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TEMA: HERESIAS NAS IGREJAS; O FALSO

EVANGELHO!
AULA Nº27
ASSUNTO: G12-AS VELHAS HERESIAS -PARTE
3
Texto: II Pe 3.15,16
Introdução:
Na última aula falamos sobre a estrutura do
movimento G12; hoje estaremos estudando algumas
de suas doutrinas.
Na verdade não existe nenhuma novidade no
movimento G12, 90% das suas doutrinas pertencem
ao movimento neopentecostal, tais como: Quebra de
maldições, cura interior, libertação, terapia de
regressão, prosperidade, etc...
Observamos estas doutrinas ensinadas em muitas
igrejas evangélicas; entretanto, o G12 tem uma
diferença e ela está em sua estrutura. As heresias
são ensinadas nas células e praticadas nos
encontros. O G12 promete ser uma nova “reforma”,
mais na verdade não passa de uma nova onda de
aberrações no mar de heresias da igreja evangélica
brasileira.
Nesta aula não estudaremos sobre heresias, tais
como: Quebra de maldições, cura interior,
prosperidade, etc...; haja vista já terem sido
refutadas nas aulas anteriores. No assunto de hoje
nos deteremos na forma com que interpretam a
Bíblia os adeptos do G12 e também naquilo que for
peculiar ao movimento.
Distorcer as escrituras não é algo ligado apenas ao
G12 ou ao neopentecostalismo moderno, mais uma
prática corrente já na época apostólica.
I- A interpretação bíblica segundo o G12
Antes de analisarmos as principais idéias do
movimento G12, precisamos ver como eles
interpretam as escrituras. Primeiramente quero
deixar claro que eles afirmam serem obedientes as
escrituras (do mesmo modo que muitas seitas
também o dizem), o problema está em como a
interpretam.
I.a) Ambigüidade na interpretação
Em outras palavras, os textos são tratados de forma
relativa podendo ter vários significados.
Exemplos:
1)Joel 2.28
Este texto se refere ao derramar do Espírito Santo
sobre a nação de Israel no fim dos tempos (Zc
12.10; 13.1,7-9; Rm 11.25-28) e, devido ao
endurecimento de Israel, foi derramado aos gentios
(At 2.14-18). Apesar de todas as evidências do
contexto, o G12 diz que os sonhos e visões de Joel
2.28 se referem ao G12.
2)Habacuque 2.2
Em Hc 2.2 a palavra visão claramente se refere à
visão que o profeta teve em resposta a sua oração;
mais para o G12 também é a visão de César
Castellanos.
3)Jr 23.28
Ao analisar o contexto posterior, percebemos
claramente que este texto mostra a diferença entre o
falso profeta que fala de si próprio, e o profeta de
Deus que fala a  Palavra de Deus; entretanto para o
G12 pode soar como se Deus desejasse que
contassem os seus sonhos.
Obs:
        Sonho no G12 é o desejo dos líderes; a
aspiração por um novo sistema eclesiástico  ou pode
ainda ser as experiências pessoais dos seus líderes
através de sonhos e visões.
        Visão é a revelação nova de igreja dada a
César, Valnice , René, etc...
        Multiplicação é o crescimento “explosivo”
através do G12.
I.b) Hermenêutica simbólica e figurada
Todos os detalhes possuem simbolismo.
Exemplos:
1)Jo 4.30
Segundo afirma o G12, é necessário sair da cidade
para ter um encontro com Deus (referindo-se aos
encontros).
2)II Rs .10,14
Esta experiência serviu de base pra um dos
“rebatismos” promovidos pelo G12 em 8/02/04 no
lugar chamado Praia Dourada. O evento foi
chamado de batismo de Naamã.
I.c) Subjetividade da interpretação.
A interpretação é retirada do contexto e baseada nas
experiências pessoais dos líderes.
Exemplo:
1)Mt 3.13-17
Castellanos aplica esta passagem a uma suposta
experiência que teve:
      “Quando sai das águas, senti literalmente no
espírito que os céus se abriram e que Deus enviava
o seu Espírito.”
II- Doutrinas
II.1-O homem
No G12 existe um antropocentrismo (ensino que
enfatiza o homem; o homem no centro de tudo)
claro. Os ensinos de César Castellanos estão
impregnados deste antropocentrismo, no mínimo
quanto a ele mesmo, pois por vezes se coloca como
centro das atenções.
Certa feita, Castellanos afirmou que o Espírito Santo
lhe disse o seguinte após ter orado: “...E por que
tardaste tanto a decidi-lo? Por que até agora tu
eras o pastor e eu teu auxiliar? Tu me dizias:
Espírito Santo abençoa esta pessoa e esta obra,
abençoa o que vou pregar, abençoa a igreja e eu
tinha que fazê-lo!”
Valnice declara a respeito do suposto horário de
adoração a Maria das 18h: “...Pai, comoautoridade
espiritual desta nação, revogo o decreto de Roma
e estabeleço um outro decreto...”
“...o milagre ocorre quando eu libero o poder do
Espírito Santo. E então ocorrem milagres, pois as
pessoas são transformadas.”
Irmãos; onde fica nesta questão a soberania de
Deus? E os seus atributos?
Para o G12, Deus depende da vontade humana
I.2-A salvação
Devido ao antropocentrismo, há uma deturpação da
doutrina da salvação. A bandeira da salvação pela fé
tão defendida pelos apóstolos do Senhor, pelos pais
e pelos reformistas da igreja, bem como a doutrina
da certeza da salvação, são deixadas de lado. Rm
8.28-39
A proteção do cristão depende das suas forças; das
batalhas espirituais, dos seus decretos, do que ele
faz e do que ele fala! Sua vida fica a mercê das suas
atitudes. Palavras e gestos podem supostamente
abrir portas para que o Diabo entre em nossas vidas,
bem como maldições, etc... Daí vem às práticas nos
encontros das terapias de regressão, quebra de
maldições, cura interior, libertação, etc...
Eles esquecem de textos como: Jo10.7,27-30;
17.12,15,20 e I Jo 4.4; 5.18.
A longanimidade e misericórdia do Senhor também
são ignoradas.
II.3-Igreja
Para o movimento G12, Deus lhes deu uma nova
“visão” eclesiástica e alem disso, é a única correta.
Isto ganha um tom escatológico, pois afirmam que é
o modelo final de igreja. Segundo o G12, esta igreja
final é avivada e sobrenatural. O problema está em
que; como avivada, entendem uma igreja com a
manifestação de sinais e estes, por sua vez, são
aqueles sinais bizarros do movimento
neopentecostal.
Afirmam que haverá um poderoso mover de Deus e
que ele já começou, só que este mover são as
besteiras que acontecem nos encontros, são as
visões, sonhos, profetadas e revelações dos líderes.
Devemos lembrar que não existe avivamento
verdadeiro sem quebrantamento de coração,
arrependimento, mudança de atitude, vida de
comunhão constante com Deus e desejo ardente de
conhecer a Palavra e apresentar o Evangelho ao
perdido. Todos os avivamentos bíblicos foram
acompanhados destas manifestações; além de
sofrimento e perseguições.
Sobre os sinais, veja: II Ts 2.7-12; Ap 13. 11-18
A Bíblia fala ainda sobre uma grande apostasia no
final dos tempos I Tm 4.1,2; II Tm 3. 1-5; II Pe 2. 1-
3; Ap 3. 14-17
Uma outra característica deste suposto mover de
Deus é a quebra da estrutura ortodoxa eclesiástica
para a implantação do G12.
Por fim, existe um forte apelo de marketing
empresarial no G12.
Conclusão:
O G12 apresenta as mesmas heresias do
movimento neopentecostal, sua interpretação bíblica
se baseia em princípios, tais como: ambigüidade,
hermenêutica simbólica e subjetividade. Suas
doutrinas centralizam o homem, transformam o
conceito bíblico de salvação e advogam um
cumprimento profético do final dos tempos para o
seu modelo de igreja.
Por todos os motivos expostos nesta aula e os
estudados anteriormente, a “visão dos 12” deve ser
descartada, tratando-se de um perigo para as igrejas
locais, espalhando a heresia e causando divisões. O
G12 é um verdadeiro câncer no seio de algumas
denominações e deve ser tratado como um desvio
doutrinário bastante sério e combatido com
veemência.

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