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Agosto de 2021
Rio de Janeiro
Matéria divulgada no dia 06/08/2021, no site Jacobin, escrita pelo jornalista Camilo de Caso
“Privatizando os Lucros”, o jornalista divulga a Privatização dos Correios que foi aprovada pelo
projeto de lei (PL), que trata da venda da estatal a iniciativa privada, seguirá ao Senado Federal para
apreciação. Se o projeto for aprovado pelos senadores, o texto vai à sanção do presidente Jair
Bolsonaro. A expectativa do governo federal é de fazer o leilão da estatal no primeiro semestre de
2022, caso o Congresso aprove a privatização.
O Brasil, de fato, entrou na era das privatizações a partir dos anos 90, com destaque para os
dois governos de Fernando Henrique Cardoso. Muitas empresas estatais passaram então para as mãos
da iniciativa privada.
Os empregados de empresa estatal que é privatizada passa a não ter estabilidade no emprego,
mesmo não sendo possível serem demitidos sem justa motivação. Essa proteção acaba. Ele passa a
seguir regras da CLT após a privatização. Geralmente as empresas privatizadas diminuem o número
de funcionários, e geralmente utilizam o PDV (plano de demissão voluntária ) para isso.
O vínculo de emprego dos funcionários continua válido com a empresa após a privatização,
todavia admitir ou demitir alguém fica a critério exclusivo do grupo controlador da empresa, que em
geral tendem a enxugar o contingente de funcionários para aumentar os lucros. A previsão é que 40%
dos empregos nos Correios sejam extintos, aumentando o número de desempregados no país.
Outro ponto contra os funcionários é que após a privatização, os empregados perdem poder de
barganha com a empresa. Isso porque os sindicatos têm mais força na negociação com as estatais, que
estão ligadas a políticos que evitam se desgastar com a classe trabalhadora. Já as empresas da iniciativa
privada são mais rígidas nas tratativas, para evitar redução de lucros.
Segundo Rousseau (1973, p. 32) “Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja
contra toda força comum, a pessoa e os bens de cada associado e pela qual cada um, unindo-se a todos,
apenas obedeça a si próprio, e se conserve tão livre quanto antes”.