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ARTHUR - 11202130191

CHAIANE SANTOS DE SOUSA - 11202131623


DOUGLAS DA SILVA NASCIMENTO - 11202131271
GABRIELLE LUI SANTANA - 11202130405
GUSTAVO ARAUJO SFORCIN - 11202130405
LUCAS DE SOUZA MOREIRA DOS SANTOS - 11202130933
MARCELLA OLIVEIRA BURGATO - 11202130389
NATHALIA DE ANDRADE COSTA - 1120211715
PEDRO HENRIQUE FERREIRA ALVARENGA PINTO - 11202130641
SABRINNA APARECIDA ADVENTO DE ARRUDA - 11202111899
THAIS MEDEIROS DA FONSECA - 11202130292

Peter Burke
Para os historiadores culturais, a homogeneização da cultura pode ser
evitada através do estudo de tradições, estas aqui entendidas como conhecimentos
ligados a uma geração, evitando-se assim trabalhar com o conceito de era, já que
uma mesma época comporta as mais variadas tradições. O historiador deve tomar
cuidado para que a ideia de tradição não mascare uma inovação, ou no sentido
inverso, de uma “aparente” inovação mascarar uma tradição. Também deve atentar
para a divisão entre cultura popular e erudita, sem deixar de perceber as suas
conexões, escolha essa que também deve ser manobrada com muito cuidado, já
que não existe consenso entre a definição do que seja popular e erudito. Para o
historiador social, o melhor caminho ao utilizar os dois termos é transitar entre
ambos sem estabelecer uma rigidez conceitual. O próprio termo cultura, de difícil
definição, foi ampliado, através da utilização do conceito que a antropologia faz do
vocábulo, o qual Malinowski inclui “as heranças de artefatos, bens, processos
técnicos, idéias, hábitos e valores” (Burke, 2005: 43). Desse encontro nasce a
“antropologia histórica” e a “nova história cultural”, que continua até os dias atuais
presente na disciplina histórica como um sólido ramo do conhecimento, com fortes
propensões a explicar os fenômenos econômicos através da cultura.

Para Peter Burke o conceito de cultura se tornou mais contraditório, pois


antes era destinado para se referir a alta cultura (cultura dita como de “alto apuro
técnico, beleza e tradição”), no entanto, o uso foi transfigurado para uma cultura
mais popular, a baixa cultura. Este termo foi ampliado e começou englobar tudo que
é compreendido em uma sociedade, atingindo tanto bens materiais como imateriais.
De acordo com o Art. 216 da Constituição Brasileira de 1988, “Constituem
patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”, onde incluem
por exemplo formas de expressão; modos de criar, fazer e viver; criações científicas,
artísticas e tecnológicas; objetos, documentos, edificações, obras, entre outros.
Além disso, utilizando como referência o IPHAN (Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional), podemos ter como alguns exemplos de bem material e cultural: Centro
Histórico de Ouro Preto (MG), Museu Histórico Nacional (RJ), Parque Nacional
Serra da Capivara (PI). E como exemplo de bem imaterial e cultural, podemos citar
a Capoeira, Acarajé de Salvador (BA), Ritual da Ayahuasca (AC), entre outros.

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