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Física Geral e Aplicada

Disciplina: Física, Tempo e Espaço

Modalidade de Curso
Curso Livre de Capacitação Profissional

Pedagógico do Instituto Souza


atendimento@institutosouza.com.br
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Tempo e espaço
Ver artigo principal: Filosofia do tempo

Concepção artística de um buraco negro, formando a lente gravitacionalao alterar o espaço-tempo em seu
torno devido a sua imensa força gravitacional

Os filósofos de física discutem os assuntos tradicionais referentes ao espaço


e ao tempo com base nas teorias historicamente concebidas,
desde Aristóteles à relatividade geral de Einstein.

Segundo Isaac Newton, o espaço é um ente físico separado e independente


dos objetos que estão contidos no seu interior. Esse ente físico, com realidade física
comparável a de uma substância, determina um referencial absoluto totalmente
inercial. Newton também defende que o tempo é contínuo e infinito e existe mesmo
com a ausência de objetos e eventos. Newton estabeleceu, assim, a filosofia física
do Substantivalismo.[173] No entanto, Gottfried Leibniz, um dos desenvolvedores
do Cálculo ao lado do próprio Newton, argumentava que o espaço contém
propriedades estritamente relacionais. Se não existissem objetos, seria impossível a
definição de espaço. De modo semelhante, se não existissem objetos ou eventos,
também não se poderia definir o tempo. Leibniz desenvolveu, assim, a filosofia física
do Relacionalismo.[173] O Relacionalismo ganhou fôlego com o advento da
relatividade geral, embora o Substantivalismo ainda tenha seguidores
atualmente.[139]

As discussões sobre a natureza do tempo e sobre simultaneidade se


iniciaram com a diferença de seus significados dentro da mecânica clássica e
da relatividade restrita. Dentro da teoria de Einstein, a simultaneidade deixa de ser
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absoluta. Os eventos que são simultâneos dentro de sistema de referências podem


não sê-lo em outro.[174] Entretanto, o alemão e filósofo da física Adolf
Grünbaum argumenta que a simultaneidade dentro da relatividade restrita é apenas
fruto de uma convenção, pois a velocidade da luz na relatividade restrita é sempre a
mesma, constante quando medida em qualquer referencial inercial, não importando
para tal seus estados relativos de movimento; não há referências, portanto, para
estabelecer uma velocidade da luz em um referencial absoluto ou específico, que,
segundo a teoria de Einstein, não existe: todos os referenciais inerciais são
igualmente equivalentes.[174][175]

Mecânica quântica

Representação do "gato de Schrödinger", experimento mental que ilustra o entrelaçamento quântico e


evidencia questões pertinentes à interpretação de Copenhague

A evolução da mecânica quântica trouxe consigo inevitáveis considerações


sobre a definição de medida e quais são as implicações de seu processo
experimental. Considerações científicas e filosóficas importantes levam não só ao
"Gato de Schrödinger" quanto a um debate em relação à impossibilidade de
simultaneidade de medidas com precisão absoluta para determinadas grandezas
na mecânica quântica.[176] Segundo Werner Heisenberg, em 1925, existe
uma incerteza na determinação da posição de uma partícula subatômica. O produto
da incerteza da posição pela incerteza de seu momento nunca será menor do que
uma certa constante numérica. Não se pode, por exemplo, medir a posição e o
momento de um elétron ao mesmo tempo; ao se medir a sua posição,
comprometemos seu momento, e vice-versa. As relações de incerteza, à primeira
vista, parecem derivar da impossibilidade inerente à natureza humana em obter tais
grandezas físicas. Entretanto, Heisenberg afirmou que a incerteza é uma
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propriedade intrínseca à partícula; se não há meios de se definir com precisão uma


grandeza física, então tal grandeza não está precisamente definida por natureza. [177]

Isto compromete profundamente o paradigma cartesiano, a


mentalidade reducionista e mecanicista do Universo, que levou o ser humano a uma
visão fragmentada e demasiadamente simplória da verdade. Segundo
o determinismo científico, tudo que existe não passa de partículas pontuais e seus
movimentos são para sempre estritamente determinados quando se mensuram
as posições e as velocidades de todas as partículas no momento atual. Não
considerando a incerteza, é possível conhecer as posições de todas as partículas do
Universo e as suas respectivas velocidades em um dado instante e poder-se-ia
conhecer com exatidão todo o passado e o futuro, fosse qual fosse o instante
desejado.[178] Admitindo-se a incerteza como algo intrínseco às partículas
subatômicas, seria impossível saber o passado e o futuro de forma absoluta,
quebrando, assim, os pilares de sustentação do reducionismo e do determinismo.
A complexidade e a probabilidadedeixariam de ser vistos como algo inerente à
incapacidade do ser humano em estabelecer grandezas físicas estritamente
precisas, mas passariam a ser conceitos válidos e incontestáveis dentro da física
moderna.[179]

Werner Heisenbergformulou originalmente o Princípio da Incerteza


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Defensores do paradigma cartesiano afirmam que se o Princípio da


Incerteza é válido e, portanto, não há mais possibilidades de se obter com precisão
estrita a posição e a velocidade, então não há mais condições de afirmar seu estado
físico momentâneo. Sem a possibilidade de conhecer seu estado físico, as
experiências físicas são incapazes em mensurar qualquer grandeza física, o que
põe em cheque todo o conhecimento físico e a própria física. Segundo esse
pensamento, portanto, o conhecimento sobre o mundo físico não passa de um
simples blefe, abrindo margem para a validação de pseudociências.[180] Porém, esta
afirmação, além de radical, é falsa. De fato, o princípio da incerteza impõe restrições
às medidas estritamente precisas, mas tal incerteza é observável apenas no mundo
subatômico e pode ser desprezada no mundo macroscópico.[177]

Albert Einstein foi um dos defensores do paradigma cartesiano. Embora


tenha sido um dos fundadores da mecânica quântica, não aceitava a visão de
Heiseberg e a interpretação de Copenhague, afirmando que a teoria quântica estava
incompleta: a incerteza na verdade seria a falta de conhecimento sobre variáveis
ocultas.[181] Segundo Einstein, "Deus não joga dados com o
Universo".[182] Juntamente com Boris Podolsky e Nathan Rosen, publicaram um
artigo, que ficou conhecido como paradoxo EPR, onde afirmavam que: 1) se em um
sistema que não for perturbado onde pode-se prever com precisão o valor de uma
grandeza física, então existe um elemento da realidade física correspondente a esta
grandeza física e 2) dois sistemas não podem influenciar-se mutuamente quando
estão grandemente distanciados, todas as interações são portanto
"locais".[181]Porém, em um artigo publicado em 1964, John Stewart Bell afirmou que
as possíveis "variáveis ocultas" de Einstein, Podolsky e Rosen não são compatíveis
empiricamente com a mecânica quântica. Se as possíveis variáveis ocultas fossem
verdadeiras, existiria uma série de desigualdades, conhecidas como
as desigualdades de Bell. Se a mecânica quântica ortodoxa for verdadeira, tais
desigualdades não ocorrem. A discussão sobre a existência de variáveis ocultas
determinísticas e locais saiu do campo filosófico e foi passado para o campo
experimental, mas tais debates ainda não cessaram.[183]
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Deste modo, os filósofos da física encaram questões filosóficas que


abordam questões mais gerais, como o paradigma cartesiano e o positivismo.
Filosoficamente e historicamente, a mecânica quântica nega o determinismo estrito
e pontual, apoiando-se na interpretação de Copenhague, onde o mensuramento e o
determinismo para partículas subatômicas ganham um novo sentido filosófico, não
podendo ser generalizados para a física clássica, isto é, para sistemas
macroscópicos de partículas, onde a visão mecanicista do mundo ainda vigora e é
essencial para a manutenção dos conhecimentos físicos já alcançados.[184] Filósofos
mais moderados defendem a continuação das bases da mecânica quântica, mas
defendem que as mecânicas clássica e quântica tenham ontologias totalmente
independentes, isto é, as ontologias das duas mecânicas devem ser
incomensuráveis.[185] Porém, os defensores do paradigma cartesiano e do
positivismo sugerem que a própria mecânica quântica encontre uma solução; alguns
defendem a superação da Equação de Schrödinger, que é a base fundamental de
toda a mecânica quântica moderna, para outra que consiga garantir suas posições
filosóficas tanto na mecânica quântica quanto na física clássica, ou seja, a precisão
e a certeza nas medidas deveriam ser válidas, seja no mundo microscópico quanto
no macroscópico, negando assim a existência do Princípio da Incerteza. [186]

Física estatística

Gráfico representando o movimento browniano em três dimensões


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A física estatística tem por objetivo o estudo dos sistemas constituídos por
"incontáveis" partículas, tão numerosas que se torna impraticável a sua descrição
através da consideração de cada uma das suas partículas isoladamente. Tais
sistemas não são raros e uma simples amostra de gás confinado em uma garrafa
seria um exemplo. As ferramentas para solução dessa questão residem nos
conceitos de probabilidade e de estatística.[187]

Surge, então, um problema filosófico em relação ao questionamento sobre a


exata definição de probabilidade. Alguns filósofos sugerem que a probabilidade seja
a medida da "ignorância" sobre um número real.[188] Entretanto, esta definição é
bastante subjetiva e não explica o sentido de probabilidade usada pela física
estatística ou pela mecânica quântica. Em termos físicos, a probabilidade ganha um
sentido mais concreto. A probabilidade é uma propriedade intrínseca a alguns
processos físicos e não depende do "nível de conhecimento" do físico experimental.
Um átomo pode decair radioativamente sob certa probabilidade entre 0 e 1 e isso
não depende da quantidade de "ignorância" do observador. Isso é fundamental para
a própria existência da física estatística, que é a teoria dos processos físicos
probabilísticos.[189]

Dentro dos processos probabilísticos está arraigada a noção de entropia,


conceito fundamental também em termodinâmica. Ludwig Boltzmann propôs que a
direção da "flecha do tempo" é determinada pela entropia.[190] Desde então, os
filósofos debatem contra e a favor da tese de Boltzmann. Para alguns, a entropia,
em termodinâmica, não pode ser generalizada para eventos universais. [73] É
necessário que haja determinismo estrito e pontual, inconcebível dentro da
mecânica quântica; a direção do tempo determinado pela entropia não passaria de
um ponto de vista metafísico.[191] Entretanto, outros afirmam que é absolutamente
possível conciliar as duas teorias e que a direção do tempo é realmente determinada
pela entropia.[191] A segunda corrente de ideias está grandemente relacionada ao
relacionalismo de Leibniz, onde o tempo existiria apenas se existissem objetos e
eventos em constante complexidade, que pode ser traduzida como a própria
entropia.[139]
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Física experimental

Diagrama de um interferômetro como usado na Experiência de Michelson-Morley

Os filósofos da física tradicionalmente se preocupam com a natureza


das teorias científicas, isto devido em grande parte ao papel central que
a epistemologia da ciência teve na filosofia, principalmente após o início do século
XX.[192] Em vista do advento das teorias modernas na física, foi a partir de então que
os filósofos e historiadores de física começaram a ficar mais atentos à física
experimental e têm argumentado que o experimento tem seus
próprios métodos e práticas, que podem se diferenciar e serem incomensuráveis
dentro da diversidade do escopo da física experimental.[193]

Para Thomas Kuhn, a ciência normal é realizada dentro de um determinado


paradigma científico praticamente estável, mesmo com a presença de anomalias
que contrariam tal paradigma.[134] Analisando-se as revoluções científicas, Kuhn
percebeu que estas estão associadas a mudanças de paradigma. [134] Um paradigma
não é banido imediatamente quando a física experimental encontra uma anomalia,
mas apenas quando o próprio paradigma já não mais suporta a quantidade de
anomalias.[134] Segundo Imre Lakatos, que usa um conceito semelhante conhecido
como programa de pesquisa,[169] tais mudanças de ponto de visão não ocorrem
abruptamente. Consequentemente, não existem experimentos cruciais na História
da física.[169] A concepção de Éter, para Lakatos, não foi abandonada abruptamente
com a Experiência de Michelson-Morley, mas sim abandonada lentamente e
historicamente.[169]
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Física e sociedade

Vista aérea da Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN), aos arredores
de Genebra, Suíça.

A física e as outras ciências naturais são o motor de propulsão de


numerosas instituições científicas de grande importância. Tais instituições, como
a Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN) demandam não
apenas imensos investimentos,[194] mas também o mais refinado contingente
humano que se pode disponibilizar.[195] Os países desenvolvidos e em
desenvolvimento aplicam uma significativa parcela de seu produto interno
bruto (PIB) na investigação científica em geral.[196] Deste montante, uma parte
importante é destinada para a física, suas divisões e e aplicações à Engenharia e
à Indústria.[196] Tais países também mantêm um aparelho burocrático para a
administração desses investimentos.[197] Tais aparelhos constituem-se de órgãos
executivos e de assessoria especializada na condução e organização dos assuntos
relacionados à pesquisa científica pura e aplicada.[197] A criação dessa máquina
pública foi resultado de uma lentíssima evolução, dependente do amadurecimento
de numerosos fatores e demandas que não necessariamente estavam ligados à
pesquisa científica, mas sim originados no amplo processo de substituição da cultura
durante a revolução científica.[198]

Essa evolução na física ganhou ares de uma revolução autêntica; o sistema


heliocêntrico de Copérnico e a introdução do experimento como argumento para
provar afirmações, tendo Galileu Galilei como pioneiro, abalaram definitivamente o
paradigma aristotélico dominante no pensamento filosófico até a Idade
Média.[199] A astronomia tornou-se também uma ciência moderna com a primeira
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grande unificação da física, quando Isaac Newton uniu a física dos Céus e da Terra
sob a gravitação universal[49] e com a considerável evolução na navegação,
primeiramente com a utilização do astrolábio[200] e posteriormente com a invenção
de relógios mais precisos que marcaram um fim nos problemas da navegação,
problema que a filosofia natural Medieval não foi capaz de encontrar uma
solução.[201] A destruição do sistema filosófico e religioso herdado da cultura
medieval e as conquistas práticas das grandes navegações libertaram a filosofia
natural de sua posição de contemplação e especulação, e pavimentaram o caminho
para uma era mais moderna em que passou a ter a ciência moderna como
instrumento de transformação.[198]

Durante o renascimento italiano, as primeiras universidades ditas modernas


foram criadas. Essas universidades abriram a oportunidades para novas atividades
intelectuais.[202]Embora o paradigma aristotélico ainda fosse uma herança medieval
até meados do século XIX, permitiram a divulgação de obras de grandes
pensadores, como Galileu Galilei.[203] As primeiras sociedades científicas são
italianas, como a Accademia Nazionale dei Lincei, fundada em 1603 em Roma, e
a Accademia del Cimento, fundada em Florença em 1651. Em seguida foi fundada
na Inglaterra em 1662 a Royal Society e a Académie des Sciences, na França em
1666. No final do século XVIII, havia aproximadamente duzentas sociedades
científicas na Europa.[204]

Membros da Royal Society em 1952


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Essas sociedades, ou academias, originaram-se com o intuito de dar à ciência, e


sobretudo à física, um novo panorama. Segundo Robert Hooke, em 1663, ao redigir
os estatutos da Royal Society, os objetivos da sociedade científica eram o
aperfeiçoamento do conhecimento dos componentes da Natureza e de todos os
artefatos úteis, produtos e práticas mecânicas, invenções e engenhos por meio da
experimentação. Deve-se também observar a não-especulação sobre assuntos
referentes
a divindades, metafísica, moral, política, gramática, retórica ou lógica.[205] As
sociedades científicas tinham por objetivo aprimorar o conhecimento científico, mas
eram organizações muito fechadas e excludentes, mantidas por seus membros, que
eram pessoas de renda própria e alta posição social. Não havia remuneração ou
recompensas financeiras pelo trabalho científico.[198] John Harrison, inventor do
relógio mais preciso até então, levou praticamente toda a sua vida para reclamar o
prêmio oferecido pela Royal Society para tal feito.[206] Essa situação continuou até a
segunda metade do século XIX, quando as universidades começaram a incorporar
que forma institucional a ciência. Apenas a partir dessa época o cientista pôde
utilizar uma sólida estrutura para a sua formação. Antes disso, praticamente todos
os cientistas eram autodidatas.[198]

O Observatório de Paris, fundada como anexo da Académie Royale des Sciences, e


o Observatório Real de Greenwich, fundada em 1675, foram as primeiras instituições
dedicadas à áreas relacionadas à física e amparadas pelo poder central das
respectivas nações. Suas criações dependeram intensamente do crédito científico
obtido na solução de problemas de astronomia necessários ao desenvolvimento da
navegação.[207] Foram também as primeiras organizações, e as únicas durante muito
tempo, a oferecer uma cadeira regular a um especialista de alguma área da
física.[198] Entretanto, nos séculos XVIII e XIX, houve a ausência grandes
desenvolvimentos na organização social da física. Quase todo o desenvolvimento
nesta área está confinada ao século XX, especialmente devido
às Primeira e Segunda guerras mundiais, onde era necessário o desenvolvimento de
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armas sofisticadas que exigiam conhecimentos avançados de física, como


na Aerodinâmica, física nuclear, entre outros.[208]

Pesquisas físicas atuais


Ver também: Problemas em aberto da física

Efeito Meissner, um magneto suspenso sobre um supercondutor

A pesquisa em física está progredindo continuamente em várias frentes.


Na física da matéria condensada, um importante problema em aberto é
a supercondutividade a alta temperatura.[209] Na física aplicada, muitos experimentos
de matéria condensada estão objetivando a fabricação de aparelhos e
computadores magnetoeletrônicos[210] e quânticos.[211]

Na física de partículas, as primeiras evidências experimentais de física além


do modelo padrão começaram a aparecer, como a possibilidade
do neutrino ter massa.[212] Atualmente, os aceleradores de partículas são capazes de
operar em energias da ordem de tera-elétrons-volt.[213] Os físicos teóricos e
experimentais, no CERN e no Fermilab, tentam encontrar o bóson de Higgs, a única
partícula ainda a ser descoberta segundo o Modelo Padrão. [214] Para tal,
equipamentos sofisticadíssimos foram construídos, como o Large Hadron Collider, o
maior acelerador de partículas já construído do mundo.[215]

A gravidade representa uma das mais importantes questões abertas na


física moderna.[72] As tentativas teóricas de unificar a mecânica quântica e
a relatividade geral em uma única teoria da gravitação quântica, um programa de
pesquisas que perdura por mais de cinquenta anos, ainda não foi
resolvido.[72] Existem modelos matemáticos que tentam conciliá-los, como a teoria
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das cordas e a gravidade quântica em loop.[72] Muitos


fenômenos astronômicos e cosmológicos, a assimetria bariônica, a aceleração da
expansão do Universo e o problema da maior velocidade angular das galáxias ainda
carecem de descrições satisfatórias.[216] Embora se tenha feito progresso na
mecânica quântica de altas energias e na Astrofísica, muitos fenômenos cotidianos
ainda são fracamente entendidos, como a turbulência, sistemas complexos e
o caos.[217]

Notas

1. A Física é, de facto, uma ciência de extrema importância para todos os avanços tecnológicos que
aconteceram e acontecem no nosso Mundo. Ela está presente em quase todos os mecanismos,
simples e complexos, que utilizamos no nosso quotidiano. Porém, não foi somente a Física que
"criou" a tecnologia, mas sim esta em conjunto com outras diversas áreas como a Química,
a Biologia, as Engenharias, etc.
2. Segundo Richard Feynman: "A filosofia da ciência é tão útil para o cientista quanto a ornitologia
para os pássaros." ou, nas palavras de Bertrand Russell: "Ciência é o que você sabe. Filosofia é o
que você não sabe."
3. Teoria, em seu sentido científico estrito, refere-se à união indissociável de um corpo de idéias
testáveis e falseáveis frente a fatos naturais e do conjunto de todos os fatos conhecidos; na
ausência de contradição, costuma-se especificar apenas o subconjunto de fatos mais relevantes à
teoria em questão. Contudo, mesmo entre os cientistas, a palavra teoria é muitas vezes usada
como referência ao corpo de idéias apenas, ficando o conjunto de fatos subentendido. Não é
difícil identificar o sentido adequado a cada situação. Contudo este não deve nunca perder de
vista a definição restrita em suas considerações.
4. Embora grande parte dos resultados e observações experimentais sejam obtidos a partir de
experimentos montados com objetivos pré-definidos, este procedimento está longe de ser um
procedimento exclusivo de obtenção dos dados, fatos e respostas necessários à construção e
evolução das teorias científicas. A invenção e aplicações decorrentes do laser, a unificação das
teorias da eletricidade e o magnetismo via experiência de Ørsted, e mesmo a aplicação
do viagra como estimulante sexual são exemplos de "surpresas" e implicações inesperadas de
resultados experimentais que não podem ser renegados ao considerar-se possíveis implicações
filosóficas da "objetividade pré-definida" do procedimento teórico experimental dentro da ciência.
5. Respectivamente nas palavras de Jacob Bronowski, Thomas Hobbes e Konrad Lorenz: "O
homem domina a natureza não pela força, mas pela compreensão. É por isto que a ciência teve
sucesso onde a magia fracassou: porque ela não buscou um encantamento para lançar sobre a
natureza"; "ciência é o conhecimento das consequências, e da dependência de um fato em
relação a outro."; "A verdade na ciência pode ser mais bem definida como a hipótese de trabalho
mais adequada para abrir o caminho até a próxima hipótese. É um bom exercício para um
pesquisador livrar-se de uma hipótese favorita todo dia, antes do café da manhã. Isso o manterá
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Referências

Disponível em : https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADsica. Acesso em 10 de outubro de 2016.

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