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Convergência
Revisão Textual:
Prof.ª Dra. Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Revisão Técnica:
Prof.ª Dra. Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Convergência
• Anatomia;
• Convergência e Medidas;
• Componentes da Convergência;
• Pseudoestimulação da Convergência.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Aprender sobre a anatomia, os componentes da convergência e a pseudoestimulação
da convergência.
UNIDADE Convergência
Contextualização
Nesta unidade, aprenderemos sobre convergência: função e particularidades. Um
exemplo de convergência: você está convergindo, ou seja, projetando os eixos visuais
de ambos os olhos para esse escrito (se não tiver algum tipo de alteração binocular que
veremos em outra disciplina). Ambos os eixos visuais dos seus olhos estão na mesma
direção (convergindo), coincidindo o mesmo ponto em determinado plano (esta página,
o monitor, a tela de celular etc.).
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Anatomia
Vamos recordar um pouco sobre a anatomia do olho. O bulbo ocular tem inserções
de músculos para a sua movimentação. Internamente, no bulbo ocular, encontram-se ou-
tros músculos: músculo ciliar, dilatador e esfíncter. Os músculos inseridos no bulbo ocular
e que ajudam na movimentação são chamados de músculos extraoculares (extrínsecos).
São eles: retos medial (nasal), temporal, superior e inferior, e ainda os oblíquos superior
e inferior, portanto, são seis músculos que coordenam a movimentação dos olhos.
Sua velocidade chega a cerca de 21° de arco/segundos (mais lentos que os movimen-
tos sacádicos).
• Convergência: ocorre a adução como movimento dos olhos (ou seja, ambos os
olhos se movimentarão no mesmo sentido);
• Divergência: ocorre a abdução como movimento dos olhos (ou seja, ambos os
olhos se movimentarão em sentidos opostos).
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UNIDADE Convergência
Convergência e Medidas
Peça para alguém segurar um lápis na Distância de Harmon. Depois, oriente-o a
olhar para o mais distante e, após segundos, olhar para perto. Você conseguiu ver que,
quando a pessoa estava olhando para longe, os olhos estavam no centro das pálpebras
e, quando olhava para perto, os olhos se direcionaram para o nariz? Nós chamamos
essa ação de convergência. A convergência é definida pela relação entre o centro de
rotação do olho (que pode variar de um olho para outro) e o plano das lentes dos óculos
(GROSVENOR, 2004).
Quando estamos olhando para o horizonte, os nossos olhos estão alinhados, ou seja,
os eixos visuais estão paralelos. Quando algum objeto está entre esses eixos visuais (olho
direito e esquerdo) e se aproxima, os eixos visuais se encontram no objeto, até o limite,
próximo ao que conseguimos enxergar, sem desfocar ou duplicar (Ponto Próximo de
Convergência – PPC), assim, os eixos visuais estarão na direção nasal.
Tanto por reflexo quanto por ação do lobo frontal, a convergência deve estar presente
para uma eficiente ação de trabalho para perto (ONDATEGUI et al., 2004; ELDER’S,
1997). Para medir a convergência, usamos a dioptria prismática (DP) ou o ângulo mé-
trico (AM). O AM é inversamente proporcional à distância de observação. Com isso,
quanto mais se afasta esse ponto de observação, menor será o ângulo. A uma distância
de 2 metros, teremos 0,5 AM, sendo 33 cm, a convergência será 3 AM. Duane faz o
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cálculo de convergência usando como dados: distância pupilar (DP) e distância do ponto
de fixação (DPF), gerando como resultado graus de arco. Quando o paciente está no
foróptero, devidamente corrigido, colocamos a haste com uma tabela na medida de 40
cm. Vamos levar em consideração a distância dos planos das lentes (óculos ou o foróptero)
até o centro de rotação do olho, que será de 2,7 cm (27 mm). A distância de observa-
ção do paciente até a tabela que está nas hastes do foróptero será de 40 cm (400 mm).
Somando ambas as distâncias, teremos uma distância de 42,7 cm (427 mm). Contudo,
a distância entre as pupilas será relevante. Paciente com 6,4 cm (64 mm). Com esses
dados, calcularemos quanta convergência cada olho requer:
• DP: 6,4 cm (como calcularemos cada olho, usaremos o seguinte valor: 3,2 cm);
• DO: 0,427 mm de distância de observação e centro de rotação do olho;
• DP x 1/DO = 3,2 x 1/0,427 = 7,49 DP.
Multiplique por dois (dois olhos) o valor de 7,49 DP, teremos cerca de 15DP requeri-
das na convergência.
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UNIDADE Convergência
Componentes da Convergência
Os estímulos que acionarão os movimentos de convergência são:
• Quando as imagens da retina ficam borradas, por conta da mudança de interesse
dos objetos que estão no espaço visual, com isso ocorrerá a convergência acomo-
dativa (KAUFMAN; ALM, 2003);
• Muito parecido com o primeiro, quando as imagens na retina periférica, que esta-
vam na fovéola, induzem a uma mudança da distância de forma aparente do objeto
observado (vergência fusional). (KAUFMAN; ALM, 2003).
São eles:
Pseudoestimulação da Convergência
No dia a dia usamos a convergência. Como podemos provar isso? Esta subunidade
pretende usar artifícios para desestimular ou hiperestimular a convergência, e mostrar
como dependemos dela. Portanto, com as atividades em sala de aula que terão simula-
ções da realidade, você entenderá a teoria experimentando algumas simulações.
Prisma desviará a luz para a base, porém a imagem será direcionada para o ápice.
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Com isso, desviaremos a luz (eixo visual) que incide na fovéola para a outra região do
olho, ao colocar o prisma de base temporal ou nasal. Provocaremos uma disparidade
retiniana (em decorrência do desvio de luz).
Para dissociar (ou seja, separar) a acomodação da convergência, podemos usar ape-
nas lentes negativas para perto.
Na convergência proximal, basta pedir que alguém coloque algo em torno de 33 cm,
e pedir que ele olhe para longe e depois para o objeto posto a 33 cm. Observe o com-
portamento do olho dele.
Ápice
Imagem
Luz
Base
Figura 1 – Comportamento da imagem e da luz
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UNIDADE Convergência
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