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Bretas Reologia de Polimeros Fundidos 2 Ediao PDF Free
Bretas Reologia de Polimeros Fundidos 2 Ediao PDF Free
principalmente a estu-
dantes de pós-graduação
nas áreas de Engenharia
de Materiais Poliméri-
cos e Engenharia
Química.
Nos primeiros capítulos
são apresentados os
fundamentos científicos
I
1 da reologia de polímeros
1 fundidos. Nos capítulos
intermediários são
,descritas as principais
técnicas de medidas das
qopriedad lógica:
:sses m a t e r i a i s .
d m e n t e , n o s IÚltiinois
, são mostradas
I
b i i c a ç õ e s tec-
esta c i ê n c i a .
Rosario
Marcos
Oswaldo Baptista Duarte Filho
Reitor
Maria Stella Coutinho de Alcântara Gil
Vice-Reitora
Oswaldo Mario Serra Truzzi
Diretor da Editora da UFSCar
-
EdUFSCar Editora da Universidade Federal de São Carlos
Conselho Editorial
João Carlos Massarolo
José Mindlin
José Roberto Gonçalves da Silva
Lucy Tornoko Akashi
Maria Luisa Guillaumon Emmel
Marly de Almeida Gomes Vianna
Maurizio Ferrante
Modesto Carvalhosa
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Maria Cristina Priore
Secretária Executiva
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Telefax (OXX16) 3351-8137 Ed
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9
13
16
19
Para essa igualdade ser satisfeita, sendo o volume V arbitrário, o Pelo fato de polímeros fundidos serem fluidos de alto peso mole-
integrando deve ser igual a zero. Então, cular, eles podem ser considerados, na maioria dos casos, como fluidos
incompressíveis. Portanto, a Equação (1.31) é a mais utilizada em si-
mulações de processamento de polímeros.
A Equação (1.28) é chamada de equação da conservação da mas- 1.6.2 Equação da conservação da quantidade de movimento
sa, também conhecida como equação da continuidade. Considerando
O princípio da conservação da quantidade de movimento estabe-
um sistema de coordenadas retangulares ou cartesianas, a Equação
lece que a taxa de variação da quantidade de movimento de um fluido
(1.28) fica da seguinte forma:
dentro de um volume fixo e arbitrário V será igual à soma do fluxo de
quantidade de movimento através da superfície de contorno A mais
as forças externas atuando no fluido. O fluxo de quantidade d e mo-
vimento pode ocorrer em razão d o escoamento d o fluido como um
em que vx,vye vZsão as componentes do vetor velocidade nas direções todo, de seus movimentos moleculares e das interações d o mesmo
x, y e z, respectivamente. com as outras partes do fluido.
Em coordenadas cilíndricas, a Equação (1.28) fica da seguinte Então, aplicando o princípio da conservação da quantidade de
forma: movimento para um fluido dentro de um volume V de área superficial
A (Figura 1.15), tem-se que [10]:
45
último termo do lado direito da Equação (1.33) representa a força ex-
terna aplicada, no caso, a força da gravidade E.
Utilizando os mesmos argumentos para a dedução da equação da
É usual expressar a Equação (1.38) utilizando a derivada substan-
conservação da massa, tem-se:
= (d/&)
tiva D / D ~ + ;v. Dessa forma, obtém-se:
-P+',, '12
n..=
'1
[ 1'; -P + T,,
'32 -P + z3,
Substituindo a Equação (1.37) na equação da conservação da
E, para a direção z,
46 47
Considerando, agora, um sistema de coordenadas cilíndricas (r, O, Equações 1.22 e 1.23) é conhecida como eyuação reológica de estado ou
z), tem-se, para a direção r: equqáo constitutiva do material.
Essas relações entre tensão e taxas de deformação são as q
finem reologicamente um material; logo, podem apresentar diferentes
formas de acordo com o tipo de material. Por exemplo, um determina-
do fluido pode ter a relação entre tensão e taxa de deformação igual a
uma constante, independentemente da deformação e do tempo. Esse
tipo de fluido é chamado de Newtoniano ou com comportamento
Para a direção O, Newtoniano. Os polímeros fundidos, em sua grande maioria, apresen-
tam variação nessa relação, sendo ela dependente tanto da intensidade
e do tipo de deformação como do tempo; essas relações ainda são de-
pendentes da história termo-mecânica do material, ou seja, das defor-
mações sofridas anteriormente por ele. Então, torna-se necessário obter
experimentalmente ou por modelagem essas equações constitutivas, a
Para a direção z, fim de obter o perfil de velocidades e pressões de um dado polímero
sob dadas condições. Logo, para cada polímero, representado por rela-
ções do tipo p = p(T,P) e 7 = 7 (V;), haverá uma solução diferente das
equações de conservação de massa e quantidade de movimento, ou seja,
valores diferentes de C e VP serão obtidos. Mais adiante, alguns exem-
plos dessas equações constitutivas serão mostrados.
Logo, para se obter o perfil de velocidades, de tensões e de pres- 1.6.3 Equação da conservação da energia
sões durante o fluxo isotérmico de um dado material em uma dada ge-
ometria, ou seja, para obter V,7 e VP, deve-se resolver simultaneamente Para obter a equação da conservação da energia ou simplesmente
as equações da conservação da massa (Equação 1.28) e da quantidade equação da energia, deve-se aplicar o mesmo princípio de conservação
de movimento (Equação 1.38). Nessas equações, a densidade é repre- utilizado para obter as equações da conservação da massa e conservação
sentada por uma equação de estado p(T,P), que varia de acordo com o da quantidade de movimento. O princípio da conservação da energia
estabelece que a taxa de aumento de energia de um elemento de fluido
material. Da mesma forma, o tensor tensão 7 está relacionado a certas
de volume fixo e arbitrário V é igual à soma das taxas de aumento dc
propriedades do escoamento, como o próprio gradiente de velocidades,
energia, em razão do transporte convectivo, do transporte molecular
e também varia de acordo com o tipo de material. Arelação funcional
entre o tensor tensão e o vetor velocidade (ou taxas de deformação,
48 49
e do trabalho exercido no sistema pelo transporte molecular e pelas
forças externas.Matematicamente, tem-se que:
50 51
e[O.?] + p&.Y (1.47)
O primeiro e o segundo termos do lado esquerdo da' Equação em que T é a temperatura e Cp,O calor específico a pressão constante.
(1.48) representam a taxa de ganho de energia interna por unidade de Substituindo a relação anterior na Equação (1.51), obtém-se:
volume e a taxa de adição de energia interna por convecção, respecti-
vamente. O segundo e o terceiro termos do lado direito da equação
representam a taxa de aumento de energia interna reversível por unida-
de de volume por compressão e a taxa de aumento de energia interna
irreversível por unidade de volume por dissipação viscosa. A Equação No caso de fluidos incompressíveis, (a ln p/d ln T)p= O. Então, a
Equação (1.53) pode ser simplificada para:
(1.48) também pode ser expressa em termos da derivada substantiva,
obtendo-se, então:
52 53
e, em coordenadas cilíndricas, 1.7.1 Fluido Newtoniano (puramente viscoso)
54
1.7.2 Fluidos não-Newtonianos (viscosos) é possível observar que, em alguns processos de transformação de po-
límeros, como moldagem por compressão e calandragem, as taxas de
Na Introdução desse livro, foi ressaltado que os polímeros fün-
cisalhamento impostas são baixas, enquanto em outros, como extmsão
didos possuem características viscoelásticas, ou seja, apresentam com-
e moldagem por injeção, essas taxas são altas. Assim, dependendo da
portamento reológico tanto de sólidos elásticos como de líquidos vis-
magnitude dessa taxa no processo, o polímero poderá ter um compor-
cosos. No entanto, em muitas situações durante o processamento de
tamento Newtoniano ou não-Newtoniano.
polímeros, suas características viscosas são predominantes e os efeitos
de elasticidade na solução do campo de escoamento (obtenção de V, Newtoniano
VP e VT) podem ser desprezados. Dessa forma, é usual em muitos
casos utilizar equações constitutivas simplificadas que descrevam ape-
nas o comportamento viscoso do polímero, como é feito, por exemplo,
em cálculos analíticos do fluxo de polímeros fundidos em parafusos de
extrusão (ver a Seção 7.2).
Algumas dessas equações constitutivas são apresentadas a seguir.
56
viscosidade diminui com o aumento da taxa de cisalhamento e o po- mento pseudoplástico é o mais comum em polímeros fundidos e é
límero apresenta comportamento pseudoplástico;quanto mais n +O conseqüência do desenovelamento e da orientação das macromoléculas,
maior a pseudoplasticidade do polímero. Se n > 1,a viscosidade aumen- promovidas pelas taxas de cisalhamento aplicadas. Quando essas taxas
ta com a taxa de cisalhamento e o polímero apresenta comportamento são baixas, o gradiente de velocidades não é forte o suficiente para dese-
dilatante. O valor de n pode ser calculado a partir da inclinação da novelar as macromoléculas e a viscosidade é elevada; quando essas taxas
curva log q versus log j.5 Na maioria dos polímeros fundidos, porém, aumentam, as macromoléculas começam a desfazer os nós entre elas e
n = n(j). Se a viscosidade do polímero é expressa pela Equação (1.58), a viscosidade começa a diminuir. Quando as taxas são elevadas, as ma-
então a sua equação reológica de estado será: cromoléculas já desfizeram quase todos os nós entre elas e se orientarão
7.. = q j.. = m j.." (1.59) na direção do fluxo, diminuindo a viscosidade.
?I IJ ?I
É importante ressaltar que essa equação é válida somente no in- 1.7.2.2 Modelo de Ellis
tervalo entre os patamares Newtonianos a baixas e altas taxas de cisa-
O modelo de Ellis descreve a dependência da viscosidade em re-
lhamento, ou seja, entre qo< q < q_.
lação à taxa de cisalhamento, tanto para baixas taxas de cisalhamen-
A Figura 1.17 apresenta as outras relações entre q e j observadas
to como para altas, assim incorporando o primeiro platô Newtoniano.
em materiais poliméricos.
Matematicamente, esse modelo pode ser representado como:
58 59
1.7.2.5 Modelo de Cross
60 61
de elasticidade do fluido não foram consideradas. Nessa seção, serão Como a mola e o amortecedor estão em série, a tensão total zij
apresentados alguns modelos que consideram essa elasticidade. será igual à tensão na mola, que, por sua vez, será igual à tensão no
amortecedor. Nesse caso, a deformação total no sistema yij será igual à
1.7.3.1 Modelo de Maxwell soma das deformações na mola e no amortecedor, ou seja,
A equação constitutiva de Maxweil foi a primeira tentativa de
descrever o efeito da viscoelasticidade de um determinado material.
Esse modelo incorpora a idéia de um fluido que apresenta característi- Derivando essa deformação total em relação ao tempo, obtém-
cas tanto de um sólido elástico Hookeano6 como de um fluido viscoso se:
Newtoniano. Nesse caso, o sólido elástico Hookeano é representado
i dzij i
por uma mola com comportamento Tm = Gy,,,, em que T,,,é a tensão yij= yin +y, =--+-.r;..
Gdt p "
na mola, G é o módulo elástico e ym é a deformação da mola; o fluido
viscoso Newtoniano é representado por um amortecedor com compor- Rearranjando essa equação, obtém-se:
tamento T~ = py;,, em série, em que \ é a tensão no amortecedor, p é a
viscosidade e ya é a taxa de cisalhamento no amortecedor. Um esquema
simplificado desse modelo é apresentado na Figura 1.19.
.r;1. , = j [E .
4 i
(t-t')
(t?dtt
]
I
Nessa equação, os termos Ai e ti são parâmetros que podem ser 1.7.4.1 Modelo de Criminale-Ericksen-Filbey
determinados a partir de dados experimentais. Note que essa equação é
linear, mas possui derivadas de ordem n.
A equação de Criminale-Ericksen-FiIbey (CEF) é o modelo não-
linear mais simples capaz de descrever o comportamento pseudoplás-
O modelo de Jeffreys é um caso especial da Equaqão (1.70), em
tico e as diferenças de tensões normais em cisalhamento dos polímeros
que são desprezadas as derivadas maiores que um. Dessa forma, ele é
fundidos. Esse modelo é expresso por:
um modelo linear de primeira ordem. Matematicamente, tem-se:
em que Y , = (T,,- ~ , , ) / jé~O primeiro coeficiente de tensões normais e
Y2 = (T,, - ~,,)/y2 é O segundo coeficiente de tensões normais. A deri-
vada D/Dt é conhecida por derivada corotacional ou derivada de Jau-
-
mann, a qual é definida para um dado tensor A, como: Nessa equação, a é um parâmetro adimensional. De maneira
geral, a Equação (1.75) consegue descrever qualitativamente o compor-
tamento viscoelástico não-linear de polímeros fundidos.
Existe uma grande quantidade de equações constitutivas não-li-
neares que não estão apresentadas nesse livro. Uma discussão aprofun-
em que D/Dt é a derivada substantiva e 5 é o tensor vorticidade.
dada sobre a viscoelasticidade náo-linear, suas equações constitutivas e
No caso de um escoamento unidimensional entre placas paralelas
aplicações estão fora do escopo desse livro. Maiores detalhes podem ser
(escoamento cisalhante simples), como mostrado na Figura 1.14, o mo-
encontrados nos livros de Bird [8] e Makosko [ l l ] .
delo CEF fornece os seguintes valores para os componentes não-nulos
É importante salientar que quanto mais complexa a equação cons-
da tensão:
titutiva utilizada maior a dificuldade de solução do problema. Assim, a
solução conjunta das equações de conservação de massa, quantidade de
movimento e energia para um determinado material, representado por
qualquer uma das equações reológicas anteriormente descritas, em uma
dada geometria, quase sempre envolverá o uso de métodos numéricos
computacionais (elementos finitos, diferenças finitas, volumes finitos).
Io-'
2.3 Redução da Perda de Carga -
1 Agua
2,3,4,5 - Soluções aquosas
de 6xido de polietileno
Figura 2.4 Fator de atrito faem função de Re para várias soluções aquosas de
PEO (1= menor concentração de PEO, 5 = maior concentração de PEO).
em que Ü é a velocidade média do fluido. Esse efeito "incomum" exemplifica o conceito de plastifica9ã0,
O número de Reynolds Re = D Ü ~ expressa / ~ a relação entre as em razão da formação de pontes de hidrogênio, da água pelas macro-
forças de inércia e as forças viscosas atuando no fluido e é capaz de de- moléculas de PEO.
finir se o fluxo é laminar ou turbulento. Se a perda de carga de várias so-
luções aquosas de PEO, por exemplo, for medida em função do número 2.4 Formação de Vórtices na Entrada Capilares
de Reynolds, obtém-se um gráfico como o mostrado na 13gura 2.4.
Pode-se observar pela Fígura 2.4 que, no regime laminar, a adição Se a região de entrada de um capilar é analisada quando um flui-
de PEO à água não modifica a relação entreA e Re, ou seja, não afeta a do Newtoniano e um polímero estão escoando através dela, as linhas de
perda de carga; por outro lado, no regime turbulento, a adição de PEO fluxo irão seguir o padrão mostrado na Figura 2.5.
à água reduz substancialmente o fator de atrito e, conseqüentemente, a Pode-se observar que no caso do fluido Newtoniano (Figura 2.5a),
perda de carga. Por causa desse fenômeno, soluç6es desse tipo podem todas as linhas de fluxo são convergentes na entrada do capilar. No caso
ser utilizadas em combate a incêndios e na irrigação de lavouras, em do polímero (Figura 2.5b), as linhas de fluxo centrais são convergentes,
porém as linhas de fluxo perto da parede podem divergir, chegando a O aparecimento desses vórtices provoca perdas de carga extras na
formar vórtices. região de entrada do capilar.A perda de carga de um fluido Newtoniano
escoando através de um capilar de comprimento L é expressa por
AP = APCapiiar= PL- Po,em que PLe Porepresentam as pressões na saída
e entrada do capilar, respectivamente; contudo, quando o fluido é um
+ APentrda.
polímero, a perda de carga é expressa por AP = APCapibr
Essa perda de carga extra na entrada pode ser associada à elasti-
cidade do material polimérico e aos gradientes de deformação elon-
gacional que ocorrem na entrada do capilar, entre outros aspectos. É
importante lembrar (Equações 1.22) que gradientes de deformação
elongacional ocorrem quando a componente da velocidade vi varia,
(a) (b)
principalmente com i. No caso do capilar, se a componente princi-
Figura 2.5 Linhas de fluxo na entrada de um capilar de: (a) fluido
pal for vz, por exemplo, então gradientes elongacionais serão expressos
Newtoniano; (b) polímero.
como dvZ/az e gradientes de cisalhamento, por &,/ar. Logo, toda
A formação de vórtices depende do tipo de polímero; por exem- vez que houver uma mudança na seção transversal da geometria, por
plo, polímeros com ramificações longas, como o PEBD, formam vórti- exemplo, quando o material está fluindo através de um cone (conver-
ces, enquanto polímeros lineares, como o polietileno de alta densidade, gente ou divergente),gradientes elongacionais aparecerão.
PEAD, não formam vórtices, como pode ser visto na Figura 2.6. Esses gradientes elongacionais afetam de forma diferente molé-
culas de baixo peso molecular e macromoléculas, como pode ser visto
na Figura 2.7. Nessa figura,vzvaria com o eixo z, sendo menor no tem-
po t = O (maior raio) e maior no tempo t = t, (menor raio). A Figura
2.7a representa o fluxo de uma molécula de baixo peso molecular, como
água, e a Figura 2.7b, uma macromolécula. Pode-se observar que a mo-
lécula de baixo peso molecular sofrerá aceleração na entrada do capilar;
observa-se, porém, no caso da macromolécula, que enquanto a "cauda"
está a uma velocidade menor, a "frente" estará a uma velocidade maior.
O resultado final será uma "elonga$io7'ou um estiramento da macro-
molécula.
Figura 2.6 Linhas de fluxo na entrada de um capilar de: (a) PEBD;
(b) PEAD.
lado, materiais em que a viscosidade aumenta com o tempo a uma
dada taxa de cisalhamento são chamados de reopéxicos. Ambos os fe-
nômenos são conseqüência da quebra ou da formação de aglomerados,
géis, ligações químicas e físicas das macromoléculas, interações entre
partículas e macromolécu~as,entre outros motivos.
Esse comportamento é diferente do comportamento pseudo-
plástico ou do dilatante estudados anteriormente. Como mostrado na
Figura 1.17, o comportamento pseudoplástico e dilatante é dependente
da taxa de cisalhamento, não do tempo.
A Figura 2.8 mostra curvas padrões da viscosidade versus tempo
Figura 2.7 Fluxo na entrada de um capilar de: a) molécula de baixo peso de materiais tixotrópicos e reopéxicos.
rnolecular; b) macrornolécula.
-C=
p .k
! dade, dependência com o tempo, etc.
Fluido Fluido Fluido
pseudoplástico tixotrópico reopéxico
T
0
/
Y Y Y
Curva para "cima" -
Curva para "baixo" -----
Figura 2.9 Curvas de fluxo de fluidos pseudoplásticos, tixotrópicos e reopé-
xicos.
I
Se for assumido que o polímero fundido é representado pela I Como a pressão depende somente de z e a velocidade depende
equação reológica de um fluido Newtoniano (Equação 1.57), então a de r, a Equação (3.4), para ser válida, deve satisfazer a condição de que
única componente do tensor tensão para esse material será: os termos do lado esquerdo e do lado direito da mesma equação sejam
constantes. Então,
vJr = O) = vz (3.6a)
7
. =PY,
.
=r
APr
I
I
centro, já que a taxa de cisalhamento será zero ao longo dessa região
central. A taxa de cisalhamento para cada um dos perfis da Figura 3.2
I
3.1.3 Fluxo de fluidos Newtonianos e não-Newtonianos entre Como condições de contorno, tem-se:
e a vazão, por:
Da Equação (3.40) obtém-se a vazão, já que Q=v,A, em que A é
a área da seção transversal entre as duas placas paralelas ou BW:
Figura 3.5 Fluxo de arraste entre duas placas paralelas, sendo B a distância
Y,, ,=
v,
entre as placas; L, o comprimento das placas; W, a largura das placas; e V, a
velocidade da placa superior.
Se o polímero pode ser representado pela Lei das Potências, então
Assume-se que a única componente não-nula do vetor velocidade
a equação de conservação de quantidade de movimento reduz-se a:
é vx,a qual irá variar somente na direção y. Como não existe gradien-
te de pressão, então a equação da conservação da quantidade de mo-
vimento em coordenadas cartesianas (Equação 3.28) para um fluido
Newtoniano reduz-se à seguinte forma:
Nesse caso, q será substituído pela Equação (1.58) em coordena-
das cartesianas ou:
-[E
t (t-t')
Assim, obtém-se:
I em termos de um espectro continuo de relaxaqáo, conhecido como
espectro de relaxação H@). A relação entre o módulo de relaxação e o
espectro de relaxação é expressa por [8]:
b
Peso molecular aumentando
Log H
Log h
Figura 4.3 Influência do peso molecular no espectro de relaxação de um po-
límero.
Segmentos que
interagem a curta
(a) (b) distância
Figura 4.4 Formas de relaxação de tensões de uma macromolécula: (a) sob
tensão; (b) relaxando.
(a) (b)
A cada uma dessas formas está associado um tempo de relaxação Figura 4.5 Esquema das moléculas de um polímero: (a) na ausência de gra-
dientes de velocidade; (b) na presença de gradientes de velocidade [16].
característico e, uma vez que existem muitas formas possíveis de rela-
xação durante um intervalo de tempo, o espectro discreto de tempos de Contudo, dificilmente toda a estrutura original do polímero será
relaxação resultante pode ser aproximado por uma distribuição contí- destruída pelo gradiente de velocidades. Alguns segmentos da macro-
nua. molécula retêm a estrutura compacta emaranhada. Esses segmentos
Isso pode ser mais bem interpretado observando uma única ma- que produzem interações de curto alcance não serão deformados pelo
cromolécula em um solvente. Na ausência de gradientes de velocidade, gradiente de velocidades e a sua contribuiçáo no plano das tensões será
a distribuição dos segmentos moleculares ou unidades monoméricas percebida na viscosidade. Os segmentos com interações de curto alcan-
da macromolécula ao redor de seu centro de massa será tal que a maio- ce estão associados aos tempos curtos de relaxação h < l/ j .
ria dessas unidades monoméricas estará localizada na vizinhança mais Esses resultados mostram que os segmentos com interações de
próxima ao seu centro de massa, com uma distribuição Gaussiana, longo alcance contribuem principalmente para a resposta elástica do
como mostrado na Figura 4.5a (conformação aleatória de equilíbrio). fluido polimérico, enquanto os de curto alcance contribuem para a res-
Agora, sob um dado gradiente de velocidades, a macromolécula irá se a relaxação da molécula polimérica
posta viscosa do polímero. Assi~n.,
durante o fluxo determinará a sua resposta a uma dada deformação no elemento de fluido são chamadas de elongacionais ou extensionais.
ou tensão. Logo, todas as propriedades reológicas serão dependentes Nesse caso, o tensor taxa de deformação apresenta apenas as compo-
do número de Deborah. nentes normais, as quais, no sistema de coordenadas cartesianas, serão
expressas por:
4.2 Propriedades em Regime Permanente
--
Figura 4.7 Curvas de viscosidade versus taxa de cisalhamento de vários poli-
propilenos isotácticos, i-PP, com diferentes pesos moleculares [17]. 17
(poise) PMMA (190°C)
I 05
4.2.2 Viscosidade em regime permanente de elongação I o3 I o4 I o5 I o6 I o7
Tensão (Nlm2)
Considerando um fluxo elongacional uniaxial (Figura 4.6b), em
que o campo de velocidades é expresso pelas Equações (4.13a) a (4.13c), Figura 4.8 Viscosidade elongacional versus taxa de elongação para três polí-
para o caso em que b = O e i: > 0, pode-se relacionar as tensões às taxas meros diferentes [18].
I
em que Y ,e Y 2são chamados deprimeiro e sepndo coe$cientes de ten- Para determinar mudanças na elasticidade, as medidas devem ser
sões normais, respectivamente. A medida dessas diferenças de tensões realizadas, preferencialmente, a baixas taxas de cisalhamento, onde as
normais proporciona uma medida da elasticidade do fundido. Geral- diferenças estruturais são mais facilmente detectadas. Pode-se relacio-
mente, para polímeros fundidos, Y, é positivo e Y2é negativo, sendo nar o primeiro coeficiente de tensões normais Y1ao módulo de relaxa-
que o valor absoluto de Y, é muito maior que Y2[7]. ção G(s) pela seguinte relação[8]:
Outras medidas de diferenças de tensões .normais também são
] sG(s)ds.
utilizadas, tais como:
lim-I
?--.O 2q
1 -
- _
o
I
j~(s)ds
Logo, se G(s) é determinado, pode-se calcular v,, como explicado
anteriormente.
1
I
O peso molecular e a sua distribuição também afetam a primeira y ,varia com o tempo de forma senoidal (ou cosenoidal), conforme
e a segunda diferenças de tensões normais; por exemplo, quanto maior mostrado na Figura 4.10, essa deformação pode ser expressa como:
o peso molecular, maior a probabilidade de ocorrer emaranhamentos e,
portanto, maior a elasticidade do material e maior N,. y, (t) = yoeiw (4.25)
mesma frequência o,mas não estarão em fase com a deformação (ou Derivando a Equação (4.25) em relação ao tempo, obtém-se a
com a tensão), exibindo, então, um comportamento viscoelástico linear. taxa de cisalhamento, expressa por:
As propriedades em regime oscilatório podem ser obtidas, por exemplo,
.
Y=-- dL- yoiwei' = yoie
em um fluxo entre placas paralelas em que uma das placas se movimen- iot
ta de forma oscilatória. dt
Primeiramente, será definido o fluxo oscilatório; a partir daí será
em que jo = y é a amplitude da taxa de cisalhamento (positiva).
possível obter as relações que definem as propriedades viscoelásticas
lineares. Considerando um fluxo em que a deformação de cisalhamento
A tensão de cisalharnento oscilará com a mesma freqüência, mas
I
associado à componente fora de fase com a de for maçã^,^ ou seja, es-
estará fora de fase (atrasada), como mostra a Figura 4.10; essa tensão tá associado à contribuição viscosa ou dissipação de energia em cada
pode ser representada por: 1 ciclo, como mostrado na Fígura 4.11.
7, (t) = zoei(ot+S)
G* = G'+iG" (4.31)
m m m
--h
a aa
- w w
lim G' = O
0-0
I04
* K
103
F
102
PEI
- - - = - = - - P
'
G' 2 o
lim -= qoJ,
o->O CÙ2
i
DPM de PP a partir de G' e Gnmedidos experimentalmente [24]. Os
no, pois o intervalo de medidas dessas propriedades fica limitado pela
resultados foram excelentes, observando-se uma ótima concordância
temperatura de cristalização T do polímero. Outra limitação ocorre no
entre os valores teóricos e as curvas de GPC.
cálculo do valor de G",; embora a teoria assuma que G., é constante e
No estado sólido, medidas de G' e G" ou de seus similares em
independente do peso molecular, na prática observa-se que o seu valor
tensão, E' e E , proporcionam inúmeras informações; por exemplo, se
é função da DPM. A Figura 4.17 mostra o cálculo da DPM do PP a
ambas as propriedades forem medidas em função da temperatura, a fre-
partir de G'e G" [17], usando curvas de cromatografia de permeação a
qüências baixas, é possível obter valores daTg,e outras transições abaixo
gel, GPC, como padrão.
de Tg,
em blendas [25],compósitos [26] e polímeros em geral [27]. No
caso de blendas, estudos de miscibilidade entre as fases [28; 29; 30;
311 e quantidade da fase imiscível [32] podem ser feitos. No caso de
compósitos, a sua estabilidade dimensional também pode ser medida,
pois elevados valores de G" são uma indicação de reduzida estabilidade Análises quantitativas também podem ser feitas utilizando varre-
dimensional na interface [26]. duras das propriedades viscoelásticas lineares em função da tempera-
A Figura 4.18 mostra uma varredura do módulo d e armazena- tura. A Fígura 4.19 mostra E em função da temperatura para um PP
mento em tensão, E', do módulo d e perda em tensão, E , e da tan 6, heterofásico, com diferentes porcentagens do elastômero de etileno-
em função da temperatura, de uma blenda imiscível de poli(su1feto de propileno, EPR; o primeiro pico a -43°C corresponde à Tgdo EPR,
para-fenileno), PPS, e um LCP. enquanto o segundo pico a 6°C corresponde à Tgdo PP.
Pode-se observar que a altura do primeiro pico aumenta com o
aumento da porcentagem de eteno; isso é um indicativo de que a quan-
tidade da fase EPR também aumentou com o aumento da quantidade
de eteno [32].
I2Ol
110
+6.8% Ethene
9.0% Ethene
-0-10.3%
6-13.0%
Ethene
Ethene
ratura podem ser observados; esses picos correspondem às relaxações Figura 4.19 Módulo de perda de PP com diferentes % de EPR [32].
da parte amorfa do PPS e da parte amorfa do LCP, ou seja, correspon-
dem às Tg>Sde ambos os polímeros. Nesse caso, esses dois polímeros
são imiscíveis. Por outro lado, se as curvas de E e tan F apresentarem
4.4 Propriedades em Regime Transiente
somente um único pico, então as blendas podem ser consideradas mis- Nessa seção serão estudadas algumas propriedades reológicas em
cíveis, já que terão um único Tg. regime transiente, ou seja, quando o campo de fluxo varia com o tempo
até atingir o regime permanente. Essas propriedades são importantes
no processamento de polímeros porque permitem determinar as res- duais no polímero após a sua saída da matriz de extrusão. A Figura 4.21
postas do material antes de ele atingir o estado estacionário. mostra um exemplo dessa propriedade para um polímero fundido.
-
súbito cisalhamento, aplica-se uma taxa de cisalhamento y, elevada e
constante por um curto intervalo de tempo, de forma que yoAt E y.,
Interrompe-se esse cisalhamento e imediatamente medem-se as ten-
sões ~ ( t )como
, mostrado na Figura 4.20.
135
Nesse tipo de fluxo, pode-se determinar uma propriedade reo-
600
lógica que indica como e em quanto tempo as tensões atingirão seu
-i- PP homopolímero
valor estacionário. Essa propriedade, chamada função crescimento 500
-o- PP copolímero
de tensões antes de atingir regime permanente de cisalhamento ou q+(t,
j,), é análoga à viscosidade em regime permanente ~ ( j )sendo
, definida
-* 400
I? 300
por:
+c
200
Movimento subitamente
Fluxo cisalhante estacionário interrompido
i tempo (s)
1._ Tempo
to- Elasticidade, N1
b 11000
o [radls]
(a)
PP isotático
0.01
........ ........ . .
I
0.1
I
1
C7
-i-G'
-A-
G"
viscosidade
......I
Freqüência (radls)
1o
......
1O0
I . .+
(b)
(b)
Figura 4.29 (a) rl(q)e N, ( j ) para o PET a 290°C, a baixas taxas de cisalha-
Figura4.30 Propriedades viscoelásticas lineares de dois polímeros fundidos:
mento; (b) N,(j) do LCP Vectra A950 a 290°C, a baixas taxas de cisalha-
(a) PET a 290°C [34]; (b) PP a 200°C [17].
mento [34].
144
No caso do PP, observa-se que q*(o) diminui com a freqüência, mação; esse reemaranhamento constitui a deformação recuperável. O
apresentando comportamento pseudoplástico; G' e G" foram medidos material inelástico não recupera essa deformação.
na zona terminal (Figura 4.16) e apresentam ponto de cruzamento. Em relação ao crescimento de tensões q+(t,7,) e à relaxação de
A Figura 4.31a mostra um esquema do comportamento padrão tensões q-(t, j,), observa-se, na Figura 4.32, o comportamento para um
de um polímero viscoelástico e de um fluido puramente viscoso ou ine- polímero fundido, no caso, um LCP [34]. No experimento de cresci-
lástico durante um experimento de relaxação de tensões após a inter- mento de tensões, as amostras foram cisalhadas durante 400 s a dife-
rupção de um fluxo de cisalhamento; a Figura 4.31b mostra o compor- rentes taxas de cisalhamento iniciais j,; no caso da relaxação de tensões,
tamento dos mesmos materiais durante um experimento de reemara- após esse cisalhamento inicial, o experimento foi interrompido rapida-
nhamento após a retirada da tensão de cisalhamento. mente e a relaxação de tensões foi novamente medida durante 400 S.
estacionário I
O Tempo
I
Pode-se observar que a relaxação de tensões ocorre lentamente
I
ZF
CL 0
-o- !
O
-. 3
*
e,2
c'
1.
CD
B
c. e
$
E'" A
õ5 2
=c -
ChE! -".
Y
' 8
Nesse capítulo serão estudadas algumas técnicas experimentais
para medir propriedades reológicas de polímeros fundidos, ou seja, re-
lações entre zqe j...A parte da reologia que se preocupa com a definição
'J
das geometrias dos equipamentos para realizar essas medidas e com as
próprias medidas é chamada de reometria.
As técnicas experimentais mais comuns são aquelas com base na
aplicação mecânica de uma tensão ou uma taxa de cisalhamento, como
ocorre na reometria capilar, na de placas paralelas, na de cone-placa
e na de cilindros concêntricos (Couette). O tipo de geometria desses
reômetros é chamado de geometria controlável; isso significa que as
tensões ou deformações mecânicas impostas ao material dentro de cada
geometria serão predeterminadas pelo próprio equipamento, indepen-
dentes do tipo de material.
Além das técnicas mecânicas de reometria, existem técnicas
ópticas em que a tensão é determinada a partir das propriedades de
birrefringência do polímero durante o fluxo. Essas técnicas permitem
obter informações da influência do fluxo na orientação das macromo-
léculas. Porém, medidas ópticas são mais difíceis de serem realizadas e
requerem que a amostra possua propriedadeS ópticas específicas, como
transparência, o que limita largamente a sua aplicabilidade em diversos
sistemas de interesse industrial [TI].
Recentemente, porém, técnicas não-invasivas adequadas ao estu-
do reológico de sistemas opacos, como a imagem por ressonância mag-
nética nuclear (NMN) e técnicas com base em ultra-som vêm sendo
utilizadas e consideradas como altamente promissoras, pois permitem
a caracterização reológica de fluidos complexos, como polímeros fùn-
didos e em solução, sem possuir limitações quanto às propriedades óp-
ticas do sistema.
Neste capítulo serão enfatizadas as técnicas mecânicas de reome- 5.1.1 Equações básicas
tria, pois são as mais difundidas tanto na pesquisa acadêmica quanto
O fluxo que ocorre no interior de um capilar é o mesmo mostrado
industrial. Porém, também será apresentada uma breve descrição das
na Seção 3.1 (fluxo de pressão através de um tubo longo). A Figura 5.1
técnicas de NMRI e de ultra-som aplicadas na caracterização reológica
mostra o esquema de um reômetro capilar. O polímero, que está em
de polímeros.
repouso no reservatório ou barril, é empurrado por um pistão através
de um tubo capilar de raio R e comprimento L=.Nesse capilar pode-
5.1 Reometria Capilar
se considerar que o fluxo está em regime permanente de cisalhamento
A medida de vazão em um tubo em função da pressão é a técnica quando Lc>>Rc.
Logo, o valor absoluto da tensão de cisalhamento na
mais utilizada para o estudo das propriedades reológicas de polímeros parede rw(Equação 3.17) está relacionado i pressão P, ao longo do
fundidos, sendo esse o tipo de fluxo mais fácil de ser obtido em labo- comprimento do capilar, pela seguinte relação:
ratório, o qual é denominado fluxo capilar, porque é utilizado um tubo APR,
de raio pequeno para minimizar os efeitos de aquecimento e a presença 7, =-
2L"
de gradientes de temperatura por dissipação viscosa, além dos efeitos A queda de pressão AP é representada pela seguinte expressão:
inerciais.
O fluxo capilar é um exemplo de fluxo parcialmente controlável.
Longe da entrada, onde o fluxo está completamente desenvolvido, as em que P, é a pressão no barril ou reservatório e PLcé a pressão na saída
linhas de fluxo são sempre paralelas ao eixo do tubo, mas o perfil de ve- do capilar.
locidades irá depender da natureza reológica do polímero. Geralmente
as medidas feitas com reômetros capilares estão limitadas a taxas de ci- Rese~at6rio
salhamento médias e elevadas (acima de 10 s-l); portanto, para obter o
patamar Newtoniano na curva viscosidade versus taxa de cisalhamento
é necessário o uso de outras técnicas de medida, como, por exemplo, a Pistão
descida do pistão
reometria de placas paralelas. No entanto, como as taxas de cisalhamen-
to desenvolvidas no processamento de polímeros são elevadas (Figura
1.16), o uso dessa técnica de medida é bastante útil para avaliar a visco-
sidade do material durante o processamento. Outras limitações no uso
de reômetros capilares estão no aquecimento viscoso, na dependência
da viscosidade com a pressão, nos efeitos na entrada do capilar e em
2Rc
outras instabilidades de fluxo [37; 141.
Figura 5.1 Esquema de um reômetro capilar.
Para um fluido Newtoniano, o perfil de velocidades é parabólico
(ver Equações 3.13 e 3.14) e pode ser expresso como:
154
A Equação (5.9) é conhecida como equação de Rabinowitsch e
o termo (3 + b)/4 ,como correção de Rabinowitsch. Comparando a
Equação (5.9) com a Equação (5.4), pode-se observar que a correção de
Rabinowitsch representa o desvio do comportamento Newtoniano do
fluido. Se o fluido obedece à Lei das Potências, então b = l / n e obtém-
se novamente a Equação (5.7). Log (Y,)
Pode-se concluir, então, que um gráfico de log T~ versus log yw, Figura 5.2 Gráfico de tensão na parede versus taxa de cisalhamento aparente
também conhecido como curva de fluxo,pode fornecer uma indica- na parede (curvas de fluxo) para: (a) fluido Newtoniano; (b) fluido não-
Newtoniano que segue a Lei das Potências; (c) fluido não-Newtoniano que
ção da natureza do fluido. Se os dados podem ser ajustados por uma não segue a Lei das Potências.
linha reta com inclinação igual a 1,o fluido apresenta comportamento
Newtoniano; se os dados se ajustam em uma linha reta com inclinação
diferente de 1,então o fluido segue a Lei das Potências e a inclinação da 5.1.3 Efeitos e correções na entrada do capilar
reta é igual a n. Uma curva com comportamento não-linear indica que
Como visto anteriormente, a queda de pressão teórica AP através
o comportamento do fluido não é Newtoniano e não segue a Lei das
de um capilar pode ser expressa pela Equação (5.2). Esse valor é correto
Potências, sendo necessário utilizar a Equação (5.9) para determinar a
quando o fluido é Newtoniano, de baixo peso molecular e o fluxo está
taxa de cisalhamento verdadeira na parede (Figura 5.2). O parâmetro
plenamente desenvolvido, não apresentando vórtices na entrada, elasti-
b da Equação (5.9) pode ser determinado pela derivada da curva de
cidade, tempos de relaxação elevados, etc. Porém, na prática, quando as
ln (APRc/2LJ versus ln ( ~ Q / T ~ R ;em
) , que os pontos obtidos experi-
propriedades reológicas de polímeros fundidos são medidas, observa-se
mentalmente podem ser ajustados por regressão não-linear, já que
uma queda na pressão na entrada, como mostrado na Figura 5.3.
b = b(jw).Assim, a viscosidade pode ser calculada utilizando as Equações
(5.1) e (5.5).
de pressão igual à queda de pressão extra resultante dos efeitos de en-
1 Reservatório i trada do capilar. O procedimento de correção dos efeitos de entrada no
Capilar
capilar é conhecido por correqão de Bagley.
Para determinar o valor de e, utilizam-se vários capilares de diâ-
Po:imerosfundidos
metros 2Rc similares, mas com comprimentos L diferentes; gráficos de
AP em função de L i R c , a uma mesma taxa de cisalhamento, são então
obtidos. Como a vazão Q e o diâmetro do capilar 2 R são os mesmos
para todos os capilares, então as taxas de cisalhamento yw serão as mes-
mas.
Linhas retas são obtidas, para o caso de polímeros fundidos, im-
' a '
plicando que a correção na entrada é independente de L)Rc. A cor-
=O Comprimento
reção na entrada apropriada para cada taxa de cisalhamento é então
Figura 5.3 Pressão através de um capilar. determinada por extrapolação dessas linhas até a pressão igual a zero;
a interseção das retas com o eixo horizontal (Figura 5.4) corresponde
A pressão na entrada do capilar, isto é, em z = 0, é menor que
ao valor de e.
P, para o caso de fluidos não-Newtonianos ou polímeros fundidos; Para valores pequenos de L ) R não se obtém uma linha reta no
ou seja, ocorre redução na pressão de entrada do capilar por causa dos
gráfico de AP em função de L j R c e, assim, a extrapolação deve ser feita
efeitos não-Newtonianos mencionados anteriormente. Assim, torna-se
a partir da porção reta da curva.
necessário corrigir essa diferença na pressão de entrada, já que o seu
valor influirá diretamente no valor de zw e, conseqüentemente, no valor
de q.
efeito da força de atrito entre o barril e o pistão na força total medida F = força exercida pelo material no pistão (kgf);
no pistão durante o ensaio. Ela é necessária em testes reológicos com D, = 2R, = diâmetro do reservatório ou barril (cm);
polímeros de baixa viscosidade, em que a força que o polímero exerce Dc=2Rc= diâmetro do capilar (cm);
no pistão é pequena e a força de atrito pode chegar a ser maior que a Vxh= velocidade de descida do pistão ( c d m i n ) .
força do polímero no pistão. Essa correção é feita da seguinte forma: Após a obtenção dos dados de F em função de Vxh,o seguinte
a) Realiza-se o ensaio com o barril vazio (sem polímero), me- procedimento é adotado para calcular a viscosidade ~ ( j ) :
dindo a força de atrito para todas as velocidades em que serão
1.Antes de efetuar os cálculos, realiza-se a subtração das for-
realizadas as medidas.
ças de atrito medidas com o barril vazio, caso seja necessário
b) Realiza-se o ensaio com o polímero da maneira usual.
efetuar a correção do atrito no barril.
c) Antes de efetuar os cálculos, as forças medidas no ensaio
2. Calculam-se as tensões e taxas de cisalhamento experimen-
com os polímeros são decrescidas das respectivas forças de
tais de acordo com as equações (5.12) e (5.13).
atrito nas velocidades correspondentes, continuando-se, após
3. Faz-se a correção de Rabinowistch para a taxa de cisalha-
isso, com os cálculos.
mento, de acordo com o procedimento descrito anteriormen-
5.1.5 Pvocedimento para determinar a viscosidade em um te, obtendo-se Yw,corrigida, de acordo com a Equação (5.9). Para
efetuar essa correção, é feito primeiro um gráfico dos dados
reômetro capilar
experimentais de log zw versus log jwSe o gráfico for uma
E m um reômetro capilar com velocidade constante, o pistão des- linha reta, calcula-se sua inclinação, a qual corresponderá ao
ce a uma velocidade constante Vxh;o polímero, ao fluir pelo capilar, i valor de n; se n 1,o fluido é Newtoniano e nenhuma cor-
=
exerce uma força F contra o pistão. Logo, as tensões e taxas de cisalha- reção precisa ser feita. Porém, se n < 1 ou n > I , então corri-
mento nesse tipo de equipamento são calculadas a partir das seguintes ge-se jw utilizando a Equação (5.7) ou (5.9). Caso os dados
expressões: experimentais não produzam uma linha reta, mas uma curva
similar à da Figura 5.2c, calcula-se, então, em cada j , o valor
de n e corrige-se cada taxa pela Equação (5.9). Nesse caso,
n = n(yw).
4. Se necessário, faz-se a correção de Bagley obtendo-se
'w,corrigida de acordo com a Equação (5.11).
valor de q(y) = 'w,c,r,igida /~w,conigidp'
1
inferior (Figura 5.5a) como possuir forma cônica (Figura 5.5b). Logo,
ambas as geometrias são controláveis.A amostra polimérica fica entre d1n(Tq/2rrR3)
as duas superfícies. Esse tipo de reômetro é utilizado para medir vis- dln jw
cosidade a baixas taxas de cisalhamento (abaixo de 100 s-'), diferenças
de tensões normais, propriedades em regime transiente e propriedades
em regime oscilatório, entre outras coisas. Assim, essas geometrias per-
mitem realizar uma caracterização reológica completa do polímero sob
‘y,(?,>-~2(?,>= .
Yw
2
2+dln(~/n~2)
dln jw 1 (5.15)
iernpo (sj
log(o)
velocidades de emaranhamento e desemaranhamento ficam similares Figura 6.4 Gráfico de viscosidade complexa q*(o)em função da freqüência a
por mais tempo, aumentando a largura do patamar Newtoniano com diferentes temperaturas.
o aumento da temperatura. Quando uma taxa de deformação elevada
é atingida, a deformação se superpõe ao efeito da temperatura; nesse 6.1.2 Pressão
ponto, o desemaranhamento ocorre e a viscosidade diminui.
Além da temperatura e da taxa de cisalhamento, a viscosidade
E m relação à viscosidade elongacional 9(E), pode-se observar que,
q ( j ) de um polímero é dependente da pressão P; essa dependência
da mesma forma que q ( j ) ,q(E) também diminui com a temperatura,
pode ser expressa pela seguinte relação:
como mostra a Figura 6.3.
POLÍMERO
em que A e B são constantes para cada polímero; então, pode-se obser-
Poiímero de silicone 1,9 10.~ 9,0 I O - ~
var que geralmente a viscosidade aumenta com o aumento da pressão.
8,6 x 10-7 2,2 I O - ~ 19,0 10-'
A variação da viscosidade com a pressão é um fato importan-
te na reometria e, conseqüentemente, no processamento de polímeros, A Figura 6.5 mostra curvas de viscosidade versus taxa de cisalha-
principalmente na moldagem por injeção. Como a viscosidade depende mento para PS a diferentes pressões. O mesmo comportamento tem
das distâncias entre as macromoléculas e como o aumento da pressão sido observado em PP e no terpolímero de acrilonitrila-butadieno-es-
diminui essa distância, é esperado que um aumento de pressão aumente tireno, AB S [60].
a viscosidade. Por exemplo, o silicone possui, a 10.000 atm, 107vezes
a viscosidade que possui a 1 atm. Contudo, nem todos os polímeros
são diiatantes com a pressão; por exemplo, o PS é pseudoplástico em
relação à pressão [I81.
Geralmente o efeito do aumento da pressão possui equivalência
e 200 bar
com o efeito da redução da temperatura. Na Tabela 6.1 pode-se obser- v 500 bar
0 1.000 bar
var, para o PEAD, a 220"C, sob uma pressão P igual a 108N/m2, que . 242°C
= 4,2 x 10-7 K/Nm2, isto
se essa pressão é multiplicada por (AT/AP)~~ -202°C
162°C
equivale a um A T = 42 K, ou seja, elevar a pressão até 108Nm-2equivale
a reduzir a temperatura até 178°C [18].
I
Tabela 6.1 Coeficientes de temperatura-pressão a viscosidade, entropia e
I I
volume constantes (.C/Nm-2)[18].
104 10 Io0 10' 102 103 104
Y (s")
Figura 6.5 Viscosidade versus taxa de cisalhamento de um PS fundido, mos-
trando a dependência da viscosidade em relação à pressão [60].
1o-'
rilti"
1u2 então, é possível calcular a partir desse gráfico adimensional o valor da
viscosidade do mesmo polímero, porém com peso molecular diferente,
Im3
em outra taxa de cisalhamento e em outra temperatura.
No caso da viscosidade elongacional, a dependência com o peso
Figura 6.9 Viscosidade reduzida (rllqo)versus taxa de cisalhamento para molecular ainda precisa ser melhor estudada; na Figura 6.10, é mostra-
PEAD com diferentes DPMs: (A) MV/MII=16; (B) Mw/Mn= 84 [61]. do um gráfico de viscosidade elongacional q(E) versus taxa de elongação
Evidentemente, polímeros com diferentes estruturas químicas E para várias distribuições de peso molecular do PEAD. Pode-se ob-
apresentarão diferentes respostas às deformações. Por exemplo, um po- servar por essa figura que quanto maior a DPM, a uma mesma taxa de
límero alifático linear oferecerá menor resistência à deformação do que elongação, maior será q(E) [61].
um polímero com anéis aromáticos grandes em sua cadeia principal.
Bueche estabeleceu uma relação entre a viscosidade de um polí-
mero ramificado e a de um linear de mesmo peso molecular; essa rela-
ção pode ser expressa como:
0,
tensões normais de um PEAD e de um PEBD em fünção da taxa de
cisalhamento e com diferentes distribuições de peso molecular [61].
B - MJM, = 84 (PEAD)
o (rad)
I 04
Figura 6.13 Curvas de G'(o)e G(o)para um dado polímero, indicando Io4 Io" Io' I02
Y(s-')
como a freqüência cùc se desloca com a variação do peso molecular e da dis-
Figura 6.14 Primeira diferença de tensões normais wersus taxa de cisalha-
tribuição de peso molecular [62]. mento para polietilenos com diferentes distribuições de peso molecular [61].
Pode ser observado que a amostra A, que possui DPM mais es-
6.2 Parâmetros que Afetam a Elasticidade treita, é mais elástica que a amostra B, quando comparada em relação à
(a) (b)
Figura 6.17 G' e G" em função da freqüência para dois cristais líquidos poli-
méricos: (a) VECTRA A900 e (b) PET/6OHBA [65].
w (radls)
lecular muito forte do fundido nemático desse LCP.Já o PET/6OHBA
Figura 6.16 Variação de G'com o peso molecular para PS [63]. não mostra essa dependência em relação à elasticidade e seu espectro é
muito similar ao de um polímero amorfo.
Neste capítulo serão mostradas algumas aplicações da reologia de
polímeros no processarnento desses materiais
7.2.2 Equipamento
W - distância entre os
filetes
e - espessura do
filete Como condições de contorno, assume-se que:
D - diâmetro do
parafuso (7.8a)
V, (y = O) = f (z)
0 - ângulo entre o
filete e o eixo
perpendicular ao
Parafuso eixo do parafuso
L - comprimento do
parafuso
Z - comprimento do
parafuso
"desenrolado"
Fenda (filmes)
e a componente da velocidade do polímero na direção z é expressa
por: 12L,
Anelar (tubos)
v =u Y 1 AF'
" B 2p Y ( B - Y ) ~ em que jd = taxa de cisalhamento na matriz.
A potência K necessária para extrudar o polímero pode ser calcu- No ponto de operação ideal, a vazão gerada pelo parafuso
lada a partir das componentes da velocidade do parafuso e é expressa deve ser igual à vazão que passa através da matriz Q. Graficamente,
pela seguinte relação:
I
essa igualdade, para fluidos Newtonianos, pode ser representada como nenhuma vazão. A parte da potência associada à vazão é representada
mostrado na Figura 7.4.
I por QAP. Tem-se, então, a seguinte relação [66]:
LID = 24,76
Figura 7.9 Inchamento do extrudado Be em função de L/R [18]. j = 200 s-'
...........
............
............................................................... - -~
Matriz Barril de
alimentação
+
Molde
/-\
Cavidade
Parafuso
recíproco Rese~at6rio
Polímero
Figura 7.15 Alteração do perfil de velocidades na saída da matriz [18]. Figura 7.16 Esquema de uma máquina injetora.
Contudo, a origem da pele de cação é conflitante; existem autores Esse processo envolve quatro estágios principais: plastificação,
que acreditam que esse fenômeno se origina na saída da matriz e resulta preenchimento, empacotarnento e resfriamento.
de uma tensão crítica desenvolvida antes dessa saída em conjunto com No estágio de plastificação ou fusão, a unidade de alimentação
uma aceleração crítica da parte superficial do extrudado; outros autores opera como uma extrusora, fundindo e homogeneizando o polímero; o
acreditam que esse fenômeno se inicia no interior da matriz e resulta da parafuso em rotação transporta o polímero para a sua frente. Para poder
falha de adesão do fundido à superfície metálica. acomodar o material na frente do parafuso, é necessário que este se des-
loque para trás, formando, assim, um reservatório de material na frente
7.3 Moldagem por Injeção do parafuso. Esse material acumulado não é imediatamente injetado, já
que existe uma válvula entre a ponta do reservatório e o molde que se
fecha durante o estágio de plastificação. No estágio de injeção ou pre-
7.3.1 Introdução
enchimento, o parafuso funciona como um pistão, deslocando-se para
O processo de moldagem por injeção envolve o enchimento rápi- frente sem girar, sendo, então, o polímero injetado do reservatório para
do sob pressão de uma cavidade de um molde com o polímero, seguido a cavidade do molde. O molde está, geralmente, a uma temperatura
da solidificação do mesmo para formar um produto [68]. Esse processo abaixo da temperatura de solidificação do polímero.
é utilizado em termoplásticos, elastômeros e termofixos. As aplicações Quando são injetados polímeros cristalinos, podem-se utilizar
de produtos feitos por injeção podem ser vistas em produtos de micro- moldes quentes para permitir um maior crescimento dos esferulitos ou,
eletrônica, preformas de garrafas, telefones, carcaças de microcomputa- ainda, fazer um recozimento da peça, a fim de aliviar tensões residuais.
1
220
Para diminuir o encolhimento e o enrugamento das peças, uma pressão O estágio de resfriamento controla o ciclo total de injeção,já que
elevada (pressão de empacotamento) é mantida durante o resfriamen- é a etapa com maior duração, e vai depender da espessura e do material
to. Esse estágio é chamado de estágio de empacotamento. Como a com que o molde é feito, da condutividade térmica do polímero e das
densidade do poiímero dentro do molde está aumentando por causa da propriedades mecânicas desejadas na peça.
diminuição do volume provocado pelo resfriamento, é necessário que Um molde geralmente possui quatro componentes principais,
mais poiímero fundido seja introduzido na cavidade do molde para que como mostra a Figura 7.18.
o material se mantenha com volume constante. Após o resfriamento,
o molde é aberto e a peça é removida automaticamente, geralmente por
meio de pinos de ejeção inseridos no molde.
4 Cavidade
7.3.2 Princípios básicos
A pressão e a vazão na cavidade do molde durante o ciclo de
moldagem por injeção podem ser representadas esquematicamente se-
gundo a Figura 7.17.
No estágio de preenchimento do molde, a pressão dentro da cavi-
dade vai aumentando, mas a vazão de injeção mantém-se praticamente
constante. No estágio de empacotamento, a pressão é constante, mas
elevada, e a vazão vai diminuindo até chegar praticamente a zero, quan-
do o material se solidifica. Figura 7.18 Esquema de um molde de injeção mostrando as partes princi-
pais [66].
ta' bolhas. Isso ocorre por causa de um desbalanceamento da pressão 7.3.3 Simulação do processo
através do molde; então, é necessário reduzir essa pressão. Brydson [I81 Na moldagem por injeção, as quedas de pressão e as vazões são
sugere as seguintes soluções, caso não se deseje modificar o molde: bem maiores que as encontradas na extrusão; assim, a taxa de aumento
de temperatura em razão do cisalhamento terá maior influência sobre
todo o processo. Isso significa que aproximações isotérmicas propor-
cionam resultados pobres do ponto de vista da simulação. Toda análise,
A equação da conservação da massa, na forma integral, ficará (ver
então, deve ter por base a solução das três equações de conservação
Equação 1.28):
(Equações 1.28,1.38 e 1.54), juntamente com uma equação reológica
de estado.
o
7.3.3.1 Solução analítica (fluido Newtoniano, fluxo isotérmico) A solução analítica das Equações (7.23) e (7.24) é expressa por:
Para ilustrar a complexidade do fluxo em moldagem por injeção,
Middlemann [66] solucionou o problema do fluxo isotérmico de um
fluido Newtoniano dentro de uma cavidade na forma de um disco. A
em que A = - (3Q14.nH3)e p, é a pressão no ponto r = 1/2(Dr).
Figura 7.20 mostra um esquema dessa cavidade.
Quando a pressão é constante, p, é constante e a vazão diminui
à medida que a cavidade é preenchida, como mostrado na Figura 7.17.
Para esse caso, o tempo de preenchimento tPserá:
Foi assumido que V = [vr (r, z, t) 0,0]. Assim, a equação da conser- I será expressa pela seguinte relação:
7.3.3.2 Solução numérica (fluido não-Newtoniano, fluxo não isotérrnico) I Essa última hipótese deve-se ao fato de o número de Reynolds,
característico do processo, ser muito baixo, o que permite que os efeitos
Como comentado anteriormente, a simulação do processo de in- por causa da convecção da equação da quantidade de movimento pos-
jeção deve envolver a solução simultânea das equações de conservação sam ser desprezados.
da massa, quantidade de movimento e energia. A seguir, será mostrada Com base nessas hipóteses, as Equações (7.30) a (7.32) ficam da
a modelagem matemática da fase de preenchimento do processo de seguinte forma:
injeção, assumindo fluxo não-isotérmico de um fluido não-Newtoniano - Equação da conservação da massa:
[74; 751. Para solucionar essas equações, é necessário utilizar métodos
numéricos, pois, para esse problema, não existe solução analítica. As
equações de conservação, na forma geral, ficam da seguinte forma: - Equação da conservação da quantidade de movimento:
- Equação da conservação da massa:
- Equação da energia:
- Equação da conservação da quantidade de movimento:
ses simplificativas foram consideradas: elásticos e os efeitos elongacionais. Para esse caso, a equação do fluido
a) O escoamento é larninar. de Lei das Potências (Equação 1.58) ou a equação de Carreau-Yasuda
b) As forças gravitacionais são desprezíveis. (Equação 1.61) podem ser utilizadas.
Até o momento, as simplificações efetuadas não consideraram a 1 Como o escoamento é considerado unidimensional e o fluido in-
geometria do molde, com a qual é possível efetuar algumas simplifi- compressível, a equação da conserva$io da massa pode ser utilizada
cações. As cavidades dos moldes de injeção podem apresentar formas em sua forma integral. Assim, as equações de conservação da massa,
geométricas das mais variadas; no caso exemplificado, será assumido, quantidade de movimento e energia na forma simplificada para a fase
porém, que a peça injetada possuirá uma espessura fina, da ordem de de preenchimento e em coordenadas retangulares ficam reduzidas às
0,s mm a 3,O mm. Será considerado, ainda, que a geometria será re- i
seguintes formas:
tangular, de comprimento L, largura w e espessura h, sendo h < < L, w, - Equação da conservação da massa:
como mostrado na Figura 7.21.
Ponto de injeção
--
2
em que Q é a vazão constante e conhecida.
- Equação da conservação da quantidade de movimento:
C Espessura (mm) P
para o instante em que o molde acabou de ser preenchido. Pode-se ob- 0,O 02 0,4 0,6 03 1O
,
servar o elevado gradiente de temperatura, em razão da grande diferen- C Espessura (mm) P
Figura 7.23 Perfil de velocidades na direção da espessura, a diferentes vazões,
ça entre as temperaturas do fundido e do molde e da baixa condutivi-
dade térmica dos polímeros. Na região próxima à parede do molde (P), para PET (C = centro do molde, P = parede do molde) [77].
pode-se observar, pelos valores de temperatura, que existe uma camada A Figura 7.24 mostra perfis de taxa de cisalhamento a diferen-
solidificada. No centro (C), a temperatura é máxima. tes vazões, em que se pode observar que essas taxas apresentam valor
máximo em uma região próxima à parede do molde; isso é observado
Esse tipo de simulação para peças mais complexas é feito atual-
pelo fato de o escoamento ser náo-isotérmico. Se o escoamento fosse
mente por meio de diversos programas de computação comerciais. O
considerado isotérmico, o valor máximo da taxa de cisalhamento seria
mais conhecido para aplicação em moldagem por injeção é o Moldflow.
observado na parede do molde, como mostrado na Figura 3.3.
Nesse programa, a simulaqão da moldagem por injeção é feita pela so-
lução numérica das equações de conservação, a qual envolve a discre-
tização da peça, chamada de domínio físico, em um número de sub-
domínios ou elementos. As variáveis dependentes (velocidade, pres-
são e temperatura) são então aproximadas dentro de cada elemento.
Resumindo, o domínio contínuo é "quebrado" em muitos subdomínios
conectados e as variáveis dependentes são aproximadas em todo o do-
mínio. Essa discretização para uma cavidade tipo disco é mostrada na
Figura 7.26 [78]:
0.0 02 04 0,6 0.8 1,O
C Espessura (mm) P
O 5 10 15 20
Scale (80 mm)
Comprimento (cm)
Figura 7.26 Discretização em elementos (criação da malha) de uma cavidade
Figura 7.25 Perfis de pressão ao longo do comprimento do molde, para PET
i771. tipo disco de um molde injeção; os elementos são triangulares [78].
O ponto central representa o ponto de injeção. Observa-se que
a espessura da amostra é representada por um plano, uma vez que o 300.0 -
Moldflow considera a simetria em torno do plano central da cavidade
275.0 -
e realiza a solução das equações de conservação somente em uma das
metades da cavidade, assumindo que a outra metade terá resultados
250.0 -
idênticos (essa é a chamada simulação 2,SD).
A solução das equações de conservação junto com uma equa- 9
225.0 -
ção reológica (no caso, esse programa utiliza a equação de Cross-WLF,
Equação (1.65)) é feita por meio de métodos numéricos de elementos 200.0 -
finitos e elementos de contorno.
As Eguras 7.27 e 7.28 mostram resultados obtidos de taxa de 175.0 - 1
-1,000 -07500 -0.5000 -0.2500 0.0000 0.2500 0.5000 0.7500 1.000 1.250
\c /
300 O , Shear rate: XY Plot
A Time = 0.2963[s] A
AT1366 .
250 O - Com o aumento da velocidade dos processadores computacionais,
atualmente são disponíveis comercialmente pacotes genéricos, como o
2000 - CFX e o Fluent, que solucionam as equações de conservação para as
2V>
1500- mais diversas aplicações, desde reatores petroquímicos até operações
de processamento de polímeros. Esses pacotes utilizam-se de méto-
1000 -
dos numéricos como os volumes finitos e podem englobar fenômenos
5000 - como turbulência, efeitos não-Newtonianos e fluxos multifásicos em
geometrias tridimensionais arbitrárias. É usual chamar essa metodo-
o O000 4 , .
-1 O00 -07500 65000 62500 O O000 02500 O 5000 O 7500
- *
1 O00
.
1250 logia de fluidodinâmica computacional (CFD, do inglês computational
Normalized thickness j u i d dynamics) [79].
Figura 7.27 Perfil de taxa de cisalhamento em função da espessura normali-
zada para o tempo de 0,2963 s, obtidos na simulação da injeção do PET nas 7.3.3.3 Simulação da cristalização quiescente dentro do molde
seguintes condições: Tmolde= 3@C,TinjegáO = 2700C, Q=65cm3/se
ernpacaramento = 300 bar [78]. A cristalização de um polímero pode ocorrer isotermicamente ou
não-isotermicamente, sem a influência de taxas de deformação (crista-
lização quiescente) ou sob a influência de taxas de deformação (crista-
ln(1- X,) = -k ' tn
lização induzida por fluxo).
Para simular a cristalização quiescente [27; 32; 801 dentro de um em que k' é a constante de Avrami. É importante lembrar que a crista-
molde na moldagem por injeção, é necessário utilizar as equações de lização dentro de um molde de injeção ocorre sob elevados gradientes
conservaçãojuntamente com uma equação constitutiva da cristalização, de taxas de deformação, temperatura e pressão, não podendo ser repre-
a fim de esta última ser incorporada na equação da energia. Geralmente sentada satisfatoriamente pela equação de Avrami.
essa incorporação é feita por meio de um termo de geração de calor H Como a equação de Nakamura não considera um tempo de in-
em razão da cristalização, sendo que o resto da formulação fica equi- dução para o início da cristalização, é necessário utilizar uma expressão
valente à demonstrada anteriormente. Assim, para o caso da simulação que considere esse fato. Essa relação é expressa por:
da fase de preenchimento de uma cavidade retangular, a equação da
energia ficará da seguinte forma [75]:
I . i . l . l . l . i . l . i J
em que p, é a densidade do fundido, calculada a partir de reometria
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 capilar, M é o peso molecular absoluto (na prática utiliza-se geralmente
C Espessura (mrn) P
M,), M é o peso molecular crítico e q y,T é a viscosidade a taxa de ci-
Figura 7.30 Gráfico de cristalinidade relativa versus espessura para diferentes
salhamento zero do peso molecular crítico e a uma temperatura S.
tempos de resfriamento no PP [75,76] (C = centro do molde, P = parede do
molde). O peso molecular crítico Mc pode ser calculado a partir de pro-
priedades reológicas pela seguinte expressão:
de cisalhamento, medido por yr (t) e G*(o)determinaram o tempo de
relaxação do polímero e a estabilidade da bolha, respectivamente; final-
mente, na região de fluxo elongacional, a Ti(€) determinará a quantida-
7.4 Sopro de Filmes
de de orientação molecular que poderá ser conseguida e a resistência ao
puxamento pelos rolos.
7.4.1 Introdução
I
processo são a razão de sopro, BUR = R,/R (R, = raio final do filme
soprado, R = raio inicial do filme), a razão de estiramento Dr = V/Vo Região de transição
(V = velocidade de puxamento,Vo= velocidade na saída da matriz) e a
linha de congelamento, 2. Acima de 2, considera-se que o polímero
está solidificado, com a sua estrutura cristalina e orientação congela-
das. Polimero
fundido
t
Ar
1 Região de fluxo de
cisalhamento
-v 25
O
*
-
-
m
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