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TORNEIRO E SAÚDE
MECÂNICO NA SUPERVISÃO DE ESPAÇOS CONFINADOS
2ª EDIÇÃO
ELABORAÇÃO
Rosiel Sousa do Nascimento
Instrutor da área de Metalmecânica
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA DE BACABAL
COEPT
SENAI
Departamento Regional do Maranhão
Av. Jerônimo de Albuquerque, s/nº - 2º Andar
Edifício Casa da Indústria - Bequimão
CEP: 65060-645
Fones: (98) 2109-1871/1856 Fax: (98) 2109-1832
Site: www.ma.senai.br - E-mail: senai@ma.senai.br
São Luís - Maranhão.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 5
1 SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO 6
2 MATEMÁTICA BÁSICA 23
3 METROLOGIA DIMENSIONAL 43
4 MICROMETRO 66
5 DESENHO TÉCNICO 76
6 MATERIAIS FERROSOS 111
7 TORNEARIA MECÂNICA 127
8 BROCAS 151
9 MACHOS DE ROSCAR 155
10 DESANDADORES 157
11 COSSINETES 159
12 RECARTILHAR 162
13 CÁLCULO DA INCLINAÇÃO DO CARRO SUPERIOR DO TORNO 164
14 ROSCAMENTO 167
15 ANÉIS GRADUADOS NAS MÁQUINAS – FERRAMENTAS 183
16 OPERAÇÕES PRÁTICAS DE TORNEAMENTO 188
CONCLUSÃO 234
REFERÊNCIAS 235
APRESENTAÇÃO
Diante desse cenário, destaca-se o papel do SENAI e sua importância em traçar novos
desafios, que visem articular os meios produtivos e a prática profissional, através da
formação de competências e habilidades, vislumbrando a construção de uma sociedade
com conhecimento crítico e contemporâneo.
Para isso, oportuniza aos seus alunos cursos baseados no princípio do “aprender fazendo”,
repassando ainda, conhecimentos teóricos/técnicos, que atendem ao perfil profissional
demandado pelo mercado de trabalho, na busca constante por profissionais qualificados.
Este curso aborda o Torneamento de peças com vários perfis, em materiais ferrosos e não
ferrosos, utilizando ferramentas de corte e fazendo controle de medidas das peças de
acordo com o desenho, seguindo normas e procedimentos técnicos, do meio ambiente,
saúde e segurança.
Bom estudo!
CONCEITO e OBJETIVO
A OHSAS 18001 é a especificação para certificação de Sistemas de Gestão de Segurança e
Saúde Ocupacional. Depois da publicação da BS 8800,
norma guia para implementação de sistemas de gestão de
segurança e higiene operacional, houve a necessidade de
estabelecer normas para segurança e higiene no trabalho.
Foi desenvolvida por um grupo de organismos internacionais
de peso e por órgãos de certificação para suprir a falta de
um padrão internacional independente e certificável.
Muitas organizações estão implementando um sistema de
gestão da saúde ocupacional e segurança como parte de sua estratégia de gerenciamento
de riscos para tratar questões como a mudança de legislação e proteção de sua força de
trabalho.
Benefícios da Implementação de Sistemas de Gestão de Higiene e Segurança pela
OHSAS 18001:
Redução de Custos: a certificação pela OHSAS 18001 evidencia uma abordagem pela
minimização do risco, reduzindo os acidentes e doenças do trabalho. Assim, os tempos de
paragem e, consequentemente, os custos associados serão inferiores.
CONCEITOS
CONCEITO LEGAL (LEI 8.213/91)
“Acidente do Trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa
ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do artigo 11 desta Lei,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou perda, ou ainda
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.
Fonte: http://comsaudenopc.blogspot.com.br/
Fonte: consciencianotrabalho.blogspot.com.br/
Fonte: www.comsaudenopc.blogspot.com.br
CONCEITO PREVENCIONISTA
Acidente de trabalho é uma ocorrência não programada, inesperada ou não, que interfere ou
interrompe o processo normal de trabalho, ocasionando perda de tempo e/ou danos
materiais e/ou lesão no trabalhador.
ACIDENTE!!!
Fonte:www.pt.wikinoticia.com/
AFASTAMENTO DO TRABALHO
Fonte: consciencianotrabalho.blogspot.com.br/
Fonte: www.sindibiomg.org/
ATOS INSEGUROS:
Os atos inseguros são geralmente definidos como causas de acidentes do trabalho que
residem exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles que decorrem da execução das
tarefas de forma contrária às normas de segurança.
É falsa a ideia de que não se pode predizer nem controlar o comportamento humano. Na
verdade, é possível analisar os fatores relacionados com a ocorrência de atos inseguros e
controlá-los.
Fonte: www.consciencianotrabalho.blogspot.com.br/
CONDIÇÕES INSEGURAS
São aquelas que, presentes no ambiente de trabalho, colocam em risco a integridade física
e/ou mental do trabalhador, devido à possibilidade de acidentar-se. Essas condições
manifestam-se como deficiências técnicas, podendo apresentar-se:
Deve-se levar em conta que, às vezes, os acidentes são provocados pela presença de
condições inseguras e atos inseguros ao mesmo tempo.
A limpeza, conservação e manutenção são muito
importantes em se tratando de máquinas,
equipamentos, bancadas e ferramentas de uso
individual. Do mesmo modo, as dependências de
uso coletivo merecem uma atenção especial no
que se refere a esse aspecto.
Muitos outros exemplos poderiam ser citados, pois
em todos os ramos de atividade na qual se deseja
realizar determinadas tarefas, em um ambiente de
tranquilidade e segurança, necessita-se de dois
fatores imprescindíveis: ordem e limpeza.
Fonte: http://equipedeobra.pini.com.br/
Incapacidade temporária
É a perda total da capacidade de trabalho por um
período limitado de tempo, nunca superior a um ano.
Ocorre nos casos em que o acidentado, depois de
algum tempo afastado do serviço, retorna as
atividades, executando suas funções normalmente
como fazia antes do acidente.
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTES
É um documento básico que está à disposição dos membros da CIPA, pois o seu
preenchimento é obrigatório por lei. A empresa deve fazer a comunicação dos acidentes ao
INSS, no prazo de 48 horas, utilizando-se do impresso específico, o CAT - Comunicação de
Acidente do Trabalho. Se ocorrer a morte do funcionário, a comunicação deve ser feita
também à autoridade policial.
RISCOS FÍSICOS
São as diversas formas de energia a que estão expostos os trabalhadores.
Os riscos ambientais provocados por agentes físicos são representados por fatores
ambientais de trabalho, como: iluminação, vibração, radiação, ruído, calor e frio, que de
acordo com as características do posto de trabalho, o tempo de exposição e a
susceptibilidade individual, podem causar danos à saúde.
Temperaturas Extremas
Calor
Os trabalhadores expostos a atividades de fundição,
siderurgia, indústrias de vidro e outras são os mais propensos
a problemas como insolação, câimbras e, em alguns casos,
problemas com o cristalino do globo ocular, mais conhecido
como catarata.
Fonte:http://sotnasclimatizacao.blogspot.com.br/
Frio
Os casos mais comuns de doenças que se destacam pela
ação do frio são as queimaduras pelo frio, gripes,
inflamações das amígdalas e da laringe, resfriados,
algumas alergias, congelamento nos pés e mãos, e
problemas circulatórios. Geralmente, essas ocorrências
predominam em empresas do ramo da industrialização de
Fonte: http://es.fotolia.com/
pescados, frigoríficos, indústria de alimentos congelados
etc.
Radiações Ionizantes
São basicamente os raios X, emitidos de equipamentos de
radiologia ou de materiais radioativos.
Podem provocar anemias, leucemia, alterações genéticas e até
outros tipos de câncer. Esses tipos de doenças podem ser
decorrentes de atividades que envolvam o uso de aparelhos
especiais e materiais radioativos, como os aparelhos de raio X.
Fonte:www.biomedicinaunipacuberlandia.com.br/
Vibrações
Presentes nos trabalhos com utilização de
instrumentos vibrantes, como marteletes,
furadeiras, lixadeiras, tratores, motosserras etc.
Os problemas físicos motivados pela vibração
aparecem, na grande maioria dos casos, após
longo tempo de exposição. Nos casos de
vibração de todo o corpo, podem aparecer
problemas renais e casos de dores fortes na
Fonte: http://www.brcbosch.com.br/
coluna.
Ruído
Ruído é todo som que causa sensação desagradável ao homem.
Certas máquinas, equipamentos ou operações produzem um ruído
agudo e constante, em níveis sonoros acima da intensidade,
conforme legislação específica.
De acordo com a duração de exposição no ambiente de trabalho,
esses níveis sonoros provocam, em princípio, a irritabilidade ou
uma sensação de ouvir o ruído mesmo estando em casa.
http://mundodosilencio.blogspot.com.br
Com o passar do tempo, a pessoa começa a falar mais alto ou perguntar constantemente
por não ter entendido. Essee é o início de uma surdez parcial que com o tempo passará a
ser total e irreversível.
Pressões Anormais
Presentes nos trabalhos submersos, caixões pneumáticos,
tubulações de ar comprimido, trabalhos submarinos. A
descompressão fora das normas e procedimentos pode causar uma
grande embolia gasosa que em geral leva à morte rapidamente ou a
um quadro mais brando, chamado “mal dos caixões”, caracterizado
por violentas dores nas articulações.
Fonte: http://sustentabilidadeevoce.blogspot.com.br
RISCOS QUÍMICOS
São as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar
no organismo. Os riscos químicos que podem causar doenças
profissionais são encontrados nas formas: gasosa, líquida e sólida
e, quando absorvidos pelo nosso organismo, produzem na grande
maioria dos casos, reações chamadas de venenosas ou tóxicas.
Digestiva.
Um agente químico, ao ser absorvido, tanto pelas vias respiratórias, cutâneas ou digestivas,
pode depositar-se em qualquer órgão do corpo humano. Alguns metais como o cobre e o
mercúrio podem fixar-se nos rins, criando uma insuficiência renal.
Outro caso é o monóxido de carbono que afeta as células do coração. Nas intoxicações por
chumbo, monóxido de carbono, arsênico e tálio, ocorrem problemas neurológicos.
Poeiras: são formadas quando um material sólido é quebrado, moído ou triturado.
Fumos: são pequenas partículas formadas quando um metal ou plástico é aquecido,
vaporizado e este vapor é resfriado rapidamente.
Névoa: são partículas líquidas obtidas no processo de spray.
Neblinas: partículas líquidas produzidas por condensação de vapores.
Fumaças: sistema de partículas combinadas com gases que se originam em combustão
incompleta.
É importante tomar cuidado com os produtos químicos que utilizamos no nosso trabalho ou
até mesmo em casa. Antes de manuseá-los, verifique o rótulo e todas as indicações de
perigo como: inflamável, tóxico, corrosivo etc. Proteja-se com EPIs adequados.
RISCOS BIOLÓGICOS
São microrganismos presentes no ambiente de trabalho, como:
bactérias, fungos, vírus, bacilos, protozoários, parasitas e outros.
Esses agentes biológicos são visíveis apenas ao microscópio,
sendo capazes de produzir doenças, deteriorações de alimentos,
mau cheiro. Apresentam muita facilidade de reprodução, além
de contarem com diversos processos de transmissão. Por isso,
são importantes a limpeza e a higiene no ambiente de trabalho.
Geralmente encontrados em hospitais, sanatórios, laboratórios,
Fonte: http://nrfacil.com.br
RISCOS ERGONÔMICOS
Os riscos ergonômicos causadores de doenças se
caracterizam por atitudes e hábitos profissionais
prejudiciais à saúde, os quais podem se refletir no
esqueleto e órgãos do corpo. A adoção desses
comportamentos no posto de trabalho pode criar
http://cursos.vibemidia.com/
deformações físicas, atitudes viciosas, modificações da
estrutura óssea etc.
A utilização de um grande número de ferramentas de forma constante e a pressão exercida
sobre algumas partes do corpo criarão diversos tipos de doenças profissionais, dentre as
quais podem ser citadas as hidrartroses e cifoses, no caso de costureiros; artrite crônica nos
membros superiores, no caso de marceneiros; escolioses, nos tecedores à mão, pintores
etc.; neoformações cartilaginosas atribuídas aos martelos pneumáticos, bem como
desenvolver a LER - Lesão por esforços Repetitivos e/ou a DORT - Doença Osteomuscular
Relacionada ao Trabalho etc.
RISCOS DE ACIDENTES
Consideram-se as condições das máquinas, equipamentos, ferramentas e arrumação do
ambiente de trabalho que possam provocar acidentes. Esses riscos são responsáveis por
uma série de lesões nos trabalhadores, como cortes, fraturas, escoriações, queimaduras
etc. As máquinas desprotegidas, pisos defeituosos ou escorregadios, os empilhamentos
precários ou fora de prumo são exemplos desses riscos.
Fonte: http://sesi.webensino.com.br
Fonte: sosnotrabalho.blogspot.com.br/
Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br/
Botas de borracha.
Perneiras de raspa de couro.
Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br/
d) PROTEÇÃO DO TRONCO
Aventais e vestimentas especiais são usados contra os mais variados agentes agressivos:
Avental de raspa de couro.
Avental de lona.
Avental de amianto.
Avental de plástico.
Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br/
Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br/
f) CINTOS DE SEGURANÇA
Não têm a finalidade de proteger esta ou aquela parte do corpo.
Destinam-se a proteger o homem que trabalha em lugares altos, prevenindo quedas.
Cinto do tipo eletricista.
Cinto do tipo paraquedista.
Acessórios: talabarte, trava quedas.
Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br/
Fonte:www.ecolabs.com/br
Fonte: www.ecolabs.com/br
Fonte: www.ecolabs.com/br
Fonte: www.ecolabs.com/br
2. MATEMÁTICA APLICADA
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9.
O conjunto dos números naturais é representado pela letra IN e escreve-se:
IN = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,...}
2.2.1 Adição
É a operação que permite determinar o número de elementos da união de dois ou mais
conjuntos:
1.004 parcelas
577
12
+ 4__
1.597 total ou soma
2.2.2 Subtração
É a operação que permite determinar a diferença entre dois números naturais:
837 minuendo
-158__ subtraendo
679 resto ou diferença
2.2.3 Multiplicação
A multiplicação é muitas vezes definida como uma adição de parcelas iguais:
Exemplo: 2 + 2 + 2 = 3 x 2 (três parcelas iguais a 2)
381 Multiplicando
x 23 Multiplicador
1143
+762
8763 Produto
Atenção:
Qualquer número natural multiplicado por zero é zero.
Exemplo: 4 x 0 = 0
2.2.4 Divisão
É a operação que permite determinar o quociente entre dois números. A divisão é a
operação inversa da multiplicação.
Exemplo:
Termos da divisão:
Atenção:
Quando o dividendo é múltiplo do divisor, dizemos que a divisão é exata.
Exemplo: 16÷ 8 = 2
Numa divisão, em números naturais, o divisor tem de ser sempre diferente de zero, isto é,
não existe divisão por zero no conjunto de números naturais (IN).
a) 4 + 577 + 12 + 1.004 =
a) 196 - 74 =
b) 937 - 89 =
c) 4.800 - 2.934 =
d) 100.302 - 97.574 =
e) 1.301.002 - 875.037 =
07) Efetue:
a) 810 ÷ 4 =
b) 408 ÷ 4 =
c) 560 ÷ 8 =
d) 12.018 ÷ 6 =
Resolução:
2.3 Frações
Número racional é todo aquele que é escrito na forma onde a e b são números inteiros e b é
diferente de zero.
A figura foi dividida em três partes iguais. Tomamos duas partes. Representamos, então,
assim:
1 - um oitavo 1 - um nono.
8 9
20 - vinte milésimos
1000
1 2
2 3
7 4_
4 3
Essas frações são maiores que o inteiro, portanto são Frações Impróprias.
Nas frações impróprias, o numerador é o maior que o denominador.
Observe:
12 ou 2 inteiros
6
3 ou 1 inteiro
3
Uma fração aparente é também imprópria, mas nem toda fração imprópria é aparente.
As frações representam o mesmo valor, porém seus termos são números diferentes.
Para obtermos uma fração equivalente a outra, basta multiplicar ou dividir o numerador e o
denominador pelo mesmo número (diferente de zero).
Exemplo:
Exemplo:
Classe de equivalência de
Extração de Inteiros
É o processo de transformação de fração imprópria em número misto.
Observe a figura:
É só dividir o numerador pelo denominador. O quociente será a parte inteira. O resto será o
numerador e conserva-se o mesmo denominador.
Transformar em fração
imprópria.
Exemplo:
Simplificar
Quando uma fração não pode mais ser simplificada, diz-se que ela é IRREDUTÍVEL ou que
está na sua forma mais simples.
Nesse caso, o numerador e o denominador são primos entre si.
Exemplo:
Reduzir as frações ao menor denominador comum:
Solução:
1º - m.m.c. (2, 4, 6) = 12 é o denominador.
3º Números Mistos.
Atenção:
Nas operações com frações, é conveniente simplificar e extrair os inteiros do resultado
sempre que possível.
Exemplo:
Exercícios:
01) Numere a 2a coluna de acordo com a fração equivalente na 1a:
Resolução:
06) Resolva:
Resolução:
07) Calcule:
b) Um vendedor tinha 4.850 parafusos e vendeu deles. Ele quer colocar o restante,
deixei fora das caixas. Pergunta-se: que parte de ferramentas ficou fora das caixas?
As frações decimais podem ser representadas através de uma notação decimal que é mais
conhecida por “número decimal”.
Exemplos:
Em um número decimal:
Os algarismos escritos à esquerda da vírgula constituem a parte inteira.
Os algarismos que ficam à direita da vírgula constituem a parte decimal.
Exemplo:
Parte inteira Parte decimal
Lê-se doze inteiros e sessenta e três centésimos.
Observações:
1- O número decimal não muda de valor se acrescentarmos ou suprimirmos zeros à direita
do último algarismo.
Exemplo: 0,5 = 0,50 = 0,500
2- Todo número natural pode ser escrito na forma de número decimal, colocando-se a
vírgula após o último algarismo e zero (s) a sua direita.
Exemplo: 34 = 34,000 1512 = 1512,00
Observações:
Costuma-se completar as ordens decimais com zeros à direita do último algarismo.
Exemplos:
No caso de adição de três ou mais parcelas, procede-se da mesma forma que na de duas
parcelas.
Exemplos:
2.4.4 Multiplicação
Para multiplicar números decimais, procede-se da seguinte forma:
1º Multiplicam-se os números decimais, como se fossem naturais;
2º No produto, coloca-se a vírgula contando-se da direita para a esquerda, um número de
ordens decimais igual à soma das ordens decimais dos fatores.
Exemplo:
Para multiplicar um número decimal por 10, 100, 1000 ..., desloca-se a vírgula para a direita
tantas ordens quantos forem os zeros do multiplicador.
Exemplos:
a) 2,35 x 10 = 23,5
b) 43,1 x 100 = 4310
c) 0,3145 x 1000 = 314,5
Para se multiplicar três ou mais fatores, multiplicam-se os dois primeiros; o resultado obtido
multiplica-se pelo terceiro e assim por diante até o último fator.
2.4.5 Divisão
Para efetuarmos a divisão entre números decimais procedemos do seguinte modo:
1) igualamos o número de casas decimais do dividendo e do divisor acrescentando zeros;
2) eliminamos as vírgulas;
3) efetuamos a divisão entre os números naturais obtidos.
Atenção:
Se a divisão não for exata, para continua-la colocamos um zero à direita do novo dividendo
e acrescenta-se uma vírgula no quociente.
Para dividir um número decimal por 10, 100 ou 1000 ..., desloca-se a vírgula no
dividendo para a esquerda tantas ordens quantos forem os zeros do divisor.
Exemplos:
a) Dividir 47,235 por 10, basta deslocar a vírgula uma ordem para esquerda.
47,235 . 10 = 4,7235
b) Dividir 58,4 por 100, basta deslocar a vírgula duas ordens para a esquerda.
Quando a divisão de dois números decimais não é exata, o resto é da mesma ordem
decimal do dividendo original.
Exercícios:
a) 0,8 + 6,24 =
b) 2,9 + 4 + 5,432 =
c) 6 + 0,68 + 1,53 =
d) 19,2 + 2,68 + 3,062 =
a) 36,45 - 1,2 =
b) 4,8 - 1,49 =
c) 9 - 2,685 =
d) 76,3 - 2,546 =
a) 650,25 x 3,8 =
b) 48 ÷ 2,4 =
c) 0,60 ÷ 0,12 =
d) 6,433 + 2 + 1,6=
e) 9 – 2,5=
04) Calcule:
a) 0,0789 x 100 =
b) 0,71 ÷ 10 =
c) 0,6 ÷ 100 =
d) 8,9741 x 1000 =
Resolução:
3. METROLOGIA DIMENSIONAL
Quilômetro km 10 3 = 1 000 m
Hectômetro hm 10 2 = 100 m
Decâmetro dam 10 1 = 10 m
Metro M 1 = 1m
Decímetro Dm 10 -1 = 0,1 m
Centímetro Cm 10 -2 = 0,01 m
Milímetro mm 10 -3 = 0,001 m
12 ,7
128 1"
25 ,4 0 ,5 128 64 "
12 ,7 mm ou 2
128 128 128
2
64 32 16 8 4 2 1"
128 2 64 32 16 8 4 2
DICA
Você deve dividir o valor em milímetro por 25,4 e multiplicar por 128. O resultado resultará
em uma fração que deve ser simplificada, caso necessário.
Há uma constante que pode ser utilizada, simplificando a fórmula. Ou seja, você deve
multiplicar o valor em milímetro por 5,04.
Exemplo: 3,175 mm
DICA
Sempre que o resultado da multiplicação não der um valor inteiro, deve-se
arredondar para o valor mais próximo.
3.5 Paquímetro
O paquímetro é o instrumento mais utilizado na Mecânica pelo fato de executar medições
lineares externas, internas e profundidades da peça.
Contém uma escala auxiliar chamada de nônio ou vernier, que permite a leitura de frações
da menor divisão da escala fixa.
Há diferentes tipos de paquímetros que se distinguem pela resolução, dimensões e forma
dos bicos.
O material empregado na construção de paquímetros é o aço, com coeficiente de dilatação
linear alfa = 11.5 mícrons/m.K.
Fonte: Senai SC
Fonte: SENAI/SC
Fonte: http://www.starrett.com.br/
Fonte: http://www.dojapao.com.br/produto.php?prodId=577
http://www.martinsperes.com.br
Fonte: http://mlb-s1-p.mlstatic.com/
Capacidade 0 a 2000mm
http://www.digimess.com.br
http://www.dojapao.com.br/fotos/922-48.jpg
http://www.pacontrol.com.br
http://www.starrett.com.br/
Empregado para medir peças cônicas ou peças com rebaixos de diâmetros diferentes.
Serve para medir a profundidade de furos não vazados, rasgos, rebaixos, etc. Esse tipo de
paquímetro pode apresentar haste simples ou haste com gancho.
3.7.1 Paralaxe
Dependendo do ângulo de visão do operador, pode ocorrer o erro por paralaxe, pois devido
a esse ângulo, aparentemente há coincidência entre um traço da escala fixa com outro da
móvel.
O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas de construção, normalmente tem uma
espessura mínima (a), e é posicionado sobre a escala principal. Assim, os traços do nônio
(TN) são mais elevados que os traços da escala fixa (TM).
Colocando o instrumento em posição não perpendicular à vista e estando sobrepostos os
traços TN e TM, cada um dos olhos projeta o traço TN em posição oposta, o que ocasiona
um erro de leitura.
Para não cometer o erro de paralaxe, é aconselhável que se faça a leitura situando o
paquímetro em uma posição perpendicular aos olhos.
ERRADO
CERTO
ERRADO
Para se deslocar com facilidade sobre a régua, o cursor deve estar bem regulado: nem
muito preso, nem muito solto. O operador deve, portanto, regular a mola, adaptando o
instrumento à sua mão. Caso exista uma folga anormal, os parafusos de regulagem da mola
devem ser ajustados, girando-os até encostar no fundo e, em seguida, retornando,
aproximadamente, 1/8 de volta.
Após esse ajuste, o movimento do cursor deve ser suave, porém sem folga.
É preciso, ainda:
Evitar choques.
Não deixar que o paquímetro entre em contato com outras
ferramentas.
Manter o paquímetro limpo e guardar em local apropriado após sua
utilização.
Resolução = 1 mm = 20 divisões
0,05 mm Fonte: Stefanelli ([200-?]).
Nota: isso significa que este instrumento varia sua medida em valores de 0,05 mm.
Resolução = 1 mm = 0,02 mm
50 divisões
Nota: isso significa que este instrumento varia sua medida em valores de 0,02 mm.
EXEMPLOS DE LEITURA:
Escala em milímetro e nônio com 10 divisões
3.11
Assim sendo, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o traço zero do nônio coincida
com o primeiro traço da escala fixa, a leitura da medida será 1/16”, no segundo traço 1/8”,
no décimo traço, 5/8”.
Nota: isso significa que na escala em polegada fracionária, os valores do nônio se dividem
em 1/128”.
Assim sendo, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o primeiro traço do nônio
coincida com a escala fixa, a leitura da medida será 1/128”, o segundo traço 1/64”, o terceiro
traço 3/128”, o quarto traço 1/32” e assim, sucessivamente.
Multiplica-se o número de traços da escala fixa ultrapassados pelo zero do nônio, pelo
último algarismo do denominador da concordância do nônio. O resultado da multiplicação
soma-se com o numerador, repetindo-se o denominador da concordância.
Observação:
Verificando o entendimento:
Escreva a medida nas linhas pontilhadas:
a)
Leitura = ........................................mm
b)
Leitura = ........................................mm
c)
Leitura = ..................... mm
a) Leitura:
________________mm b) Leitura: _____________mm
Processo de execução
1º Passo - POSICIONE O PADRÃO.
a - Observe o número do padrão.
b - Apoie o padrão sobre a mesa, com a face numerada para baixo, ao lado esquerda da
folha de tarefa.
Observação.
c – Feche o paquímetro suavemente, até que o encosto móvel toque a outra extremidade do
diâmetro.
d - Exerça uma pressão suficiente para manter a peça ligeiramente presa entre os encostos.
e - Posicione os encostos do paquímetro na peça, de maneira que estejam no plano de
medição.
f - Utilize a mão esquerda, para melhor sentir o piano de medição.
g - Faça a leitura da medida.
h - Abra o paquímetro e retire-o da peça, sem que os encostos a toquem.
I - Registre a medida feita na folha de tarefa, no local indicado, de acordo com o número
padrão.
4. MICRÔMETRO
Partes de um Micrômetro
Fonte: Scaramboni et al. (2003, p. 65).
http://www.starrett.com.br
Fonte: http://www.fg.com.br
Exemplos:
a)
Verificando o entendimento
Faça a leitura e escreva a medida na linha
a)
Leiura...................................
Exemplos:
a)
b)
Verificando o entendimento
Faça a leitura e escreva a medida na linha.
a) Leitura: ............................................
b) Leitura: ___________________
Exercícios
É importante que você aprenda a medir com o micrômetro. Para isso, leia as medidas
indicadas nas figuras. Abaixo as respostas corretas são apresentadas no gabarito.
c)
Leitura: ............................................
a)
b)
Leitura: ............................................
5. DESENHO TÉCNICO
Sistemas de Projeção.
O sistema de projeções cilíndricas pode ser visto na prática nos raios solares, pois os raios
de luz partem de uma longa distância tornando-se praticamente paralelos. E a direção dos
raios é determinada pela posição em que observamos o Sol da Terra. O sistema cilíndrico
ortogonal acontece no momento que o Sol está a “pino”, ou seja, quando o relógio marcar
meio-dia.
Sombras provocadas pela luz solar em uma hora qualquer e ao meio dia, exemplos de
projeção cilíndrica e cilíndrica ortogonal.
Para compreender como obter vistas projetadas de um objeto vamos considerar por
enquanto apenas projeções obtidas com sequência direta, assim, o objeto estará sempre
entre o observador e o plano, por isso, considere nas figuras a seguir que o observador olha
no sentido da seta, assim, as faces que o observador vê estão destacadas.
No plano de projeção deverão aparecer desenhadas em linha contínua larga todas as
arestas que o observador realmente vê, e em linha tracejada larga aquelas arestas que
existem no objeto, mas o observador não vê diretamente. Para completar, eixos de simetria
e centro de curvas são representados com linha traço ponto estreita. Os diferentes tipos e
espessuras de linha para cada aplicação são dados pela NBR8403.
1ª vista do objeto
Obtenção da 1ª vista de um objeto
Para as superfícies inclinadas em relação ao plano de projeção não haverá nenhuma
indicação de inclinação. Observe também que as superfícies curvas dependendo da direção
em que se observa podem aparecer apenas como um plano. Nas Figuras abaixo os seus
limites são considerados como arestas. Daí a importância de se marcar as linhas de eixo.
2ª vista do objeto
3ª vista do objeto.
Para isto o espaço é dividido em 4 (quatro) partes chamadas diedros pela intercessão de
dois planos perpendiculares que servirão como planos de projeção, os planos são
denominados horizontal e vertical e o espaço deve ser.
De acordo com o sistema projetivo apresentado podemos considerar o objeto a ser
projetado em qualquer diedro, porém, no desenho técnico são considerados apenas o 1º
ou o 3º diedro. O 1º diedro é usado no Brasil e originalmente adotado na Alemanha, o 3º
diedro é utilizado pelos ingleses e americanos.
No desenho técnico é possível representar até 6 vistas principais (ortogonais) de um objeto,
porém a NBR 10067 recomenda que seja utilizado o menor número possível de vistas, o
mais comum é que sejam adotadas 3 (três) vistas principais. De acordo com o sistema
apresentado, temos apenas dois planos de projeção. Para representar uma terceira vista
vamos considerar um plano de projeções lateral.
A face que representar melhor o objeto deverá ser projetada no plano vertical que está
atrás do objeto e será denominada vista frontal (F), os demais nomes serão dados a partir
da escolha da frontal, no exemplo, temos a vista superior (S) projetada no plano horizontal
que está abaixo do objeto e a vista lateral direita (LD) projetada no plano lateral esquerdo.
Todas mantendo a sequência direta de projeção.
Como o desenho técnico é feito em uma folha de papel, será necessário que todas estas
vistas estejam em um mesmo plano, assim, a NBR 10067 recomenda que a planificação
seja feita levando em consideração os conceitos da geometria descritiva de Gaspard.
esquerda, fazendo com que a vista lateral direita fique a esquerda da vista frontal,
conforme as abaixo.
Para exemplificar vamos considerar a peça da figura abaixo e vamos considerar 3 planos
ortogonais e obter 3 vistas.
Antes de planificar as vistas projetadas devemos definir qual é a vista frontal, a NBR10067
recomenda que esta seja a vista que melhor representa o objeto, geralmente esta vista
representa a peça na sua posição de utilização. Como a peça da Figura abaixo é um modelo
didático vamos exemplificar primeiro escolhendo uma delas para ser a frontal depois iremos
comparar escolhendo uma vista diferente.
Para a figura que se segue, foi adotada como vista frontal a indicada pela seta. A vista
frontal deve ser projetada no plano vertical de projeções, assim, temos que os planos
vertical, horizontal e lateral ficam sendo os indicados por PV PH e PL respectivamente.
Procedendo a planificação obtemos as três vistas nas posições indicadas
PL
PV
PH
Para a figura abaixo, foi adotada como vista frontal uma vista diferente daquela da figura
anterior. Temos que os planos vertical, horizontal e lateral passam a ser indicados por PV
PH e PL respectivamente. Procedendo a planificação obtemos as três vistas nas posições
indicadas
PV
PL
PH
A face que representar melhor o objeto deverá ser projetada no plano vertical que está na
frente do objeto e será denominada vista frontal (F), assim como para o 1º diedro os
demais nomes serão dados a partir da escolha da frontal, no exemplo abaixo, temos a vista
superior (S) projetada no plano horizontal que está acima do objeto e a vista lateral direita
(LD) projetada no plano lateral direito. Todas mantendo a sequência indireta de projeção.
Assim como no 1º diedro os planos de projeção serão rebatidos sobre o plano de projeções
vertical, sendo que aqui estaremos “abrindo os planos para frente”. Observe que o plano
horizontal gira para cima fazendo com que a vista superior contida nele fique acima da
vista frontal e o plano lateral direito gira para direita, fazendo com que a vista lateral direita
fique a direita da vista frontal, conforme figura abaixo.
PH
PV
PL
Para a figura acima, foi adotada como vista frontal a mesma da figura anterior. Como
estamos considerando 3º diedro os planos vertical, horizontal e lateral ficam conforme
indicados por PV PH e PL respectivamente. Compare as posições das vistas com a figura
do 1º diedro.
Para o 1º diedro, estamos com sequência direta de projeção, então cada vista será
projetada no plano atrás do objeto em relação ao lado que se observa e sua planificação se
dá conforme a figura anterior. Para o 3º diedro, estamos com sequência indireta de
projeção, então cada vista será projetada no plano que está entre o observador e o objeto
e sua planificação se dá conforme a figura que se segue.
LL≥2×LE
O espaçamento mínimo entre linhas paralelas (inclusive em hachuras) não deve ser menor
do que duas vezes a largura da linha mais larga, entretanto recomenda-se que esta
distância não seja menor que 0,7 mm, veja abaixo.
Emín ≥ 2LL≥ 0.7mm
Para as diversas aplicações a NBR8403 recomenda o uso de acordo com a Tabela 1.1. Se
forem usados tipos de linhas diferentes, os seus significados devem ser explicados no
respectivo desenho ou por meio de referência às normas específicas correspondentes.
X = 0,841m
Y = 1,189m
Área = 1m2
Para folhas menores, o lado maior é progressivamente dividido ao meio, ou seja, o formato
A posição da legenda deve estar dentro do quadro para desenho situada no canto inferior
direito, tanto nas folhas posicionadas horizontalmente como verticalmente, e as dimensões
tanto das margens como da legenda encontram-se nas figuras abaixo.
a) Explanação
Informações necessárias a leitura do desenho, como:
• Símbolos
• Designações
• Abreviações
• Tipos de dimensões
b) Instrução
Informações necessárias à execução do desenho. Quando são feitos vários, são feitos
próximo a cada desenho, as instruções gerais são feitas no espaço para texto, como:
• Material
• Acabamento / Superfície
• Local Execução/Montagem
• Quantitativos
c) Referência
Informações referentes a outros desenhos e/ou outros documentos.
d) Planta Situação
A planta de situação é localizada de forma que permaneça visível depois de dobrada a cópia
do desenho e inclui:
• Planta Esquemas
• Demarcação da Área de Referência
• Indicação do Norte Magnético
e) Tábua Revisão
É usada para registrar a correção alteração e/ou acréscimo feito no desenho depois dele ter
sido aprovado pela primeira vez (exemplo na figura abaixo) e contém o seguinte:
• Designação da Revisão
• Local da Modificação
• Especificação da Revisão
• Autor da Revisão
• Datas
• Vistos
5.3.7 Legenda
A legenda é usada para informação, indicação e identificação do desenho e pode conter as
seguintes informações:
• Designação da firma.
• Projetista, desenhista ou responsável.
• Local, data e assinatura.
• Nome e localização do projeto.
• Conteúdo do desenho.
5.3.8 Dobramento
As folhas de desenho que apresentem formato A0, A1, A2 e A3 podem ser dobradas para o
devido arquivamento. A NBR 13124 fixa as normas de dobra de forma que a folha dobrada
fique com:
• As mesmas dimensões da folha A4.
• Legenda visível.
• Margem esquerda livre para ser perfurada para arquivamento.
O dobramento deve ser feito a partir do lado direito, em dobras verticais, de acordo com as
medidas indicadas nas figuras a seguir, quando as cópias de desenhos formato A0, A1 e A2
tiverem de ser perfuradas para arquivamento, deve ser dobrado para trás o canto superior
esquerdo.
Para formatos maiores que A0 e especiais deve-se dobrar de forma que ao final esteja no
padrão do formato A4.
L = largura
A = altura
P = profundidade
D = distância entre as vistas
também, devem manter a mesma unidade de medida, não podendo alterar, mesmo que em
detalhe ampliado.
Linha de cota
É a linha na qual é colocado o valor da peça. Deve ser fina para que não contraste com as
linhas de contorno do desenho.
Preferencialmente, as linhas de cota e auxiliares não se cruzam, caso ocorra, não devem
ser interrompidas no cruzamento.
O valor de dimensionamento da cota deve ser colocado no centro.
Cota
É representada pelos valores numéricos da peça. Esses valores devem estar localizados na
linha de cota, sempre acima e posicionados no centro. É importante, também, que estejam
localizados na vista que melhor indique o objeto dimensionado, e este deve sempre que
possível estar fora do desenho. Há autores que defendem a colocação de algumas cotas
dentro da peça, desde que traga mais clareza do objeto cotado.
Quando cotada no interior da peça, e esta estiver hachurada, representando um corte, a
hachura deverá ser interrompida no local da cota.
A hachura não deve ser utilizada como linha de cota, linha de contorno e linha de centro.
Deve-se evitar, também, a cotagem em linhas não visíveis.
Cotagem de Ângulos
5.6 Escalas
Os objetos possuem tamanhos diferenciados e para desenhá-los dentro dos formatos
padrão é necessário reduzi-los ou ampliá-los conforme a conveniência. Os desenhos devem
estar dispostos de maneira que não pareçam muito pequenos, dificultando o entendimento,
e nem muito grandes, se não houver muitos detalhes. Para alcançar o tamanho ideal,
utilizam-se as escalas, que podem ser de diversos tipos. Veja: escala natural, escala de
ampliação e escala de redução representadas por dois números separados por dois pontos
(ex.: 1:1 escala natural).
5.8 Perspectiva
Esta seção destaca a perspectiva isométrica.
A peça é desenhada de tal forma que mostra três de suas faces: frontal, superior e lateral
esquerda.
A base de uma perspectiva isométrica são três linhas, sendo duas inclinadas a 30° e outra
perpendicular ao vértice das outras duas. Deve-se marcar nessas três linhas a medida do
comprimento, a largura e a altura; e, em seguida, traçar linhas paralelas nesses pontos.
Além disso, execute os seguintes procedimentos:
Crie três eixos, sendo dois a 30° e um perpendicular aos vértices;
Marque nos três eixos as medidas de comprimento, largura e altura;
Para dar forma à peça, construa linhas paralelas aos três eixos iniciais;
É importante o uso de esquadros de 30° e 45°, régua T, ou régua normal 30 cm.
Eixos Isométricos
Ajuste incerto – pode ocorrer uma folga ou uma interferência, ou seja, os campos
de tolerância do furo e eixo se sobrepõem parcialmente ou totalmente.
Sistema de ajuste furo/base – sistema no qual as folgas ou interferências exigidas
são obtidas pela associação de eixos de várias classes de tolerâncias, com furos de
uma única classe.
Sistema de ajuste eixo/base – sistema no qual as folgas ou interferências exigidas
são obtidas pela associação de furos de várias classes de tolerâncias com eixos de
uma única classe.
Uma dimensão com tolerância deve ser designada pela dimensão nominal seguida pela
designação da classe de tolerância exigida ou os afastamentos em valores numéricos.
100 g6 ou 100 – 0,012 – 0,034
Para distinguir furos de eixos, usa-se letras maiúsculas para furos e minúsculas para eixo.
50 H7 (furo) 100 g6 (eixo)
Para eixos com ajustes de “a” até “h” os afastamentos são inferiores. De “j” até “zc”,
superiores.
Para furos, os afastamentos são iguais aos valores negativos dos tabelados.
Para furos com ajustes de “A” até “H” os afastamentos da tabela são inferiores. De “J” até
“ZC”, superiores.
Conheça a seguir, por meio das tabelas, os valores numéricos referentes a sistema de
ajustes e tolerância.
6. MATERIAIS FERROSOS
Por causa disso e do menor custo de processamento, está substituindo alguns tipos de
aços e os ferros fundidos maleáveis na maioria de suas aplicações. Mancais, virabrequins,
cubos de roda, caixas de diferencial, peças de sistema de transmissão de automóveis,
caminhões e tratores são produtos fabricados com o ferro fundido nodular. Essas
informações estão reunidas no quadro a seguir:
Tipo de ferro
fundido Propriedades Produtos
Os produtos de ferro fundido, assim como os de aço, e de qualquer outro tipo de material
são normalizados, ou seja, seguem as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas). Nos catálogos, esses produtos são apresentados de acordo com designações
ou especificações dessas normas. É um assunto tão importante que você vai estudá-lo em
uma outra aula.
Você deve se lembrar, também, que as propriedades dos ferros fundidos em particular e de
outros metais, em geral, são melhoradas não só com a adição de elementos de liga, mas
também por meio de tratamento térmico, ou seja, um tratamento em que o metal é
aquecido e resfriado sob condições controladas. Esse tipo de tratamento interfere na
estrutura do material.
Pode ser trabalhado com Pode ser curvado Pode ser dobrado
ferramenta de corte
Exemplo: Um aço com 0,50% é mais resistente que um aço com 0,20% de carbono.
Além disso, os aços com porcentagem acima de 0,35% de carbono podem ser endurecidos
por um processo de aquecimento e resfriamento rápido denominado têmpera. A
porcentagem aproximada de carbono de um aço pode ser reconhecida na prática pelas
fagulhas que desprendem ao ser esmerilhado.
Principais Designações:
Designação Porcentagem de carbono
Aço 1006 0,08% C
1010 0,08% a 0,13% C
1020 0,18% a 0,23% C
1030 0,28% a 0,34% C
1040 0,37% a 0,44% C
1050 0,48% a 0,55% C
1060 0,55% a 0,65% C
Segundo a ABNT, os dois primeiros algarismos designam a classe do aço. Os dois últimos
algarismos designam a média do teor de carbono empregado.
Então, o aço 1020, é um aço ao carbono cuja porcentagem de carbono varia entre 0,18% a
0,23%.
Quando se necessita de barras com formas e medidas precisas recorre-se aos aços
trefilados, que são barras que após laminadas passam por um processo de acabamento
denominado trefilação.
6.1.7 Chapas
São laminados planos, encontradas no comércio nos seguintes tipos:
Chapas pretas - sem acabamento após a laminação, sendo muito utilizadas nas
indústrias.
Chapas galvanizadas - recebem após a laminação uma fina camada de zinco. São
usadas em locais sujeitos a umidade, como calhas e condutores etc.
Chapas estanhadas - também conhecidas como Folhas de Flandres ou latas. São
revestidas com uma fina camada de estanho.
São usadas principalmente na fabricação de latas de conservas devido sua resistência à
umidade e corrosão.
6.1.8 Tubos
Dois tipos de tubos são encontrados no comércio:
Fonte: http://www.tupercomercial.com.br
Com costura - Obtidos por meio de curvatura de uma chapa. Usados em tubulações de
baixa pressão, eletrodutos etc.
Fonte: http://www.guiadasiderurgia.com.br
Fonte: http://www.quimica.com.br
Sem costura - Obtidos por perfuração a quente. São usados em tubulações de alta
pressão.
Fonte: http://www.acoamazonense.com.br
Fonte: patinomundodoscarros.blogspot.com
O baixo ponto de fusão, aliado a um elevado ponto de ebulição (cerca de 2.000ºC) e a uma
grande estabilidade a qualquer temperatura, torna a fusão e a moldagem do alumínio muito
fáceis.
Fonte: blog-da-panela.blogspot.com
Fonte: www.nei.com.br
Entretanto, a resistência mecânica é baixa; no estado puro (99,99% Al), o seu valor gira em
torno de 5 a 6 kgf/mm2; no estado encruado (laminado a frio com redução de 75%) sobe
para cerca de 11,5 kgf/mm2. É muito dúctil: alongamento de 60 a 70%.
6.2.2 Cobre
Fonte: http://mlb-s1-p.mlstatic.com
Fonte: pt.dreamstime.com
O cobre forma uma série de ligas muito importantes.
6.2.3 Latão
Os latões comuns são ligas de cobre-zinco,
podendo conter zinco em teores que variam de 5 a
50% o que significa que existem inúmeros tipos de
latões.
Fonte: chaveiroaaba.com.br
Fonte: chp.com.br
consideravelmente.
Os valores das propriedades estão representadas numa larga faixa, devido à condição da
liga se recozida ou mais ou menos encruada.
6.2.4 Bronze
À medida que aumenta o teor de estanho,
aumentam a dureza e as propriedades
relacionadas com a resistência mecânica, sem
queda da ductilidade. Essas ligas podem,
geralmente, serem trabalhadas a frio, o que
melhora a dureza e os limites de resistência à
tração e escoamento, como está indicado na
Tabela, pelas faixas representativas dos valores
dessas propriedades. As propriedades são ainda
melhoradas pela adição de até 0,40% de fósforo, que Fonte: www.industriahoje.com.br
atua como desoxidante; nessas condições, os bronzes são chamados fosforosos.
• tipo 98-2 - devido a sua boa condutibilidade elétrica e melhor resistência mecânica que o
cobre, é empregado em contatos, componentes de aparelhos de telecomunicação, molas
condutoras etc.; em construção mecânica, como parafusos com cabeça recalcada a frio,
tubos flexíveis, rebites, varetas de soldagem etc.;
• tipo 95-5 - em tubos para águas ácidas de mineração, componentes para as indústrias
têxteis, químicas e de papel; molas, diafragmas, parafusos, porcas, rebites, varetas de
soldagem etc.;
Fonte:www.servdata.srv.br
• tipo 94-6 - mesmas aplicações anteriores em condições mais críticas, devido a sua maior
resistência à fadiga e ao desgaste. É produzido também nas formas de chapas, barras, fios
e tubos;
• tipo 92-8 - melhor resistência à fadiga e ao desgaste; na forma de chapas, barras, fios e
tubos. Além das aplicações da liga anterior, emprega-se em discos antifricção, devido a
suas características antifricção;
7. TORNEARIA MECÂNICA
Definição:
São ferramentas de aço rápido ou de carboneto metálico, empregadas nas operações de
torneamento, para cortar com desprendimento de cavacos.
Estas ferramentas se constituem de um corpo de aço rápido com uma das extremidades
afiada convenientemente ou de um corpo de aço ao carbono preparado para receber o
elemento a ser afiado.
a- Desbastar;
b- Facear;
c- Tornear interno; d- Sangrar; e- Roscar; f- De forma.
determinadas. Entre inúmeros tornos usados nas indústrias podem ser citados: torno
universal, vertical, copiador, revólver, automático, semiautomático de cava, comando
numérico etc.
Fonte: www.vitorbuono.com.br
Torno CNC
Fonte: www.cncmachine-tool.com.br
Torno Revólver
Fonte: www.ruapiratininga.com.br
Torno Vertical
Fonte: www.addn.com.br
Fonte: www.b2babimaq.com.br
Torno de Placa
Torno Copiador
Fonte: www.maquinaslampe.com.br
a) Bancada;
b) Cabeçote motriz ou fixo;
c) Placa;
d) Carro;
e) Cabeçote móvel;
f) Motor;
g) Polia;
h) Correias;
i) Caixa de mudança das velocidades de avanço;
j) Alavanca de mudança das velocidades de avanço;
k) Alavanca de inversão do movimento de avanço;
l) Engrenagens de ligação entre eixo arvore e caixa de mudança;
m) Alavanca de mudança de velocidade do eixo arvore;
n) Fuso;
o) Alavanca da porca do fuso;
p) Vara;
q) Porta-ferramentas;
r) Carro superior;
s) Carro transversal;
t) Carro inferior;
u) Volante para deslocamento longitudinal do carro;
v) Vara de transmissão do motor;
w) Contra ponta;
x) Volante do avanço da contra ponta;
y) Alavanca da embreagem, fricção e freio;
z) Suporte para ajustar complemento do trem de engrenagens;
Carro principal – é o conjunto formado por avental, mesa, carro transversal, carro superior
e porta-ferramenta. O avanço deste carro pode ser manual, que é feito por um movimento
circular no volante e em sua outra extremidade é engrenado em uma cremalheira que está
fixada no barramento e desloca o carro linearmente. No avanço automático o operador
engata uma alavanca, que transmite movimento de rotação do fuso ou da vara para um
sistema de engrenagem, engata na cremalheira e movimenta linearmente o carro principal.
Fonte:metalaficion.com
Porta-ferramenta – local
onde são fixados os
suportes de ferramenta
por meio de parafusos de
aperto. Existem diversos
sistemas de porta-
ferramentas, sendo os
mais comuns os tipos:
castelo, brida e troca rápida. Fonte: macec.com.br
Uma das características dos tornos é o tamanho do porta-ferramenta para garantir que a
ponta da ferramenta esteja na mesma altura do centro da placa. Esse alinhamento é
necessário para garantir uma usinagem sem danificar a ponta da ferramenta.
Cabeçote móvel – é o cabeçote que se desloca sobre o barramento, tem o seu centro na
mesma altura do centro do eixo principal. Possui várias aplicações nas operações de
torneamento, na altura ele está alinhado com o centro do cabeçote principal, no entanto
pode ser desalinhado no sentido transversal, sendo este um dos recursos utilizados para
torneamento cônico.
Fonte: dosmanmecanni.blogspot.com
Base – parte do cabeçote que está apoiado no barramento, geralmente possui um canal
transversal ao barramento e encima dessa base está apoiado o corpo do cabeçote. O canal
ou ressalto transversal tem a função de servir de guia na regulagem de alinhamento
transversal do cabeçote. A base e o corpo são fixados ao barramento por meio da ação de
uma alavanca e um eixo excêntrico.
É um dos dispositivos de
fixação mais comuns. Tem
função de fixar peças
Placa universal de três
cilíndricas ou com os lados
castanhas
múltiplos de três. A fixação
é feita por peças chamadas
castanhas.
Arrastadores
- Retos; Utilizados para fixar na peça
- Curvos; e receber o movimento do
- Especiais. pino da placa arrastadora.
Além disso, os parâmetros se inter-relacionam de tal forma que, para determinar um,
geralmente, é necessário conhecer os outros.
Embora exista uma fórmula que expressa a velocidade de corte, ela é fornecida por tabelas
que compatibilizam o tipo de operação com o tipo de material da ferramenta e o tipo de
material a ser usinado.
Tabela de Velocidade de Corte (Vc) para o torno (em metros por minuto)
Ferramentas de Carboneto
Ferramenta de Aço Rápido
Metálico
Materiais
Roscar e
Desbaste Acabamento Desbaste Acabamento
Recartilhar
1020 - 1030
Aço Carbono 25 30 10 200 300
Macio
1045 - 1050
Aço Carbono 15 20 8 120 160
Duro
1060 - 1070
Aço Carbono 12 16 6 40 60
Extra duro
Ferro Fundido
20 25 8 70 85
Maleável
Ferro Fundido
15 20 8 65 95
Cinzento
Ferro Fundido
10 15 6 30 50
Duro
Bronze 30 40 10 a 25 300 380
Latão e
40 50 10 a 25 350 400
Bronze
Alumínio 60 90 15 a 35 500 700
Fibra e
25 40 10 a 20 120 150
Ebonite
A velocidade de corte incorreta pode ser maior ou menor que a ideal. Quando isso acontece,
alguns problemas ocorrem:
Superaquecimento da ferramenta,
O corte fica sobrecarregado, gerando
que perde suas características de
travamento e posterior quebra da
dureza e tenacidade.
ferramenta, inutilizando-a e também a
Superaquecimento da peça, gerando
peça usinada.
modificação da forma e dimensões da
Problemas na máquina-ferramenta,
superfície usinada.
que perde rendimento de trabalho
Desgaste prematuro da ferramenta de
porque está sendo subutilizada.
corte.
Assim, uma vez estabelecida a velocidade de corte, o operador deve compatibilizá-la com o
avanço da ferramenta ou da peça. O avanço nada mais é que a velocidade de
deslocamento de uma em relação à outra a cada rotação do eixo da máquina (mm/rot.).
Esses valores são tabelados, publicados em catálogos dos fabricantes das ferramentas.
Eles estão relacionados com material a ser usinado, a ferramenta e a operação de
usinagem.
O fundamental para a usinagem, é que a ferramenta cortante seja mais dura do que o
material usinado. Assim, usando a ferramenta de corte correta e os parâmetros adequados,
não há como errar. Além disso, é necessário que o cavaco se desprenda de maneira que a
superfície apresente as características de acabamento e exatidão de medidas adequadas à
finalidade da peça. Utilize a tabela abaixo para consultar valores de avanços ideais no
processo de torneamento:
1) Calcular o número de rotações que deve ser usado no torno mecânico para tornear uma
peça de aço SAE 1070 com diâmetro de 27mm, usando uma ferramenta de desbastar,
de aço rápido.
2) Determine na tabela o avanço de corte para sangrar uma peça de ferro fundido maleável
com diâmetro de 30mm, e para desbaste de uma peça de bronze com diâmetro de
108mm.
3) Calcule as RPM (rotações por minuto) para tornear uma peça de aço 1050, com pastilha
de metal duro, com diâmetro de 25mm e a operação é desbaste.
4) Calcule as RPM (rotações por minuto) para tornear uma peça de fibra e ebonite com
55mm de diâmetro, para fazer a operação de acabamento, com ferramenta de carboneto
metálico.
5) Calcule as RPM(rotações por minuto) para tornear uma peça de latão e bronze com
82mm de diâmetro, para fazer a operação de acabamento, com ferramenta de carboneto
metálico.
6) Calcule as RPM (rotações por minuto) para tornear uma peça de ferro fundido cinzento,
com pastilha de metal duro, com diâmetro de 35mm e a operação é desbaste.
7) Qual rotação deve utilizar no torno para uma operação de recartilhar, com um material
de ferro fundido duro de 16mm de diâmetro, com ferramenta de aço rápido.
8) Qual rotação deve utilizar no torno para uma operação de roscar, com um material de
alumínio de 25mm de diâmetro, com ferramenta de aço rápido.
9) Calcule as RPM (rotações por minuto) para tornear uma peça de aço 1020, com pastilha
de metal duro, com diâmetro de 90mm e a operação é acabamento.
10) Qual o número de rotações por minuto para tornear um tarugo de aço 1060 com
diâmetro de 40mm, numa operação de acabamento, com ferramenta de aço rápido.
8. BROCAS
Ferramenta de corte utilizada para realizar furações, possui forma cilíndrica. Podem ser de
diversos tipos, como: brocas helicoidais (mais comuns), brocas ocas (para trepanação),
brocas chatas e brocas canhão etc. A operação de furação é considerada uma operação de
desbaste e se realiza sobre condições relativamente severas de usinagem, em função de ter
uma variação na sua velocidade de corte, que varia de zero no centro até a máxima em sua
parte mais externa (periferia) e também pela dificuldade de refrigeração e retirada do
cavaco.
8.1 Tipos:
8.1.1 Broca helicoidal
É a broca mais utilizada nos processos de fabricação, caracteriza-se pelos canais
helicoidais que têm a função de permitir a saída de cavaco, a passagem de fluido e formar
parte da geometria de corte da broca.
Tipos:
Os tipos mais comuns de brocas são:
Brocas Denominação Informações Técnicas
É o tipo mais usual de broca
de centrar. Ela produz furos
com escareamento plano de
60º. A broca piloto abre uma
Forma “A” área de folga responsável
por acomodar a terminação
da ponta rotativa.
O chanfro externo de
120ºprotege o ângulo interno
de 60º (superfície de contato
com a ponta rotativa) contra
Forma “B” risco de quebra e
deformação. A área de folga
resultante do chanfro
protetivo facilita o
posicionamento das peças
entre centros em tornos com
carregamento automático.
O escareamento com raio do
furo de centro é mais robusto
que o escareamento típico a
60º. O raio atua como um
Forma “R” chanfro protetor da entrada
do furo, prevenindo quebras
e facilitando o
posicionamento das peças
em tornos com carregamento
automático.
9. MACHOS DE ROSCAR
9.1 Definição:
São ferramentas de corte construídas de aço especial, com rosca similar a um parafuso,
com três ou quatro ranhuras longitudinais. Um dos seus extremos termina com uma espiga
de forma quadrada. Estes machos geralmente se fabricam em jogos de três: dois são com
ponta cônica e um totalmente cilíndrico.
Os jogos de machos de roscas para tubos geralmente são de dois machos para roscas
paralelas e de um macho para rosca cônica.
A conicidade do macho 1 é mais acentuada que o número 2, a fim de facilitar o início da
rosca e a introdução progressiva dos três machos. Os machos são utilizados para abrir
roscas internas.
9.2 Características:
Os machos se caracterizam por:
1- Sistema de rosca.
2- Sua aplicação.
3- Passo ou número de
fios por polegada.
4- Diâmetro externo.
5- Diâmetro da espiga.
6- Sentido da rosca.
Diâmetro da espiga: Esta característica indica se o macho serve ou não para roscar
furos mais compridos que sua parte roscada, pois existem machos que tem o
diâmetro da espiga igual o maior que o diâmetro da parte roscada e machos com a
espiga de diâmetro menor que a parte roscada.
Sentido da rosca: Refere-se ao sentido da rosca: se é direita ou esquerda.
Seleção dos machos, brocas e lubrificantes ou refrigerantes: Para roscar com
machos, é muito importante saber selecionar os machos e a broca com a qual se
deve fazer a furação para roscar, assim como o tipo de lubrificante ou refrigerante
que se usará durante o roscado.
10. DESANDADORES
10.1 Definição:
São utensílios manuais, geralmente de aço ao carbono, formados por um corpo central, com
um alojamento de forma quadrada ou circular, onde são fixados machos, alargadores e
cossinetes. O desandador funciona como uma alavanca, que possibilita imprimir o
movimento de rotação necessário à ação da ferramenta.
10.2 Tipos:
10.2.1 Desandador fixo em T:
Possui um corpo comprido, que serve como prolongador para passar machos ou
alargadores, em lugares profundos e de difícil acesso para desandadores comuns.
10.2.5 Classificação:
Os tamanhos dos desandadores para machos ou alargadores. São classificados por
número:
Nº 1 = 215mm
Nº 2 = 285mm
Nº 3 = 400mm
O tamanho dos desandadores para cossinetes é encontrado por número ou pelo diâmetro
do cossinete.
Número do Diâmetro do Tamanho (mm)
Desandador Cossinete
(mm)
Nº 1 20 195
Nº 2 25 235
Nº 3 38 330
11. COSSINETES
Para a realização das roscas externas é utilizada uma ferramenta manual chamada de
cossinete ou tarraxa. Confeccionada normalmente em aço rápido, possui em sua estrutura o
perfil da rosca que se deseja executar, a tolerância da rosca e a marcação da medida da
rosca e de seu respectivo passo.
Para você conseguir desenvolver melhor roscas externas utilizando cossinetes, é necessário
criar um chanfro na ponta do material para que a ferramenta consiga ter um início de corte
facilitado, da mesma forma, a posterior peça a ser conjugada também terá a mesma
facilidade.
O cossinete com entrada helicoidal é ideal para roscar aço carbono, pois o cavaco originado
no processo geralmente é longo; assim, o cossinete desloca o cavaco da região de corte,
evitando o engripamento por acúmulo de material nos canais periféricos.
O cossinete sem entrada helicoidal é usado para roscar materiais que originam cavacos
curtos e quebradiços, a exemplo do latão.
A execução de rosca externa com cossinete redondo, seja aberto ou fechado, pode ser
realizada por meio de desandador próprio, normalizado pela NBR 6421, manualmente ou
com auxílio de torno mecânico. Em caso específico, o cossinete pode ser fixado diretamente
na placa universal de três castanhas do torno mecânico.
12. RECARTILHAR
Atenção!
Nesta operação é necessário verificar: velocidade periférica, passo do rolete e refrigeração
em tabela apropriada, para melhor acabamento e aparência do recartilhado. Pode tomar
como base os dados: Velocidade Periférica, 6m/min (Materiais duros), 8 a 10m/min
(Materiais moles). Avanço, 1/5 do passo do rolete.
O diâmetro usinado deve ficar ligeiramente menor antes de recartilhar, pois o mesmo tende
a dilatar-se após a operação.
Na prática pode-se usar, para cálculo, a fórmula.
DF = D - P/2
Onde:
DF=diâmetro final.
D = diâmetro inicial.
P = Passo.
Ex.: Deseja-se recartilhar uma peça de 40 mm de diâmetro com uma recartilha com 1mm
de passo.
Uma das operações mais comuns que o torneiro deve realizar é o torneamento cônico.
Quando é necessário tornear peças cônicas, uma das técnicas utilizadas é a inclinação do
carro superior do torno. Para que isso seja feito, é preciso calcular o ângulo de inclinação do
carro. E esse dado, muitas vezes, não é fornecido no desenho da peça. Vamos fazer de
conta, então, que você precisa tornear uma peça desse tipo, parecida com a figura abaixo.
A primeira coisa que você tem de fazer, quando recebe uma tarefa como essa, é analisar o
desenho e visualizar o triângulo retângulo. É através da relação entre os lados e ângulos
que você encontrará a medida que procura. Vamos ver, então, onde poderia estar o
triângulo retângulo no desenho da peça que você recebeu.
Fórmulas:
Convenções:
a = Ângulo de inclinação do carro superior (ângulo de inclinação do cone);
C= Comprimento do cone;
14. ROSCAMENTO
Regulando o sincronismo entre a rotação da placa e o avanço do carro principal por meio do
recâmbio e da caixa Norton é possível usinar roscas com ferramenta de roscamento, que
tem o perfil da rosca que será usinada.
14.1 Rosca
É a superfície composta por um ou mais perfis cuja totalidade dos pontos descreve hélices
ou espirais cônicas, coaxiais e de mesmo passo.
Todas as roscas seguem uma norma que estabelece o seu perfil e dimensionamento. Mas
as dimensões básicas para iniciar a usinagem estão representadas na figura abaixo:
Nomenclatura.
P= passo (em mm) i= ângulo da hélice
d= diâmetro externo c= crista
d1= diâmetro interno D= diâmetro do fundo da porca
d2= diâmetro do flanco D1= diâmetro do furo da porca
α= ângulo do filete h1= altura do filete da porca
f= fundo do filete h= altura do filete do parafuso
Para nosso estudo, vamos detalhar apenas dois tipos: a rosca métrica e a rosca Whitworth.
Rosca métrica ISO normal e a rosca métrica ISO fina NBR 9527.
d1 = d – 1,2268 x P
d2= D2 = d – 0,6495 x P
f= 0,045 x P
D= d + 2 x f
D1= d – 1,0825 x P
D2 = d2
he= 0,61343 x P
rre= 0,14434 x P
rri= 0,063 x P
A rosca métrica fina, num determinado comprimento, possui maior número de filetes do que
a rosca normal. Permite melhor fixação da rosca evitando afrouxamento do parafuso, em
caso de vibração de máquinas.
a= 55°
P= 1”
nº de fios
hi= he= 0,6403 x P
d= D
d1= d – 2 x he
D2= d2= d – he
A fórmula para confecção das roscas Whitworth normal e fina é a mesma. Apenas variam os
números de filetes por polegadas.
Utilizando as fórmulas anteriores, você obterá os valores para cada elemento da rosca.
= 30º = 29º
h= 0,5P+a h= 0,5P+0,254
h1=0,5P+2a-b h1=h
c= 0,366 P C= 0,3707P
f= P.0,365-0,135 f=0,3707P-0,132
d1=d-2h d1=d-2h
d2=d-0,5P d2=d- P .
2
D = d+2a D = d+0,508
D1 = d-2h+2b D1=d-P
9 2,83 1,66 d-3,32 d-1,41 0,91 1,04 0,254 1,66 d+0,508 d-2,83
8 3,175 1,84 d-3,68 d-1,587 1,04 1,17 0,254 1,84 d+0,508 d-3,175
7 3,628 2,06 d-4,12 d-1,814 1,21 1,34 0,254 2,06 d+0,508 d-3,628
6 4,233 2,36 d-4,72 d-2,116 1,43 1,56 0,254 2,36 d+0,508 d-4,233
5 5,080 2,79 d-5,58 d-2,54 1,75 1,88 0,254 2,79 d+0,508 d-5,080
4 6,350 3,42 d-6,84 d-3,175 2,22 2,55 0,254 3,42 d+0,508 d-6,350
3 8,466 4,48 d-8,96 d-4,233 3,00 3,13 0,254 4,48 d+0,508 d-8,446
2 12,70 6,60 d-13,20 d-6,35 4,57 4,70 0,254 6,60 d+0,508 d-12,7
1.1/3 19,02 9,78 d-19,56 d-9,51 6,93 7,06 0,254 9,78 d+0,508 d-19,02
1 25,4 12,95 D-25,9 d-12,70 9,28 9,41 0,254 12,95 d+0,508 d-25,4
Sendo:
P = passo
N = número de fios
d = diâmetro maior parafuso (nominal)
T = tolerância de ajuste (de acordo com a precisão exigida varia de 0,02 mm a 0,05 mm)
f = 0,125 a 0,130 mm corresponde à folga do fundo do filete
d1 = diâmetro menor do parafuso
d1= d-2he
d2 = diâmetro efetivo do parafuso
d2= d-he
L = largura do filete do parafuso
L = P/2
L1 = largura do filete da porca
L1 = L-T
D = diâmetro maior da porca
D = d+2f
D1 = diâmetro menor da porca
D1= d1+2f
he = altura do filete do parafuso
He = P/2
hi = altura do filete do parafuso
hi = (P/2)+f
São elementos de forma circular, com divisões com distâncias iguais, que as máquinas-
ferramentas possuem. São construídos com graduações de acordo com os passos dos
parafusos onde se situam. Esses parafusos comandam o movimento dos carros, ou das
mesas das máquinas.
15.2 Emprego
Permitir relacionar-se um determinado número de divisões do anel com a penetração (Pn)
necessária para se efetuar o corte.
2a. Etapa
Determine, a seguir, o avanço por divisão do anel graduado. Faça assim:
Avanço por divisão do anel (A).
3a. Etapa
Determine, finalmente, o número de divisões a avançar no anel graduado. O cálculo se faz
do seguinte modo:
Nº de divisões por avançar (X) =
OBSERVAÇÃO:
1. Calcule o número de divisões por avançar num anel graduado de 200 divisões, para se
aplainar uma barra de 20 mm para 18,5 mm. O passo do parafuso de comando é de 4 mm.
Cálculo: Penetração
Pn = E – e \ Pn = 1,5
2. Calcule quantas divisões devem ser avançadas em um anel graduado de 100 divisões, ao
se desbastar um material de 60 mm de diâmetro, para deixá-lo com 45 mm. O passo do
parafuso de comando é de 5 mm.
Cálculo:
Penetração radial:
Solução:
Convenções
Nd = número de divisões por avançar no anel graduado.
Pc = profundidade de corte.
a = avanço correspondente a uma divisão do anel graduado.
Dados a = 0,05
Pc = 2 mm Pedido: Nd
OBSERVAÇÕES
1. Deixe para fora das castanhas um comprimento maior que a
parte que será cilíndrica, que não supere em três vezes o
diâmetro.
2. O material deve estar centrado; caso contrário, mude a posição, girando-o um pouco
sobre si mesmo, até conseguir melhor centragem.
PRECAUÇÃO
Certifique-se de que o material está bem preso nas castanhas.
a) Deixe a ponta da ferramenta para fora o suficiente para que o porta ferramentas não
toque na castanha.
Fixe o porta-ferramentas de
modo que ele tenha o máximo
de apoio possível sobre o
carro.
OBSERVAÇÕES
A ponta da ferramenta deverá estar à
altura do eixo do torno. Para isso, usa-se a
contraponta do cabeçote móvel como
referência.
OBSERVAÇÃO
Consulte uma tabela de rpm.
b) Desloque a ferramenta para a direita, para que ela fique fora do material.
c) Acerte o traço zero do anel graduado pela linha de referência e faça penetrar a
ferramenta em uma determinada profundidade.
16.2 Facear
Facear é fazer no material uma superfície plana perpendicular ao
eixo do torno, mediante a ação de uma ferramenta de corte
que se desloca por meio do carro transversal.
O faceamento serve para se obter uma face de referência ou, ainda, como passo prévio à
furação.
OBSERVAÇÕES
1. Deve-se deixar para fora da placa um comprimento L, inferior
ou igual ao diâmetro do material.
2. O material deverá estar centrado; caso contrário, mude sua posição, fazendo-o girar um
pouco sobre si mesmo.
OBSERVAÇÃO
A distância A da ferramenta deverá ser a menor possível.
OBSERVAÇÕES
1. A ponta da ferramenta deve situar-se na altura do
centro do torno. Para isso, usa-se a contraponta
como referência.
5º Passo – Faceie.
a) Faça a ferramenta tocar na parte mais saliente da face
do material e tome referência no anel graduado do carro
superior.
b) Avance a ferramenta até o centro do material.
c) Faça penetrar a ferramenta aproximadamente 0,2mm.
d) Desloque lentamente a ferramenta até a periferia.
OBSERVAÇÃO
No caso de ser necessário retirar muito material na face, o
faceamento se realiza da periferia para o centro da peça, com a
ferramenta indicada na figura.
Esta operação é feita geralmente em materiais que necessitam ser trabalhados entre pontas
ou placa e na ponta, conforme as figuras abaixo. Às vezes, faz-se furo de centro como
passo prévio par se furar com broca comum.
2º Passo – Faceie.
3º Passo – Prenda a broca.
OBSERVAÇÃO
Os cones devem estar limpos.
OBSERVAÇÃO
A broca é selecionada em tabelas, de acordo com o diâmetro do material.
d) Fixe o cabeçote.
OBSERVAÇÃO
A velocidade de corte é selecionada em tabelas.
a) Acione, com movimento lento e uniforme, o volante do cabeçote, fazendo penetrar parte
da broca.
OBSERVAÇÕES
1. A broca deve estar alinhada com o eixo do material.
Caso contrário, corrija o alinhamento por meio dos
parafusos de regulagem do cabeçote.
OBSERVAÇÃO
A limpeza da broca se faz com pincel.
Aplica-se quando o material a tornear á longo, pois este, somente preso na placa universal,
se flexionaria sob a ação da ferramenta.
OBSERVAÇÃO
Os cones devem estar limpos.
3º Passo – Prenda o material.
a) Aperte suavemente o material na placa universal.
b) Aproxime a contraponta, deslocando o cabeçote móvel, e fixe-o.
OBSERVAÇÕES
1. Verificar o alinhamento da contraponta pela referência A e corrigir, se necessário.
2. O mangote deve ficar fora do cabeçote duas vezes o seu diâmetro, no máximo.
OBSERVAÇÃO
Lubrificar o furo de centro.
a) Ligue o torno.
OBSERVAÇÃO:
Determinar a rotação em tabela.
OBSERVAÇÃO
Se o diâmetro do rebaixo próximo à contraponta for maior desloca-se o cabeçote móvel no
sentido X; se for menor, no sentido Y.
OBSERVAÇÕES:
1. A peça somente deve ser retirada da placa depois de terminada, para se evitar nova
centragem.
OBSERVAÇÃO
Trocar de mão, na manivela, de modo que não se interrompa o corte.
Usar fluído de corte.
7º Passo – Verifique o ângulo do cone, quando ele estiver mais ou menos na metade do
torneado, e corrija, se necessário.
OBSERVAÇÃO
Quando a verificação se faz com calibrador, deve-se afastar a ferramenta transversalmente
e limpar o material e o calibrador.
PRECAUÇÃO
Para evitar ferir-se, afaste a ferramenta e cubra sua ponta com protetor de chumbo, couro
ou madeira.
OBSERVAÇÃO
Leve em conta o comprimento do cone.
2º Passo – Fixe o carro superior no ângulo de inclinação do cone.
3º Passo – Prenda a ferramenta de alisar interno.
OBSERVAÇÃO
Movimente a ferramenta, girando-a no sentido das flechas, para acertá-la na altura,
utilizando, para isso, o verificador.
OBSERVAÇÃO
Sendo o comprimento do cone igual ao comprimento da peça, a ferramenta deverá sair do
lado da placa aproximadamente 5mm.
Vocabulário Técnico
Carro superior: espera, carro orientável.
Goniômetro: Transferidor.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
1º Passo – Faceie.
2º Passo – Faça um furo de centro.
3º Passo – Verifique o diâmetro da broca com o paquímetro, medindo sobre as guias, sem
girá-la.
OBSERVAÇÃO
No caso de broca de mais de 12mm, às vezes é necessário fazer um furo inicial de diâmetro
um pouco maior que o da alma da broca.
OBSERVAÇÕES
1. A broca de haste cilíndrica é fixada no mandril.
2. A broca de cônica é fixada diretamente no cone do mangote ou com o auxílio de bucha de
redução.
OBSERVAÇÃO
O mangote deve ficar o máximo possível dentro de seu alojamento.
6º Passo – Inicie o furo, fazendo avançar a broca com giro do volante do cabeçote móvel,
até que comece a cortar.
OBSERVAÇÃO
Caso a broca oscile, deve-se prender um material macio no porta-ferramenta, fazendo-o
avançar, até encostar suavemente na broca, à medida que a ponta penetra na peça.
OBSERVAÇÕES
1. Retirar frequentemente a broca do furo para limpá-la com um pincel.
2. Refrigerar adequadamente.
OBSERVAÇÃO
A profundidade do furo pode ser controlada pela escala existente no mangote, ou com uma
b) Limpe o furo.
Operação
É uma operação que se realiza em material montado entre as pontas do torno, que giram
arrastadas por um arrastador.
Executa-se em peças que devem conservar os centros para fácil centragem posterior.
Observação:
Limpar as roscas e os cones.
Monte as pontas.
Observação:
Verifique a centragem e o alinhamento das
pontas. Corrija se necessário.
Observações
Lubrificar os centros.
A peça deve girar livremente, sem folga entre as
pontas.
Posicione e fixe o arrastador.
Observação
Em caso de superfícies já usinadas, usar proteção, entre o arrastador e a peça.
Precaução
Verificar se a placa e o arrastador estão bem presos, e se não batem no carro
superior.
4. Monte a ferramenta e cilindre.
Observação
Verifique o paralelismo, com parquímetro, e corrija se necessário.
Precaução
Verificar constantemente o ajuste das pontas e lubrificá-las, pois, durante o torneamento, a
peça se aquece e se dilata, razão pela qual as pontas devem ser reajustadas.
Operação
É dar forma triangular ao filete, com uma ferramenta interna de perfil adequado, conduzida
pelo carro. A relação entre os movimentos da ferramenta e do material se obtém com as
engrenagens da grade, ou da caixa de avanços.
O avanço deve ser igual ao passo da rosca por volta completa do material. O avanço de
profundidade de corte da ferramenta é inverso ao da rosca externa.
Observações
a) Quando a rosca é sem saída, deve-se fazer o
canal com ferramenta de sangrar interno.
b) Tornar referência e controlar a profundidade do
canal, com o auxílio do anel graduado do carro
transversal.
2. Posicione a ferramenta
Observação
Verificar se o corpo da ferramenta passa com folga no furo, até o canal de saída.
3. Prepare o torno.
Utilize o jogo de engrenagens da grade ou determine o posicionamento da caixa de
avanços, para obter o avanço necessário.
Determine a rotação para roscar.
4. Ligue o torno.
Tome a referência inicial com o anel graduado do carro transversal.
Avance transversalmente a ferramenta 0,3 mm
Observações
Observação
Verifique a rosca com parafuso-padrão ou calibrador passa-não-passa.
OBSERVAÇÃO
Consultar a tabela de recartilhados.
2º Passo – Monte a recartilha.
OBSERVAÇÃO
A altura (a recartilha deverá ficar na altura do eixo
da peça).
3º Passo – Recartilhe.
a) Desloque a recartilha até próximo ao extremo da parte que será recartilhada.
b) Ligue o torno.
OBSERVAÇÃO
Consultar a tabela e determinar o avanço e a rotação.
c) Avance a recartilha transversalmente, até marcar o material, e desloque-a, um pouco, no
sentido longitudinal.
OBSERVAÇÃO
Caso o recartilhado fique irregular, corrija-o, repetindo os itens a, b, c e d desta fase, até ele
ficar uniforme.
OBSERVAÇÃO
Os recartilhados cruzados devem formar pirâmides pontiagudas.
Os recartilhados paralelos formam estrias perfeitas. Os recartilhados cruzados podem ter
diferentes ângulos, conforme sua finalidade. Os paralelos, em alguns casos, podem ser
inclinados.
PRECAUÇÃO
Nunca deixe mais de uma castanha desapertada.
d) Repita estes dois últimos itens, até que o material fique centrado, e aperte firme as
castanhas.
OBSERVAÇÕES
1. No caso de peças usinadas, cuja centragem deve ser rigorosa, deve-se usar um
comparador, depois da centragem com graminho.
OBSERVAÇÃO
Algumas placas possuem, na face,
circunferências concêntricas. Isto facilita a
centragem aproximada de peças cilíndricas.
Corpo
É de ferro fundido cinzento. Tem forma circular, com um
cone para sua fixação na extremidade do eixo principal.
Castanhas
São feitas de aço temperado ou cementado, isto, é com superfícies endurecidas. Têm
degraus, na face oposta à base para a fixação da peça.
Pode-se inverter a posição das castanhas, girando-as para possibilitar a fixação de peças de
dimensões maiores. Em um caso ou em outro, a ação de fixar as castanhas pode se dar em
duas direções, conforme a peça.
Chave de aperto
É feita de aço carbono temperado, com um encaixe quadrado.
OBSERVAÇÕES
1. O gume da ferramenta deverá ficar exatamente na altura do eixo do torno.
2. Deixar para fora dos calços somente o necessário.
4º Passo – Aproxime a ferramenta do material e fixe o carro principal.
5º Passo – Prepare e ligue o torno.
OBSERVAÇÃO
Ao consultar a tabela de rotações, considerar o maior diâmetro do rebaixo.
OBSERVAÇÕES:
OBSERVAÇÃO
A marcação pode também ser feita diretamente com a ferramenta.
OBSERVAÇÕES
1. O balanço B deve ser o menor possível.
c) Afaste a ferramenta, desloque-a para o outro lado do canal e repita a indicação anterior.
OBSERVAÇÃO
Verifique o corte da ferramenta e afie, se necessário antes de terminar.
OBSERVAÇÃO
Para cortar, repita os subpassos a e b do 5º passo,
até que a peça se desprenda do material.
É fazer roscas internas, com um ferramenta chamada macho, em uma peça que antes foi
furada adequadamente.
OBSERVAÇÃO
Use desandador adequado ao tamanho do macho.
OBSERVAÇÃO
Tratando-se de furo não passante, marque no macho o comprimento a roscar e tome
cuidado, ao se aproximar do final.
5º Passo – Termine a rosca.
Passe o macho nº 2 (intermediário) e o nº 3 (acabador), repetindo os passos anteriores.
OBSERVAÇÃO
Introduza os machos, fazendo-os coincidir com os filetes abertos anteriormente.
OBSERVAÇÃO
Introduza os machos em coincidência com os filetes abertos anteriormente.
16.15.1 Definição:
Consiste em construir um filete com perfil quadrado, com procedimento similar ao da rosca
triangular.
A diferença está na profundidade de corte, que deve ser perpendicular ao eixo do torno,
sem folga e na aresta cortante da ferramenta.
Embora ainda se empregue na construção de porcas e parafusos, seu uso está reduzido,
sendo substituída pelas roscas trapezoidal e dente de serra. Porém, utilizasse antes de abrir
canais para a execução de roscas trapezoidal e dente de serra.
Processo de execução:
Observação:
A largura do canal deve ser maior que a metade do passo da
rosca.
Observação:
Verificar se a aresta cortante está paralela à peça.
PRECAUÇÃO:
Caso seja torno de mudança de engrenagens, desligue a chave geral, antes de trocá-las.
Observação:
A profundidade de corte varia de 0,05 a 0,1mm.
c) Engate o carro e ligue o torno para dar o primeiro passe. Desligue o torno quando
estiver no canal de saída ou fora da peça.
Observação:
Não forçar o calibrador.
16.16.1 Definição:
É produzir uma rosca sobre a superfície cilíndrica externa ou interna de um material através
da ação de ferramentas que dão forma trapezoidal ao perfil do filete.
Aplica-se na construção de parafusos e porcas que resistem a grandes esforços e nos que
transmitem movimentos, quais sejam os de tornos, fresadores e plainas limadoras.
Observações:
Para as roscas externas é recomendável usar suporte flexível, a fim de evitar trepidações no
material.
Usar fluido de corte adequado.
A largura do bedame deve ser ligeiramente menor do que a da ferramenta de perfil
trapezoidal.
Observações:
Em roscas de passos maiores, é preferível o uso de duas ferramentas, para perfilar os
flancos da rosca, um de cada vez.
Para abrir rosca triangular com penetração oblíqua da ferramenta, o eixo longitudinal da
ferramenta permanece perpendicular ao eixo da peça, mas a aresta cortante AB da
ferramenta desloca-se paralelamente a um dos flancos do filete, porque são a aresta e o
bico que atacam o material.
Para exemplificar uma operação de abertura de rosca, vamos descrever as etapas para a
construção de uma rosca triangular externa por penetração perpendicular. Elas são:
• acionar o torno;
• aproximar a ferramenta do material para tomar
referência zero no anel graduado;
• dar uma profundidade de corte de 0,3 mm;
• engatar o carro principal e deixar a ferramenta se
deslocar aproximadamente 10 filetes;
• afastar a ferramenta e desligar o torno;
• verificar o passo com um verificador de rosca.
CONCLUSÃO
RFERÊNCIAS
Demarchi, Delcio Luís Processos de fabricação I / Delcio Luís Demarchi, Giovani Conrado
Carlini, Laércio Lueders. – Florianópolis: SENAI/SC, 2010.
Silva, Almir da Matemática aplicada à mecânica / Almir da Silva, Jairo Gayo, Renato Antônio
Schramm. – Florianópolis: SENAI/SC, 2010.
Usinagem:
http://www.edisoncarlos.xpg.com.br/Usinagem2_arquivos/001.pdf Acesso em 24 de
setembro de 2014;
http://www.edisoncarlos.xpg.com.br/Usinagem2_arquivos/002.pdf Acesso em 24 de
setembro de 2014;
http://www.edisoncarlos.xpg.com.br/Usinagem2_arquivos/003.pdf Acesso em 24 de
setembro de 2014;
http://www.edisoncarlos.xpg.com.br/Usinagem2_arquivos/004.pdf Acesso em 25 de
setembro de 2014;
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