec 4.6; 1Tm 6.6 17 spv 17 1
•15.2 Ver 6.17.24; 10.20.31; 12.17-19. •15.8 Ver Is 1.12-15; Am 5.21-24. O sábio traça aqui a vida religiosa de Israel.
•15.3 Os olhos do SENHOR. Ver 2Cr 16.9; SI 3113-15. Os sábios. algumas ve- ilustrando a estrutura da aliança. dentro da qual a sabedoria bíblica opera
zes. olhavam para além dos acontecimentos observáveis e da retribuição natural •15.10 a vereda. Isto é. o caminho da sabedoria divina (2.12-20). A disciplina
para se lembrarem da realidade da justiça divina. Ver a nota teológica "Deus Vê e será necessária para trazer o indivíduo de volta ao caminho de Deus (v. 5; 12.1 ).
Conhece: a Onisciência Divina". o que odeia a repreensão morrerá. Ver 2.18. nota.
•15.4 serena. Ou saneadora. Uma língua conciliadora corrige os relacionamen- •15.11 O além. No hebraico. sheol (1.12. nota).
tos (v 2; 12.18).
abismo. Ver a nota textual. A morte é aqui retratada como uma espécie de des-
árvore de vida. Ver 118. nota. truição da parte do Senhor. OSenhor penetra os segredos do sepulcro; quão mais
perversa. Ver a nota em 11.3. fácil é para ele conhecera nossa mente (SI 139.23-24).
quebranta o espírito. Destrói a moral e a auto-estima (Is 65.14. nota textual) •15.12 escarnecedor. Ver a nota em 1.22.
•15.5 Ver 1.8; 6.20; 12.15; 13.1.13.18. Deixar-se ensinar com humildade é a •15.13 Ver a nota em 14.30.
marca dos sábios. •15.15 banquete. Uma metáfora para a alegria.
•15.6 tesouro. Pode ser uma riqueza material ou. talvez. uma metáfora para a •15.16 Quanto a exemplos da forma de comparação "melhor... do que". ver a
própria sabedoria (cf. 818-21 ). nota em 12.9. O temor do Senhor traz suas próprias riquezas (v. 6. nota).
há perturbação. Ou "será destruído". conforme diz a Septuaginta (tradução do tesouro onde há inquietação. Ver 10.2. As riquezas que não têm origem em
Antigo Testamento grego). uma vida sabia trazem consigo sementes de destruição (Me 10.25)
•15.7 Ver o v. 2. nota. •15.17 O contraste indica pobreza e riqueza. A qualidade de relacionamentos
747 PROVÉRBIOS 15, 16
18 10 homem iracundo suscita contendas, 2910 SENHOR está longe dos perversos,
mas o longânimo apazigua a luta. mas matende à oração dos justos.
19 "0 caminho do preguiçoso 300 olhar de amigo alegra ao coração;
é como que cercado de espinhos, as boas-novas 1fortalecem até os ossos.
mas a vereda dos retos é plana. 310s ouvidos que atendem à repreensão salutar
20 vo filho sábio alegra a seu pai, no meio dos sábios têm a sua morada.
mas o homem insensato despreza a sua mãe. 320 que rejeita a disciplina menospreza a sua alma,
21 x A estultfcia é alegria porém o que atende à repreensão adquire entendimento.
para o que carece de 7 entendimento, 33nQ temor do SENHOR é a instrução da sabedoria,
zmas o homem sábio anda retamente. e a ºhumildade precede a honra.
22 ªOnde não há conselho fracassam os projetos, ªO coração do homem pode fazer planos,
mas com os muitos conselheiros há bom êxito.
23 O homem se alegra em dar resposta adequada,
16 broas a resposta certa dos lábios vem do SENHOR.
2Todos os caminhos do homem são puros aos seus e olhos,
e ba palavra, 8 a seu tempo, quão boa é! mas o SENHOR pesa o espírito_
24 cpara o sábio há o caminho da vida 3dConfia ao SENHOR as tuas obras,
que o leva para cima, e os teus desígnios serão estabelecidos.
a fim de devitar o 9inferno, embaixo. 4Q eSENHOR fez todas as coisas para determinados fins
25 eo SENHOR deita por terra a casa dos soberbos; /e até o perverso, para o dia 1 da calamidade.
contudo, !mantém a herança da viúva. Sg Abominável é ao SENHOR todo arrogante de coração;
26 g Abomináveis são para o SENHOR os desígnios do mau, é2 evidente que não ficará impune.
hmas as palavras bondosas lhe são aprazíveis. 6hPela misericórdia e pela verdade, se expia a culpa;
27 iQ que é ávido por lucro desonesto e ipelo temor do SENHOR os homens evitam o mal.
transtorna a sua casa, 7Sendo o caminho dos homens agradável ao SENHOR,
mas o que odeia o suborno, esse viverá. este reconcilia com eles os seus inimigos.
28 O coração do justo jmedita o que há de responder, 8jMelhor é o pouco, havendo justiça,
mas a boca dos perversos transborda maldades . do que grandes rendimentos com injustiça.

• 18 tPv26.21 19 "Pv22.5 20 vpy10.1 21XPv10.23ZEf5.157Ut.coração 22•Pv11.14 23 bPv25.11;1s50.4 Bnadevidaes-


tação 24 e Fp 3.20; [CI 3.1-2] d Pv 14.16 9 Hebr. Sheo/ 25 e Pv 12.7; Is 2.11 /SI 68.5-6 26 gpv 6.16, 18 h SI 37.30 27 ils 5.8; [Jr
17.11] 28i1Pe3.15 29 ISI 10.1; 34.16 m SI 145.18; [Tg 5.16] 30 1 Littornam os ossos gordos 33 n Pv 1.7 Pv 18.12 °
CAPÍTUL016 1 •Jr10.23 bMtl0.19 2cPv21.2 3dSl37.5;Pv3.6;[1Pe5.7] 4e1s43.7;Rm11.36/Jó21.30;[Rm9.22] 1Lit.do
mal 5 gpy 6.17; 8.13 2Qu ainda que o mau junte mão à mão, não, lit. o mau, mão para mão, não 6 h Dn 4.27; Lc 11.41 ipy 8.13; 14.16
8iSI 3716; Pv 15.16
familiares não está ligada às riquezas; a qualidade da hospitalidade está alicerça- ou uma bela cena afetam a mente do indivíduo da mesma maneira que boas notí-
da sobre os relacionamentos pessoais e não sobre o alimento providenciado. cias promovem o nosso bem-estar geral. Ver a nota em 14.30.
•15.18 Ver 14.17,29; 15.1. A disposição das pessoas acalma ou acende uma •15.32 menospreza a sua alma. A insensatez é autodestrutiva. ·
rixa. Podemos discordar sem sermos desagradáveis. •15.33 Ver 1.7; 11.2 e notas.
•15.19Ver6.6-11; 10.4; 13.4. •16.1 Ocasionalmente, os sábios nos relembram que a responsabilidade humana
retos. A palavra é aqui usada como o oposto de "preguiçoso". Existe um elo im- para raciocinar e agir, não contradiz a soberania de Deus (vs. 2,9).
plícito entre a preguiça e a injustiça, entre a diligência e a virtude. a resposta ... vem do SENHOR. Esta frase significa ou que Deus nos capacita a
•15.23 Os sábios recebem grande satisfação por serem capazes de dar a res- dar a resposta certa e efetuar os nossos planos ou que a resposta de Deus !sua
posta apropriada no tempo certo. palavra de decisão) é o poder real que amolda os acontecimentos 119.21; cf. Fp
•15.24 Ver 2.18-22 e notas. 2.12-13)
o inferno. Ver a nota em 1.12. •16.2 espírito. As pessoas são capazes de racionalizar quase qualquer tipo de
•15.25 Um reconhecimento da retribuição divina final. comportamento, quando se esforçam por justificar-se 112.15; 30.12). Oconheci-
a casa dos soberbos. Ver 14 .11. mento de Deus é uma advertência contra tal auto-engano (Hb 4.12; cf. 1Co
a herança da viúva. Ver a nota em Dt 19.14. Visto que a opressão sobre as viú- 43-51
vas era algo que realmente ocorria (p. ex., Is 1.17,23; 10.2}, este provérbio deve •16.3 Confia. Em hebraico, "Rola". A expressão é incomum. Pode significar que
ser visto como uma declaração de confiança de que a justiça de Deus finalmente nossos planos deveriam ser entregues aos cuidados do Senhor (SI 37 .5) ou plane-
terá cumprimento. jados com a aplicação consciente dos princípios da Palavra de Deus.
•15.26 Tal como nos vs. 8·9, manter um correto relacionamento com o Senhor é •16.4 para detenninados fins. Lit. "para sua resposta". A totalidade da cria-
a definitiva sabedoria. ção, incluindo até os ímpios e seus atos, está sujeita à soberania de Deus e serve
•15.27 ávido... suborno. Essas linhas paralelas sugerem alguém cujas riquezas a seus propósitos lcf Rm 9.17-231.
foram mal adquiridas. Nossa insensatez geralmente repercute sobre aqueles que •16.5 Ver 11.20-21.
estão próximos de nós 11.191. •16.6 Pela misericórdia e pela verdade. Esta expressão resume a atitude dos
viverá. Ver 2.20-22 e notas. sábios para com o Senhor 13.3; 14.22; 20.281. Odito é uma reprimenda à religiosi-
•15.28 O sábio e o justo reconhecem a necessidade de pesar cuidadosamente dade formal, desacompanhada da verdadeira fé.
as questões antes de dar conselhos. •16. 7 agradável ao SENHOR. Seguir o caminho de Deus produz efeitos reconci-
•15.29 Ver a nota no v. 8. liadores e curadores nos relacionamentos pessoais.
•15.30 O olhar de amigo. A idéia parece ser que uma pessoa animada e radiante •16.8 Ver 15.16-17 e notas.
PROVÉRBIOS 16, 17 748
9 10 coração do homem traça o seu caminho, 22 O entendimento, para aqueles que o possuem,
mmas o SENHOR lhe dirige os passos. é fonte de vida;
10 Nos lábios do rei se acham decisões autorizadas; mas, para o insensato, a sua estultícia lhe é castigo.
no julgar não transgrida, pois, a sua boca. 23 o coração do sábio é mestre de sua boca
11 npeso e balança justos pertencem ao SENHOR; e aumenta a persuasão nos seus lábios.
3 obra sua são todos os pesos da bolsa. 24 Palavras agradáveis são como favo de mel:
12 A prática da impiedade é abominável para os reis, doces para a alma e medicina para o corpo.
porque ºcom justiça se estabelece o trono. 25 Há caminho que parece direito ao homem,
13 POs lábios justos são o contentamento do rei, mas afinal são caminhos de "morte.
e ele ama o que fala coisas retas. 26 A fome do trabalhador o faz trabalhar,
14 O furor do rei são uns mensageiros de morte, porque a sua boca a isso o vincita.
mas o homem sábio o q apazigua. 27 ôQ homem depravado cava o mal,
15 O semblante alegre do rei significa vida, e nos seus lábios há como que xfogo ardente.
e a sua benevolência é como a 'nuvem que 28 O homem perverso espalha contendas,
traz chuva serôdia. e 2 0 difamador separa os maiores amigos.
16 souanto melhor é adquirir 29 O homem violento alicia o seu companheiro
a sabedoria do que o ouro! e guia·o por um caminho que não é bom.
E mais excelente, adquirir a prudência do que a prata! 30 Quem fecha os olhos imagina o mal,
17 O caminho dos retos é desviar-se do mal; e, quando 7 morde os lábios, o executa.
o que guarda o seu caminho preserva a sua alma. 31 ªCoroa de honra são as cãs,
18 A soberba precede a ruína, quando se acham no caminho da justiça.
e a altivez do espírito, 4 a queda. 32 bMelhor é o longãnimo do que o herói da guerra,
19 Melhor é ser humilde de espírito com os humildes e o que domina o seu espírito,
do que repartir o 5 despojo com os soberbos. do que o que toma uma cidade.
200 que atenta para o ensino acha o bem, 33 A sorte se lança no regaço,
e o que 1confia no SENHOR, esse é feliz. mas do SENHOR procede toda decisão.
21 O sábio de coração é chamado prudente, Melhor é ªum bocado seco e tranqüilidade
e a doçura no falar aumenta o saber. 17 do que a casa farta de / carnes e contendas.

A 91P:~~~~-,;,~I-;;~;; PvZ02~; ~r 1023 1~n~v 19;63cui;~do


12 ºPv 25.5 13PPv 14.35 14 qPv 2515 15 rzc 10.1
lóSPvB.10-11,19 184otropeçar 195espó!ioousaque 20ISl348;Jr17.7 25UPv14.12 26V[Ec67;Jo6.35] 27X[Tg
3.6] qu1.Umhomemde8e!ial 28ZPv179 301Lit.aperta 31 ªPv20.29 J2bPv1429; 19.11
CAPITULO 17 1 a Pv 15.17 l Ou refeições sacnfic1ais
•16.9 Ver os vs. 1-2 e notas. •16.22 fonte de vida. Ver 10.11, nota.
•16.1 Odecisões autorizadas. A palavra de um rei era lei. e ele tinha o direito a sua estultícia lhe é castigo. Em outras palavras, é uma insensatez corrigir os
de buscar a orientação do Senhor em seus julgamentos. Davi falou c0mo um tolos, porque eles não darão ouvidos. O hebraico também pode significar que a
mensageiro de Deus (2Sm 14.17,20). e Salomão desejou possuir um coração dis- própria insensatez deles torna-se um castigo apropriado para insensatos.
cemidor (1Rs 3 9) Odom da sabedoria que Deus deu ao rei não o dispensava da •16.23 O coração. Ver a nota em 2.2. A pessoa sábia fala com franqueza atra-
responsabilidade de buscar sabedoria e de agir de acordo com a justiça. vés de uma mente informada pela verdade.
•16.11 Ver 11.1, 20.10,23; Am 8.5. Por detrás desta afirmativa está a visão da •16.24 Palavras agradáveis. Ver a nota no v. 21. Tais palavras têm um valor
sabedoria de Deus como Aquele que estabelece e mantém a ordem justa que tor- curativo para os relacionamentos humanos e para o bem-estar pessoal.
na a vida significativa. Quanto à lei contra os pesos falsificados. ver Lv 19.35-36;
Dt 25.13-16. •16.26 A fome do trabalhador. Omais básico incentivo contra o ócio é a ameaça
da fome (2Ts 310-12)
•16.12-15 A sabedoria concernente à realeza não reflete somente o ideal de Sa-
lomão e de seu sábio governo, mas também exprime o poder do rei para estabe- •16.27 O homem depravado. Ver a nota textual e também a nota em 6.12.
lecer a ordem justa em seu reino. fogo ardente. Esta metáfora enfatiza o poder destruidor das palavras vindicati-
•16.15 a nuvem que traz chuva serôdia. Ver a nota em Am 4. 7-8. Ofavor do rei vas e caluniosas.
pode fazer a vida do indivíduo florescer como as plantações durante a primavera. •16.30 Quem fecha os olhos. Ver a nota em 6.13.
•16.16 As comparações que usam a fórmula "melhor... do que" afirmam, sem •16.31 quando se acham. A vida reta é a vida sábia que promove a longevida-
qualquer ambigüidade, a superioridade de uma coisa sobre outra, embora sem de (3.2, nota). Os idosos são honrados por sua sabedoria, aprendizado e experiên-
dizer o porquê (12.9, nota) A superioridade da sabedoria frente às· riquezas cia.
materiais é um tema comum da sabedoria (313-15; 8.10-11, 19). Isso não signifi- •16.32 o longânimo. Tal pessoa leva calma e bom juízo a uma crise (T g
ca que as riquezas sejam, por si mesmas, indesejáveis (39-10; 1Rs 310-13; 119-20)
10.7-91. mas somente que devem ser adquiridas como o fruto da sabedoria.
•16.33 A sorte. Ver a nota em Jn 1.7 e a nota teológica "Providência".
•16.18 Ver 11.2, nota. Os poderosos são incapazes de aprender e, por isso, diri-
do SENHOR procede toda decisão. Quando o lançar sorte era usado devida-
gem-se para a destruição.
mente, a resposta não era uma questão do acaso, mas vinha de Deus.
•16.19Verov. 16; 15.16enotas.
•17.1 farta de carnes e contendas. Lit. "sacrifícios de contendas" (ver a nota
•16.21 a doçura no falar. "Palavras de mel"; palavras que refletem a aptidão textual). talvez um contraste com as ofertas pacíficas ou de comunhão (Dt 27.7).
para a comunicação. Pode haver harmonia sem provisões abundantes.
749 PROVÉRBIOS 17
PROVIDÊNCIA
Pv 16.33
"As obras da providência de Deus são a sua maneira muito santa, sábia e poderosa de.preservar e govemartodas as suas
criaturas e todas as ações delas" (Bnrve Catecismo de Westminster, p. 11 }. Se a criação do mundo foi um exercfcio único da
energia divina que criou todas as coisas, a providência é um exercício continuado da mesma energia. Por meib 'dela o Criador,
de acordo com sua própria vontade, preserva todas as criaturas, envolve-se em todos os acontecimentos e· dirige todas as
coisas aos seus fins determinados. Deus está totalmente no comando do seu mundo. Sua mão pode estar escondida, mas
seu governo perfeito abrange tOdas as coisas.
Imagina-se, às vezes, que Deus conhece o futuro, mas não tem controle sobre ele; que ele sustenta o mundo, mas não in-
terfere nele, ou que ele dá ao mundo uma direção geral, mas não se preocupa com detalhes. A Biblia, enfaticamente, rejeita
todas essas limitações de sua providência.
A Biblia ensina, claramente, o controle providencial de Deus (1) sobre o universo em geral, SI 103.19; Dn 4.35; Ef 1.11; (2)
sobre o mundoffsico, Jó 37; SI 104.14; 135.6; Mt 5.45; (3) sobre a criação irracional, SI 104.21,28; Mt6.26; 10.29; (4) sobre
os negócios das nações, Jó 12.23; SI 22.28; 66.7; At 17.26; (5) sobre o nascimento e destino na vida do homem 1Sm 16.1; SI
139.16; Is 45.5; GI 1.15-16; (6) sobre o sucesso externo e fracassos na vida do homem, SI 75.6-7; Lc 1.52; (7) sobre coisas
aparentemente acidentais ou insignificantes, Pv 16.33; Mt 10.30; (8) na proteção dos justos, SI 4.8; 5.12; 63.8; 121.3; Rm
8.28; (9) em suprir as necessidades do seu povo, Gn 22.8, 14; Dt 8.3; Fp 4.19; (1 O) em responder às orações, 1Sm 1.19; Is
20.5-6; 2Cr33.13; SI 65.2; Mt 7.7; Lc 18.7-8; (11) no desmascaramento e punição do ímpio, SI t12-13; 11.&(L Bedmof, Sys-
tematic Theology, 2a edição revista [Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1941 ], p.· 168). ·
Descrever o envolvimento de Deus no mundo e nos atos das criaturas racionaís exige considerações cornplem9Rtares. Por
exemplo, uma pessoa deseja uma ação, um evento é produzido por causas naturais ou Satanás mostra sua mão -contudo,
Deus anula. Além disso, pessoas podem ir contra a vontade do mandamento de Deus - contudo, cumprem suâ ~de nos
acontecimentos. O motivo das pessoas pode ser mau - contudo Deus usa suas ações para o bem (Gn so.20; At 2.23).
Embora o pecado hUmano ésteja sob o decreto de Deus, Deus não é o autor do pecado (Tg 1• .13-17). '~·· · '
O envolvimento "concorrente" ou "confluente" de Deus em tudo o que ocorre não viola a ordem natural, os· Proc:essos
naturais em andamento ou a ação livre e responsável dos seres humanos. O controle soberano de Deus nio anula a
responsabilidade e o poder das segundas causas; ao contrário, essas causas foram criadas e exercem suas funções por
determinação divina. . · · . · .•
Dos males que contaminam o mundo de Deus (males espirituais, morais e físicos); a Biblia diz: Deus pennitê õ mal (At
14.16}; usa o mal como uma punição (SI 81.11-12; Rm 1.26-32); do mal tira o bem (én 50.20; At 2.23; 4.27-28; 13.27; 1Co
2. 7-8); usa o mal para testar e disciplinar aqueles a quem ama (Mt 4.1-11; Hb 12.4-14); um dia, porém, Deus redimirá
totalmente seu povo do poder e da presença do mal (Ap 21.27; 22.14-15).
A doutrina da providência ensina aos cristãos que eles nunca estão presos à sorte cega, à casualidade, ao acaso ou ao
destino. Tudo o que lhes acontece é divinamente planejado, e cada acontecimento chega como um novo convite a confiar, a
obedecer e a regozijar-se, sabendo que todas as coisas ocorrem para o seu bem espiritual e eterno (Rm 8.28).

2O escravo prudente dominará ó/Coroa dos velhos são os filhos dos filhos;
sobre b o filho que causa vergonha e a glória dos filhos são os pais.
e, entre os irmãos, terá parte na herança. 7 Ao insensato não convém a palavra excelente;
J O crisol prova a prata, e o forno, o ouro; quanto menos ao príncipe, o lábio mentiroso!
emas aos corações prova o SENHOR. 8 Pedra mágica é o suborno aos olhos de quem o dá,
4 O malfazejo atenta para o lábio iníquo; e para onde quer que se volte terá seu proveito.
o mentiroso inclina os ouvidos para a língua 2 maligna. 9 gO que encobre a transgressão adquire amor,
s dQ que escarnece do pobre insulta ao que o criou; mas ho que traz o assunto à baila
eo que se alegra da calamidade não ficará impune . separa os maiores amigos.

• 2 b Pv 10.5 3 C1Cr 29.17; SI 26 2; Pv 15.11; Jr 17.10; [MI 3.3] 4 2 Lit. destrutiva S dpy 14.31 e Já 31.29; Pv 24.17; Ob 12; 1Co13.6
6/[SI 127.3; 128.3] 9 g [Pv 10.12; 1Co 13.5-7; Tg 5.20] h Pv 16.28

•17.2 Um privilégio herdado pode ser facilmente perdido para aqueles que. •17 .6 os filhos dos filhos. Ode seio natural de todos os pais de ter netos foi in·
mediante a diligência. se mostram dignos de desfrutar do mesmo 111.29). tensificado em Israel, onde as bênçãos plenas da aliança. que jaziam no futuro.
•17 .3 aos corações prova o SENHOR. As comparações indicam que o Senhor seriam possuídas pelos descendentes do indivíduo !SI 127.3; 128 1-6).
usa as nossas experiências a fim de nos aprimorar. Um teste de fogo não vem a glória dos filhos são os pais. Ver Êx 20.12. Os pais são os guardiães e os pro·
para nos destruir, mas para nos purificar. fessores mais influentes da verdade divina aos seus filhos.
•17.4 Opecado não está simplesmente no ouvir. mas no implícito desejo perver· •17.7 quanto menos ao principe, o lábio mentiroso. Ver 8.15-16; 16.10.
so de usar para o mal aquilo que foi ouvido lcf. 16.27). 12·13 e notas.

J
•17 .5 Ver 14.21, nota. •17 .8 o suborno. Oato de subornar geralmente se mostra eficaz. Essa observa·
PROVÉRBIOS 17' 18 750
to ;Mais fundo entra a repreensão no prudente 24 1A sabedoria é o alvo do inteligente,
do que cem açoites no insensato. mas os olhos do insensato vagam
11 O rebelde não busca senão o mal; pelas extremidades da terra.
por isso, mensageiro cruel se enviará contra ele. 25 uo filho insensato é tristeza para o pai
12 Melhor é encontrar-se i uma ursa roubada dos filhos e amargura para quem o deu à luz.
do que o insensato na sua estultícia. 2ó Não é bom punir ao justo;
13 Quanto àquele 1que paga o bem com o mal, é contra todo direito ferir ao príncipe.
não se apartará o mal da sua casa. 27 ·Quem retém as palavras possui o conhecimento,
14 Como o abrir-se da represa, e o sereno de espírito é homem de inteligência.
assim é o começo da contenda; 28 x Até o estulto, quando se cala, é tido por sábio,

15
m desiste, pois, antes que haja rixas.
no que justifica o perverso e o que condena o justo
abomináveis são para o SENHOR,
18 e o que cerra os lábios, por sábio.
O solitário busca o seu próprio interesse
e insurge-se contra a 1 verdadeira sabedoria.
tanto um como o outro. 20 insensato não tem prazer no entendimento,
16 De que serviria o dinheiro senão em externar o ªseu interior.
na mão do insensato para comprar a sabedoria, 3 Vindo a perversidade, vem também o desprezo;
visto que não tem entendimento? e, com a ignomínia, a vergonha.
17 ºEm todo tempo ama o amigo, 4 bÁguas profundas são as palavras da boca do homem,
e na angústia se faz o irmão. e e a fonte da sabedoria, ribeiros transbordantes.
18 PO homem falto de 3 entendimento 4 compromete-se, s Não é bom ser parcial com o perverso,
ficando por 5 fiador do seu próximo. para torcer o d direito contra os justos.
19 O que ama a contenda ama o pecado; 6 Os lábios do insensato entram na contenda,
qo que faz alta a sua porta facilita a própria queda. e por açoites brada a sua boca.
20 O 6 perverso de coração jamais achará o bem; 7 e A boca do insensato é a sua própria destruição,
e o que tem 'a língua dobre vem a cair no mal. e os seus lábios, um laço para a sua falma.
21 O filho estulto é tristeza para o pai, 8RAs palavras do 2 maldizente são 3 doces bocados
e o pai do insensato não se alegra. que descem para 4 o mais interior do ventre.
22 so coração alegre 7 é bom remédio, 9 Quem é negligente na sua obra
mas o espírito abatido faz secar os ossos. já é irmão do desperdiçador.
23 O perverso aceita suborno 8secretamente, 10 hTorre forte é o nome do SENHOR,
para perverter as veredas da justiça. à qual o justo se acolhe e está 'seguro.

·~O15 iFyEx 1;;-7;


n
[ ; 79] - JZ/2~:-;·;8;0:~38~13 ISI 1094~~Jr 18;~; R~ 1~-;7; 1Tu515~;Pe 39J 14 m[Pv 20.3; 1Ts411]
23. 7; Pv 24 24; Is 5.23 17 ºRt 1.16; Pv 18.24 18 Pv 5.1 PLi!. ou
3 Lit.coração 4 19 Pv 16.18
bate as mãos 5 garantia penhor q
20 'T g 3.8 6 desonesto 22 s Pv 12.25; 15.13, 15 7 Ou torna o remédio ainda melhor 23 8 Lit. do peito 24 t Ec 2.14 25 u Pv 1O1;
15.20; 19.13 27 VPv 1019; Tg 119 28 XJó 13.5
CAPÍTUL018 1Isalutarsabedorra 2ªEc10.3 4bPv10.11C[Tg317] 5dLv19.15;Dt1.17;1619;Sl82.2;Pv17.15 7es1
64.8; 140.9; Pv 10 14/Ec 10.12 8 g Pv 12.18 2 mexeriqueiro ou caluniador 3 Uma tradição judaica ferrmentos 4 L1t. os quartos 10 h 2Sm
22.2-3,33; SI 18.2; 61.3; 91.2; 144.2 5Lit.postoem lugar a/to
ção de um comportamento humano corrupto é feita sem se passar julgamento mo- •17.28 Este provérbio é uma extensão hipotética do v 27. Ironicamente, oinsen-
ral (cf o administrador 1nf1el de Lc 16.1-9) Osuborno é condenado em 15.27 A sato que tem a esperteza de manter-se calado pelo menos mostra algum poten-
sabedoria rejeita o pragmatismo ern favor da obediência à lei de Deus. cial para a sabedoria.
•17.10 Um tema freqüente da sabedoria: as pessoas sábias deixam-se ensinar. •18. 1 Ohebraico é difícil. A primeira linha sugere que a pessoa inamistosa (no
Em contraste, o insensato não aprenderá de forma alguma (9.7-9). hebraico, "alienado") busca somente os seus próprios interesses.
•17 .11 Ogoverno foi instituído por Deus para a preservação da ordem na socie- •18.3 As conseqüências sociais da insensatez e da perversidade são a perda da
dade \Rm 13.1-5). Arebeldia convida a retriburção oficial contra a tentativa de honra e da auto-estima.
destruir a ordem social.
•17.16 para comprar a sabedoria. Os insensatos não podem compensar a fal- •18.4 Águas profundas são as palavras da boca do homem. Osentido des-
ta de sabedoria comprando uma educação. ta cláusula ou é que as palavras de uma pessoa comum são obscuras ou que as
•17.18 Ver 6.1-3 e notas. palavras do sábio são profundas. Se admitirmos o primeiro sentido, então a se-
gunda linha contrasta tal obscuridade com a clareza da sabedoria. Se o sábio é
•17 .19 As linhas paralelas deste provérbio vinculam o orgulho e as más ações que está em vista. então a segunda linha desenvolve o tema. Aambigüidade
com a luta e a destruição, dando ao leitor assunto para reflexão. pode ser deliberada. deixando aberta a aplicação.
•17.21 Ver 10.1; 15.20; 17.25.
•18.6-7 Ver 6.2; 10.11. 14; 13.3; 14.3 e notas.
•17.22Ver14.30; 15.13,30 e notas.
•17.23 Ver o v. 8, nota. •18.7 para a sua alma. Ou "para a sua vida".
•17 .24 Ocontraste é entre a concentração na tarefa do aprendizado da sabedo- •18.8 Faz parte de nossa natureza humana pecaminosa ter um apetite para a
l\a e. as devaneios (12 11, nota) maledicência.
•17.25 Ver o v. 21, nota. •18.9 Ver 6.9-11.
•17.27 Quem retém. Ou se1a. aquele que reprime sua fala. Este provérbio con- •18.10 o nome do SENHOR. Na cultura hebraica. um nome não era mero rótulo.
trasta com 16.27-28. Os sábios sabem como controlar sua língua. mas geralmente uma expressão do caráter de uma pessoa Onome de Deus na
751 PROVÉRBIOS 18, 19
11Os bens do rico lhe são cidade forte 240 homem que tem muitos amigos 6 sai perdendo;
e, segundo imagina, uma alta muralha. qmas há amigo mais chegado do que um irmão.
12 iAntes da ruína, gaba-se o coração do homem,
e diante da honra vai a humildade.
} 9 Melhor ªé o pobre que anda na sua integridade
do que o perverso de lábios e tolo.
13 Responder antes de ouvir 2 Não é bom proceder sem refletir,
é estultícia e vergonha. e peca quem é precipitado.
14 O espírito firme sustém o homem na sua doença, 3 A estultícia do homem perverte o seu caminho,
mas o espírito abatido, quem o pode suportar? mas é contra o SENHOR que o seu coração se ira.
15 O coração do sábio adquire o conhecimento, 4 b As riquezas multiplicam os amigos;
e o ouvido dos sábios procura o saber. mas, ao pobre, o seu próprio amigo o deixa.
16/Q presente que o homem faz s A Cfalsa testemunha não fica impune,
alarga-lhe o caminho e o que profere mentiras não escapa.
e leva-o perante os grandes. 6 Ao generoso, muitos o adulam,
17 O que começa o pleito parece justo, e todos são amigos do que dá presentes.
até que vem o outro e o examina. 7 dSe os irmãos do pobre o aborrecem,
18 Pelo tiançar da sorte, cessam os pleitos, quanto mais se e afastarão dele os seus amigos!
e se decide a causa entre os poderosos. Corre após eles com súplicas, mas 1não os alcança.
19 O irmão ofendido resiste mais que uma fortaleza; B O que adquire 2 entendimento ama a sua alma;
suas contendas são ferrolhos de um castelo. o que conserva a inteligência /acha o bem.
20 moo fruto da boca o coração se farta, 9 A falsa testemunha não fica impune,
do que produzem os lábios se satisfaz. e o que profere mentiras perece.
21 n A morte e a vida estão no poder da língua; to Ao insensato não convém a vida regalada,
o que bem a utiliza come do seu fruto. quanto menos gao escravo dominar os príncipes!
22 °0 que acha uma esposa acha o bem 11 h A discrição do homem o torna longânimo,
e alcançou a benevolência do SENHOR. ie sua glória é perdoar as injúrias.
23 O pobre fala com súplicas, 12 Como o bramido do leão, assim é ia indignação do rei;
porém o rico responde Pcom durezas. mas seu favor é 1como o orvalho sobre a erva.

·-12iPv1~33;161~- 16-j~n32;0-21,;Sm252;Pv1~8;2114 18i[Pv16.33] 20mPv1214;14.14 21 nPv1213;13.3;Mt12.37


22 o Gn 2.18; [Pv 12.4; 19.14] 23 PTg 2.3,6 24 q Pv 17.17; [Jo 15.14-15] ô Lit pode vir à ruína; Mss. Gr., S, Te V deve ser amigável
CAPÍTULO 19 1 a Pv 28.6 4 b Pv 14.20 5 e Êx 23.1; Dt 19.16-19; Pv 6.19; 21.28 7 dpy 14.20 e SI 38.11 1 Lit não estão 8fPv
16.20 2 Lit.coração 1Ogpy 30.21-22 11 hTg 1.19 iPv 16 32; [Mt 5.44}; Ef 4.32; CI 3.13 12 iPv 16.14 IGn 27.28; Dt 33.28; SI 133.3;
Os 14.5; Mq 5.7
aliança, "SENHOR", está associado a seu caráter como Salvador de seu povo IÊx a benevolência do SENHOR. Ver a nota em 8.35.
3.13-15; 15.1-3 e notas). •18.23 Este provérbio está baseado numa observação comum da dura realidade
Torre forte, A segurança dos justos está baseada no caráter de Deus como um das desigualdades da vida, por causa dos efeitos do pecado.
Salvador fiel. •18.24 O homem que tem muitos amigos. Ocontraste parece ser entre dois
•18.11 Este versículo forma um claro contraste com o v. 1Olcf. 10.15). A ad- tipos de companhia: aqueles cuja amizade é superficial e que causa tribulações; e
vertência implícita é contra a confiança somente nas riquezas materiais llc o amigo raro, que é leal como um irmão 117 17).
12.13-21) •19.2 Não é bom proceder sem refletir... precipitado. Ou seja, alguém que
•18.13 Os insensatos emitem inadvertidamente opiniões sobre assuntos que se precipita sem um planejamento apropriado. A sinceridade e a energia, por si
eles não procuraram ouvir com cuidado. A pessoa deve escutar bem antes de co- mesmas, erram o alvo (Rm 10.2).
meçar a falar. •19.3 Os pecadores trazem seu próprio infortúnio, mas culpam Deus por isso.
•18.14 Ver 14 30, nota. •19.4 Um fato comum da vida, dito sem qualquer julgamento moral (vs. 6-7;
18.23), embora a parcialidade pecaminosa seja óbvia ITg 21-4)
•18.16 Aqui, o presente não é, necessariamente, um suborno, mas os efeitos
práticos de um presente são vistos 117.8, nota). •19.5 Ver o v. 9. Em uma sociedade bem ordenada, o perjúrio é um crime sério
que é severamente punido (cf. Êx 20.16) A retribuição divina não está em foco
•18.17 Um argumento, em uma disputa, pode ser persuasivo até ser desafiado
aqui, mas, antes, as exigências de uma ordem social normal.
pelo outro lado. Esta parte da sabedoria prática salienta a importância de chegar-
•19.6-7 Ver o v. 4, nota.
mos à verdade.
•19.8 ama a sua alma. Ou "ama a vida". A sabedoria promove relacionamentos
•18.18 Pelo lançar da sorte. Se a decisão vier de fora, as partes em contenda
que são essenciais para o bem viver.
podem ambas descansar.
•19.9 Ver o v. 5, nota.
•18.19 O irmão ofendido. Osignificado preciso deste versículo é incerto. Oseu
•19.1 OAo insensato... a vida regalada, Um insensato não sabe lidar com a
intuito aparente é que a reconciliação é difícil. responsabilidade das riquezas. Épossível que este versículo se refira a um insen-
•18.20 Do fruto da boca. Ver 12.14; 13.2 e notas. sato em uma posição de autoridade administrativa e não em uma posição de ri-
se satisfaz. Provavelmente, uma metáfora dos resultados construtivos da fala queza.
sábia, que promove relacionamentos transmissores de vida. ao escravo dominar os príncipes. Esta situação é imprópria, não tanto porque
•18.21 O ato de falar pode trazer o bem ou o dano. A pessoa que gosta de falar os oprimidos tornam-se os novos opressores, mas porque é algo incongruente
deve observar que caminho seus efeitos tornam. para aqueles que não estão social e intelectualmente preparados para governar a
•18.22 uma esposa. A suposição é que ela é uma boa esposa, corno aquela sociedade. Mas comparar 2Sm 7.8 quanto à exceção.
descrita em 31.10-31 112.4; 19.14 e notas). •19.11 o torna longânimo. Ver 14.17,29; 16.32 e notas. A disciplina é uma
PROVÉRBIOS 19 752
13 mo filho insensato é a desgraça do pai, 25 Quando ferires ao escarnecedor,
"e um 3 gotejar contínuo, as contenções da esposa. o simples baprenderá a prudência;
14 °A casa e os bens vêm como herança dos pais; crepreende ao sábio, e crescerá em conhecimento.
mas do SENHOR, Pa esposa prudente. 2ó O que maltrata a seu pai
15 q A preguiça faz cair em profundo sono, ou manda embora a sua mãe
e o ocioso vem a 'padecer fome. dfilho é que envergonha e desonra.
ló so que guarda o mandamento guarda a sua alma; 27 Filho meu, se deixas de ouvir a instrução,
mas o que 4 despreza os seus caminhos, esse morre. desviar-te-ás das palavras do conhecimento.
17 1Quem se compadece do pobre ao SENHOR empresta, 28 A 8 testemunha de Belial escarnece da justiça,
e este lhe paga o seu benefício. e ea boca dos perversos devora a iniqüidade.
18 u Castiga a teu filho, enquanto há esperança, 29 Preparados estão os juízos para os escarnecedores
mas não te excedas 5 a ponto de matá-lo. te os açoites, para as costas dos insensatos.
19 Homem de grande ira tem de sofrer o dano; O vinho é ªescarnecedor,
porque, se tu o livrares, virás ainda a fazê-lo de novo.
20 Ouve o conselho e recebe a instrução,
2O e a bebida forte, alvoroçadora;
todo aquele que por eles é vencido não é sábio.
para que sejas sábio vnos teus dias por vir. 2 Como o bramido do leão, é o 1 terror do rei;
21 Muitos propósitos há no coração do homem, o que lhe provoca a ira peca contra a sua própria vida.
xmas o desígnio do SENHOR permanecerá. 3 bHonroso é para o homem o desviar-se de contendas,
22 O que torna agradável o homem mas todo insensato se mete em rixas.
é 6 a sua misericórdia; 4 co preguiçoso não lavra por causa do inverno,
o pobre é preferível ao mentiroso. pelo que, dna sega, procura e nada encontra.
23 zo temor do SENHOR conduz à vida; s Como águas profundas,
aquele que o tem ficará satisfeito, são os propósitos do coração do homem,
e mal nenhum o visitará. mas o homem de inteligência sabe descobri-los.
24 ªO preguiçoso mete a mão no 7 prato 6 Muitos proclamam a sua própria 2 benignidade;
e não quer ter o trabalho de a levar à boca . mas o homem fidedigno, quem o achará?
..A~==~
~ 13 m Pv 10.1 n Pv 21.9,19 3 Irritação permanente 14 o 2Co 12.14 p Pv 18.22 15 q Pv 6 9 rpv 10.4 16 s Pv 13.13; 16.17; Lc 10.28;
11.28 4 é negligente 17 IDt 15.7-8; Jó 23.12-13; Pv 28.27; Ec 11.1; Mt 10.42; 25.40; [2Co 9.6-8]; Hb 6.1 O 18 u Pv 13.24 5Uma tradição
judaica em seu choro 20 vs137.37 21xs133.10-11; Pv 16.9; Is 46.10; Hb 6.17 22 óLit. o seu amor bondoso 23zpy14.27; [1Tm 4.8]
24apy15.19 7lXJ(e Speito; Te V na axila 25 bDt 13.11 cpy 9.8 26 dpy 17.2 28 e Jó 15.16 Btestemunha indigna 29/Pv 26.3
ª
CAPITULO 20 1 Gn 9.21; Pv 23.29-35; Is 28.7; Os 4.11 2 I Terror ou medo que a ira do rei produz 3 b Pv 17.14 4 e Pv 10.4 d Pv
19.15 6 2 Lit Misericórdia
marca do homem sábio. Uma auto-avaliação apropriada impede-o de ofen- conduz à vida. Ver 3.18, nota.
der-se diante de cada pequeno insulto. ficará satisfeito. Ou "dormirá seguro", sob os cuidados do Senhor.
•19.13Ver 10.1; 17.21. •19.24 Este provérbio é um comentário humorístico sobre o preguiçoso (6.6,
um gotejar contínuo. Como um telhado com goteiras, que torna uma casa im- nota). Oquadro de uma pessoa preguiçosa demais para alimentar-se reflete a si-
possível de habitar quando chove (27.15). tuação de 6.10-11. Esse tal nem ao menos tem a vontade da autopreservação.
as contenções. Ou "amolações". Relacionamentos mais íntimos têm um poten- •19.25 escarnecedor. Ver a nota em 9.7.
cial para uma maior destruição. o simples aprenderá a prudência. Ver 1.4, nota. Ozombador merece ser cas-
•19.14 Este provérbio não deixa entendido que o Senhor não esteja exercendo, tigado, e a mente capaz de ser ensinada do simples observa as instruções recebi-
em última análise, controle sobre a herança das riquezas. Antes, ele enfatiza que das e aprende e assim é impedido de cair em insensatez semelhante.
o resultado da escolha do indivíduo quanto à sua esposa não é tão fácil de predi- •19.26 Osignificado deste versículo é claro, especialmente quando visto contra
zer ou controlar. Um casamento feliz é, realmente, motivo para se agradecer a o pano de fundo do propósito divino para os relacionamentos familiares (17.6; Êx
Deus. 20 12)
•19.15 Ver 6.10-11; 10.4 e notas. •19.28 de Belial. Ver a nota textual; nota em 6.12.
•19.16 mandamento. Ver a nota em 3.1. •19.29 Ver o v. 25; 10.13; 14.3. Mesmo que o castigo não detenha os tais, é me-
morre. Ver 2.18, nota. recido.
•19.17 OSenhor recompensa aqueles que demonstram ter compaixão pelos po- •20.1 escarnecedor. O vinho zomba da pessoa que cai sob seu encanto ou,
bres. mais provavelmente, torna o indivíduo um escarnecedor (9.7, nota).
•19. 18 Castiga, Ver 3.11, nota. não é sábio. Ou é uma insensatez ficar embriagado ou a pessoa intoxicada não
esperança. Ou seja, razão para se esperar um resultado desejado. pode agir sabiamente.
não te excedas a ponto de matá-lo, Isto é, não contribuas para a sua morte •20.2 Ver 16.14.
prematura por falhar em discipliná-lo e corrigi-lo. •20.3Ver1518; 17.14.
•19.21 Ver 16.1,9 e notas. •20.4 Ver 6.6-11.
•19.22 misericórdia. Ou "lealdade". •20.5 sabe descobri-los. Se as "águas profundas" se referem a alguma verda-
é preferível ao mentiroso. Um amigo leal, embora pobre, é melhor do que um de profundamente escondida no "coração", então, a pessoa sábia é vista como
amigo traiçoeiro. alguém que é capaz de extrair tal sabedoria para a superfície e dar-lhe expressão
•19.23 O temor do SENHOR, Ver 1. 7; 2.5 e notas. "O temor do Senhor", aqui, (18.4, nota).
provavelmente, seja um sinônimo para a sabedoria da qual o Senhor é o sábio Au- •20.6 Muitos professam ter tal benignidade (ver a nota textual), mas poucos a
tor (Tg 3.17' praticam em seu relacionamento com outras pessoas.
753 PROVÉRBIOS 20, 21
7 eo justo anda na sua integridade; 20t A quem amaldiçoa a seu pai ou a sua mãe,
!felizes lhe são os filhos depois dele. "apagar-se-lhe-á a lâmpada nas mais densas trevas.
8 Assentando-se o rei no trono do juízo, 21 vA posse antecipada de uma herança
com os seus olhos dissipa todo mal. xno fim não será abençoada.
9 gOuem pode dizer: Purifiquei o meu coração, 22 2 Não digas: 4 Vingar-me-ei do mal;
limpo estou do meu pecado? ªespera pelo SENHOR, e ele te livrará.
10 hDois pesos e duas medidas, 23 Dois pesos são coisa abominável ao SENHOR,
uns e outras são abomináveis ao SENHOR. e balança enganosa não é boa.
11 Até a criança se dá a iconhecer pelas suas ações, 24 Os passos do homem são dirigidos pelo SENHOR;
se o que faz é puro e reto. como, pois, poderá o homem entender o seu caminho?
1210 ouvido que ouve e o olho que vê, 25 Laço é para o homem o dizer
o SENHOR os fez, tanto um como o outro. precipitadamente: É santo!
13 1Não ames o sono, para que não empobreças; E só refletir depois de fazer o voto.
abre os olhos e te fartarás do teu próprio pão. 26 bO rei sábio joeira os perversos
14 3 Nada vale, nada vale, diz o comprador, e faz passar sobre eles a roda.
mas, indo-se, então, se gaba. 27 co espírito do homem é a lâmpada do SENHOR,
is Há ouro e abundância de pérolas, a qual esquadrinha todo 5 o mais íntimo do corpo.
mas mos lábios instruídos são jóia preciosa. 28 d Amor e fidelidade preservam o rei,
16 nrome-se a roupa àquele que fica fiador por outrem; e com 6 benignidade sustém ele o seu trono.
e, por penhor, àquele que se obriga por estrangeiros. 29 O ornato dos jovens é a sua força,
17 ºSuave é ao homem o pão ganho por fraude, e e a beleza dos velhos, as suas cãs.
mas, depois, a sua boca se encherá de pedrinhas de areia. 30 Os vergões das feridas purificam do mal,
18 POs planos mediante os conselhos têm bom êxito; e os açoites, 7 o mais íntimo do corpo.
qfaze a guerra com prudência. Como 1 ribeiros de águas
19 ro mexeriqueiro revela o segredo;
portanto, não te metas com 5 quem muito abre os lábios.
21 assim é o coração do rei na mão do SENHOR;
este, segundo o seu querer, o inclina.
..,-. ---------------. . ----------. --- . . . - - ..
- - ------
~ 7e2co1.12/Sl3726 9g[1Rs8.46;2Cr6.36];Jó9.30-31;14.4;[Sl51.5;Ec7.20;Rm3.9;1Jo1.8] JOhDt25.13 ti iMt7.16 12/Êx
411. Sl94.9 J31Rm 12.11 J43Litmau, mau IS m[Jó28.12-19; Pv313-15] 16 npy2226 t7°Pv9.17 18PPv24.6 qlc
14.31 19'Pv11.13SRm16.18 201Êx21.17;Lv20.9;Pv30.11;Mt15.4"Jó18.5-6;Pv24.20 21 VPv28.20XHc2.6 22Z[Ot
32.35]; Pv 17.13; 24.29; [Rm 12.17-19]; 1Ts 5.15; [1Pe3.9] ª2Sm 16.12 4Retribwrei o mal 26 bSI 101.8 27 CJCo 2.11 5Lit quartos do
ventre 28 d SI 101.1; Pv 21.21 6misencórdia 29 e Pv 16.31 30 7Lit os quartos do ventre
CAPÍTULO 21 1 1 canais

•20.7 Ver 13.22, nota; 14.11. •20.21 A posse antecipada de uma herança. Ou seja, prematuramente, an-
O justo. Ver 8.18, nota. tes de se obter a sabedoria para se lidar com ela ou através de meios errados.
•20.8 Ver o v. 26. Orei sábio pode discernir entre o trigo e a palha, entre o bem e •20.22 Essa orientação é paralela ao princípio ensinado em Dt 32.35 e Rm 12.19,
ornai. advertindo contra tomar-se a lei nas próprias mãos e solapar a ordem da socieda-
•20.9 Ver 16.2, nota. A resposta a esta pergunta deve ser simplesmente "nin- de. Olivramento não é nacional IDt 32.35-36). mas, individual, possivelmente por
guém" l1Jo 1 8) meio de devidos processos legais, mas tendo em última análise o Senhor como
•20.10 Ver 11.1, nota. sua fonte
•20.11 criança. A palavra hebraica que está no original cobre um grande leque •20.23 Ver o v. 1O, nota.
de idades, desde a infância até ao início da vida adulta. •20.24 Ver 16.1,9 e notas; 19.21. Tais passagens indicam as limitações do co-
•20.12 Dois dos principais meios de se obter conhecimento são dados por Deus nhecimento obtido por meio da observação. Somente os propósitos soberanos
e, portanto, são dignos de confiança. Pode haver aqui uma advertência implícita de Deus são exatos.
contra o uso errado dos mesmos. •20.25 É santo. Ou seja, dedicado a Deus. Um voto precipitado que não pode
•20.13Ver6.6-11; 10.4; 19.15enotas. ser honrado é pior do que não fazer voto nenhum IEc 54-7).
•20.14 Um comentário humorístico sobre os costumes do mercado, onde a bar- •20.26 Ver o v. 8, nota. O rei sábio tem a capacidade de discernir.
ganha é um bem estabelecido ritual social.
•20.27 a lâmpada do SENHOR. Uma metáfora para o olho perscrutador de
•20.15 Ver 3.13-15; 8.10-11; 16.16. As riquezas materiais não são condenadas, Deus, que conhece nossos pensamentos mais íntimos lcf. o v. 24).
mas a sabedoria é mais desejável do que elas.
•20.28 Amor e fidelidade. Essas virtudes podem referir-se à atitude do rei para
•20.16 Tome-se a roupa. A roupa é a garantia tomada para um empréstimo IDt
com os seus súditos, o que estabelece uma sociedade estável e um trono seguro
24.6, nota). Este versículo, provavelmente, seja uma advertência para se ser cuida-
13.3; 14.22 e notas) Entretanto, é provável que a expressão tenha sido usada
doso com dinheiro em negócios com pessoas que se arriscam ou que não são
aqui para falar sobre a aliança de Deus com a dinastia de Davi (2Sm 711-15)
dignas de confiança.
•20.17 pão. Isso é uma metáfora para as riquezas materiais, as quais, quando •20.29 Ver 16.31, nota. Enquanto que a força física diminui com a idade, a sabe-
buscadas desonestamente, não satisfazem. doria deve aumentar.
•20.18 Calcule-se o custo, e nada se deixe ao mero acaso 11.5; 15.22; cf. Lc •20.30 Ocastigo corporal tem utilidade para estimular a consciência, mas leva a
1428-32) sabedoria a saber quando e como aplicá-la.
•20.20 apagar-se-lhe-á a lâmpada. Ver 13.9, nota. A morte virá ou por meio •21.1 o coração do rei ... SENHOR. Possivelmente, uma referência à soberania
da sociedade que executa a lei, ou pela retribuição divina, ou pelas conseqüên- de Deus, até mesmo sobre os reis pagãos, que cumprem a sua vontade mesmo
cias indiretas de tal enorme pecado. quando não querem fazê-lo IP- ex., Ciro, em Is 45.1 ), ou ao rei de Israel, que. à
PROVÉRBIOS 21 754
2 ªTodo caminho do homem é reto 14 O presente que se dá em segredo abate a ira,
aos seus próprios olhos, e a dádiva 6 em sigilo, uma forte indignação.
broas o SENHOR sonda os corações. t5 Praticar a justiça é alegria para o justo,
3 cExercitar justiça e juízo mas espanto, para os que praticam a iniqüidade.
é mais aceitável ao SENHOR do que sacrifício. t6 O homem que se desvia
4 dQlhar altivo e coração orgulhoso, do caminho do entendimento
a 2 lâmpada dos perversos, são pecado. na congregação dos 1mortos repousará.
5 eos planos do diligente tendem à abundância, 17 Quem ama os prazeres empobrecerá,
mas a pressa excessiva, à pobreza. quem ama o vinho e o azeite jamais enriquecerá.
6.fTrabalhar por adquirir tesouro com língua falsa 18 O perverso serve de resgate para o justo;
3 é vaidade e laço mortal. e, para os retos, o pérfido.
7 A violência dos perversos 4 os arrebata, t9 Melhor é morar 7 numa terra deserta
porque recusam praticar a justiça. do que com a mulher rixosa e iracunda.
8 5 Tortuoso é o caminho do homem 20 mresouro desejável e azeite há na casa do sábio,
carregado de culpa, mas o homem insensato os desperdiça.
mas reto, o proceder do honesto. 21 no que segue a justiça e a bondade
9 Melhor é morar no canto do eirado achará a vida, a justiça e a honra.
do que junto com ga mulher rixosa na mesma casa. 22 O ºsábio 8 escala a cidade dos valentes
to h A alma do perverso deseja o mal; e derriba a fortaleza em que ela confia.
nem o seu vizinho recebe dele compaixão. 23 PQ que guarda a boca e a língua
t t Quando o escarnecedor é castigado, guarda a sua alma das angústias.
o simples se torna sábio; 24 Quanto ao soberbo e presumido,
e, quando o isábio é instruído, zombador é seu nome;
recebe o conhecimento. procede com indignação e arrogância.
12 O Justo considera a casa dos perversos 25 oO preguiçoso morre desejando,
e os arrasta para o mal. porque as suas mãos recusam trabalhar.
IJjQ que tapa o ouvido ao clamor do pobre 26 O cobiçoso cobiça todo o dia,
também clamará e não será ouvido. mas o justo rdá e nada retém .

• 2 a Pv 16.2 bpv 24.12; Lc 16.15 3 C1Sm 15.22; Pv 15.8; Is 1.11, 16-17; Os 6.6; [Mq 6.7-8] 4 dpv 6.17 20u lavoura 5 epv 10.4
6 f2Pe 2.3 3 Conforme LXX; V é vão e tolo, e tropeçará nos laços da morte, T serão destruídos, e cairão os que buscam a morte 7 4 Lit os
arrasta para longe 8 5 Ou Ocaminho de um homem é perverso e estranho 9 g Pv 19.13 10 h Tg 4.5 11 iPv 19.25 13 j [Mt 7.2;
18.30-34];Tg2.13;1Jo3.17 t46Lit.nopeito 161Sl49.14 t91Lit.naterradodeserto 2omS\112.3;Pv8.21 21 nPv15.9;Mt
5.6; [Rm 2.7]; 1Co 15.58 22 °2Sm 5.6-9; Pv 24.5; Ec 7.19; 915-16 BSobe os muros da 23PPv12.13; 13.3; 18.21; [Tg 3.2] 25 oPv
13.4 26 r [Pv 22.9; Ef 4 28]
semelhança de Salomão, recebeu um dom especial da sabedoria de Deus (16.1 O, queles que vivem de acordo com ela. Mas aqueles que transgridem essa boa or-
nota). Ver "Deus Reina: a Soberania Divina", em Dn 4.34. dem são destruídos. Os sábios discernem essa ordem divina. providencia\, que,
•21.3 Ver o v. 27. Os temas protéticos tais como este (1Sm15.22; Is 1.11-17) ra- embora maculada pelo pecado. é até certo ponto mantida no mundo. Deus pre-
ramente são encontrados na literatura de sabedoria (15.8. nota). seiva essa ordem, e é nossa tarefa perceber tal ordem para vivermos de acordo
•21.4 Olhar altivo. Ver 6.17. Essa expressão descreve o orgulho e a arrogância, com a mesma. Em seu centro estão a Palavra de Deus e a nossa fiel obediência a
semelhantes a "coração orgulhoso". ela. Essa obediência é o que se entende pelo "temor do Senhor'".
a lâmpada dos perversos. Esta metáfora tem a mesma tradução na Septua- •21.16 Este provérbio contrasta os caminhos da vida e da morte (2.18; 3.18 e
ginta (o Antigo Testamento grego). ver 13.9. nota. notas). Abandonar a sabedoria é abandonar a própria vida, e terminar entre os
•21.5 No v. 25 e em 19.15, a pobreza é resultado da preguiça. Aqui, ela resulta mortos.
de ações precipitadas e sem sabedoria. •21.17 o vinho e o azeite. Estas palavras aqui sugerem extravagância. espe-
•'2.1.6 O hebraico é difícil (ver nota textual). Osignificado deste provérbio, prova- cialmente nos banquetes.
velmente. seja semelhante ao de 20.17, nota. •21.18 Ver 11.8, nota. Um resgate é uma quantia paga para a soltura de alguém.
•21.7 os arrebata. Ou seja, os "prenderá na armadilha". Ver 1.17, 19 e notas; Entretanto. este provérbio não depende desse sentido específico, mas indica. em
12.13. termos gerais, o Juízo Final, quando os justos serão vindicados e os ímpios serão
•21.8 reto. Ver a nota em 14.2. derrotados.
•21.9 canto do eirado. Provavelmente. a referência seja a um pequeno sótão •21. 19 Ver 19.13; 21 9 e notas.
construído sobre o teto plano comum nas casas. •21.21 Aqueles que cultivam relacionamentos corretos e a lealdade encontram
mulher rixosa. Ver o v. 19; 19.13. nota. Essa esposa é o oposto da esposa pru- benefícios duradouros na vida (v. 16. nota).
dente de 19.14. •21.22 Ver 16.32, nota. A força não é igual à sabedoria. Umaligura semelhante é
•21.1 Oo mal. Aquilo que é destrutivo nos relacionamentos humanos. aplicada à batalha espiritual em 2Co 10.4.
•21.12 O Justo. O hebraico pode ser traduzido por "a pessoa justa"", mas faz •21.23Ver13.3; 15.23; 18.13 e notas.
mais sentido traduzi-lo como uma referência a Deus. A retribuição divina é então •21.24 zombador. Ver 9.7, nota; 19.25.
afirmada com base na justiça de Deus. em vez de ser afirmada com base na ob- •21.25 desejando. Esse desejo não o vincula ao mundo real. onde o trabalho
servação humana. traria as suas recompensas (13.4; 19.24 e notas).
•21.14Ver17.8; 18.16 e notas. •21.26 Este provérbio parece ser uma continuação do v. 25. Se não, trata-se de
•21.15 A manutenção da verdadeira ordem (justiça) estabelece o bem-estar da- um contraste entre a ganância e a abnegação.
755 PROVÉRBIOS 21, 22
27so sacrifício dos perversos já é abominação; 7 O !rico domina sobre o pobre,.
quanto mais oferecendo-o com intenção maligna! e o que toma emprestado é servo do que empresta.
28 A testemunha falsa perecerá, 8 O que semeia a injustiça segará g males / ;
mas a auricular falará sem ser contestada. e a vara da sua indignação falhará.
29 O homem perverso mostra dureza no rosto, 9 hQ generoso será ;abençoado,
mas o reto 9 considera o seu caminho. porque dá do seu pão ao pobre.
30 rNão há sabedoria, nem inteligência, 10 iLança fora o escarnecedor,
nem mesmo conselho contra o SENHOR. e com ele se irá a contenda;
31 O cavalo prepara-se para o dia da batalha, cessarão as demandas e a ignomínia.
mas ua vitória vem do SENHOR. 11 10 que ama a pureza do coração
Mais vale ªo bom nome do que as muitas riquezas; e é grácil no falar
22 e o ser estimado é melhor
do que a prata e o ouro.
terá por amigo o rei.
12 Os olhos do SENHOR conservam
2 O brico e o pobre se encontram; aquele que tem conhecimento,
ca um e a outro faz o SENHOR. mas as palavras do iníquo ele transtornará.
3 O prudente vê o mal e esconde-se; 13 mrnz o preguiçoso: Um leão está lá fora;
mas os simples passam adiante e dsofrem a pena. serei morto no meio das ruas.
4 O galardão da humildade e o temor do SENHOR 14 ncova profunda é a boca da mulher estranha;
são riquezas, e honra, e vida. ºaquele contra quem o SENHOR se irar
5 Espinhos e laços há no caminho do perverso; cairá nela.
o que guarda a sua alma retira-se para longe deles. 15 A estultícia está ligada ao coração da criança,
6 eEnsina a criança no caminho mas Pa vara da disciplina a afastará dela.
em que deve andar, 16 O que oprime ao pobre para enriquecer a si
e, ainda quando for velho, ou o que dá ao rico
não se desviará dele. certamente empobrecerá.

A ;;-spy 15.8; Is 6;3; Jr6.20; A~ 5.22


[1Co 1557]
29 9Q e LXXcompreende 30 tis 8.9-1 O; [Jr9.23-24]; At 5.39; 1Co 3.19-20 31 us13.8; Jr3.23;

CAPÍTUL022 1 ª[Pv107];Ec7.1 2 bPv29.13 CJó3115;[Pv14.31] 3 dPv2712;1s2620 6 eEf6.4;2Tm315 7/Pv18.23;Tg


2.6 8gJó4.8 ltranstornos 9h2Co96i[Pv19.17] 10iSl101.5 111s1101.6 nmPv26.13 14ílPv2.16;5.3;7.5ºEc7.26
15PPv13.24; 2313-14
•21.27 Ver o v. 3; 15.8 e notas. iniciar a vida de uma criança em um caminho específico. Esse caminho é o
•21.28 Ver 14.25; 19 5.9 e notas. caminho da sabedoria 11.22, nota). A verdadeira sabedoria mantém-se por ter a
•21.29 mostra dureza no rosto. O homem perverso apela para o blefe arro- humildade para continuar a aprender no caminho. Ver '"A Família Cristã", em Ef
gante em seus comportamentos com outras pessoas. 5.22.
considera o seu caminho. Indica que a pessoa reta importa-se em viver segun- •22.7 Uma simples observação da realidade presente: neste mundo, as riquezas
do a verdade e suas conseqüências. materiais representam poder 110.15, nota).
•21.30 Os limites da compreensão humana devem ser reconhecidos à luz da sa- •22.8 A insensatez transgride a ordem divina, provocando as punições da triste-
bedoria e da soberania de Deus. O temor do Senhor 11.7. nota) coloca-nos em za e da dissolução !Os 8.7; GI 6.7-9).
contato com a sabedoria revelada de Deus. Mas D.eus é sábio além daquilo que •22.9 O generoso. Aquele que se inclina favoravelmente para com os necessi-
ele nos revela, e essa sabedoria não revelada não pode ser compreendida por tados. Nosso próprio bem-estar está ligado ao bem-estar de outras pessoas. de
nós. tal modo que aquilo que fazemos para o benefício delas também nos beneficia
•21.31 Este versículo aceita como certo que as pessoas farão preparativos apro- (1917)
priados para atingir os seus alvos. ao mesmo tempo em que reconhecerão que o •22.10 o escarnecedor. Ver 9.7, nota. A harmonia social não pode existir se há
resultado depende de Deus. alguém que procura acirrar os desentendimentos.
•22.1 o bom nome. Uma boa reputação é uma das conseqüências sociais da •22.11 o rei. Ver 8.15-16; 14.35; 16.12-13; 20.26 e notas.
sabedoria. •22.12 Os olhos do SENHOR. Ver 15.3; 20.8,27 e notas. OSenhor é o guardião
do que as muitas riquezas. As riquezas não são desencora1adas, mas postas da verdade.
em uma correta perspectiva 116.16, nota). •22.13 o preguiçoso. Ver 6.6, nota. Com humor e ironia, o provérbio zomba das
•22.2 se encontram. Apesar das desigualdades desta vida, tanto os ricos como desculpas do preguiçoso a fim de evitar o trabalho.
os pobres estão sob Deus como seu Criador e Juiz. •22.14 Ver 5.3-5; 6.24; 7.5, 14-21. Aqui. a queda do insensato é atribuída à ira de
•22.3 O prudente ... os simples. Ver 1.4, nota. Deus.
•22.4 da humildade e o temor do SENHOR. Ver 1.7; 15.33 e notas. •22.15 A estultícia está ligada ao coração da criança. A propensão inata
riquezas, e honra, e vida. Uma vida governada pela sabedoria tende à prosperi- da natureza humana decaída pende para a insensatez.
dade. Os sábios de Israel salientavam que um correto relacionamento com o Se- a vara da disciplina. A vara pode aplicar-se a uma larga gama de medidas disci-
nhor é a sabedoria final que valoriza a vida 13.2. 18; 8.18 e notas) plinares, incluindo o castigo corporal 113.24; 29.15). A disciplina é uma tarefa
•22.5 Espinhos e laços. Estas são metáforas para os infortúnios da vida que se educacional da sabedoria, sendo algo necessário até que a criança aprenda a au-
derivam de um transtorno da verdadeira ordem doadora da vida lcf. 15.19). todisciplinar-se.
o que guarda a sua alma. Isto é. estabelecendo a sua vida sobre a sabedoria de •22.16 O hebraico aqui é de difícil tradução. Conforme o texto é aqui traduzido,
Deus. tanto a opressão contra os pobres quanto o comprar favores dos ricos levam o in-
•22.6 Ensina a criança. A expressão hebraica inclui a idéia de inauguração ou divíduo à pobreza.
PROVÉRBIOS 22, 23 756
Preceitos e admoestações dos sábios 29Vês a um homem 6 perito na sua obra?
17Jnclina o ouvido, e ouve as palavras dos sábios, Perante reis será posto; não entre 7 a plebe.
e aplica o coração ao meu conhecimento. Quando te assentares a comer
18 Porque é coisa agradável os guardares no teu coração
e os aplicares todos aos teus lábios.
23 com um governador,
atenta bem para aquele que está diante de ti;
19 Para que a tua confiança esteja no SENHOR, 2 mete uma faca à tua garganta,
quero dar-te hoje a instrução, a ti mesmo. se és homem glutão.
20 Porventura, não te escrevi excelentes coisas 3 Não cobices os seus delicados manjares,
acerca de conselhos e conhecimentos, porque são comidas enganadoras.
21 qpara mostrar·te a certeza 4 ªNão te fatigues para seres rico;
das palavras da verdade, bnão apliques nisso a tua inteligência.
'a fim de que possas responder s Porventura, / fitarás os olhos naquilo que não é nada?
claramente 2 aos que te enviarem? Pois, certamente, a riqueza fará para si asas,
22 Não roubes ao 5 pobre, porque é pobre, como a águia que voa pelos céus.
nem oprimas em juízo ao aflito, 6 Não comas o pão 2 do qnvejoso,
23 1porque o SENHOR defenderá a causa deles nem cobices os seus delicados manjares.
e tirará a vida aos que os despojam. 7 Porque, como imagina em sua alma, assim ele é;
24 Não te associes com o iracundo, dele te diz: Come e bebe;
nem andes com o uhomem colérico, mas o seu coração não está contigo.
25 para que não aprendas as suas veredas 8 Vomitarás o bocado que comeste
e, assim, enlaces a tua alma. e perderás as tuas suaves palavras.
26 vNão estejas entre os que se 3 comprometem 9 eNão fales aos ouvidos do insensato,
e ficam 4 por fiadores de dívidas, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras.
27 pois, se não tens com que pagar, to Não removas 3 os marcos antigos,
por que arriscas perder a cama de debaixo de ti? nem entres nos campos dos órfãos,
28xNão removas Sos marcos antigos tt !porque o seu Vingador é forte
que puseram teus pais . e lhes pleiteará a causa contra ti.

• 21 QLc ~3~4 r~-2~~-;~~ ;~:-q~;i~~~o:~-~~:7a~o ou;o~;:;fore~;~viadosati-


24.12; SI 12.5; 140.12
3.15
batem mãos 4em garantia
24 u Pv 29.22 26 VPv 11.15 3Lit
~2-~J~;;
XDt 28
16-21; Zc7.10 2311~~
19.14; 27.17; Já 24.2; Pv 23.1 OSas divi-
-

sas , 29 6 rápido em seus negócios 7 os humildes


CAPITULO 23 4 ª [Pv 28.20; Mt 6.19; 1Tm 6.9-1 O; Hb 13.5] bRm 12.16 S 1 Lit. causarás os teus olhos voar sobre isso e 1ssonão é? 6 cDt
15.9; Pv 28.22 2 Lit. de um que tem o olho mau 7 dpv 12.2 9 e Pv 9.8; Mt 7.6 10 3 as divisas 11!Pv22.23
•22.17-24.22 Esta seção é uma coletânea de ditos de sabedoria principal- •22.28 Ver 15.25 e notas. Em 23.10-11, é dado o mandamento contra o contex-
mente sob a forma de instruções !Introdução Características e Temas) Há evi- to no qual é dada a determinação divina de defender os oprimidos.
dências de que a primeira parte (22.17-23.11) aproveitou-se da sabedoria •22.29 um homem perito. No hebraico, "que é rápido". Essa velocidade no tra-
egípcia de Amenemope (cf. 4.1-27, nota). Se for este o caso, esses discernimen- balho vem de habilidades bem aprendidas e não por tomar atalhos.
tos foram conscientemente apropriados como admoestações que ajudam a pes-
Perante reis será posto. Estas palavras são uma exortação indireta na direção
soa a satisfazer as obrigações da aliança de ter "confiança .. no SENHOR" (2219).
da excelência, que, como no caso das escolas egípcias dos sábios, era o caminho
O autor de Provérbios. tal como os historiadores da Bíblia, não foi impedido, em
da promoção para um serviço mais elevado (22.17-24.22, nota).
princípio, de usar os materiais existentes no processo da escrita daquilo que Deus
inspirou. •23.1-3 Os versículos contêm uma advertência, possivelmente dirigida a um di-
plomata, contra o abuso nos prazeres da mesa em companhia de algum gover-
•22.17-21 Esta seção introdutória exorta o ouvinte a prestar atenção e ouvir e
nante.
também indica alguns dos benefícios desse aprendizado.
•23.1 para aquele que está diante de ti. O sentido da frase é: "Não permitas
•22.17 aplica o coração. Pensar com cuidado (2.2, nota)
que o banquete te excite com a gula"; ou: "Mantém-te atento quanto ao grande
•22.18 aos teus lábios. As declarações interiorizadas estão prontas para se- governante e não quanto à comida."
rem usadas.
•23.3 comidas enganadoras. A glutonaria pode solapar os relacionamentos
•22.19 Este dito exprime o ponto de vista bíblico da sabedoria (3.5, nota) humanos e todas as suas vantagens.
•22.20 excelentes coisas. Ou "trinta ditos". Esta última tradução é preferível, •23.4-5 Não vale a pena arruinar a própria saúde em troca de riquezas que têm o
visto que a seção de 22.17-24.22 se divide em aproximadamente trinta partes, hábito de desaparecer como uma ilusão.
que é formalmente semelhante à disposição de trinta capítulos de Amenemope •23.6 invejoso. O sentido é incerto, mas o contexto sugere uma pessoa cuja
(22.17-24.22, nota). hospitalidade não é sincera, talvez por motivos ocultos.
•22.22-23 Uma breve instrução que lança luz sobre a ameaça da retribuição divi- •23.8 Vomitarás. Uma metáfora que indica o relacionamento estragado e o
na. O Senhor é retratado aqui como o advogado legítimo dos pobres (SI 9.18, sentimento de desgosto diante da falta de sinceridade do hospedeiro.
nota).
•23.9 Esta breve instrução repete o significado de provérbios como o de 9. 7, que
•22.24-25 O perigo das amizades destituídas de sabedoria é desmascarado em indicam que o insensato não pode ser ensinado (cf. Mt 7.6).
1.10-19; 12.26.
•23.10-11 Ver 22.28, nota.
•22.24 o iracundo. Esta pessoa perde facilmente o autocontrole (14.17; 15.18 •23.11 o seu Vingador. Na antiga sociedade de Israel, o vingador (hebr. goen
e notas).
ajudava outro membro da família que sofria de grande necessidade (Rt 2.20,
•22.26-27 Ver 6.1-5 e notas. nota). Otermo é aplicado com freqüência a Deus, em seu ato salvífico em favor
757 PROVÉRBIOS 23, 24
12 Aplica o coração ao ensino 26 Dá-me, filho meu, o teu coração,
e os ouvidos às palavras do conhecimento. e os teus olhos se agradem dos meus caminhos.
13 gNão retires da criança a disciplina, 27 PPois cova profunda é a prostituta,
pois, se a fustigares com a vara, não morrerá. poço estreito, a alheia.
14 Tu a fustigarás com a vara Z8 qEla, como salteador, se põe a espreitar
e livrarás a sua alma do 4 inferno. e multiplica entre os homens os infiéis.
15 Filho meu, se o teu coração for sábio, 29 rpara quem são os ais? Para quem, os pesares?
alegrar-se-á também o meu; Para quem, as rixas? Para quem, as queixas?
16 5 exultará o meu íntimo, Para quem, as feridas sem causa?
quando os teus lábios falarem coisas retas. E para quem, 5 os olhos vermelhos?
17 hNão tenha o teu coração inveja dos pecadores; 30 1Para os que se demoram em beber vinho,
antes, ino temor do SENHOR perseverarás todo dia. para os que andam buscando "bebida misturada.
18iPorque deveras haverá 6 bom futuro; 31 Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho,
não será frustrada a tua esperança. quando resplandece no copo
19 Ouve, filho meu, e sê sábio; e se 7 escoa suavemente.
guia retamente no caminho o teu coração. 32 Pois ao cabo morderá como a cobra
20 1Não estejas entre os bebedores de vinho e picará como o basilisco.
nem entre os comilões de carne. 33 Os teus olhos verão coisas esquisitas,
21 Porque o beberrão e o comilão e o teu coração falará perversidades.
caem em pobreza; 34 Serás como o que se deita 8 no meio do mar
e a sonolência vestirá de trapos o homem. e como o que se deita no alto do mastro
22 m Ouve a teu pai, que te gerou, 35 e dirás: vEspancaram·me, e não me doeu;
e não desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer. bateram-me, e não o senti;
23 n Compra a verdade e não a vendas; quando xdespertarei?
compra a sabedoria, a instrução e o entendimento. Então, tornarei a beber.
24 ºGrandemente se regozijará o pai do justo, Não tenhas ªinveja dos homens malignos,
e quem gerar a um sábio nele se alegrará.
25 Alegrem-se teu pai e tua mãe,
24 nem queiras estar com eles,
2 porque o seu coração maquina violência,


e regozije-se a que te deu à luz. e os seus lábios falam para o mal .

13 gpy 13.24 14 4Hebr. Sheol 16 5Lit. exultarão os meus rins 17 h SI 37.1; Pv 24.1,19 iPv 28.14 18 i[SI 37.37] ô Lit. último fim
20 ipy 20.1; 23.29-30; Is 5.22; Mt 24.49; [Lc 21.34]; Rm 13.13; [Ef 5.18] 22 m Pv 1.8; Ef 6.1 23 n Pv 4.7; 18.15; [Mt 13.44] 24 o Pv
10.1 27 PPv 22.14 28 qpy 7.12; Ec 7 26 29 ris 5.11,22 SGn 49.12 30 11Sm 25.36; Pv 20.1; 21.17; Is 5.11, 28.7; [Ef 5.18] us175.8
31 7 gira 34 BLit. no coração 3SVPv 27.22; Jr 5.3XEf 4.19
CAPÍTULO 24 1ªSI1.1; 37.1; Pv 23.17
de seu povo (p. ex., Jó 19.25; SI 19.14; Is 41.14; 43.14; 44.24), conforme é apli- •23.27 cova profunda. A figura é de uma cova para servir de armadilha para
cado aqui. animais selvagens.
•23.13-14 Ver 13.24; 19.18; 22.6,15 e notas. poço estreito. Impossível de escapar dele (Jr 38.6).
•23. 13 não morrerá. O sentido é ou que tal castigo corporal não haverá de pre· a alheia. Lit. "uma mulher estrangeira", expressão usada para indicar pessoas
judicar indevidamente a criança ou então que a disciplina evitará que a criança imorais ou adúlteras (2.16, nota).
morra (o significado do v. 14). •23.28 infiéis. Lit. "traiçoeiros", indicando aqui a infidelidade conjugal.
•23.29-35 Os perigos do alcoolismo são apresentados sob a forma de um enig·
•23.14 inferno. Ver 9.18, nota.
ma. Os efeitos são vistos objetivamente (v 29) e subjetivamente (vs 33-35) Os
•23.17-18 Esta instrução reflete o relacionamento da aliança de Israel e as pro- valores da sabedoria bíblica são os contrários: domínio próprio, percepção clara
messas de Deus (1.7, nota). Ultrapassa as preocupações práticas e imediatas da da realidade e relacionamentos positivos.
sabedoria para com a revelação que sustenta o justo sofredor. Ver as notas em •23.30 bebida misturada. Ver 9.2, nota.
1.19; 11.8. •23.31 olhes para o vinho, quando se mostra vermelho. As ocasiões em
•23.17 temor do SENHOR. Ver 1.7, nota. que o vinho parece especialmente desejável requerem deliberada cautela em seu
•23. 18 bom futuro ... a tua esperança. A palavra "futuro" (literal) pode ser uso.
uma referência a uma esperança da vida e de vindicação após a morte. Mais pro- •23.32 morderá como a cobra. A ressaca, que é a conseqüência natural da
vavelmente, entretanto, refira a uma vida longa e plena. embriaguez, é como uma picada de serpente.
•23.33 coisas esquisitas ... perversidades. Estas palavras sugerem alucina-
•23.19-21 Más companhias, alcoolismo e glutonaria são exemplos de uma vida
ções e pensamentos confusos.
insensata, que facilmente pode tomar conta de uma pessoa.
•23.34 no meio do mar... no alto do mastro. Duas metáforas náuticas que ex-
•23.22-25 Instruções dadas a crianças quanto a corretos relacioriamentos fami- primem a sensação de tonteira que a embriaguez produz.
liares. Esses princípios são derivados do quinto mandamento (Ex 20 12) e são •23.35 e não me doeu. Amortecido pela bebida, o beberrão nem percebe os fe-
testificados pelas observações discemidoras dos sábios quanto a relacionamen- rimentos que recebe.
tos humanos harmônicos e alegres. tornarei a beber. O alcoólatra anela por mais apesar da angústia que sente.
•23.26-28 Uma advertência contra mulheres imorais (2.16-19; 5.1-20). •24.1-2 Ver o v. 19.
•23.26 Dá-me ... o teu coração. Ou seja, presta atenção (2.2, nota). Os mes- •24.2 o seu coração maquina violência. Existem pessoas deliberadamente
tres da sabedoria requerem uma atenção fixa e a confiança em seus ensinos. más que usam todo o seu intelecto e determinação para prejudicar os outros.
PROVÉRBIOS 24 758
3 Com a sabedoria edifica-se a casa, 15 Não te ponhas de emboscada,
e com a inteligência ela se firma; ó perverso, contra a habitação do justo,
4 pelo conhecimento se encherão as câmaras nem assoles o lugar do seu repouso,
de toda sorte de bens, preciosos e deleitáveis, 16 mporque sete vezes cairá o justo e se levantará;
s bMais poder tem o sábio do que o forte, "mas os perversos são derribados pela cal.o.m\ó.o.ó.e.
e o homem de conhecimento, mais do que o robusto. 17 ºQuando cair o teu inimigo, não te alegres,
6 e com medidas de prudência farás a guerra; e não se regozije o teu coração quando ele tropeçar;
na multidão de conselheiros está a vitória. 18 para que o SENHOR não veja isso,
7 d A sabedoria é alta demais para o insensato; 2e lhe desagrade, e desvie dele a sua ira.
no juízo, a sua boca não terá palavra. 19 PNão te aflijas por causa dos malfeitores,
8 Ao que e cuida em fazer o mal, nem tenhas inveja dos perversos,
mestre de intrigas lhe chamarão. 20 porque o maligno não terá bom futuro,
9 Os desígnios do insensato são pecado, e a lâmpada dos perversos se apagará.
e o escarnecedor é abominável aos homens. 21 oTeme ao SENHOR, filho meu, e ao rei
10 Se te !mostras fraco no dia da angústia, e não te associes com os revoltosos.
a tua força é pequena. 22 Porque de repente levantará a sua perdição,
11 gLivra os que estão sendo levados para a morte e a ruína que virá daqueles dois, quem a conhecerá?
e salva os que cambaleiam indo para serem mortos.
12 Se disseres: Não o soubemos, Mais alguns provérbios dos sábios
não o perceberá haquele que pesa os corações? 23 São também estes provérbios dos sábios.
Não o saberá aquele que atenta para a tua alma? rparcialidade 3 no julgar não é bom.
E não pagará ele ao homem ;segundo as suas obras? 24 so que disser ao perverso: Tu és justo;
13 Filho meu, isaboreia o mel, porque é saudável, pelo povo será maldito e detestado pelas nações.
e o favo, porque é doce ao teu paladar, 2s Mas os que o repreenderem se acharão 1bem,
14 1Então, sabe que assim é a sabedoria para a tua alma; e sobre eles virão grandes bênçãos.


se a achares, haverá 1 bom futuro, 26 Como beijo nos lábios,
e não será frustrada a tua esperança. é a resposta com palavras retas .
~~~~
5 bpy 21.22; Ec 9.16 6 Clc 14.31 7 d SI 10 5; Pv 14.6 8 epv 614; 14.22; Rm 1.30 10/Dt 20.8; Jó 45; Jr 51.46; Hb 12.3 11 gSI
82.4; Is 58.6-7; 1Jo 3.16 12h1Sm16.7; Pv 21.2 i Jó 34 11; SI 62 12; Ap 2 23; 22.12 13 jSI 19.1 O; 119.103; Pv 25.16; Ct 5.1 14 ISI
°
19.10; 58.11; Pv 23.18 1 Lit. último fim 16 mJó 5.19; [SI 34.19; 37.24; Mq 7.8] n Et 7.10; Am 5.2 17 Jó 31.29; SI 35.15, 19; [Pv 17.5];
Ob12 182Lit.esejama/aosteuso/hos 19PSl37.1 21q[Rm13.7;1Pe2.17] 23rLv19.15;Dt1.17;16.19;[Jo7.24]3Lit.
Reconhecer faces 24 spv 17.15; Is 5.23 25 tpv 28.23
•24.3-4 sabedoria ... inteligência ... conhecimento, Estas três palavras são Deus é ressaltada. Aqui, é considerado o eterno mais do que as conseqüências
usadas como sinônimos da percepção e dos cuidados com os corretos relaciona- meramente sociais na falha em ajudar os outros.
mentos. A ver9adeira sabedoria aplica-se ao profissional hábil nas construções •24.13 saboreia o mel. Esta referência ao mel não é meramente uma metáfo-
!tal como em Ex 36.1), aos relacionamentos humanos e à obtenção legítima da ra. Boa comida, uma parte da vida próspera, é um interesse de sabedoria (25.16;
prosperidade material. Ec 9.7-8; Ct 51)
•24.3 edifica-se a casa. "Casa" refere-se, literalmente, a uma casa na qual se •24.14 sabe que assim é a sabedoria. A sabedoria sustenta nossa vida inte-
vive ou é uma metáfora para indicar a família ou mesmo uma dinastia l2Sm rior como o mel sustenta o corpo.
7.11-12) bom futuro. Isto é, esperança para o futuro (ver nota textual; também 23.18, nota).
•24.4 bens. Ou as riquezas materiais ip. ex, as riquezas de Salomão) ou, meta- •24.15-16 A idéia é que Deus não permite ao injusto prosperar permanentemen-
foricamente, a beleza de bons relacionamentos familiares. te. Por outro lado, o justo pode sofrer muitas adversidades; contudo, Deus, por
•24.5-6 Ver 11.14; 21.22 e notas. fim, o vindica.
•24. 7 alta demais. Éinalcançável para os insensatos, por não se deixarem ensi- •24.17 não te alegres. Por si mesmo, este versículo faria perfeito sentido ao su-
nar. bentender que a compaixão não deve ser negada inteiramente a qualquer outro
ser humano. Apesar de o motivo citado no v. 18 parecer inicialmente vindicalivo,
no juízo. Ou seja, no j)Ortão da cidade, o lugar tradicional para conselho e julga-
parece ensinar que, quando não demonstramos bondade para com nosso inimi-
mento.
go, merecemos a ira de Deus mais do que o nosso inimigo.
•24.B mestre de intrigas lha chamarão. Em uma sociedade bem ordenada, •24.19 aflijas. Lit. "ficar quente", ou seja, ficar agitado ou aborrecido.
os valores sociais atuam beneficamente para suprimir o mal. Aqui, aquele que
nem tenhas inveja. Ver o v. 1.
planeja intrigas sai envergonhado.
•24.20 não terá bom futuro. Ou seja, "esperança futura" (v. 14; 23.18 e nota).
•24.9 Os desígnios do insensato são pecado. Ver o v. 2, nota. A insensatez •24.21 Teme ao SENHOR. Ver 1.7, nota.
não é falta de intelecto, mas a rebelião ativa contra a verdade e a ordem que deri- e ao rei. Na sociedade israelita, baseada na aliança, o rei tornou-se modelo de
va dele.
sabedoria e o agente do governo de Deus (cf Dt 17.14-20 e notas).
é abominável aos homens. Ver o v. 8, nota. •24.22 a ruína que virá daqueles dois. Isto é, a justa retribuição vinda de
•24.1 OA força moral do indivíduo é vista somente quando ele é verdadeiramente Deus e do rei.
testado. •24.23-25 A justiça é essencial. Uma sociedade bem ordenada é aquela na qual
•24.11-12 Émelhor tratar destes dois versos juntos. Ninguém pode usar ades- a justiça é feita e é vista ser feita. Isso complementa as normas dadas nos vs.
culpa de ignorância para evitar a responsabilidade de ajudar o outro que está em 21-22.
necessidade. •24.26 beijo nos lábios. Esta comparação com a mais íntima expressão de
•24.12 aquela que pesa os corações. A prestação de contas de alguém a amizade ressalta o valor de uma resposta justa e certa lcf. 27.6).
759 PROVÉRBIOS 24, 25
27 "Cuida dos teus negócios lá fora, 3 Como a altura dos céus e a profundeza da terra,
apronta a lavoura no campo assim o coração dos reis é insondável.
e, depois, edifica a tua casa. 4 cTira da prata a escória,
28 vNão sejas testemunha sem causa e sairá vaso para o ourives;
contra o teu próximo, s tira o perverso da presença do rei,
nem o enganes com os teus lábios. e o seu trono se firmará na djustiça.
29 xNão digas: Como ele me fez a mim, 6 Não te glories na presença do rei,
assim lhe farei a ele; nem te ponhas no meio dos grandes;
pagarei a cada um segundo a sua obra. 7 eporque melhor é que te digam: Sobe para aqui!,
30 Passei pelo campo do preguiçoso do que seres humilhado diante do príncipe.
e junto à vinha do homem falto de entendimento; A respeito do que os teus olhos viram,
31 eis que ztudo estava cheio de espinhos, Binão te apresses a 1 litigar,
a sua superfície, coberta de urtigas, pois, ao fim, que farás,
e o seu muro de pedra, em ruínas. quando o teu próximo te puser em apuros?
32 Tendo-o visto, considerei; 9 gPleiteia a tua causa
vi e recebi a instrução. diretamente com o teu próximo
33 ªUm pouco para dormir, e não descubras o segredo de outrem;
um pouco para tosquenejar, 10 para que não te vitupere aquele que te ouvir,
um pouco para encruzar os braços em repouso, e 2 não se te apegue a tua infâmia.
34 bassim sobrevirá a tua pobreza como 4 um ladrão, 11 Como maçãs de ouro em salvas de prata,
e a tua necessidade, como 5 um homem armado. assim é a palavra hdita a seu tempo.
12 Como pendentes e jóias de ouro puro,
Símiles e lições morais assim é o sábio repreensor para o ouvido atento.
ªSão também estes provérbios de Salomão, os quais 13 'Como o frescor de neve no tempo da ceifa,
25A glória
transcreveram os homens de Ezequias, rei de Judá.
2b de Deus é encobrir as coisas,
assim é o mensageiro fiel
para com os que o enviam,
mas a glória dos reis é esquadrinhá-las . porque refrigera a alma dos seus senhores.

• . 27 u 1Rs 5 17; Pv 272·;:~;- 28 v Lv 6.2-3; 19~1~Ef 425 -29 ~ [~-;~ ~~~-4~. ~~


22; 12 17-19] "-31 7 G~~ ~~;~
34 b Pv 6.9-11 4 Lit. um que vagueia 5 Lit um homem com um escudo
CAPÍTUL025 1 ª1Rs4.32 2bDt29.29;Rm11.33 4c2Tm2.21 SdPv1612;20.8 7elc14.7-11 8/Pv17.14;Mt5.251Lit
contender ou mover uma ação 9 g(Mt 18.15] 10 2a má fama a teu respeito não vá embora 11 h Pv 15.23; Is 50.4 13 iPv 13.17
•24.27 edifica a tua casa. Ou a estrutura física ou a família lv 3, nota) Ambas •25.4-5 Não importa quão hábil seja o artífice, ele precisa ter um bom material
as coisas requerem uma firme base econômica, como aquela que é provida pelos com o qual trabalhar. Por semelhante modo. o rei precisa de uma sociedade ex-
produtos da colheita. antes que possam ser construídas. purgada de maus elementos, se ele tiver de estabelecer um governo justo. A boa
•24.28-29 Se, conforme parece provável, estes dois versículos formam um par. ordem na sociedade não pode simplesmente ser ordenada do trono
há mais em jogo do que a necessidade de se evitar dar falso testemunho •25.6-7 A sabedoria da corte real observa um protocolo não declarado. Ela re-
[6 16. 19). A vingança nasce da ira e do calor da paixão. A perda do controle des- preende a vaidade pessoal e o interesse próprio que se exacerbam e levam à hu-
crita no v. 29 é o contrário do domínio próprio exigido pela sabedoria bíblica milhação Émelhor começarmos humildes e então sermos exaltados. Jesus
•24.30-34 Ver 6.6-11 e notas. adaptou essa instrução para falar de nosso lugar no Reino de Deus [Lc 14. 7-11 J.
•25.1 provérbios de Salomão. Ver a Introdução: Autor; nota em 1. 1. •25.8 litigar. (Ver nota textual) Esse princípio pode aplicar-se mais amplamente
transcreveram. Odesenvolvimento de uma classe de escribas em Israel foi di- à necessidade de prudência no falar, que reflete no caráter de outras pessoas.
tado pelas necessidades religiosas e administrativas da nação. A palavra hebraica
•25.9 não descubras o segredo de outrem. Não envolvas outros em uma
aqui usada indica transmissão e pode significar submeter a tradição oral à forma
disputa
escrita ou transcrever algo que já estava escrito.
Ezequias. Ele foi rei de Judá no tempo da destruição do reino do Norte de Israel. •25.1 Oe não se te apegue a tua infâmia. A traição da confiança levará a uma
Ezequias executou reformas rigorosas quanto às práticas religiosas corruptas de reputação de deslealdade.
Judá. Esta introdução de uma nova seção de Provérbios mostra que Ezequias não •25.11 Lit. "Maçãs de ouro em salvas de prata, uma palavra aptamente dita".
somente promoveu um retorno à lei de Moisés, mas também encorajou o movi- Esse tipo de comparação proverbial simplesmente coloca duas ou mais coisas
mento de sabedoria através da atividade literária. lado a lado (cf. v. 18). deixando que o leitor solucione a natureza da comparação.
•25.2 Desde a criação já se pode ver que a sabedoria de Deus ultrapassa todo o A importância das palavras bem escolhidas, tema de sabedoria comum, é ilumi-
conhecimento humano [SI 92.5; 147.5; Is 40 12-17; Rm 1 20) Orei. na qualidade nada por sua comparação com objetos de arte que são obras-primas.
de servo de Deus, fazia inquirições investigando quanto às questões que diziam
respeito ao seu governo, e ele deve ser admirado por seu sucesso ao descobrir o •25.12 Uma comparação semelhante de idéias acha-se no v. 11. Duas peças de
que ele precisa saber 116. 12-15; 20.8.26; 25.3.5 e notas) joalheria são postas juntas como paralelo a uma boa relação entre a reprimenda
do mestre sábio e um aluno receptivo. A comparação implícita diz ou que uma re-
•25.3 insondável. Omesmo verbo usado no v. 2 foi usado aqui na forma negati- primenda é tão valiosa como finas jóias de ouro ou que uma repreensão sábia e
va. O conhecimento que o rei havia adquirido através de esforços e das decisões um ouvido receptivo andam juntos, como jóias que se complementam.
reais baseadas nesses esforços são reflexões do governo de Deus alicerçado na
sua sabedoria. Entende-se que o rei governava mediante a nomeação de Deus •25.13 Como o frescor de neve. O quadro não vê uma nevasca sem razão,
lcf Rm 134) que seria desastrosa para a colheita. e. sim. um refrigério (cf. o v. 25).
PROVÉRBIOS 25, 26 760
14 Como inuvens e ventos que não trazem chuva, 25 Como água fria para o sedento,
assim é 1o homem que se gaba de dádivas que não fez. tais são 1as boas-novas vindas de um país remoto.
15 m A longanimidade persuade o príncipe, 26 Como fonte que foi turvada e manancial 3 corrupto,
e a língua branda esmaga ossos. assim é o justo que cede ao perverso.
16 Achaste mel? Come apenas o que te basta, 27 Comer muito mel não é bom;
para que não te fartes dele e venhas a vomitá-lo. assim, uprocurar a própria honra não é honra.
17Não sejas freqüente na casa do teu próximo, 28 Como cidade derribada, que não tem muros,
para que não se enfade de ti e te aborreça. assim é vo homem que não tem domínio próprio.
18 Maça, espada e flecha aguda é o homem Como a neve no verão ªe como a chuva na ceifa,
nque levanta falso testemunho
contra o seu próximo.
26 assim, a honra não convém ao insensato.
2 Como o pássaro que foge, como a andorinha no seu vôo,
19 Como dente quebrado e pé sem firmeza, assim, ba maldição sem causa não se cumpre.
assim é a confiança no desleal, no tempo da angústia. 3 co açoite é para o cavalo, o freio, para o jumento,
20 Como quem se despe num dia de frio e a vara, para as costas dos insensatos.
e como vinagre sobre feridas, 4 Não respondas ao insensato segundo a sua estultícia,
assim é o que ºentoa canções junto ao coração aflito. para que não te faças semelhante a ele.
21 PSe o que te aborrece tiver fome, 5 dAo insensato responde segundo a sua estultícia,
dá-lhe pão para comer; para que não seja ele sábio aos seus próprios olhos.
se tiver sede, dá-lhe água para beber, ó Os pés corta e o dano sofre
22 porque assim amontoarás brasas vivas quem manda mensagens por intermédio do insensato.
sobre a sua cabeça, 7 As pernas do coxo pendem bambas;
qe o SENHOR te retribuirá. assim é o provérbio na boca dos insensatos.
23 O vento norte traz chuva, 8 Como o que atira pedra preciosa num montão de ruínas,
e 'a língua fingida, o rosto irado. assim é o que dá honra ao insensato.
24 s Melhor é morar no canto do eirado 9 Como galho de espinhos na mão do bêbado,
do que junto com a mulher rixosa na mesma casa . assim é o provérbio na boca dos insensatos.
.,,&~--- - - - - --------
~ t4jJd121Pv20.6 tsmPv15.1 t8nSl57.4;Pv12.18 20ºDn6.18 21PÊx23.4-5;2Rs6.22;2Cr28.15;Mt5.44;Rm12.20
22 Q2Sm 16 12; [Mt 6.4,6] 23 rs1101.5 24 spy 19.13 2StPv 15.30 26 3arruinado 27 UPv 27 2; [Lc 14 111 28 vpy 16.32
CAPÍTULO 26 1a1Sm 12.17 2 bNm 23.8; Dt 23.5; 2Sm 16.12 3 cs132.9; Pv 19.29 5dMt16.1-4; Rm 12.16
•25. 14 Os habitantes da Palestina com freqüência tinham a experiência de nuvens sobrevivência de Israel como o povo messiânico. Jesus desenvolveu as implica-
que prometiam chuvas, mas que se mostravam secas (Jd 12). Tal provérbio pode ções do evangelho para o tratamento dos inimigos pessoais em Mt 5.43-48.
ser aplicado hoje em dia àqueles que buscam exercer poder e influência, quer políti- •25.23 Note a inevitável relação de causa e efeito expressa em ambas as linhas.
ca quer pessoal, fazendo promessas que não são cumpridas. •25.24 Ver 21.9, nota.
•25.15 A longanimidade. Ou seja, mostrando-se lento em irar-se e não reagin- •25.25 Quanto à forma deste provérbio, ver a nota no v. 11.
do às provocações. •25.26 o justo. Ver a nota em 8.18.
esmaga ossos. Mediante uma diplomacia gentil, uma forte resistência é que- •25.28 Esta comparação (ver o v. 11, nota) ilustra a vulnerabilidade da pessoa
brada. que perde o domínio próprio.
•25.16-17 Oque talvez fossem declarações distintas foi aqui aglutinado para re- •26.1 A comparação é explícita ("como .. assim"). A boa ordem perceptível na
forçar a mensagem que elas têm em comum: Deves saber quando parar; o mel é natureza deve ter como um paralelo a estima da sociedade quanto ao caráter hu-
bom para qualquer pessoa, mas em exagero adoece a pessoa; a amizade entre mano.
vizinhos é boa, mas uma familiaridade excessiva pode abusar da privacidade alheia. •26.2 A forma é a mesma que no v. 1. As maldições não têm o poder de afligir
Os relacionamentos precisam ser sabiamente definidos. aquele que é inocente. Tal maldição só tem significado como expressão da retri-
•25.,8 Ofalso testemunho pertence ao mesmo grupo que as armas de guerra, buição divina.
porquanto são todos instrumentos letais usados para assaltar o bem-estar de ou- •26.4-5 Considerados juntamente, estes versículos ilustram o ponto de que ne-
trem. nhum provérbio tem por intuito cobrir todas as situações possíveis. A aparente
•25.20 vinagre sobre feridas. Uma outra tradução possível é "vinagre sobre a contradição nos dois provérbios indica que os provérbios devem ser devidamente
soda cáustica" (um agente purificador como a soda para cozinhar). Da mesma aplicados. Uma situação requer que evitemos jogar o jogo dos insensatos dando
maneira que tirar a capa de alguém ou derramar vinagre sobre feridas causa dor, uma resposta, enquanto que a outra situação exige que desmascaremos a insen-
assim também o faz a frivolidade na presença da tristeza (SI 137.3-4; Rm 12 15). satez a fim de que o insensato não seja considerado um sábio.
•25.22 amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. O significado dessa •26.6 o dano sofre. Enviar um insensato para dar um recado é pedir por proble-
metáfora deve ser determinado por seu contexto (ver o v. 21 ). Oapóstolo Paulo mas.
(Rrn 12.2) usa-a, como aqui, como uma figura para vencer o mal com o bem. SI •26. 7 Uma declaração de sabedoria dita por um insensato é tão incompatível
140.10 usa também essa expressão corno urna descrição do castigo. Osentido com seu caráter, que a mesma perde a sua força.
mais provável é a penitência através de um doloroso senso de vergonha. Alguns •26.8 Não reconhecer o valor de uma jóia ilustra quão absurdo é honrar um indiví-
associam essa figura com um rito penitencial egípcio no qual brasas eram trans- duo insensato.
portadas na cabeça para mostrar contrição. Mas este provérbio comenta sobre a •26.9 Como galho de espinhos••• assim é o provérbio. Este dito, aparente-
recompensa divina: "o SENHOR te retribuirá." Ver a nota em 1.7. Àparte Êx 23.4-5, mente, refere-se a um espinho que espeta a mão de uma pessoa por demais em-
Israel raramente foi ordenado a se mostrar bondoso para com seus inimigos. É briagada para senti-lo. Ou o insensato é por demais ingênuo para perceber o
provável que isso se desse por causa do significado dos adversários como aque- significado do provérbio ou, como o espinho fere a mão do embriagado, assim
les que não somente se opunham ao Reino de Deus, mas também ameaçavam a também os insensatos usarão o provérbio para seu próprio dano.
1
761 PROVÉRBIOS 26, 27 1

1
10 Como um flecheiro que a todos fere, 23 Como vaso de barro coberto de escórias de prata,
assim é o que assalaria os insensatos e os transgressores. assim são os lábios amorosos e o coração maligno.
11 ecomo o cão que torna ao seu vômito, 24 Aquele que aborrece dissimula com os lábios,
/assim é o insensato que reitera a sua estultícia. mas no íntimo encobre o engano;
lUTens visto a um homem que é sábio 25 1quando 8 te falar suavemente, não te fies nele,
a seus próprios olhos? porque sete abominações há no seu coração.
Maior esperança há no insensato do que nele. 26 Ainda que o seu ódio se encobre com engano,
13 Diz o preguiçoso: Um leão está no caminho; a sua malícia se descobrirá publicamente.
um leão está 2 nas ruas. 27 mQuem abre uma cova nela cairá;
14 Como a porta se revolve nos seus gonzos, e a pedra rolará sobre quem a revolve.
assim, o preguiçoso, no seu leito. 28 A língua falsa aborrece a quem feriu,
15 O hpreguiçoso mete a mão 3 no prato e a boca lisonjeira é causa de nruína.
e não quer ter o trabalho de a levar à boca. ªNão te glories do dia de amanhã,
16 Mais sábio é o preguiçoso a seus próprios olhos
do que sete homens que sabem responder bem.
27 porque não sabes o que trará à luz.
2 bSeja outro o que te louve, e não a tua boca;
17 Quem se mete em questão alheia o estrangeiro, e não os teus lábios.
é como aquele que toma pelas orelhas um cão que passa. 3 Pesada é a pedra, e a areia é uma carga;
18 Como o louco que lança mas a ira do insensato é mais pesada do que uma e outra.
fogo, flechas e morte, 4 Cruel é o furor, e impetuosa, a ira,
19 assim é o homem que engana a seu próximo mas e quem pode resistir à inveja?
e diz: ifiz isso por brincadeira. s dMelhor é a repreensão franca
20 Sem lenha, o fogo se apaga; do que o amor encoberto.
e, não havendo 4 maldizente, cessa a contenda. 6 Leais são as feridas feitas pelo que ama,
21 !Como o carvão é para a brasa, e a lenha, para o fogo, porém os beijos de quem odeia são eenganosos.
assim é o homem contencioso 7 A alma farta 1 pisa o favo de mel,
para acender rixas. mas à alma faminta todo amargo é doce.
22 As palavras do 5 maldizente são 6 comida fina, 8 Qual ave que vagueia longe do seu ninho,
que desce para 7 o mais interior do ventre. tal é o homem que anda vagueando longe do seu lar.

• 10 /·~H~e~b~rd~if~íc~il~no~v~.~1O~;~tra~d~u~to~re~s~a~nt~ig~os~e~m-od~e~rn~o~sd~iv~e~rgem-gr-an-d-emente 11 e 2Pe 2.22 /Êx 8.15 1zg Pv 29.20; Lc 18.11-12; [Ap


3.17] 13 2Qunos largos. nas praças 15hPv19.24 3L)()( e Snopeito;T e Vna axila 19 iEf 5.4 20 4Lit. murmurador 21iPv15.18
22 5Lit. murmurador ó Uma tradição judaica ferimentos 7Lit. quartos 25 ISI 28.3; Pv 26.23; Jr 9.8 BLit. sua voz for afável 27 mEt 7.10; SI
7 15; Pv 28.10; Ec 10.8 28 n Pv 29.5
CAPÍTUL027 talc12.19-21;Tg4.13-16 2bPv25.27;2Co1012,18;1211 4CPv6.34;1Jo3.12 Sd[Pv2823];Gl2.14 óeMt
26.49 7 I pisoteia
•26.11 Os insensatos não aprendem com os seus erros. mas. antes, retornam, •26.25-26 A pessoa do v. 24 deve ser evitada. Com o tempo, as pessoas perce-
como um cão volta ao seu vômito, a fim de repeti-los. berão a verdade por detrás do engano 15.14, nota).
•26.12 Existem graus de insensatez. e o maior de todos acha-se nos insensatos •26.27 Os criadores de problemas com freqüência entram em dificuldades eles
que se julgam sábios. Um exemplo extremo é visto na sabedoria do mundo que mesmos (cf GI 6.7) O tema da retribuição, provavelmente. deva ser vinculado
considera urna insensatez a sabedoria de Deus l1Co 118-2.5). aos vs. 23-26. Aqui, a ênfase não recai sobre o julgamento divino direto, mas so-
•26.13-16 Quatro provérbios refletem sobre a preguiça que opera contra a exis- bre a natureza providencialmente autodestrutiva da insensatez. que tem por alvo
tência humana bem ordenada e contra a própria vida. Ver 6.6-11; 24.30-34 e no- a destruição de outras pessoas.
tas. •26.28 Oódio é a quebra final dos relacionamentos humanos (1 Jo 3.15) A fala
•26.13 Ver 22.13, nota. humana tem um enorme potencial para o mal, e seu mau uso não pode ser des-
•26.14 Da mesma maneira que uma porta gira em suas dobradiças, assim tam- culpado com facilidade ITg 3.5-1 O).
bém os preguiçosos giram agitadamente em suas camas. •27.1 Embora a sabedoria se preocupe em apegar-se à vida. as pessoas não
•26.16 sete homens. O número exato, embora com freqüência simbolize algo exercem controle completo sobre o seu futuro. Os insensatos pensam que têm
completo, não é importante neste caso; serve somente para iluminar quão iludido esse domínio, mas não levam em conta a vontade soberana de Deus (21.30,
anda o insensato. nota: Lc 12.19-20).
•26.17 A sabedoria inclui saber quando não interferimos nas disputas alheias. •27.2 A sabedoria é humilde lcf 1Co 13.4-5)
•26.18-19 Oelemento em comum é o potencial para a destruição: tanto de pro- •27 .3-4 Duas comparações destacam a natureza destrutiva da insensatez.
priedades quanto de pessoas lv. 18). e também de relacionamentos pessoais •27 .5 a repreensão franca. Uma palavra salutar cujo alvo é a correção. visan-
lv. 19). do ao bem do indivíduo.
•26.20 ma\l\uente. Um maledicente. um produtor de murmurações maliciosas. o amor encoberto. Esse amor. embora genuíno. sente falta da !orça moral para
que tem pouco interesse pela verdade. arriscar dar uma repreensão.
•26.21 homem contencioso. Tais pessoas não se sentem felizes a menos que •27 .6 as feridas feitas pelo que ama. Osignificado é semelhante a "repreen-
vivam solapando ativamente os relacionamentos pessoais. são franca", no v. 5.
•26.22 Ver 18.8. nota. •27. 7 Ver 25.16-17,27 e notas. Osentido deste provérbio não está limitado à co-
•26.23 Embora o texto hebraico seja difícil. o sentido aparente é o mesmo dos mida. mas aplica-se a qualquer coisa pelo que tenhamos apetite.
vs. 24-26: uma camada de verniz agradável pode ocultar uma natureza contrária •27.8 A vadiagem fere tanto o vadio quanto aqueles com quem ele se relaciona.
por baixo. Os seres humanos carecem de relacionamentos pessoais.
PROVÉRBIOS 27, 28 762
9 Como o óleo e o perfume alegram o coração, 21 nc 0 mo o crisa! prova a prata, e o forno, o ouro,
assim, o amigo encontra doçura no 2 conselho cordial. assim, o homem é provado pelos louvores que recebe.
to Não abandones o teu amigo, nem o amigo de teu pai, 22 oAinda que pises o insensato com mão de gral
nem entres na casa de teu irmão entre grãos pilados de cevada,
no dia da tua adversidade. não se vai dele a sua estultícia.
!Mais vale o vizinho perto do que o irmão longe. 23 Procura conhecer o estado das tuas Povelhas
11 Sê sábio, filho meu, e alegra o meu coração, e cuida dos teus rebanhos,
8para que eu saiba responder àqueles que me afrontam. 24porque as riquezas não duram para sempre,
12 O prudente vê o mal e esconde-se; nem a coroa, de geração em geração.
mas os simples passam adiante e hsofrem a pena. 25 qQuando, removido o feno, aparecerem os renovas
13 Tome-se a roupa àquele que fica fiador por outrem; e se recolherem as ervas dos montes,
e, por penhor, àquele que se obriga 26 então, os cordeiros te darão as vestes,
por mulher estranha. os bodes, o preço do campo,
14 O que bendiz ao seu vizinho 27 e as cabras, leite em abundãncia para teu alimento,
em alta voz, logo de manhã, para alimento da tua casa e para sustento das tuas servas.
por maldição lhe atribuem o que faz.
15 iQ gotejar contínuo no dia de grande chuva Provérbios antitéticos
e a mulher rixosa são semelhantes; ªFogem os perversos, sem que ninguém os persiga;
16 Jcontê-la seria conter o vento,
seria pegar o óleo na mão.
28 mas o justo é intrépido como o leão.
Por causa da transgressão da terra,
2
17 Como o ferro com o ferro se afia, mudam-se freqüentemente os príncipes,
assim, o homem, ao seu amigo. mas por um, sábio e prudente, se faz estável a sua ordem.
18iQ que 4 trata da figueira comerá do seu fruto; 3 bQ homem pobre que oprime os pobres é como chuva
e o que cuida do seu senhor será honrado. que a tudo arrasta / e não deixa trigo.
19 Como na água o rosto corresponde ao rosto, 4 cos que desamparam a lei louvam o perverso,
assim, o coração do homem, ao homem. dmas os que guardam a lei se indignam contra ele.

.
20 'O 5 inferno e o 6 abismo nunca se fartam, 5 eos homens maus não entendem o que é justo,
e mos olhos do homem nunca se satisfazem . mas Jos que buscam o SENHOR entendem tudo.
- -- --- ---- -_ - - -- - --- - - -------- --- --
- - - - - ----- -- -

92Lit.conselhodaalma to/Pv17.17;18.24 ll8Pv101,2315-26 12hPv22.3 15iPv19.13 163Lit.escondê-la t8jzRs


18.31; Ct 8.12; Is 36.16; [1Co 3 8; 9.7-13]; 2Tm 2.6 4protege ou cuida 20 IPv 30 15-16; Hc 2.5 mEc 1.8; 4.8 5Hebr Sheol ôHebr.Abaddon
21 n Pv 17.3 22 o Pv 23.35; 26 11; Jr 53 23 P Pv 24.27 25Q SI 104.14
CAPÍTULO 28 1 aLv 26.17,36; SI 535 3 bMt 18.28 I Lit. e não há pão 4 eSI 49.18; Rm 1.32 d1Rs18.18; Ne 13.11, 15; Mt 3.7; 14.4;
Ef 5.11 5 e SI 92.6; Is 6.9; 44.18 /SI 119.100; Pv 2.9; Jo 17.17; 1Co 2.15; [1 Jo 2 20,27]
•27.10 Oalvo desta instrução parece ser que o indivíduo deve desenvolver relacio- duradoura para as nossas necessidades. As implicações ecológicas desta passa-
namentos além de sua família imediata, pois os parentes, algumas vezes. se in- gem tornam-se ainda mais óbvias no contexto moderno.
dispõem ou são incapazes de sair em nosso socorro. •28.1-28 Este capítulo contém uma mais pesada concentração de reflexões teo-
•27 .11 Os pais são vindicados perante outros por seu sucesso em transmitir sa- lógicas do que os capítulos anteriores de ditos proverbiais. Algumas vezes, isso é
bedoria a seus filhos 1101). explícito, com referências a Deus ou à lei e à retidão. Em outros ditos. isso toma-
•27.12 prudente ... simples. Ver 1.4; 12.16 e notas. se mais implícito, como no contraste entre os iustos e os ímpios, o que parece su-
•27.13 Ver 20.16, nota. por a ordem providencial subjacente e o julgamento de Deus.
•28.2 Embora o hebraico seja difícil aqui, o significado parece ser que a injustiça e
•27. 14 A referência mais provável é a protestos falsos e impropriamente fixados
de amizade que disfarçam alguma má intenção 126.18-19,24-26). a instabilidade política (conforme ocorreu no reino do Norte de Israel) andam de
mãos dadas. ao passo que uma pessoa sábia ou justa ajuda a manter a ordem so-
•27. 17 Este dito, provavelmente, se refira ao efeito positivo da interação com ou- cial.
tros no caráter do indivíduo.
•28.3 O homem pobre... os pobres. A mudança de um sinal vocálico no hebrai-
•27 .18 Um trabalho diligente e um serviço honesto são recompensados 122 29). co produz esta leitura: "Um governante que oprime os pobres." Tanto as chuvas
•27. 19 Tal como a água reflete nossa aparência externa, assim os pensamentos excessivas como um governante maligno podem trazer grande dano.
de nosso "coração" revelam a nossa natureza interior e o nosso caráter. •28.4 a lei. Provavelmente, esteja em foco a Lei de Moisés, embora a instrução
•27 .20 O inferno e o abismo. Ver a nota em 15.11. O paralelo com o abismo da sabedoria também possa estar em foco 13.1, nota). Ainda que a literatura de
implica que a insaciabilidade dos olhos envolve desejos intermináveis que se tor- sabedoria. freqüentemente, pareça refletir mais sobre a experiência humana na
nam destruidores. ordem criada do que sobre a revelação de Deus nas Escrituras, os sábios hebreus
•27.21 Osentido é ou que o louvor público submete a teste o caráter !aqui are- eram homens de Deus que conheciam a lei e suas exigências (1. 7, nota).
sistência do indivíduo à tentação do orgulho) ou que a estima pública geralmente •28.5 justo. Esta palavra refere-se ou ao governo moral de Deus sobre o univer -
é uma indicação digna de confiança do caráter de alguém !mas cf. Mt 5.11 ). so ou a boa ordem de coisas, da qual o governo de Deus é a base.
•27 .22 gral... grãos pilados. Um pilão e um sacador, usados para pulverizar os que buscam o SENHOR. Aqueles cuja fé reconhece que o propósito da vida é
coisas. O insensato não pode ser ensinado, mesmo quando se tomam medidas servir a Deus.
mais drásticas. entendem tudo. Esta expressão não implica conhecimento total ou infalibilida-
•27 .23-27 Os recursos econômicos de uma espécie renovável !rebanhos. colhei- de, mas uma mente renovada que conhece verdadeiramente as coisas, porquan-
tas) são preferíveis às riquezas que não podem ser substituídas. Uma atenção to as conhece confonme são interpretadas pela revelação de Deus nas Escrituras
cuidadosa à ordem providencial da natureza geralmente assegura uma provisão 11.7, nota)
763 PROVÉRBIOS 28
ó Melhor é o pobre que anda na sua integridade 17 PQ homem carregado do sangue de outrem
do que () 1>eNerso, nos seus caminhos, fugirá até à cova;
ainda que seja rico. ninguém o detenha.
7 O que guarda a lei é filho prudente, 1so que anda em integridade será 3salvo,
mas o companheiro de libertinos envergonha a seu pai. mas o perverso em seus caminhos cairá logo.
BO que aumenta os seus bens com juros e ganância 19 qo que lavra a sua terra virá a fartar-se de pão,
ajunta-os para o que se compadece do pobre. mas o que se ajunta a vadios se fartará de pobreza.
9 O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, 20 O homem fiel será cumulado de bênçãos,
8até a sua oração será abominável. 'mas o que se apressa a enriquecer
10 hO que desvia os retos para o mau caminho, não passará sem castigo.
ele mesmo cairá na cova que fez, 21 sparcialidade 4 não é bom,
imas os íntegros herdarão o bem. 1porque até por um bocado de pão

11 O homem rico é sábio aos seus próprios olhos; o homem prevaricará.


mas o pobre que é sábio sabe sondá-lo. 22 Aquele que tem olhos invejosos
12 Quando triunfam os justos, há grande jfestividade; corre atrás das riquezas,
quando, porém, sobem os perversos, mas não sabe que há de vir sobre ele a "penúria.
os homens 2 se escondem. 23 vo que repreende ao homem
13 1O que encobre as suas transgressões achará, depois, mais favor
jamais prosperará; do que aquele que lisonjeia com a língua.
mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia. 24 O que rouba a seu pai ou a sua mãe
14 Feliz o homem constante no temor de Deus; e diz: Não é pecado,
mas o que endurece o coração cairá no mal. xcompanheiro é do destruidor.
15 m Como leão que ruge e urso que ataca, 25 zo cobiçoso levanta contendas,
nassim é o perverso que domina sobre um povo pobre. ªmas o que confia no SENHOR prosperará.
16 O príncipe falto de inteligência multiplica as ºopressões, 26 O que bconfia no seu próprio coração é insensato,
mas o que aborrece a avareza viverá muitos anos. mas o que anda em sabedoria será salvo.
~~~~~~~~~~~~
~ 9 g SI 66.18; 109.7; Pv 15.8 10 h SI 7.15; Pv 26.27 i[Mt 6.33; Hb 6.12; 1Pe 3.9] tVPv 11.10; 29.2 2 Lit. serão procurados 13 / SI
32.3-5;1Jo1.8-10 tsrnPv19.12;1Pe58nÊx1.14;Pv29.2;Mt2.16 lóºEc10.16;1s3.12 17PGn9.6 183/ivrado 19QPv
12 11; 20.13 20rpy13.11; 20.21; 23.4; 1Tm 6.9 21 spy 18.5 IEz 13.19 4 Lit. Reconhecer faces 22 upy 21.5 23 vpy 27.5-6 24 xpy
18.9 25zpy13.10 apy 29.25; 1Tm 6.6 26 bpy 3.5
•28.6 na sua integridade. A integridade no relacionamento de um indivíduo o que endurece o coração. Alguém que opõe sua vontade à vontade do Se-
com Deus e com outras pessoas émais importante do que as riquezas materiais. nhor (Êx 7.3, 13).
•28.7 a lei. Ver o v. 4, nota. •28.15 Ver os vs. 3,16.
o companheiro de libertinos envergonha. Ver 23.19-25 e notas. •28.16 A tirania é tão contrária à sabedoria, que ela demonstra falta de discerni-
mento. A segunda linha implica que o tirano ganancioso produz a sua própria des-
•28.8 juros e ganância. Em Lv 25.35-38, a graça de Deus estabelece o princí-
truição.
pio de ajuda gratuita ao próximo, sem qualquer pensamento quanto ao lucro (Dt
•28.18 O que anda em integridade será salvo. Ver as notas em 1.19; 10.3;
2319-20)
11.8.
ajunta-os para o que se compadece do pobre. A justiça de Deus não permiti-
•28.20 A fé e a sabedoria podem levar às riquezas, mas dar prioridade às rique-
rá que o rico ganancioso retenha suas riquezas (13.22; 22.16; Jó 27.13-19). mas
zas é um erro sério.
dá, em vez disso, essas riquezas àqueles que ajudam generosamente a outros
•28.21 Ver 18.5; 24.23-24. Até um pequeno suborno pode ter resultados desas-
\1917)
trosos na manutenção da ordem e da justiça na sociedade.
•28.9 Ver 15.8,29.
•28.22 Aquele que tem olhos invejosos. Um avarento (23.6, nota e nota tex-
•28.1 OO que desvia os retos para o mau caminho. Parece que a justiça de tual).
Deus fica implícita aqui; há um julgamento especial contra aqueles que buscam há de vir sobre ele a penúria. Osentido dessas palavras é ou que ao avarento
seduzir o povo de Deus (Mt 5.19; 18.6). falta a sabedoria para adquirir e manter as riquezas ou que a justiça de Deus não
•28.11 Apesar de as riquezas materiais não se correlacionarem necessariamen- permitirá que tal pessoa se torne rica (v. 20).
te com a injustiça e nem a pobreza com a sabedoria e a retidão, há, contudo, essa •28.23 Uma reprimenda necessária em última análise tem um eleito positivo so-
tendência (vs. 6,8,20,22,25,27). bre os relacionamentos pessoais (275), ao passo que a lisonja somente mina es-
sábio aos seus próprios olhos. Ver 26.5, 16. Não existem insensatos mais au- ses relacionamentos.
tênticos do que aqueles que vêem sua insensatez como se lasse sabedoria (cl. •28.24 Ver 19.26, nota.
1Co 1.18-25) Não é pecado. Os relacionamentos familiares são o eixo de todos os laços hu-
•28.12 A justiça conduz à ordem social e à felicidade, ao passo que a injustiça manos. Saquear os próprios pais descaradamente exibe uma depravação moral
destrói e aliena (v. 28; 29.2). que solapa todos os relacionamentos.
•28.13 A boa ordem e o bem-estar na vida de alguém estão vinculados a um re- •28.25 o que confia no SENHOR. Dependência e fé estão incluídas no temor do
lacionamento pessoal intenso com Deus. Opecado não confessado é a definitiva Senhor (1.7, nota).
desordem na vida. A confissão e o arrependimento levam à restauração de um •28.26 Oque confia no seu próprio coração. Ver 3.5-6 e notas. Confiar em si
correto relacionamento com Deus, com base na misericórdia (SI 32.1-4; 1Jo mesmo é o oposto destrutivo da confiança no Senhor.
1.6-9). Todos os demais relacionamentos dependem disso. o que anda em sabedoria. O caminho da sabedoria e o temor do Senhor são
•28.14 Feliz. Ver 3.13, nota. correlacionados nos vs. 25-26 (1.7, nota).
PROVÉRBIOS 28, 29 764
27 coque dá ao pobre não terá falta, 12 Se o governador dá atenção a palavras mentirosas,
mas o que dele esconde os olhos virão a ser perversos todos os seus servos.
será cumulado de maldições. 13 O pobre e o seu opressor se encontram,
28 Quando sobem os perversos, mas é io SENHOR quem dá luz aos olhos de ambos.
dos homens se escondem, 14 O rei que julga os 1pobres com eqüidade
mas, quando eles perecem, os justos se multiplicam. firmará o seu trono para sempre.
O homem ªque m~itas vezes repreendido IS A vara e a disciplina dão msabedoria,
29 endurece a cerv1z
será quebrantado de repente sem que haja cura.
mas a criança entregue a si mesma
vem a envergonhar a sua mãe.
2 Quando 1se multiplicam os justos, bo povo se alegra, 16 Quando os perversos se multiplicam,
quando, porém, domina o perverso, co povo suspira. multiplicam-se as transgressões,
3 O homem que ama a sabedoria alegra a seu pai, mas os justos verão a nruína deles.
mas o companheiro de prostitutas desperdiça os bens. 11 Corrige o teu filho, e te dará descanso,
4 O rei justo sustém a terra, dará delícias à tua alma.
mas o amigo de impostos a transtorna. ta 0 Não havendo 4 profecia, o povo se corrompe;
s O homem que dlisonjeia a seu próximo mas Po que guarda a lei, esse é feliz.
arma-lhe uma rede aos passos. 19 O servo não se emendará com palavras,
6 Na transgressão do homem mau, há laço, porque, ainda que entenda, não obedecerá.
mas o justo canta e se regozija. 20 Tens visto um homem precipitado
7 e Informa-se o justo da causa dos pobres, nas suas palavras?
mas o perverso de nada disso quer saber. q Maior esperança há para o insensato
8 Os homens escarnecedores !alvoroçam a cidade, do que para ele.
mas os sábios desviam a ira. 21 Se alguém amimar o escravo desde a infância,
9 Se o homem sábio discute com o insensato, por fim ele quererá ser filho.
gquer este se encolerize, quer se ria, não haverá fim. 22 '0 iracundo levanta contendas,
10 hOs sanguinários aborrecem o íntegro, e o furioso multiplica as transgressões.
ao passo que, quanto aos retos, 23 s A soberba do homem o abaterá,
procuram tirar-lhes a 2 vida. mas o humilde de espírito obterá honra.
11 O insensato _expande 3 toda a sua iira, 24 O que tem parte com o ladrão aborrece a própria alma;
mas o sábio afinal lha reprime. 1ouve as 5 maldições e nada denuncia.

-~---~~-----~~--~--
----~- - -=--==-e

cpt 27 15. 7; Pv 19.17; 22.9 28 d Já 24.4


CAPITULO 29 1 ª2Cr36.16; Pv6.15 2 bEt 8.15; Pv 28.12 CEt 4.3 1tomam-se grandes 5 dPv 26.28 7 eJá 29 16; SI 41.1; Pv318-9
8/Pv 11.11 9 gMt 11.17 10 hGn 4.5-8; 1Jo 3.12 2Lit. alma tt iPv 14.33 3Lit.todo o seu espírito 13 /[Mt 5.45] 14 ISI 724;
Is 11.4 15 mPv 22.15 16 ns137.34; Pv 21.12 18 º1Sm3.1. SI 74.9; Am 8.11-12 PPv 8.32; Jo 13.17 4v1sãoprofética 20 qPv 26 12
22 'Pv 26.21 23 5 Já 22.29; Pv 15.33; 18.12; Is 66.2; Dn 4.30; Mt 23.12; Lc 14.11. 18.14; At 12.23; [Tg 4.6-10; 1Pe 55-6] 24 ILv 5.1 50u
juramentos
•28.27 Ver 11.24-26; 14.21; 22.9 e notas. •29.14 Ver o v. 4; 16.12-15 e notas.
•28.28 Ver o v. 12. nota; 29.2. •29.15Ver13.24; 22.15; 23.13-14 e notas.
•29.1 muitas vezes repreendido. Ver 1.30; 5.12; 97-8; 10.17; 12.1 e notas. •29.16 Este provérbio expressa implicitamente a confiança no estabelecimento
endurece a cerviz. Ou seja, torna-se arrogante e incapaz de ser ensinado final de uma ordem justa sob o governo de Deus.
(28.14) •29.17 Corrige. Está em vista não somente o castigo (v. 15). mas também uma
•29.3 alegra a seu pai. Ver 10.1, 28. 7. instrução ativa e positiva na sabedoria. No contexto da aliança da fé que tinha o
desperdiça os bens. O paralelismo implica que tal comportamento é uma des- povo de Israel, a disciplina e a instrução vêm da revelação de Deus em sua palavra
graça, bem como uma tristeza para o pai de alguém (6.26). e em seus atos.
•29.4 Ver 8.15-16; 20 8.26 e notas. •29.18 profecia. Ou não há palavra profética (1 Sm 3.1) ou não há uma habilida-
de para ouvir a palavra profética \l>.m 8.11-12\.
•29.5 Ver 28.23.
•29.19 Uma observação das condições na sociedade dos hebreus. ao invés de
•29.7 Informa-se... da causa. Lit. "conhece o julgamento". Eles sabem e fa-
uma atitude constante de todos os trabalhadores (cf. 18.23, nota). Estão aqui em
zem o que Deus requer em favor dos pobres.
foco as aplicações educacionais da sabedoria. com o reconhecimento que nem
•29.8 escarnecedores. Ver 1.22, nota.
todas as disposições podem ser mudadas por meio somente de palavras ou da
alvoroçam a cidade. Os que não têm sabedoria. por natureza, tendem a solapar razão.
a harmonia que há na sociedade. •29.21 Se alguém animar... ser filho. Naquilo que talvez seja uma melhor tra-
•29.9 De todas as maneiras possíveis. os sábios devem evitar disputar com os dução, a Septuaginta (Antigo Testamento grego} diz aqui: "No fim. ele se entriste-
insensatos. Os tolos são incapazes de ter argumento racional. e, mesmo quando cerá." Os servos que não são corrigidos e nem disciplinados serão uma fonte de
um julgamento correto é dado. não podem ser harmonizados. Ver a nota em tristeza (v. 19).
26.4-5. •29.22 levanta contendas. Ver 15.18. nota.
•29.12 A corrupção na sociedade tende por começar pelas camadas mais altas_ •29.23 Ver 1s,33; também 16.18-19 e notas. O pecado da soberba não permite
O governante desonesto não somente atrai maus oficiais, mas também encoraja que o insensato se beneficie da sabedoria de outrem.
seus subordinados a se corromperem. •29.24 Este versículo retrata a dificuldade dos cúmplices de um crime. São for-
•29.13 dá luz aos olhos de ambos. Deus criou tanto os ricos quanto os pobres çados a ser testemunhas (Lv 5.1). mas. se eles testemunharem. incriminam a si
1222, nota) mesmos.
765 PROVÉRBIOS 29, 30
25 "Quem teme ao homem arma ciladas, 8 afasta de mim a falsidade e a mentira;
mas o que confia no SENHOR está 6 seguro. não me dês nem a pobreza nem a riqueza;
26 vMuitos buscam 7 o favor daquele que governa, "dá-me o pão que me for necessário;
mas para o homem a justiça vem do SENHOR. 9 ipara não suceder
27 Para o justo, o iníquo é abominação, que, estando eu farto, te negue
e o reto no seu caminho é abominação ao perverso. e diga: Quem é o SENHOR?
Ou que, empobrecido, venha a furtar
As pa/Jwras de Agur e profane o nome de Deus.
Palavras de Agur, filho de Jaque, de Massá. 10 Não calunies o servo diante de seu senhor,
3O Disse o homem: Fatiguei-me, 6 Deus;
fatiguei-me, 6 Deus, e estou exausto
para que aquele te não amaldiçoe
e fiques culpado.
2 ªporque sou demasiadamente 11 Há daqueles que amaldiçoam a seu /pai
estúpido para ser homem; e que não bendizem a sua mãe.
não tenho inteligência de homem, 12 Há daqueles 1que são puros aos próprios olhos
3 não aprendi a sabedoria, e que jamais foram lavados
nem tenho o bconhecimento do Santo. da sua imundfcia.
4 cQuem subiu ao céu e desceu? 13 Há daqueles - quão maltivos são os seus olhos
dQuem encerrou os ventos nos seus punhos? e 2Jevantadas as suas pálpebras!
Quem amarrou as águas na sua roupa? 14 "Há daqueles cujos dentes são espadas,
Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? e cujos queixais são facas,
Qual é o seu nome, e qual é o nome de seu filho, ºpara consumirem na terra os aflitos
se é que o sabes? e os necessitados entre os homens.
5 eToda palavra de Deus é 1 pura; 15 A sanguessuga tem duas filhas,
f ele é escudo para os que nele confiam. a saber: Dá, Dá.
6 KNada acrescentes às suas palavras, Há três coisas que nunca se fartam,
para que não te repreenda, sim, quatro que não dizem: Basta!
e sejas achado mentiroso. 16 PEias são a 3sepultura, a madre estéril,
7 Duas coisas te peço; a terra, que se não farta de água,
não mas negues, antes que eu morra: e o fogo, que nunca diz: Basta!

• 25CAPÍTULO
~~~~~~~~~~~
Gn 12.12; 20.2; Lc 12.4; Jo 12.42-43
u ó Lit. posto no alto 26 vs1 20.9 1Lit. a face
30 2 a SI 73.22; Pv 121 3 b [Pv 9.1 O] 4 e [SI 68.18; Jo 3.13] d Jó 38.4; SI 104.3; Is 40.12
S e SI 12.6; 19.8; 119.140 /Si
18.30; 84.11; 115.9-11 1 provada, refinada, encontrada pura 6 g Dt 4.2; 12.32; Ap 22.18 8 h Jó 23.12; Mt 6.11; [Fp 4.19] 9 1Dt
8.12-14; Ne 9.25-26; Os 13.6 11 J Ex 21.17; Pv 20.20 12 l[Pv 16.2]; Is 65.5; Lc 18.11; [Tt 1.15-16] 13 m SI 131.1; Pv 6.17; Is 2.11;
5.15 2 Em arrogância 14 n Já 29.17; SI 52.2 o SI 14.4; Am 8.4 16 P Pv 27.20; Hc 2.5 3 Hebr. Sheo/
•29.26 A sabedoria reconhece a função especial dos governantes de manterem de estrutura da lei e dos escritos proféticos de Israel. Ele cita SI 18.30 e faz ecoar
a boa ordem e serem assim agentes do governo de Deus (21.1, nota). Ela tam- Dt 4.2. Opleno conhecimento de Deus vem através da revelação especial e é re-
bém reconhece a fraqueza dos governantes humanos. Aqui, o suplicante busca cebido por meio da fé (1.7, nota).
um tratamento especial que envolveria injustiça. A única maneira segura de se •30.5 pura. Ou seja, é testada e fica desvendado que ela é plenamente digna de
obter a justiça é buscá-la da parte do Senhor. confiança.
•30. 1 Agur, filho de Jaque. A idenMade desse homem é desconhecida, mas •30.6 Nada acrescentes às suas palavras. Adicionar algo às palavras de
muitos o consideram um estrangeiro. Ver a nota em 22.17-24.22; e a Introdu- Deus é julgá-las e achá-las falhas, de acordo com os padrões humanos. Isso
ção: Autor. muda a base do conhecimento e da verdade de Deus para nós mesmos. Esse or-
de Massá. Esta palavra também aparece em 31.1. Isso significaria que tanto gulho da criatura é a mola-mestra do pecado (Gn 2.9, nota).
Agur quanto Lemuel eram ismaelitas de Massá, que alguns pensam que ficava na •30.7-9 Esta oração reflete um desejo de aprender através do tipo de sabedoria
Arábia (Gn 25.14). que se acha em Provérbios.
Fatiguei-me ... estou exausto. Uma tradução alternativa reconheceria dois no- •30.8 o pão que me for necessário. Opedido visa a uma suficiência que evita
mes próprios nestas palavras no hebraico: "a ltiel e a Ucal", que seriam nomes de ambos os extremos: da pobreza e das riquezas desnecessárias.
pessoas a quem o provérbio teria sido endereçado.
•30.9 Quem é o SENHOR. As pessoas que têm um excesso de possessões ma-
•30.2-3 Esta declaração não exprime apenas modéstia ou humildade, mas é teriais em breve se esquecem de sua dependência no Senhor (Dt 8.10-18; Lc
também um reconhecimento do mistério do ser e dos caminhos de Deus, como 12.16-21).
aqueles que se encontram nos livros de Já e Eclesiastes. Descritor estava aguda-
mente consciente dos limites do conhecimento e da sabedoria humanos. Deus •30. 1OEste dito só é superficialmente vinculado ao que antecede ou segue. O
não é um objeto de nossa investigação ou especulação, mas ele é o Criador infini- ponto do provérbio é que a interferência nas questões domésticas dos outros
to e pessoal em quem devemos confiar. Pode haver uma nota de ironia na confis- pode ser como um tiro pela culatra.
são de ignorância aqui, mas o v. 4 indica o verdadeiro sentido. •30.12 puros aos próprios olhos. Ver 16.2; 21.2.
•30.4 Estas perguntas expressam a convicção de que o conhecimento baseado •30.15-31 Quanto à forma desses ditos numéricos. ver as notas em 6.16-19.
exclusivamente na observação da criação nunca pode compreender totalmente a •30. 15 sanguessuga... Dá, Dá. As duas extremidades da sanguessuga são
Deus. Em Já 38, o mesmo ponto é tratado no decurso da resposta de Deus a Jó. parecidas, e o animal parece não ter outra função senão a de sugar sangue. Os di-
•30.5-6 Com estas palavras Agur dá um parecer sobre a Palavra de Deus dentro tos numéricos seguintes compartilham do tema da ganância.
PROVÉRBIOS 30, 31 766
17 qOs olhos de quem zomba do pai 29 Há três que têm passo elegante,
ou de quem despreza a obediência à sua mãe, sim, quatro que andam airosamente:
corvos no ribeiro os arrancarão 30 O leão, o mais forte entre os animais,
e pelos pintãos da águia serão comidos. que por ninguém torna atrás;
18 Há três coisas que são 31 0 galo, Bque anda ereto, o bode
maravilhosas demais para mim, e 9 o rei, a quem não se pode resistir.
sim, há quatro que não entendo: 32 Se procedeste insensatamente
19 o caminho da águia no céu, em te exaltares
o caminho da cobra na penha, ou se maquinaste o mal,
o caminho do navio no 4 meio do mar "põe a mão na boca.
e o caminho do homem com uma donzela. 33 Porque o bater do leite produz manteiga,
20 Tal é o caminho da mulher adúltera: e o torcer do nariz produz sangue,
come, e limpa a boca, e o açular a ira produz contendas.
e diz: Não cometi maldade.
21 Sob três coisas estremece a terra, Conselhos para o rei Lemuel
d~
sim, sob quatro não pode subsistir:
22 'sob o servo quando se torna rei;
sob o insensato quando anda farto de pão;
31QuePalavras
2
nou sua mae.
rei Lemuel, de Massá, as quais lhe ensi·

te direi, filho meu? Ó filho do meu ventre?


Z3 sob a mulher 5 desdenhada quando se casa; Que te direi, ó ªfilho dos meus votos?
sob a serva quando se torna herdeira da sua senhora. 3 bNão dês às mulheres a tua força,
24 Há quatro coisas mui pequenas na terra nem os teus caminhos, càs que destroem os reis.
que, porém, são mais sábias que os sábios: 4 dNão é próprio dos reis, ó Lemuel,
25 5 as formigas, povo sem força; não é próprio dos reis beber vinho,
todavia, no verão preparam a sua comida; nem dos príncipes desejar bebida forte.
26 1os 6 arganazes, povo não poderoso; separa que não bebam, e se esqueçam da lei,
contudo, fazem a sua casa nas rochas; e pervertam o direito de todos os 1aflitos.
27 os gafanhotos não têm rei; 6/Dai bebida forte aos que perecem
contudo, marcham todos em bandos; e vinho, aos amargurados de espírito;
28 o 7 geco, que se apanha com as mãos; 7 para que bebam, e se esqueçam da sua pobreza,
contudo, está nos palácios dos reis. e de suas fadigas não se lembrem mais .

• 17-QGn9~;L:;;9;Pv20.20
lebres lagarto
28 70u
~~Litco~a~o 22'Pv1~~~;Ec10.7 2350u~~:i~-;s~P:66
B cingido de cinta 9
31 Lit um rei tropas
Conforme uma tradição judaica; TM
26~Lv11.5;Sl104.18óOu
com ele u cujas estão 32 Jó 21.5;
40.4;,Mq 7.16
CAPITUL031 2ª1s49.15 3bPv5.9cDt1717;1Rs11.1;Ne13.26;Pv7.26;0s411 4dEc10.17 seOs4.111Litfilhosdeaflição
6fSI 104.15
•30.17 Os olhos de quem zomba. Os olhares de desprezo podem ser tão vene- •30.29-31 A inclusão de um rei com os animais sugere um paralelo humano com
nosos quanto as palavras. A desonra contra os pais. evidência do colapso no rela- a natureza e com a coerência subjacente a toda a criação. A observação da exis-
cionamento humano mais básico, merece a maldição máxima. tência de governo e de ordem na sociedade. tanto dos animais quanto dos seres
corvos... os arrancarão. Estas palavras retratam o destino do cadáver que fica humanos, indica que ambos são produtos do mesmo gênio do Criador.
insepulto, com atenção especial aos olhares ofensivos. •30.32 põe a mão na boca. Ou seja, pára de falar; cessa teus planos e tuas pro-
•30.18-19 Os quatro caminhos não podem ser entendidos. seja porque não dei- vocações.
xam vestígios. seja porque são tão fáceis mas misteriosamente dominados. •30.33 bater... torcer... açular. Lit "pressionar... pressionar. .. pressionar". A
Alguns estudiosos têm sugerido que a ênfase recai sobre o quarto caminho. as repetição enfatiza o paralelismo em cada situação. Neste provérbio. temos uma
relações sexuais humanas, das quais os outros três caminhos podem ser metáfo- advertência segundo a qual a provocação conduz à contenda.
ras. •31.1 Palavras do rei Lemuel, de Massá. Ver a nota em 30.1. Lemuel não foi
•30.20 come, e limpa a boca. Esta expressão é uma metáfora para o contato um rei israelita. A natureza desta seção (vs. 1-91 sugere uma or"1gern egípcia ou.
sexual (7.18; 9.17) - para ela, o adultério tornou-se tão natural quanto o ato de talvez. babilônica. Sua intenção é aparentemente vocacional, o equipamento do
comer. Este versículo não faz parte do dito anterior. governante para a sua tarefa. A forma é semelhante às instruções dos capítulos
•30.21 estremece a terra. Os quatro itens dos vs. 22-23 dificilmente parecem 1-9 (Introdução: Características e Temas). Neste caso. o ensino é dado pela
ser capazes de produzir tão terríveis conseqüências sobre a ordem natural das coi- mãe (1.8; 4.1,3). Enquanto o pai possa ter sido o principal professor das crianças.
sas. Provavelmente, tenhamos aqui uma figura de linguagem que aponta para um mulheres piedosas também assumiam esse papel (cf. 14.1, notai. e em Israel ha-
estado de coisas intolerável. via mulheres dotadas de notável sabedoria (2Srn 14.2; 20.16).
•30.24-28 Se este dito não fosse além da história natural. ainda assim cumpriria •31.2 filho dos meus votos. Esta expressão pode referir-se a um voto feito an-
um propósito da sabedoria: a percepção da ordem e como as coisas cooperam tes do nascimento (cf. 1Sm 1.11).
juntas. Muitos provérbios exibem um interesse pela natureza como uma parábola •31.3 às que destroem os reis. O paralelismo indica que, talvez. a fornicação
mostra pela vida humana (p ex .. 6.6-11 ). Ofato segundo o qual a sabedoria é atri- esteja em vista.
buída a essas criaturas implica alguma unidade com a existência humana. As cria- •31.4 Não é próprio dos reis beber vinho. As responsabilidades reais não da-
turas são sábias por serem capazes de vencer algumas sérias fraquezas inerentes vam ao rei qualquer lazer que apresentasse confusão com a ingestão de vinho.
e, assim, podem sobreviver muito bem. Esses dons da sabedoria, a cada qual de •31.6 Dai bebida forte... e vinho. Enquanto que o rei devia evitar o uso de bebi-
acordo com seu tipo, são concedidos pelo Criador de todos. das alcoólicas como meio de escapar das preocupações de seu elevado oficio.
767 PROVÉRBIOS 31
8 g Abre a boca a favor do mudo, 19 Estende as mãos ao fuso,
pelo direito de todos mãos que pegam na roca.
2 os que se acham desamparados.
20 nAbre a mão ao aflito;
9 Abre a boca, hjulga retamente e ainda a estende ao necessitado.
e 1faze justiça aos pobres e aos necessitados. 21 No tocante à sua casa, não teme a neve,
pois todos andam vestidos de lã escarlate.
O lou'/or da mulher llirtuosa 22 Faz para si cobertas,
101Mulher3 virtuosa 4 , quem a achará? veste-se de linho fino e de púrpura.
O seu valor muito excede o de finas jóias. 23 ºSeu marido é estimado entre os juízes,
11 O coração do seu marido confia nela, quando se assenta com os anciãos da terra.
e não haverá falta de ganho. 24 Ela faz roupas de linho fino, e vende-as,
12 Ela lhe faz bem e não mal, e dá cintas aos mercadores.
todos os dias da sua vida. 25 A força e a dignidade são os seus vestidos,
13 Busca lã e linho e, quanto ao dia de amanhã, não tem preocupações.
e de bom grado trabalha com as mãos. 26 Fala com sabedoria,
14 É como o navio mercante: e a instrução da bondade está na sua língua.
de longe traz o seu pão. 27 Atende ao bom andamento da sua casa
15 1É ainda noite, e já se levanta, e não come o pão da preguiça.
e mdá mantimento à sua casa 28 Levantam-se seus filhos e lhe chamam ditosa;
e a tarefa às suas servas. seu marido a louva, dizendo:
16 Examina uma propriedade e adquire-a; 29 Muitas mulheres procedem virtuosamente,
planta uma vinha mas tu a todas sobrepujas.
com 5 as rendas do seu trabalho. 30 Enganosa é a graça, e vã, a formosura,
17 Cinge os lombos de força mas a mulher que teme ao SENHOR,
e fortalece os braços. essa será louvada.
18 Ela percebe que o seu ganho é bom; 31 Dai-lhe do fruto das suas mãos,
a sua lâmpada não se apaga de noite. e de público a louvarão as suas obras.

· -gg Jó 2915-16; SI 82 2Lit--ril~s ~bandono-9


de h Lv ;9 ;~;
Dt 1.16 i Jó 2912; Is 1.17; Jr 22~6 ~~~Rt
311, Pv 12.4; 19.14 3Qs vs
10-31 formam acróstico alfabético no hebraico; compare com SI 119 4 Lit Uma mulher de valor, no sentido de todas as formas de excelência •
15 1Pv 20.13; Rm 12.11 m Lc 12.42 16 5 Lit o fruto de suas mãos 20 n Dt 15.11; Jó 31.16-20; Pv 22.9; Rm 12.13; Ef 4.28; Hb 13.16
23 o Pv 12.4
elas podiam ser dadas àqueles cujos sofrimentos eram demais para serem supor- •31.21 lá escarlate. Se "lã escarlate" for a leitura correta, provavelmente isso
tados. indique tecidos de alta qualidade. que são quentes.
•31.8-9 A tarefa do rei era sustentar a justiça na sociedade. Em Israel, essa tare- •31.22 de linho fino e de púrpura. Como no v. 21. estão em vista artigos de
fa era vista dentro do contexto da aliança com o Senhor (Dt 17.14-20). alta qualidade.
•31.10-31 Esta seção é um poema acróstico que exalta as virtudes de uma •31.23 Oque fica implícito é que a habilidade e a diligência da esposa nos negó-
esposa que exemplifica os princípios da sabedoria. tanto prática quanto espiri- cios domésticos removem. da mente de seu marido, todas as preocupações
tualmente. A seqüência das virtudes é determinada mais pelas exigências do quanto a isso. Ele está livre para buscar seu lugar. como ancião respeitável na vida
acróstico (a primeira palavra de cada versículo começava com letras sucessivas pública
do a~abeto hebraico) do que pela lógica. Não obstante, o efeito total é uma des-
crição coerente de uma mulher embelezada pelas suas virtudes de sabedoria prá- entre os juízes. Ver 1.21. nota.
tica e de caridade. Ofato de que a casa descrita vivia na abundância não diminui a •31.25 A força e a dignidade são os seus vestidos. Estas palavras refe-
aplicabilidade universal dos princípios da sabedoria feminina. rem-se ou ao caráter da mulher ou. conforme está mais provavelmente em vista
•31.10 quem a achará. Tal esposa não é um sonho impossível, mas pode ser na segunda linha. à estima conquistada por suas proezas econômicas. Ela não ti-
difícil de encontrar. nha preocupações quanto ao futuro. Ambas essas interpretações são coerentes
•31.11 não haverá falta de ganho. Esse estado de coisas resulta da astúcia com a sabedoria.
da esposa quanto às questões domésticas. •31.28-29 O resultado de sua habilidade e sabedoria é que os relacionamentos
•31.12 Ver 18.22 e notas. familiares ficam solidificados. Os elogios de seu marido e de seus filhos são a sua·
•31.14 como o navio mercante. Conforme indica os vs. 16,18, ela se ocupava grande recompensa.
do comércio. •31.30-31 que teme ao SENHOR. Até este ponto. o poema concentra-se na sa-
•31.15 a tarefa. Ou sob a forma de alimentos ou de deveres. bedoria prática. Agora. é enfatizada a base de toda a verdadeira sabedoria. Pro-
vérbios termina conforme começou: a observação da ordem criada pode prover
•31.16 Ela é capaz no mundo dos negócios, e reinveste os seus ganhos.
alguma sabedoria e conhecimento de Deus (Rm 1.20-23). mas somente a auto-
•31.18 a sua lâmpada não se apaga. Estas palavras são ou uma metáfora que revelação do Criador capacita-nos a conhecer e a apreciar o sentido de realidade
indica a prosperidade (139) ou uma referência à sua diligência em usar as horas centrado em Deus. A verdadeira sabedoria é vista como a vida vivida em obediên-
da noite para trabalhar. cia de todo o coração à revelação de Deus em sua Palavra. que é "o temor do
•31.19 ao fuso. Osignificado é incerto. Ocontexto indica capacidade de fabricar SENHOR" (1.7, nota). Essa confiança é o alicerce e a vereda contínua da sabedoria.
suas próprias linhas. pois ela nos conduz à perfeição final em Cristo.

Você também pode gostar