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Dokumen - Tips - Ficha de Trabalho Sobre A Alegoria Da Caverna de Platao
Dokumen - Tips - Ficha de Trabalho Sobre A Alegoria Da Caverna de Platao
Tema: Alegoria da
FICHA DE TRABALHO
Caverna de Platão
GRUPO I
GRUPO I I
Para responderes às questões, a seguir apresentadas, deverás efetuar uma pesquisa
(em livros ou na Net). Indica as fontes de onde tiraste a informação.
Coloquei um desafio (aqui) aos meus alunos do 10º ano: turmas C, D e F. Agradeço a
todos os que se empenharam e se atreveram a expressar publicamente as suas
opiniões.
Os melhores trabalhos sobre o vídeo 2 , ainda que existam outros cuja leitura também
vale a pena, foram realizados pelos alunos: K S (turma C) e D Ao (turma D).
Ei-los:
As redes sociais virtuais são grupos ou espaços específicos na Internet que permitem
partilhar dados e informações, sendo estas de carácter geral ou específico e nos mais
diversos formatos (textos, arquivos, imagens fotos, vídeos, etc.). Incluem igualmente
jogos, debates, testes e outros tipos de entretenimento virtuais. Embora seja um meio
de interação e comunicação que comporta inúmeras vantagens, engloba igualmente
diversas desvantagens – quando usado por pessoas que possuem uma atitude acrítica
(não pensam de forma coerente e apresentam ideias injustificadas).
A facilidade com que alguns indivíduos divulgam informações pessoais e aceitam como
“verdades” o que lhes aparece no ecrã, passando inúmeras horas neste tipos de rede -
que se torna viciante e causa dependência - são exemplos que ilustram as
consequências negativas da utilização acrítica das redes sociais, em particular do
Facebook. Outros aspetos negativos resultantes do mau uso das redes sociais podem
ser: deficiência de interação não-virtual, insucesso profissional e escolar, publicidade
dirigida (após analise de perfis de diversas pessoas), perseguições por pessoas
indesejáveis, chantagens, perda de privacidade e danos na reputação.
figuras que provêm de objetos e pessoas que estão nas suas costas. Quando um dos
prisioneiros é liberto, exposto à luz, começa por pensar que o que vê é irreal,
convencido que as projeções da caverna são a vida real. Porém, ao longo do tempo,
compreende que a verdade é precisamente o contrário, que as projeções não passam
de ilusões, e que a realidade é fora da caverna, na liberdade. Decide voltar para
persuadir os companheiros de prisão que tivera de que o que pensam não é verdade,
contando-lhes a realidade, mas eles gozam com ele, não querendo acreditar no que
ele diz.
Analisando esta história relatada por Platão, podemos afirmar que o prisioneiro liberto
é a pessoa que pensa e age criticamente, os outros prisioneiros são os que não pensam
por si próprios, presos a correntes – que são nem mais nem menos do que as suas
próprias mentes quadradas e convencidas da verdade – e envoltos nas sombras,
permanecendo, sem ter consciência, na ignorância.
Se examinarmos com atenção, podemos relacionar o modo acrítico com que algumas
pessoas usam as redes sociais com os prisioneiros, que são igualmente possuidores de
uma atitude acrítica e dogmática. A deficiência de interação não-virtual pode ser
comparada com o isolamento dos prisioneiros em relação ao mundo real. O insucesso
profissional e escolar é equivalente ao facto dos prisioneiros se encontrarem
embrenhados nas sombras, sem manifestarem qualquer tipo de interesse intelectual
por compreender verdadeiramente o mundo que os rodeia. A publicidade dirigida, as
chantagens e as perseguições (por pessoas indesejáveis que, de certa forma usaram a
atitude acrítica e dogmática da vítima para a alcançar, sendo isto um género de
manipulação) encaixam perfeitamente na ideia das pessoas estarem a ser manipuladas
e enganadas, tal como os prisioneiros que são levados a pensar que o mundo real é
apenas o espaço que eles conhecem da caverna.
As relações sociais podem ser bem mais difíceis no mundo real que no virtual. Mas não
será preferível a verdade à ilusão?
K. S- (turma C)
Atualmente, as redes sociais são usadas para diversos fins. Por exemplo, para manter
contacto com as pessoas que têm uma localização geográfica muito distante, para
comunicar sobre os mais variados assuntos, para jogar os vários jogos, etc. Este meio
também pode ser usado – de forma muito eficaz - pela comunicação social e outras
organizações para transmitir determinadas notícias ou petições relacionadas a
determinado assunto.
De acordo com esta fonte, seis anos após a criação do Facebook, o número de
utilizadores já chega aos 400 milhões. Esta rede social teve, desde o início da sua
criação, uma grande adesão. Todavia, apesar das redes sociais poderem ser bem
utilizadas, podem também ter um impacto negativo na vida das pessoas, se elas
passarem aí demasiado tempo e deixarem de conviver presencialmente com os outros.
Estes utilizadores podem vir a sofrer de vários problemas a nível social e psicológico.
D. A. (turma D)
Coloquei um desafio (aqui) aos meus alunos do 10º ano: turmas C, D e F. Agradeço a
todos os que se empenharam e se atreveram a expressar publicamente as suas
opiniões.
Os melhores trabalhos sobre o vídeo 1, ainda que existam outros cuja leitura
também vale a pena, foram realizados pelas alunas: A. D. (turma C) e Filipa Santos
(turma D).
Ei-los:
O vídeo “Mito da Caverna – por Maurício de Souza” retrata uma realidade que pode
identificar-se com o que acontece nos dias de hoje.
Os três velhos deste vídeo ocupavam a sua vida a observar a sombra das pessoas e
dos animais que passavam à frente da parede da caverna, tal como os presos da
Alegoria da Caverna viam as sombras projetadas dos objetos que passavam atrás das
suas costas. Estes velhos (ou os prisioneiros da alegoria da caverna) assumiam como
realidade todas as sombras que viam passar e não pensavam sequer que existisse
qualquer coisa diferente para conhecerem.
A vida deles passava-lhes “à frente dos olhos”, sem que eles participassem
ativamente nela. Podem, portanto, ser considerados “espectadores da vida” (tal
como Maurício de Souza refere). Por pensarem conhecer toda a realidade,
ridicularizaram e perseguiram o seu “salvador” por este lhes querer mostrar a
verdadeira vida e a realidade, ou seja, o exterior da caverna, os objetos e os seres
vivos em três dimensões, aqueles que davam origem às sombras.
Era mais fácil para eles continuarem na ignorância do que fazer o esforço para
alcançar o conhecimento e questionar as sombras, a ilusão vivida. Esses “prisioneiros
das sombras”, semelhantes aos pris ioneiros da caverna de Platão, representam
todas as pessoas que dependem da televisão e que preferem aceitar os
“conhecimentos” transmitidos por esta a pensarem por si próprios. Na maior parte
das vezes, os espectadores nem se questionam se estes conhecimentos são ou não
verdadeiros. A televisão tem, também, grande poder de influência. Se existem dois
produtos alimentares de diferentes marcas, por exemplo um azeite, e uma das
marcas tiver publicidade em vários canais televisivos, o outro produto - de uma
marca menos conhecida mas com ingredientes de melhor qualidade - venderá
menos. Se uma pessoa, diante os dois produtos, tiver de decidir qual deles comprar,
provavelmente, escolherá o primeiro, pois este é “aconselhado” pela televisão. A
A. D. (turma C)
Quando o prisioneiro liberto regressa à caverna, não é bem aceite pelos outros. Estes
consideram-no um louco e poderiam até tentar matá-lo, diz Platão. Isto acontece
porque eles estão convencidos que conhecem a realidade e possuem a verdade e,
por isso, não se sentem à vontade quando alguém os tenta chamar à razão, como fez
o prisioneiro já solto.
Este texto, escrito por Platão, faz-nos pensar que se optarmos por um ponto de vista
filosófico, não seguiremos a opinião da maioria só porque é mais fácil e não requer
qualquer esforço da nossa parte, mas sim pensaremos pela nossa cabeça justificando
racionalmente as nossas ideias.
Podemos estabelecer uma relação entre o modo como algumas pessoas usam as
recentes descobertas tecnológicas, nomeadamente a televisão, e a situação dos
prisioneiros. Tal como Platão refere, há dois caminhos possíveis: deixar-se levar pela
fantasia e pela ilusão, aceitando, sem refletir, o conhecimento que nos é transmitido
ou, então, esforçar-nos por obter conhecimentos que nos permitam analisar
criticamente a informação transmitida. Cabe a cada um de nós escolher.
F S (turma D)
"Uma vida não examinada pode não valer a pena ser vivida, mas examinar a minha é
esgotante."
Sócrates, um dos mais conhecidos filósofos gregos, foi condenado à morte em 399
(a.C.). Não escreveu nenhum livro. O que sabemos sobre ele deve-se, entre outros,
ao testemunho do seu discípulo Platão. Nos diálogos que este escreveu Sócrates é
uma figura central.
“Nada mais faço do que andar pelas ruas a persuadir -vos, jovens ou velhos, a
cuidardes mais da alma que do corpo e das riquezas, de modo a que vos torneis
homens excelentes.
Se, ao dizer isto, estou a corromper os jovens, mal vão as coisas. Mas, se alguém
afirmar que eu digo mais do que isto, afirma falsidades (…).
Pois, se me matardes, sendo eu como sou, fareis mais mal a vós próprios do que a
mim. Poderiam talvez matar-me, banir-me ou privar-me de direitos, pensando como
outros que são estas coisas grandes males. Mas eu não penso assim. O que penso é
que quem o fizer está a fazer a si próprio muito pior, por tentar matar injustamente
um homem. Por isso, preciso muito mais de vos defender a vós do que de me
defender a mim (…). Isto porque, se me matardes, não encontrareis com facilidade
outro como eu que – para falar gracejando – se agarre à cidade como um moscardo a
um cavalo forte e de bom sangue que, por causa do tamanho, precisa de ser
despertado por um aguilhão (…).
E se eu disser que o maior bem que pode haver para um homem é, todos os dias,
discorrer sobre a excelência e sobre outros temas acerca dos quais me ouvíeis
dialogar, investigando-me a mim e aos outros. E se eu vos disser que uma vida sem
pensar não é digna de ser vivida por um homem, ainda menos vos terei persuadido.
É como digo, homens, não sois fáceis de convencer!”
Terá Sócrates razão ao defender que uma vida sem pensar não é digna de ser vivida?
Porquê?