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O AFOXÉ ESTÁ NA MÍDIA:

notas acerca dos afoxés em jornal pernambucano

Autora: Gina Guimarães

INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é socializar parte da pesquisa em andamento em Pós-


Graduação em Educação sobre os saberes dos Afoxés que circularam e se articularam a partir do
movimento político-cultural pernambucano entre as décadas de 1980 e 1990.
Na década de 80 do século XX, a cerca de 8 anos antes do centenário da abolição da
escravatura no Brasil, temos neste período um movimento de renovação e valorização da cultura
popular no país e também em Pernambuco, entre outros com debates sobre a temática da
negritude e etnicidade, buscando novas propostas políticas e artísticas destas manifestações
culturais na cidade do Recife. É neste contexto que é gestada a ideia do Afoxé em Recife.
O esforço de teorizar sobre o tema com o olhar da educação justifica-se inicialmente a
partir de um percurso acadêmico que desenvolvemos desde 1998, articulado com experiências
com a dança e seus diversos espaços de criação e vivências, dentro e fora da escola, e da
curiosidade despertada a partir de um período como brincante de Maracatu e Afoxé. Articulados
aos estudos sobre a história compreendemos que algo que era irrelevante, ou desvalorizado por
determinada classe social, hoje pode tornar-se uma historiografia significativa.
Apoiados em Barros (2013) justificamos esta proposta de pesquisa no campo da teoria e
história da educação pela necessidade de ampliar os olhares a respeito do processo de socialização
promovido por esta educação político-cultural que permeou os Afoxés entre as décadas de 1980 e
1990, suas linguagens e símbolos, sua reestruturação ao longo do tempo, de um olhar do hoje
para o passado e assim retornar a atualidade, espaço-tempo visualizados e analisados com
profundidade a partir de estudos históricos.
Contribuir com mais este registro é preencher o que vem a ser uma lacuna, ou ter sido
pouco explorado, quanto ao tema da história das práticas corporais relativas a cultura negra no
Brasil, e consequentemente das danças populares de origem afro-brasileira, ao longo do tempo. É
contribuir para a preservação da cultura afro-descendente, enaltecendo a diversidade.

APORTE TEÓRICO

Produzir e manter um tipo de conhecimento na história não é fácil. Segundo Burke


(1992) numa perspectiva da chamada História Tradicional apenas os registros de grandes fatos e
figuras, vistos de cima, da história política, baseada em documentos e registros oficiais
principalmente, como uma narrativa de acontecimentos, tinham sido tratados como fatos
relevantes.

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Mas, onde ficam as falas e experiências das pessoas comuns, vistas de baixo? Em seus
escritos nos esclarece que estas reflexões vão aparecer junto a pesquisadores que defendem a
perspectiva da chamada Nova História1.
Neste debate outras possibilidades de pesquisa surgem como história vista de baixo, a
micro-história, a biografia, entre outras, assim como se introduzem novas áreas de pesquisas,
métodos e fontes. O simbólico apresenta nova força social, presentes consequentemente nos
objetos simbólicos e, em nosso estudo, nas práticas culturais dos Afoxés.

Africanos, indígenas, negros, mulheres, crianças, idosos, enfim, pessoas


comuns, considerados “sem história”, ganham o status de sujeitos históricos
com direito a ter suas experiências registradas. (QUEIROZ, 2010, p. 21)

Desta perspectiva, da chamada Nova História, localizamos o Afoxé, como descendência


cultural de grupos de pessoas, em sua maioria, historicamente discriminadas, oriundas da barbárie
da escravidão da população negra no Brasil, constituindo em grande número a camada popular
do país, detentores de um saber historicamente desvalorizado, por ser de origem na cultura
popular, de base religiosa no Candomblé, este inúmeras vezes visto como ‘estranho’, ou ainda
como denominaria Elias e Scotson (2000), de outsiders. Porém, ao longo do processo social
brasileiro estes grupos escravizados conseguiram manter-se e produzir conhecimentos, entre eles
os Afoxés, o qual hoje pode ser visto hoje em grandes festas como o carnaval, como reflexo de
uma organização artística e política.
Neste processo as mudanças de como as sociedades se compreendem, ao mesmo tempo
de como as pessoas formam estas sociedades refletem modificações específicas nesta relação
indivíduo-sociedade, na sua composição social e consequentemente em sua autoimagem, ou seja,
no que Elias (1994) denominou de habitus dos indivíduos.
Esse habitus, a composição social destes indivíduos, encontra-se presente mesmo nos
diferentes sujeitos, pois, estes compartilham com outros membros de sua sociedade composições
específicas, por exemplo, a linguagem comum, gestada neste habitus social, e neste contexto a
identidade-nós dá o tom desta integração, pois enquanto sujeitos somos indissociáveis de nossa
existência como seres sociais. Não existe identidade-eu sem identidade-nós, existe sim uma
balança em que em determinado contexto social e temporal ela pode pender mais para um lado
ou mais para o outro, variando assim a ponderação dos termos, a relação eu-nós.
Para Elias, em nosso tempo/espaço, um elemento importante da identidade-eu é a
continuidade da memória, importante para preservar os conhecimentos adquiridos, as
experiências anteriores, possibilitada também pelo autoconhecimento do indivíduo, como
organismo inteiro, do qual o cérebro é parte, e não de maneira dualista, separando o corpo da
mente, como se existíssemos fora do corpo.
Paralela a estas necessidades encontramos a identidade-nós, relacionado a imagem do nós,
do habitus social dos indivíduos, intimamente ligado a uma carga afetiva de identidade tradicional

1
São precursores e também referencias para debates da Nova História autores como: Nobert Elias, Mikhail Bakhtin,
Michael Foucault e Pierre Bourdieu (BURKE, 2008).

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do grupo2, no caminho contrário ao que Elias denomina de ‘espécie de morte coletiva’ diante de
novas conjunturas, valores sociais individualizados.
Luta-se contra um esmaecimento da identidade grupal, onde, em museus, visitantes
desprovidos de compreensão, se deparam com utensílios ritualísticos, repletos de símbolos e
significados, como meras curiosidades.

Ela dá a cada indivíduo um passado que se estende muito além de seu passado
pessoal e permite que alguma coisa das pessoas de outrora continue a viver no
presente... pela continuidade da tradição, a filiação a esses grupos-nós concede
ao indivíduo uma oportunidade de sobrevivência que transcende a existência
física real, uma sobrevivência na memória da cadeia de gerações (ELIAS, 1994,
p.182).

Tudo isto garante a continuidade de uma língua, de transmissão de lendas, histórias,


músicas, entre outros valores culturais, adquirindo assim a função de memória coletiva.
Refletir sobre as mentalidades acerca do acervo cultural afro-brasileiro, historicamente
construído, e entre estas expressões os afoxés, contribuirá igualmente para o desenvolvimento do
que Elias (1993) denomina de ‘processo civilizador’, na defesa da valorização da cultura
afrodescendente, da luta contra a barbárie oriunda da escravidão do povo negro no Brasil, e neste
campo simbólico, numa busca pela mudança de mentalidades e da estrutura social de preconceito
e desvalorização destes saberes, a partir de um novo controle das emoções, novos habitus, que
possam positivar o caminhar desta manifestação cultural.

OBJETIVOS

Buscamos neste recorte da coleta de dados, com noticias de jornais a época, identificar
quais grupos, onde circulavam, as atividades, shows, ou formas de se referir a esta expressão da
cultura afro entre Recife e Olinda para que no conjunto destes dados aglutinados no estudo
possamos, entre outros objetivos, compreender que habitus foram delineados no processo da
construção da autoimagem negra através dos Afoxés de Recife e Olinda nos fins do Século XX.

METODOLOGIA

Para acessarmos memórias que possam guardar aspectos relativos aos Afoxés neste
recorte do estudo elencamos a busca por fontes documentais. A pesquisa documental se
caracteriza pela busca de informações em documentos que não receberam tratamento científico
como relatórios, reportagens, revistas, entre outros (OLIVEIRA, 2007).

2
Grifo nosso.

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Segundo Bacelllar (2015) as fontes documentais são matéria-prima de quem visa um
estudo historiográfico, é a mais tradicional entre estes estudos, vistos até certo tempo como
guardiãs de verdades, de testemunhos neutros do passado.
Outro local de fonte de conhecimento podem ser os materiais produzidos pela imprensa.

O Pesquisador dos jornais e revistas trabalha com o que se tornou notícia, o


que por si só já abarca um espectro de questões, pois será preciso dar conta das
motivações que levaram à decisão de dar publicidade a alguma coisa.
Entretanto, ter sido publicado implica atentar para o destaque conferido ao
acontecimento, assim como para o local em que se deu a publicação... (LUCA,
2015, p. 140)

Durante nossa coleta de dados, mais especificamente em entrevistas, identificamos


diversas movimentações e a formação de uma rede interdependente entre estes sujeitos
históricos, no sentido de fomentar as atividades dos grupos. Como informado, buscamos
articular estas informações com noticias de jornais, a época, no sentido de complementar e
identificar quais grupos, onde circulavam, as atividades, shows, ou formas de se referir a esta
expressão da cultura afro entre Recife e Olinda.
Optamos primeiramente por apresentar a seguir os primeiros registros sobre o afoxé em
Recife, encontrados no periódico Diário de Pernambuco, na Hemeroteca Digital da Biblioteca
Nacional Digital, para em seguida mostrarmos os achados da década de 1990 neste mesmo banco
de dados digital.
Este levantamento foi realizado no mês de março de 2021, na base de dados da
Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional Digital, no Jornal digitalizado Diário de Pernambuco,
entre os períodos de 1990 a 1999. Encontramos disponibilizados apenas notas dos anos de 1990
e 1996, aglutinando um total de 14 ocorrências da palavra Afoxé, existindo assim um hiato entre
os anos de 1992 a 1995 e entre o final de 1996 a 1999.

RESULTADOS E ANÁLISE

A primeira nota de reportagem sobre o primeiro afoxé de Pernambuco, o Afoxé Ilê De


África (Casa de África/Recife - PE) 3 no Jornal Diário de Pernambuco, foi localizada no Caderno
GERAL, RECIFE, de 05/01/1982 página A11.
Identificamos que antes desta data, entre 1980 e 1982, outras informações a respeito do tema
afoxé foram registrados nas notas, reportagens, tais como associações da palavra afoxé, mesma
variando desde reportagens referentes à fundação de alguns grupos, a notas de ensaios, convites,
a shows musicais, a canções e até mesmo a propaganda de churrascaria da cidade do Recife.
Porém preferimos destacar as notas referentes ao afoxé e nosso objeto de interesse, que seja o
registro neste periódico sobre a experiência com cortejos de Afoxés em Recife.
A página traz juntamente ao anúncio e convite de participação no afoxé várias notas
alusivas a outras atividades artísticas, culturais da cidade, inclusive expressões culturais seculares
como a festa de carnaval, o samba e as experiências do jovem Balé Popular do Recife.

3
Notas encontradas no Diário de Pernambuco digitalizado no acervo on line da Biblioteca Nacional, no endereço
http://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital/, consultado entre os meses de abril e novembro de 2019.

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Abaixo optamos por apresentar a página completa e em seguida o destaque para a nota
sobre a novidade deste afoxé na cidade do Recife. Destacamos a nota na íntegra pois,
acreditamos ser um registro interessante, tanto como novidade na cena artística-cultural recifense,
como pelo apelo, dos idealizadores-organizadores, e sensibilização para a valorização de
expressões da cultura negra que agonizavam a época.
Este registro ajuda no esclarecimento quanto a data de cortejo do Afoxé Ylê de África no
Recife, haja vista já termos encontrado em nossas buscas informações de que este tenha ocorrido
em 1981 e não em 1982. Este registro documental nos faz entender que as articulações foram
realizadas entre 1981 a início de 1982, culminando com o cortejo em 1982.

Figura 1: Pagina da 1ª nota do Afoxé Ilê de África – Periódico Diário de Pernambuco

Fonte: Site do acervo on line da Biblioteca Nacional (2019)

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O Afoxé Ilê de África organizou-se a partir da experiência do Balé Primitivo de Arte
Negra, organizado pelo mestre de capoeira Zumbi Bahia e pelo coreógrafo e professor Ubiraci
Ferreira, e, através deste registro documental, desfilou em 1982.

Figura 2: Primeira nota do Afoxé Ilê de África (Periódico – Diário de Pernambuco)

É assim uma nota inicial, de apenas 1 (um) grupo buscando rememorar valores ancestrais
assim como fazer conhecer, divulgar e ser apreciado como expressão cultural. Destaca-se a
importância da manutenção das tradições populares, para que as mesmas não se percam com o
tempo, uma vez que estavam sendo abandonadas, correndo o risco de ficarem registradas apenas
nas memórias de seus participantes ou em museus.
Desta primeira experiência do afoxé em Recife damos um salto temporal até a década de
1990 em busca de registros desta expressão cultural, após pelo menos uma década daquele
momento inicial. Porém, diante dos fechamentos dos arquivos públicos durante a pandemia do
Covid 19, realizamos buscas e identificamos on line estes registros, abaixo sintetizados em nossa
tabela 1.

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Tabela 1: Afoxés na Mídia (Diário de Pernambuco – 1990 e 1996)

DATA: CADERNO/ NOTA/TEMA/ AFOXÉ


ENCARTE: ASSUNTO PARTICIPANTE
1 04/08/1990 Interior/Flagrantes Projeto Cultural Ylê de Egbá
2 22/08/1990 Diversões Show musical Afoxé = ritmo
3 26/08/1990 Cidades 10º Festival de Afoxé Alafin Oyó
Inverno (Bairro
Vasco da Gama)
Hiato... ... ... ... ...
4 01/02/1996 Viagem Festa de Carnaval em Percursos dos
Salvador Afoxés em Salvador
5 16/02/1996 Capa ‘Recife se veste para o Afoxé Ará Odé
Carnaval 96’
6 16/02/1996 Vida Urbana Lavagem da Cidade Afoxé Ará Odé
Alta (Olinda)
7 17/02/1996 Vida Urbana Carnaval – História, Afoxé Alafin Oyó
compositores,
desfiles, agremiações,
percursos.
8 17/02/1996 Sociais Noite dos Tambores Afoxé Povo de Odé
Silenciosos
9 17/02/1996 ? Roteiros de Carnaval Afoxé Alafin Oyó
(Recife, Olinda,
Litoral)
10 18/02/1996 Últimas Notícias Notícias diversas e Afoxé Filhos de
Show da ‘Timbalada’ Gandhy
11 19/02/1996 B3 Carnaval de Afoxés, diversidade
Pernambuco cultural
12 21/02/1996 2ª página Carnaval – Quarta- Afoxé da Lua
feira de Cinzas
13 21/02/1996 Carnaval Noite dos Tambores Afoxé Ylê de Egbá
Silenciosos Afoxé Povo de Odé
14 29/02/1996 Opinião Impasse Afoxé Alafin Oyó
Fonte: construção da própria autora (2022)

Encontramos notas de ensaios, de convites para shows musicais; de festival, toda uma
divulgação sobre o carnaval em Salvador, assim como sobre a Lavagem da Cidade Alta de Olinda.
Destacamos os achados, infelizmente poucos, referentes à participação dos afoxés Ará Odé, Ylê
de Egbá, Alafin Oyó e o Afoxé da Lua, em diversas programações carnavalescas, entre estas, na
tradicional Noite do Tambores Silenciosos.
Entendemos que, pelos registros, esta expressão cultural afro-brasileira conseguiu se
manter presente, provavelmente não livre das tensões sociais, por vários anos além do fato de
aquela primeira experiência ter de alguma forma inspirado a criação de outros grupos de afoxés,
aja vista a participação em diversas programações carnavalescas. Compreendemos que a
identidade-nós vem sendo rememorada, relacionando a imagem do nós de cada afoxé ao habitus
social dos indivíduos, integrantes intimamente ligados a uma carga afetiva desta identidade
artística tradicional, que ultrapassou os anos 1990, chegando a atualidade com registros de afoxés
entre Recife e Olinda com mais de 35 anos de fundação. O Afoxé como um Candomblé de Rua,

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ou o Candomblé que vai às ruas, tem se mantido, entre outros aspectos, como um espaço de
memória da identidade e espetacularização de mitos da cultura afro-brasileira.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreendemos que, através de diversas estratégias e espaços sociais os afoxés se


articularam e, entre outras atividades, passaram a fazer parte da cena artística-cultural de
Pernambuco. É fato que necessitamos encontrar mais dados neste hiato de anos, não divulgados
na Hemeroteca em outros documentos. Ou será que realmente não houve movimentação desta
expressão cultural afro nas cidades de Recife e Olinda neste período?! Este não foi o ocorrido!
Ao contrário, acreditamos que esta permanência dos Afoxés ao longo do tempo vem
contribuindo para inquietar, provocar, construir novas civilidades, valores e reconhecimentos.

REFERÊNCIAS

BACELLAR, Carlos. Fontes documentais – uso e mau uso dos arquivos. In: PINSKY, Carla
Bassanezi (Org.). Fontes Históricas. – 3.ed., 2ª reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2015.
BARROS, José D’Assunção.. O projeto de pesquisa em História – da escolha do tema ao
quadro teórico. Petrópolis/Rio de Janeiro:Vozes, 2013.
BURKE, Peter. O que é História Cultural?. 2.ed.rev. e ampl. – Rio de Janeiro:Zahar, 2008.
ELIAS, Norbert. O Processo Civilizador – Formação do Estado e Civilização (vol I). Rio
de Janeiro:Jorge Zahar Editor, 1994.
ELIAS, Norbert. A Sociedade dos Indivíduos. – Rio de Janeiro: Zahar, 1994.
ELIAS & SCOTSON, Nobert & John L.. Os Estabelecidos e os outsiders: sociologia das
relações de poder a partir de uma pequena comunidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.
LUCA, Tania Regina de. História dos, nos e por meio dos periódicos. In: PINSKY, Carla
Bassanezi (Org.). Fontes Históricas. – 3.ed., 2ª reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2015.
OLIVEIRA, M. M. Como fazer pesquisa qualitativa. Petrópolis: Vozes, 2007.

Informações da autora:
Nome do autor: Gina Guimarães
Afiliação institucional: PPGE-UFPE
E-mail: ginag.@bol.com.br
ORCID:
Link Lattes: http://lattes.cnpq.br/3089785123426262

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