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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS......................................................... 9
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES..................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DIAGNÓSTICA.............................................................................. 35
UNIDADE II
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS................................................................. 50
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO E FORMAÇÃO DA IMAGEM TOMOGRÁFICA...................................................... 50
CAPÍTULO 2
EXAME DE TOMOGRAFIA E SEUS DESAFIOS.............................................................................. 58
CAPÍTULO 3
APLICAÇÕES DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DIAGNÓSTICA EM PEQUENOS ANIMAIS... 70
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 93
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
A ressonância magnética é hoje um método de diagnóstico por imagem disponível na
medicina veterinária e que está em franco desenvolvimento. Pela sua sensibilidade em
diferenciar tecidos e coletar informações bioquímicas (MAZZOLA, s.d.), abre-se uma
gama enorme para se diagnosticar alterações que antes eram tomadas como raras, bem
como o estudo funcional do encéfalo de pequenos animais (BERNS et al., 2012).
7
Objetivos
» Esclarecer as bases físicas do funcionamento do equipamento de
ressonância magnética e seus usos em pequenos animais.
8
IMAGEM POR
RESSONÂNCIA UNIDADE I
MAGNÉTICA EM
PEQUENOS ANIMAIS
CAPÍTULO 1
Introdução e definições
Introdução
Os primeiros estudos em ressonância magnética foram realizados em 1946 por dois
grupos independentes: Purcell em Harvard, que estudava os sólidos, e Bloch em
Stanford, que estudava os líquidos. Nessas primeiras experiências, a ressonância
magnética era usada para realizar a análise química das estruturas, conhecida
como espectroscopia. No final dos anos 1960, Raymond Damadian demonstrou in
vitro que T1 era maior em tumores do que em tecido normal e começou a trabalhar
no desenvolvimento de um aparelho. Em 1972, Lauterbour, da Universidade de
Illinois, obteve as primeiras imagens com a ressonância magnética, as quais foram
publicadas na Revista Nature. Em 1976, Mansfield, da Universidade de Nottinghan,
produziu as primeiras imagens de uma parte do corpo: um dedo (HAGE; IWASAKI,
2009).
Definição
A IRM é, resumidamente, o resultado da interação do forte campo magnético produzido
pelo equipamento com os prótons de hidrogênio do tecido humano, criando uma
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UNIDADE I │ IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS
Os principais átomos que compõem o tecido humano são: hidrogênio, oxigênio, carbono,
fósforo, cálcio, flúor, sódio, potássio e nitrogênio. Esses átomos, exceto o hidrogênio,
possuem no núcleo atômico prótons e nêutrons (MAZZOLA, 2009).
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
Figura 1. Próton de hidrogênio visto como uma pequena esfera (1), que possui um movimento de giro, ou spin,
em torno do seu próprio eixo (2); por ser uma partícula carregada positivamente (3), gera um campo magnético
próprio ao seu redor (4), comportando-se como um pequeno dipolo magnético (4) ou como um ímã (5), com
N
+ + =
S
1 2 3 4 5
Alinhamento
11
UNIDADE I │ IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS
Figura 2. Prótons de hidrogênio sob ação do campo magnético externo aplicado. Os prótons se distribuem em
dois níveis de energia, sendo que um pequeno número maior de prótons se alinha paralelamente.
Pulso de RF
ω=γBₒ
em que:
» γ: razão giromagnética.
Uma regra importante a ser sempre lembrada é que qualquer alteração no valor do
campo magnético irá alterar a frequência de precessão (MAZZOLA, 2009).
Magnetização do tecido
Como nas imagens a menor unidade será o voxel – sendo este da ordem de 1,0 mm3
ou mais –, é o efeito combinado dos prótons de hidrogênio que irá nos interessar.
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
Figura 3. Ilustração esquemática dos mecanismos da IRM. (A) Prótons precessam em um campo magnético
externo Bₒ. (B) Após a introdução do pulso de RF, os prótons são excitados, com relaxação que ocorre depois da
B0
S
Figura 4. Esquerda: spins alinhados paralelamente e antiparalelamente ao campo magnético externo aplicado
(eixo z), realizando movimento de precessão. Direita: vetor magnetização resultante (Mₒ) de um elemento de
volume de tecido.
Z Z
M0
Y Y
X X
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UNIDADE I │ IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS
Excitação
Para que uma corrente elétrica seja induzida em uma bobina posicionada de forma
perpendicular ao plano transversal, é necessário que o vetor magnetização como um
todo, ou parte dele, esteja no plano transversal e possua coerência de fase. Se todos os
momentos magnéticos individuais forem desviados em 90° para o plano transversal e
todos estiverem precessando na mesma posição (mesma fase), teremos o máximo de
sinal induzido nessa bobina (MAZZOLA, 2009).
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
Figura 5. Pulsos de RF e sua nomenclatura. O pulso de 90° é chamado de pulso de excitação, o de 180° de pulso
Z Z Z
Y Y Y
X
X X
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UNIDADE I │ IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS
Figura 6. (A) Ilustração esquemática de um sistema de IRM com seu principais componentes. Observe que o vetor
campo magnético Bₒ é paralelo à mesa. Qualquer objeto metálico próximo da entrada do tubo do magneto
será atraído para o interior do equipamento, podendo causar acidentes graves quando for ejetado pela saída
do tubo. (B) Configuração de uma bobina de gradiente usada para a codificação espacial em todas as três
o receptor.
Magneto Bobina Y
principal Bobina Z
Bobina X
Transcepto
Uma variedade de bobinas foi e continua sendo desenvolvida para permitir não só uma
coleta mais eficiente do sinal, como também para ser utilizada em novas aplicações e
novas metodologias de aquisição do sinal (MAZZOLA, s.d.).
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
Figura 7. Exemplos de bobinas utilizadas em sistemas de IRM de baixo campo. (a) Bobina de transmissão/
recebimento para campo de 0,6T. (b) Bobina de crânio com quatro elementos para campo de 0,25T.
O formato do sinal induzido (ou sinal de indução livre, SIL) é o de uma onda sendo
amortecida, como mostra a Figura 8 (MAZZOLA, 2009).
Figura 8. Sinal de Indução Livre (SIL) gerado pelo retorno da magnetização para o alinhamento após a aplicação
de um pulso de RF de 90°.
Bobina
Amplitude
SIL
Tempo
Sinal de RF
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UNIDADE I │ IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS
Relaxação
A relaxação dos spins que gera o SIL é causada pelas trocas de energia entre spins e
entre spins e sua vizinhança (rede). Essas interações são chamadas de relaxação spin-
spin e spin-rede e juntas fazem com que o vetor M retorne ao seu estado de equilíbrio
(paralelo a Bₒ), como mostrado na figura 9 (MAZZOLA, 2009). Essa fase ocorre quando
se interrompe ou desliga-se o sinal de radiofrequência dentro do equipamento de RM.
Duas constantes de tempo foram criadas para caracterizar cada um desses processos:
T1 e T2. A constante T1 está relacionada ao tempo de retorno da magnetização para
o eixo longitudinal e é influenciada pela interação dos spins com a rede (MAZZOLA,
2009). Esse é o tempo necessário para a recuperação de 63,2% da magnetização de M,
resultando em mais spins retornando ao estado de baixa energia, isto é, realinhados a Bₒ
(relaxação T1) (HAGE, IWASAKI, 2009; D’ANJOU, 2015). Ao mesmo tempo, os spins
em fase começam a interagir uns com os outros – interação spin-spin ou dipolo-dipolo,
provocando rapidamente uma defasagem de 63,2%, eliminando, assim, a magnetização
transversal (relaxação T2).
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
Sequências spin-eco
As imagens de RM são criadas quando os sinais vindos dos tecidos excitados são
detectados como ecos por bobinas receptoras, localizados espacialmente e processados.
Em virtude das diferenças nas características de relaxação entre os tecidos, várias
metodologias técnicas, ou sequências, podem ser utilizadas para excitar e receber sinais
utilizando radiofrequência e pulsos de gradiente, com tempo e duração variáveis. As
sequências são divididas em dois grupos principais – sequências spin-eco e sequências
gradient recalled. A interpretação das imagens é baseada na avaliação de todas as
sequências obtidas em um único exame (D’ANJOU, 2015).
A diferenciação de contraste entre dois tecidos adjacentes (por exemplo, entre um tumor
cerebral e substância branca normal) depende das diferenças entre as densidades de
prótons, os T1 e T2 dos dois tecidos. A chamada conspicuidade (sinal da lesão versus
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UNIDADE I │ IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS
sinal do tecido adjacente) pode ainda ser maximizada pela manipulação adequada
dos parâmetros selecionáveis pelo operador. Sequências de pulso inadequadas podem
diminuir a diferença entre a lesão e o tecido circundante, tornando difícil a detecção
das lesões. Os parâmetros que podem afetar o contraste das imagens e que estão sob
o controle do operador incluem a escolha da sequência de pulso, ângulo de excitação
do pulso de RF (flip angle), espessura do corte, campo de visão, tamanho da matriz e
uso de agentes de contraste exógeno. A sequência de pulso mais comumente utilizada
em RM é a spin-eco. Nessa sequência, simplesmente variando TR e TE é possível obter
uma imagem que seja predominantemente ponderada em T1, T2 ou na densidade
de prótons (HAGE; IWASAKI, 2009). Essas manipulações resultam na variação de
níveis de intensidade (ou brilho de pixel) para o mesmo tecido. Embora alguns tecidos
possam parecer semelhantes em uma dada sequência, podem tornar-se distintos em
outra. Os protocolos-padrão dos exames incluem múltiplas sequências para destacar
essas diferenças entre os tecidos, mas novas sequências são desenvolvidas a cada dia
para melhorar a capacidade de identificação de diferenças ainda mais sutis (D’ANJOU,
2015).
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
Bz (z) = B0 + z.Gz
Figura 10. Efeito de aplicação de um gradiente de campo magnético na direção do eixo z com amplitude de
63.855.000 Hz
B0 + Gz = 1,5 T + 45 mT/m
63.663.435 Hz
64.238.130 Hz
63.471.870 Hz
Hz
63.855.000 Hz
São necessárias três etapas para a codificação do sinal de forma a obter uma imagem
de RM: seleção de corte, codificação de fase e codificação de frequência. Cada etapa
representa o acionamento de gradientes em uma dada direção (MAZZOLA, s.d.).
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UNIDADE I │ IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS
O sinal coletado de cada corte está mapeado em fase e frequência, ou seja, um sinal
que varia no tempo, contendo diversas fases e diversas frequências, carrega informação
sobre todo o tecido contido no corte. Por volta de 1807, o matemático francês Jean
Baptiste Joseph Fourier desenvolveu ferramentas analíticas para decompor uma função
contínua em suas componentes oscilatórias e amplitudes, processo hoje conhecido
como transformada de Fourier. Uma versão dessa metodologia é usada atualmente
para determinar as amplitudes e frequências (e, portanto, as posições) encontradas
no sinal de RM (eco) coletado pelas bobinas. Todos esses cálculos são realizados pelo
reconstrutor de imagens, que transforma um sinal elétrico e imagem (MAZZOLA, s.d.).
Por fim, a avaliação por RM está resumida na Figura 11 abaixo.
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
Bobinas de gradiente
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UNIDADE I │ IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
Figura 12. Imagens transversais de IRM do cérebro de um cão com oligodendroma. O brilho do tumor e
o contraste para o tecido cerebral vizinho varia entre a imagem ponderada em T2 (a), FLAIR (b), imagem
ponderada em T1 (c) e imagem ponderada em T1 pós-contraste. O uso de múltiplas sequências em IRM ajuda a
a b
c d
a perda do sinal e/ou erro de registro do sinal. Esse conceito é utilizado na detecção de
hemorragias. As sequências ponderadas em T2* são, portanto, sensíveis para detecção
de hemorragia, como observado na figura 13 (D’ANJOU, 2015).
Outras sequências gradiente-eco: spoiled gradient recalled echo (SPGR) para cartilagem
articular; steady state free precession, para nervos cranianos. Sequências têm nomes
específicos que mudam entre os fornecedores de sistemas de imagem (D’ANJOU, 2015).
Figura 13. Imagens transversais do encéfalo ponderadas em T2 (A), em Flair (B), e em T2* (C) no nível da medula
em uma fêmea Labrador Retriever de 2 anos de idade, com hemorragia cerebelar e meningeal superaguda
sequências de spin-eco, mas é claramente vista em imagens ponderadas em T2* (seta branca).
A B C
Meio de contraste
Assim como na tomografia computadorizada, meios de contraste podem ser injetados
por via intravenosa na ressonância magnética para avaliar a rede vascular e a perfusão
tecidual. Os meios de contraste utilizados na ressonância magnética exercem um efeito
paramagnético, efeito forte que diminui os tempos de relaxação T2 e T1 dos prótons ao
redor da molécula do meio de contraste. Em baixas concentrações, como nas utilizadas
na prática clínica, o efeito predominante é o encurtamento de T1. Assim, os tecidos
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
Equipamentos com menor intensidade de campo são mais baratos para a aquisição,
instalação e manutenção do que aparelhos de alto campo, o que é uma vantagem
significativa para práticas privadas (GAVIN, 2011). A razão sinal-ruído (quantidade de
prótons que formam cada voxel) limitada desses sistemas de baixo campo está associada
ao tempo de exame mais longo e à resolução espacial menor. Além disso, o campo de
visão é limitado, o que exige que o paciente tenha que ser movimentado no aparelho
para uma completa cobertura anatômica. Fatores positivos são o menor artefato de
susceptibilidade (objetos metálicos que aparecem com distorções nas imagens), e seu
design possibilita fácil acesso ao paciente, além de se evitar mais facilmente acidentes
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UNIDADE I │ IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
Figura 14. Sala de exames para equipamento de alto campo instalado na Faculdade de
O equipamento foi
Blindagens
instalado numa sala
com blindagem de
Teto, piso e paredes
cobre e aço silício
da sala são revestidos
de placas de cobre,
que bloqueiam a
interferência de ondas
de rádio vindas do
ambiente externo.
Atrás do equipamento
Mesa
a parede tem proteção
extra de aço silício
Move-se com baixa
velocidade para não Bobinas
danificar a eletrônica e Projeção de imagens
reduzir efeitos de São responsáveis por
vertigem nos pacientes emitir e receber sinais de Utilizada para estudos de
radiofrequência dos ressonância magnética
tecidos funcional com pacientes
vivos
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UNIDADE I │ IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS
Dispositivos implantados
É essencial que todos que operam o magneto saibam onde encontrar detalhes sobre a
segurança e a compatibilidade de ressonância magnética de implantes e dispositivos
médicos. Frank Shellock e sua equipe oferecem gratuitamente um catálogo on-line
pesquisável que lista dispositivos e implantes seguros para ressonância magnética com
suas forças de campo magnético permitidas e limitações de gradiente (http://www.
mrisafety.com/TMDL_list.php). Quando um paciente com implantes é agendado para
um exame de ressonância magnética, é vital entender que o risco de lesão aumenta
com a proximidade dos implantes às estruturas vitais dos vasos, neurais ou tecidos
moles. Interações desses objetos com os campos magnéticos podem causar artefatos
e aquecimentos graves. Mesmo implantes não ferromagnéticos podem causar
aquecimento devido a correntes de Foucault que se propagam em metais expostos a
campos magnéticos oscilantes. Implantes especialmente ortopédicos, como sistemas
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
O Manual do ACR sobre meios de contraste recomenda que cada caso seja analisado
cuidadosamente por membros da equipe clínica e de radiologia, e os agentes de
contraste à base de gadolínio devem ser administrados somente quando houver um
benefício potencial significativo para o paciente ou feto que supere o risco possível, mas
desconhecido da exposição fetal a íons livres de gadolínio (SAMMET, 2016).
Agentes de contraste MR
Os agentes de contraste para ressonância magnética aprovados pela FDA são quelatos
de gadolínio com estabilidade, viscosidade e osmolaridade diferentes (SAMMET, 2016).
Médicos veterinários radiologistas devem estar cientes dos efeitos adversos dos agentes
de contraste à base de gadolínio. Os quelatos de gadolínio são geralmente bem tolerados,
e as reações adversas agudas são observadas com uma frequência mais baixa do que
após a administração de meios de contraste iodados. As frequências relatadas de todos
os eventos adversos agudos após uma injeção de 0,1 ou 0,2 mmol/kg de quelato de
gadolínio variam de 0,07% a 2,4% (SAMMET, 2016).
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UNIDADE I │ IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS
Todo o pessoal que trabalha no ambiente de ressonância magnética precisa ser treinado
com um curso abrangente. Para novos funcionários que trabalharão nesse ambiente,
esse curso deve ser incluído no programa de orientação a funcionários e repetido
anualmente. O treinamento de segurança de ressonância magnética deve incluir a
apresentação de antecedentes técnicos e médicos de segurança de ressonância magnética.
Demonstrações práticas de efeitos de mísseis de objetos ferromagnéticos podem ajudar
a entender e experimentar melhor os perigos de um conjunto de ressonância magnética
(SAMMET, 2016).
O curso de segurança precisa alertar sobre os altos níveis de ruído acústico do sistema
gradiente durante uma ressonância magnética e a possível redução de ruído com
tampões para evitar possíveis danos à audição (SAMMET, 2016).
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CAPÍTULO 2
Ressonância magnética diagnóstica
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UNIDADE I │ IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS
Figura 15. Hidrocefalia grave. RM transversal ponderada em T2. Os ventrículos laterais são severamente
aumentados com perda do septo pelúcido, resultando em um único ventrículo grande. Note o pequeno
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
Figura 16. Imagens sagitais da coluna lombossacra ponderada em T1 (A), sagital ponderada em T2 (B) e
recuperação de inversão tau curta (STIR) (C) de um cão com discoespondilite em T11 – T12 adquirido em 1,5 T.
Observe a hipointensidade em T1 e T2 das placas terminais e dos corpos vertebrais em (A) e (B), enquanto na
imagem STIR (C) essas regiões têm alta intensidade de sinal. Observe a destruição das placas terminais (A) e a
A B C
Figura 17. Imagem axial ponderada em T1 com contraste do pescoço de um cão com carcinoma de tireoide. A
massa apresenta margens bem definidas e aumento uniforme (asterisco). Os linfonodos mandibulares ipsilaterais
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
cão clinicamente normal com uma lesão presuntiva tipo cisto ósseo do côndilo mandibular. Existe uma estrutura
circular hipointensa que se estende da superfície articular do processo condilar esquerdo da mandíbula, com
Membros
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UNIDADE I │ IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS
Articulação do ombro
Articulação do cotovelo
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
Articulação do joelho
As sequências padrão usadas nos exames da articulação do joelho canino são SE,
FSE e STIR. A espessura da fatia é determinada pelo tamanho da raça do cão e varia
de 3 a 4 mm. Embora as técnicas de ressonância magnética para imagiologia das
articulações dos membros caninos estejam se tornando cada vez mais disponíveis, os
exames radiológicos e artroscópicos ainda são os métodos predominantes utilizados
no diagnóstico de alterações patológicas que afetam a articulação do joelho canino
(ADAMIAK et al., 2011).
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UNIDADE I │ IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS
Figura 19. Imagem pré- (A) e pós-contraste (B) do joelho de cão, em corte sagital ponderada em T1. É visível uma
A B
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
Abdome
Alguns órgãos se destacam na avaliação do abdome, tais como o fígado, a vesícula biliar,
o pâncreas e os rins. Muitas vezes, utiliza-se a angiografia por ressonância magnética.
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UNIDADE I │ IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS
Pâncreas
Rins
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
A imagem vascular renal tem várias aplicações na medicina veterinária, que incluem a
triagem de potenciais doadores renais em programas de transplante renal ou avaliação
pré-tratamento de animais com tumor renal, em que são contempladas cirurgias
ou embolizações, e o conhecimento da anatomia vascular é primordial. Potenciais
aplicações adicionais incluem a avaliação de pacientes com hematúria renal para
descartar malformações vasculares renais, como fístula arteriovenosa congênita ou
adquirida (CAVRENNE; MAI, 2009).
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UNIDADE I │ IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS
Figura 20. Imagem composta de projeções de intensidade máxima (PIm) do subvolume dorsal das veias renais
em cães 1–6. Em todas as imagens, a direita está à esquerda, e a craniana está no topo.
Cão 1 Cão 2
Cão 3 Cão 4
Cão 5 Cão 6
Tórax
A anatomia do tórax de cães por meio de ressonância magnética foi explorada por
Vilar et al. (2003), e os vasos descritos pela angiografia por ressonância magnética por
Contreras et al. (2008).
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
o pulso de RF de 180 graus, gerando um sinal de eco. O sangue parece preto, pois não
recebe o pulso de excitação ou o pulso de 180o graus como consequência do fluxo. No
gradient-eco, o gradiente de refase reorienta as rotações fluidas, resultando em sinal alto.
Essas “imagens de sangue brilhante” são particularmente adequadas para a avaliação
do fluxo sanguíneo interrompido; o sangue turbulento aparece preto enquanto o fluxo
laminar parece brilhante (Figura 21). Nesse momento, há uma troca de contraste, pois
há menos contraste entre o sangue e os tecidos moles. Imagens de sangue brilhante são
usadas na avaliação de estenoses valvares e regurgitação e fluxo sanguíneo turbulento
em torno das lesões, de modo a explorar o padrão de fluxo em shunts e vasos e na
avaliação do movimento da parede ventricular. Imagens de sangue brilhante também
podem ser produzidas pelo uso de agentes de contraste intravasculares. A imagem
cardíaca por ressonância magnética pode ser usada para quantificar o fluxo sanguíneo
por meio de mapas de velocidade de codificação de fase. Volumes de fluxo e velocidade
de fluxo podem então ser quantificados através de válvulas ou shunts (GILBERT et al.,
2010).
Figura 21. Sangue preto e sangue brilhante. A e B, sangue preto em ressonância em um coração de cão normal
em cortes transversais do eixo longo (A) e o eixo curto (B), ambas em sístole. C e D Inferior: sangue claro de um
coração de porco normal, em diástole. As linhas brancas em C mostram os eixos cardíacos longo e curto, e em
A B
C D
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UNIDADE I │ IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS
Bloqueio cardíaco
O bloqueio cardíaco é um método usado para minimizar o artefato de movimento
causado pelo movimento do coração durante todo o ciclo cardíaco. Isso é essencial
no estudo da morfologia. O bloqueio é mais comumente realizado por meio do
eletrocardiograma (bloqueio do ECG), mas o pulso periférico (bloqueio periférico)
também pode ser usado. No ECG prospectivo (acionado), o tempo de repetição entre
pulsos de RF é controlado com base no intervalo R-R do ECG. A ponderação da imagem
(ponderação T1 e T2) depende, portanto, da frequência cardíaca do paciente. Os cortes
de ressonância magnética são obtidos durante tempos sucessivos de repetição do
pulso, e o bloqueio visa garantir que cada corte seja adquirido quando o coração está na
mesma fase do ciclo cardíaco. Os artefatos ocorrem nas disritmias quando a aquisição
da imagem sincronizada pode falhar. No ECG retrospectivo, os dados são adquiridos
continuamente ao longo do ciclo cardíaco a partir de cada posição do corte. No pós-
processamento, os dados são reconstruídos a partir de um ECG gravado ao lado dos
dados da imagem (GILBERT et al., 2010).
Imagem Ciné/multifásica
As sequências de imagens Ciné são imagens de séries temporais adquiridas com um
bloqueio de ECG prospectivo ou retrospectivo e, mais comumente, sequências de
gradient-eco. Os dados da imagem reconstruída são exibidos como um filme para que
cada varredura demonstre o ciclo cardíaco. As imagens são geralmente vistas como
cortes de tempo bidimensionais (2D) + em vez de volumes de tempo 3D +. A geração de
imagens multifásicas é um método alternativo de gravação de dados de filmes, no qual
o bloqueio prospectivo é usado para controlar sequências de pulsos de eco de rotação,
permitindo a aquisição de imagens a partir de estágios precisos do ciclo cardíaco, seja
para cortes simples ou para uma série de cortes (GILBERT et al., 2010).
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IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE I
Semelhante ao seu uso para avaliação de outras regiões do corpo de cães e gatos, a
angiografia por ressonância magnética auxilia o diagnóstico da persistência do quarto
arco aórtico direito em cães (HECHT et al., 2012) e tumores atriais em cães (MAI et al.,
2010).
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TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA UNIDADE II
EM PEQUENOS
ANIMAIS
CAPÍTULO 1
Introdução e formação da imagem
tomográfica
Introdução
Os avanços tecnológicos na área da radiologia possibilitaram o desenvolvimento de
novas técnicas de diagnóstico por imagem, como é a tomografia computadorizada.
Atualmente, a tomografia computadorizada é um componente importante do
diagnóstico por imagem nos centros de referência de medicina veterinária (MARTINEZ
et al., 2010).
50
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
Para se obter uma imagem nos tomógrafos de primeira geração, o tubo de raios-x
gira uma vez ao redor do paciente, e a mesa se desloca dentro do gantry a intervalos
previamente estabelecidos pelo operador, de 1, 2, 5 e 10mm ou mais, dependendo das
necessidades do exame (Figura 3A). Já nos tomógrafos helicoidais, o tubo de raios-x
gira constantemente, enquanto a mesa atravessa o gantry a uma velocidade constante
(Figura 3B) (MARTINEZ et al., 2010).
Scanner Computador
Workstation
remota
Mesa Monitor
Painel de
controle
Fonte: Whatmough; Lamb (2006).
52
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
Tubo de raios x
y Feixe de raios
x colimados
z
Portal
Mesa
Detectores
Assim, a radiação forma uma cortina em espiral em volta do paciente, que, após
ultrapassar os tecidos e ser atenuada por eles, é captada pelos detectores e transmitida
ao console, no qual são reconstruídos cortes de espessura milimétrica ou submilimétrica
(Figura 2). Em outras palavras, podem-se reconstruir muitos cortes a partir de uma
única exposição (MARTINEZ et al., 2010). As imagens de tomografia computadorizada
são geralmente adquiridas no plano transversal. Imagens em outros planos (por
exemplo, sagital, dorsal, oblíqua) podem ser reconstruídas com uso de software; no
entanto, a resolução da imagem é inferior às imagens transversais originais, a menos
que essas tenham sido adquiridas com cortes de largura de frações de milímetro (Figura
4) (LABRUYÈRE; SCHWARZ, 2013).
Na tela do monitor, a imagem é formada por pixels, que são a representação digital
de uma unidade de volume, o voxel – que, além da largura e da altura, representa
a espessura do corte (Figura 5). Cada pixel da imagem é representado por um valor
específico de densidade, medido em unidades Hounsfield dentro da escala de atenuação
exponencial (escala de Hounsfield), que representa a densidade média do voxel.
Essa escala recebe valores unitários que variam desde -1.000UH (ar), 0UH (água)
até 3.000UH (metal). Na imagem, os valores negativos aparecem mais escuros e são
denominados hipoatenuantes, e os valores positivos aparecem mais brancos, sendo
denominados hiperatenuantes (Quadro 1) (MARTINEZ et al., 2010).
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
a b c
3ª geração Helicoidal Helicoidal multislice
Legenda: (a) Tomógrafo de terceira geração. As setas indicam a rotação – modalidade rotativa de sistemas de detector de
tubos que não usam um anel de deslizamento necessário para rotação contínua. A mesa do paciente não se move durante
as varreduras, mas é avançada entre varreduras, tendo por resultado uma aquisição de dados do tipo “avança e registra”.
(b) Tomografia Computadorizada helicoidal single-slice. O sistema do tubo-detector gira continuamente em torno do corpo
quando a mesa se move através do portal durante a varredura (veja a seta). Os tempos de rotação típicos estão na faixa
de 0,7-1 s. (c) Tomógrafo helicoidal multislice. O detector consiste em várias linhas de detectores paralelos. Os tomógrafos
helicoidais multislice recentes têm milhares de elementos detectores e fornecem resolução isotrópica. O tempo de rotação
é de 0,5-0,27 s, dependendo do tipo de tomógrafo. A velocidade da mesa pode exceder 20 cm/s com os tomógrafos mais
recentes.
Figura 25. Reconstrução multiplanar é a técnica de computador que permite que as imagens sejam
b c
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
Já a imagem apresentada no monitor pode ser manipulada pelo operador com o objetivo
de apresentar as imagens de diferentes formas. Isso é realizado com a ajuda de filtros
específicos (janelas e níveis), ferramentas que permitem escolher determinada escala
de tons de cinza para avaliar melhor cada tipo de tecido (Figura 6). As janelas utilizadas
rotineiramente para visibilizar e avaliar as diferentes estruturas anatômicas são: janela
para tecidos moles, janela para tecido ósseo e janela para tecidos que contêm ar, como
os pulmões e a cavidade nasal (MARTINEZ et al., 2010). Sugestões para valores de
lanelas e níveis são apresentados no quadro 2.
y
A
z x
Espessura do corte Voxel anisotrópico
Pixel
Voxel isotrópico
B
Legenda: O volume da varredura é composto dos milhares de elementos do volume (voxels). Cada voxel se assemelha a um
palito de fósforo (A) se a espessura da fatia for substancialmente maior do que o tamanho de cada elemento de imagem
(pixel). Esse é geralmente o caso de tomografia computadorizada de fatia única. Para a tomografia helicoidal multislice, a
espessura do corte pode ser escolhida para ser 1 mm ou menos, resultando em voxels que se assemelham a um cubo e
fornece resolução isotrópica (B). Tais dados isotrópicos permitem a reconstrução de imagens em qualquer plano arbitrário
sem perda de qualidade de imagem.
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
Quadro 1. A escala Hounsfield. As duas densidades definidas nessa escala são a água (0 HU) e o ar (-1000 HU). De
outros tecidos e materiais são mais variáveis. O alcance da escala Hounsfield é determinada pela sensibilidade
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
Quadro 2. Sugestões de nível da janela (WL) e largura da janela (WW) para a aplicação da tomografia
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CAPÍTULO 2
Exame de tomografia e seus desafios
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
Ruído
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
Figura 28. Artefato de endurecimento dos feixes observado durante a portografia transesplênica
em um cão por injeção de iohexol na dose de 175 mg I/mL. RL, lobo direito do fígado.
RL
Realce falso
O realce falso de cistos renais refere-se ao fato de que cistos renais simples têm suas
unidades Hounsfield aumentadas de forma irreal após a administração de contraste
intravenoso. Isso é causado pelo endurecimento e dispersão do feixe, mesmo que não
tenha as estrias que estão mais classicamente associadas ao endurecimento do feixe. O
mesmo mecanismo é responsável pelo aumento da densidade visto apenas dentro do
crânio na tomografia computadorizada. Áreas que são cercadas por um anel de material
de alta densidade tornam-se mais brilhantes devido ao endurecimento do feixe e
dispersão. O realce falso diminui, distanciando-se do tecido renal realçado. Assim, há
mais realce falso em cistos menores, e as mensurações das unidades Hounsfield devem
ser executadas longe do tecido renal realçado sempre que possível. Na tomografia
computadorizada convencional, o realce falso pode atingir até 28 HU. Isso pode ser
diminuído com tomografia computadorizada de dupla energia. No entanto, não é
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
Volume parcial
Photon starvation
Uma fonte potencial de artefatos graves de estrias é o photon starvation, que pode
ocorrer em áreas altamente atenuantes. Quando o feixe de raios-x está viajando
horizontalmente, a atenuação é maior, e fótons em número insuficiente chegam aos
detectores (Figura 8). O resultado é que projeções com muito ruído são produzidas
nessas angulações dos tubos. O processo de reconstrução tem o efeito de ampliar
muito o ruído, resultando em estrias horizontais na imagem. Se a corrente do tubo for
aumentada durante a varredura, o problema de photon starvation será superado, mas
o paciente receberá uma dose desnecessária quando o feixe estiver passando através
das peças menos atenuantes. Portanto, os fabricantes desenvolveram técnicas para
minimizar o photon starvation (BARRETT; KEAT, 2004);
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
Artefatos metálicos
Artefato de anel
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
a fidelidade com que representa as projeções reais do objeto. O problema mais típico
encontrado nas projeções é o ruído inerente ao processo de medição. Ele é consequência
da radiação espalhada e da densidade não uniforme e variável de fótons do feixe,
sem contar com o ruído eletrônico típico presente nos detectores. Essa flutuação nos
valores de intensidade registrados em cada elemento do detector, por menor que seja,
gera inconsistência no Raw Data, produzindo artefatos na imagem. Esses artefatos
são visualizados como linhas retas claras e escuras, espalhadas por toda a imagem
(ARAÚJO, 2008).
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
A avaliação transversal iterativa usa planos cortados que são ajustados em tempo real
pelo usuário. Isso é semelhante no conceito de ultrassom em tempo real, exceto que
não é realizado no paciente real, mas no volume de dados transversais adquiridos. As
técnicas tridimensionais da renderização permitem vários tipos de exposição 3D da
imagem. Uma estação de trabalho separada é essencial para interpretar casos usando
técnicas de pós-processamento e também permite consultas e revisão de resultados
com cirurgiões ou outros colegas de referência. A maioria das reconstruções 3D são
agora iterativas em tempo real, e as técnicas de processamento mais complexas, como a
remoção automática de ossos, levam apenas alguns segundos ou talvez alguns minutos
para serem concluídas (BERTOLINI; PROKOP, 2011).
As seções a seguir dão uma visão geral resumida das técnicas de pós-processamento
mais usadas com suas vantagens e compensações:
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
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CAPÍTULO 3
Aplicações da tomografia
computadorizada diagnóstica em
pequenos animais
O uso de meio de contraste iodado intravenoso (600 - 900 mg de iodo/kg) deve ser
padrão para a avaliação de lesões intracranianas, pois tem sido relatado que lesões
intracranianas malignas versus não malignas podem ser diferenciadas por suas
características de captação e clareamento (washout) de contraste. A base para o
comportamento diferente do realce do contraste de lesões intracranianas é a quebra
da barreira hematoencefálica. O tecido cerebral normal pode ser medido com um
número de tomografia computadorizada entre 26 e 44 UH, com uma ligeira diferença
na atenuação entre a substância branca (20-34 UH) e cinzenta (37-41 UH). A atenuação
do tecido cerebral normal aumenta após a aplicação média de contraste intravenoso
apenas por cerca de 4 UH, enquanto as lesões que causam uma interrupção da barreira
hematoencefálica aumentam em 20-40 UH (OHLERTH; SCHARF, 2007).
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
A neoplasia intracraniana pode ser distinguida pelo número de lesões, origem, local
anatômico, forma, margem, atenuação, aprimoramento de contrastes e doença
associada. Os tumores cerebrais primários podem ser de origem intra ou extra-axial.
Meningiomas são os tumores mais comuns em cães e gatos; gliomas como astrocitomas
e oligodendrogliomas são comuns em cães, mas raros em gatos. Os tumores cerebrais
primários menos comuns incluem tumores de plexo coroide e ependimários,
enquanto tumores neuronais, tumores microgliais e meduloblastomas cerebelares são
considerados raros tanto no cão como no gato (OHLERTH; SCHARF, 2007).
A maioria dos outros tumores primários são isodensos (isoatenuantes) para o tecido
cerebral restante em imagens sem contraste. Os gliomas são mais expansíveis na
natureza com falta de margens distintas devido a seu comportamento invasor. O
realce do contraste é frequentemente pobre e não uniforme, e o artefato em anel (ring
enhancement) pode ser visto. No entanto, o realce das margens é uma característica
não específica que também pode ser vista em doenças não neoplásticas, infarto,
granuloma, abscesso e resolução de hematomas. Os papilomas do plexo coroide são
associados com o sistema ventricular, são delineados distintamente e frequentemente
esféricos e lobulados. Eles mostram forte realce e causam a compressão dos ventrículos.
Neuroblastomas olfativos estão situados ventralmente dentro do lobo frontal e se
estendem através da placa cribriforme na cavidade nasal e, portanto, são difíceis de
diferenciar de extensões de tumores nasais (OHLERTH; SCHARF, 2007).
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
vistos como múltiplas massas, mas invasão meningeal extensa ou massas semelhantes
aos meningiomas também podem existir. Adenocarcinomas nasais estão localizados
no bulbo olfatório, estendendo-se do nariz através da placa cribriforme, e exibem um
padrão invasivo, geralmente causando edema extenso e um forte realce não uniforme.
Os tumores do nervo óptico podem surgir a partir de seus tecidos adjacentes, como
mixossarcomas ou schwannomas (OHLERTH; SCHARF, 2007).
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
Figura 30. Imagem de tomografia computadorizada em corte coronal de uma glândula hipófise (P) aumentada
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
Outras doenças vasculares que foram diagnosticadas com esse tipo de exame são
malformações arteriovenosas (SAKURAI et al., 2011), malformações capilares,
aneurismas (BERTOLINI, 2013), malformações cavernosas, infarto hemorrágico e
infarto não hemorrágico. Entretanto, a imagem latente da ressonância magnética é
geralmente mais sensível para o diagnóstico dessas doenças, desde que a hemorragia
subdural e as mudanças no parênquima sejam detectadas mais facilmente (OHLERTH;
SCHARF, 2007).
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
Figura 31. Imagens transversais tomográficas das cavidades nasais de quatro cães.
A B
C D
Legendas: Classificação do processo como tipo massa para neoplasia nasal (A), tipo cavitado para aspergilose nasal (B), não
destrutiva para rinite inespecífica (C) e, quando um corpo estranho pode ser visualizado como rinite de corpo estranho (D),
permitiu o diagnóstico correto em 93-95% dos cães. (A) Bobtail de onze anos com adenocarcinoma nasal (janelamento (WW)
= 3500, nivelamento (WL) = 500). Ambas as cavidades nasais são completamente preenchidas com uma densidade de
tecidos moles. Alguns cornetos deformados são visíveis (pontas de seta). Há também lise do osso palatino (seta). (B) Golden
Retriever de cinco anos com aspergilose nasal (WW = 3500, WL = 500). A destruição severa de cornetos cria um espaço
aéreo aumentado na cavidade nasal esquerda (asterisco). Há também espessamento da mucosa (pontas de seta). (C) Pastor
Alemão de quatro anos com diagnóstico de rinite inespecífica (WW = 3500, WL = 500). Há um grave edema bilateral líquido/
epitelial (seta). A integridade dos cornetos é conservada. (D) Poodle de oito anos com rinite por corpo estranho (WW = 150,
WL = 50). O corpo estranho (seta) era um pedaço de grama.
A orelha média pode ser avaliada pelo uso de radiografia, ultrassonografia, tomografia
computadorizada e ressonância magnética. A tomografia computadorizada é
recomendada para avaliação da parte óssea da orelha média, enquanto a orelha interna
e seu conteúdo fluido são avaliados pela ressonância magnética. No entanto, a anatomia
da orelha média e interna pode ser avaliada com a tomografia computadorizada.
O aparecimento de otite média, pólipos inflamatórios e otólise são descritos. Uma
característica importante da otite média crônica é a presença de fluido e o espessamento
da parede da bula timpânica, que deve ser cuidadosamente avaliado, uma vez que o
artefato de volume parcial também pode simular o espessamento da parede da bula.
Um estudo ideal requer imagens transversais adquiridas com espessura de fatia
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
pequena (1-3 mm) contíguas ou sobrepostas, com um pequeno campo de visão e mAs
alto (OHLERTH; SCHARF, 2007). Neoplasias na orelha média são descritas, como o
colesteatoma (TRAVETTI et al., 2010).
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
Figura 33. Gato posicionado dentro do Tomógrafo de Feixe Cônico utilizando-se um dispositivo de plástico PVC e
tomografia cônica do crânio de um gato após trauma. A visão panorâmica (reconstrução bidimensional) mostra
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
A articulação atlanto-axial pode ser afetada pela ossificação incompleta do atlas, levando
aos quadros de luxação e subluxação atlanto-axial (PARRY et al., 2010). A articulação
atlanto-occipital é avaliada durante o exame tomográfico para diagnóstico de luxações
(STEFFEN et al., 2003) (Figura 13) e subluxações atlanto-occipitais (RYLANDER;
ROBLES, 2007).
Figura 34. Reconstrução das imagens tomográficas mostrando a luxação da articulação atlanto-occipital
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
Legenda: Note a radiolucência (flechas pretas) no úmero (H), rádio (R) e ulna (U) e não união do processo ancôneo (A). Há
também o alargamento da articulação umeroulnar (cabeças de seta pretas), compatível com incongruência do espaço
articular.
M 1 cm
Legenda: Note que o fragmento (cabeça de seta) está entre o processo coronoide medial da ulna e a cabeça do rádio,
fazendo com que o diagnóstico radiográfico não seja possível. M = medial, L = lateral.
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
Figura 37. Imagem tomográfica de cão em decúbito dorsal com um grande lipoma infiltrativo na parede
torácica. Existem estrias finas de tecido delgado em todo o tumor. O tumor é bem definido em regiões
adjacentes ao músculo, mas é difícil diferenciar da gordura subcutânea normal. Janelamento = 750 UH,
nivelamento = +71UH.
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
Figura 38. Tomograma transverse do tórax de um cão com osteossarcoma. Um nódulo parenquimático,
R L
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
individualmente para anomalias: a zona 1 é a região pleural, definida como uma zona
de 1 mm na periferia de cada lóbulo pulmonar; a Zona 2 é a região subpleural medindo
em diâmetro 5% da largura lobar máxima; a zona 3 é a região peribroncovascular,
definida como o restante do parênquima pulmonar (OHLERTH; SCHARF, 2007). A
anatomia tomográfica do tórax de cães (RIVERO et al., 2005) e gatos (SAMII et al.,
1998) está publicada.
A vascularização arterial e venosa pulmonar normal nos cães pode ser avaliada
pela angiografia por tomografia computadorizada helicoidal (Figura 18) (HABING
et al., 2011). Na injeção do meio do contraste usando uma bomba de infusão,
o momento ao realce máximo varia para diferentes vasos e entre os indivíduos,
sendo recomendado, portanto, o teste de injeção em bolus de contraste. A
angiografia por tomografia computadorizada helicoidal permite a digitalização
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
Figura 39. Projeção dorsal de máxima intensidade no nível do tronco pulmonar principal.
Legenda: (a) tronco pulmonar principal; (b) artéria pulmonar principal direita; (c) artéria pulmonar principal esquerda; (d)
origem da artéria para o lobo pulmonar cranial direito; (e) origem da artéria para o lobo pulmonar medial direito; (f) artéria
pulmonar caudal direita; (g) veia pulmonar caudal direita; (h) veia pulmonar caudal esquerda; (i) veia cava cranial; (j) artéria
para o segmento cranial do lobo pulmonar cranial esquerdo.
As câmaras cardíacas (HOSTNIK et al., 2017) e as artérias coronárias (DREES et al., 2011)
de cães podem ser avaliadas por meio da angiografia por tomografia computadorizada.
A descrição completa dessa técnica pode ser encontrada em Drees et al. (2014). Com
essa técnica, é possível diagnosticar cães com ducto arterioso patente (HENJES et
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
al., 2011) e a persistência de arcos aórticos, como o quarto arco aórtico (POWNDER;
SCRIVANI, 2008).
A anatomia normal do fígado foi revisada por Marolf (2016). Na imagem tomográfica,
o fígado normal é isoatenuante ao baço com uma vesícula biliar hipoatenuante
por causa do armazenamento de bile. O parênquima hepático apresenta realce de
contraste uniforme. O duto biliar comum não pode ser visto por causa de seu pequeno
tamanho e falta de realce. No entanto, a espessura da parede da vesícula biliar e o
conteúdo biliar intraluminal podem ser avaliados. A bile deve ser hipoatenuante, sem
evidência de conteúdo, tais como debris ou cálculos. A tomografia computadorizada
foi usada para a avaliação das massas do fígado vistas com equinococose alveolares.
Para o diagnóstico de desvios portossistêmicos únicos intra ou extra-hepáticos;
dos desvios extra-hepáticos múltiplos (NELSON; NELSON, 2011), e da circulação
colateral (BERTOLINI, 2010), a angiografia helicoidal de fase única e de fase
dupla foi usada com sucesso e favoravelmente comparada a outros métodos. A
terminação dos desvios foi determinada mais frequentemente pela tomografia
computadorizada do que por cirurgia ou ultrassom (OHLERTH; SCHARF, 2007).
Para avaliar especificamente as artérias hepáticas e as veias portais, a angiografia
por tomografia computadorizada deve ser executada, pela injeção do contraste
intravenoso em bolus seguido por varreduras especificamente cronometradas para
capturar as fases arteriais, venosas e tardia da passagem do contraste através do
órgão. Quando todas as três fases são capturadas, isso é denominado um angiograma
de três fases (MAROLF, 2016). As vantagens são que a angiografia por tomografia
computadorizada helicoidal não é invasiva, mais fácil de executar e interpretar
do que a ultrassonografia Doppler ou a angiografia convencional, a variabilidade
do operador é minimizada, e a aquisição volumétrica rápida dos dados é possível.
No entanto, o fluxo e a pressão portais não podem ser medidos, e artefatos de
movimento podem ocorrer. Outras limitações incluem a incapacidade de resolver
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
dois vasos com origens muito próximas entre si e a identificação de vasos com trajetos
paralelos ao plano da imagem axial (OHLERTH; SCHARF, 2007). Alterações como
a lipidose hepática, hepatite aguda e crônica e colangiohepatite também podem
ser detectadas pela tomografia computadorizada (MAROLF, 2016). Em relação
às massas hepáticas, Jones et al. (2016), em estudo retrospectivo, relataram que,
de 24 tumores, 14 eram malignos (nove carcinomas, três hemangiossarcomas
esplênicos metastáticos, um carcinoma de células fusiformes esplênico metastático,
um hemangiossarcoma) e 10 eram não malignos (seis adenomas, três hiperplasias
nodulares, uma hiperplasia de ductos biliares). Para os tumores malignos, foram
registrados valores médios para atenuação pré-contraste de 46 UH e pós-contraste
de 83 UH; já para os não malignos, os valores registrados foram de 60 e 95 UH,
respectivamente. Caracterizações adicionais de tumores hepáticos, estadiamento e
de planejamento cirúrgico são razões para adquirir as imagens latentes transversais
por tomografia computadorizada ou ressonância magnética para suspeita de tumores
hepáticos baseada nos exames ultrassonográfico e radiográfico (MAROLF, 2016).
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
Figura 40. (A) Hemangiossarcoma; (B) hematoma; e (C) hiperplasia nodular detectados no baço de cães pela
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS │ UNIDADE II
Figura 41. Imagens tomográficas de um cão com insulinoma (nivelamento +35 UH, janelamento 400UH).
R L
A B
C D
Legenda: (A) antes da injeção de contraste. (B) fase arterial (14s após a injeção do contraste). (C) fase pancreática (T = 28s).
(D) fase de equilíbrio (T = 90s). O pâncreas normal (seta) e o tumor (seta curva) são claramente delineados na fase arterial. A
aorta está indicada pela cabeça de seta.
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UNIDADE II │ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM PEQUENOS ANIMAIS
Figura 42. (A) Imagens tomográficas pré- (esquerda) e pós-contraste (direita) de uma grande massa na adrenal
esquerda. A lesão tem atenuação fracamente heterogênea na imagem pós-contraste. Diversas realçadas
sem o uso de contraste representam áreas de hemorragia (H) dentro do tumor tornam-se evidentes após a
administração de contraste. (B) Corte histológico correspondente da mesma massa mostra áreas irregulares de
A B
T
H H H
92
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