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8.6 Impactos Causados pela Disposição Inadequada dos Resíduos Sólidos ... 76
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Imagem: Conferência de estolcomo
Fonte: www.profes.com.br
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problemas econômicos sociais e ambientais, bem como para a análise de ações
educativas capazes de minorá-los e ou evitá-los, de uma forma sustentada (LEITE &
DOURADO,2015).
Para dar cumprimento a esse propósito, um dos objetivos do programa da
disciplina requer a análise das diversas perspectivas sobre EA e EDS, bem como a
análise dos significados desses conceitos e das suas inter-relações, uma vez que,
como já mencionado, não existe consenso absoluto sobre esse assunto.
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contaminação. Se valem de proposições como desenvolvimento sustentável,
modernização ecológica e indústrias verdes, validadas por selos de
sustentabilidade ambiental. Essas proposições poderiam ser implementadas,
na prática, por meio de impostos que levassem em consideração a variável
ambiental, o uso de mercados de permissão de emissões e pelo
desenvolvimento de tecnologias que economizassem energia e recursos
naturais, por meio de formas mais eficientes e complexas de reciclagem: a ideia
chave é a mitigação dos efeitos socioambientais da produção capitalista.
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2.1 Construindo Consenso Sobre a EA (Educação Ambiental) Associada ao
Desenvolvimento Sustentável
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estabelecer os princípios para uma grande aliança mundial pela
sustentabilidade, governamental e não governamental;
concretamente, iniciar pela criação e acompanhamento dos trabalhos das
comissões nacionais da Década;
criar centros de referência em diferentes partes do mundo para fomentar a
discussão, a pesquisa e a intervenção na EDS;
estabelecer estreita ligação com outras iniciativas e décadas da ONU, tais
como: Década da Alfabetização, Educação para Todos, HIV/Aids e os
Objetivos do Milênio;
estabelecer uma estratégia de comunicação e informação fortemente
ancorada nas novas tecnologias e, particularmente, na internet.
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destacando-se as questões sociais, principalmente no que se refere ao uso da terra,
sua ocupação, suprimento de água, abrigo e serviços sociais, educativos e sanitários,
além de administração do crescimento urbano (BARBOSA, 2008).
O relatório Brundland considera que a pobreza generalizada não é mais
inevitável e que o desenvolvimento de uma cidade deve privilegiar o atendimento das
necessidades básicas de todos e oferecer oportunidades de melhoria de qualidade de
vida para a população. Um dos principais conceitos debatidos pelo relatório foi o de
“equidade” como condição para que haja a participação efetiva da sociedade na
tomada de decisões, através de processos democráticos, para o desenvolvimento
urbano (BARBOSA, 2008).
Não é esperado que toda uma Nação se conscientize de seu papel essencial
no quadro ambiental e social mundial. Apesar disso, as diversas discussões sobre o
termo “desenvolvimento sustentável” abrem à questão de que é possível desenvolver
sem destruir o meio ambiente.
O Direito Ambiental deve ser firmado em princípios e normas específicas, que
têm como premissa buscar uma relação equilibrada entre o homem e a natureza ao
regular todas as atividades que possam afetar o meio ambiente. O fato de que o
desenvolvimento sustentável tenha respaldo na comunidade brasileira e poder,
através do Direito Ambiental, fazer parte de uma disciplina jurídica, torna o termo
capaz de definir um novo modelo de desenvolvimento para o país (BARBOSA, 2008).
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Fonte: www.ver.pt
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recursos naturais em níveis suportáveis em todo mundo. Em resumo, a proposta de
desenvolvimento sustentável é de crescimento econômico com controle ambiental. A
desigualdade é tratada como um desajuste a ser superado pela universalização do
desenvolvimento econômico, porém com sustentabilidade (DE CAMPOS TOZONI-
REIS, 2011).
Apesar desse aspecto, a influência do conceito de desenvolvimento sustentável
manteve-se amparada principalmente no âmbito das políticas nacionais e
internacionais. O Banco Mundial lançou em 1992 um relatório sobre desenvolvimento
e meio ambiente, em que deixou clara sua postura neomalthusiana, afirmando que,
apesar dos conflitos entre crescimento econômico e qualidade ambiental, é possível
encontrar caminhos para adequar o modelo de crescimento econômico ao bem
comum.
Fonte: www.luciacangussu.bio.br
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Considerando seu isolamento reprodutivo, todos os processos evolutivos que
ocorram em uma determinada espécie restringem-se a ela e a seus
descendentes: a espécie seria a moeda da evolução biológica; e
A espécie é também a unidade básica em ecologia e nenhum ecossistema será
compreendido de forma plena sem que se conheçam as espécies que o
integram e suas respectivas interações. Dessa maneira, a diversidade – ou
riqueza – de espécies traduz-se em inestimável patrimônio sob os pontos de
vista evolutivo, ecológico e econômico (CARDOSO JR, 2010).
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lista de plantas superiores foi novamente atualizada, listando 472 espécies
ameaçadas de extinção e 1.079 com deficiência de dados.
Fonte: www.estudokids.com.br
Floresta Amazônica
Fonte: www.fatosdesconhecidos.com.br
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Mata de Igapó
Fonte: www.infoescola.com
Mata de Várzea
Assim como a mata de igapó, a várzea também sofre com as inundações, porém
apenas no período das cheias dos grandes rios, por se encontrar em áreas um pouco
mais elevadas.
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Fonte: meioambiente.culturamix.com
É uma mata muito fechada, com elevada densidade, árvores altas (em média
20m de altura) e, em geral, com galhos espinhosos, o que dificulta o seu acesso. As
espécies mais conhecidas são o Jatobá e a Seringueira, essa última muito usada na
extração de látex, a matéria-prima da borracha.
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Fonte: cristalinolodge.com.br
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Fonte: www.sobiologia.com.brp
Mata de Cocais
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região dos cocais, possui um lençol freático pouco profundo, permanecendo úmido o
ano inteiro.
Fonte: educacao.uol.com.br
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Assim, a Mata dos Cocais representa uma importante fonte de renda para a população
local. (CARDOSO JR, 2009).
A fauna nesse bioma é muito diversa, destacando-se a arara-vermelha, gavião-
real, jaguatirica, lobo-guará, macaco cuxiú (endêmico do Brasil) e outras muitas
espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Nos rios vivem a ariranha, o boto, o
acará-bandeira (peixe), entre outros.
A Mata dos Cocais está sendo prejudicada pelo desmatamento desordenado
para desenvolvimento da pecuária e cultura de soja. Além disso, a extração de
minerais que ocorre nesse ambiente acaba por fragilizá-lo ainda mais.
Mata Atlântica
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por uma paisagem antropizada constituída por áreas urbanas, industriais e rurais,
áreas degradadas e em regeneração, bem como as características dos
remanescentes da paisagem natural (por exemplo, tamanho, perímetro e grau de
isolamento – distância – em relação a fragmentos adjacentes) têm implicações
importantes em relação à capacidade desses fragmentos conservarem a
biodiversidade
Pantanal
Com uma área total de 150.355 km2, o bioma Pantanal está inserido na Bacia
do Alto Paraguai e abrange no Brasil parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul. Seus limites coincidem com a chamada “Planície do Pantanal” ou “Pantanal
Mato-grossense”, que representa a parte mais baixa da bacia hidrográfica e é também
a maior superfície interiorana inundável do mundo (IBGE, 2004a).
Considerando-se sua reduzida área em relação aos demais biomas brasileiros,
a riqueza de espécies do Pantanal pode ser considerada elevada, embora haja na
região um baixo número de endemismos.
A principal atividade econômica no Pantanal é a pecuária bovina de corte,
realizada de forma extensiva em pastagens naturais. O gado foi introduzido em
fazendas no Pantanal a partir de 1740, o que foi favorecido por extensas áreas de
campo nativo. Porém, foi somente a partir de 1914, com a criação da Estrada de Ferro
Noroeste do Brasil – de Bauru a Corumbá –, que a pecuária entrou no circuito
nacional.
Por se tratar de um bioma altamente influenciado pelo regime hídrico, qualquer
intervenção humana que altere os ciclos hidrológicos naturais poderá colocar em risco
a biodiversidade, as populações humanas e as atividades econômicas estabelecidas
na região. Nesse sentido, as maiores ameaças ao bioma referem-se à execução de
dragagens, à construção de diques e barragens ao longo da planície do Pantanal, ou
mesmo no planalto adjacente, pertencente à Bacia do Alto Paraguai, onde estão
localizadas as cabeceiras de diversos rios que compõem a bacia pantaneira.
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Fonte: www.vix.com
O bioma Pantanal conta com apenas cinco UCs, o menor número e o que
proporcionalmente tem a menor cobertura por UCs entre os biomas continentais
brasileiros. São duas UCs federais e três estaduais, todas de proteção integral, cuja
área total soma aproximadamente 440 mil ha, o que corresponde a 2,9% da área do
bioma. As duas UCs federais, o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense
(135.600 ha) e a Estação Ecológica do Taiamã (14.300 ha), foram criadas em 1981.
Em 2000 o Mato Grosso do Sul criou o Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro
(77 mil ha) e na década atual o Mato Grosso constituiu suas duas unidades, o Parque
Estadual do Guirá (103 mil ha) e o Monumento Natural Estadual Morro de Santo
Antônio (258 ha).
Campos Sulinos
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pedaço das terras dos campos sulinos. O bioma engloba também campos mais altos
e algumas áreas semelhantes a savanas.
Nos campos do Sul já foram encontradas 102 espécies de mamíferos, 476 de
aves e 50 de peixes.
Para que você possa imaginar como é a fauna deste bioma, vamos citar alguns
de seus integrantes. No grupo dos mamíferos, podemos citar o tatu, o guaxinim, o
zorrilho, o graxaim (Pseudalopex gymnocercus) e outras duas espécies em risco de
extinção: o gato-dos-pampas ou gato palheiro (Leopardus pajeros) e a preguiça-de-
coleira.
Fonte: www.emaze.com
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Além das coxilhas existem também alguns planaltos. Cavernas e grutas são
comuns. A pedra do Segredo, em Caçapava do Sul, tem 160 metros de altura e três
cavernas em seu interior.
Destacam-se como rios importantes deste bioma o Santa Maria, o Uruguai, o
Jacuí, o Ibicuí e o Vacacaí. Estes e outros da região se dividem em duas bacias
hidrográficas: a Costeira do Sul e a do rio da Prata. Tratam-se de rios que apresentam
boas condições para navegação, constituindo verdadeiras hidrovias na região.
Próximo ao litoral existem muitos lagos e lagoas. A Lagoa dos Patos, localizada
no município de São Lourenço do Sul, é a maior laguna do Brasil e a segunda maior
da América Latina, com 265 km de comprimento.
O clima da região é o subtropical úmido. O que isso significa? Bom, isso quer
dizer que, nos campos sulinos, os verões são quentes, os invernos são frios e chove
regularmente durante todo o ano.
Quando falamos em invernos frios, estamos falando de temperaturas que podem
registrar menos que 0º C, ou seja, que podem ser negativas. Quando falamos de
verões quentes, estamos falando de temperaturas que podem chegar a 35º C. É a
região com a maior amplitude térmica do país, isto é, onde há maior variação de
temperatura.
Caatinga
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Fonte: www.ecoprimos.com.br
Zona Costeira
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vegetação, não lhe seja aplicável. A Zona Costeira e Marinha é a fusão de conceitos,
ações e políticas relacionadas à gestão e do ordenamento territorial, e ao
reconhecimento da soberania nacional sobre recursos econômicos marinhos
(CARDOSO JR, 2010).
A Zona Costeira e Marinha (ZCM) acompanha os mais de 8 mil quilômetros da
costa brasileira e abriga uma grande diversidade de ambientes, como estuários,
praias, dunas, os únicos recifes de coral de todo o Atlântico Sul e a maior extensão
contínua de manguezais do planeta. Cinco dos seis biomas continentais brasileiros
possuem interface com a ZCM (BRASIL, 2008). Considerando aspectos físicos e
biológicos, estima-se que existam entre três e nove grandes regiões marinhas no
Brasil.
A biodiversidade marinha da costa brasileira é ainda relativamente pouco
conhecida. No caso de invertebrados bentônicos, já foram registradas pouco mais de
1.300 espécies na costa sudeste do Brasil, com elevado grau de endemismo, mas
muitas regiões e ambientes ainda precisam ser adequadamente inventariados. Para
grupos mais bem conhecidos, os peixes somam aproximadamente 750 espécies, cuja
diversidade é relativamente uniforme ao longo da costa e de baixo grau de endemismo
(CARDOSO JR, 2010).
Fonte: www.inctambtropic.org
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O nível de proteção do ambiente marinho por UCs é o mais baixo comparado
aos biomas continentais brasileiros. Apenas 1,5% da zona marinha é coberta por UCs
e esta porcentagem cai para meros 0,3% caso a área de APAs não seja contabilizada.
São ao todo 40 UCs, 22 federais e 18 estaduais, que somam 5,4 milhões de ha.
Entretanto, excluindo-se as APAs – que representam 89,4% da área de UCs de uso
sustentável –, a área protegida por UCs é de um milhão de ha (CARDOSO JR, 2010).
Com área de 35 mil ha, a unidade de conservação mais antiga da zona costeira
é a Reserva Biológica do Atol das Rocas, no litoral do Rio Grande do Norte, de 1979.
Em 1980 foi criado também o Parque Nacional de Cabo Orange, no extremo norte do
Amapá – bioma Amazônia –, com uma área de pouco mais de 600 mil ha, dos quais
aproximadamente 200 mil ha correspondem a ambientes marinhos, trecho que
constitui a maior área contínua de unidade de conservação de proteção integral
existente na zona marinha. Na década seguinte, mais cinco UCs federais de proteção
integral exclusivas à zona marinha foram criadas, com destaque para as duas
maiores, o Parque Nacional Marinho de Abrolhos (aproximadamente 90 mil ha) e o de
Fernando de Noronha (aproximadamente 11mil ha). A maior UC estadual de proteção
integral é o Parque do Parcel de Manuel Luiz, no Maranhão, criado em 1991, com 50
mil ha. Nas últimas duas décadas, apenas duas pequenas UCs de proteção integral
foram criadas, ambas pelo estado de São Paulo, cobrindo uma área de pouco mais
de 5 mil ha. Assim como nos biomas terrestres, a ênfase tem sido dada à criação de
unidades de proteção de uso sustentável, que totalizam 11 APAs (2,5 milhões de ha)
e nove reservas extrativistas marinhas (500 mil ha) (CARDOSO JR, 2010).
Restinga
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Fonte: www.overmundo.com.br
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Cerrado
Fonte: www.revistaplaneta.com.br
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Os Cerrados apresentam relevos variados, embora predominem os amplos
planaltos. Metade do Cerrado situa-se entre 300 e 600m acima do nível do mar, e
apenas 5,5% atingem uma altitude acima de 900m. Em pelo menos 2/3 da região o
inverno é demarcado por um período de seca que se prolonga por cinco a seis meses.
Seu solo esconde um grande manancial de água, que alimenta seus rios.
Entre as espécies vegetais que caracterizam o Cerrado estão o barbatimão, o
pau-santo, a gabiroba, o pequizeiro, o araçá, a sucupira, o pau-terra, a catuaba e o
indaiá. Debaixo dessas árvores crescem diferentes tipos de capim, como o capim-
flecha, que pode atingir uma altura de 2,5m. Onde corre um rio ou córrego, encontram-
se as matas ciliares, ou matas de galeria, que são densas florestas estreitas, de
árvores maiores, que margeiam os cursos d’água. Nos brejos, próximos às nascentes
de água, o buriti domina a paisagem e forma as veredas de buriti.
A presença humana na região data de pelo menos 12 mil anos, com o
aparecimento de grupos de caçadores e coletores de frutos e outros alimentos
naturais. Só recentemente, há cerca de 40 anos, é que começou a ser mais
densamente povoada.
A província do cerrado, como denominada por EITEN, englobando 1/3 da biota
brasileira e 5% da flora e fauna mundiais. É caracterizada por uma vegetação
savanícola tropical composta, principalmente de gramíneas, arbustos e árvores
esparsas, que dão origem a variados tipos fisionômicos, caracterizados pela
heterogeneidade de sua distribuição.
Muitos autores aceitam a hipótese do oligotrofismo distrófico para formação do
Cerrado, sua vegetação com marcantes característica adaptativas a ambientes áridos,
folhas largas, espessas e pilosas, caule extremamente suberizado, etc. Contudo
apesar de sua aparência xeromórfica, a vegetação do cerrado situa-se em regiões
com precipitação média anula de 1500 mm, estações bem definidas, em média com
6 meses de seca, solos extremamente ácidos, profundos, com deficiência nutricional
e alto teor de alumínio.
Segundo EITEN os tipos fisionômicos do cerrado (latu sensu) se distribuem de
acordo com três aspectos do substrato onde se desenvolvem: a fertilidade e o teor de
alumínio disponível; a profundidade; e o grau de saturação hídrica da camada
superficial e subsurpeficial. Os principais tipos de vegetação são:
Cerrado (strictu sensu) - é a vegetação característica do cerrado, composta por
exemplares arbustivo-arbóreos, de caules e galhos grossos e retorcidos, distribuídos
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de forma ligeiramente esparsa, intercalados por uma cobertura de ervas, gramíneas
e espécies semi-arbustivas.
Floresta mesofítica de interflúvio (cerradão) - este tipo de vegetação cresce sob
solos bem drenados e relativamente ricos em nutrientes, as copas das árvores, que
medem em média de 8-10 metros de altura, tocam-se o que denota um aspecto
fechado a esta vegetação.
Campo rupestre - encontrado em áreas de contato do cerrado com o caatinga e
floresta atlântica, os solos deste tipo fisionômico são quase sempre rasos e sofrem
bruscas variações em relação a profundidade, drenagem e conteúdo nutricional. É
caracteristicamente, composto por uma vegetação arbustiva de distribuição aberta ou
fechada.
Campos litossólicos miscelâneos - são caracterizados pela presença de um
substrato duro, rocha mãe, e a quase inexistência de solo macio, este quando
presente não ocupa mais que poucos centímetros de profundidade até se deparar
com a camada rochosa pela qual não passam nem umidade nem raízes. Sua flora é
caracterizada por um tapete de ervas latifoliadas ou de gramíneas curtas, havendo
em geral a ausências de exemplares arbustivos, ou a presença de raríssimos
espécimes lenhosos, neste caso enraizados em frestas da camada rochosa.
Vegetação de afloramento de rocha maciça - representada por cactos, liquens,
musgos, bromélias, ervas e raríssimas árvores e arbustos, cresce sob penhascos e
morros rochosos.
Pampa
Com uma área de 176.496 km2, o bioma Pampa está presente no Brasil14
somente na porção sul do Rio Grande do Sul (abaixo do paralelo 30º), onde ocupa
53% do estado (IBGE, 2004a). A área corresponde aos campos da metade sul e das
missões do Rio Grande do Sul, enquanto o restante do estado é ocupado pelo bioma
Mata Atlântica, localizado ao norte.
Quando comparado aos demais biomas continentais brasileiros, há
relativamente poucos dados disponíveis sobre o bioma Pampa, utilizando-se o recorte
definido pelo IBGE (2004a). Uma das razões é que, sob o ponto de vista da pesquisa
biológica, este geralmente é tratado como parte de uma área mais abrangente de
vegetação campestre do sul do Brasil, os chamados “Campos Sulinos”. Além de todo
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o bioma Pampa, os Campos Sulinos incluem também áreas localizadas no Planalto
Sul-Brasileiro, os quais formam mosaicos com as florestas na metade norte do Rio
Grande do Sul e nos estados de Santa Catarina e Paraná. Estes campos do Planalto
Sul-Brasileiro, porém, estão inseridos no bioma Mata Atlântica, na definição do IBGE
(2004a) (CARDOSO JR, 2010).
Assim como os demais biomas, o Pampa teve sua vegetação mapeada em
escala 1:250.000, utilizando a interpretação de imagens de satélite Landsat obtidas
em 2002.15 As imagens foram interpretadas buscando-se identificar categorias que
indicassem um domínio fisionômico florestal ou campestre e que dessem ideia do grau
de pressão antrópica sobre a formação (CARDOSO JR, 2010).
6 ENERGIA SUSTENTÁVEL
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atenção para a grande diferença entre as dependências das energias térmica e
hidráulica entre o Brasil e o mundo (DUPONT; GRASSI, e ROMITTI, 2015).
Energia Eólica
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Contudo, foi apenas nos últimos anos que a energia eólica se tornou uma peça
fundamental na geração de energia, principalmente elétrica, período em que houve
uma grande expansão na pesquisa e no desenvolvimento para transformar a energia
fornecida pelo vento.
Fonte: www.canalbioenergia.com.br
A captação da energia cinética do vento pode ser feita basicamente por duas
formas distintas: as turbinas de eixo vertical e as de eixo horizontal. No primeiro caso,
engrenagem e gerador são colocados ao nível do solo e a turbina é movida por forças
de arraste ou sustentação (FARRET, 2014).
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Fonte: diarioms.com.br
Por sua vez, a energia hidroelétrica utiliza-se do movimento das águas dos rios
para a produção de eletricidade. Em países como Brasil, Rússia, China e Estados
Unidos, ela é bastante aproveitada pelas usinas que transformam a energia hidráulica
e cinética em eletricidade.
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Figura: Usina hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo
Fonte: brasilescola.uol.com.br
Energia da Biomassa
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considerada uma fonte renovável. Sua importância está no aproveitamento de
materiais que, em tese, seriam descartáveis, como restos agrícolas (principalmente o
bagaço da cana-de-açúcar), e também na possibilidade de cultivo.
Fonte: brasilescola.uol.com.br
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Energia Geotérmica
Fonte: brasilescola.uol.com.br
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Energia das Ondas e das Marés
Fonte: www.portal-energia.com
Fonte: meubolsofeliz.com.br
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A reciclagem, conforme o Título I, Cap. II, art. 3º, XIV, da Lei nº 12.305/2010,
consiste no processo de transformação dos resíduos sólidos, que envolve a alteração
de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à
transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões
estabelecidos pelos órgãos competentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente
(SISNAMA) e, se couber, do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e do
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA) (REIS e LOPES,
2018).
A redução está em consonância com o descrito no Título I, Cap. II, art. 3º, XIII,
que define os padrões sustentáveis de produção e consumo, estando alinhados com
o combate ao desperdício: padrões sustentáveis de produção e consumo; produção
e consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais
gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade
ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras (REIS e LOPES,
2018).
Já os rejeitos definem-se como resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas
as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis
e economicamente viáveis, não apresentam outra possibilidade que não a disposição
final ambientalmente adequada (REIS e LOPES, 2018).
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL
CONSUMO CONSCIENTE
REUTILIZAÇÃO RECICLAGEM
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O gerenciamento de resíduos sólidos urbanos - RSU é uma atividade que deve
ser processada de forma integrada, porém, para ser colocada em prática, é necessária
a cooperação do poder público, disponibilizando recursos financeiros para a
implementação e melhor qualidade na disposição final destes resíduos.
Fonte: www.abras.com.br
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ambiente. Se aplicada a gestão dos resíduos sólidos, as mudanças de atitude devem
ser conduzidas de forma qualitativa e contínua, mediante um processo educacional
(SILVA e OLIVEIRA, 2015).
Na gestão dos resíduos sólidos, a sustentabilidade ambiental e social se constrói
a partir de modelos e sistemas integrados, que possibilitam tanto a redução do lixo
gerado pela população, como a reutilização de materiais descartados e reciclagem
dos materiais que possam servir de matéria prima para a indústria, diminuindo o
desperdício e gerando renda. Gestão de resíduos sólidos é um conjunto de atitudes
(comportamento, procedimento, propósitos), tendo como objetivo principal a
eliminação dos impactos ambientais, relacionados à produção e a destinação do lixo
(SILVA e OLIVEIRA, 2015).
O combate ao desperdício da água é decisivo para se alcançar uma gestão
eficiente dos recursos hídricos. Os índices de desperdício são alarmantes em um
território em que se criou a mentalidade de que os recursos naturais e, especialmente
a água, são infinitos. O que torna o desafio do combate ao desperdício uma missão
gigantesca que deve abranger todos os segmentos da sociedade. O reuso dos
recursos hídricos é de suma importância na busca pela tão sonhada sustentabilidade
ambiental. No Brasil a reutilização dos recursos hídricos acontece de maneira tímida,
devido à falta, principalmente de políticas públicas eficientes e também do
cumprimento das legislações ambientais, especialmente quando se trata do uso
público (RODRIGUES, et al 2016).
Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais os
indivíduos e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências de vida e sua sustentabilidade.
A sustentabilidade ambiental é uma dimensão da educação, é a atividade
intencional da prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual um
caráter social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando
potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena de prática
social e de ética ambiental. É a ação educativa permanente pela qual a comunicação
tem a tomada de consciência de sua realidade global. A educação ambiental deve
proporcionar as condições para o desenvolvimento das capacidades necessárias,
para que grupos sociais, em diferentes contextos socioambientais do país,
intervenham, de modo qualificado tanto na gestão do uso dos recursos ambientais
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quanto na concepção e aplicação de decisões que afetam a qualidade do ambiente
(RODRIGUES, et al 2016).
Com os avanços tecnológicos advindos após a Revolução Industrial e o
crescente aumento da população a atividade humana passou a causar mais impactos
negativos ao meio ambiente, e o que durante muito tempo foi visto como fonte
inexaurível de recursos disponíveis para servir às necessidades do homem agora
passa a ser uma inquietação, porquanto os recursos são limitados. O ciclo produtivo
da sociedade capitalista extrai do meio ambiente os insumos necessários para a
produção de alimentos e bens de consumo, entretanto, o processo produtivo retorna
resíduos sólidos, efluentes líquidos e emite gases nocivos e poluentes em grandes
quantidades, acarretando poluição ambiental e esgotamento dos recursos naturais.
Outra preocupação que emerge é que uma volumosa camada da população mundial
que sofre com a pobreza, fome e exclusão social. As empresas procuram resultados
financeiros, ampliação de fatias de mercado e sobrevivência e manutenção de sua
competitividade. A globalização da economia e o acirramento da competição mundial
elevam a escala de produção, com a consequente busca da redução dos custos.
Diante deste panorama as empresas passam a se reestruturar para se adequarem a
esta nova percepção. As pressões sociais e restrições impostas fazem com que as
empresas sejam forçadas a buscar formas de reduzir seu impacto ambiental e a
melhorar sua imagem frente a sua responsabilidade social. Neste sentido, muito tem
sido feito para a sustentabilidade do setor produtivo (RODRIGUES, et al 2016).
Dessalinização
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por exemplo, é capaz de separar as partículas suspensas, ou seja, que não estão
dissolvidas, enquanto que a adsorção, ao atuar por meio de filtros de carvão ativo, é
capaz de reter partículas ainda menores do que aquelas separadas pela filtração.
Justamente é o objetivo deste método, transformar a água salgada em doce. Os
dessalinizadores são equipamentos que transformam águas salinas ou salobres em
água potável empregando a osmose reversa. Esses equipamentos operam sob
condições severas para os materiais que os constituem, dada à presença de um
elemento corrosivo que é o íon cloreto, associado a pressões elevadas. Além disso,
são sofisticados em termos de tecnologia e a sofisticação reside na natureza das
membranas semipermeáveis artificiais, que imitam as membranas naturais. Elas são
fabricadas por um número muito pequeno de empresas em todo o mundo
(RODRIGUES, et al 2016).
Fonte: blogs.odiario.com
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Fonte: www.fenomenosdaengenharia.blogspot.com.br
Fonte: www.tubolarmeioambiente.com.br
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Extração de águas de geleiras: mais da metade da água potável do planeta
está nas geleiras e nas calotas polares. Em caso de crise mundial no abastecimento
de água, uma das soluções possíveis seria a retirada e exportação de blocos de gelo
dessas regiões. O mais provável é que a água fosse exportada já na forma líquida em
grandes navios de carga ou por meio de canos, outra hipótese seria “aproveitar” o
aquecimento global que está derretendo as geleiras e criando naturalmente novos
cursos de água.
Busca de água em outros planetas: outra resposta para a escassez de água
pode ser encontrar fontes fora da Terra. No sistema solar, a NASA já detecta a
presença de gelo em pontos de Marte, Mercúrio e na Lua.
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Figura - Classificação dos Resíduos Sólidos Urbanos
Art. 13. Para os efeitos desta lei, os resíduos sólidos têm a seguinte
classificação:
I - Quanto à origem:
a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em
residências urbanas;
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de
logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;
c) resíduos sólidos urbanos: é constituído pelos resíduos doméstico e
comercial;
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços,
os gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”, “e”,
“g”, “h” e “j”;
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados
nessas atividades, excetuados os referidos na alínea “c”;
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e
instalações industriais;
68
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde,
conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos
do Sisnama e do SNVS;
h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas,
reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da
preparação e escavação de terrenos para obras civis; i) resíduos
agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturas,
incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades;
j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos,
aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de
fronteira;
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração
ou beneficiamento de minérios; os resíduos sólidos são classificados quanto
ao risco à saúde pública e ao meio ambiente em: perigosos e não perigosos,
sendo ainda este último grupo subdividido em não inerte e inerte.
II - Quanto à periculosidade:
a) resíduos perigosos (classe I): aqueles que, em razão de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade,
patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade,
podendo apresentam risco à saúde pública ou à qualidade ambiental,
provocando ou contribuindo para o aumento de uma mortalidade ou incidência
de doenças e/ou apresentar efeitos adversos ao meio ambiente, quando
manuseados e dispostos de forma inadequada.
b) resíduos não perigosos (Classe II): são aqueles não enquadrados na
alínea “a” (não são perigosos). Os resíduos não perigosos (Classe II)
subdividem-se em:
1) resíduos da classe II A: são aqueles que em função de suas
características não se enquadram nas classificações de resíduos classe I
(perigoso) e classe II(inertes). Esses resíduos podem apresentar
propriedades como solubilidade em água, biodegradabilidade ou
combustibilidade.
69
2) resíduos da classe IIB: são resíduos submetidos ao teste de
solubilidade, não possuem nenhum de seus constituintes solubilizados em
concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água (ABNT, 2004).
Um resíduo é considerado não inerte caso ele não seja enquadrado como um
resíduo perigoso (Classe I) ou resíduo Inerte (Classe II B). Comumente quando os
resíduos não inertes apresentam as seguintes propriedades:
71
se assim a norma da ABNT NBR 10004/04 e também a lei 12.305 de agosto de
2010, Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Descrição da origem do resíduo
Estado físico
Aspecto geral
Cor
Odor
Grau de heterogeneidade
Denominação do resíduo
Estado físico
Processo de origem
Atividade industrial
Constituinte principal
Destinação
Destinação final
Aterro para resíduo perigoso
Aterro sanitário (não perigoso)
Aterro de resíduo inerte (solubilidade)
Tratamento térmico (compostagem, incineração, co-processamento)
72
Fonte: www.koleta.com.br
Para um resíduo ser considerado perigoso, ele deve apresentar pelo menos uma
das características seguintes: inflamabilidade, corrosividade, toxicidade, reatividade
e/ou patogenicidade.
A NBR 10004/04 aponta critérios específicos para o profissional capacitado
classifique e avalie cada propriedade dos resíduos. A intenção é que se o produto for
considerado “perigoso”, seja tomada as devidas providencias para
manuseio, transporte e a correta destinação desses materiais.
73
Resíduos não perigosos inertes (Classe II B)
74
Fonte: www.saolourencoambiental.com.br
75
8.6 Impactos Causados pela Disposição Inadequada dos Resíduos Sólidos
Os recursos naturais estão a cada dia mais escasso, devido o uso excessivo e
sem as devidas medidas de preservação, e também em consequência do descarte
irregular de resíduos sólidos nos ecossistemas, a exemplo dos lixões, da disposição
em valas e locais públicos, constituindo um sério problema em relação aos aspectos
ambientais, a saúde e suas interações.
Fonte: residuoall.com.br
76
aumento no processo carreamento e infiltração dessas substâncias em grande
quantidade (SILVA,2015).
77
8.8 Reciclagem: a indústria do presente
Fonte: sociedadepublica.com.br
Para atrair mais investimentos para o setor, é preciso uma união de esforços
entre o governo, o segmento privado e a sociedade no sentido de desenvolver
políticas adequadas e desfazer preconceitos em torno dos aspectos econômicos e da
confiabilidade dos produtos reciclados.
Os materiais normalmente encaminhados para a reciclagem são o vidro
(garrafas, frascos, potes etc.), o plástico (garrafas, baldes, copos, frascos, sacolas,
canos etc.), papel e papelão de todos os tipos e metais (latas de alimentos,
78
refrigerantes etc.). Por questões de tecnologia ou de mercado, alguns materiais ainda
não são reciclados.
79
Tratamento e disposição final do lixo: Existem algumas formas possíveis para
o tratamento do lixo e sua disposição final na natureza. No Brasil, o gerenciamento
dos resíduos sólidos urbanos é de responsabilidade das Prefeituras Municipais. Ainda
é bastante reduzido o número de municípios que possuem um bom gerenciamento de
resíduos sólidos, com sistemas adequados de coleta, tratamento e disposição final
dos resíduos. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, realizada
pelo IBGE em 2000, 64% dos municípios brasileiros depositam seus resíduos em
lixões. Apenas 14% possuem aterros sanitários e 18% possuem aterros controlados.
Existe, ainda, a necessidade de se promover a universalização da limpeza pública
(coleta, varrição, tratamento, destinação final etc.) para toda a população brasileira, já
que cerca de 30 % do total de resíduos gerados não é coletado no país (IPT/Cempre
2000).
Fonte: www2.maringa.pr.gov.br
80
Compostagem: É um processo no qual a matéria orgânica putrescível (restos
de alimentos, aparas e podas de jardins etc.) é degradada biologicamente, obtendo-
se um produto que pode ser utilizado como adubo. A compostagem permite aproveitar
os resíduos orgânicos, que constituem mais da metade do lixo domiciliar. A
compostagem pode ser feita em casa ou em unidades de compostagem.
Incineração: É a transformação da maior parte dos resíduos em gases, através
da queima em altas temperaturas (acima de 900º C), em um ambiente rico em
oxigênio, por um período pré-determinado, transformando os resíduos em material
inerte e diminuindo sua massa e volume. Não se deve confundir a incineração com a
simples queima dos resíduos. No primeiro caso, os incineradores geralmente são
dotados de filtros, evitando que gases tóxicos sejam lançados na atmosfera.
De qualquer forma, devido a aspectos técnicos, a incineração não é o tratamento
mais indicado para a maioria dos resíduos gerados e não é adequado à realidade das
cidades brasileiras. Algumas unidades de incineração estão sendo desativadas no
país por operarem precariamente, sem sistemas de tratamento adequado dos gases
emitidos. A incineração é um sistema complexo, que envolve milhares de interações
físicas e reações químicas. Além do dióxido de carbono e do vapor de água, outros
gases são produzidos, incluindo diversas substâncias tóxicas, como metais pesados
e outras.
Entre elas, destacam-se as dioxinas e os furanos, classificados como poluentes
orgânicos persistentes – POPs, que são tóxicos, cancerígenos, resistentes à
degradação e acumulam-se em tecidos gordurosos (humanos e animais). Esses
poluentes são transportados pelo ar, água e pelas espécies migratórias, sendo
depositados distante do local de sua emissão, onde se acumulam em ecossistemas
terrestres e aquáticos. Em decorrência dessas características, em setembro de 1998
a Environmental Protection Agency (EPA), a agência de proteção ambiental
americana, anunciou que não existe um nível “aceitável” de exposição às dioxinas.
Pirólise: Diferentemente da incineração, na pirólise a queima acontece em
ambiente fechado e com ausência de oxigênio.
Digestão Anaeróbica: É um processo baseado na degradação biológica, com
ausência de oxigênio e ambiente redutor. Neste processo há a formação de gases e
líquidos. Este princípio é bastante utilizado em todo o mundo em aterros sanitários.
Reuso ou Reciclagem: Já implantados em vários municípios brasileiros, estes
processos baseiam-se no reaproveitamento dos componentes presentes nos resíduos
81
de forma a resguardar as fontes naturais e conservar o meio ambiente. Como todo
processo de tratamento produz um rejeito, isto é, um material que não pode ser
utilizado, a disposição final em aterros acaba sendo imprescindível para todo tipo de
tratamento.
Aterro sanitário: É um método de aterramento dos resíduos em terreno
preparado para a colocação do lixo, de maneira a causar o menor impacto ambiental
possível. Veja a seguir algumas das medidas técnicas empregadas para proteger o
meio ambiente:
O solo é protegido por uma manta isolante (chamada de geomembrana) ou
por uma camada espessa de argila compactada, impedindo que os líquidos
poluentes, lixiviados ou chorume, se infiltrem e atinjam as águas
subterrâneas;
São colocados dutos captadores de gases (drenos de gases) para impedir
explosões e combustões espontâneas, causadas pela decomposição da
matéria orgânica. Os gases podem ser queimados para evitar sua dispersão
na atmosfera;
É implantado um sistema de captação do chorume, para que ele seja
encaminhado a um sistema de tratamento;
As camadas de lixo são compactadas com trator de esteira, umas sobre as
outras, para diminuir o volume, e são recobertas com solo diariamente,
impedindo a exalação de odores e a atração de animais, como roedores e
insetos;
O acesso ao local deve ser controlado com portão, guarita e cerca, para evitar
a entrada de animais, de pessoas e a disposição de resíduos não autorizados.
82
Fonte: www.grupoescolar.com
Fonte: meioambiente.culturamix.com
83
No entanto, representa uma alternativa melhor do que os lixões, e se diferenciam
destes por possuírem a cobertura diária dos resíduos com solo e o controle de entrada
e saída de pessoas.
Unidades de segregação e/ou de compostagem: Essa forma de tratamento
prevê a instalação de um galpão para a separação (triagem) manual dos resíduos,
usualmente realizada em esteiras rolantes. Quando o município realiza a coleta
seletiva, os resíduos já chegam separados, isto é, materiais recicláveis separados dos
resíduos orgânicos.
Fonte: www.poa24horas.com.br
Entretanto, quando não existe esta separação nas residências, comércios etc.,
os sacos de lixo coletados na coleta convencional são encaminhados para a triagem,
onde os resíduos recicláveis são separados dos orgânicos. Neste último caso, a
separação é muito mais difícil porque os resíduos estão misturados, dificultando a
segregação e comprometendo a qualidade do composto orgânico produzido.
No Brasil, o sistema de reciclagem e compostagem desvinculado da coleta
seletiva tem-se mostrado oneroso, pois além de exigir gastos elevados com muitos
funcionários e equipamentos, a separação do material orgânico do reciclável é muito
baixa. Por esta razão, a melhor alternativa é integrar as centrais de triagem e de
84
compostagem a um sistema de coleta seletiva, promovendo a separação dos
materiais recicláveis e compostáveis na origem e a participação comunitária. Para que
a coleta seletiva seja realmente eficiente é necessária a mudança de hábito na
disposição e acondicionamento do lixo já na fonte geradora. Além dos benefícios
ambientais promovidos pela coleta seletiva e consequente destinação dos resíduos
para reciclagem e compostagem, podemos considerar também os benefícios de
inclusão social dos catadores, caso eles sejam os parceiros preferenciais na coleta
seletiva.
85
científicos de nível local e regional, para discutir a temática, os quais logo evoluíram
para a escala global (FEITOSA, 2017).
Para além da discussão e aprovação dos instrumentos legais de educação
ambiental, normatização, fiscalização e ações coercitivas com grande volume de
estudos e relatórios de impacto ambiental produzido para atender as exigências da
legislação e recolhidos em acervos documentais cujas recomendações vêm sendo
negligenciadas por falta de interesse ou de meios materiais. No âmbito da percepção
individual, merece destaque (FEITOSA, 2017).
86
As ações do homem no ambiente, praticadas por determinado grupo em um
tempo e lugar delimitados, constitui a Cultura daquele segmento da humanidade em
sua totalidade, representada por todas as manifestações individuais e coletivas que
expressam aptidão, conhecimento, comportamento, costumes e crenças.
Fonte: www.palmas.to.gov.br
89
A escola é um ambiente importante para o desenvolvimento do indivíduo como
um todo. É papel da escola propiciar a emancipação do indivíduo, ou seja, fornecer a
ele ferramentas que os tornem responsáveis e capazes de contribuir e resolver
questões sociais. Também é importante que a escola favoreça as relações do
educando com o meio ambiente onde vive. Pois este contato com o ambiente natural
pode despertar a consciência das pessoas para o fato que os recursos naturais são
finitos (ARRUDA; MARQUES; REIS, 2017).
O desenvolvimento de projetos no ambiente escolar, que abordem a temática
ambiental, tem grande importância para promover este contato ser humano- natureza.
Ultrapassando assim a barreira da teoria somente. Um exemplo de projetos desta
natureza é a construção de hortas no ambiente escolar. A construção de uma horta
proporciona diversos benefícios para os envolvidos no processo. Com a confecção da
horta, o estudante tem possibilidade de aprender a plantar, selecionar o que plantar,
planejar o que plantou, transplantar mudas, regar, cuidar, colher, decidir o que fazer
do que colheu. É importante que o educando participe ativamente de todas a etapas
deste processo, pois assim estes se sentem estimulados e corresponsáveis pelo
projeto (ARRUDA; MARQUES; REIS, 2017).
Compostagem demonstra os processos da natureza de decomposição,
transformando resíduos orgânicos em novo solo, permitindo que os alunos se
familiarizem com o ciclo de nutrientes. Os alunos podem construir com o adubo para
uso no pátio da escola a ser preenchido com jardim e restos de comida.
Programa de Reciclagem
Projeto de Arborização
[...] o termo “meio ambiente" tem sido utilizado para indicar um “espaço”
(com seus componentes bióticos e abióticos e suas interações) em que um
ser vive e se desenvolve, trocando energia e interagindo com ele, sendo
transformado e transformando-o. No caso do ser humano, ao espaço físico e
biológico soma-se o “espaço” sociocultural. Interagindo com os elementos do
92
seu ambiente, a humanidade provoca tipos de modificação que se
transformam com o passar da história. E, ao transformar o ambiente, o
homem também muda sua própria visão a respeito da natureza e do meio em
que vive. (PCNs,2001,p.31-32).
Assim, a questão ambiental integra processos tanto de ordem física como social,
superando, dessa forma, uma concepção reducionista de ambiente.
É num campo novo do conhecimento, com inúmeras formas de concepção e
significação do meio ambiente, onde natureza e cultura se articulam e que a Educação
Ambiental avança na construção de seu objeto de estudo (MARTINS, 2017).
Fonte: tribunadoceara.uol.com.br
96
entre outros "ismos", assim como propiciar a participação social nas questões
ambientais das principais vítimas do modelo de desenvolvimento econômico, que
ignora as suas consequências sociais e ecológicas.
A educação ambiental popular terá certamente um papel importante nos
próximos anos, já que muito resta a fazer nos planos teórico e prático para atingirmos
uma melhor qualidade de vida, a democracia e a cidadania. O papel que a América
Latina tem e terá nos próximos anos, no debate internacional sobre o meio ambiente,
será de importância fundamental para estabelecimento de uma nova ordem
econômica e ecológica internacional (DE ANDRADE, 2016).
98
nessa transformação, integra-se e se insere na sociedade, ampliando a consciência
de pertencimento ao mundo (DE ANDRADE, 2016).
A Educação Ambiental Crítica, ao se inspirar nessas ideias que tomam a
educação como parte da construção da história e da personalidade do indivíduo,
acrescenta uma característica fundamental: propor a compreensão das relações
homem-natureza, a fim de que o indivíduo passe a atuar sobre os problemas e
conflitos ambientais. Desse modo, a proposta político-pedagógica da Educação
Ambiental Crítica seria a de estimular o pensamento crítico para que haja uma
mudança de valores e atitudes, contribuindo para a formação de um cidadão ecológico
e comunitário. É dar uma ótica subjetiva de ensinar, pautada em sensibilizar as
pessoas para questões solidárias em relação à comunidade e ao meio ambiente,
construindo bases para a formação de indivíduos e grupos sociais capazes de
identificar, questionar, criticar e atuar frente às questões socioambientais, dentro de
uma construção ética preocupada com a justiça ambiental (DE ANDRADE, 2016).
Outro relevante teórico que contribuiu como base de sustentação da Educação
Ambiental Crítica como uma nova proposta de ensino-aprendizagem, voltada à
construção de uma postura ético-política do indivíduo, é Boaventura de Sousa Santos,
que em sua Teoria da Emancipação busca não reduzir o real ao que existe, mas
enxergar possibilidades alternativas para além do que existe. Para o citado autor, a
realidade fática da modernidade não se pautou na cidadania plena e na
universalização da liberdade e de direitos. Ao contrário, a lógica capitalista de
consumo, de concentração de renda e de utilização do máximo de riquezas naturais
em prol do progresso, somada a um ensino tradicional, reprodutor de ideias pré-
concebidas, retrai e desestimula as possibilidades de construção de um pensamento
crítico e de emancipação. Daí a necessidade de reinventar a forma de pensar a
educação ambiental, no sentido de voltar o pensamento para o futuro que queremos
e podemos construir em todos os contextos da vida humana e social (DE ANDRADE,
2016).
99
indissociáveis, pois permite que os indivíduos passem a questionar e a construir seus
próprios conceitos.
Participar, nesse passo, é promover a cidadania, entendida aqui como realização
do indivíduo enquanto agente de transformação de sua própria realidade. Para isso,
é preciso libertá-lo de condicionamentos políticos e econômicos e de reprodução de
conceitos pré-concebidos. No entanto, é importante destacar que um dos grandes
problemas da participação e, logo, de uma perspectiva emancipatória consiste no fato
de que vivemos em uma sociedade heterogênea e desigual. Ocorre, ainda, que as
pessoas se submetem a fatos e argumentos, por ignorância sobre o assunto ou por
não conseguir visualizar soluções concretas de melhorias para determinada questão
e, em diversos momentos, filiam-se a opiniões pré-concebidas e acabam se
identificando com elas, sem fazer qualquer juízo de valor. Por isso, é relevante que
qualquer informação recebida por um indivíduo se converta em conhecimento, não se
reduzindo ao simples acesso a elas. No processo educativo, a compreensão, a
reflexão e a inter-relação são fundamentais na formação de um cidadão e, desse
modo, a metodologia participativa propõe o estímulo à capacidade individual e coletiva
de construir argumentos e questões que possam ser incluídos na agenda pública (DE
ANDRADE, 2016).
Para que os educadores viabilizem a proposta da ação pedagógica da Educação
Ambiental Crítica, com o desenvolvimento de projetos que se voltem para além das
salas de aula, deve haver, inicialmente, uma internalização das práxis de um ambiente
educativo de caráter crítico. Sendo assim, acredita-se alcançar a efetiva inserção
política dos educadores no processo de transformação da realidade socioambiental,
ou seja, é necessário que primeiro os educadores promovam uma transformação
interna de pensamentos e atitudes para que depois estejam aptos a verdadeiramente
estimularem a construção deste processo nos seus alunos. Nesse processo
pedagógico, estar-se-á promovendo a formação da cidadania, na expectativa do
exercício de um movimento coletivo conjunto, gerador de mobilização para a
construção de uma nova sociedade ambientalmente sustentável (DE ANDRADE, 2016).
A Complexidade
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11 BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CASCINO, Fabio. Educação ambiental: São Paulo: SENAC. 1999. DIAS, General
Freire. Educação ambiental: Princípios e práticas. 9.ed. São Paulo: Gaia. 2009.
KINDEL, Eunice Aita Isaia. Educação ambiental: Vários olhares e várias práticas.
2.ed. Porto Alegre: Mediação 2004.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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