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Introd Algebra Exercicios Resolvidos 5 Lenimar N Andrade
Introd Algebra Exercicios Resolvidos 5 Lenimar N Andrade
A1) Sejam A = × , (a, b) ⊕ (c, d) = (a + c, b + d), (a, b) ⊗ (c, d) = (ac − bd, ad + bc),
onde a, b, c, d ∈ . Mostre que (A, ⊕, ⊗) é um anel, verifique se é comutativo e se
tem unidade.
Solução: Sejam (a, b), (c, d), (e, f ) três elementos genéricos de A. Temos que:
• (a, b)⊕(c, d) = (a+c, b+d) = (c+a, d +b) = (c, d)⊕(a, b); logo, ⊕ é comutativa.
• [(a, b) ⊕ (c, d)] ⊕ (e, f ) = (a + c, b + d) ⊕ (e, f ) = ((a + c) + e, (b + d) + f ) =
(a + (c + e), b + (d + f )) = (a, b) ⊕ (c + e, d + f ) = (a, b) ⊕ [(c, d) ⊕ (e, f )]; logo,
⊕ é associativa.
• (a, b) ⊕ (0, 0) = (a + 0, b + 0) = (a, b); logo, ⊕ tem elemento neutro (0, 0).
• (a, b)⊕(−a, −b) = (a+(−a), b+(−b)) = (0, 0); logo, todo elemento (a, b) possui
um inverso aditivo (−a, −b).
• [(a, b) ⊗ (c, d)] ⊗ (e, f ) = (ac − bd, ad + bc) ⊗ (e, f ) = ((ac − bd)e − (ad +
bc) f, (ac − bd) f + (ad + bc)e) = (ace - bde - adf - bcf, acf - bdf + ade + bce)
e
(a, b) ⊗ [(c, d) ⊗ (e, f )] = (a, b) ⊗ (ce − d f, c f + ed) = (a(ce − d f ) − b(c f +
ed), a(c f + ed) + b(ce − d f )) = (ace-adf- bcf - bed, acf+aed + bce - bdf ) Logo,
[(a, b)⊗(c, d)]⊗(e, f ) = (a, b)⊗[(c, d)⊗(e, f )] o que significa que ⊗ é associativa.
• (a, b) ⊗ (c, d) = (ac − bd, ad + bc) = (ca − db, cb + da) = (c, d) ⊗ (a, b); logo, ⊗
é comutativa.
• (a, b) ⊗ [(c, d) ⊕ (e, f )] = (a, b) ⊗ (c + e, d + f ) = (a(c + e) − b(d + f ), a(d + f ) +
b(c + e)) = (ac + ae − bd − b f, ad + a f + bc + be)
e
(a, b) ⊗ (c, d) ⊕ (a, b) ⊗ (e, f ) = (ac − bd, ad + bc) ⊕ (ae − b f, a f + be) =
(ac − bd + ae − b f, ad + bc + a f + be). Logo, (a, b) ⊗ [(c, d) ⊕ (e, f )] =
1
(a, b) ⊗ (c, d) ⊕ (a, b) ⊗ (e, f ). Como ⊗ é comutativa, temos também que
[(c, d) ⊕ (e, f )] ⊗ (a, b) = (a, b) ⊗ [(c, d) ⊕ (e, f )] = (a, b) ⊗ (c, d) ⊕ (a, b) ⊗ (e, f ) =
(c, d) ⊗ (a, b) ⊕ (e, f ) ⊗ (a, b). Portanto, ⊗ é distributiva com relação a ⊕.
• (a, b) ⊗ (1, 0) = (a · 1 − b · 0, a · 0 + b · 1) = (a − 0, 0 + b) = (a, b). Logo, ⊗ tem
elemento neutro (unidade) que é o (1, 0).
Todos os itens anteriores juntos mostram que (A, ⊕, ⊗) é um anel comutativo com
unidade.
Observação. As operações ⊕ e ⊗ definidas entre (a, b) e (c, d) neste exercı́cio são
semelhantes às que são definidas nos números complexos a + bi e c + di. Veja os
seguintes exemplos:
• Em A temos:
◦ (1, 2) ⊕ (3, 4) = (1 + 3, 2 + 4) = (4, 6)
◦ (1, 2) ⊗ (3, 4) = (1 · 3 − 2 · 4, 1 · 4 + 2 · 3) = (−5, 10)
• Em temos:
◦ (1 + 2i) + (3 + 4i) = (1 + 3) + (2 + 4)i = 4 + 6i
◦ (1 + 2i)(3 + 4i) = 1 · 3 + 1 · 4i + 3 · 2i + 8i2 = 3 + 4i + 6i − 8 = −5 + 10i.
Solução:
2
◦ f (x) + (− f (x)) = O(x), ∀x ∈
◦ ( f (x) · g(x)) · h(x) = f (x) · (g(x) · h(x)), ∀x ∈
◦ f (x) · (g(x) + h(x)) = f (x) · g(x) + f (x) · h(x) e ( f (x) + g(x)) · h(x) =
f (x) · h(x) + g(x) · h(x), ∀x ∈
◦ f (x) · g(x) = g(x) · f (x), ∀x ∈
◦ f (x) · I(x) = f (x), ∀x ∈ , onde I(x) é a função constante 1: I(x) = 1.
Logo, (F , +, ·) é um anel comutativo com unidade. Para mostrar que F não é
anel de integridade, devemos mostrar exemplos de duas funções contı́nuas não
nulas cujo produto é nulo. Por exemplo, sejam f, g : −→ definidas por
f (x) = |x| + x e g(x) = |x| − x. Veja gráficos a seguir.
Temos que f e g não são funções nulas, mas ( f · g)(x) = f (x) · g(x) = (|x| +
x)(|x| − x) = |x|2 − x2 = x2 − x2 = 0, ∀x ∈ .
b) Para mostrar que (F , +, ◦) não é um anel, basta encontrar exemplos de funções
em que falhe alguma das propriedades de anel. Por exemplo, consideremos
f : −→ , g : −→ e h : −→ definidas por f (x) = x2 , g(x) = 3x e
h(x) = x + 1. Temos que:
1 ( f ◦ (g + h))(x) = ( f (g + h))(x) = f (3x + x + 1) = f (4x + 1) = (4x + 1)2 =
16x2 + 8x + 1,
2 ( f ◦g+ f ◦h)(x) = ( f ◦g)(x)+( f ◦h)(x) = f (g(x))+ f (h(x)) = f (3x)+ f (x+1) =
(3x)2 + (x + 1)2 = 10x2 + 2x + 1.
Logo, f ◦ (g + h) , f ◦ g + f ◦ h. Isso significa que a “multiplicação” ◦ não
é distributiva com relação à adição + definidas no conjunto F , e, consequente,
ele não é um anel.
3
b) −
c) {m + 15 n | m, n ∈ }
d) {−1, 0, 1}
Solução:
4
b) Basta escolher dois elementos que não comutem em um" anel A#que não seja
1 2
comutativo. Por exemplo, sejam A = M2×2 (), α = ∈ Aeβ =
0 −1
" # " # " # " #
0 1 1 0 2 7 1 3
∈ A. Temos α2 = , αβ = , β2 = ,α+β =
1 3 0 1 −1 −3 3 10
" # " # " #
1 3 4 9 6 17
o que implica em (α + β)2 = e α2 + 2αβ + β2 = , de
1 2 3 7 1 5
onde podemos observar que (α + β)2 , α2 + 2αβ + β2 .
Solução:
b) Para o conjunto ser um subcorpo, entre outras propriedades, ele precisa ser
fechado para a multiplicação.
√ Escolhendo-se
√ a = 1, b = 0 e depois a = 2,
b = 0, √obtemos
√ que x = 2 e y = 2 2 são dois elementos de S . Como
x · y = 2 · 2 2 = 4 < S , temos que S não é subcorpo de .
√3 √
3 2 √
3
c) Seja x = 3 ∈ S . Temos que x = √3 = √3 √3 2 = 39 < S . Logo, S não é um
−1 1 3
3 3 3
subcorpo de .
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√ √ √ √
◦ x − y = (a + b 2) − (c + d 2) = (a − c) + (b
| {z } | {z }− d) 2 ∈ [ 2]
∈ ∈
√ √ √ √
◦ x · y = (a + b 2)(c + d 2) = |
(ac {z
+ 2bd) + (ad
} | {z } + bc) 2 ∈ [ 2]
∈ ∈
√
Fica mostrado dessa forma que [ 2] é um subanel de . Para ser subcorpo,
faltam ainda outras propriedades:
√ √ √
◦ Escolhendo a = 1 e b = 0 temos que 1 = 1 + 0 2 ∈ [ 2] ⇒ [ 2] tem
unidade
√ √ √
◦ x · y = (a √+ b 2)(c√ + d 2) = (ac + 2bd) +√ (ad + bc) 2 e
y · x =√(c + d 2)(a + b 2) = (ca + 2db) + (da + cb) 2 ⇒ x · y = y · x
⇒ [ 2] é comutativo
√ √
◦ Seja x = m + n 2 um elemento não nulo de [ 2]. O inverso multiplica-
m−n
√
2 m −n √
tivo x−1 é igual a m+n1 √2 = (m+n √2)(m−n √2) = 2 2
+ 2 − 2n2
2 que é
m − 2n
| {z } | {z }m
∈ ∈
√
um elemento de [ 2].
b) De modo semelhante ao que foi feito no item (a), podemos mostrar que se
√ √
p for um primo positivo, [ p] = {a + b p | a, b ∈ } é um subcorpo de
√ √ √
. √Obtemos, dessa forma, uma infinidade de corpos [ 2], [ 3], [ 5],
[ 7], · · · todos contidos em e contendo o conjunto .
Solução:
(" # )
a 0
a) Consideremos A = M2×2 e B = |a ∈ . Temos que B é um subanel
0 0
" # " #
1 0 1 0
de A, 1A = , 1B = e 1A , 1 B .
0 1 0 0
b) Sejam B = 2 = inteiros pares e A = com as operações de adição e
multiplicação usuais. Temos que B é subanel de A, existe 1A = 1 ∈ , mas
não existe 1B.
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A8) Mostre detalhadamente que se A for um anel de integridade e a ∈ A for tal que
a2 = 1, então a = 1 ou a = −1.
A9) Mostre detalhadamente que se A for um anel de integridade e a ∈ A for tal que
a2 = a, então a = 0 ou a = 1.
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Solução:
Solução: ā e b̄ são divisores de zero de 15 se eles forem não nulos e ā· b̄ = 0̄, ou
seja, a · b = 0̄ ⇒ a · b é um múltiplo de 15 ⇒ a, b ∈ {3, 5, 6, 9, 10, 12}, um conjunto
formado por divisores de 15 e seus múltiplos maiores do que 1 e menores do que 15.
Portanto, os divisores de zero de 15 são 3̄, 5̄, 6̄, 9̄, 10, 12.
B1) Seja A um anel no qual x2 = x para todo x ∈ A. Mostre que x = −x para todo
x ∈ A. (Sugestão: calcule (x + x)2 .)
B2) Seja A um anel no qual x2 = x para todo x ∈ A. Mostre que A é um anel comu-
tativo. (Sugestão: calcule (x + y)2 .)
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outro lado, (x+y)2 = x+y e daı́ x+xy+yx+y = x+y. Somando-se (−x)+(−y) aos dois
membros da última igualdade, obtemos: x+(−x)+xy+yx+y+(−y) = x+(−x)+y+(−y),
ou seja, xy + yx = 0. Usando o exercı́cio B1, temos yx = −yx. Portanto, xy − yx = 0
de onde obtemos que xy = yx para quaisquer x, y ∈ A, ou seja, o anel A é comutativo.
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(a) x = 2 · y + 15
(b) y = 2 · 15 + 13
(c) 15 = 1 · 13 + 2
(d) 13 = 6 · 2 + 1
Do item (a), temos que 15 = x−2y que substituı́do em (b) fornece y = 2·(x−2y)+13,
ou seja, y = 2x − 4y + 13 ⇒ 5y − 2x = 13. Do item (c), temos 2 = 15 − 13 que
substituindo em (d) fornece 13 = 6·(15−13)+1 que é equivalente a 7·13−6·15 = 1,
ou seja, 7(5y − 2x) − 6(x − 2y) = 1 que equivale a |{z} −20 x = 1 ⇒ 47y − 20x =
47 y |{z}
=b =a
1̄ ⇒ 47· ȳ− |{z}
20 · x̄ = 1̄ ⇒ 47·43 = 1̄ de onde concluı́mos que o inverso multiplicativo
=0̄
de 47 em 101 é o elemento 43.
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