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Matéria para Teste
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Poluição e Contaminação
Qual dos dois locais existe uma maior contaminação? A=0,1mg e B=0,2mg
O local B, pois, tem acima do que seria de referência naquele local. No entanto, muitos fatores
que determinam a contaminação tornam não possível, só com a concentração, saber se nestes
locais vai haver efeitos. Ou seja, não é visível unicamente em imagens ou concentrações.
Que impactos a matéria orgânica de um esgoto não tratado podem ter na água?
Pode ser explicado pelo ciclo de azoto: bactérias aeróbias transformam matéria orgânica
(azoto-N2) da água do esgoto em matéria inorgânica, a amónia (NH4+) -> bactérias anaeróbias
transformam a amónia em nitritos (NO2-) e depois em nitratos (NO3-) -> estes nitratos são
consumidos pelas macroalgas, e então crescem em demasia -> eutrofização (falta de luz) ->
morte de produtores primários abrupta (não conseguem realizar a fotossíntese e respiração
celular a mais) -> menos oxigénio e temperatura mais baixa no fundo (as melhores condições
para bactérias anaeróbias) -> os consumidores ou fogem ou acabam por morrer -> alta
decomposição (ainda mais amónia formada) -> decompositores (bactérias anaeróbias) vão
produzir metano e sulfeto de hidrogénio, ambos muito tóxicos -> resíduos acumulam-se ->
zonas mortas.
Nota: Este ciclo é oxidativo, caso não haja oxigénio este ciclo fica interrompido.
Qual é a massa de água das duas amostras mais contaminada, sabendo que
BOD5A=5mg/L e BOD5B=3mg/L? Qual teve mais risco de eutrofi zação?
Quanto mais matéria orgânica, mais oxigénio as aeróbias vão consumir, o sítio mais
contaminado terá mais matéria orgânica, ou seja, será consumido mais oxigénio, sendo maior
o seu BOD5. O BOD5 de B é maior que o BOD5 de A, indicando que no B é o mais contaminado.
O que tem maior diferença BOD5, que é o B. Eutrofização – mais matéria orgânica,
crescimento excessivo de algas que cobrem os produtores, sem fotossíntese existe menos
oxigénio (condições anóxicas).
Se não houvesse diferença então não havia matéria orgânica, então não houve contaminação.
Temos melhores instrumentos para analisar as contaminações, não podemos dizer que antes a
contaminação era maior do que agora, apenas temos mais maneiras de medir. Níveis que
antigamente eram considerados não poluídos podem, com os avanços da ciência, vir a ser
considerados poluídos ao causarem efeitos crónicos.
Os níveis crónicos de contaminação podem afetar muito mais a comunidade, ou seja, o efeito
negativo na reprodução é pior que a morte do ser. Explica-se pelo facto da maioria dos animais
marinhos reproduzirem-se a uma grande escala e a maioria também morre prematuramente.
Não esquecer que a contaminação no ser vai passando de nível trófico a nível trófico por
ingestão de outros seres. Assim, a morte derivada de toxicidade pode não ter qualquer
impacto na população.
Os fármacos (contaminantes) são extremamente necessários à saúde humana. Sendo esta uma
primeira prioridade no planeta, não podemos deixar de usá-los, o que acabam por poluir o
ambiente, e, assim, existe um conflito de interesses. Uma solução possível é evoluir os
próprios fármacos. (deixar de usar certos contaminantes pode ainda ter consequências para
nós)
No caso Torrey Canyon, que ocorreu um derrame de petróleo nas praias, o que
escolher? A Indústria Pesqueira ou a Ati vidade Turísti ca (uso de
surfactantes/dispersantes)?
Temos de pôr em prioridade os nossos interesses. Escolhemos usar surfactantes para resolver
o problema visto que o turismo vale mais dinheiro do que a indústria pesqueira.
Por exemplo, uma árvore vale muito mais do que aquilo que podemos vender dela. Valor da
árvore: oxigénio, controlo de poluentes, controlo de erosão do solo, água, habitat para seres,
madeira, frutos, e beleza estética.
Explique o esquema
Se estiver presente um pesticida, este vai ligar-se à acetilcolinesterase, que diminui o seu
tamanho e impede a ligação da acetilcolina a esta, e, portanto, inibe a sua atividade de
degradação em colina e acetato, o que resulta numa passagem contínua e descontrolada do
impulso nervoso. Este impulso descontrolado vai depois afetar os comportamentos do
organismo, nomeadamente na sua locomoção e velocidade (não realiza assim várias das suas
atividades fundamentais de vida), o que, por sua vez, tem um impacto na população
(diminuição da reprodução), na comunidade e por fim no nível mais alto de relevância, o
ecossistema.
Dose e Concentração
Curva dose-resposta
É uma curva do tipo sigmoidal pois existe variabilidade biológica, ou seja, existem organismos
mais sensíveis e/ou mais resistentes a certas toxinas. No início não morrem todos ao mesmo
tempo, pelo contrário, existe uma relação sigmoide entre a mortalidade e o tempo de
exposição.
O tempo letal vai depender da concentração das toxinas de exposição, sendo menor quanto
maiores estas forem. (caso da curva I)
Os mais sensíveis morrem primeiro, depois aparece uma zona de distribuição normal em que
morrem a maior parte, e só no fim morrem os mais resistentes.
Transformação Probit
Dois pesti cidas com o mesmo LC50, mas com diferentes funções, qual
escolheria?
Como LC50 é igual em ambos, não se pode ver a toxicidade por aqui.
Não existe uma resposta evidente, pois os comportamentos são diferentes. Podemos escolher
o A até uma concentração de pesticida de 5mg/L, pois ainda não ocorreu qualquer
mortalidade, ao passo que em B já. Podemos escolher o B se for preciso concentrações de
pesticida maiores (em 25mg/L), visto que não morre 100% da população, ao passo que em A
já.
Defi nições
Tempo letal médio (LT50 ou LTM) - tempo necessário para que ocorra a mortalidade em 50%
da amostra.
Concentração letal média (LC50) - concentração da substância teste que mata 50% da
população-alvo do ensaio num determinado período de exposição.
Dose letal média (LD50) - determinada dose que mata 50% da população-alvo num
determinado período de exposição.