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Fábio Merçon e Samantha Viz Quadrat

Com o final da Segunda Guerra Mundial, alguns historiadores se debruçaram sobre a tentativa de explicar o que havia
ocorrido com a humanidade nos anos do conflito. Com isto, surgiu o que chamamos de História do Tempo Presente, uma
nova corrente historiográfica que se ocupa em analisar os fatos recentes. Nesse sentido, este texto – que traz o ponto de
vista dos autores – se insere nessa corrente ao abordar uma questão polêmica: a utilização da energia das reações
nucleares a partir da segunda metade do século XX, quando temas como o uso de armas atômicas ou a construção de
usinas nucleares foram amplamente debatidos pela opinião pública. Foi uma época na qual os avanços tecnológicos
passaram a se refletir em outros campos, como o político, o social, o ecológico e o econômico.


radioatividade, energia nuclear, século XX

Recebido em 06/03/03; aceito em 13/04/04 27

E
m 1896, o cientista francês Henri alemão invadiu a Polônia, iniciando a sua vez, alertou o presidente norte-
Becquerel, ao estudar a relação Segunda Guerra Mundial (1939- americano Franklin D. Roosevelt.
entre substâncias fosforescen- 1945). Posteriormente, países Aliados
tes e os raios X, observou que sais Em plena guerra, Niels Bohr foi um (Estados Unidos, França e Inglaterra)
de urânio emitiam um tipo de radia- dos primeiros cientistas aliados a to- verificaram que o diagrama era de um
ção que impressionava chapas foto- mar conhecimento de que os ale- reator inadequado. Porém, restou a
gráficas. Posteriormente, o casal Pier- mães tinham obtido a fissão do urâ- dúvida se esta seria uma farsa para
re e Marie Curie descobriu que outros nio. Diante da enorme quantidade de mascarar os progressos alemães. Se-
elementos também emitiam esse tipo energia liberada nesse processo, gundo o historiador Eric Hobsbawm
de radiação, que foi batizada de ra- Bohr temeu por seu uso em uma ar- (1995, p. 509),
dioatividade por Marie Curie (Chas- ma. Um fato que reforçou suas sus-
Em essência, hoje está claro
sot, 1995). Nas décadas seguintes, peitas foi uma visita recebida, em
que a Alemanha nazista não
pesquisadores co- plena Dinamarca
A fissão do urânio foi conseguiu fazer uma bomba
mo Ernest Ruther- ocupada pelos na-
observada por Otto Hahn e nuclear não porque os cien-
ford e Frederick Sod- zistas, de seu colega
Fritz Strassmann, em 1939, tistas alemães não soubessem
dy elucidaram diver- alemão Werner Hei-
e interpretada por Lise fazê-la, ou não tentassem fazê-
sas propriedades da senberg, que entre-
Meitner, homenageada pela la, com diferentes graus de re-
radioatividade e dos gou a Bohr um dia-
IUPAC por meio do lutância, mas porque a máqui-
elementos radioa- grama contendo da-
elemento 109, o meitnério na de guerra alemã não quis ou
tivos. dos sobre o progra-
não pôde dedicar-lhe os recur-
Dentre as pesqui- ma atômico alemão
sos necessários. Eles abando-
sas desenvolvidas, a que proporcio- (ver a sugestão de leitura no Para sa-
naram a tentativa e passaram
nou as mais marcantes aplicações foi ber mais).
para o que parecia uma con-
a sobre a fissão do urânio. Em 1939, Em função da perseguição pelos
centração mais efetiva em ter-
esta foi observada pelos alemães nazistas, Bohr fugiu para os Estados
mos de custos, os foguetes,
Otto Hahn e Fritz Strassmann e inter- Unidos, onde encontrou Albert Eins-
que prometiam um retorno
pretada pela física austríaca Lise tein e advertiu-o que os países do Eixo
mais rápido.
Meitner (Figura 1), já radicada na (Alemanha, Itália e Japão) tinham o
Suécia devido à perseguição dos na- conhecimento teórico para a fabri- Após a rendição da Alemanha,
zistas. Nesse mesmo ano, o exército cação de uma bomba. Einstein, por nove dos principais físicos alemães,

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na quadra de squash da Universidade As bombas atômicas lança-
de Chicago, construído sob a super- das sobre um Japão à beira da
visão do físico italiano Enrico Fermi. rendição eram militarmente
A conversão da reação controlada no desnecessárias. Foram, na ver-
reator em um armamento foi realizada dade, uma demonstração de
nos laboratórios secretos de Los Ala- força diante dos soviéticos e
mos (Novo México - EUA), sob o co- dos movimentos de libertação
mando de J. Robert Oppenheimer. nacional que amadureciam na
Em 16 de julho de 1945 foi realizado China, Coréia e países do Su-
o primeiro teste com uma bomba atô- doeste Asiático.
mica no deserto de Alamogordo.
Em função da enorme demonstra-
A Guerra Fria
ção de potencial destrutivo, Leo
Szilard enviou ao presidente dos EUA Como conseqüência da ordem
uma petição assinada por inúmeros mundial estabelecida no pós-guerra,
cientistas exigindo o controle interna- teve início a Guerra Fria (1947-1989),
cional das armas atômicas. Segundo na qual os EUA e a URSS passaram
Szilard (Strathern, 1998, p. 72): a disputar a supremacia mundial.
Figura 1: Lise Meitner (1878-1968), física Nessa competição, o desenvolvimen-
O maior perigo imediato é a
austríaca que explicou a fissão do urânio, to tecnológico foi usado como de-
em foto de aproximadamente 1937, em probabilidade de que nossa
monstração de prestígio e poder, e ti-
Berlim. demonstração de bombas atô-
veram início duas corridas: armamen-
micas precipite uma corrida na
tista e espacial.
produção desses artefatos en-
dentre eles W. Heisenberg e O. Hahn, Diante da repercussão da bomba
tre os Estados Unidos e a Rús-
foram mantidos sob custódia na In- atômica, em 1949 os soviéticos explo-
sia.
28 glaterra. Gravações secretas das con- diram seu primeiro armamento nu-
versas mantidas por esses cientistas Em 1945, as explosões de duas clear. O seu programa nuclear, que
indicaram que o programa nuclear na- bombas atômicas levaram à rendi- havia sido interrompido durante os
zista não fôra capaz de gerar um rea- ção do Japão e ao final da Segunda ataques nazistas, foi retomado quan-
tor nuclear auto-sustentável e que Guerra Mundial. Em do Josef Stalin to-
esses cientistas estavam confusos 6 de agosto, cerca Diante da possibilidade mou ciência dos
sobre as diferenças entre um reator e de 80 mil pessoas dos alemães possíveis avanços
uma bomba atômica (Klotz, 1997). morreram na explo- desenvolverem a bomba tecnológicos da Ale-
são de uma bomba atômica, os americanos manha e dos Esta-
O Projeto Manhattan de urânio em Hiro- dos Unidos.
criaram o Projeto
Em 1941, os Estados Unidos en- xima. Três dias de- Manhattan. Com custo A capacidade
traram na Segunda Guerra Mundial e pois, outras 40 mil estimado em dois bilhões dos soviéticos terem
direcionaram sua economia para uma foram vítimas fatais de dólares, esse projeto desenvolvido a bom-
“guerra industrial”, na qual o modo de de uma bomba de representou a maior ba a partir de seus
produção em série, implantado por plutônio em Naga- concentração de cientistas próprios recursos foi
Henry Ford, foi direcionado para os saqui. Esses núme- já reunida para trabalhar posta em cheque
produtos bélicos (Rémond, 1974). ros indicam as víti- em um só tema com a prisão de
Diante da possibilidade dos alemães mas diretas das Klaus Fuchs, cientis-
desenvolverem a bomba atômica, foi explosões, não contabilizando as ta alemão que participou do Projeto
criado o Projeto Manhattan. Com cus- que vieram a falecer dos males Manhattan e que confessou ter
to estimado em dois bilhões de dóla- decorrentes da radiação. passado informações do programa
res, esse projeto representou a maior A necessidade do uso da bom- atômico norte-americano aos russos.
concentração de cientistas já reunida ba é questionada até os dias de ho- Nos EUA, em plena época do macar-
para trabalhar em um só tema (Stra- je. Antes do primeiro teste nuclear, tismo (a “caça às bruxas comunis-
thern, 1998). Assim, cientistas de di- a Alemanha já havia se rendido e a tas”), o casal Julius e Ethel Ro-
versas nacionalidades, inclusive refu- derrota do Japão, apenas com o senberg, intermediários na transmis-
giados dos regimes nazi-fascistas, uso de armamentos convencionais, são das informações fornecidas por
passaram a se empenhar na constru- já era prevista. Entretanto, para os Fuchs, foi condenado à morte.
ção da bomba norte-americana. EUA, a bomba representou muito Como os soviéticos já possuíam
Logo o investimento trouxe resul- mais do que a vitória na guerra: foi a bomba atômica, os EUA investiram
tados. Em 2 de dezembro de 1942, uma demonstração de poder. na criação da bomba de hidrogênio
teve início a “Era Atômica”, com a Segundo o historiador Paulo G.F. (1952), sendo novamente alcançados
operação do primeiro reator nuclear Vizentini (2000, p. 199), pela URSS no ano seguinte. Por sua

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vez, na corrida espacial os soviéticos bas para acidentes nas centenas de ráveis, o que pode levar alguns
largaram na frente e surpreenderam usinas espalhadas pelo mundo. milênios. Desta forma, os atuais locais
seus adversários com o lançamento Dois acidentes foram decisivos de armazenamento (minas, monta-
do Sputinik (primeiro satélite artificial para o questionamento da segurança nhas e subterrâneos) demonstram-se
– 1957) e a célebre frase “a Terra é nessas usinas. O primeiro ocorreu em inseguros devido às incertezas quan-
azul”, de Yuri Gagarin (primeiro ho- Three-Mile Island (EUA), em 1979, on- to às condições geológicas no longo
mem em órbita terrestre – 1961). Os de uma falha no sistema de refrigera- prazo (Helene, 1996).
Estados Unidos só conseguiram su- ção acarretou a liberação de uma No Brasil, a energia nuclear tam-
perar a União Soviética em 1969, com quantidade de ra- bém foi alvo de inves-
a chegada à Lua dos astronautas da dioatividade. A rápida As usinas nucleares timentos, que culmi-
Apollo XI. evacuação da popu- surgiram, na década de 50, naram com a implan-
Com o tempo, outros países domi- lação ao redor da usi- como uma fonte poderosa tação de um comple-
naram a tecnologia e realizaram seus na evitou a ocorrência para atender à demanda xo nuclear em Angra
testes nucleares: Inglaterra (1952), de vítimas fatais. de energia; não requeriam dos Reis (RJ), du-
França (1960) e China (1964). À medi- Em 1986, em características geográficas rante o regime militar.
da que se ampliavam os arsenais nu- Chernobyl (Ucrânia – específicas ou áreas Após 23 anos de
cleares, aumentava o risco de extin- URSS), o descontro- extensas (como as obras e um custo cin-
ção da humanidade em uma guerra le da reação provo- hidrelétricas) e não co vezes maior que o
nuclear. Esse temor desencadeou a cou um incêndio no utilizavam combustíveis previsto, as duas pri-
oposição da opinião pública. Campa- núcleo do reator e fósseis ou poluíam a meiras unidades (An-
nhas pelo desarmamento e pelo fim conseqüente libera- atmosfera (como as gra I e II, pois Angra
dos testes nucleares foram lançadas ção de grande quan- termelétricas) III ainda está em
em todas as partes do mundo. tidade de material construção) geram
Em meio a incontáveis conferên- radioativo na atmosfera. Faltando um 2% da energia elétrica nacional.
cias, diversos tratados antinucleares edifício protetor, a nuvem radioativa Em 1987, o Brasil entrou para a lis-
foram assinados e, muitas vezes, espalhou-se pela Europa e contami- ta dos acidentes radioativos. Em Goiâ-
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desrespeitados. Somente com o final nou plantações, animais e seres hu- nia, dois catadores de lixo encontraram
da Guerra Fria e a desestruturação da manos. Os países ocidentais só to- uma cápsula contendo césio-137
União Soviética (1989), o receio do maram ciência do acidente quando abandonada em um hospital desa-
holocausto nuclear foi temporaria- a radiação liberada acionou os alar- tivado e venderam-na para um ferro-
mente amenizado. mes de uma usina nuclear sueca, si- velho. O rompimento da blindagem
tuada a 2 mil km de distância. Com o protetora acarretou a liberação do ma-
As usinas e os acidentes nucleares intuito de poupar seu prestígio tecno- terial radioativo. Por desconhecimento
Na década de 50, o aproveitamen- lógico, o governo soviético só admi- da população, a livre manipulação
to racional da energia nuclear possibi- tiu o acidente 48 horas após o ocor- contaminou várias dezenas de pesso-
litou a criação das usinas nucleares. rido, fato que acabou por retardar a as, das quais quatro faleceram nos
Segundo Goldemberg (1998, p. 100), ajuda internacional. Devido ao lança- dias seguintes. Nos anos subseqüen-
mento de isótopos radioativos de tes, várias outras vítimas faleceram
o uso da potência nuclear
iodo na atmosfera, na década de como resultado da exposição à radia-
para a produção de eletricida-
1990 verificou-se um aumento subs- ção do césio.
de foi um subproduto do de-
tancial na incidência de câncer de
senvolvimento dos reatores nu- Considerações finais
tireóide em crianças nas regiões pró-
cleares com fins militares du-
ximas ao local do acidente, na As aplicações das reações nu-
rante e após a Segunda Guerra
Ucrânia e em Belarus (Stone, 2001). cleares afetaram profundamente a so-
Mundial.
Em função de mobilizações popu- ciedade nas décadas finais do século
As usinas nucleares surgiram co- lares, muitos países começaram a de- XX. Ao analisar as contribuições das
mo uma fonte poderosa para atender sativar seus programas nucleares. ciências para a sociedade, Hobs-
à demanda de energia; não reque- Nos EUA, depois de Three-Mile Is- bawm (1995, p. 504) afirmou que
riam características geográficas land, 21 dos 125 reatores foram
nenhum período da história
específicas ou áreas extensas (como desligados. Na Europa, após Cherno-
foi mais penetrado pelas ciên-
as hidrelétricas) e não utilizavam com- byl, apenas três reatores foram inau-
cias naturais nem mais depen-
bustíveis fósseis ou poluíam a atmos- gurados.
dente delas do que o século
fera (como as termelétricas). Mas Mesmo com todos esses esfor-
XX. Contudo, nenhum período,
havia os altos custos de construção ços, chegou-se ao final do século XX
desde a retratação de Galileu,
e manutenção, os riscos de acidentes com 130 mil toneladas de lixo nuclear.
se sentiu menos à vontade
e os perigosos rejeitos radioativos. Na Devido à contínua emissão de ra-
com elas.
década de 80, o medo de um holo- diação, esse material deve ser isolado
causto nuclear foi desviado das bom- até que a radiação atinja níveis tole- No início do século XXI, a energia

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nuclear ainda se faz presente. As usi- ocupar um espaço cada vez menor uma aranha geneticamente modifi-
nas respondem por 16% da energia na mídia e, conseqüentemente, nas cada.
elétrica mundial e as bombas, agora discussões cotidianas. O foco ético
englobadas nas armas de destruição das discussões científicas foi trans- Fábio Merçon (mercon@uerj.br), licenciado em
Química e engenheiro químico pela Universidade
em massa, estão nas concepções bé- ferido para a genética e temas como Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), doutor em
licas de países como Israel, Índia, Pa- clonagem, DNA e alimentos transgê- Ciências (Engenharia Química) pela Universidade
quistão e Coréia do Norte. Entretan- nicos foram incorporados ao nosso Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é docente do
to, é importante destacar as aplica- dia-a-dia. Um exemplo está no perso- Departamento de Ciências da Natureza do Instituto
de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira da
ções pacíficas da radiação, tais nagem Homem-Aranha (criado por
UERJ e do Departamento de Tecnologia dos
como: diagnóstico de doenças, este- Stan Lee e Steve Ditko) que ao ser Processos Bioquímicos do Instituto de Química da
rilização de equipamentos, preserva- concebido, em plena Guerra Fria UERJ (IQ-UERJ). Samantha Viz Quadrat (squadrat@
ção de alimentos, datação de fósseis (1962), obteve seus poderes ao ser zipmail.com.br), historiadora pela Universidade Fe-
e artefatos históricos e uso de traça- picado por uma aranha radioativa. Em deral Fluminense (UFF), mestre em História pela
UFRJ e doutoranda (bolsista do CNPq) no Programa
dores radioativos. 2000, foi proposto um novo começo, de Pós-Graduação em História da UFF, é coor-
Todavia, com a diminuição dos ris- mais adequado aos jovens do século denadora do Núcleo de Estudos Contemporâneos
cos nucleares, esse tema passou a XXI: os poderes do herói vieram de da UFF.

Referências bibliográficas STONE, R. Living in the shadow of Cher- Frayn, no Brasil apresentada pelo grupo
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30 Alemanha também produzir esse arma-
O breve século XX: 1914 - 1991. 2ª ed. HERSEY, J. Hiroshima. Trad. H. Feist.
mento.
Trad. M. Santarrita. São Paulo: Compa- São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
nhia das Letras, 1995. Esta obra relata a trajetória de seis sobre-
Na Internet
KLOTZ, I.M. Captives of their fantasies: viventes ao ataque nuclear norte-ameri-
the german atomic bomb scientists. J. cano, desde o dia do bombardeio até 40 Associação Brasileira de Energia
Chem. Educ., v. 74, p. 204-209, 1997. anos mais tarde. Nuclear (ABEN), http: //www.aben.com.
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Abstract: Radioactivity and the Present-Time History - With the end of World War Two, some historians dedicated themselves to the effort of explaining what had occurred with mankind in the years
of the conflict. Hence, what is known as Present-Time History arose, a new historiographic current devoted to the analysis of recent facts. In this sense, this text - that brings forward the point of view
of the authors - is inserted in this current, treating a polemic question: the usage of the energy from nuclear reactions starting from the second half of the 20th century, when themes such us the use
of atomic arms or the construction of nuclear power plants were widely debated by the public. This was a time in which the technological advancements started to be reflected in other fields, such
as the political, the social, the ecological and the economical.
Keywords: radioactivity, nuclear energy, 20th century

Nota
Assessores QNEsc - 2003 Eduardo Peixoto – IQ/USP Maria Emília C. Lima – UFMG
Gostaríamos de agradecer aos as- Elizabeth Macedo – FE/UERJ Maria Inês P. Rosa – FE/Unicamp
sessores que colaboraram, ao longo de Fátima K.D. de Lacerda – IQ/UERJ Murilo C. Leal – FUNREI
2003, emitindo pareceres sobre os Francisco C. Biaggio – Faenquil Orlando Aguiar Jr. – FE/UFMG
artigos submetidos para publicação em Hélio A. Duarte – UFMG Otávio A. Maldaner – Unijuí
Química Nova na Escola: Henrique E. Toma – IQ/USP Pedro C. Pinto Neto – Unicamp
Adhemar C. Rúvolo Filho – DQ/UFSCar Irene de Mello – UFMT Per Christian Braathen – DQ/UFV
Aécio P. Chagas – IQ/Unicamp Joana Mara T. Santos – IQ/UERJ Quézia B. Cass – DQ/UFSCar
Agustina Echeverria – IQ/UFG João B. Fernandes – DQ/UFSCar Reinaldo C. Silva – Cefet-SC
Alice R.C. Lopes – FE/UERJ e UFRJ José Cláudio Del Pino – IQ/UFRGS Renato José de Oliveira – FE/UFRJ
Attico I. Chassot – Unisinos Julio C. F. Lisboa – Gepeq/USP Ricardo Ferreira – UFPE
Bernardo J. de Oliveira – UFMG Lenir B. Zanoni – Unijuí Roberta Ziolli – PUC/RJ
Carlos A.L. Filgueiras – IQ/UFRJ Ligia M. M. Valente – IQ/UFRJ Roberto R. da Silva – IQ/UnB
Carlos A. Montanari – UFMG Luiz Henrique Ferreira – DQ/UFSCar Rochel M. Lago – UFMG
Carol H. Collins – IQ/Unicamp Marcelo Giordan – FE/USP Romeu C. Rocha Filho – DQ/UFSCar
Cecília Laluce – IQ/UNESP Marcia S. Ferreira – FE/UFRJ Roseli P. Schnetzler – FE/Unimep
Eduardo B. Azevedo – UERJ Marco-Aurelio De Paoli – IQ/Unicamp Wildson L. P. dos Santos – IQ/UnB
Eduardo F. Mortimer – FE/UFMG Marco Antonio Moreira – IF/UFRGS

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