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Jürgen Habermas

✪ 18 de Junho 1929
Düsseldorf, Alemanha.
● Considerado um dos importantes pensadores sociais
contemporâneos;
Habermas
● Participa da tradição da teoria crítica e do pragmatismo;
● Dedica-se ao estudo da democracia;
● Autor da teoria da ação comunicativa ou do discurso;
● Para ele, a crise da sociedade moderna é uma crise de
legitimação;
● Ação comunicativa os participantes buscam atingir o
entendimento sobre uma questão por meio da
linguagem;

● Defende que o exercício da cidadania estende-se para


além da mera participação no processo eleitoral,
exigindo uma participação mais direta dos indivíduos
no domínio da esfera pública, em um processo
contínuo de discussão e crítica reflexiva das normas e
valores sociais.
Contribuições de Habermas
● Segundo HABERMAS (1997, p.278), a legitimidade do
Direito depende do procedimento argumentativo utilizado.
● A discussão deve ser dialógica ao invés de monológica;
coerente e resultar num acordo não-coercitivo, para que
haja a aceitação social do direito produzido e menos
conflitos na aplicação deste;
● O acordo deve expressar a autocompreensão constitutiva
da comunidade jurídico-política.
● Defende que o Direito produzido por meio de um
procedimento efetivamente democrático não pode ser
questionado pela via judicial, mas pela mesma instância
Contribuições
democrática.
de Habermas
● Para Habermas, a afirmação sobre se uma decisão é correta
ou não, só pode ser feita através da apreciação do
procedimento que conduziu a essa decisão;
● A discussão deve ocorrer por meio de uma fundamentação
desenvolvida argumentativamente, respeitando os direitos
de todos os cidadãos envolvidos, por um processo
legislativo racional.
● Diferentemente do que propôs Dworkin, em que o “diálogo”
aconteceria corporativamente entre o magistrado e a
comunidade jurídica de que é parte, fundamentado nos
princípios que a informam.
● Ele propõe uma comunidade aberta de intérpretes do Direito,
entre os quais o juiz é um parceiro, cuja função é a de
facilitador do procedimento e prolator da decisão final.
● “a correção das decisões judiciais mede-se pelo
preenchimento de condições comunicativas da argumentação,
que torna possível uma formação imparcial do juízo”
(HABERMAS, 1997, p. 287), enfraquecendo as suspeitas de
ideologia no ato decisório.
● Um argumento para obedecer às regras propostas pela teoria
do discurso, deve ser obtido em condições de argumentação
imunizadas contra a repressão e a desigualdade. “Uma situação
de fala na qual os proponentes e oponentes, aliviados da
pressão da experiência e da ação, tematizam uma pretensão de
validade que se tornou problemática e verificam, num enfoque
hipotético e apoiados apenas em argumentos, se a pretensão
defendida pelo proponente tem razão de ser” (HABERMAS,
1997, p. 284).
● Para se alcançar um acordo racionalmente motivado, é preciso
que cada participante da discussão, perante a tematização de
um caso controvertido, admita um exercício de alteridade para
compreender as diferentes visões de mundo e pontos de vista
de todos os participantes.
● As normas precisam ser reconhecidas como legítimas por um
poder político igualmente legítimo.
● O comportamento imposto por via jurídica ou política só pode
ser legítimo se o direito e as instituições políticas satisfazem a
pretensão de legitimidade.
DIREITO E MORAL
● A relação de complementaridade faz-se por meio de um
procedimento que permite a moral irradiar-se para além de
suas fronteiras. Através do procedimento legislativo, as
razões morais fluem para o Direito;
● A moral completa o direito no que diz respeito à
fundamentação;
● O Direito precisa de argumentos morais para garantir sua
legitimidade;
● A legitimidade do direito deve estar apoiada na moral;
● Não admite uma relação de subordinação entre direito e
moral;
● A correção das respostas para casos controvertidos apenas é
possível se forem viabilizados entendimentos sobre normas
procedimentais e, garantidas as condições ideais de
comunicação.
● Para HABERMAS(1997, p. 288), os organismos da sociedade
civil são mais sensíveis do que juízes e tribunais à captação,
tematização, problematização e dramatização dos problemas
que são relevantes para a sociedade como um todo, devendo
por este motivo estar frequentemente participando das
interpretações e decisões das questões que tocam aos
interesses públicos.
DIREITO E POLÍTICA

● O sistema jurídico precisa ser complementado pelo sistema


político, pois a solução dos conflitos depende da
intervenção dos instrumentos oferecidos pelo poder
político; da mesma forma, o sistema político necessita do
sistema jurídico para estabelecer fins coletivos de ação;

● A intervenção da política nos demais sistemas sociais, assim


como no mundo da vida, efetua-se por meio do uso das
normas jurídicas(HABERMAS, 1994, p. 179).

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