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Mercado Ilicito

O tráfico internacional de drogas, em alta escala, começou a expandir-se a partir


da década de 1970, tendo tido o seu ápice na década de 1980. Esse
desenvolvimento está estreitamente ligado à crise econômica mundial.

Narcotrafico:
O narcotráfico determina as economias dos países produtores de cocaína, cujos
principais produtos de exportação têm sofrido sucessivas quedas nos seus preços
(ainda que a maior parte dos lucros não fique nesses países) e, ao mesmo tempo,
favorece principalmente o sistema financeiro mundial. O dinheiro oriundo da
droga corresponde à lógica do sistema financeiro, que é eminentemente
especulativo.

O narcotráfico é produzido em escala global, desde o cultivo em países


subdesenvolvidos até ao seu consumo, principalmente nos países ocidentais, nos
quais o produto final atinge um alto valor no mercado negro.

O tráfico surge da ilegalidade das drogas e a mesma ilegalidade origina


importantes consequências sociais: crime, violência, corrupção, marginalidade,
além de taxas maiores de intoxicação por produtos químicos adulterantes dos
entorpecentes, etc. As penas oriundas da repressão às drogas têm mais impacto
que os efeitos das drogas em si. Vários países possuem experiências bem
sucedidas no âmbito da descriminalização/legalização de drogas leves. Cada vez
mais países adotam posturas liberais para driblar os danos causados pela
ilegalidade das drogas.

O mercado negro é a parte da economia ativa que envolve bens ou serviços


considerados banidos em sua região.

Produção:
A maioria dos entorpecentes são produzidos em países da América do Sul, do
Sudeste Asiático e do Oriente Médio, entrando nos países consumidores através
de contrabando. Tradicionalmente, os Estados Unidos, o México , a União
Europeia, o Japão e especialmente Singapura (onde o tráfico e o consumo de
drogas são punidos com a morte) têm imposto uma política de tolerância zero aos
países produtores. Entretanto, em muitos desses países, a cultura de coca, e
maconha é uma importante fonte de subsistência, à qual não estão dispostos a
abdicar. Por outro lado, substâncias psicotrópicas como o LSD, as anfetaminas e
outras substâncias sintéticas como o ecstasy são produzidas em países
desenvolvidos.

Origem:
Na América Latina, há muitas rotas de distribuição de drogas, sendo o maior
destino o continente europeu, seguido do asiático. Com isso, para abastecer o
mercado interno e externo, a Colômbia, Bolívia e Peru produzem cocaína,
enquanto o Paraguai fica encarregado da produção de maconha.

Rentabilidade:
Em 2003 os ganhos com narcotráfico chegavam perto dos US$ 320 bilhões, uma
cifra equivalente a 1% do PIB mundial.

A produção se concentra nos países em desenvolvimento e o principal destino são


os mercados em países como Estados Unidos e países da União Europeia.

Em 2008 o rendimento econômico do mercado americano de cocaína chegou a


US$ 35 bilhões. O cultivo de coca nos países produtores recebeu cerca de US$ 500
milhões.

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