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Nessahan Alita - Como Lidar Com Mulheres (Ed. 2007 Revisada)
Nessahan Alita - Como Lidar Com Mulheres (Ed. 2007 Revisada)
ALITA, Nessahan (2005). O Sofrimento Amoroso do Homem: Como Lidar com Mulheres (Apontamentos
sobre um perfil comportamental feminino nas relações amorosas com o homem). Terceira edição virtual
independente.
Palavras-chave:
Advertência
Es ta obra deve ser lida sob a perspectiva do humor e da
solidariedade, jamais da revolta.
Es te livro ensina aos homens a arte da desarticular e
neutralizar as artimanhas femininas no amor e como preservar-se
contra os danos emocionais da paixão, não podendo ser evocado
como incentivo ou respaldo a nenhuma forma de agressão. Seu tom
crítico, direto, irônico e incisivo reflete somente o apontamen to de
falhas, erros e artimanhas, não significando respaldo a quaisquer
ten tativas de causar prejuízos aos seres humanos. Uma coisa é
desarticular os atos das mulheres que nos agridem no amor e criticá-
las nesse campo. Outra coisa totalmente diferente é causar-l hes
prejuízos.
Es ta obra não apoia a formação de nenhuma seita religiosa. As
artimanhas aqui denunciadas, desmascaradas e descritas
correspondem a expressões femininas, inconscientes em grande
parte, de traços comportamentais comuns a ambos os gêneros. O
perfil delineado corresponde a um tipo específico de mulher: aquela
que é regida pelo egoísmo sentimental. O autor não se pronuncia a
respeito do percentual de incidência deste perfil na população
feminina dos diversos países.
O autor também não se responsabiliza por más interpretações,
leituras te ndenciosas, generalizações indevidas ou distorções
intencionais que possam ser feitas sob quaisquer alegações e nem
tampouco por más utilizações deste conhecimento. Aqueles que
distorcerem- no ou utilizarem -no indevidamente, terão que responder
sozinhos por seus atos.
“ Eu t or n e i a v o lta r -m e e d e t er mi n e i e m m eu
c o r a ç ã o sa b e r , e i n q u i r i r , e b u s c a r a sa b e d o r i a
e a ra zã o, e co n h ecer a l ou cu ra da i mp ieda d e e
a d o i d i c e d o s d e s v a r i o s. E e u a c h e i u m a c o i sa
ma i s a ma r ga d o qu e a m o rt e: a mu l he r cu j o
c o r a ç ã o sã o r e d e s e l a ç o s e c u j a s m ã o s sã o
atadu ra s; qu em fo r b o m d ia nt e d e D eu s
e sca pa rá d e la , ma s o pe ca d or virá a se r pr e so
p o r e l a " ( E c l e s i a st e s , 7 : 2 5 -2 6 )
In tr oduçã o
1. Car a ct er í st i ca s do fa l sa m en t e cha m a do "sexo fr á gi l "
2. As et a pa s do tr a ba lh o de en ca n t am en t o de m ul her es r efr a t ár ia s e arr edi a s
3. Cui dados a t om a r quan do l i dam os c om m ulh er es esper t i nha s que t en ta m tr a pa cea r n o
a m or
4. Com o s obr evi ver n o di fí ci l j og o da s for ça s m a gn ét i ca s da seduçã o que en vol vem
fêm ea s t r a pa cei ra s
5. Sobr e o des e j o da m ulh er
6. As t or t ur a s psi col ógi ca s
7. A ult ra pa ssa gem da s defesa s em oci on a i s
8. Por que nã o de vem os di s cut i r e n em pol em i z ar
9. Sobr e a i m possi bi l i da de de dom i n ar o "sexo fr á gi l "
10. A al t ernân ci a
11. Por que el a s n os obs er va m
12. Com o l i dar com m ulh er es que fogem
13. A im possi bi l i da de de n egoci a çã o
14. Por que é n eces sá r i o ocul t a r n oss os s en t i m ent os e n ossa c on dut a
15. O mi ser á vel sen t i m ent o da pa i xã o
16. Os t est es
17. O cír cul o s oci a l est úpi d o
18. Por que é i m por t ant e ser m os h om en s deci di dos
19. Com o dest r oça r os j ogui nh os em oci on a i s
20. Sobr e o t i po de s egur an ça busca da
21. As m ent ir a s in er en t es
22. A in fi del i da de in er ent e
23. A in fan t i li da de in er en t e
24. Obser va n do-a s c om r ea l i sm o
25. Apr i si on an do-a s a n ós pel os sen t i m en t os
26. A il usã o do a m or
27. Com o ser fa s ci n an t e
28. Ao t el e fon e
29. An exos
Con cl usõe s
Re fer ên ci a s bi bl i ogr á fi ca s/ E pí gr a fes/ Fi l m es m en ci on a dos/ Suge st ões bi bl i ogr á fi ca s
Nest e t rabalho ret rat arei o lado negat ivo, a face obscura, dest ruidora
e fat al do fe minino, a qual infeliz ment e corresponde nos decadent es dias
at uais à uma boa part e das mulheres exist ent es. Não abordarei seu lado
d ivino e celest ial, o qual é igualment e verdadeiro, mas apenas o aspect o
in fer nal e mo nst ruoso, o qual deve ser vencido para que a mulher no s
ent regue vo lunt ar iament e as chaves do paraíso. Por uma quest ão de foco ,
apenas um lado, o lado sinist ro, est ará sendo cr it icado.
As mulher es são seres delicio sament e t erríve is, de dupla face, que
no s alivia m as dores e, ao mesmo t empo, nos fazem so fr er t errivelment e.
Co mo t enho vist o muit os ho mens so fr erem nas mãos dessas delic iosas
cr iat uras, reso lvi co mpart ilhar o conheciment o que adquir i em duras
exper iências.
Quando eu era jo vem, não ent endia porque cert os filóso fos e
escr it o res dizia m que necessit ávamos nos desapegar das mu lheres. Os
co nsid erava injust os e discordava. Ho je os ent endo per feit ament e e
co nco rdo com boa part e do que disseram Niet zsche, Schopenhauer, Kant ,
E lip has Lévi e out ros sábios. As advert ências da Igreja na Idade Média, do
Alco rão, da Bíblia e de out ros livros sagrados a respeit o desses ser es
simu lt aneament e maravilho sos e malvados não são grat uit as.
O jogo da paixão é uma bat alha de sent iment os em que a mulher t ent a
incansavelment e vencer usando como ar mas as carências afet ivas e sexuais
do ho mem. A int enção é conquist ar o nosso coração para dispor, dest e
mo do , da subser viência que se or igina do est ado de apaixonament o.
1
No ca mp o e s t r i ta me n t e a mor os o, ob vi a me n t e .
2
A d i mi n u i ç ã o d e con fl i t os i n tr a -p e s s oa i s r e p e r cu r te n a d i min u i ç ã o d os con fl i t os i n t e r -p e s s oa i s
d e gê n e r o, o q u e , p or s u a ve z, con t r i b u i rá p ar a en fr a q u e ce r o co mp or t a me n t o vi ol e n t o e n t r e
ca s a i s .
Não há nest e livro argu ment os em favor do sent iment alismo negat ivo .
Argu ment amos co nt ra a paixão.
3
O q u e s i gn i fi ca q u e s ome n t e a s mul h e r es q u e s e e n ca i x a m n o p e r fi l aq u i d e s cr i t o te r ia m
a l gu ma r a zã o p a r a s e s e nt i re m a l ud i d as .
4
Os ma ch i s t as e s cl ar e ci d os s ã o t ot a l me n t e d i fe r e nt e s d os ma ch i s t a s d ogmá t i c os . F or a m e s t e s
ú l t i mos r es p on s á ve i s p or vá r i a s d i st or ç õ e s de me u s t e xt os . Ao s e d e p a r ar e m com mi n h a
l i n gu a ge m d i ve r t i d a e ir ô n i ca , cu j a ú ni ca i n te n ç ã o e r a a li vi a r a d es cr i ç ã o d e u ma r e al i d ad e
d ol or os a , mi n i mi za n d o o i mp a ct o d e s u a tr a gi ci d a d e , a cr e d i ta r a m el e s t er en con t r a d o u m
e s cr i t or q u e r e s pa l d as s e s u a s vi s õ e s a b s u r da s e tr a u má ti ca s . Um ma ch i s ta mi s ó gi n o e u ma
fe mi n i s t a a n d r ofó b i ca -mi s â n d r i ca s ã o, n o fu n d o, i d ê n ti cos e ca e m n os me s mos e r r os : p r a t i ca m a
i n t ol e r â n ci a i n te l e ct u al e d e gê n e r o, al é m de a d ot a r e m u ma p os t u r a u ni l at e r al , fi x a e a cr í ti ca .
Nu n ca e s cr e vi p a r a es s a s p e ss oa s .
E m últ ima inst ância, so fremo s por nossa própr ia culpa e não po r
cu lpa delas. O que nos enfraquece, dest rói, subjuga e aniquila são os nosso s
pró prio s desejo s e sent iment os. A mulher simp lesment e os aproveit a
ut ilizando-os como ferrament as para nos at ingir. Logo, a solução é
co mbat er mos a nós mes mos, “disso lvendo-nos” psiquicament e por meio d a
mo rt e dos egos, ao invés de t ent ar mos forçá-las a se enquadrarem no s
padrõ es que deseja mos. Sou radicalment e cont rár io a toda e qualquer for ma
de manipulação ment al do próximo. Ao invés de manipular o out ro, é
melho r aprender mos a manipular a nós mes mos.
As idéias aqui desenvo lvidas NÃO SE APLICAM a out ras inst âncias
que não sejam a das relações amorosas ent re ho mens e mulher es
het ero ssexuais adult os. Est ão em per manent e const rução, sofrendo reajust es
e mo d ificações confor me as discussões evo luem e os fat os nos revela m
no vas verdades 5. Não são um simp les conjunt o de conclusões indut ivas
5
E p od e me s mo s e d ar o ca s o d e u m d i a a h i p ót e s e i nt e i r a s e r a b a n d on a d a s e a r ea l i da d e a s s i m o
e x i gi r .
Est e livro é dest inado so ment e a pessoas maduras que mant enham o u
quer iam mant er relações est áveis (e, port anto, a pessoas adult as). Dest ina-
se ap enas às pessoas que pensam por si mesmas. Se você é daqueles que
andam buscando líderes que lhes digam o que fazer, mest res que reunem
grupo s de fanát icos, est rat ég ias para manipular o próximo et c. jogue est e
livro no lixo porque a mensag em não é para você.
10
10. Não amam em simples ret r ibuição ao fat o de serem amadas mas
sempre por algum int eresse.
6
O e x p os t o a q u i n ã o s e a p li ca a t od a s a s mu l h er e s d a Te r r a a o l on g o d e t od a a hi s tó r i a p a ss a d a,
p r e s e nt e e fu t u r a d a h u ma n i d a de ma s a p e n as às e sp e r ti n h as q u e gos t a m d e t ra p a ce a r n o a mor .
S u s p e i t o q u e a s e s p er ti n h a s s ej a m ma i or i a n os d i a s at u a i s ma s n ã o e s t ou ce r t o d i s s o p oi s n un ca
t i ve a ch a n ce d e ob s e r va r t od a s a s fê me a s d o h o mo sa p i en s q u e r es p i ra m a tu a l me n te s ob r e o
n os s o a fl i t o p l a n e t a.
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A p a l a vr a é aq u i e mp r e ga d a a pe n a s n o s e n ti d o d e u ma p e s s oa d e s ocu p a d a e oci os a , t al com o a
d e fi n e m os d i ci on á r i os Au r é l i o ( F ERRE IR A, 1 9 9 5 ) e M i ch a el i s ( 1 9 9 5) , e nã o e m q u a l q ue r ou t r o
s e n t i d o. Pa r a mi m, t od a p e s s oa q u e b ri n ca com os s e n t i me nt os a l h ei os é u ma p e s s oa va d i a ,
i n d e p e n d en t e me n te d o s e x o e d o n ú me r o d e p a r ce ir os s e x u ai s . E o q u e ma i s p od e r i a s e r a l gu é m
q u e b ri n ca com a s i n ce r i d a d e d os ou t r os s e n ã o d e s ocu p a d o p or n ã o t e r a l go ma i s i mp or t a n te a
fa ze r ? Aq u i , a p al a vr a t e m u m e mp r e go ma i s ou me n os p r ó x i mo a o d a p al a vr a "me ge r a ".
8
Es s a s t or t u ra s me nt a is s ã o a s i mp er t in ê n ci a s d o a ni mu s fe mi n i n o s ob r e a a ni ma ma s cu l i n a.
S e gu n d o J u n g ( 1 9 9 6 ) e S a n for d ( 1 9 8 6) , o a n i mu s fe mi ni n o t e m u m p od e r os o e fe i t o d e a fe t a r a
14. Se ent regam apenas àqueles que as t rat am bem mas não se
apaixo nam.
16. Tent am nos induzir a correr at rás delas para t erem o prazer de
nos repudiar.
18. S imula m desint eresse por sexo para at ivar o desejo masculino.
22. S imula m fragilidade para at ivar o inst int o prot etor masculino.
23. Jogam co m o nosso medo de ent rist ecê- las e desagr adá-las.
a n i ma ma s cu l i n a, pr ov o ca n d o n o h ome m s e n t i me nt os n e ga t i vos q u e , e m al gu n s ca s os , p od e m
l e vá -l o à r u í n a . Da í a i mp or t â n ci a d o h ome m a s s i mi la r e in t e gr a r s u a a n i ma. A a n i ma é a p a rt e
fe mi n i n a ( e mot i va ) d o p s iq u i s mo d o h ome m e o a n i mu s a pa r te ma s cu l i na (l ogó i ca ) d o
p s i q u is mo d a mu l h e r ( J UNG, 1 9 9 5 e J UNG, 1 9 9 6 ).
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26. São irresist ivelment e at raídas por homens que lhes pareçam
dest acados, melhores do que os out ros e, ao mesmo t empo ,
desint eressados.
28. Ama m e se ent regam t ot alment e aos cafajest es exper ient es 10.
30. Prefere m aqueles que se apro ximam fingindo não t er int eresse.
35. Sempre t ent am descobr ir o que sent imos nas vár ias sit uações.
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E, p or t an t o, n ã o s ã o i n fe ri or e s com o s u p õ e m os ma ch i s t a s d o gmá t i c os r a d i ca i s, ma s
s i mp l e s me nt e di fe r e n te s .
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In fe l i zme n t e . Ne s sa h a n Al i ta n ã o gos t a d i s s o ma s n a d a p od e fa ze r a n ã o s e r d e n u n ci ar p ar a o
b e m d e t od os .
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Es t a ca r a ct e r í st i ca é e x a us t i va me n t e t ra t a da p or F ra n ce s co Al b e r on i ( 1 9 8 6 / s e m d a t a) . Gr a n d e
p a r t e d a s ca r a ct e r í st i ca s qu e a p on t a da s n es t e ca p í t ul o s ã o n a ve r d a d e a p e n as a mp li a ç õ es e
i mp l i ca ç õ e s ob r i ga t ó r i a s d e s u a t e or i a d a con t i n u i d a d e . P a ra Al b e r on i , a mu l h er b us ca
i n ce s s a n t e me nt e a con t i n u i d a d e d o i n t er e ss e ma s cu l i n o, i st o é , se r i n i nt e rr u p ta me n t e a ma d a e
d e s e j a da . As s i m, o e r ot i s mo fe mi n i n o s e r i a con t í n u o, e n q u a n t o o e r ot i s mo ma s cu l i n o s e r ia
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42. Negam- nos a sat isfação sexual plena para acender o nosso
dese jo.
43. Nunca per mit em que saibamos se fogem porque querem ser
deixadas em paz ou porque querem ser perseguidas.
46. Fogem e resist em par a evit ar que sua ent rega provoque o
desint eresse do “perseguidor”.
d e s con t í n u o, j á q u e o h ome m p e r d e t e mp or a ri a me n t e o i n te r e ss e p el a mu l h e r a p ó s o a t o s e x u al .
A d e s c on t i n u i d a d e d o ma s cu l i n o t e r ia o e fe i t o d e fe ri r a mu l he r n os s e n ti me n t os .
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E o fa ze m c o m r a zã o p oi s a p e r d a d o con t r ol e e mo ci o n a l p or p a r te d o h ome m o t r a n s for ma e m
u m mon s t r o s u i ci d a . Daí a i mp or t â n ci a d as l e i s q u e d e fe n d a m a i nt e gr i d a d e fí s i ca d a mu l h er .
Es t a mos ca r e n t e s, p or é m, de le i s q u e p r ot e j a m a i n t e gr i d a de e moci on a l d os h ome n s . Os ca s os d e
h ome n s ca s a d os ou s e p a r a d os q u e se q u e st r a m e a ss a s si n a m s ua s es p os a e fil h os , s ui ci d a n d o-s e
e m s e gu i d a , ou d e j ove n s s ol t e ir os q u e mat a m vá r i os col e ga s d e e s col a ( n os p e r i gos os s u r t os d a
“ b a t t er e d ma n s yn d r ome ” ) a p on t a m p a r a es s a n e ce s s i d ad e ur ge n t e . S e n ad a for fe i t o, e s se s ca s os
i r ã o s e i n te n s i fi ca r p er i gos a me n t e . O ma l i n s is t e e s e mp r e s e fa z n ot a r a t é q u e s e j a e n ca r a d o
fr on t a l me n t e .
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52. Sempre acham que est ão sendo dese jadas quando um ho mem as
obser va det idament e ou toma a iniciat iva do cont ato.
53. São fís ica e psiquicament e lent as: demoram para serem
encant adas, para t erem o orgasmo, para tomar em decisões, para
sent irem falt a de sexo, suport am esperar mu it o t empo, são
pacient es et c.
56. Uma vez relacio nadas co m um ho mem, ficam at rás dele so ment e
se ele resist ir ma is do que elas, evit ando buscar cont ato e sexo.
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Ei s u m d os mot i v os p e l o q u a i s r e pr ov o t ot a l me n t e a c on d u t a ma s cu l i n a as s e di a d or a . O
a s s e d ia d or s e mp r e ob t é m r e su l ta d os op os t os a os a l me j a d os .
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60. S imula m desint eresse para não serem despr ezadas co mo "fáceis".
61. São atraídas pelo macho "diferent e" que seja super ior aos out ro s
em vár ios sent idos, pr incipalment e na possibilidade de oferecer
segurança.
67. Dobram e manipu lam o ho mem quebrando sua resist ência at ravés
da fragilidade.
69. Sempre dão abert ura para que outros a cort ejem e nunca
admit em.
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75. Descobrem os limit es do ho mem jogando com seus sent iment os.
77. Querem ser amadas por aqueles que sejam melhor es em t odos o s
sent idos.
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Es t a é u ma ca r a ct e r ís t i ca q ue te n h o ob s e r va d o mu i t o e m n os s os t e mp os e u ma da s r a zõ e s
p r i n ci p a i s p el a s q u a is os ca s a me n t os n ã o d u r a m mai s . A ou t r a r a zã o p r i n ci p a l é a i n s at i s fa ç ã o
d o h o me m, q u e va l or i za a s mul h e r es p el a b e l e za e p e l o d es e mp e n h o s e x u al .
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Re fi r o-me à s con t r a d i ç õ e s au t ê nt i ca s , q u e e s t ã o for a d o p od e r d e con t r ol e con s ci e n t e , e n ã o à s
c on t r a d i ç õ es a p ar e nt e s , a l gu ma s da s q ua i s s ã o s i mul a d a s i nt e n ci on a l me n t e , a l gu ma s ve ze s d e
f or ma c on s ci e n t e e ou t r as d e for ma i n con s ci e n t e .
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Re j ei t a r mu d a n ç as é u ma ca r a ct e rí s ti ca d o e go.
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17
F oi El i p ha s Lé vi ( 1 8 5 5 /2 0 0 1 ) q u e m pr i me ir a me n t e me ch a m ou a a t e nç ã o p a r a e s te fa t o.
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De vol v o, a s si m, as pr ov o ca ç õ e s d e Ka re n S al ma n s h on ( 1 9 9 4 ) q ue n os comp a r a , e m s e u li vr o
i n t ei r o, a cã e s q u e d e ve m s e r d ome s t i ca d os ( e l a o fa z d e f or ma e x p l í ci ta e li t e ra l ). Ap e s a r d e
t u d o, e s t ou me r e fe r i n d o s ome n t e à s mu l he r e s fú t e is , a q u el a s qu e cos t u ma m d e s p r e za r os
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Uma vez que t enha procedido assim, você a t erá inco modado, como
po derá not ar pelos seus gest os e moviment os (mexer os cabelo s,
mo viment ar- se mais, mexer na roupa, falar alt o para ser not ada et c.).
Co meçará a ser obser vado, com a visão per ifér ica ou focal. Surpreenda-a,
cu mpr iment ando-a de for ma o usada, dest emida, ant es que haja t empo para
pensar e olhando nos o lhos de for ma ext rema ment e sér ia porém ainda assim
co m cert a indifer ença. Se conseguir flagrá-la t e o lhando, não haver á outra
saíd a além de corresponder ao seu cumpr ime nt o. O cont ato t erá sido
est abelecido. Em seguida, se quiser pr incipiar uma conversa, fale em t om de
co mando, com voz grave, e se mpre at ent o a “cont rago lpes” emocio nais,
br incadeir inhas de mau gost o, cinis mo et c. Se perceber abert ura, faça as
invest idas mas co m o cuidado de não ir além ou aquém do per mit ido. Se a
barreir a ainda co nt inuar em p é, ist o é, se a garot a ainda assim mant er-se
fechad a, não dando nenhum sina l de abert ura para uma invest ida, discorde
h ome n s s i n ce r os , e n ã o à s d e ma is . Li mi t o a i n d a e s ta ob s e r va ç ã o e x cl u s i va me n t e a o ca mp o
a mor os o e n ã o a e s t e nd o p a r a ou t r os ca mp os .
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S e gu n d o a s con ve n ç õ e s s oci a i s . Como a b e l e za n ã o e x i s t e de u m p on t o d e vi s ta ob j e ti vo,
e n t e n d a -s e p or “ fe i a s ” a q u el a s q u e n ã o s e con s i d e r a m at r a en t e s a o p on t o d e d e s pr e za r e
d e s d e n h ar d o a mor s i n ce r o d os “ d e s i nt e re s s a nt e s ” ou “ a p a ga d os ” .
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S e gu n d o a s me s ma s con ve n ç õ e s s oci a i s . A s o ci e d a d e mod e r n a s u p e r va l or i za a b el e za fe mi n i n a
e cu l p a s ome n t e os h ome n s p or is s o. Ma s e m ve r d a d e , a s mu l h e re s qu e se ol h a m n o e s p el h o e s e
c on s i d e r a m “ b on i t as ” mui t a s ve ze s s ã o a s pr i me ir a s a d es p r e za r e m e s e s e nt ir e m s u p er i or e s à s
mu l h e r e s e h ome n s comu n s .
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Nã o s e tr a t a d e s i mu la r mas d e a d q ui r ir u m e s t ad o i n t e r n o d e n e ut r al i d a de ve r d a d ei r a q u e s e
r e ve l a r á e m s u as at i tu d e s .
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O p ri me i r o a u t or q ue me n ci on ou e s t a e st r at é gi a d a “ h or r or i za ç ã o” , p e l o q u e me l e mb r o, foi
El i p h a s Lé vi . Vá r i as ve ze s p e n s ei e m s u b s ti t ui r e s te t e r mo, p e la s con fu s õ e s q u e p od e s us ci t a r,
ma s a i n da n ã o e n con t r e i e m n os s a lí n gu a u m e q ui va l e n t e ma i s a me n o. S e u s i gn i fi ca d o p r e ci s o,
a q u i , é o d e s i mp le s me n t e con t r a r i ar a s con vi cç õ e s fe mi n i n a s a r es p e it o d o b e l o ou d o c or r e t o e
n u n ca , j a ma is , o d e a me a çá -l a ou e x p ô -l a a q u ai s q ue r pe r i gos r e a is ou i ma gi n á ri os . Es ta
c on t r a d i ç ã o d e ve t er se mp r e u m r e s ul ta d o fi n a l b e né fi co ou i n ofe n s i v o à mu l h e r e n u n ca
p r e j u di ci a l . Tr at a -s e d e a l go s e me l h a nt e a o q u e fa ze m os me n i n os p or i n s t in t o p a r a i mp r es s i on a r
a s ga r ot a s n a e s col a q u a n d o s i mu la m q u e i r ã o come r s a p os , l a ga r ti x a s e t c. El a s gr i t a m,
c or r e m. . . e ri e m. No fi l me “ Con s e l he i r o Am or os o” ( TENN ANT, 2 0 0 1 ) , co m Wi l l S mit h , a
“ h or r or i za ç ã o” ca l cu l a d a e i n ofe n s i va é d e s cr it a pe l o t er mo “ ch oq u e ” , i gu a l me n te p r op e n s o a
má s i n te r p re t a çõ e s , e h á u m e x e mp l o mu i t o i nt e r es s a nt e a re s p e it o.
23
E p or t a n t o n ã o e st a r ã o s en d o s i n ce r os e n e m ve r d a de i r os .
24
S e m e x a ge r o.
25
Lé vi e s t á a p en a s d e s cr e ve n d o o p r o ce s s o d a s e d u ç ã o/ c on q u i s t a , t a l com o s e d á n a vi d a r ea l ,
i n d e p e n d en t e me n te d o p e r pe t ra d or t er ou n ã o e s cr ú p u l os , e n ã o r e come n d a n d o q u e s e ca u s e
p r e j uí zos e m oci on a i s à pe s s oa s e d u zi d a. Em ou t r as p al a vr a s , e st á a fir ma n d o q u e a q ue l e q u e va i
s e d u zi r i mpr e s si on a o p s i q u is mo d a p e s s oa d es e j a da , d e for ma b oa ou má , i n ofe n s i va ou
p r e j u di ci a l .
20
26
S e m s er a gr e s si vo e n e m d e s con t r ol a d o.
27
Is s o s e r i a a s sé d i o. In ve s t i r con t r a a gu a r d a fe ch a d a d e u ma mu l h e r é o me s mo q u e te n t ar
f or ç a r s u a von t a d e ou vi ol e n t a r s e u li vr e a r bí tr i o, al go d e t e s t á ve l e q u e t e m com o e fe i t o a
a ve r s ã o.
21
1. Cumpr iment e sut ilment e t oda mulher int eressant e que passar po r
você e t e olhar. Uma delas irá t e responder. Quando uma dama o
olha, há uma fração de segundo em que você deve cumpr iment á-
la. Se esperar muit o, perderá a chance. O mo ment o de
cumpr iment á- la é o mo ment o em que paira na ment e feminina
uma dúvida result ant e do est ado de surpresa. Você pode t ambém
ignorar a presença da beldade em um pr imeiro moment o, por um
bo m t empo, e surpreendê- la co m um o lhar fixo nos o lho s
aco mpanhado por um cumpr iment o quase impercept ível ant es d a
recuperação da surpresa.
2. Est abeleça o cont ato como se não desse muit a import ância para o
fat o.
6. Apro xime-se para beijá- la. Se ela desviar o olhar, pare e t ent e
out ro dia. Se não desviar, cont inue.
28
Nã o i n s i st i n d o con t r a a s me s ma s e b u s ca n d o ca mi n h o s a l t e rn a ti vos .
22
9. Deixe-a definir a dur ação da conversa e dos int er valos ent re uma
conver sa e out ra.
29
S e m e n ga n á -l a , con t u d o. Ad q u i r a ve r d a d e ir a me n te e s t a s ca r a ct e r ís t i ca s .
30
E n ã o a tr a i ç oe . Es t ej a à al t ur a da con fi a n ç a q u e lh e for d e p os i t a d a p ar a ma nt e r a r a zã o d o s e u
l a d o ca s o e l a a tr a i ç oe os s e us se n ti me n t os .
23
24
31
As e x p r e s s õe s “ fê me a ”, “ fê me a h u ma n a ” , “ ma ch o” , “ ma ch o h u ma n o” e t c. s ã o u ti li za d a s e m
s e n t i d o b i ol ó gi co e a n t r op ol ó gi co, t a l com o a s u t il i za m De s mon d M or r i s, Th e od os i u s
Dob zh a n s k y ( 1 9 6 8 ) e ou t r os a u t or e s . En t e nd o q u e os s e re s hu ma n os p e r te n ce m a o r e i n o a n i ma l e
fa ze m p a r t e d a cl as s e d os ma mí fe r os ( ma ma l l i a) e d a or d e m d os h omi n í d e os .
32
M ai s u ma ve z, r e fi r o-me a p e n a s à s tr a p a ce i r as a mor os a s e n ã o à s d e mai s .
33
P oi s os s e r es h u ma n os d e a mb os os s e x os , in cl u i n d o os d o s e x o fe mi n i n o, s ã o i n e r e nt e me n te
i n fi é i s. A i n fi d e li d a d e s e or i gi n a d e u m d e s e q ui lí b ri o e n t r e a s for ç a s d o Id e d o S u p e r e g o, ou
s e j a, e nt r e os i mp u l s os d o i n con s ci e n t e e a s ca p a ci d a d e s d o e go ( u s u a l ) d e r e si s ti r -l h e .
25
10. Nunca se iluda acredit ando que descobr irá o que ela sent e po r
meio de pergunt as ou conver sas dir et as sobre isso.
11. Seja indiferent e aos jogos de aproximar e afast ar que elas fazem
para nos deixar loucos.
12. Seja ho mem e est eja sempr e preparado para o inesperado: ser
t rocado por o ut ro macho, ser definit iva ment e ou
t emporar iament e abandonado, ser frust rado nos encont ros et c.
14. Nunca se esqueça de que a hist ór ica reação cruel da cult ura
machist a às art imanhas as obr igou a mist urar verdades co m
ment ir as em t udo o que falam 34. Nunca acredit e e nem
desacredit e no que dizem: limit e suas co nclusões ao que vê.
34
Es t a ca r a ct e r í st i ca t a mb é m e st á pr e s e nt e n os h ome n s ma s p or ou t r os m ot i v os e s ob ou t r a s
r ou p a ge n s . Acr e d i t o q u e h á, e m t od o s e r h u ma n o comu m, u m l i mit e n a ca p a ci d a d e d e s u p or t a r a
ve r d a d e e d o q u al se or i gi n a u m l i mit e na ca p a ci d a d e de e xp r i mí -l a.
26
21. Não ligue quando ela não cumpr ir os co mpro missos de encont ro s
e t elefo nemas.
22. Não acredit e quando ela se co mpro met er a t elefo nar ou vê-lo.
26. Não exiba gr at uit ament e seus t alent os mas deixe-a percebê-lo s
aos poucos .
32. Defina o t eor da relação apenas co m base no que demo nst ram o s
co mport ament os e as at it udes.
35
O q u e é l í ci t o p oi s , l e mb r e m-s e , e s ta mos t r a ta n d o d e u ma mu l h e r tr a p a ce i r a n o a mor e n ã o d e
u ma mu l h e r s i n ce r a.
27
34. Não se fascine por sorrisos, o lhares e palavras apaixo nadas mas
co mport e-se como se est ivesse um pouco fascinado, apenas u m
pouco 38.
35. Não fique at rás dela e nem se deixe ser at raído. Seja fascinant e
para que ela fique at rás de você.
36
En t r et a nt o, j a ma is d e ve mos ce d e r à s p r ov o ca ç õ e s e a gr e d i r a mu l he r p or q u e i ss o n os t i ra
t ot a l me n t e a r a zã o. E u ma ve z q u e n ã o t e n h a mos ma i s a r a zã o d e n os s o l a d o, com o p od e r e mos
r e cl a ma r ou e x i gi r a l go?
37
Ou s ej a , n ã o s e ja e n e m se si n t a o d on o.
38
É u ma ex i gê n ci a e moci on a l d e l as me s ma s. S e d e s cob r e m q u e n ã o s ã o ca p a ze s d e fa s ci n a r o
h ome m, t or n a m-s e t r i st e s ( ALBERON I, 1 9 8 6 / s e m d at a ).
39
Nã o s e e n fu r e ç a le i t or , é a p e n a s u ma br i n ca d e ir a .. .
28
49. Concorde sempr e, excet o quando ela quiser ser cont radit a.
40
É e x at a me n t e e st a a e x pr e ss ã o u t il i za d a p el a e s cr i t or a fe mi n i s t a Ka r e n S a l ma ns h on ( 1 9 9 4 ),
q u e r e come n d a l it e r al e e x pl i ci t a me nt e às mu l he r e m q ue a de s tr e m os h ome n s co mo s e f os s e m
cã e s .
29
64. Diga- lhe de vez em quando que a ama ( mas não sempr e).
65. Não se deixe possuir por sent iment o de infer ior idade co m
relação a outros ho mens.
41
P or t a n t o, ja ma i s t e nt e r e p ri mí -l a . Qu a l q ue r t e n ta t i va d e p r oi b ir ou r e pr i mir o comp or t a me n t o
fe mi n i n o o fe r e ce mot i vos i me d i a t os p a r a e fi ci e n t e s p r ot e st os vi t i mi st a s . Você s e r á ta ch a d o d e
cr u e l , di t a d or , op r e s s or e t c. Nã o d ê mot i vos , a p e n a s d e vol va c on s e q ü ê n ci a s . Te n h a com o me t a
p e s s oa l a a d a pt a ç ã o a b s ol u t a à r e al i d a de .
30
O desejo fe minino é algo muit o cont roverso e desco ncert ant e. Muit a
co nfusão reina a respeit o. Est as se deve m, pr incipalment e, à oposição ent re
o que é conscient e e inconscient e. Tal oposição leva as mulheres a dizerem
o o po sto do que sent em e do que são 43. Não se pode descobrir os fat ores que
as enfeit içam e submet em por meio de pergunt as, ent revist as et c. porque
sempre seremo s enganados. Saiba que quase t udo o que as ouvir mo s dizer a
respeit o do que buscam em uma relação é ment ira e, além disso, cost uma
ser exat ament e o cont rário do que realment e desejam. Vou agora expor sem
pudo r just ament e o que todas t ent am esconder e jamais admit em 44.
42
Es t e ca p í t ul o s e r e fe re a d e s ej os i n con s ci e n t e s ma s q u e s e fa ze m s e n ti r p e n os a me n t e na
c on s ci ê n ci a d o h o me m p or s e u s e fe i t os con cr e t os . M a i s u ma ve z, n ã o d e ve mos ge n e r a l i za r . As
c on cl u s õ e s a q u i d e s cr i ta s s e l i mit a m a u ma p er s p e ct i va a ma i s d a r e a li d a d e a s e r con s i d e r a d a .
De v o l e mb r a r a o le i t or qu e o i n con s ci e n t e , e m a mb os os s e x os , é a fon t e d e on d e b r ot a m os
p e s a d e l os d o i n fe r n o e os s on h os ma r a vi l h os os d o cé u .
43
O p r ó pr i o F r e u d con fe s s ou s u a i mp ot ê n ci a p er a n t e e s t e p r ob l e ma .
44
En t r et a nt o, e s ta ocu l t a ç ã o n e m s e mp re é con s ci e n t e . P a r e ce -me q u e n a ma i or i a d a s ve ze s a
p r ó p r ia mu l h er as n e ga p ar a s i me s ma .
31
E las não nos amam em simples ret r ibuição ao nosso amor, ou seja,
simp lesment e por as amar mos ou desejar mos. Desejam nossas
caract er íst icas at raent es e não nossa pessoa. Isto se explica pelo fat o de que
suas necessidades est ão muit o além do acasala ment o: necessit am cr iar e
prot eger a prole. Logo, não sent em falt a dos machos em si mas apenas de
suas at it udes em co nt ext os ut ilit ár ios. Nós, ao cont rário, as amamo s em si
mesmas, ist o é, de for ma diret a po is nossa met a exist enc ial é acasalar.
Queremo s t rans mit ir nossos genes cont ra os genes de out ros. As ama mos e m
co rpo, de for ma diret a. Somos amados indir et ament e, em t er mos de função e
ut ilid ade. Nossa falt a não é sent ida fora de um cont ext o ut ilit ar ist a.
45
A c omp a r a ç ã o c o m ou t r os ma mí fe r os p a r e ce -me i n e vi t á ve l . P od e mos i d e n t i fi ca r s e mel h a n ç a
e m co mp or t a me n t os d e gê n e r o e n tr e os vá r i os ma mí fe r os , p ar ti cu l a r me n t e e nt r e os p r i ma ta s e o
h ome m. O me s mo c omp or t a me n t o a q u i de s cr i t o e nt r e os e q ü i n os é a tr i b uí d o p or DOBZH ANS K Y
( 1 9 6 8 ) a os h omi n í d e os a n ce s t r ai s d o h ome m. Dob zh a n s k y a cr e s ce n t a a i n da q u e, ne s s es ca s os , os
ma ch os -b e t a fi ca m à ma r ge m d o gr u p o, à e s p er a d o mome n t o e m q u e p os s a m a ta ca r o ma ch o -
a l fa e de s tr on á -l o. Uma h i p ó t e s e mu it o p r ó x i ma foi d e fe n d i d a p or F r e ud ( 19 1 3 / 1 9 7 4) .
32
33
46
A r e s p e it o d o t e mor e a mor , ve j a -s e Ma q u i a ve l ( 1 5 1 3 / 1 9 7 7 ; 1 5 1 3/ 2 0 0 1 ) e Eli p h a s Lé vi
( 1 8 5 5 / 2 0 0 1) .
47
De for ma s a u d á ve l . Vi d e a n ot a s ob r e a “h or r or i za ç ã o ” ca l cu l a d a .
48
Re fi r o-me à “ h or r or i za ç ã o” ca l cu l a d a .
49
Re fi r o-me a p e n a s a o ca s o e m q u e is s o s e j u s ti fi ca com o l e gí t i ma d e fe s a e moci on a l , ou s e j a ,
q u a n d o e l a t e n ta r r e b ai x a r s u a a u t o-e s t i ma , ri d i cu l a ri zá -l o, d e s p r e zá -l o e t c.
50
P e l os s e nt i me nt os , fa ze n d o e l a gos t a r d e você . “ A mu l h e r t e a cor r e n t a at r a vé s d e te u s de s e j os .
S ê s e n h or d os te u s d e s ej os e a cor r e n t a rá s a mu l h er . ” ( LÉV I, 1 8 5 5 / 2 0 0 1, p. 7 3)
51
Ob vi a me n t e , t r at a -s e de u ma met á for a .
52
A b a i x a es t at u r a p a r e ce s e r l i da p el a s mu l h er e s como u m s i n a l d e i n fe ri or i d a d e ma s cu li n a ,
i n fe l i zme n t e . Is s o s i gn i fi ca q u e os h ome n s b a i x os t er ã o q u e comp e n s a r e st a ca r a ct e rí st i ca com
ou t r a s q u e e x e rç a m e fe it o d e a tr a ç ã o. Ent r e d oi s h ome n s q u e l h e p ar e ç a m ab s ol u t a me n te i gu a i s
e m t u d o, a mu l h e r op t a r á p e l o ma i s a lt o.
34
53
Às ve ze s u t il i zo t e r mos t os c os p or q u e me u p ú b li co a l v o s ã o os h o me n s h e t er os s e x u a i s
a d u l t os . Nã o te n h o p or q u e s e r d el i ca d o.
54
Aos ol h os fe mi n i n os , ob vi a me n t e .
55
Os ca fa j e s t es s ã o a ut ê n ti cos e s t e li on a t á r i os e moci on a i s . Ne s s a h a n Al i t a n ã o a p r ova a s u a
c on d u t a ma s i n fe l i zme n t e ob s e r vou q u e e le s s ã o b e m s u ce d i d os com a s mu l h e r e s. Pr ova ve l me n t e
p or mot i v os i n c on s ci e n t e s , el a s p a re ce m t e r p r e di l e çã o e s p e ci a l p or e s te ti p o d e h ome m, fa t o
q u e a s p r ej u d i ca .
35
As posses mat er iais, a super ior idade física ou qualquer out ro at ribut o
que a sociedade convencio nou ser indicador de st at us elevado conferem
segurança e t ornam o macho at raent e. Ent ret ant o, não são os at ribut o s
so ciais em si o fat or de atração mas sim a segurança que proporcio nam a
quem o s port a.
Uma caract er íst ica co mum aos machos super iores, que do minam suas
fêmeas, é a capac idade de liderar a relação e a inic iat iva de t omar decisõ es
acert adas. Os machos infer iores cost umam t ransmit ir debilidade ao
co nsu lt arem- nas excessiva ment e. São orient ados pela equivo cada idéia d e
que o amor vir á sob a for ma de agr adec iment o por t erem sido bons,
prest at ivos, submissos et c. Acredit am que o amor seja reconheciment o ,
ret ribu ição. Pobres infe lizes...
56
É is s o o q u e a ob s e r va ç ã o l i vr e d e pr e con ce i t os t e m me r e ve l a d o a t é o mome n t o ( e e st ou
a b e r t o e mod i fi ca r e st a con ce p ç ã o d e s d e q ue me pr ove m) . S e n d o a s s i m, o h ome m q u e fa l a e m
t om d e co ma n d o n ã o a s e s t á a gr e d i n d o e moci on a l me n t e ma s a t e n de n d o a u ma s ol i ci t a ç ã o.
36
37
Para que sua esposa ou namorada se mant enham fié is, precisam sent í-
lo qu ase preso mas cont inuament e inacessíve l, além de vê-lo co mo único e
d ifer ent e dos demais. Se o prenderem de fat o, part ir ão para a conquist a de
o ut ro macho super ior a você.
57
Es t a t e n dê n ci a in con s ci e n t e l h e s é e xt r e ma me nt e pr e j u d i ci a l p or q u e a s i mp e l e a pe r s e gu i r
a q u e l e s q u e a s r ej e it a m e , a o me s mo t e mp o, i mp e d e q u e s e s i nt a m at r aí d a s p or a q u el e s q u e a s
a ma m e d e se j a m. S e e s t es úl t i mos d e sp e r ta s s e m vi ol e n t a me nt e o d e se j o fe mi n i n o, o e n con t r o
d os s e n t i me nt os , t ã o s on h a d o p e l a h u ma n i da d e de s d e os p r i mó r di os , s er i a p os s í ve l . P or é m, s ou
i n ca p a z d e a n t e ve r q u e con s e q ü ê n ci a s i s s o t er i a.
38
58
P a r a p r ej u d i ca r a re l a çã o e t or n á -l a pi or .
59
Re fi r o-me a o d omí n i o d a l i d er a n ç a, con ve r ge n t e com o s d e s e j os e ne ce s s i d a de s d a mu l h er e
n ã o à coe r ç ã o fí s i ca ou p s i c ol ó gi ca q u e s e con t r a p õ e a e s te s . Tr at a -s e d e u m d omí n i o l i d er a n te e
c on s e n t i d o, q u e a l e va a s e n ti r -s e pr ot e gi d a e s e gu r a com o u ma cr i a n ç a . Pa r a fi ca r ma i s cl ar o :
u ma for ma d e d omí n i o a u t or i za d o e m q u e o h ome m or d e n a e x a ta me n t e a q u il o q u e a mu l h er
n e ce s s i t a e o fa z p a r a o b e m de l a. A t e n ta t i va d e d omi n a ç ã o coe r ci t i va p or p a r te d o h ome m
l e gi t i ma i n fe r n i za ç õ e s e moci on a i s p or p a rt e d a mu l he r com o f or ma d e d e fe s a. O e xe r cí ci o n ã o
c on s e n t i d o ou e g oí s t a d o p od e r ma s cu l i n o i nt e n si fi ca os d r a ma s e moci on a i s e p i or a a r e l aç ã o.
Qu a n t o a o e x e r cí ci o c on s e n t i d o d o p od e r , é o q u e con s a gr a t od a s oci e d a d e d e mocr á t i ca ( o ca s a l
é u ma for ma d e s oci e d a d e ) . O con t r á r i o d i ss o s e r ia a a n ar q u i a. S ab e -s e q u e t od a s as s oci e d a d e s
h u ma n a s d e mocr á t i ca s a d ot a m o e x e r cí ci o c on s e n t i d o d o p od e r , p os s u e m h i er a r q ui a s e
a u t or i d a d e s, as q ua i s e x e r ce m o d omí n i o q u e l h es ca b e . A r e cu s a e m e x er ce r e st e d omí n i o, p or
p a r t e d a s a u t or i da d e s , ca r a ct e r i za ri a u ma omi s s ã o q u e p r ovo ca r i a p r ot e s t os e a t é o ca os s o ci a l .
É n e st e s e n ti d o q u e a Bí bl i a ( I Cor í n t i os , 7 , 1 -4 0 ; I P e d r o, 3 , 3 -7 e I Ti mó t e o, 2 , 1 -1 5 ) or d e n a
à s mu l h er e s q u e s e j a m s u je i ta s a os ma ri d o ( e n ã o e m u m s e nt i d o op r e s s or com o i n t e r p re t a m
e r r on e a me n t e os i n i mi gos d o cr i s t i a ni s mo) e p re vê p u n i ç õ es p ar a o a b us o d e p od e r d es t e ú lt i mo.
O p od e r d e ve s e r e x er ci d o c or r e t a me n t e, vi s a n d o o b e m comu m ( d a s oci e d a d e com o u m t od o, d a
fa mí l i a ou d o ca s a l ) p or p a r te d a qu e l e q u e l id e r a. É s a bi d o q u e , n a gí r ia p op u l a r, a s mu lh e r e s
r ot u l a m com o “ b a n a n a s ” a q ue l es q u e s e r e cu s a m a e x er ce r o p od e r q u e l h e s ca b e n a r el a ç ã o a
d oi s , p r e fe ri n d o s u b me t er -s e e ob e d e ce r a p ar ce i r a . As s i m, di ze m, “ fu l a n o é u m ba n a n a p oi s
d e i x a q u e eu ma n d e e de s ma n d e n e l e !” Es t a q u a li fi ca ç ã o d os s u b mi s s os com o “ b a n a n a s ”
e vi d e n ci a a s ol i ci t aç ã o d e u ma p os t u r a ma s cu li n a d omi n a n te . É a e s ta mod a l i d a d e d e d omí n i o
q u e me re fi r o e m me u s l i vr os e n ã o a o d omí n i o c oe r ci t i v o e n e m op r e s s or . É u m d omí n i o
e x e r ci d o s ob r e a mu l he r , p or s e us e fe it os , ma s a n t es di s s o é ex e r ci d o s ob r e o p s i q ui s mo d o
h ome m. As mu l h e r e s s ã o u n â ni me s e m a fi r ma r q u e de t e st a m se r l i de r a d as , ma s se con t r a d i ze m
q u a n d o t oma m a t i t u d es q u e i n fe r ni za m o h ome m s u b mi s s o, s ol i ci t a n d o d omí n i o e l i d er a n ç a, e
q u a n d o s e mos t r a m vi ol e n t a me n te at r aí d a s p e l os lí d e r es e , d e for ma ge r a l , p or t od os os h o me n s
q u e s e d e st a q u e m com o o ce n t r o d o cí r cu l o s oci a l n o q u a l e st ã o i n s er i d as . É mu it o ma i s cô mod o
e s e gu r o s e r l i de r a d o d o q u e l i d er a r. Os r is cos e p e r i gos d a r es p on s a b i li d a d e p e s a m mu i t o ma i s
s ob r e os l í d er e s d o q u e s ob r e os l i d er a d os e e s t a é u ma d as ra zõ e s p e la s q ua i s a s mu l h e re s
e x i ge m o d o mí n i o ma s cu l i n o e s e n te m d e s pr e zo p e l os ca p a ch os . En t r et a n t o, s e a li d e ra n ç a for
d e s a s tr os a , a qu e l e q u e a ex e r ce u s er á i n fe r n i za d o a t é a be i ra d a l ou cu r a . É u m d u p l o p e s o: a l é m
d e a r ca r com o i n cô m od o d a l i d er a n ç a, a q u e le q u e li d e r a n ã o p od e come t e r e r r os a o d omi n a r e
l i d e ra r .
39
Somos desejados apenas par a fecundar, dar prot eção à fêmea, à sua
pro le e para a realização de t arefas per igosas, pesadas e difíceis. O sexo
enquant o ato de prazer é uma simples ret r ibuição a est a função. Fora dest es
campo s, não somos necessár ios para ma is nada. Nossa falt a será sent id a
apenas se oferecer mos est es benefíc io s e os tomar mo s de vez em quando ,
60
Ei s ou t r a pr ova d e q u e a s ca r a ct e r ís t i ca s d e s cr i ta s aq u i s ã o i n con s ci e n t e s .
40
Agr ada- lhes muit o rejeit ar assediadores 61. A rejeição é alt ament e
grat ificant e por elevar- lhes a aut o-est ima. É por ist o que se insinua m,
simu lando est arem int er essadas, para nos rejeit arem amavelment e em
segu id a. Quando não podem reje it ar, ou seja, quando ninguém mais as qu er
po r est arem “fe ias”(sic) 62, to rnam- se depressivas. Rejeit ar ao invés de ser
rejeit ad a é uma das insanas obsessões do inco nsc ient e feminino.
61
Nã o me r e fi r o a os p s i cop a t a s q u e a ss e d i a m s e m se r e m p r ov o ca d os e i n s i st e m con s ci e n t e me n t e
c on t r a os d e s ej os e vi d e n t e s d a mu l h e r d e ma n t ê -l os d i st a nt e s mas si m a os h ome n s d e s as t ra d os
q u e o fa ze m p or a cr e d i t a r e m q u e e st ã o a gr a d a n d o ou q u e t en h a m al gu ma ch a n ce c o m a mu l h e r
d e s e j a da . Ge r a l me nt e t a l con fu s ã o o c or r e p or d oi s mot i v os : a ) o a s s e di a d or i nt e r pr e t a
e r r on e a me n t e os si n ai s e n vi a d os p e l o co mp or t a me n t o fe mi n i n o ; b ) a mu l he r e n vi a ,
p r op os i t a l me n t e ou n ã o, s i n ai s i n d i ca n d o e s ta r i n t er e s sa d a q u e ma nt ê m, a s s i m, as e s pe r a nç a s d o
i n fe l i z.
62
A s o ci e d a d e con ve n ci on ou , i n fe l i zme n t e, q u e a s mu l h e r e s pe r d e m a b el e za à me di d a e m q u e
e n ve l h e ce m e a t é h oj e s e r e cu s a a r e l at i vi za r o b e l o.
41
63
Tr a ta -s e d e u ma ma n i fe st a ç ã o d o p r oce s s o d e s e l e ç ã o n a t u r al d es cr i t o p or Da r wi n.
42
Quando as damas afir mam que querem os bo ns, sens íveis, ro mânt ico s,
ho nest os, trabalhadores e sent iment ais est ão dizendo a verdade porém de
fo r ma par cial po is não revela m para que os querem. E para que os desejam?
Para que as sir vam enquant o elas ent regam seu coração, alma e sexo ao s
insensíve is e cafajest es. Os bons são desejados co mo best as de carga
pro vedoras que garant em a cr iação da prole mas jama is co mo reprodutores.
64
P oi s o i n con s ci e n t e n ã o s e gu e o q u e con ve n ci on a m os s e r a l ó gi ca .
65
Es t e foi o e r r o d o ma ch i s m o e x t r e mi st a . Ao fa zê -l o, f or n e ce u r a zõ e s d e s ob r a à r e b el d i a d a s
mu l h e r e s. O r e s ul t a d o d a e vol u ç ã o d e s t e p r oce s s o d e a b u s o d e p od e r foi o n a s ci me n t o d o
fe mi n i s mo.
66
P a r a e vi t a r q u ai s q u e r con fu s õ e s , d i fe r e n ci e mos t ot a l me n t e o d omí n i o d a d omi n a ç ã o. Ne s t e
l i vr o, s u ge r i mos a o h ome m a p e n a s o d omí n i o d e s i , d a s i tu a ç ã o q u e e n vol ve a a mb os os
p a r ce i r os , d a r el a ç ã o e, q u a nd o s ol i ci t a d o e con s e n t i d o, d a mu lh e r ( n o s e n ti d o p u r a me nt e
a mor os o d a p a l a vr a e e m n e n h u m ou t r o – s ou t ot a l me n te con t r á r i o à d omi n a ç ã o d a me nt e a l h ei a
c om q u a i s q u e r fi n s q ue s ej a m). Est a i d é ia d e d omí n i o ( e n ã o d e d omi n a ç ã o) s u s ci t ou mu i t as
c on t r o vé r s i a s . O d omí n i o con s e n t i d o, t r at a d o a q u i, é n a ve r d a d e re s u lt a d o n a t ur a l d a r e n ú n ci a à
d omi n a ç ã o c oe r ci t i va . A d omi n a ç ã o c oe r ci t i va é op r e s s or a . Ao r e n u n ci a r mos d e for ma c omp l e t a
e ve r d a d e ir a à d omi n a ç ã o coe r ci t i va , ge s t a -s e n a mu l h er u m s e n ti me n t o d e vu l n er a b il i d ad e
( d e s p r ot e ç ã o) q ue a l e va a s ol i ci t a r i n con s ci e n t e me n t e p os t u r a s ma s cu l i n a s d omi n a n t e s. Es t a
s ol i ci t a ç ã o s e e xt e ri or i za s ob a for ma d e comp or t a me n t os p r ov o ca t i v os , d e s a fi a d or e s e
i r ri t a nt e s. Is s o p a r e ce t e r r e la ç ã o co m o c o mp l e x o d e El e kt r a ou , p e l o me n os , es t a r d e a l gu ma
f or ma vi n cu l a d o à q u e s t ã o p a te r n a.
67
Com o a c on t e ci a q u a n d o e l a e r a cr i a n ç a e m re l a çã o a o p a i . No va me n t e o me s mo c o mp l e x o.
43
68
Tr a ta -s e d e u ma r e mi n i s cê n ci a a n ce s tr a l d os p ri ma t a s h omi n í d e os , e nt r e os q u a i s o ma i s
p od e r os o e i n t el i ge n t e p a ra fa ze r fr e n t e a o mu n d o h os t i l e s el va ge m e r a o me l h or p r ot e t or
44
( DOBZH ANS K Y, 1 9 6 8 ) . S u s pe i t o q u e vi d a ci vi l i za d a te n h a i n ve r t id o ou d e s t oe o s e n t i d o d o
cr i t é r i o s el e ti vo fe mi n i n o.
69
Há u ma i l ogi ci d a d e a p a r e nt e e u ma i l ogi ci d a d e r e al . Amb a s p od e m s e r ou n ã o s e r
i n con s ci e n t e s e i nt e n ci on a i s . Há ca s os e m q u e a mul h e r q u e r a p e na s pa r e ce r i l ó gi ca s e m sê -l o
d e fa t o, ma s nã o e s t á con s ci e n t e d e ta l de s ej o. Ne s t e ca s o, a il ogi ci d a d e s e r ve a u ma me t a
l ó gi ca ma i s p r ofu n d a . Há ou t r os ca s os e m q u e e la é r e al me n t e il ó gi ca . Es t e ú lt i mo ca s o r e s u l t a
d e d e s ej os con t r a d i t ó ri os e mu t ua me n t e e x cl u d e n te s . M as e m a mb os os ca s os p od e m h a ve r
r e s í d u os va r i á ve i s d e con s ci ê n ci a . Nã o p od e m os s a b e r n a d a s ob r e a con s ci ê n ci a i me d ia t a d o
ou t r o.
45
O apr imorament o dest a habilidade de fer ir emo cio nalment e inic ia-se
no co meço da ado lescência, quando as meninas t endem a subst it u ir
agressõ es físicas por palavras:
A int eligência emo cio nal da mulher é mais desenvo lvida do que a do
ho mem, por ser ela encorajada a encarar e a falar so bre suas emo ções desde
a infância (GOLEMAN, 1997). Isso lhes confer e uma so fist icada habilidad e
de no s at ingir nos sent iment o s, t anto para o bem quant o para o mal. Um
exemp lo da má inst rument alização dest a for ma de int eligênc ia pode ser
vist o quando a mulher desco bre que um ho mem, ant es co nsiderado especial,
é na verdade um simples mort al co mum. Ela ent ão se desencant a e perde o
70
Re fi r o-me a o d omí n i o e m oci on a l q u e re s u lt a na t ur a l me n t e d a r en ú n ci a ma s cu l i n a a t od a for ma
d e d omi n a ç ã o c oe r ci t i va .
46
Port ant o, a fragilidade feminina é inegável no â mbit o fís ico mas não
no âmb it o emocio nal em sua t ot alidade (CREVELD, 2004), ao cont rár io da
crença generalizada na cult ura popular. No campo da relação a dois, as
fêmeas humanas não são nem um pouco delicadas ou frágeis, são poderosas,
imp iedo sas e jogam sujo 72. Ent ret ant o, devemo s aceit ar t ais caract er íst icas
co mo inst int ivas e nat urais, sem nos revo lt ar mos.
71
Re fi r o-me à s e ve r i d a d e q u e o h ome m d e ve e x e r ce r s ob r e s i me s mo p a r a e du ca r s u a von t a d e .
72
P or mot i va ç õ e s i n con s ci e n t e s j á q u e o i n con s ci e n t e n ã o ob e d e ce à s r e gr a s mor a i s.
47
73
No s e n t i d o d a d o p e l os di ci on á r i os M i ch a e li s ( 1 9 95 ) e Au r é l i o ( F ERRE IR A, 1 9 9 5 ) .
48
Por est a est rat égia, a fêmea consegue pro longar indefinidament e o
so fr iment o do macho. A ut iliza co m ma ior ou menor int ensidade, de acordo
co m as co ncepções de mundo e a disposição que possuem para lut ar cont ra
o s pró prios inst int os malignos. Not e que o fundament o da tort ura é o
sent iment o de apego e paixão. A despeit o de todas as suas t ent at ivas de se
desvencilhar e se debat er inut ilment e, ela não deixar á de t ort urá-lo com t ais
jo go s a menos que sint a que você se desapa ixo nou de verdade. Est e é o
segredo. Quant o mais apaixo nado, mais submet ido aos joguinho s infer nais
vo cê est ará.
74
No s e n t i d o d a d o p e l os di ci on á r i os M i ch a e li s ( 1 9 9 5 ) e Au r é l i o ( F ERRE IR A, 1 9 9 5 ) .
49
Out ra for ma co mum de infer nizar nossa ment e é marcar encont ros e
não co mpar ecer. Para dest roçar est e joguinho, nunca se esqueça de mar car
u m t et o para os horários dos enco nt ros e nunca fique esper ando feit o u m
id io t a após o prazo t er findado. Prazos as desconcert am por serem acordo s
defin ido s explicit ament e para ambas as part es que encurrala m suas ment es,
imp ed indo-as de se mo viment arem nas indefinições.
Há ainda uma engenhosa est rat égia fe minina que consist e em não
man ifest ar cuidados e negar o car inho para induzir o macho a manifest á-lo s.
50
75
Em s eu p od e r s ob r e n ó s
76
F a ç o q u e s tã o d e s u bl i n h ar es t a r e come n d a ç ã o. O ó d i o é or i ge m d e i n ú me r a s p si cop a t ol o gi a s e
a q u e l e s q u e o cu l t i va m, i n d ep e n d e nt e me n t e d e e s ta r e m ou n ã o com a r a zã o, c on d e n a m-s e a vi ve r
o i n fe r n o n a a l ma . O si s t e ma n e r vos o e o s i s t e ma i mu n e s e i n fl u e n ci a m r e ci p r oca me n t e
( GOLEM AN, 1 9 9 7 ) , o q u e fa z c om q u e e moç õ e s n e ga t i va s , ta i s com o o ó d i o, a l te r a m a
q u a l i d ad e e a i n te n s i da d e da re s is t ê n ci a cor p or a l , pr ov o ca n d o d oe n ç a s . Um e st u d o n o Re i n o
Un i d o r e ve l ou q u e a s d e s il u s õ es a mor os a s a u me n ta m o í n d i ce d e d oe n ç a s ca r dí a ca s ( BUS TV,
2007)
77
Nos ca s os e m q u e i s s o s e j us t i fi ca p el a t e nt a ti va d a ou t r a p e s s oa br i n ca r com os n os s os
s e n t i me nt os .
78
Ou s ej a , s e m de i x ar -s e d is s u a di r p or ma n i p u la ç õ e s s e n t i me n ta i s.
79
O q u e é mu it o ma i s n ob r e e n ã o é co va r d e co m o o a t o a gr e d i r .
51
80
A i n t e li gê n ci a e mo ci on a l é mu i t o ma i s r á pi d a d o q u e a i nt e l e ct u al e a s mu l h er e s s u p e ra m os
h ome n s n e s s e ca mp o. O i nt e l e ct o é l e r d o, r e t ar d a tá r i o. Lo gos é u ma fu n ç ã o p r e d omi n a n t e n o
h ome m e Er os a fu n ç ã o p r e d omi n a n t e na mu l he r ( J UNG, 2 0 0 2) .
81
De ou t r a for ma , ta l ve z ma i s a ce r ta d a , p od e r í a mos d i ze r : e s p e r a r t u d o, t a n t o n o q u e s e r e fe r e
a o b e m c om o n o q u e s e re fe r e a o ma l, ou e n tã o n ã o e s p e r ar n a da , o q u e é q u a s e a mes ma coi s a .
A a gr e s s i vi d a d e é u ma fu n ç ã o i n con s ci e n t e h u ma n a n at u r al ( F REUD, 1 9 1 3 / 1 97 4 ) e m s u as vá r i a s
mod a l i d a d e s . Tod os os s e r e s h u ma n os a gr i d e m, a i nd a q ue n ã o s ai b a m di s s o ou n ã o a ce i t e m.
82
Is s o j á n ã o é a t u al me n t e ma i s vá l i d o p a r a a l gu n s pa í s e s . En t re t a nt o, a s l ei s a i n d a n ã o
r e con h e ce m a vi ol ê n ci a e mo ci on a l a mor os a p e r p e tr a d a p or mu l h e re s con t r a h ome n s , ma s a p e na s
p or h ome n s c on t r a mu l h e re s . É u m r e fl e x o d o p r e con ce i t o ge n e r a l i za d o c on t r a o gê n e r o
ma s cu l i n o ( CREVE LD, 2 0 0 4 ) .
83
Qu e s e r el a ci on a e s tr e it a me n t e a o comp l e x o d a i n ve j a d o P ê n i s ( F r e ud ) .
52
53
84
Re fi r o-me à s a r r oga n t e s e e s n ob e s e n ã o à s h u mi l d es , ge n t i s e si n ce r a s.
54
85
E s e m vi ol e n t ar s ua s e moç õ e s .
86
Re fe r e -s e a u ma for ma d e h i p ocr i s i a s a u d á ve l, con h e c i d a p op u l a r me n t e p or “ ca r a -d e -p a u ” .
87
“ O h ome m mos t r a o p ê n i s p a r a e x ci t ar e a mul h e r gr i t a ” ( ALBE RON I, 1 9 8 6 / s e m d a t a)
55
Os gineco logist as, por exemplo, t êm per missão para olhar dent ro das
vag inas simples ment e porque se respaldam na cr ença de que seus objet ivo s
são merament e t erapêut icos. A mulher que lhe abre as per nas o faz a part ir
da crença inabalável em sua honest idade e ausência de int eresses sexuais.
Segu indo a mesma linha, porém indo mais avant e, o gineco logist a po de
to car- lhe o clít or is 89 sob a alegação de realizar um exame e at é mesmo
excit á- la. E nquant o a crença for preser vada, não haverá nenhuma reação
femin ina cont rár ia ao toque, no sent ido de rechaçá-lo. No século XIX, o s
méd ico s chegavam inc lus ive excit ar e mast urbar mulher es co mo for ma d e
t rat ament o para t ent ar curá- las da fr igidez. Fo i assim que o vibrador fo i
invent ado: co mo uma ferrament a médica para subst it uir as mão s.
Obv iament e, muit as não eram cur adas em u ma só sessão, outras desco br iam
que nada sent iam quando est avam em casa co m o mar ido mas apenas co m o
méd ico e retornavam ao consu lt ór io muit as vezes... Est a é uma prova de qu e
a crença e a co nfiança na ausência de int enções sexuais per mit e que a
88
Tr a ta -s e d e u ma e x pr e s sã o me t a fó r i ca .
56
89
Cr e i o q u e e r a a i s s o q u e Ne l s on Rod r i gu e s s e r e fe ri a e m s u a s fr a s e s s ob r e os gi n e col o gi s t a s .
90
Re fi r o-me a o d omí n i o c on s e n t i d o e s ol i ci t a d o p e l a p r ó p r i a mu l h er .
91
Re fi r o-me à d e fe s a e moci on a l l e gí t i ma.
57
92
CALIG AR IS d i z, a r es p e it o d e s t e p or me n or , q u e a e n t r e ga s ex u a l t ot a l é bl oq u e a d a pe l o me d o
d a r e pr e s sã o p a t ri a r ca l e mu it a s ve ze s é vi vi d a s ome n t e n a pr os t i t ui ç ã o. P ar e ce -me q u e e st e
me d o é t r a n s fe ri d o p e l a mu l h er a d ul t a n a r el a ç ã o com o ma r i d o.
58
O rumo dos diálogos deve girar em t orno de quest ões amorosas gerais
e, po st erior ment e, das quest ões amorosas específicas da mulher que est amo s
sedu zindo. A t emát ica sexual so ment e pode ser int roduzida depo is de u m
bo m t empo.
93
P oi s a s si m s er e mos ma i s ve r d a d ei r os
94
Tu d o i s s o d e ve s e r ve r d a d e ir o e n ã o s i mul a d o. Nã o u t i l i ze e st e con h e ci me n t o p a r a o ma l .
59
60
Por serem baseados em sent iment os e não na razão, est as idé ias e
co mpo rt ament os feminino s indesejáveis cont inuam incó lumes apó s
dest ru ir mo s int elect ualment e seus argument os.
95
Qu a n t o ma i s o h ome m t e n t a r vi ol e n t ar o l i vr e -a r b ít ri o d a c omp a n h e i r a , na vã t en t at i va d e
f or ç á -l a a al t er a r o co mp or t a me n t o ou a a d mi ti r s e u s e rr os , mai s for ç a es t a rá l h e da n d o. Ab r i r á
e s p a ç o p a r a s er a cu s a d o d e coe r ç ã o, vi ol ê n ci a e mo ci on a l , d i t at or i e d a d e e t c. P e r d er á a ra zã o e
s e r á vi st o c om o u m mon s t r o p or s i me s mo, p el a e s p er t i nh a e p or t od a s a s pe s s oa s q u e e st i ve r e m
p r e s e n ci a n d o o c on fl i t o. Com o e s cr e ve u Es t h e r Vil a r ( 1 9 7 2) : “ a mu l h e r t e m o p od e r q ue o
h ome m l h e d á . ” ( tr a d. mi n h a) . P or es t e e ou t r os mot i vos é q u e con fe r i r t ot a l l i be r d a d e à mu l h e r
é mu i t o ma i s con ve n i e n t e d o p on t o d e vi s t a d a d e fe s a e moci on a l . O ma i s i n di ca d o é q u e o
h ome m a d e i x e ab s ol u t a me n te li vr e p ar a fa ze r o q u e q ue i ra , s e m j a ma i s p r oi b i r n a da , ma s
d e v ol ve n d o-l h e t od a s a s con s e q ü ê n ci a s e r e sp on s a b i li d a d e s q u e l h e ca b e m. Is s o e x i ge
d e s a p a i x on a me n t o e a d a p ta b il i d a d e t ot a is ou , pe l o me n os , e m ní ve i s ma i s al t os d o q u e a qu e l es
q u e cor r e s p on d e m a o h o me m c omu m, vi ol e n t o, p a s s i on a l e de s con t r ol a d o.
96
A r e s p e it o d e s t e p or me n or , Gol e ma n ( 1 9 9 7 ) n os d i z q u e a s mu l h e re s s e an gu s t i a m q u an d o os
h ome n s s e fe ch a m, r e cu s a n d o-s e a t oma r p ar t e n a s p ol ê mi ca s con fl i t i va s , e q u e a s me s ma s s e
a ca l ma m q u a n d o e l e s o fa ze m. Ai n d a s e gu n d o Gol e ma n , os h ome n s s e fe ch a m co m o me ca n i s mo
d e d e fe s a con t r a a i n un d a ç ã o e moci on a l . Qu a n d o u m h ome m s e fe ch a e m u ma s i t ua ç ã o d e
c on fl i t o, s e u s b at i me nt os ca r d í a cos s e a ca l ma m ma s os d a e s p os a s e a ce l er a m. Qu a n d o s e ab r e à
d i s cu s s ã o, os b a ti me n t os d a e s p os a s e a ca l ma m e os d e l e s e a ce l e r a m. F or ma -s e a s si m u m j ogo
61
Ent ret ant o, para não ser mo s previsíveis, co nvém de vez em quando
passar ao ext remo oposto, desmascarando imp lacavelment e seus disfarces
os ci l a t ó r i o d e t r a n s mis s ã o d e a n gú s t i a d e u m l a d o p a r a ou t r o. P or t a n t o, a mu l he r n e ce s s i ta d a
p a r t i ci p aç ã o ma s cu l i n a n o con fl i t o p a r a q u e s e u s b a ti me n t os ca r d í a cos n ã o s e a ce l er e m. Se el a
s e s e nt ir b ar r a da , b oi c ot a d a p e l o h ome m q u e s e r e cu s a a d ar pr os s e gu i me n t o a o c on fl i t o, s e rá
i n u n d a d a p or s e nt i me n t os d e i mp ot ê n ci a , fr u s t ra ç ã o, ra i va e t c ( GOLEM AN, 1 9 9 7 ) . Con cl u s ã o :
e l a s gos t a m d e ve r o cí r cu l o p e ga r f o g o e d e sa b e r q u e e s t a mos l ou cos . Re cu s e m os a e la s e st e
p r a ze r mó r b id o.
97
No s e n t i d o d a d o p e l os di ci on á r i os M i ch a e li s ( 1 9 9 5 ) e Au r é l i o ( F ERRE IR A, 1 9 9 5 ) .
98
Tod a s a s for ma s d e e n cu r r a la me n t o p s i col ó gi c o d e s cr i t a s n e s t e t ra b a l h o p os s u e m s ome n t e o
e fe i t o d e l e va r a mu l he r d e comp or t a me n t o a mb í gu o a r e ve l a r o q u e ve r d a d e i ra me n t e s e nt e p or
n ó s e s u a s r e ai s in t e n çõ e s , s e nd o t ot a l me n t e i n e fi ca ze s co mo f or ma d e ma n i p ul a ç ã o vi s a n d o a
s a t is fa ç ã o d os d e s e j os p e ss oa i s d o h ome m. Aq u e l e s q u e t e nt a r e m u t il i zá -l a s pa r a e s te fi m
e x cu s o, s o fr e r ã o a s con s e q ü ê n ci a s d o t ir o q u e s ai r á p el a cu l a tr a e ca i r ã o e m s i t ua ç õ e s ri d í cu l a s.
S e r ã o fi s ga d os p e l o p r ó p r i o a n zol e b e b er ã o s e m s a be r o ve n e n o q u e d es t il a r a m. Como s e t r a ta
d e con t r a -ma n i p u l a ç ã o ( d e sa r ti cu l a ç ã o d e ar ti ma n h a s ma n i p ul a t ór i a s) e n ã o d e ma ni p u la ç ã o, s ua
e fi cá ci a s e ve r i fi ca s ome n t e n os ca s os d e d e fe s a e moci on a l l e gí t i ma , n os q u a is a r a zã o e s t á d o
n os s o l a d o. Em ou t r os ca s os é i n e fi ca z, j á q u e a mu lh e r é ma is h áb i l n a ma n i p ul a ç ã o d os
62
63
Obviament e, você não deve t ent ar fazer isso se est iver apaixo nado o u
cairá de cabeça no precipíc io. O ho mem apa ixo nado est á em um est ado
ser vil e miserável, sendo incapaz de do minar a relação. É por isso que as
mu lheres t ent am ins ist ent ement e nos induz ir à ent rega.
100
En t e n d a -s e p or “ ca s t i go” a r u pt u r a d a r el a ç ã o ou , a o me n os , d o c o mp r o mi s s o d e fi d e li d a d e
p or p a r t e d o h ome m.
101
S e gu n d o F r e i r e ( 2 0 0 0) , o h ome m a ma d u r e ci d o a ce i t a a s op i n i õ e s con t r á r i as às s ua s e n ã o
t e n t a vi ol e n t a r o p on t o d e vi s t a a l he i o; a ca p a ci d a d e d e a ce i t ar a d i ve r gê n ci a cor r e s p on d e a o
q u a r t o e st á gi o d o a ma d u r e ci me n t o d a con s ci ê n ci a .
102
De vol v o a s s i m, a s pr ov o ca ç õ e s d os a u t or e s qu e q ua l i fi ca m o gê n e r o ma s cu l i n o c o mo
i n e r e nt e me n t e me n ti r os o.
103
Emb or a n e m s e mp r e e st e j a m ci e n t e s d is s o. Est a a n gú s t i a ge s t a -s e e m ní ve i s pr ofu n d os d a
p s i q u e e se t or n a vi s í ve l s ob a for ma d e s e n ti me n t os d e vu l n e r a bi l i da d e . P a re ce -me q u e o a t o d e
o cu l t a r l h e s p r op or ci on a u ma s e n s aç ã o d e se gu r a n ç a , com o s e e s t i ve s s e m a b r i ga d a s d e a l go q u e
t e me m. O mai s pr ová ve l é q u e e st e t e mor d o ma s cu l i n o s e j a o te mor d a fi gu r a p a te r n a a p on t a d o
t a n t as ve ze s p or F r e u d e m s u as ob r a s .
64
Para inut ilizar os infer nos ment ais das t eimo sias e po lêmicas bast a
não fo rçar as opiniões de sua parceir a. Respeit e abso lut ament e su as
o pin iõ es, visões de mundo, concepções et c mesmo quando forem
equ ivo cadas, falsas, mal int encio nadas, absurdas, ego íst as e co mplet ament e
prejud icia is par a a relação. Ent ret ant o, comunique-lhe por via única e
amavelment e, sem po lemizar, o que você enxerga a respeit o das mesmas e
as co nseqüênc ias que possuem. Jamais t ent e obr igá-la a ad mit ir os próprio s
104
Es t e s i mp a ct os n ã o d e ve m s e r e n t e nd i d os com o d a n os e n e m mu i t o me n os c o m o a gr e s s õ e s
ma s s i m com o s e n s i bi l i za ç õ e s q u e mob i l i za m s e n ti me n t os .
105
A d e s p e i t o d e s e r comu m s e a fi r ma r o con t r á r i o, a cr e d i t o q u e i ss o s e j a q u a se u ni ve r s a l . As
d i s cu s s õ e s t u r va m o e n t e n di me n t o, se j a e l e r a ci on a l ou e moci on a l .
106
De n t r o d o l i mit e d a b oa -e d u ca ç ã o e d a ci vi l i d a d e, ob v i a me n t e . Nã o r e tr oce d a a o p a l e ol í t i co.
107
Re fi r o-me a o d omí n i o d a s i t u aç ã o e n ã o d a me n t e ou d o c or p o a l h e i os .
108
Em ou t r a s pa l a vr a s : ch i c ot e i e a s i mes mo c om o l á t e g o d a v on t a d e p ar a d oma r o a n i mal
i n t e ri or e e vi t a r a p os s e ss ã o p or s e n ti me n t os e p e n s a me nt os n e ga t i vos . S ob r e e s t e p or me n or ,
l e i a -s e Ni e t zs ch e ( 1884-1885/1985 ) .
65
Apr ender a separar- se para dia logar nas t orment as emocio nais não é
fácil. O magnet ismo fat al cost uma nos arrast ar para br igas e
109
De s t e mod o, e m a l gu n s ca s os , e l a s ch e ga m a t oma r co n s ci ê n ci a d a s ca r a ct e rí s ti ca s n e ga t i va s .
Ob s e r ve i q u e a l gu ma s ch e ga m me s mo a mu d a r d e a t it u d e p or von t a d e p r ó p ri a , d e p oi s q ue os
e fe i t os d e s ua s a t it u d e s i n con s e q ü e n t e s r et or n a m s ob r e el a s me s ma s . A t oma d a d e con s ci ê n ci a
d os p r ó p r i os er r os é a l go mu i t o i n d i vi d u a l e n ã o s e p od e ob r i ga r o p r ó x i mo a fa zê -l o. Na
ve r d a d e , es t e é pi l ar ce n t ra l d e mi n ha t e or i a : a a ce i t a ç ã o a d a pt a ti va a b s ol u t a. Na d a ma i s
p od e m os fa ze r a n ã o s e r de i x á -l as fa ze r t u d o o q u e r e m d e su a s vi d a s ( ma s n ã o d a n os s a,
ob vi a me n t e ) e e s pe r a r q u e s a b or e ie m a s con s e q ü ê n ci a s b oa s e má s d os ca mi n h os q u e e s col h e m.
Nã o n os i l u d a mos : e l a s n ã o vol t a r ã o a o l a r e n e m s e n ti r ã o, n u n ca mai s , or gu l h o e m t e r os s e us
s e r vi ç os d omé s t i cos r e c on h e ci d os e r e mu n er a d os p e l os ma ri d os . Ta mb é m nã o s e n ti r ã o or gu l h o
p or s u a s ca r a ct e rí s ti ca s fe mi n i n as tr a d i ci on a i s e di fe r e n ci a n t es : s a i a s , ve s t i d os , de l i ca d e za ,
b e l e za , su a vi d a d e , e mot i vi d a d e s u pe r i or et c. A t e n dê n ci a q u e s e a p on t a pa r a os d i a s d e a ma n h ã
é a de s e t or n a re m ma i s e mai s s e me l h a nt e s a os h ome n s e , p or t a n t o, mai s e ma i s
d e s i n te r e ss a n te s . O fu t u r o é s omb r i o. Es p e r o e s ta r e r ra d o.
110
Ou s ej a , e n te s q ue n ã o con h e ci d os e a os q u ai s ne ce s s i t a -s e ob s e r va r , c on h e ce r e
c omp r e e n d e r .
66
Apr enda a co nt rolar sua ment e para mant er-se calado nos piores
in fer no s emo cio na is. Suport e as tort uras e confusões em silêncio, co mo o
Buda. Resist a a t odas as provocações de sua parceira no sent ido de induzí-
lo a u ma po lêmica. Seja dist ant e e mist er ioso. Fale o menos possíve l.
Amarr e sua língua mesmo que por dent ro você est eja prest es a arrebent ar. O
silêncio do ho mem que desaparece dent ro de si mesmo as inco moda muit o
(ALBE RONI, 1986/ sem dat a), sendo uma ót ima defesa cont ra as agr essões
emo cio nais porque as at inge de for ma cert eira. O at o de nos fechar mo s,
recusando-nos a discut ir, as desest abiliza e desor ient a emocio nalment e
(GOLEMAN, 1997).
Quando mais falar mo s, pior será. Quant o mais expor mos nosso s
po nt o s de vist a, mais est aremo s aliment ando os conflit os. É melhor ouví-la
e fazer apenas int er venções curt as, acert adas e dest rut ivas 112 pois, co mo
lemo s escreveu Salo mão:
111
Qu e Gol e ma n ( 1 9 97 ) de n omi n a “ i n u nd a ç õ e s d e s e nt i me n t os ” .
112
Re fi r o-me a d e s t r ui ç ã o d e a l gu n s p ou cos e n ga n os e e r r os q u e p od e m s e r e l u ci d a d os n es s e s
mo me n t os t ã o d i fí ce i s .
67
113
Emb or a e s t a s ej a r e l at i va e va r i e e m s e u s i gn i fi ca d o d e u ma cu l t u r a p ar a ou t r a e a t é d e u m
h ome m p a r a ou t r o. In d e p e n d e n t e me n t e d e se u s con ce i t os s ob r e b e l e za , u m h ome m t e n d e r á a
fr a q u e j a r ma i s p or a q u el a s q u e , s e gu n d o s e u s cr it é ri os , l he p ar e ce r e m b el a s. No q u e a mi m di z
r e s p e it o, n ã o comp a ct u o c om os cr i t é r i os e p ad r õ e s e st e r e ot i pa d os d o s é cu l o XX ( j u ve n t u d e ,
f or ma s cor p or a i s e t c. )
68
A mulher dispõe de so fist icados mecanismos ps ico lógicos para bur lar
qualquer t ent at iva de do minação. São refrat ár ias à do minação. Resist e m
co nt inua ment e, at é mesmo à força brut a 116, soment e podendo ser
in flu enciadas realment e pelo do mínio de uma força emocio nal super ior à
sua. Nem t udo est á perdido...
114
P or q u e sã o s e r e s d e or i e n t a çã o e mo ci on a l .
115
Re fi r o-me à d omi n a ç ã o c on s e n t i d a q u e r es u l ta n at u r a l me n t e d a r e n ú n ci a à d omi n a ç ã o
c oe r ci t i va .
116
A ve l h a e con h e ci d a fr a s e d e M a q ui a ve l ( 1 51 3 / 1 9 7 7 ; 1 5 1 3 / 2 0 0 1 ) r e t ra t a e st a i mp os s i b i li d a d e :
“ A s o r t e é mu l h er e, p a r a d o mi n á -l a , é pr ec i s o b at er - l h e e f er i r - lh e. ” . Es t a n ã o é u ma fr a s e
mi s ó gi n a e ne m vi ol e n t a , ma s s i m u ma comp a r a ç ã o e n t r e a mu l h er e a s or t e , b a s e ad a n o fa t o d e
q u e a p r i mei r a n ã o s e de i x a d omi n a r . A i n t e n ç ã o d a comp a r a ç ã o, n o e n t a n t o, é mos t r a r q ue a
s or t e s ome n t e p od e s er d omi n a d a q u a n d o n e la b at e mos , d o me s mo m od o c om o fa zi a m os h ome n s
i gn or a n t e s n a é p oca d e M a q ui a ve l com a s mu l h e r e s, movi d os p e l a fú ri a d es e s p er a d a. M a q u ia ve l
n ã o e s t á r e come n d a n d o q u e s e b at a n a mu l h er ma s s i m n a s or t e . Ut i li za a mul h e r e m s ua fr a s e
a p e n a s p a r a comp a r a ç ã o c o m o i n t u i t o d e i l us t ra r q u e a mu l h er n ã o s e d ei x a d omi n a r.
117
Is s o s e r e fe r e e s pe ci fi ca me n t e a o ca mp o a mor os o e co r r e s p on d e a p e n a s a o s e n t id o for ma l
( r a ci on a l ) d a l ó gi ca . Ent r et a n t o, os s en t i me nt os t a mb é m p os s u e m u ma ou t r a l ó gi ca , d i st i nt a da
l i n e ar ra ci on a l , q u e é o fu n d a me n t o d a i n te l i gê n ci a e moci on a l e d a i n t ui ç ã o.
118
Trata-se da conhecida e já citada frase: “ A mu l h e r t e a cor re n t a a tr a vé s d e t e us d es e j os . Sê se n h or
d os t e u s de s e j os e a cor r e n t a r ás a mu l h er . ” ( LÉV I, 1 8 5 5 / 2 0 0 1, p. 7 3)
69
119
O q u e con s t i t u i u ma l e gí ti ma d e fe s a e moci on a l e fu n c i on a a p e n a s n o ca s o d a mu l h e r s e r u ma
e s p e r ti n h a q u e t e nt a n os t r a p a ce a r n o a mor . S e a mu l h er for h on e s t a e si n ce r a n a r el a ç ã o, n ã o
h a ve r á fe i t iç o a l gu m p a r a s e r d e vol vi d o e e l a n ã o s e r á a ti n gi d a e moci on a l me n t e p or n a d a p oi s a
r a zã o e s t a r á co m e l a .
120
Lu t a n d o c on t r a n ó s mes mos e n ã o con t r a e l a s.
70
121
De e s pí ri t o.
122
P a r a fi ca r ma i s cl a r o : é co m o s e fos s e u ma comp e t i ç ã o e m q u e ca d a u ma d a s pa r te s t e n ta
s u p e r a r a ou t r a n a ca p a ci d a d e d e a u t o-d o mí n i o. Aq u e l e q u e con s e gu i r s u p or t a r ma i s e ve n ce r
c om ma i or p r o fu n d i d a d e o i n fe r n o e moci on a l i n te r n o, é o ve n ce d or .
123
In t e r i or
124
De vol v o ma i s u ma ve z a p r ov o ca ç ã o d a e s cr i t or a S al ma n s h on ( 1 9 9 4 ) .
71
Quando as t rat amos de for ma apenas car inho sa, t ornam-se malcr iadas,
rebeldes e provocat ivas ao invés de reconhecerem o valor de t al t rat ament o
mar avilho so. Quando as t rat amos co m aut oridade 125, most ram-se doces e
car inho sas. Donde se depreende que suas provocações e ma lcr iações são na
verdade so licit ações de uma post ura masculina fir me (JUNG, 1991), mu it o
po uco sent iment al. A menor abert ura ou fraqueza é rapidament e percebid a
po r meio do inst int o animal e aproveit ada.
Se você não est iver dispost o a ser fort e 126 e não for int er ior ment e
co rajo so, é melhor desist ir de ser macho e virar uma bor bo let a... ou ent ão
mud e de idéia e se disponha a adquir ir coragem.
Vejo muit os caras achando que as mulher es vão se apaixo nar por eles
apenas por piedade. Acredit am que bast a dar-lhes a mor e, assim, a
ret ribu ição será aut o mát ica. Est ão perdidos.
Se você pensa que bast a ser bo nzinho para ser reco nhecido...est á
perd ido. Jogue sua cabeça no vaso sanit ár io e dê descarga para o bem das
geraçõ es fut uras.
E las const ant ement e avalia m os nossos limit es e o grau de poder que
po ssuem so bre nossa vo nt ade. Nos obser vam e medem at é onde podem ir.
Jo gam ao ext remo. Tudo com int enção de dominar a relação e não serem
do minadas.
125
Re fi r o-me à a u t or i d a d e p r ot e t or a e con s e n t i d a .
126
Em Es p ír i t o.
72
Poucas co isas dão t anto prazer à fêmea quant o saber que há um macho
que so fre por elas. Paradoxalment e, est e mesmo macho é considerado
desint eressant e e fraco, não proporcionando as e moções fort es que as
deixam fascinadas. Servir á, no máximo, para ser um mar ido cornudo .
Quant o maior for o sofr iment o do infe liz, ma ior ser á a sua sat isfação e,
co nt radit oriament e, seu desint er esse. É por ist o que não sent em pena
daqueles que se suicidam po r uma grande dor de amor. O ho mem que se
mat a po r amor est á comunicando que é um fraco e, com ist o, seu sacr ifício
fica sem sent ido.
127
Re fi r o-me à i l ogi ci d a d e n o ca mp o a m or os o e n o s e n t i d o l ó gi c o -r a ci on a l d a p a l a vr a.
73
O mundo das mulheres que t rat amos nest e livro é um pest ilent o ant ro
de ment iras, dissimu lação, manipulação e engano. Ist o é válido para todas,
em ma io r ou menor grau, e t em sua or igem em um r emot o passado hist ór ico .
O espaço para a sincer idade co m essas fêmeas parece ser nulo ou quase
nu lo . Logo, t emos que t rat á-las segundo est as leis, às quais est ão
aco st u madas.
128
Re fi r o-me a o d omí n i o c on s e n t i d o p r ot e t or r e s u lt a nt e d a r e n ú n ci a à d omi n a ç ã o c oe r ci t i va .
129
De s d e qu e el a con s i n t a ou s ol i ci t e , d e mon s t r a n d o i ss o p or me i o d e a ti t u d es .
74
130
Tr a ta -s e a p e na s de u ma t e nt a ti va , p a ra ve r i fi ca r s e é e s t a p os t u ra d omi n a n t e o q u e el a e s t á
q u e r e n d o e b us ca n d o e m n ó s .
131
At e n d e n d o a s s i m à s ol i ci t a çã o r e cé m-d e s c ob e r t a .
132
Re fi r o-me a o a m or e mo ci on a l e nã o a o a mor c on s ci e n t e .
133
Com o t e mp o, p od e d a r -s e o ca s o d e l a s e t or n a r u ma c o mp a n h i a t ã o a gr a d á ve l e i mp or t a nt e
q u a n t o u ma gr a n d e a mi ga ou i r mã .
134
Am or e mo ci on a l ou p a i x ã o r omâ n t i ca .
135
P or q u e e r a e x at a me n te is s o o q u e e st a va m b u s ca n d o e m n ó s .
136
É o ca s o d a q u e l a s q u e e x i ge m co mp r omi s s o e m o ci on a l e fi d e l i d a d e d o h ome m ma s ofe r e ce m,
e m t r oca , s ome n t e comp or t a me n t os c on t r a d i t ór i os e d ú vi d a s a r es p e it o d a fi d el i d a de . A d ú vi d a
p r ov o ca u ma i r r it a ç ã o e moci on a l e é p or i s s o q u e bu s ca mos a s ce r t e za s ( P EIRCE, 1 8 8 7 / s / d ).
75
Sua namorada sempr e poderá ser impr evisível mas t ent ará induzí-lo a
mecanizar-se na espera de um padrão comport ament al para surpr eendê-lo
co m o utros padrões, deixando -o louco. Resist a às t empest ades emocio nais.
Est eja pront o para t udo. Não a deixe cont aminar sua ment e co m alt er nâncias
absurd as de sent iment os. Fique cent rado e não se deixe arrast ar para
nenhu m lado.
Nunca pro íba nada. A pro ibição est imula a desobediência 137 e fornece
argu ment os em favor de um supost o autorit ar ismo ar bit rár io de sua part e.
Ao invés de proibir, deixe a diabinha sem saída cr iando sit uações que
revert am so bre sua própria cabeça as conseqüênc ias de suas at it udes
ind esejáveis. Co munique, unilat eralment e, decisõ es que a at injam a part ir
de seu s própr ios erros. Amarre-a por suas própr ias idéias e at it udes.
137
P oi s a pr oi b i ç ã o t e m o e fe it o d e e st i mu l ar o d e se j o a o i n vé s d e con t ê -l o.
76
138
“ A p e r p e t ui d a d e d a s ca r í ci a s ge r a l og o a s a ci e d a d e, o t é d i o, a a n ti p a ti a , d o me s mo mod o q u e
u ma fr i e za ou u ma s e ve r i d a de con s t a n t e s d i st a n ci a m e d e st r ó e m gr a d at i va me n t e a a fe i çã o”
( LËV I, 2 0 0 1 , p . 2 2 6 ).
139
Re fi r o-me à c omp e t i ç ã o p or a u t o-d omí n i o j á e x p li ca d a .
140
Ou s ej a , e m di r e ç ã o à q ui l o q u e e l a e st á t e n ta n d o fa ze r , à a t it u d e ou c omp or t a me n t o
i n d e s ej á ve i s q ue el a e s t á t en t a n d o a ss u mi r. Nã o for ç a r e mos , p or t a n t o, o l i vr e -a r b ít r i o fe mi n i n o
a o a d ot a r mos e s t a p os t u r a.
77
141
A s a t i s fa ç ã o p r ove n i e n t e d o ci ú me s e d e ve à con s t a t a ç ã o d e q u e o ma r i d o s ofr e p e l o
s e n t i me nt o d e a p e go e d e q u e a i n d a s e nt e pe l a mu l h er o a mor e mo ci on a l d a p ai x ã o r omâ n t i ca .
142
No s e n t i d o d a d o p e l os di ci on á r i os M i ch a e li s ( 1 9 9 5 ) e Au r é l i o ( F ERRE IR A, 1 9 9 5 ) .
143
Em ge r a l , a e s p e rt i n ha n e ga t ot al me n t e q u a l qu e r p os s i b i l i d a d e d e e n vol vi me n t o c om o
"b a b a ca " a o q u a l d e d i ca s ua at e n ç ã o e x cl u si va ma s , n o fu n d o, con h e ce mu i t o b e m a s
i mp l i ca ç õ e s d e cor r e n t e s d o a t o d e s e con ce d e r mu i t a at e n ç ã o a u m ma ch o h e t e r os s e x u a l a d u lt o
s e x u a l me nt e at i vo. Emb or a s i mu l e e al e gu e d e s con h e ci me n t o, e l a nã o i gn or a q u e , se fi ca r n u a,
e l e s a lt a r á s ob r e el a .
144
No s e n t i d o d a d o p e l os di ci on á r i os M i ch a e li s ( 1 9 9 5 ) e Au r é l i o ( F ERRE IR A, 1 9 9 5 ) .
78
79
Quando so mos car inho sos e cuidadosos, abrem-se igualment e out ras
duas possibilidades: a mulher se cansa, nos considerando pegajo sos, o u
go st a desse car inho prot etor e fica dependent e. Se a dama se enfast iar,
sig nifica que nunca t e deu import ância real, apenas t e via co mo um t rouxa.
Se não enjoar e não t e evit ar, é porque realment e est á ficando dependent e.
To me cu idado co m fingiment os. Não seja sempre car inhoso, alt er ne para
co nfu ndí- la 150.
145
Re fi r o-me a u ma a gr e s s i vi d a d e l e ve n os mod os , t í p i ca d e ma ch os , e n ã o a u ma con d u t a
vi ol e n t a .
146
De s d e qu e i s s o s ej a j u s t o, ob vi a me n t e .
147
Com o r e c ome n d a S a l ma n s h on ( 1 9 9 4) às mu l h er e s p a r a q u e fa ç a m com os h ome n s .
148
P or t e r a a r ti ma n h a ma ni p u la t ó ri a d e s ar t i cu l a da .
149
P os s i ve l me n t e p or t e r s e gu n d a s i n t e nç õ e s e es t ar i n t e r e s s a d a e m ou t ra s coi s a s ( ca r r o,
d i n h e ir o, e x i bi r -s e , te r u m e s cr a vo e m o ci on a l e t c. ) e n ã o n a p e s s oa d o h ome m e m s i .
150
Com o e l a s fa ze m c on os c o.
80
Seja imprevis ível, o ferecendo amor e car inho nos mo ment os mais
inesp erados. Surpreenda t elefo nando quando t udo indicar que você não o
fará mas faça-o rarament e, de maneira desco ncert ant e.
Est eja at ent o a simu lações per feit as de submissão, paixão e ent rega
que o cult am ind iferença. Est e é um do m or iginalment e feminino mas qu e
po de ser desenvo lvido pelo ho mem at é níveis impensáveis, inclusive
u lt rapassando o ápice da dissimulação feminina. Podemos dizer que est e é o
segredo magno da sedução e do domínio: simular co m per feição uma paixão
int ensa e submissa sem que se t enha realment e est e sent iment o. É est e poder
que co nfere às fêmeas a capac idade de passar subit ament e de um ext remo a
o ut ro sem a menor pert urbação, deixando-nos loucos no meio da confusão.
O impact o de uma declar ação de amor derret ida será mais int enso se
ant ecedido por um per íodo de dist ância e fr ieza e vice-versa. Port ant o,
quando sua parceira t eimar em recusar sexo e car inho, resist a. Aguarde at é
ser pro curado. Ent ão passe ao ext remo oposto, t ransando int ensament e at é
ext enu á- la e se afast ando em seguida.
Quant o mais exa lt ado e int enso for o rit o de encant ament o (de amo r
o u de ódio) t ant o mais efet ivo será o seu poder. Ent ret ant o, maior ser á
t ambém o risco que correremos de ser mo s vit imados pelo mesmo, sendo
81
“As si m , o oper a dor i gn or an t e se espa n t a sem pr e por a t in gir r esul t a dos c on t r ári os
à quel es a os qua i s se pr opôs, poi s n ã o sa be cr uz ar e n em a l t ern ar sua a çã o; dese ja
en fei t i ça r seu i n im i go e é el e m esm o que s e ca usa desgr a ça e se p õe en fer m o; quer
fa z er -se a m a r e se a pa i xon a l ouca , m i ser a vel m en t e, por m ulh er es que z om ba m del e
(. . . ). ” (LË VI, 2001, p. 227, gr i fo m eu)
Por out ro lado, um ho mem t emível que at enua sua sever idade ext rema
t emperando-a esporadicament e co m at os de bondade, ut ilizando-a para
prot eger e dar segurança à mu lher, se t orna fascinant e po is est ará alt enando
e cruzando sua ação.
151
J u n g t r at a d i s s o e m s e u l i vr o "M i s t er i u m Con j u n ct i on i s ".
152
Re fi r o-me a fú r i a s , ma l d a d es e cr u e l d a de s mod u l a d a s , d ir i gi d a s con s ci e n t e me n t e con t r a a s
c oi s a s e rr a d a s d a vi d a . O q u e n or ma l me nt e ch a ma mos d e “ ma l ” s ã o a s for ç a s in s ti n ti va s
a n i ma i s d e sl oca d a s d a r ea l i da d e hu ma n a ci vi l i za d a p or se r e m a u t ô n oma s e p or n ã o e s t ar e m s ob
o c on t r ol e d a con s ci ê n ci a . Es te d es a j u st e d e s a pa r e ce q u a n d o a s a ss i mil a mos t ot a l me n t e n a
c on s ci ê n ci a . S ob r e e s t e p or me n or , l ei a -s e S a n for d ( 1 9 8 8) e Ni et zs ch e ( 1 8 8 6 / 1 9 98 ) .
82
Nosso comport ament o é alvo da cur io sidade feminina (é por isso que
exist em fo foqueiras nas esq uinas). Quando est ão envo lvidas co m u m
ho mem, t udo o que est e faz, o que vest e, o que come et c. é objet o de
cur io sid ade par a esses ser es super ficia is 153.
Nós ho mens cost umamos ser inco mpet ent es para lidar co m emo ções e
int erpret ar as expressões faciais ( GOLEMAN, 1997), mot ivo pelo qual no s
deso r ient amos na guerra da paixão. Por outro lado, as mulheres, ao
o bser varem os ho mens, busca m co mpreender o que se passa em suas
cabeças e em seus corações. É dest e modo que ficam conhecendo os nosso s
limit es emo cio nais par a jogar conosco at é o ext remo co m tot al segurança.
153
A s u p e r fi ci a l i d a de d o h ome m s e ma n i fe s ta p or ou t r a s ca r a ct e r í s t i ca s q u e nã o s e r ã o d e ta l h a d as
a q u i p or nã o s e r es t a a met a d o li vr o.
154
Com o e l a s fa ze m c on os c o.
83
155
E p or t a n t o s u pe r i or e s n e ss e ca mp o.
156
As q u a i s s ome n t e d e ve m s e r u ti l i za d a s com o me i o d e d e fe s a e moci on a l l e gí t i ma. Est e us o s e
j u s ti fi ca s ome n t e q u a n d o a es p e rt i n ha comp r ova d a me n t e t oma a i n i ci at i va d e n os a t a ca r e fe r ir
n os s e n t i me nt os .
84
Est amos t rat anto de defesas e at aques emoc io na is. Penet ra-se as
defesas surpreendendo. Surpreende-se chocando, agindo da for ma mais
impro vável possível, o que requer liber dade de ação e descondic io nament o .
Ent ret ant o, se não calcu lar mo s corret ament e os efeit os, as reações que
pro vo camos podem ser indesejáveis e seremo s nós os surpreendidos. É
per igo so arriscar-se a chocar indiscr iminadament e e de qualquer maneira 157.
Aquele que irr it a est á no co mando da relação e aquele que é irr it ado
est á sendo co mandado. A pessoa irr it ant e é o agent e at ivo e o que sofre a
irr it ação é o agent e passivo. Por meio da obser vação, as mulher es per cebe m
no ssas irr it ações, descobrem nossas t endênc ias, crenças, carências, desejo s,
necess idades e nos conduzem. Para invert er mos o jogo, nós é que t emos que
irr it á- las (corret ament e!) ao mesmo t empo em que obser vamo s suas reações
e aco mpanhamo s t odo o processo sem nos ident ificar mo s. Mas não
po deremos irr it á- las se não for mos imunes às suas provocações. Port anto ,
há t rês pontos import ant es aqui: obser var, resist ir e irr it ar. Trat a-se de uma
guerra em que as ar mas são as provocações e o escudo é a resist ência. Ao
lo ngo do t empo, nossas amigas apr enderam a nos cont ro lar emocio nalment e,
jo g ando de infinit as for mas co m nossos sent iment os. Provocam em nós, a
seu bel prazer a ir a, o desejo, a felic idade, o ent usiasmo, a fr ust ração, a
sensação de sent ir-se diminuído et c. Para vencê-las, t emos que co mbat er
co m as mesmas ar mas, sendo mais resist ent es e mais provocat ivos do que
elas são conosco.
157
Is s o o c or r e q u a n d o n ã o t e mos a r a zã o d e n os s o l a d o e e s t a m os e r r a d os ou n ã o e s t a mos a gi n d o
h on e s t a me n t e e m l e gí ti ma d e fe s a. Ta mb é m ocor r e q u a n d o q u e r e mos ca u s a r d an o e mo ci on a l ou
n ã o n os l i mi t a mos à met a de a p en a s p r e se r va r a i nt e gr i d a d e d e n os s os s e nt i me nt os s e m a gr e d ir
gr a t u i t a me nt e ou p or mot i va ç õ e s e goí s t a s . Ao p r oce d e r a s s i m, o a gr e s s or e moci on a l t r a n s fe re a
r a zã o à ou t r a p a rt e e se t or n a i n ju s t o, s ofr e n d o a s con s e q ü ê n ci a s d o t i r o q u e s a ir á pe l a cu l a t ra .
85
86
As est rat égias das fujo nas var ia m mu it o. Algumas vezes elas se
mo st ram int er essadas no iníc io mas, assim que você co meça a demo nst rar
que co rresponde, evit am o cont at o. Param de at ender aos t elefo nemas,
param de escrever, mandam sempre dizer que não est ão et c. Tudo com a
int enção 159 de forçá- lo a per seguí- la. Podem t ambém mar car enco nt ros e não
co mparecer. Quant o mais você fica at rás, ma is co nfir ma que est á
int eressado e mais a fujo na o evit a, feliz da vida! A int enção é medir seu
grau de persist ência, excit ar seu desejo e mant ê-lo preso. Algumas sent em
prazer no ato de rejeit ar.
158
Al b e r on i ( 1 9 8 6 /s e m d at a ) n os d i z q u e e s ta fu ga r e p e n t i n a t e m o i nt u it o d e a pr i si on a r o
h ome m a ma n d o-a e d e s e j an d o-a p or t od a a vi d a .
159
O i n con s ci e n t e p os s u i met a s e i n t e nç õ e s.
87
Ent ão, em um cert o dia, o apaixonado virou ho mem e lhe t elefo nou.
Po rém, ant es que a dama pudesse pensar, disse co m voz fir me e decid ida:
"Se você não me atender da próxima vez em que eu telef onar, terá me dad o
a cert eza de que não me ama e te esquecerei para sempre". No dia seguint e,
ligo u no vament e e fo i at end ido amavelment e. Conseguiu t ransfor mar a
fu jo na em uma boa menina po is a encurralou em seus própr ios sent iment o s.
Infeliz ment e, era uma fujo na que t raía seu bo m mar ido. Não est ou louvando
o ato de flert ar co m esposas alheias mas apenas ut ilizando o exemplo para
ilu st rar como func io na o psiquis mo das fujo nas e co mo devemo s agir para
pegá- las.
As fujo nas querem sempre nos mant er emocio nalment e presos at ravés
da dú vida. Muit as querem apenas nos enrolar, mant endo-nos at rás delas sem
dar sexo em t roca. Sabem que quando nos evit am repent inament e ficamo s
do minados pelo s nossos própr ios sent iment os. Gost am muit o de nos fazer
perder o t empo e se divert em vendo-nos correr at rás delas feit os uns
imbecis. Gost am de fug ir, fugir e fugir, sent em prazer nest e ato porque
sabe m, inst int iva ment e, que deixar ão dúvidas e indagações ma l reso lvid as
na ment e do homem e uma pessoa co m quest ões amorosas ou sexuais mal
reso lvidas co m alguém fica "amarr ado". A int enção das fujo nas é no s
mant er presos a elas por meio da dúvida 161, de preferência por toda a
et ernidade. Para vir ar o barco, bast a dar- lhes um ul timatum. O ultimatum
deve ser a not ificação de uma sit uação que a encurrale, fazendo co m que
160
No s e n t i d o d a d o p e l os di ci on á r i os M i ch a e li s ( 1 9 9 5 ) e Au r é l i o ( F ERRE IR A, 1 9 9 5 ) .
161
P oi s a d ú vi d a cr i a u ma ir r it a ç ã o e moci on a l n o s e r h u ma n o ( P E IR CE, 1 8 8 7 / s / d) in s u p or t á ve l .
88
2) Você se most ra int eressado e começa a ser evit ado pela fujo na;
Quando as alcançamos por t elefo ne, a fujona cost uma des ligar. O que
ela quer é simp lesment e t er o prazer de bat er o t elefo ne na sua car a.
Ant ecip e-se, diga objet ivament e o que t em que dizer e des ligue pr imeiro ,
ro ubando- lhe o prazer.
As fujo nas infer nizam mu it o por t elefo nes. Por ser o meio de
co mu nicação pessoal ma is ut ilizado ho je em dia, o t elefo ne é a ferrament a
162
A i n t e n ç ã o d e st e ul ti ma t u m nã o é for ç a r a mul h e r a n os d e s e j ar e n e m t a mp ou c o m od i fi ca r
s e u s se n ti me n t os a n os s o r e s pe i t o ma s s i m de s cob r i r a r e al i d a de q u e s e ocu l t a p or t rá s d o
c omp or t a me n t o a p a r e nt e me n t e con t r a d i t ó ri o p a r a q u e p os s a mos d a r u m ru mo a d e q u a d o a n os s a s
89
• pedir ou aceit ar o seu número, promet endo t elefo nar mas não
cumpr indo a promessa;
• não retornar aos seus recados ou não at ender quando você liga,
mesmo est ando ali ao lado do aparelho ;
Para quebrar est e infer no e encurralar a espert inha, você deve acert á-
la exat ament e no pont o que a mot iva: a cert eza de que, ao evit á-lo, você a
quer mais e mais. Ao perseguí- la cada vez co m mais int ensidade, você est á
lhe d ando cert ezas de que est á cada vez mais apa ixo nado na mesma
pro po rção em que é evit ado. Port ant o, é nest e pont o que você deve fer í-la 163
em cheio, quebrando- lhe t odas as mot ivações. Co mo ? Alcançando-a po r
algu m meio (cart a, t elefo ne, recado por amiga et c.) e comunicando-lhe uma
sent ença: a de que a próxima fuga dará a você a cert eza definit iva de que
ela fo i uma “vadia 164” ment irosa far sant e desde o início e assim det er minará
a rupt ura tot al e definit iva. Dest e modo, você a at inge no pont o nevrálgico
po is a maldit a acred it a que, fugindo, est á int ensificando o seu sofr iment o
vi d a s . Nã o é u ma e s tr a té gi a d e ma ni p u la ç ã o ma s si m d e con t r a -ma n i p u l a ç ã o, i st o é , d e
d e s a r ti cu l a ç ã o d e a r ti ma n h a s ma n i p ul a t ór i as .
163
P oi s e l a o e s tá fe r i n d o a nt e ci p a d a me n te .
90
“Se você não me procurar at é (dat a def inida por você) é porque
nunca prest ou e não te procurarei nunca mais!”
“Se você não me procurar at é (dat a), não me procure nunca mai s.”
“Te dou uma última chance de voltar para mi m até (data), se não o
f izer, desapareça da minha vida para sempre.”
É preciso que ela sint a o peso de sua det erminação e o poder de sua
sent ença. Quase nunca é possível alcançá-las para falar-lhes pessoalment e,
já qu e elas desligam o t elefo ne e cost umam r idiculament e se esconder e
evit á- lo nas ruas para que você se sint a como se fo sse um assediador. Ent ão
deve-se se mpre dispor de meio s alt er nat ivos. O que import a é alcançá-las e
cho cá- las, at ingindo-as pesadament e nos sent iment os. Isso exige muit a
co ragem e disposição para perder.
164
No s e n t i d o d a d o p e l os di ci on á r i os M i ch a e li s ( 1 9 9 5 ) e Au r é l i o ( F ERRE IR A, 1 9 9 5 ) .
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93
A essência do que t ais fêmeas são é abso lut ament e dist int a do que
elas mesmas dizem, razão pela qual devemo s nos guiar apenas pelas suas
at it udes e nunca por suas falas absurdas fút eis. A fala é um de seu s
pr incipais mecanismos de lud ibr iação nas negociações.
94
Há uma imensa diferença ent re pedir e afir mar de for ma decid ida. A
mu lher não irá renunciar aos maus cost umes ( sexo com pouca freqüência o u
po uca qualidade, at it udes simpát icas par a co m out ros homens et c.) soment e
po rque você pediu. Apenas o fará caso seja co municada de modo inequívo co
que aquelas at it udes implicarão, sem apelação, no fim da relação ou na
ru ína de sua imagem. Se você t ent ar negociar, ela per ceber á, co m seu sext o
sent ido diabó lico 166, um medo de perdê- la e jogará co m est e medo at é o seu
limit e ext remo. Logo, a saída é não t er medo.
Mas para não t er medo é preciso não se apaixo nar. E is porque a mort e
do ego 167 é impr escindíve l. Ser á incapaz de impor condições sem vacilar
165
No s e n t i d o d a d o p e l os di ci on á r i os M i ch a e li s ( 1 9 9 5 ) e Au r é l i o ( F ERRE IR A, 1 9 9 5 ) .
166
No h ome m, o ca r á t e r d i ab ó l i co n ã o s e p r oce s s a d e fo r ma t ã o i n t u it i va . Em a l gu n s ca s os , e st a
ca p a ci d a d e fe mi n i n a d e i nt u ir ou p r es s e nt i r os s e nt i me n t os d o h ome m, i s t o é, se el e s ofr e d e
a mor , s e se n t e s a u da d e s e se e st á a n s i os o p or vê -l a e t c. p a re ce a t é s u p er a r a s b a rr e i ra s d o
e s p a ç o, b ei r a n d o a p a r a n or ma li d a d e.
167
P or mor t e d o( s ) Ego( s ) d e ve mos e n t e n d e r a di s s ol u ç ã o ( a s s i mil a ç ã o) d os a gr e ga d os p s í q u i cos
ou c omp l e x os a u t ô n omos . Em ce r t a con fe r ê n ci a , cu j a r e fe r ê n ci a p a r a ci t a ç ã o n ã o me re cor d o
a g or a , J u n g a fi r mou q u e os comp l e x os s ã o c on s t i t u í d os p or a l gu ma e s pé ci e d e e go e é
e x a t a me n te i s s o o q u e a fi r ma o V. M. S a ma el Au n We or . Ta n t o o Ego u s u a l d a ps i col o gi a , co m o
os c omp l e x os a u t ô n om os d o i n c on s ci e n t e , o Ego, o S u p e r e g o e o Id d e F r e u d ( 1 9 2 3/ 1 9 9 7 ) e os
ch a ma d os Al t e r -Eg o ou Eu S u p e r i or s ã o, n o fu n d o, s ome n t e d i st i nt a s for ma s d e Ego, à s qu a i s
n e ce s s i t a m s e r d i ss ol vi d a s p a r a q u e a al ma se l i b er e e s e us vá r i os i mp ul s os u n il a t er a is ,
c omp u l s i v os e op os t os s e j a m as s i mil a d os e fu s i on a d os . A vi s ã o e gó i ca é u ma d i st or ç ã o d a
r e a li d a d e p oi s os mú l ti p l os “ e us ” s u b j et i va m a s p e r ce p ç õ e s ( S AM AE L AUN WE OR, s / d ). P or
me i o d a comp r e e n s ã o, c or r i gi mos gr a d a t i va me n t e a d is t or ç ã o co gn i t i va i n e r e nt e à ca d a vi s ã o
c omp u l s i va me n t e u n il a t er a l, ob j e ti va n d o, a s s i m, a vi s ã o q u e te mos d o ob j e t o d e d e s e j o ou
a ve r s ã o.
95
96
As mulher es são seres imaginat ivos e int uit ivo s, muit o pouco
racio nais, que se orient am pelos sent iment os e não pela lógica ou pela
razão 168. Assim, apresent am pouca resist ência à verdade e necessit am viver
na ilu são e na ment ira (SCHOPENHAUER, 2004). Ist o é próprio da
nat ureza feminina 169.
168
Is s o n ã o i mp l i ca e m i n fe ri or i d a d e ma s a pe n a s e m d i fe r e n ç a . Como d i z Ka n t ( 1 9 9 3 / 1 7 64 ) , e la s
t e m ma i or vo ca ç ã o p a r a o b e l o d o q u e p ar a o s u bl i me . O q u e d e fi n e a be l e za é a a gr a d a b i li d a d e
a os s e n t i me nt os . Os t r a ba l h os l ó gi cos e x a u s ti vos s ã o a gr e s s i v os à fe mi n i li d a d e. Qu a n d o u ma
mu l h e r s e t or n a e x a ge r a d a me nt e r a ci on a l e ce r e br a l, de i x a d e s e r a tr a e nt e a os h ome n s . Os
ma ch os h u ma n os n ã o s e s e nt e m a tr a í d os s e x u a l me nt e p or u m cé r e b r o l ó gi co ( n o s e n t i d o r a ci on a l
d a p a la vr a ) p or q u e s u a d on a nã o l h e s p r op or ci on a a s e n sa ç ã o a gr a d á ve l p r op or ci on a d a p or u ma
mu l h e r cu j o cé r e b r o t or n a d el i ca d a , me i ga e i n t ui ti va ( KANT, 1 9 9 3 / 1 7 6 4 ). S e u ma mu lh e r
q u i s e r a tr a ir h ome n s , d e ve r á di fe r e n ci a r -s e d el e s a o má x i mo, t or n a n d o-s e o ma i s fe mi n i n a
p os s í ve l . S e u s p e n s a me nt os , se n t i me nt os , movi me n t os , e x p r e s s õe s fa ci a i s, t on s d e voz,
ve s t i me n t a s e t c. de ve m s e r t í pi cos d e mu l h e r e es t e con s e l h o d e ve r á a j u d a r a q ue l a s q u e n ã o s e
e n q u a d r a m n os es t er e ó ti p os d it a t or i ai s de b el e za . Est a t i pi fi ca ç ã o fe mi n i n a d a con d u t a p os s u i
d oi s p ó l os : o p os i t i v o e o n e ga t i vo. O mu n d o fe mi n i n o é o mu n d o d a s coi s a s l e ve s e a gr a d á ve i s
e n ã o o d a s coi s a s l ó gi ca s , a s q ua i s s ã o e x a us t i va s e p es a d a s p a ra a me n t e. P ar a a mu l h er ,
“ e r r a d o” ou “ r ui m” é a q ui l o q u e ca u s a s e nt i me n t os d es a gr a d á ve i s . Is s o n ã o s i gn i fi ca q u e e l as
s e j a m i l ó gi ca s n o s e n ti d o a mp l o e a b s ol u t o d a p a la vr a ma s ap e n a s n o s e n ti d o u s u a l d a me s ma , o
q u a l i mp l i ca e m r a ci on a l i d a d e li n e a r. No s e nt i d o comu m d a p a l a vr a l ó gi ca , is t o é , d a l ó gi ca
c om o p r o ce s s os me n t a i s e x a u st i vos e r i gor os os , a s mu l h er e s s ã o i l ó gi ca s . Ent r et a n t o, n o
s e n t i d o e moci on a l d a p a l a vr a l ó gi ca , s i gn i fi ca n d o o e n ca d e a me n t o c oe r e n t e d e s e n ti me n t os e m
r e l a çã o a ce r t os fi n s ( n e m s e mpr e al tr u í st a s) , e l a s s ã o t ot a l me nt e l ó gi ca s . Em ou t r a s p al a vr a s ,
a s mu l h er e s s ã o l ó gi ca s e m s en t i d o e moci on a l e n ã o e m s e nt i d o r a ci on a l . Se r r a ci on a l n ã o é
s i n ô n i mo d e s e r i n te l i ge n t e ( GOLEM AN, 1 9 9 7 ) . A i n t el i gê n ci a e moci on a l é mu i t o ma i s r á pi d a
d o q u e a ra ci on a l n a s ol u ç ã o d e s e us p r ob l e ma s e pe n e tr a ca mp os i mp e n e tr á ve i s a o i n t el e ct o. A
i l ogi ci d a d e fe mi n i n a d e s con ce r t a e con fu n d e o i n t e l e ct o ma s cu l i n o, o q u a l é il ó gi co d o p on t o d e
vi s t a e moci on a l , e d e s en ca d e i a s u ce s s i va s vi t ó ri a s p a r a e la s na gu e r r a d a p a i x ã o. A
c on s i d e r a ç ã o d a mu l h e r com o d i fe r e n t e d o h ome m e ma i s p r op e n s a a o e moci on a l , a o b e l o e a o
a gr a d á ve l d o q u e a o r a ci on a l e a o l ó gi co ( n o s e n t i d o u s u a l d a p al a vr a ) n ã o e n ce r r a i d é ia d e
i n fe r i or i d a d e s e n ã o p ar a aq u e l es q u e e n d eu s a m o i nt e l e ct o com o me i o d e co gn i ç ã o p or
e x ce l ê n ci a . Nã o h á i d e nt i d a d e e nt r e i nt e l e ct o e i n t el i gê n ci a . Exi s te m p e s s oa s e x t re ma me n t e
i n t el e ct u a i s e , si mu l t a ne a me n t e, es t ú pi d a s, i n ca p a ze s d e e n con t r a r s ol u ç õ e s p a r a p r ob l e ma s
s i mp l e s d a vi d a r e al . Ce rt a ve z, con h e ci u m gr a n d e er u d it o, d a q u el e s q u e pa r e ce m b i bl i ot e ca s
vi va s , q u e e ra al t a me nt e l i mit a d o e m i nt e li gê n ci a , s e n d o i n ca p a z d e a p r e en d e r coi s a s ó b vi a s e
s i mp l e s d o cot i d i a n o. P or t a n t o, q u al q u e r a cu s a ç ã o d e pr e con ce i t o q u e p os s a s e r i mp u t a da a e st e
p on t o d e vi s t a , se r á n a ve r d a de o r e fl e x o d o p r e con ce i t o q u e o p r ó p r i o a cu s a d or ca r r e ga d e n t r o
d e s i e o p r oj e t a , mu i t o p r ova ve l me n t e s ob for ma vi t i mi s ta . Da me s ma for ma , a a cu s a ç ã o d e
mi s ogi n i a i mp u t a d a a Ka nt é t ot a l me nt e i n fu n d a d a e n ã o p a ss a de u ma a rt i ma n h a fa l a ci os a p a r a
p ou p a r o p e r fi l fe mi n i n o d a cr í t i ca fi l os ó fi ca r e al i st a , i n ci si va , d ir e t a e a b s ol u t a me nt e s i n ce r a ,
u m e n god o p a r a i mp e d ir q ue se re fl i t a d i al e ti ca me n t e a re s p e it o d o fe mi n i n o.
169
E t a mb é m d a ma s cu l in a . Con t u d o, a q u i e s ta mos t r a ta n d o d a for ma fe mi n i n a p el a qu a l s e
e x p r i me a t e n d ê n ci a h u ma n a , q u e p a r e ce se r un i ve r s a l, de me n ti r e de n ã o s u p or t ar a r ea l id a d e .
97
Quando excit amo s e exalt amo s suas imaginações nas dir eçõ es
co rret as, podemos do miná- las 171. Mas, se não for mos fort es o sufic ient e,
seremo s nós os dominados. Aí reside o per igo e a necessidade de não no s
apaixo nar mos.
170
De s d e o p on t o d e vi s t a ma s cu l i n o l ó gi co -r a ci on a l , ob vi a me n t e . Le mb r e mos q u e e s t e l i vr o foi
e s cr i t o p a r a h ome n s h e t er os s e x u a i s a d ul t os .
171
Con d u zi n d o -a s n a d i re ç ã o d e se u s p r ó p ri os s e nt i me n t os e d e s ej os . Como j á foi e x p l i ca d o
a n t e ri or me n t e , n ã o s e t r at a da e goí s t a d omi n a ç ã o coe r ci t i va ma s d a con d u ç ã o d os d e s e j os
fe mi n i n os p r é -e x i s te n t e s, s e m vi ol a ç ã o a l gu ma d o l i vr e a r bí tr i o. P or q u e a pa l a vr a “ d omi n a r ” ?
P or q u e a q u i l o q u e a mu l h er d es e ja s e t or n a p a s sí ve l d e s e r n os s a me ta ta mb é m q u a n d o
d e s t r uí mos os e u s , e mb or a s e m o con d i ci on a me n t o l i b i d i na l a n t er i or . Ao n ã o t e r mos ma i s
d e s e j os , os d es e j os fe mi n i n os sã o a ce i t os p or n ó s s e m r e s is t ê n ci a e ch e ga m a t é a s e t or n a r p a rt e
d e n os s os ob j e t i vos . Is s o i mp l i ca e m u m d omí n i o p or q u e , a p a rt i r d e ss e mome n t o, a q u il o q u e a
ou t r a p a rt e q ue r fa ze r é e x at a me n t e a q ui l o q u e q u e r e mos q u e e la fa ç a . Tr at a -s e d e u m d omí n i o
r e fl e x o d o d omí n i o d e s i me s mo e d a r e n ú n ci a à d omi n a ç ã o d o ou t r o. Ai n d a q u e p a re ç a
c on t r a d i t ór i o, q u an d o d e i x a mos u ma p es s oa a b s ol u t a me nt e l i vr e p ar a fa ze r o q u e q u i se r e
p r e fe r i mos mu d a r a n ó s me s mos , d is s ol ve n d o os n os s os d e s e j os e m r el a ç ã o a e l a, e st a mos
e x e r ce n d o u m d omí n i o, n o s e n t i d o d e q u e e s ta mos n o t ot a l con t r ol e d a s it u a ç ã o e d e qu e
e s t a mos p e r mit i n d o, e a t é i n ce n t i va n d o, q u e a ou t r a p e ss oa s e j a con d u zi d a p or s e u s p ró p r i os
d e s e j os . A mor t e d os e gos t or n a o h ome m l i vr e d os co n d i ci on a me n t os v ol i t i vos e d e s e n vol ve
u ma ca p a ci d a d e d e a d a p ta ç ã o e x tr e ma . Com o, a p ó s es s a mor t e , n ã o h á op os i ç ã o e n e m con fl i t o
e n t r e os d e s ej os d e l as e os n os s os , p oi s n ã o te mos ma i s d es e j os p ar a con fl i t a r , r e s ul ta e nt ã o
q u e os d e s ej os fe mi n i n os p a s sa m a s e r a ce i t os s e m r e s is t ê n ci a d e n os s a p a rt e . Lo g o, a q u i l o q u e
a mu l h e r d e se j ar á fa ze r coi n ci d i r á t ot a l me nt e com a q u i l o q u e a ce i t a mos , e a t é d e se j a mos , q u e
e l a fa ç a. Ent r et a n t o, com o e s t a r e mos li vr e s d o con d i ci on a me n t o v ol i t i vo e a p ar ce i r a n ã o, e la
e s t a rá con d i ci on a d a a fa ze r a q u i l o q u e d e s ej a e n q u a n t o n ó s e st a re mos d e s con d i ci on a d os . Nos s o
a t o d e a pr ova ç ã o e a ce i t a ç ã o d a con d u t a fe mi n i n a an t e s i n de s e já ve l , e a gor a a ce i t á ve l , s e r á u m
a t o c on s ci e n t e e vol u n t á ri o. O r es u l ta d o fi n a l é q u e e st a r e mos e x er ce n d o u m d omí n i o s ob r e a
s i t u aç ã o e n vol ve n d o a p a r ce i r a e at r a vé s d e s e us p ró p r i os d es e j os , s e m vi ol e n t a r d e mod o a l gu m
s u a li b e rd a d e . Ima gi n e mos q u e u m h ome m t e n h a o for t e d e s ej o d e q u e s u a mu l h e r ca mi n h e p ar a
a e s q u er d a, e mb or a o d e s ej o d e l a s e ja o d e s e di ri gi r à d i re i ta . S e es t e h ome m d i s s ol ve r s e u
d e s e j o, n ã o op or á ma i s r e s is t ê n ci a à t e n d ê n ci a d e s u a comp a n h e i r a e m i r p a ra a d ir e it a . S e e s t e
d e s e j o, q ue é u m d e fe i t o, for d i ss ol vi d o r e a l me n t e, o mo vi me n t o e m d i r e ç ã o à d ir e it a se r á n ã o
s ome n t e a ce i t o ma s , de p e n d e n d o d o gr a u d e d i ss ol u ç ã o d o e u e m q u e st ã o, at é me s mo
i n ce n t i va d o. O h ome m e s t a r á l i vr e d e con d i ci on a me n t os v ol i t i vos e p od e r á fa ze r com q u e os
a t os d a mu l he r s e j a m con ve r ge n t e s co m s u a s d et e r mi n aç õ e s e de ci s õ e s . El e n ã o t e nt a rá
mod i fi ca r ou r e p r i mir os at os d a p ar ce i r a mas si m s u as pr ó p r ia s de t er mi n a ç õ es e d e ci s õ e s, p or
me i o d a d i ss ol u ç ã o d o s e u s d e fe it os . A p a r ti r de e nt ã o, h a ve r á u m d omí n i o ma s cu l i n o p oi s o
a t o d a p ar ce i r a e a von t a d e d o h ome m e s t a r ã o vol t a d os p a r a a me s ma di r e çã o. A v on t a d e
ma s cu l i n a , l i vr e , p od e s e r e mp r e ga d a n a me s ma d i re ç ã o p a r a a q u a l t e nd e m os comp or t a me n t os
fe mi n i n os . Di z-s e q u e o d omí n i o e m t a i s ca s os é ma s cu l i n o, e n ã o fe mi n i n o, si mp l e s me nt e
p or q u e q u e m e st a r á d e s con d i ci on a d o v ol i t i va me n t e é o h ome m e n ã o a mu l h e r. S e o con t r á r i o s e
ve r i fi ca r , i st o é , se a mu l he r d i s s ol ve r s eu s de s e j os e o h ome m n ã o, o d omí n i o s e r á fe mi n i n o
p oi s a q u e l e q u e d omi n a a s i me s mo é o q u e t e m ma is ch a n ce s d e con t r ol a r a s it u a ç ã o.
Ob s e r va n d o a s s it u a ç õ es d o cot i d i a n o, p a r e ce -me q u e as mu l he r e s s u p or t a m mai s os
c omp or t a me n t os i n d e s ej á ve i s d o h ome m e o d o mi n a m d o q u e o c on t r á r i o. Os h ome n s s ã o
98
d omi n a d os e a r r a st a d os p or e la s pa r a t od a s as di r e ç õe s , fi s ga d os p e l os p r ó pr i os d es e j os com o
u m p e i xe n o a n zol .
172
M a s n ã o a s ou t r a s .
173
O q u e t or n a mu it o d i fí ci l a i d e nt i fi ca ç ã o d a s ve r d a de i r a me n t e s i n ce r a s.
174
No s e n t i d o d a d o p e l os di ci on á r i os M i ch a e li s ( 1 9 9 5 ) e Au r é l i o ( F ERRE IR A, 1 9 9 5 ) .
175
A p e s s oa i n t e ns a me n t e a p ai x on a d a é d omi n a d a p or s e u d e s e j o d e a gr a d ar a ou t r a e , d e s te
mod o, fa z t u d o o q u e a ou t r a de s e ja . Qu a n d o u m h ome m s e e n con t r a n e st e es t a d o s er vi l , a s
mu l h e r e s cos t u ma m d i ze r q u e el e “ e st á come n d o a q u i n a mi n h a mã o” , e m u ma a l us ã o d i r et a a o
c omp or t a me n t o d o d ó ci l ca ch or r o vi r a -l a t a .
99
176
É a i s s o q u e s e r e fe r e S a l ma ns h on ( 1 9 9 4 ). Tod o o s e u l i vr o é d e d i ca d o a e s t a h a bi l id a d e
fe mi n i n a d e a d e st r ar o h ome m c om o u m cã o.
177
In fe l i zme n t e , p oi s os i mpr e s tá ve i s n ã o p os s u e m e s cr ú p u l o a l gu m e m e n ga n a r e , a l é m d o
ma i s , s ã o i ns e n sí ve i s a o s ofr i me n t o e mo ci on a l a l h e i o.
178
P a r e ce -me q u e a s mu l h er e s cos t u ma m c on fu n d i r os d o i s t i p os d e h ome n s .
179
É a ma i or i nt e li gê n ci a e mo ci on a l fe mi n i n a q u e l h es p e r mi t e d ar a n ó s e s s es b ai l es n a gu e r r a
d a p a ix ã o.
180
P or e s t ar e moci on a l me n t e d e s e n vol vi d o.
100
Não lhe cont e o que você sabe sobr e a ment e feminina e so bre as
est rat égias que usa. Não espere co mpreensão. Seus problemas não
int eressam a ninguém. Não espere co mpaixão, piedade. O único sent iment o
que vo cê conseguirá at ivar co m isso é a repulsa, a aversão.
Faça-a crer 181 que você é um cara maravilhoso em t odos os sent ido s
mas d ifícil de ser alcançado para ser preso.
O nosso poder int elect ual de adent rar à psique feminina, conhecendo -
a, é t emido por revelar det alhes est rat égicos. É cont inua ment e bloqueado
po r meio de co mport ament os paradoxais e ilógicos que aparent ement e
escapam a qualquer análise.
Quant o mais apa ixo nados est iver mos, mais incapazes de enxergar a
realidad e a respeit o dos sent iment os da parceira est aremos. Teremos medo
da realidade, de descobr ir mo s o pior. Fraquejaremo s nos mo ment os cruciais.
Não t eremos coragem de co locá- las em xeque, de lançá-las em sit uaçõ es
decis ivas que nos most rem de uma vez por todas o que sent em e quem são
181
S e m s i mul a r ma s t r a n s for ma n d o-s e r e a l me n t e.
101
182
A mu l h e r n ã o s e s e nt e r e a li za d a q u a n d o d es cob r e q u e s e u h ome m é u m s i mpl e s e s cr a vo
e mo ci on a l . P od e r á con t i n u a r com e l e p or con ve n i ê n ci a ma s con t i n u a r á à pr ocu r a d e ou t r o q u e a
fa ç a s e n ti r -s e s e gu r a .
102
Revise a sua hist ória de vida amorosa e descobr irá que sempre as
damas que você mais amou não t e amaram e aquelas que mais t e amaram
não fo ram igualment e amadas por você. Depreendemos ent ão que é
fu nd ament al não se apaixo nar para se dispor da paixão da mulher em
benefício da relação. A pr ime ir a e fundament al capacidade a ser adquir ida é
est a: a de não se apaixo nar. Lembr e-se disso acima de t udo o que fo i escr it o
nest e livro. Sem est e pré-requisit o, todas as est rat égias aqui pensadas são
inút eis e at é per igosas. Não t ent e levá- las à prát ica se est iver apaixo nado
po rque os efe it os recairão sobre você.
Quando est amos apaixo nados, gast amos ime nsas quant idades d e
energ ia t ent ando reso lver quebra-cabeças e mocio nais, sair de labir int os e
evit ar ar madilhas. Terr íveis sit uações nos são cr iadas e so fremos t ent ando
sair das mesmas da melhor for ma possíve l. O result ado é o
enfraqueciment o.
103
Por que ela fica incó lume após br igar co m você? Por que não se
pert urba? S implesment e porque habilment e lê em seu co mport ament o, po r
meio de sina is, que você est á preso, emocio nalment e dependent e. São sinais
que co municam dependência emocio nal: ciú mes, raiva, t rist eza, cur io sidad e
so bre a condut a, medo da perda, incô modo com as roupas curt as, decot es
183
O a p ai x on a d o e s t á t oma d o p or u ma i n ca p a ci d a d e cogn i t i va q u e n ã o l h e p e r mit e e n x e r ga r a
p e s s oa r e al p el a q u a l s e a p a ix on ou . Em s e u l u ga r , vê a pr oj e ç ã o d e u ma i ma ge m a r q u et í p i ca
104
Para acorrent ar o macho, a fê mea humana espert inha lhe dá car inho ,
amo r e sexo de boa qualidade at é sent í- lo bem preso e comprovar seu grau
de dependência co m muit os t est es. Quando o infeliz est á bem apr is io nado e
depend ent e, ent ão começa a ser tort urado para proporcionar-lhe o prazer de
vê- lo perdido e desor ient ado, t ent ando enco nt rar uma saída. Trat a-se de u m
t est e sádico para medir nosso valor masculino. E las sabem que necessit amo s
mu it o do car inho e da fragilid ade que possuem.
O sent iment o de apego em suas vár ias facet as é uma eficaz ferrament a
femin ina para submet er o macho. As vár ias faces do apego são o
apaixo nament o, o ciúme, a posse, a saudade, o bem querer e o medo de
perder.
Res ist ir ao feit iço feminino é ant es de t udo resist ir aos sent iment o s
amo ro so s. A paixão é o maio r per igo e corresponde a um miserável est ado
de ser vidão. Na Bíblia, est e per igo est á clarament e repr esent ado pelo s
t rágico s dest inos de Adão (Gênes is, 3:1-24), Sansão (Juízes, 16:1-22), Davi
(II Samuel, 11: 1-27, 15: 1-37, 18: 9-33 e 19: 1-10) e Salo mão (I Reis 11:
1-43).
i d e a li za d a e cr ê fi r me me n t e q u e o ob j e t o d o s e u a mor c or r e s p on d e à su a fa n t as i a.
105
Quando não est á inst alada, a ser vidão pass io nal é mais fácil de ser
evit ada. Porém, uma vez que est eja inst alada, apenas pode ser remo vida
co m mu it a dificuldade e so fr iment o. Como diz Niet zsche (cit ado po r
SOUZA, 2003), o fraco e o escravo são negados e dest ruídos dent ro do
sábio quando age o crivo selet ivo do t empo circular. É claro que isso dó i
mu it o , mas o prêmio co mpensa o esforço. O homem se t orna fort e e
super io r:
106
184
S e gu n d o S a ma e l Au n We or , t od o s e r h u ma n o é ma i s o u me n os b r u x e s co p or t e r de n t r o d e s i o
e u d a b r u x ar i a. LÉV I ( 1 8 5 5 / 2 0 0 1 ) n os d i z q u e a va mp i ri za ç ã o o c or r e n or ma l me n t e e n t re os
s e r e s h u ma n os e m t od os os cí r cu l os s o ci a i s , i n d e p e n d en t e me nt e d o s ex o. En t re t a nt o, a q u i n os
i n t e re s s a s ome n t e a for ma c om o e s t e i nt e re s s a nt e pr oce s s o s e ve r i fi ca d e s d e a mu l h er e m
d i r e ç ã o a o h ome m. En q u a n t o o h ome m a p a i x on a d o d e fi n h a d i a a p ó s d i a vi t i ma d o p or s u a p r ó p ri a
107
Segundo Niet zsche, as mulheres det est am aqueles que são incapazes
de su jeit á- las e os per igos dest e ódio não podem ser menosprezados:
p a i x ã o, a e s p er ti n h a s e se n t e ca d a ve z me l h or . Al gu ma s p a r e ce m ch e ga r me s mo a p r e ss e n ti r o
s ofr i me n t o ma s cu l i n o à d i s t â n ci a d e ma n ei r a q u a se p ar a n or ma l . Ne m s e mp r e e st e s ofr i me n t o s e
l i mi ta à a n gú s t i a e moci on a l ; h á ca s os e m q u e o h ome m a d oe ce fi s i ca me n t e ou s ofr e a ci d e n t e s . O
q u e s e p a s sa é u m a con t e ci me n t o s i n cr ô n i co a c o mp a n h a d o p or i n fl u ê n ci a s p si cos s omá t i ca s
r e cí p r oca s r e ve r s a s : e l a fi ca a ca d a di a mel h or e el e fi ca a ca d a d ia pi or . Nã o s ã o p ou c os os
ca s os d e h ome n s q u e fa l e ce m l og o a p ó s d e s cob r i r e m q u e s u as e x -e s p os a s s e ca s a ra m n ova me n t e .
O ma r i d o t r aí d o ou a b a n d on a d o q u e s e e n tr e ga a o á l co ol p r i n ci p i ou u m s ui cí d i o; o j o ve m q u e d á
u m t i r o n a ca b e ç a a pó s t e r p e r di d o s u a n a mor a d a p e r de u o j uí zo. Amb os a d oe ce r a m
e s p i ri t u al me n t e. De nt r o d a s mu l h e re s há u ma f emme s a v a n t , u ma f emme f a t a l e, u ma f emme
f r a g il e e u ma f emme v a mp .
185
Vi d e n ot a s a nt e ri or e s s ob r e o d omí n i o.
186
M i nh a hi p ó t es e pa r a e x p li ca r e st e comp or t a me n t o c on t r a d i t ó r i o, n o q u a l a mu l he r p r ov o ca o
h ome m, d e s a fi a n d o- o a a s s u mi r p os t u r a s d omi n a n t e s p a ra se re b e l ar con t r a as me s ma s l og o e m
s e gu i d a , é a s e gu i n t e : t r at a -s e d e u m me ca n i s mo a n ce s t r a l d e s e le ç ã o p a r a o a ca s a l a me n t o d a s
fê me a s h omi n í d e a s . Ao d e s a fi a r e pr ov o ca r o ma ch o, a fê me a t r a va com e l e u ma l u t a mor a l . Se
o ma ch o a ve n ce r , o i n con s ci e n t e fe mi n i n o d i r á q u e é u m b om p or t a d or d os ge n e s d a e s pé ci e . S e
p e r d e r e a s s u mir p os t u r as su b mi s s as , s e rá con s i d e r a d o u m e s p é ci me de ca t e gor i a i n fe r i or , ú ti l
a p e n a s p a r a fu n ç õ e s d e s vi n cu l a d a s d a fe cu n d a ç ã o. Ao d e s a fi a r , el a na ve r d a d e o e s t á t es t a n d o e
o h o me m q u e a ve n ce r n e st a gu e r ra in t er i or n ã o e st a r á vi ol a n d o s e u l i vr e a r b ít ri o ma s , a o
c on t r á r i o, es t a rá i n d o a o e n con t r o d e s u a s me t as ma is pr ofu n d a s .
108
"E i s que o m un do a ca ba de se t or n ar per fei t o! "- a ssi m pen sa t oda m ulh er quan do
obede c e de t od o c or a çã o.
Se você est á apaixo nado, t erá que passar por um do loroso processo
para at ingir o ext remo oposto. Enquant o não for imune aos ciúmes, sendo
capaz de ver sua parceira co m out ro cara e desprezá-lo s iro nicament e, aind a
est ará preso pela paixão. Ent ret ant o, ser desapaixo nado e não ser ciument o
não sig nifica ser bo bo. Você pode per feit ament e dispensar a mulher se ela
flert ar com alguém e sendo desapaixo nado t udo será mais fácil.
109
O cr ivo int elect ual e a penet ração fat al do int elect o masculino, apesar
da lent idão, as at emor iza; sabem que são t ot alment e vulner áveis na ausência
da ser vidão passio nal. Por t al razão, sempre insist irão em t ent ar demo vê-lo
de suas suspeit as e cet ic ismo , induzindo-o a ent regar-se à subjet ividade, a
"deixar acont ecer ", para que você se embriague de sent iment os. Uma vez
embr iagado, est ará dopado e poderá ser levado a qualquer direção, como u m
bêbado .
187
Is s o s e d e ve a o fa t o d e q u e o ca fa j e s t e p os s u i vá r i a s a ma n t e s si mu l t ân e a s e nã o d i s p õ e d e
t e mp o p a r a d ed i ca r -s e e x cl u si va me n t e a n e n h u ma . O ca fa j e s t e j ur a a mor e fi d e li d a d e, pr a ti ca
u m s e x o s e l va ge m e d e s a p ar e ce , r e a p ar e ce n d o d e for ma i mp r e vi s í ve l a p ó s fa ze r o me s mo c o m
s u a s ou t r as p ar ce i r a s. Nel s on Rod r i gu e s i n t ui u i ss o e m s e u s t ra b a l h os e, e mb or a e u n ã o
c on c or d e c om o s e u p os i ci on a me n t o n o q u e c on ce r n e à mor a l id a d e , d e vo a d mi t i r q u e e le ti n h a
r a zã o e m mu i t o d o q u e e s cr e ve u .
110
Apaixo nado, o débil pressio na por car inho e exige ser amado. O
ho mem de verdade, ao cont rário, oferece à parceira prot eção e toma o sexo
co mo lhe convém, co mo algo que lhe é obvia ment e devido. Confiant e, não
vacila na idéia de que a sat isfação no erot ismo lhe é pert inent e po r
nat ureza. O macho verdadeiro busca o sexo e não o car inho. A carência
afet iva é par a os fr acos e pouco masculinos. O amor e o carinho da mulher
são para seus filhos e não para seus machos. Não busque car inho e nem
amo r, busque so ment e o sexo int enso, ardent e e selvagem. Ent ão o car inho e
o amo r lhe serão ofer ecidos. Deixe-os vir, receba-os mas não se fascine,
não se ident ifique: ignore-os.
Nossas parceir as não dão agulhadas sem dedal. Nos oferecem amor e
car inho co m segundas int enções: nos amansar, det er o ímpet o de nossas
có leras just as, nos tornar dependent es, induzir-no s a acr edit ar em suas
ment ir as et c. E is porque não devemo s correr at rás dessas bobagens po is não
exist e amor des int eressado ent re um macho e uma fêmea 188 mas apenas
at ração animal. O amor inexist e, muit o meno s enquant o ret ribuição, porque
so ment e so mos valor izados quando rejeit amos e so ment e valor izamo s
188
S e x u a l me nt e a t i vos e q u e s e e n con t r e m n o e s t á gi o d e d e s e n v ol vi me n t o e s p i r it u al mé di o d a
h u ma n i d a d e, d o q u a l o a u t or ta mb é m n ã o s e e x cl u i .
111
189
P l a tã o, e m F é dr on , a fi r ma q ue va l or i za mos a s p e s s oa s e t e n t a mos p r e se r vá -l a s a o n os s o l a d o
q u a n d o e l a s n os d e i x a m.
112
As mulher es cost umam nos t est ar simulando est arem decepcio nad as
co no sco, t rat ando-nos como se fôsse mos pir ralhos, mo leques culpados po r
t ravessuras condenáveis, co m o int uit o de at ivar em nossa ment e lembranças
da infância e, dest e modo, no s forçar a vê-las co mo mães sever as. Também
é co mu m que at aquem nossos pont os de vist a e co ncepções, muit as vezes
qualificando-os de infant is, visando abalar nosso moral para que duvidemo s
do no sso valor. Por meio dest es procediment os irão nos co mparar a out ro s
macho s e conclu irão que so mos super iores aos que vacilar am e duvidaram
de si mesmos.
190
As s i m co m o o ma ch o, p or é m s ob ou t r a for ma . Re fi r o - me a q u i a o ca r á t er tr a iç oe i r o c on t i d o
n o a t o d e e x i gi r a mor p r e te n d e n d o n ã o d á -l o e m t r oca . Con vé m l e mb r a r ma i s u ma ve z q u e
t r a ta mos d e ca r a ct e r ís t i ca s d a s qu a i s a ma i or i a da s mu lh e r es n ã o d e mon s t r a m es t ar e m
c on s ci e n t e s .
191
Na tr a i çã o ma s cu l i n a , é mu it o me n os fr e q ü e n t e e s ta s ol i ci t a ç ã o i n ce s s a n te d a e nt r e ga d os
s e n t i me nt os s e gu i d a p or ab a n d on o e d e s i nt e r es s e. A t r ai ç ã o ma s cu l i n a t e m com o e i x o a e n tr e ga
s e x u a l e nã o a e nt r e ga s e nt i me nt a l. O h ome m t r ai p or q u e q u e r o s e x o e m s i. A mu l h e r tr a i
p or q u e q u e r e x p e ri me n t ar se n ti me n t os i nt e n s os .
192
O d e s ej o fe mi n i n o t e m d u a s fa ce s . Uma fa ce cor r e s p o n d e a o d e s e j o d e s er fe cu n d a d a pe l o
p or t a d or d os me l h or e s ge n e s , i s t o é, t er s ex o. A ou t r a fa ce c or r e s p on d e a s er p re s e r va d a con t r a
t u d o o q u e s e ja d es a gr a d á ve l e , d e mod o ge r a l , p er i gos o. Ne s t e s e gu n d o ca s o, o d e s e j o é o d e
113
s e r pr ot e gi d a , te r u m p r ove d or , u m e s cr a vo e m o ci on a l e t c. Ao h ome m s e r á d e s ti n a d o u m ou
ou t r o p a p e l con f or me s e u p e r fi l e con d u t a .
193
Di z Al b e r on i ( 1 9 8 6 / se m d at a ) q u e “ P a r a a ti n gi r se u s ob j e t i vos , o s e d u t or n ã o p od e t e r
s e n t i me nt os s i n ce r os , pr e ci s a s e mp r e fi n gi r . ” ( p . 1 6 7 ) e a cr e s ce n t a : “ Os h ome n s n ã o
c omp r e e n d e m, e m ge r a l, p or q u e a s mul h e r es se s en t e m t ã o a t ra í d as p el os s a la fr á r i os , p or q u e s ã o
t ã o i n t ol e r a nt e s com e l e s e t ã o i n d ul ge n t e s com o gr a n d e s e d ut or . ” ( p . 7 4 )
194
De fe n d o a h i p ó te s e d e q ue ta l t e n dê n ci a s e d e ve à u m a p e r ce p ç ã o i n ve r t i d a d a r e a li d a d e q u e
a s le va a con fu n d i r o b e m c om o ma l e o ce r t o c om o e r r a d o. O ju l ga me n t o fi ca ob s cu r e ci d o
p e l a i n va s ã o d os i n s ti n t os e s e n ti me n t os .
114
Inst int iva ment e, elas pressent em que o homem t emíve l const it uirá u m
bo m prot etor se for dominado por meio da sedução. Escreveu LÉVI
1855/2001):
Se você acha que bast a ser bonzinho para ser amado, mude de idéia.
Caso co nt rár io, o infer no em vida irá t e esperar. Se for verdadeirament e
malvado, t erá muit os problemas e uma vida curt a. Est eja além do bem e do
115
As t ort uras psico lógicas visam t est ar e selecio nar o melhor reprodut o r
e prot etor da prole, mesmo no caso daquelas que insist em em d izer que não
querem casar. O mais dest emido, cruel e insensível 195 é o eleit o. Aqueles
que t emem perder a co mpanheira, que se apressam em agradá-la e se
su bmet em aos seus capr ichos são considerados imprest áveis para o sexo por
serem emo cio nalment e débeis e, caso não sejam descart ados imediat ament e,
são marcados para desempenhar em a mera função de provedores ou escravo s
emo cio nais.
Quant o mais você a pressio nar para t e amar, dar sexo e ficar ao seu
lado , ma is repuls ivo será. É que a dinâmica da mulher é regida pelo
segu int e pr incípio: seus amores são dir igidos apenas àqueles que delas não
necess it am, de preferência em nenhum sent ido, pois querem os melhores
genes. Quant o mais você correr atrás, pior será.
195
At é me s mo a ma l d a d e d a cr u el d a d e e d a i ns e n si b il i d a d e s ã o r e l at i va s , j á q u e es s e s a tr i b ut os
p od e m s e r d ir e ci on a d os p a r a comb a t e r o ma l . Aí e st á a or i ge m d o cr i t é r i o s el e ti vo i n ve r t i d o q u e
r e ge d e for ma c on fu s a a me n t e fe mi ni n a . El as sa b e m p or i ns t in t o, e n ã o p e l o r a ci ocí n i o, q u e ta i s
ca r a ct e r í s ti ca s p od e m s e r u t il i za d a s e m s e u fa vor ma s n ã o s e d e ix a m fr e a r p e l o fa t o d e q ue , a o
me s mo t e mp o, p od e m t a mb é m l h e s s e r p r ej u d i ci a l e m al t o gr a u .
116
Quant o mais est reit a for a relação do casal, mais t err íveis serão o s
in fer no s ment ais e ma is pro missoras serão as oport unidades de t reinament o
int er no . Se você vencer a diabinha co m que m vive, ser á mais fácil vencer as
o ut ras que cruzarem seu caminho no fut uro.
Devido ao ódio inconscient e, mas real e int enso, cont ra os machos 196,
as fêmeas sempre irão at orment á- los sem p iedade, a menos que sejam
do minadas 197 severament e. Suas est rat égias de torment o são psico lógicas e
d ifíceis de det ect ar mas se baseia m sempre no mes mo element o: a
su bmissão pela paixão oriunda da necessidade de car inho. Resist a ao
encant o da fragilidade e ser á imbat ível.
Não soment e nossa força emo cio nal mas t ambém nossa int eligência é
t est ada por meio de argument os falaciosos e ingênuos que servem para
enco bert ar at it udes excusas e joguinho s.
196
É u m ó di o cu j a s or i ge n s s e vi n cu l a m a e x p er i ê n ci as d e s a gr a d á ve i s c om o ma s cu l i n o a o l on g o
d a vi d a , p ri n ci p a l me nt e n a i n fâ n ci a . Nã o d e s ca r t o a hi p ó t es e de s er u m t r aç o a r q u et í p i co
a t i va d o a p a rt i r d o con t a t o c o m o p a i . S e o me s mo n ã o e x i s t i ss e com o p os s i b i l i d ad e l a t e nt e
a n t e ri or à ma ni fe s t a ç ã o, nã o s u r gi r i a n a p s i q ue fe mi n i na .
197
Vi d e n ot a s a nt e ri or e s s ob r e o d omí n i o.
117
118
Convém, port ant o, encont rar meios de encurralar a ment e feminina 199
fo rçando-a a se po lar izar em uma ou out ra direção para que t udo fique
mu it o bem definido e claro. Todos os jogos psico lógicos da mulher
espert inha apresent am duas po lar idades ent re as quais oscila sua
198
P a r a P e ir ce ( 1 8 8 7/ s/ d ), a d ú vi d a cr i a u m e st a d o e moc i o n a l d e i r ri t a çã o q u e p er t ur b a o
e n t e n d i me nt o e n os i mp el e a b u s ca r o a l í vi o p r op or ci on a d o p e l a ce r te za .
119
Ser especular é flut uar de acordo com as flut uações dela, oscilando
fr ieza, calor, romant ismo, dist ância, indiferença e paixão ardent e no seu
pró prio r it mo. É ser adapt ável e maleável co mo a água 200. Dest e modo, a
mu lher so frerá de vo lt a os efe it os das circunst âncias que cr iou e ficará
co nfusa.
199
Com a i n t e nç ã o d e a p en a s d e s cob r i r a ve r d a d e e ma i s n a d a .
200
Br u ce Le e , e m se u s e x ce r t os fi l os ó fi c os , r e come n d a q u e s e j a mos a d a pt á ve i s e ma l eá ve i s e m
t od a s a s ci r cu n s tâ n ci a s d a vi d a e a fi r ma qu e as me s ma s s e a s s e mel h a m a comb a t e s cor p or a i s e m
mu i t os a s p e ct os ( LEE, 1 9 7 5 / 2 00 4 ; LEE, 1 9 7 5 / 1 9 8 4) .
120
Nos relacio nament os amorosos e sexuais, cada uma das part es assu me
a po sição que corresponde à força de suas convicções a respeit o de si
mesmo e da vida. Se você vacilar em seus po nt os de vist a, est ará
co mu nicando que pode est ar errado em seus julgament os e so ment e lhe
so brará a alt er nat iva de ser submet ido pois quem é que se submet e a uma
pesso a insegur a? Ninguém! O mais seguro é sempre o que lidera.
Tenha a razão sempre do seu lado, nunca a deixe ser t irada de você.
Seja sempr e just o e faça t udo de for ma limpa e corret a at é o mo ment o em
que a mulher jogue sujo, o que sempre pode acont ecer mais cedo ou mais
t arde. Aquele que joga sujo fornece ao out ro razões de sobra para cast igá-lo
mo ralment e, humilhá- lo e submet ê- lo (emocio nalment e falando, é claro) e é
po r isso que você deve fazer t udo dir eit o. Se você perder a razão, t erá dado
mo t ivo s de sobra par a sua parceira se rebelar e est ará perdido. Por outro
121
122
Analise qualquer sit uação pert urbadora, conflit ant e ou desconcert ant e
so b a ót ica dest e modelo e você poderá descobr ir, se procurar dir eit o, o s
do is t raços comport ament ais básicos descrit os acima.
123
• A garot a t e t elefo na mas diz que quer t er apenas uma "ami zade";
• A pilant ra finge que quer t ransar co m você mas fica t e enro lando ,
adiando os enco nt ros sem se co mpro met er co m nenhuma dat a
definida;
Obser ve que em t odos est es casos ela est á jogando com t rês element o s
básico s: a co nt radição, a indefinição e os opost os. O at rai e, quando vo cê
201
No s e n t i d o d a d o p e l os di ci on á r i os M i ch a e li s ( 1 9 9 5 ) e Au r é l i o ( F ERRE IR A, 1 9 9 5 ) .
124
Devemo s est udar e conhecer especificament e cada uma das for mas
que co mpõem o arsenal de jogos de nossa co mpanheira e apr ender a
desart icular cada uma de las. É algo que se aprende aos poucos.
As var iant es dos jogos que apo nt ei são inúmer as, reproduzidas
d iar iament e co m int ensa cr iat ividade e ocorrem inc lusive na vida conjug al
po is são part e do mecanis mo inst int ivo feminino nat ural para seleção do s
melho res exemplares masculino s da espécie. Porém, sempre possuem as t rês
caract er íst icas: ser cont radit ór ia, jogar com opostos e jogar com
ind efin ições.
202
Con s i d e r a n d o q u e s e t r at a a p e n a s d e l e gí ti ma d e fe s a, n ã o h a ve r á i n j us ti ç a ne s s a d e vol u ç ã o.
Con t u d o, a q u i l o q u e i r ri t a o h ome m e m ge r a l n ã o t e m o me s mo e fe i t o s ob r e a mu l he r e at é p od e
t e r o e fe it o op os t o a l gu ma s ve ze s . M ui t as ve ze s , o s i mp l es fe ch a me n t o e e mu d e ci me n t o d o
h ome m ( n ã o -a ç ã o) t e m ma i s e fe i t o d o q u e mil p al a vr a s ou a ti t u de s .
125
Nest es casos, ao invés de lut ar cont ra a resist ência, insist indo para
co nseguir um enco nt ro, conseguir sexo et c. é melhor concordar com a
garo t a e aceit ar os fat os na direção cont rár ia, fazendo-a assumir as
co nseqüências de sua br incadeira de mau gosto. Ent ão descobr ir emo s o que
realment e se ocult a por trás das cont radições e ficaremo s sabendo o que
realment e há por t rás de seus jogos emocionais. Quando det ect ar
resist ência, so licit e à mulher uma co nfir mação de que realment e não quer o
enco nt ro e você a verá vacilar, hesit ar, gaguejar...
203
É e x at a me n t e e st e o er r o d o a s s e d ia d or . Em s ua i gn or â n ci a , e l e i n ve s t e con t r a a r es i st ê n ci a
fe mi n i n a , i n s is ti n d o con t r a a b a rr e ir a .
126
204
F or a m os p r ó p r i os h ome n s q u e cr i a r a m e s ta si t u aç ã o, t r a t a n d o-a s c om o p r i n ce s a s d u ra n t e
s é cu l os .
127
E m últ ima inst ância, est as est rat égias de defesa emocio nal consist em
em aprender a encurralar psico logicament e, de for ma a obr igar os
sent iment os e int enções reais a aparecerem.
Não t ent e encurralar o int elect o feminino porque é algo prat icament e
inex ist ent e 205. Encurrale- as emocio nalment e. Como? Por meio de at it udes
que as deixem sem sa ída e sejam reflexo do que elas mesmas fizeram, fazem
o u queiram fazer. Co munique que est e ou aquele co mport ament o indesejável
aut o riza moralment e t ais e t ais at it udes de sua part e e não discut a a quest ão .
205
P r i n ci p al me n t e n os mome n t os d e c on fl i t o, e m q u e t od a r a ci on a l i d a d e d e sa p a r e ce . Com o a
i n t el i gê n ci a fe mi n i n a é ma is e moci on a l d o q u e i n t el e ct u a l, a s t e nt a ti va s d e e n cu r r a lá -l a s p or
me i o d a l ó gi ca s ã o co m o g ol p e s d e s fe r i d os a o a r. O cor r e t o é a t i n gí -l a s e moci on a l me n t e .
128
Não há alt er nat iva alé m da indifer ença disfarçada de ro mant ismo. O
que t orna a relação t ão problemát ica é a necessidade t ão fort e que possuem
de no s vere m so frendo por desejo e amor. Querem que nos apaixo nemo s
lo u cament e para que possam nos rejeit ar. Os mesmos car inho s e cuidado s
que fo rem o ferecidos a você ser ão oferecidos a quaisquer out ros que lhes
pareçam simpát icos. Se você se tornar dependent e dos mesmo s, acredit ando
que é u m cara especial, a única alt er nat iva que t e rest ará será a loucura 208.
206
Vi d e n ot a a n te r i or s ob r e os h omi n í d e os e m Dob zh a n s k y ( 1 9 6 8 ) .
207
P or me i o d a a q ui s iç ã o d e u m comp or t a me n t o r e a l e n ã o s i mu l a d o.
208
Nã o s e d e ve n e gl i ge n ci a r e st e a s p e ct o, o q u a l t e m s u a or i ge m n a i n va s ã o d a a ni ma n a p s i qu e
c on s ci e n t e . S a n for d ( 1 9 8 7) d es cr e ve a h is t ó ri a t r á gi ca d e M ar co An t ô n i o q u e , a p ai x on a d o p or
Cl e ó p a tr a , a rr u i n ou -s e comp l e t a me n t e . Na Bí b li a, te mos h i s t ór i as s e mel h a n te s e n vol ve n d o Da vi ,
S a l omã o e S a n s ã o. Há a in d a as l e n d a s d e Ci r ce e M or ga n a . Tod os e s s e s s í mb ol os a d ve r t e m a
r e s p e it o d os p e r i gos a os q u a i s s e e x p õ e m os h ome n s q u e s e d e ix a m i n va d i r n o cor a ç ã o.
129
Jo gue co m a insat isfação. Ent ret ant o, não tome a diant eira nos jogo s
su jo s. Tudo o que estou escrevendo nest e livro, repit o mais uma vez, se
refer e apenas às espert inhas desonest as que t rapaceiam no amor para
receber muit o e dar pouco ou nada em t roca. Não jogue sujo co m uma
mu lher sincera, se é que ainda exist e alguma. Eu não as t enho vist o, vo cê
t em? E spero que sim po is meu maior desejo é est ar errado. Obser ve-a e
esper e que seus sent iment os sinceros e nobres seja m alvo de t ent at ivas de
p iso t eament o ant es de devo lver- lhe o cont ra-feit iço. Assim a razão
per manecerá ao seu lado.
209
P or me i o d e u ma e vi d e n ci a ç ã o i n e s ca p á ve l d a r e al i d a d e .
130
210
De s t e mod o d omi n a m os a s it u a çã o s e m d e s fe r ir u m s ó g ol p e con t r a o l i vr e -a r b í tr i o a l h ei o.
131
132
211
De vol v o a q u i ma i s u ma pr ov o ca ç ã o d e S a l ma n s h on ( 1 9 9 4 ) .
133
212
S a l ma n s h on ( 1 99 4 ) e n s i na es t a a rt i ma n h a à s s u a s l ei t or a s .
213
De mon s t r o, a s s i m, com o d e s a r t i cu l ar a t át i ca d e a d e s t r a me n t o “ s a l ma ns h on i a n a ” e vol t á -l a
c on t r a a p r ó p ri a ma ni p u la d or a .
134
Quase t odos os joguinhos podem ser bur lados quando aceit amos as
ins inu ações (t ent at ivas de aproximação) co m nat uralidade, sem mu it a
surpresa, est imu lando-as a int ensificá- las e, ao mesmo t empo, no s
mant emo s indiferent es, não as deixando t er cert eza de que "mordemo s a
isca". Co mo a necessidade d e se sent irem desejadas para que possam no s
rejeit ar é muit o fort e, result a que a dúvida a respeit o de nos t erem ou não
fascinado as obr iga a int ensificar as ins inuações para buscar a cert eza. O
resu lt ado é um apro funda ment o do assédio feminino at é o ponto em que a
135
Nest e ínt er im, a sit uação est ará favorável a uma aproximação
"desint er essada" cada vez maior, a qual deve ser sut il para preser var a
dúv ida. Quando o osso est iver bem pert o, morda-o e arranque um belo
pedaço ... já que ela t e t rat a como um cão. Em est ado de dúvida, qualquer
pesso a est á vulnerável a at aques em sua ment e e em seus sent iment os. Cr ie
e preser ve um est ado de dúvida por meio de co mport ament os ambíguos. Um
co mpo rt ament o cont radit ório e indefinido a mant erá abert a devido à
necess idade de confir mar se você a deseja ou não. Mant enha sempr e uma
"po rt a de escape", uma for ma de cont ra-argument ar dizendo que não est á
int eressado, enquant o progressiva ment e dim inui a dist ância e se t orna mais
ínt imo .
136
Infeliz ment e, est amos condicio nados a agir da for ma opost a à que
dever íamo s e t ememos a derrot a nos joguinho s porque ist o desencadeia a
perda da fêmea desejada. O medo conduz just ament e ao fim t emido, ao
co nt rár io do esperado!
137
O amor e o ódio são duas po lar idades de uma mesma co isa. Sucede m-
se co m facilidade um ao o ut ro. O ideal é ser neut ro pois a mbos são
absurdo s por serem passio nais 214. Veja a relação como um acordo fr io do
qual ambas as part es querem t irar o máximo proveit o, dar pouco e receber
mu it o .
E m sínt ese, podemos dizer que os joguinhos emo cio nais e infer no s
psico ló gicos são dest roçados por meio de at it udes que os devo lvam a quem
os lançou. Necessit amo s de mecanis mo s de rever são, para que as
214
“ O a mor come ç a s e n d o ma g o e a ca b a s e n d o b r u x o. De p oi s d e h a ve r cr ia d o a s me n ti r as d o cé u
s ob r e a te r ra , con cr e t i za a s d o i n fe r n o. S eu ó di o é t ã o a b su r d o q u a n t o s e u e nt u s ia s mo p or q u e é
p a s s i on a l , is t o é , e s tá s ub me t i d o a i n fl u ê n ci a s l et a is p ar a s i ” ( LËV I, 2 0 0 1 , p. 2 9 7)
138
As melhor es “punições” são est as: t rocá-la por outra, t ransfor mar a
relação de co mpro misso em relação livr e ou, em casos ext remo s, acabar
co m a relação (jamais bat er, agredir, gr it ar, ameaçar et c.). As sit uações qu e
as just ificam moralment e podem ser as mais var iadas e abr angem t odos o s
co mpo rt ament os de sua parceira que você não aprova. Co munique-lhe,
unilat eralment e e sem dar abert ura a discussão, que, ao t er est e ou aquele
co mpo rt ament o inaceit ável, ela o est ará autorizando moralment e a to mar a
at it ude punit iva correspondent e. Ent ão você a t erá encurralado. Não haver á
espaço para dúvidas. Você a t erá imo bilizado.
215
Nã o me r e fi r o a q u i d e mod o a l gu m a q u a i sq u e r a ti t u d e s q u e oca s i on e m d a n os fí s i c os ou
p s i col ó gi c os à ou t r a pe s s oa ma s s i m à a ti t u de re fr a t á ri a d e si mp l es me n t e d e vol ve r , p or me i o d a
n ã o-a ç ã o ou d e r e a ç õ es cor r e t a s, a s con s e q ü ê n ci a s d os a t os le s i vos a q u e m os e mit i u. P ar a
t a n t o, b as t a con c or d a r com t u d o e n ã o fa ze r n a d a , a comp a n h a n d o o cu r s o d os fa t os s e m d e tê -l os ,
t a n ge n d o- os e i mp u l s i on a n d o- os a t é qu e ul t ra p a s se m o l i mit e da s u p or ta b i li d a d e p a ra q ue m os
i n i ci ou . É o q u e e n s i n ou J es u s Cr i st o : “ S e o t e u i n i mi go q u e r fa ze r -t e ca mi n h a r u ma l é gu a , va i
c om e l e d u a s. ” Se e ss e i n i mi go ma ch u ca r os p é s n a ca mi n h a da d e t a nt o a n d a r, a cu l p a t e r á si d o
d e l e e n ã o n os s a .. . Nã o f oi e l e q u e q u i s ca mi n h a r ? Es s e s s ã o os ca s t i gos ou p u n i ç õ e s
mor a l me n t e j u st i fi cá ve i s . Ex. S e a mu l h e r n ã o q u e r t e d ar at e n ç ã o, r e j ei t e a a t e nç ã o d e l a ; se el a
n ã o q u e r s er fi el , d i s pe n s e a fi d el i d a de ; s e e l a n ã o q u e r e st a r j u nt o, r e je it e su a comp a n h i a .
Ha ve r á u m mome n t o e m q u e e s p e rt i n ha ch e ga r á a o l i mit e e re ve l a r á a t é on d e é ca p a z d e i r e m
s e u s ab u s os . Est a s e r á a p e s s oa r ea l co m a q u a l vo cê s e r el a ci on a .
139
Os joguinhos part em, via de regra, das mulheres. Logo, t udo deve ser
feit o de modo a ficar evident e que não é você que est á tomando a iniciat iva
mas sim sua co mpanheira. Deve ficar claro que a culpa é t oda dela e não
sua po is não fo i você que co meçou t udo e, port ant o, não sent e culp a
algu ma. Exp lique que você gost ar ia de t er uma relação diferent e, ho nest a,
clara, livr e, democrát ica e igualit ár ia mas ela não o per mit iu. Você est á
apenas desart iculando ar mações, reso lvendo problemas que foram cr iado s
para vo cê. É legít ima defesa emocio nal.
Para nossas parceir as, o amor é uma guerra que não suport am perd er
jama is. So frem t err ivelment e quando a perdem. Querem sempre ganhá-la. É
po r ist o que ficam depressivas quando desgost amos definit ivament e e as
rejeit amo s para sempre. Est a doent ia obsessão vincula-se est reit ament e ao
co mp lexo da inveja do pênis. Trat a-se de uma vingança por se sent irem
in fer io r es 216 pois a guerra dos sent iment os é realment e o único campo em
216
Emb or a n ã o o s e j a m. Est e comp l e x o d e i n fe r i or i d ad e t r a d u z-s e p or u ma e s p é ci e d e ve r gon h a
p or s e r e m mu l he r e s e p or u ma ma r ca d a t e n d ê n ci a d e i mi t ar o h ome m e m t u d o, r e i n vi n d i ca n d o
i gu a l d a d e a o i n vé s d e r e s p ei t o à di fe r e n ç a. No fu t u r o, é b e m p os s í ve l q ue a s mu l h er e s i n ve n t e m
u m p e q u e n o p ê n is d e b or r a ch a p a ra s er us a d o n o d i a a d ia p or b ai x o d a s ca l ç as , p a r a fa ze r
v ol u me . Di r ã o e n tã o q u e s e tr a t a d e u m “ p ê ni s fe mi n i n o” . Ne s se di a , n ã o e n con t r a r e mos ma i s
mu l h e r e s com ca r a ct e r í s ti ca s fe mi n i n a s a ce n t u a da s , p a r a n os s a de s gr a ç a .
140
217
De s d e qu e a mb os te n h a m o me s mo gr a u d e i ns t r uç ã o e t e n h a m s e s u b met i d o à s me s ma s
d i s ci p l i na s . Te n h o con fi r ma d o e x a u s t i va me n t e q u e as mu l he r e s, e m p ol ê mi ca s t e ór i ca s ,
r a p i d a me nt e i n s er e m comp on e n t e s e moci on a i s d e ma n e i ra al t a me nt e e fe t i va , con fu n d i n d o e
141
Nossas damas t ransferem cont inuament e para nós os infer nos ment ais
o riu ndos de conflit os na relação. Possuem so fist icados meio s int uit ivo s de
pressent ir a aproximação do infer no e transfer í-lo à nossa ment e por meio
de mú lt iplo s jogos que envo lvem dúvidas, fat os reais inco nt est áveis
ad mit idos associados a verdades evident es não admit idas, ment iras,
baju lação, car inho, simu lação de fragilidade et c. e, pr incipalment e, as
respo nsabilidades e as t omad as de decisões em esferas que não nos dizem
respeit o.
142
E m geral, os infer nos ment ais t endem a favor ecer quem dispõe de
co nd içõ es favoráveis para reje it ar o outro isent ando-se de culpa. Dest e
mo do , toda a carga emocio nal da culpabilidade recai sobre aquele que crê,
mesmo inco nscient ement e, ser o responsável pelo fim do relacio na ment o .
Sabendo disso, nossas amigas est ão sempre à espreit a, aguardando
o po rt unidades de nos induzirem subliminar ment e à crença de que não as
mer ecemo s e que, port ant o, devemo s ser rejeit ados por ser mos inút eis e
desint eressant es. Co mo se t rat a de um processo mesmér ico subliminar, t oda
a rede psico lógica de causas e efeit os é inco nscient e.
218
P oi s e l as t e i ma m e m fi n gi r n ã o e n t e nd e r n a d a a p e s ar d e e n t e n d er e m t ud o.
143
144
219
P oi s o q u e con ve n ci on a m os ch a ma r d e “ mal ” s ã o a s f o r ç a s i n st i n ti va s e n a t ur a is d o
i n con s ci e n t e q u e n ã o e n con t r a m o s e u l u ga r n a con s ci ê n ci a d o h ome m mod e r n o ( S ANF ORD,
1 9 8 8 ) . A vi d a “ ci vi l i za d a ” n ã o p e r mi te a e x pr e s s ã o d e t od os os i mp u l s os co m os q u a i s a
n a t u r e za n os d ot ou . Es s es i mp ul s os , b an i d os p ar a o i n con s ci e n t e , con s t i t ui r ã o a s omb r a e se
145
146
Desde a infância, aprende mos que dever íamos agradá-las para que,
em t ro ca, o amor nos fosse present eado. A t elevisão, os cinemas, os livro s
et c. sempre nos incu lcaram t ais idéias errôneas. Agora, prosseguimos co m o
co mpo rt ament o condicio nado na vida adult a, sempre preocupados em
agradar, em ser mo s gent is, sempr e "pisando em o vos", co m medo de
quebrar mo s a boneca de cr ist al. Ent ret ant o, ist o é o mesmo que fazem t odo s
o s pret endent es e não per mit e que nos dest aquemo s. Co mo poderia t er
dest aque aquele que faz o que todos fazem, aquele que é igual na t ent at iva
de ser d iferent e? O pressupost o de que o amor feminino é uma ret ribuição
às t ent at ivas masculinas de agradar perpassa t al erro.
Os ho mens alt os, r icos, musculo sos ou bonit os não são desejado s
simp lesment e por t erem t ais caract er íst icas mas sim por se sent ir em
super io r es aos r ivais e, conseqüent ement e, mais seguros. Co m relação ao s
fis icament e fort es mas infant ilizados, há ainda a quest ão da conveniência:
quando são imat uros, cumprem bem a função de best as de carga e cães d e
s e u l u ga r e ma u for a d e l e .
147
220
Nã o e s q u e ç a mos q u e t od a e st a di n â mi ca d e d e s ej os é i n co n s ci e n t e ou , q u a n d o mu i t o, s e mi -
c on s ci e n t e , mot i vo p e l o q u a l n ã o d e ve mos n os r e v ol t a r .
148
Obser ve que os vilões dos cont os são sempre mais seguros, fr ios e
decid ido s do que os mocinhos mas são meno s int eligent es, menos sensíve is
e meno s ro mânt icos. O ho mem co mplet o possui os do is lados: é a sínt ese do
heró i co m o vilão. É super ior a ambos porque est á além do bem e do mal
(NIETZSCHE, 1886/1998). Seja super ior ao cafajest e e ao bom dono de
casa. Est ude-os. Ret enha o que há de bo m e m cada um deles e dispense o
que há de ruim.
149
A int eligência das espert inhas é dir igida e aper feiçoada na art e de
lud ibr iar, ment ir, dissimu lar, convencer, manipular e simular co m o int uit o
de do mest icar o macho. Isso muit as vezes absorve-lhes a int eligência a
po nt o de torná- las medío cres em out ros campos da at ividade humana
(VILAR, 1998), fazendo-as necessit ar do amparo masculino par a se
sent irem segur as em sit uações difíceis e per igosas. Cont udo, essas mulheres
se o r ient am co m facilidade em meio ao caos de sent iment os confuso s
po rque é soment e no aspect o emocio nal das relações em que prest am
at enção. Os seus julgament os, decisões, esco lhas et c. são definidos a part ir
das emo ções que as sit uações provocam e não a part ir da realidade objet iva
ext er io r em que t ais sit uações co nsist em. Schopenhauer (2004)) afir ma o
segu int e:
221
Es t e ca p í t ul o é u ma re s p os t a a os l i vr os “ P or q u e os Ho m e n s M e n te m e a s M u l h er e s Ch or a m”
e “ Me n t ir a s q u e os Home n s Con t a m” ( d e s cob r i r o a u t or e s )
150
222
Há u m l i mi te n a ca p a ci d a d e d os s er e s h u ma n os , in cl u i n d o os d o s e x o fe mi n i n o, s u p or t a r e m e
e x p r i mir e m a r e al i d a de e m a t os e p a l a vr a s. Al é m d e st e l i mit e r e i n a a me n t ir a . En tr e t an t o, com o
e m q u a s e t u d o n a vi d a, s omos mu i t o ma i s i n con s ci e n t e s d o q u e con s ci e n t e s d es s a t e n dê n ci a .
Ne s t e ca p ít u l o e s ta mos t r a ta n d o d o f or ma fe mi n i n a d e e x p re s s ã o d a u n i ve r s al t e n d ê n ci a h u ma n a
d e me n ti r .
151
Não é convenient e agredir- lhes a nat ureza t ent ando obr igá-las a serem
sinceras. O melhor aceit á- las t al co mo são e t ir ar proveit o da sit uação:
"As m ul h er es, sobr et udo, que sã o es sen ci a l m en t e e sem pr e com edi a n t es e que
gost a m de se i m pr essi on a r i m pr essi on a n do os dem a i s, e que sã o a s pr im ei r a s a se
en gan ar quan do desem p en ha m seus m el odr a ma s n er vos os, a s m ulh er es - r epet i m os - sã o
a ver da dei r a ma gi a n egr a do m a gn et i sm o. Assi m , ser á i m possí vel pa ra os
m a gn et i z a dor es n ã o in i ci a dos n os supr em os a r ca n os e nã o a ssi st i dos p el a s l uz es da
ca ba l a , dom i na r sem pr e est e el em en t o fuga z e r efr a t ári o. Pa ra ser senh or da m ulh er , é
pr eci so di st r a ir -l a e l udi br i á -l a ha bi l m en t e, dei xa n do-a supor que é el a pr ópr ia que est á
en gan an do. E st e con sel h o, que ofer ec em os a qui especi a l m en t e a os m édi c os
m a gn et i z a dor es, poder i a t a m bém , ta l vez , ser út il na vi da con juga l . " (LÉ VI, 1855/ 2001,
p. 225)
223
P oi s a s si m e la s , ou me l h or , o i n con s ci e n t e d el a s , d e s c ob r e q u e m s ã o os ma i s in t el i ge n t e s q u e
n ã o s e d e ix a m e n ga n a r e os s el e ci on a m.
152
Repent inament e, descobr iu que a dor provinha, não da ment ira em si,
mas da sua incapac idade em aceit á- la co mo t al. Ent ão compreendeu que
t emo s que aceit ar as ment ir as co mo sendo inerent es à nat ureza humana,
inc lu indo a feminina. E mais: t emos que aceit ar o fat o, quando fo r
inco nt est ável, de que os nossos sent iment os mais no bres, puros e sublimes
sempre serão pisot eados e desprezados. O sofr iment o provinha de vár io s
pressupost os e expect at ivas equivocadas de sua part e com relação ao sexo
o po sto . Ao descobr í- lo s, sent iu um grande alívio. A mulher que ele gost ava
est ava lá, muit o provavelment e co m out ro cara, havia acabado de ligar
fazendo um t eat ro, e ele simplesment e havia aceit ado o fat o e ignorado ,
co nsid erando-o algo que não lhe dizia respeit o. E de fat o não mais dizia.
153
O est udo das ment ir as femininas e dos padrões co mport ament ais
co rrespondent es cost uma ser muit o út il. Mas par a t ant o, t emos que aceit ar
as ment iras t al co mo são, sem nos revo lt armo s.
Uma not ável ment ira que causa muit o est rago é a de que os homens
co mpanheiros e sensíveis são desejáveis e enlouquecedores. A obser vação
revela que os mesmos são na verdade cansat ivos por não provocarem
int ensas emoções. Vit imados por t al ment ira, muit os t ent am se adequar a
est e padrão enganoso de ho mem ideal e se espant am ao obt erem result ado s
o po sto s aos almejados.
224
No h ome m, e s t a te n d ê n ci a p ar a l u di b r ia r o p r óx i mo s e ve r i fi ca me n os fr e q ü e n t e me n t e n o
ca mp o a mor os o e ma i s fr e qü e n t e me nt e e m ou t r os ca mp os .
154
155
Nos t empos at uais, a sit uação é grave. Est á muit o difíc il enco nt rar
co mpanheiras que prest em para o casament o. Muit as mulheres est ão
adqu ir indo o hábit o de se exporem às t raições de for ma sut il, facilit ando-as
po r meio de sit uações ambíguas de aparência ino cent e, que cost umam
defin ir co mo sendo “sem maldade” e que nos co nfunde m co mplet ament e
quando não so mos exper ient es o bast ant e para desmascar á-las. Tais
sit uaçõ es, na verdade, são pr incíp ios de envo lviment o com out ros macho s
o u, no mínimo, de exposição vo lunt ár ia e conscient e aos desejos dest es. Po r
seu carát er ambíguo, proporcionam um refúgio confort ável às infiéis para
que se exponham e camuflem suas verdadeiras int enções, confundindo seu s
parceiros e esquivando-se de suas possíveis e just as iras.
225
Ve j a -s e a n ot a a nt e ri or s ob r e a s i mul a ç ã o d e i n ge n u i d a d e e d e s e nt e n di me n t o.
156
Os mar idos/ no ivos/ namorados ser vem apenas para dar amparo
mat er ial e/ou emocio nal por meio da subser viência do apaixo na ment o. Est a
é a razão pela qual não são nor malment e amados e devem ser sinceros,
ho nest os e t rabalhadores. As esposas at uais sempre, ou quase sempre,
amarão de verdade aos insensíveis que não sejam seus mar idos. O
casament o é uma inst it uição falida. Conheço vár ias que se casar am co m u m
ho mem enquant o amavam de verdade a out ro. Fazem-no co m t oda a
nat uralidade, co mo se est e cr ime ino minável co nt ra o amor verdadeiro fosse
abso lut ament e legít imo e just o. Não o vêem co mo um at ent ado imperdoável
co nt ra a alma. 226 Schopenhauer (2004) afir ma, a respeit o do casament o, o
segu int e:
"Ca sa r -se si gni fi ca fa z er o possí vel pa r a se t orn a r r epugn ant e um a o out r o. " (p.
62)
226
Al b e r on i ( 1 9 8 6 /s e m d at a ) n os d i z q u e a s mul h e r es n ã o s e n t e m r e mor s o n e s s e s ca s os p or q u e
c on s i d e r a m q u e os s e nt i me n t os i n t e ns os j u st i fi ca m mor a l me n t e o a t o.
157
3) levar chifres.
Essas damas prefere m sempr e enganar o mar ido a agir honest ament e,
d izendo- lhe que se sent em at raídas por outro. O fazem para que a emo ção
da paixão co m o amant e seja ma is int ensa devido ao risco oriundo da
227
Ca l i ga r is n os d i z q u e a s mu l h er e s p os s u e m n e ce s s i d a d e i n con s ci e n t e da e nt r e ga s e xu a l t ot a l
ma s s ã o r e pr i mi d as p el o me d o d o ma r i d o, o q u a l r ep r e s en t a s i mb ol i ca me n t e a fi gu r a re s tr i ti va
d o p a i . S e gu n d o e l a, is s o e s ta r i a vi n cu l a d o a o a t o d e p r os t it u ir -s e e a o a d u l té r i o.
158
Para just ificar para si mesmas o fat o de que se int eressam por out ro e,
dest e modo, não se sent ire m t raidoras sem va lor, as “vad ias 228” sempre
t ent arão forçá- lo a assumir um ent re dois papéis: o de carrasco vio lent o o u
de mar ido indiferent e que "não dá at enção". Est eja at ent o e não aceit e.
228
No s e n t i d o d a d o p e l os di ci on á r i os M i ch a e li s ( 1 9 9 5 ) e Au r é l i o ( F ERRE IR A, 1 9 9 5 ) .
159
229
Vi d e n ot a a n te r i or s ob r e s i mu la ç ã o d e de s e n te n d i me n t o.
230
Vi d e n ot a s a nt e ri or e s s ob r e a p u ni ç ã o.
231
No s e n t i d o d a d o p e l os di ci on á r i os M i ch a e li s ( 1 9 9 5 ) e Au r é l i o ( F ERRE IR A, 1 9 9 5 ) .
160
"Muitas mulheres expressam a idéia de que seus maridos não são hábeis o suficiente para estimulá-
las sexualmente; 'que deveria haver um homem que, percebendo o seu grande valor e amando-a como
mereceria ser amada, saberia arrancar de suas entranhas prazeres imensuráveis' " (PACHECO, 1987, p. 48)
Não est amos julgando fat o de uma mulher paquerar ou relacio nar-se
sexu alment e co m vár io s ho mens. Tal at it ude não nos diz respeit o e não é um
pro blema nosso. Não compet e a nós julgar a at it ude alheia, a não ser no que
se refere aos danos emo cio nais que podem nos causar. Não nos int eressa de
mo do algum supr imir a liberdade alheia ou vio lent ar o livre-ar bít r io
femin ino. É claro que a mu lher t em t odo o direit o de fazer o que quiser,
desd e que haja dent ro da sincer idade. A art imanha aqui denunciada so ment e
co nsist e em enganar, dissimu lar e fing ir-se de sant a para desfr ut ar do s
benefício s que mer ecer ia uma mulher mo nogâmica (algo raro ho je em dia) e
o de querer induzir a acr edit ar que co mport ament os visive lment e
co mpro met edores são inocent es, subest imando nossa int eligência. O
pro blema est á na t rapaça a morosa e não no fat o de uma mulher t rocar de
parceiro ou mant er mais de um relacio nament o simult âneo. As espert inhas
fazem isso para evit ar as más co nseqüências de suas própr ias ações e para
desfrut ar da int ensificação das emoções na realização de um at o proibido.
161
162
232
No s e n t i d o d a d o p e l os di ci on á r i os M i ch a e li s ( 1 9 9 5 ) e Au r é l i o ( F ERRE IR A, 1 9 9 5 ) .
233
No s e n t i d o d a d o p e l os d i ci on á r i os Mi ch a e l i s ( 1 9 95 ) e Au r é l i o ( F ERRE IR A, 1 9 9 5 ) . .
163
164
165
Procure vê- las co mo cr ianças t ravessas, est ando sempr e at ent o mas
não dando import ância aos seus joguinhos bobos. Ent ret ant o, não se
esqu eça de que elas não são realmente crianças e podem ser ardilo sas e at é
per igo sas, em alguns casos. São semelhant es a cert os ent es mít ico s
at orment adores que não são maus mas t ambém não dist inguem muit o as
co isas: sacis, caiporas, curupiras, yaras, sereias et c. E mbora não seja m
realment e cr ianças, quere m ser assim t rat adas quando lhes é convenient e:
166
"A mulher tem sido protegida por um [falso] 'halo' de santidade nos lares e na sociedade. Chamada
de 'sexo frágil', indefesa, símbolo de afeto, fidelidade, e abnegação, foi poupada de ter que sofrer a
consciência de sua patologia que é imensamente grave. Isso foi o que acabou de afundar a mulher. Alienada
de seus problemas, foi dia a dia decaindo, sem trabalhar com a consciência de seus erros que não são
corrigidos há muito tempo." (PACHECO, 1987, pp.42-43)
Fora do campo dos joguinho s puer is e do oport unismo afet ivo ego íst a,
as fêmeas espert inhas t em pouco discer niment o sobre a vida e não
co nseguem ident ificar co m clareza as diferenças ent re o bem e o mal no
campo das relações. Confundem const ant ement e o cert o com o errado
po rque t ent am definí- los por meio de cr it ér io s emocio nais. Quant o mais
co erência você exigir de sua co mpanheir a nest e caso, pior será. O melhor é
assu mir unilat eralment e a posição mais coerent e co m os per fis e vocaçõ es
dela e dest e modo forçá- la a se po lar izar. Correr at rás do que dizem é não
reco nhecê- las co mo absurdas.
167
168
Para que a mulher nos admire, precisamo s “fer í-la” (at ingí-la)
co rret ament e nos sent iment os para que sint a o poder de nossa vont ade e
det er minação. O medo de desagradar e perder revela fraqueza e o ho mem
deve t o mar t odo o cuidado para não ser tomado por um fraco pois os fr aco s
sempre são desint eressant es.
Apr enda a obser var os sent iment os que suas at it udes, gest os e
palavras provocam. Mas t ome cuidado com as hábeis simulações de su a
parceira.
A mulher não sabe muit o sobre si mesma. Não se or ient e pelo per fil
mascu lino idiot a dos heró is dos filmes de amor e dos romances cor-de-ro sa
e nem t ampouco pelo t ipo de "ho mem int eressant e" que elas descrevem. O
ho mem que as do mina 234 emocio nalment e não corresponde de modo algum
ao que dize m. Na verdade, t ais descr ições apenas ser vem para at rair os mais
fraco s à subser viência e marcá- los par a a rejeição, uma vez que t ais imbecis
se apressam na t ent at iva de se enquadrar nesses modelo s est úpidos. E m
geral, aquilo que as at inge na emo ção fazendo-as se apaixo narem é
ju st ament e o cont rário do que as escut amos dizer a todo mo ment o. Daí a
234
Re fi r o-me à d omi n a ç ã o c on s e n t i d a , i s e nt a de vi ol ê n ci a s d e q u a is q u e r e s pé ci e s . Vi d e n ot a
s ob r e o d omí n i o.
169
O pret enso amor fe minino, grat uit ament e ofer ecido, é egoíst a po is
não leva em co nsideração o sofr iment o emocio nal que provoca. É
abso lut ament e calculist a em seu fim: selecio nar o macho mais r esist ent e ao
mag net ismo fat al das fêmeas. É um lixo, dispense-o.
Não espere sincer idade. Aquele que necessit a de car inho e amor para
ser feliz na relação é um desgraçado. As int enções mais no bres, sublimes e
alt ru íst as sempre serão pisot eadas. O ser humano é ador mecido e se
lo co mo ve na incoerência e na ingrat idão.
Se você est á sofr endo nas mãos de alguma dama, ist o significa
simp lesment e que você não est á enxergando o t eor real da relação. Seu
so fr iment o est á se originando das infer nais cont radições co mport ament ais.
170
Por se sent ir em infer io res, nossas a miguinhas fat ais sent em grande
sat isfação em saber que nos enganam ocult ando int enções e sent iment os. É
u ma espécie de vingança inco nscient e por não serem capazes de nos superar
em nenhum ca mpo além do campo da resist ência emocio nal cont ra a paixão .
Trat a-se da simbó lica inveja do pênis. Se as superar mo s nest e campo, as
supera mos em t odos os out ros.
171
172
A mulher não amo lece e nem se dobra com o car inho masculino .
Tampo uco se dobra co m a brut alidade. Para at ingí-la e t orná-la dependent e,
vo cê deve em pr imeiro lugar dar segurança.
173
Carros e posses mat er iais não são os únicos element os que t ornam a
fêmea dependent e: cuidados e prot eção t ambém o fazem. Co mpense sua
po breza e out ras defic iências co m um co mport ament o dist int o, super ior ao
de to dos os out ros machos. Se você anda a pé, é pobre, feio, raquít ico ,
go rdo , baixinho ou barr igudo e se isso for irremediável, busque out ro s
at ribut os por onde você possa se desenvo lver. Seja único e super ior em t udo
o que puder.
Para prendê- las pelo s sent iment os, é imprescind ível inst alar a
simpat ia corret a. O erro da maior ia dos homens é supor que a simpat ia
erót ica se inst alará por meio da pressa em agr adar e impressio nar ou do
medo de fer í- la nos gostos desagradando-a. No caso das mulheres, o que
aco nt ece na verdade é o cont rár io: a simpat ia par a o sexo se or igina de u m
po sicio nament o car inhoso mas at ivo, prot et or, fir me, dist ant e, mist er ioso e
174
As fêmeas gost am de falar sempre o lhando para cima. Não é à toa que
go st am de ho mens grandes: se ent regar iam a ho mens de quinze ou vint e
met ro s de alt ura, se exist issem. Querem ser carregadas, sent ir-se pequenas.
Mas há vár ias for mas de ser mo s grandes e não apenas na est at ura do corpo .
Há ho mens alt os e baixo s que são est úpidos e infant is, out ros são inert es,
sem in iciat iva. Tais at r ibut os independem do t amanho. Se você é alt o, isso é
u ma vant agem e deve ser aproveit ada. Mas est a mesma vant agem será
desp erdiçada e se t ransfor mar á em desvant agem se você negligenciar seu
desenvo lviment o tot al. Por o ut ro lado, se você é baixo, velho, barr igudo ,
careca, pobre e ainda por cima sem carro, terá que desenvo lver out ro s
at ribut os comport ament ais para co mpensar essas defic iências. Supere o s
r ivais nas caract er íst icas corret as e tomará a frent e. No campo da
co nvivência, os pr incipais at r ibut os a desenvo lver são os co mport ament ais,
embo ra os at ribut os fís icos t ambém cont em. Há, inequ ivocament e, um
preco nceit o generalizado com relação às pessoas menos dot adas fisicament e
de ambo s os sexos mas pode-se vencer est e preconceit o desenvo lvendo as
caract er íst icas co mport ament ais corret as.
E las querem ser submet idas pela própr ia paixão e por isso é que
in fer nizam, desafiam, provocam e se rebelam t ant o cont ra o domín io
co ercit ivo. E las não querem ser submet idas por meio de no ssas paixõ es, o
que as obr igar ia a sat isfazê- las, mas sim por meio das paixõ es delas
mesmas. Do ponto de vist a feminino, todo o mundo deve gir ar em vo lt a das
paixõ es e sent iment os pessoais. Nossos sent iment os, paixões, desejo s e
vo nt ades não as int eressam senão na medida e m que possam ser ut ilizado s
para sat isfazer os delas. Grande part e das pessoas do sexo feminino so ment e
enxergam a si mes mas:
175
176
Para mant er a cont inuidade da subser viênc ia, excit am nosso amor e
no sso desejo sem nunca sat isfazê- lo s tot alment e, mas apenas parcia lment e,
co m o int uit o de mant ê- los por t empo indefinido. Evit am a sat isfação
po rque sabem que sat isfazer é concluir e que conclu ir o desejo é t er minar a
depend ência. Co mo o que lhes import a são os sent iment os amorosos delas e
não o s nossos, não vêem mot ivo para qualquer sent iment o de culpa o u
p iedad e.
Para "cont ra-at acar mo s", necessit amos apenas exc it ar as t rês
necess idades básicas (ser desejada, prot egida e amada) sem nunca sat isfazê-
las t ot alment e, co mo elas fazem conosco, devo lvendo a cont inuidade em
no sso favor. Se você deixar que os desejos feminino s seja m abso lut ament e
sat isfeit os, sua co mpanheira se sent ir á segur a, esno be e deixar á de lhe dar o
car inho co mo deve. Acredit ando que você já est á preso, part irá par a o
apr isio nament o emocional de out ros e assim por diant e. A so lução é ser
igu alment e cont radit ór io, excit ando, promet endo mas sat isfazendo apenas
parcialment e. Assim preser vamos os sent iment os que queremo s. As mesmas
est rat égias sujas ut ilizadas pelas espert inhas cont ra nós podem ser
red ir ecio nadas de vo lt a, nest e caso co mo legít ima defesa.
Est a lógica torna co mpreens ível uma ant iga e pert urbado ra
co nt radição. Explica porque nosso amor é repudiado quando queremos qu e
elas nos amem e porque so mos procurados apenas por aquelas que
repud iamo s. Ocorre que as fêmeas saem da inér cia e se dedicam a cuidar da
177
A pa ixão nos t orna repu ls ivo s porque t ransmit e, ent re outras co isas e
algu mas vezes, a infor mação de que não queremos o ferecer amor mas
apenas recebê- lo. Também t ransmit e a infor mação de que so mos mo ló ides.
Co mo a necessidade feminina é ser amada e prot egida, mas nunca amar, se
vo cê se most rar carent e ou dependent e será repudiado pois os mo lengõ es
não podem prot eger ninguém e, além disso, querem receber amor e
prot eção. Um ho me m carent e é um ho mem necessit ado de amor. Um ho mem
necess it ado de amor é alguém que quer receber amor e não dar amor. Quer
u ma t ábua de salvação emocio nal. É just ament e ist o que as espant a.
178
O amor feminino não é uma ret r ibu ição, é uma est rat égia par a
co nqu ist a dos t rês benefício s mencio nados. Se os benefício s est iver em
facilment e dispo níveis, não haverá necessidade alguma de dedicação e nem
de co nquist a. Se est iverem abso lut ament e inacessíve is, por out ro lado ,
t ambém não haverá nest a últ ima sent ido algu m.
Quant o mais quiser mo s que nossas parceiras nos dese jem, nos ame m,
no s t rat em be m et c. menos preocupadas as deixar emos e menos dedicação
receber emos. O amor feminino é refrat ár io à pressão. Pressio ne su a
co mpanheira para amá- lo e ela o det est ará, criará aver são. O mant erá preso
apenas para ser escravo e buscará out ro que a ignore e despreze para se
o ferecer e se ent regar. Tent ar obr igar as mu lher es a nos amare m é uma
perda de t empo:
179
O fat o de desejarem ser amadas e prot egidas não significa que amarão
aut o mat icament e aqueles que se apressarem em amá-las e prot egê-las mas
sim o cont rár io: amarão aqueles que lhes excit arem a imaginação acenando
co m t ais pro messas sem nu nca cu mpr í- las t ot alment e. A habilidade do
grande sedut or consist e just ament e em exc it ar a imaginação, em co nvencê-
las, em fazê- las acredit ar e em seguida imobilizá-las na dúvida.
Há, ainda, uma est rat égia muit o simp les e alt ament e eficient e par a se
prender mulheres muit o refrat ár ias, fr ias e difíceis: cons ist e em procurá-las
apenas para o sexo, ignorando-as o resto do t empo (sem assumir isso, é
claro ). Procure t ransar de for ma selvagem e em seguida a esqueça po r
algu m t empo. Não fique t elefo nando, vigiando, indo at rás et c.
S imp lesment e a ignore at é ser procurado novament e para ent ão recebê-la
co m o ardor e a int ens idade de um animal. Faça-a sent ir-se uma fêmea
selvagem no cio. Cost uma dar mu it o result ado.
O car inho e o amor que lhe são oferecidos visam amo lecê-lo, co mo a
o nda que lent ament e corrói e desgast a a rocha. São t est es: os amados e
dese jados são os fir mes, que nunca se deixa m enfeit içar. Se você se deixar
fascinar, será imediat ament e considerado fr aco e vist o como um macho de
ú lt ima cat egor ia facilment e dobr ável. Ist o explica porque o amor feminino
nu nca se enco nt ra com o masculino e sempr e é dir ig ido àqueles que não as
amam. Port ant o, quant o mais res ist ent es for mos aos feit iços do car inho e do
amo r, mais car inho e amor (obviament e hipócr it as por possuír em sempre
180
O per fil do ho mem ideal que faz frent e aos feit iços feminino s pode
ser sint et izado como sendo fr io, dist ant e, mist er ioso, impenet rável,
silencioso, concent rado, at ivo, liderant e, ousado, corajoso, indiferent e e
prot eto r. É como o nada, como o vazio ou a água na qual t odos os at aques
se anu la m 235.
235
P a r a fr a s ea n d o Br u ce Le e ( 1 9 7 5 / 20 0 4 ; 1 9 7 5 / 19 8 4 ).
181
Hoje, 9 de agost o de 2004, t ive mais uma oport unidade de est udar a
fant asia fe minina ao assist ir o filme "Um Pr íncipe e m Minha V ida". Ent ão
co mpreendi u m pouco mais so bre a lógica fr ia, calculist a e implacável do
chamado amor.
"As 'rainhas' [as mulheres] querem encontrar os seus 'príncipes encantados' e com eles organizar o
seu 'reinado do lar' ". (p. 40)
182
183
184
Todas as fê meas são alt ament e selet ivas mas ist o não significa qu e
sejam nat uralment e fiéis ou mo nogâmicas. Querem o ferecer seu sexo apenas
236
Re fi r o-me à s fe mi n i s t a s r ad i ca i s , d ogmá t i ca s , u n i la t e r a i s e e x tr e mi st a s e n ã o à s fe mi n i st a s
e s cl a r e ci d a s .
185
Para ent ender est a dinâmica t emos que compr eender quais são o s
cr it ér io s selet ivos femininos. Prepar e-se porque vou dissecá-lo s sem
p iedad e.
237
E nã o q u a n d o a me s ma é j ove m e i n te l i ge n t e, fa t o q u e t a mb é m s e ve r i fi ca . Es ta es t u pi d e z
s e r e fe re e x cl u si va me n t e a o cr i t ér i o s e le t i vo a mor os o e a n e n h u m ou t r o ca mp o. In s p i r e i -me e m
l i vr os fe mi n i n os n os q u a i s e s t e ob s e r va ç ã o a p a r e ce com o e x p r e s s ã o d e i n d i gn a ç ã o d a s mu l h e re s
p e l o fa t o d os h o me n s a s va l or i za r e m p el a be l e za e p r e fe ri r e m s e mp r e a s mai s “ b on i t a s ” , a
d e s p e it o d a si n ce r i d a d e.
238
Ob vi a me n t e , a q u e la s qu e n ã o d es p r e za m os b on s e se r e cu s a m a a d mi r a r os p i or e s nã o s e
e n q u a d r ar i a m ne s t a d e fi ni ç ã o. P or ou t r o l a d o, h á h ome n s j ove n s i gu a l me n t e t on t os com
cé r e b r os i gu a l me n t e p ob r e s.
239
P or t a n t o, el a é a ma i or p r ej u d i ca d a p or s u a p r ó p ri a fa l t a d e b om s e n s o.
240
De vo l e mb r a r o l e it or q u e os cr it é ri os d e b el e za s ã o r e l a t i vos , n ã o e x i s te m d e u m p on t o d e
vi s t a ob j e t i vo e va r i a m e n or me me n t e a o l on g o d o t e mp o, d o e s p a ç o, d a s cu l t ur a s, d o e st a d o
e mo ci on a l e d os i n d i ví d u os . Ent e n d a -s e a q u i p or “ fe i a s” a q ue l a s q u e n ã o s e e n q u a d ra m n os
p a d r õ e s d it a t or i ai s de b el e za a d ot a d os p e l os pr ó p ri os “ p l a yb o ys ” p r e fe r i d os e q u e a s d e s pr e za m
p os t e r i or me n t e . Ai n d a a s si m, e s s as me s ma s mu l h e re s p od e m s er con s i d e r a d as “ b on i t as ” p or
h ome n s q u e a d ot e m ou t r os cr i t é ri os . A b e l e za e xi s te a pe n a s d o p on t o d e vi s t a s u bj e ti vo, e m
d e p e n d ê n ci a d o e st a d o i nt e r i or da q u e le q u e con t e mp l a . Nã o e n te n d e mos q u e fu l a na é l in d a e si m
o s e n t i mos p oi s a be l e za n ã o é a l go r a ci on a l . “ Be l a” é a mul h e r p or q u e m u m h ome m s e
a p a i x on ou , i n d e p e n de n t e me nt e de s ua s for ma s “ ob j e ti va s ” ( e u n ã o cr e i o n a ob j e ti vi d a d e d a
ma t é r i a) . A p a i x ã o t r a ns fi gu r a s e u ob j e t o.
186
Ent ret ant o, não acredit e que so ment e a alt ura bast a. A fêmea é louca
para dar seu sexo para ho mens super iores em qualquer sent ido mas, se o
cara fo r super ior apenas na alt ura, t ambém t o mará chifre. A maior ia das
mu lheres co mpro met idas que um co lega meu co nquist ou pert enciam a
ho mens grandes e ele era baixo. Acont ece que muit as vezes elas se
envo lvem exclusivament e co m os car as alt os quando ainda são muit o novas
e, ao mesmo t empo, tolas mas depo is descobr em que eles são seres humano s
no r mais e podem ser algumas vezes t ão infa nt ilizados, est úpidos, grosseiro s
e desint eressant es quant o os baixo s 241. Como querem loucament e dar o sexo
para u m super-ho mem, met em chifre no gorila se aparecer um chimpanzé
mais int eligent e que saiba seduz í- las.
241
Em ou t r a s pa l a vr a s : n ã o e x i s t e r el a ç ã o al gu ma e n t r e c a r á t e r e a lt u r a. Um h ome m a l t o p od e t er
ca r a ct e r í s ti ca s comp or t a me n t a i s a t ra e n t es p ar a a s mu lh e r es e ou t r o h ome m d a me s ma a lt u r a
p od e n ã o t ê -l a s . O me s mo é vá l i d o p a r a os h ome n s b a i x os . Al gu n s h ome n s b a i x os s ã o a lt a me n te
d e s i n te r e ss a n te s pa r a a s mul h e r es e n qu a n t o ou t r os n ã o o s ã o.
242
P oi s , com o e s cr e ve u Al b e r on i ( 1 9 8 6/ s e m d at a ), o q u e e l a s b us ca m s ã o a s e moç õ e s i n t e ns a s .
187
O int elect o serve so ment e para analisar, classificar, ident ificar causas
e co nseqüências, sist emat izar, argument ar, t eorizar para, finalment e e
depo is de t udo isso, concluir e co mpreender. Ent ret ant o, t udo isso é
secu ndár io na guerra da paixão porque o inst int o é muit o mais velo z.
O ho mem que concebe a int eligência apenas em t er mos int elect uais,
su best ima o poder da int uição e da int eligência emocio nal, a qual ne m
sempre será ut ilizada para o bem e poderá at é dest ruí-lo emoc io nalment e. A
capacidade de int uir est á relac io nada à sens ibilidade (KANT, 1992), a qual
é alt ament e desenvo lvida nas mulher es, o que não significa que est a
facu ldad e cognit iva seja int r insecament e alt ruíst a.
188
O macho int eressant e aos olhos femininos é aquele que se dest aca
po sit ivament e da for ma mais amp la possíve l. E las quere m fazer amor co m
u ma mescla do heró i mít ico sobre- humano e do vilão dos romances cor-de-
ro sa e das novelas água-co m- açúcar. Est e é o ho mem ideal. Obser ve-o e
est ude-o porque aí est á a chave. Est e é o "macaco pr incipal do bando". Não
se iluda achando que a bondade será reco nhecida.
243
Em ou t r a s pa l a vr a s, el a s s i mu la m d e s e nt e n di me n t o, i n ge n u i d a d e e i n ocê n ci a , fa ze n d o -n os
a cr e d i t a r q u e n ã o co mp r e e n d e m ce r t a s coi s a s q u a n d o l h es con vé m. A fr a s e s e r e fe r e à
i n t el i gê n ci a e moci on a l vol t a d a p a r a fi n s e goí s t a s .
189
“ A ob s e r va ç ã o ob j e t i va e s e m pr e con ce i t os d a r ea l id a d e n os mos t r a q u e e x is t e m ap e n a s
a l gu ma s ca t e gor i a s d e h ome n s q u e p os s u e m mu l h e re s be l ís s i ma s : os l í d er e s ca ri s má ti cos , os
mi l i on á r i os , os as t r os fa mos os , os gr a n d e s a t or e s , os gr a n d e s di r et or e s e os Gâ n gs t e r e s.
A b e l e za , a gr a n d e b e l e za , é i n e x or a ve l me n t e a t ra í d a p e l o p od e r , e o p od e r t e n d e,
i n e x or a ve l me n t e , a mon op ol i zá -l a . É e ss e l i a me p r ofu n d o, a n ce s t r a l , ma s s e mp r e vi v o e
r e n ova d o, q u e t or n a os h ome n s c omu n s p r u d e n t es . ” ( ALBE RON I, 1 9 8 6 / s e m d a t a, p. 32 )
Se você é t ímido, medroso, sent iment al, sens ível, carent e ou ret raído
e quer ser assim para sempr e, recusando-se t eimo sament e a se modificar,
desist a porque as mulheres não são para você. Renuncie à sua
mascu linidade e as esqueça po is fragilidade é um at r ibut o fe minino e não
mascu lino. É claro que nós, os machos, t emos limit es e fraquezas mas elas
não o s querem ver. E las querem co nhecer apenas nossos pont os fort es,
no sso s at rat ivos. São int o lerant es co m nossas fraquezas e fragilidades,
embo ra sempre digam o cont rár io.
190
Esses caras que ficam mexendo com mulher es nas ruas, assediando-as
em t o do lugar, perseguindo-as ou passando-lhes a mão sem que elas
aut o rizem não passa m de umas best as incompet ent es. É por causa deles que
é t ão difíc il conqu ist ar as mais gost osas, que acham que os ho mens são
to do s parecidos.
191
244
No s e n t i d o d a d o p e l os di ci on á r i os M i ch a e li s ( 1 9 9 5 ) e Au r é l i o ( F ERRE IR A, 1 9 9 5 ) .
192
245
Nã o s ou p r e con ce i t u os o c on t r a h ome n s d e p ou ca i n st r u ç ã o. O i n c on s ci e n t e fe mi n i n o é q ue o
é . ..
246
P a r a me l h or comp r e e n d e r e st e a s p e ct o, s u gi r o a o l e it o r q u e a s s is t a ou l e ia a p e ç a “ Bon i t i n ha
ma s Or d i n ár i a” , d e Nel s on Rod r i gu e s .
247
Le mb r e mos q u e a fe i u r a é s e mp r e r el a ti va . Uma p e ss o a j a ma i s se r á a b s ol u t a me nt e “ fe ia ” ma s
s i m r el a ti va me n t e “ fe i a” . S e r á “ fe i a ” s ob d e t er mi n a d o p on t o d e vi s t a ou a s p e ct o e e m re l a çã o a
a l go. Uma mu l h e r p od e s er “ fe ia ” p ar a u m h ome m e l i nd a p ar a ou t r o, p od e r á s er “ fe i a” ou
“ l i n d a” p ar a s i mes ma ou p a r a a s ou t r a s mu l h e re s , p od e r á se r “ fe i a ” e x t er i or me n t e ou
i n t e ri or me n t e e t c. M e u p on t o d e vi s ta é o d e q u e t od a s a s p es s oa s , i n cl u i n d o a s d o s e x o
fe mi n i n o, s ã o s i mu l ta n e a me n te l i n d as e h or r í ve i s s ob mú l t i pl os a s p e ct os . Na fr a s e e m q u e st ã o,
e s t ou me r e fe ri n d o à q u e la s q ue se a ut o- c on s i d e r a m n ã o-e n q u a d r á ve i s n os e s t er e ó ti p os
c on ve n ci on a i s d e st e s é cu l o. P a r a mi m, e s t as sã o ma i s fá ce i s d e li d a r e mai s comp r e e n s i va s .
Ob vi a me n t e , e st a s me s ma s mul h e r es p od e m s e r con s i d e r a d a s li n d a s s ob vá r i os a s p e ct os ou p or
vá r i os h ome n s , d e p e n d e n d o d a s it u a ç ã o. O h ome m s a b e e n con t r a r be l e za e m u ma mu l h e r q u a n d o
a d e s ej a ( Al b e r on i , 1 9 8 6/ s e m d a t a) . A b e l e za e m si n ã o e xi s t e, é u ma s i mp l es for ma me n t a l
p r oj e t a d a . Eu , p or e x e mpl o, a ch o u ma mu l h e r k u hi k u r u mu it o ma i s li n d a e de s ej á ve l d o q u e
q u a l q u e r t op mod e l e j a ma is t r oca r i a u ma pe l a ou t r a . Uma mu l h er n ã o é b e l a ou fe i a e m s i e p or
s i me s ma, ma s s i m pa r a a q u el e q ue a con t e mp l a . S ã o os i n st i nt os q u e fa l se i a m a p er ce p ç ã o d o
h ome m, i n d u zi n d o- o a ve r a mu l h e r com o “ o b e l o s e x o” ( S CHOP ENH AUER, 2 0 0 4 )
248
Es t a r e al i da d e es t á r et r at a d a e m “ O Fa u s t o” . Qua n d o o h e r ó i e n con t r a He l e n a, a Be l e za , é
a l e rt a d o q u e d e ve r á ma n t er -s e s e mp re pr on t o a d e fe n d ê -l a p el a s a r ma s p or s e r a ma i s b e l a
( GOETHE, 1 8 0 6 e 1 8 3 2/ 2 0 0 6 ). A d i s p ut a d os ma ch os p e l a s ma i s b e la s cos t u ma s e r s e mp re
a ci r r a d a .
193
“A fa n t a sia da pr ost i t ui çã o per m i t e que a m ulh er desen vol va sua sexua l i da de sem
a s a m arra s do pa i e se en tr egue à r el a çã o c om um h om em ou m esm o c om um a m ulh er ”
(Ca l l i gari s, 2006, s/ p)
Na prost it uição ext er ior izam- se fant asias inco nscient es vinculadas à
ent rega sexual t ot al (Calligar is, 2005). Não devemo s t er preconceit o e nem
mu it o menos ódio cont ra as prost it ut as, já que elas cumprem uma função
so cial import ant e e, no que se refere à sincer idade dos sent iment o s
amo ro so s e à fidelidade, most ram- se t al co mo são desde o início. Nenhu m
ho mem pode prot est ar cont ra uma prost it ut a acusando-a de t rair seu s
sent iment os por t er mant ido relações sexuais co m out ros ho mens. Nest e
194
Tais mulheres são seres inve josos e malévo los por nat ureza. Os car as
que acham que vão conquist á- las sendo bonzinho s só se dana m. E las o s
to rt uram e os levam à loucura. Conheço vár ios que se mat aram por isso. E
vo cê pensa que elas ficaram co m dó ?
Inve josas por nat ureza, essas mulheres lança m-se sobre um ho mem
quando o vêem aco mpanhado por uma namorada linda par a to má-lo .
Segu ndo Cláudia Pacheco (1987), o que as mot iva a isso é a inveja. Vo cê
po de t irar proveit o desse fat o arrumando uma namor ada linda ou pagando a
algu ma aco mpanhant e bo nit a para que ande co m você em algum lugar ond e
est iver alguma que você queir a conqu ist ar. Dest e modo, o inco nscient e da
sua "presa" acredit ar á que, se você possui uma fê mea maravilho sa e
super io r, você so ment e pode mesmo é ser mu it o bo m. Ent ão a t erá
co nqu ist ado.
249
No s e n t i d o d a d o p e l os di ci on á r i os M i ch a e li s ( 1 9 9 5 ) e Au r é l i o ( F ERRE IR A, 1 9 9 5 ) .
250
No s e n t i d o d a d o p e l os di ci on á r i os M i ch a e li s ( 1 9 9 5 ) e Au r é l i o ( F ERRE IR A, 1 9 9 5 ) .
195
Se você não for apaixo nado, passará por t odos esses t est es e a mulher
se ent regará, vencida. Mas para isso é import ant e que você t enha eliminado
pelo menos uma boa part e dos agregados psíquicos envo lvidos na paixão
para poder aguent ar, senão irá arr iar. Quando ocorrerem os joguinho s,
aco mpanhe-os sem pert urbação. Quando ela se aproximar, receba-a e
quando se afast ar fingindo desprezá- lo, ignore-a at é que ela vo lt e.
196
197
198
Não retorne imed iat ament e às ligações. Deixe-a ligar uma ou duas
vezes e apenas ent ão retorne. Surpreenda ligando de vez em quando de
fo r ma inesperada.
Para mant er os níveis da excit ação feminina nos níveis mais elevado s
po ssíveis e durant e a maior part e do t empo, at ive a imaginação, dizendo
aqu ilo que a enlouquece. Ent ret ant o, alt erne, ausent ando-se at é ser
pro curado. A ação cont ínua em uma única direção provoca aborreciment o .
Obser ve co mo elas alt er nam a condut a conosco.
251
F i l me “ A Ba t a l h a d e Ri d d i ck ”
199
200
201
P - Vo cê afir ma que a mulher não sabe o que quer ser (amiga, garot a
"ficant e" de sexo casual, amant e, namorada ou esposa). Nunca pensou que
isso acont ece porque os ho mens não demonst ram nenhum int eresse e não
t em segur ança, sendo que nós precisamos disso e, se não t emos, caímo s
fo ra?
S im. Eu analiso. É por ist o que recomendo ao homem que defina a relação
co nfo r me a mulher age e se co mport a e não a part ir do que ela diz.
202
P - Po r que vocês são t ão preconceit uosos e nunca se abrem para out ras
o pin iõ es?
Po rque a mulher é refr at ár ia a opiniões cont rár ias às suas. Suas posições se
o rig ina m de sent iment os e não de análises.
P - Se um ho mem possui uma filha jo vem que fica grávida, ele não dirá
nada pelo fat o de que "é inút il discut ir proble mas co m mulher es po is elas
t em a opinião for mada e ho mens não são de falar ", nada sendo dit o o u
reso lvido ? Nada import ará?
Não . Nest e caso ele deve or ient á- la corret ament e a respeit o do que fazer e
não d iscut ir, deixando-a arcar co m as conseqüências caso não queir a
co nco rdar. Jamais deve obr igar à força.
252
No ca mp o d os c on fl i t os a mor os os . M e u p on t o d e vi s t a é o d e q u e d i s cu ti r a re l a çã o s e mp r e
p i or a t u d o. S e nd o a s op i n i õ es fe mi n i n as fu n d a me n ta d a s n os s e n ti me n t os , t od a t e nt a ti va d e
e n q u a d r á -l a s e m u m s i st e ma l ó gi co q u e s e j a r a ci on a l , e n ã o e moci on a l , re s u lt a r á e m a u me n t o de
c on fu s ã o. O me s mo é vá l i d o p a r a a s op i n iõ e s d e h ome n s t oma d os p or u ma e moci on a l i d a d e
e x a ge r a d a . O fa t o d o h ome m s e r ma i s r a ci on a l n ã o s i gn i fi ca q u e el e s e j a ma i s i nt e li ge n t e .
203
Não passa. Apenas passará se ele a ouvir ao invés de discut ir. A mulher
quer ser ouvida e não int errogada, muit o menos ainda cont radit a.
P - Será que, ainda que se ache que [a t rist eza] passou, a mulher, na
verdade, apenas não insist iu co m ELE por ser inút il uma vez que o ho mem é
fr io e não ent ende, reso lvendo não mais co mpart ilhar os problemas po r
não valer a pena, inic iando assim um pequeno vazio que se t ornará um
abismo ?
P r i n ci p a l me nt e n o q u e s e r e fe r e a pr ob l e ma s a mor os os , a r a ci on a l i d a d e at r a p al h a, p oi s o q u e
e n t r a e m j ogo s ã o os s e n t i me nt os : ca p a ci d a d e d e s u p e ra r a s pr ó p ri a s d e b il i d a de s e mo ci on a i s .
253
No s e n t i d o j á tr a t a d o n es t e l i vr o, i s t o é, d e e vi ta r co n fl i t os .
254
Vi d e n ot a s a nt e ri or e s s ob r e d omí n i o. P or “ d omí n i o” , d e ve m os e n t e n d er a ca p a ci d a d e d e
ma n t e r u m con t r ol e c on s e n t i d o d a si t u aç ã o d e mod o a e vi t a r q ue a p a r ce i ra s us t e nt e con fl i t os .
204
S im falamos po is dest e modo adquir imos co nheciment o est rat égico. Dent ro
do s parâmet ros gerais reinant es, é claro que esse car a que não pega ninguém
é ho mossexual ou, no mínimo, possui alguma d isfunção orgânica 257. Se
fo sse realment e um macho sexualment e at ivo est ar ia at rás das fêmeas. Mas
há t ambém os machos super iores que não correm “at rás de t odas” por serem
mu it o exigent es e despr ezá- las 258. Geralment e eles co nquist aram uma só
mu lher que vale por vár ias 259.
255
Com a s q u a i s n os ocu p a m os n e s t e l i vr o.
256
Emb or a a b r a n ge n t e. O p od e r d e pe n e tr a r p on t u a l e p r o fu n d a me n t e e m u m te ma , e x cl u i n d o
t od o o r e s t o, é p r e d omi n a n t e me nt e mas cu l i n o e n ã o fe mi n i n o. O h ome m é li mi ta d o e m
a b r a n gê n ci a .
257
Ou u m ca s o ou ou t r o ( ou d i s fu n ç ã o ou p r e fe ê n ci a , e n ã o a mb a s a s coi s a s s i mu lt a n e a me nt e ). A
fa s e n ã o e s t á e st a b el e ce n d o r e l a ç õ es d e ca u s a li d a d e e n tr e di s fu n ç ã o e i d e n ti d a d e d e gê n e r o.
258
Re fi r o-me à s e s n ob e s e e s p er t i nh a s .
259
No ca mp o d os s e n t i me n t os e d o s e x o. Is s o n ã o s i gn i fi c a q u e a mu l he r cor r e s p on d a a os
p a d r õ e s e st e r e ot i p ad os d e b el e za .
205
Po rque gost amos de sit uações definidas. Queremo s saber se ela vai querer
ser garot a de programa, garot a ficant e, amant e casual, amant e duradoura,
amig a sexual, namor ada ou esposa. No fundo, queremo s uma só que t enha
to do s o s atr ibut os que necessit amos, pr incipalment e o sexual, é claro, mas
além d isso a sincer idade. Odiamos a dissimu lação t ípica da mulher.
Para mim é um relacio nament o definido, sem os jogos emocio nais sujo s
femin inos.
P - Po r que vocês nunca gost am que suas mu lheres/ namor adas t enham
amigo s ho mens?
Po rque é uma port a para t ransar co m out ro que a mulher não quer fechar. Os
maio res amores nascem das amizades. Os cont at os próximos e est reit os são
u ma passagem para uma relação amorosa e a mulher que se recusa a ro mp ê-
lo s est á se recusando a dest ruir possibilidades de uma t raição. Nenhuma
mu lher sonha co m um ho mem que t enha um pênis de quat ro met ros...vocês
260
Na e di ç ã o a n t er i or e u h a vi a ut il i za d o a e x p re s s ã o "d e u s a p or n ô " ma s p r e fe r í su b s ti t uí -l a p or
"fê me a fa t a l " p or s e r mai s pr ó x i ma d o s e n ti d o or i gi n a l q u e d e s ej e i e x pr i mi r.
206
Queremo s uma mulher de licio sa, que dê sexo e amor para nós sempre e d e
to das as for mas que queiramos, que não t enha frescuras, que mant enha o s
o ut ro s machos à dist ância, que po lic ie seus at os com relação aos ho mens e
não faça nada que não gost amos sem o nosso consent iment o. Por est ranho
que pareça, t ambém quer emos o casament o, mas não com “vagabundas”. Há
mu it as vadias que se casam disfarçadas de damas honradas e est a é nossa
preo cupação 261.
P - Um ex- namorado que t ive não soube me r espo nder quando lhe pergunt ei
o que quer ia de mim. Afinal, vocês procuram o que?
E le pro vavelment e sabia o que quer ia mas est ava co nfuso pela condenação
da so ciedade feminist a at ual às suas idéias. Além disso, est as caract er íst icas
mascu linas que est ou apont ando são inconscient es na maior ia das vezes.
So ment e um est udioso as det ect a, como é o meu caso.
261
Em ou t r a s pa l a vr a s, os h ome n s e st ã o à p r ocu r a d a s s i n ce r a s , h on e s t as e vi r t u os a s .
207
E les t erão, porém a mulher é que ir á amá-lo s por suas caract er íst icas
d ifer enciant es e at rat ivas, e não o cont rário. A mulher não ama em
ret ribu ição ao fat o de ser amada, ao cont rário do que sempre quere m dar a
ent end er. É por ist o que não podemos amá-las: par a que vocês nos amem 262.
O ho mem que ama (amor co mum, ro mânt ico), se torna ciument o ,
po ssessivo, dependent e e pegajo so. A mulher se irr it a e o rejeit a. Esses são
aqueles infelizes que se mat am ou que mat am a esposa. E m t roca, o homem
desapaixo nado é fr io, dist ant e, inacessível, mist er io so, inabalável,
ind ifer ent e e seguro. Ent ão a mulher t ent a t est á-lo e atorment á-lo mas ele
nem no t a ou, se not a, não dá import ância ou acha graça 263. Est e é o macho
int eressant e, que passa no t est e de seleção nat ural das fêmeas. Para não ser
po ssessivo, pegajo so, ciument o, inseguro e dependent e é preciso
pr imeir ament e não est ar apaixo nado e não amar. As mulheres adoram
ho mens assim e os perseguem incansavelment e.
P - Qual é o infer no psico lógico cr iado pela mulher que você cit a vár ias
vezes?
Há vár ios. O mais co mum é no s induzir em a depender emo cio nalment e de las
sem no s deixar em fechar conclusão a respeit o do que são, ist o é, se são
sér ias o u são fáceis para os outros machos. Dest e modo, preservam a
dúv ida. Há out ros, muit o int eressant es: marcar um encont ro e não aparecer,
o bser vando nossas reações em seguida; pedir para que liguemo s e não
at ender o t elefo ne para ver ificar o quant o insist imo s; promet er sexo e não
cu mpr ir para ver se nos irr it amo s et c. A cada infer no ment al que cr iam,
mu it as infor mações sobr e nós é obt ida. É por isso que as mulheres ficam
desco ncert adas diant e dos caras mist er io sos e impenet ráveis. Ficam
impo t ent es. So ment e eles as vencem, e ent ão elas se ent regam, vencidas.
262
Es t a é u ma e x i gê n ci a d as pr ó p r ia s mul h e r es .
263
É n e st e s e n ti d o q u e el e a d omi n a , p oi s a ve n ce p e l o c a n s a ç o.
208
Po rque precisamo s nos to rnar fort es, invulner áveis ao feit iço do
apaixo nament o para desfrut ar do amor. É uma lut a: ou vencemos o Diabo o u
o Diabo nos vence. Aquele que vence co manda o derrot ado e o dir ige. O
apaixo nament o é uma fraqueza, co mo most ram as vár ias lendas. Na
realidad e ocorre o cont rário do que sua pergunt a insinua: a mulher t eme o
ho mem que não se apaixo na 264 e, port ant o, o deseja.
P - O que um ho mem quer dizer quando diz que est á apaixo nado?
Que ele est á desesperado por aquela mulher, que sem ela não vive e que não
supo rt a sua ausência. É um in feliz 265 infant ilizado. Em nada se difer encia de
u m mo leque chorando pela falt a da mãe.
264
P oi s e l e p od e a q u a l q ue r mome n t o d e i x á -l a .
265
Op t e i p or tr oca r a e x p r es s ã o “ i mb e ci l ”, con s t a n t e n a p r i me i ra e di ç ã o vi r t u al , p or “ i n fe l i z” ,
a q u a l me p ar e ce ma i s a ce r t a da .
209
P - Po rque vocês quer em morrer quando a mulher t rai sexualment e mas não
lig am mu it o quando ela t rai apenas emocio nalment e?
Po rque, quando vocês dão sexo para out ro, vocês fazem o que nunca
fizeram para nós na cama. Por exemplo: para o amant e, a mulher faz t udo ,
sexo o ral, anal et c. de ót ima qualidade, com vo nt ade, car inho e amor. 266
Para o mar ido nunca faz isso do mesmo modo pois o sexo no casament o é
u ma o br igação e, port ant o, uma t ort ura. Ou seja: o que t em de me lhor a
mu lher sempr e reser va para o out ro macho que não se co mpro met e e não
para o infe liz 267 compro met ido. O ho mem não sofrerá se não est iver
apaixo nado pela mulher que se fo i co m out ro.
Po rque nos sent imo s anulado s co mo ho mens. O cara sent e que não exist e
mais po is o ho mem é um pênis ambulant e, o resto é aderent e 268. É por isso
que precisamo s t ransar bast ant e enquant o t emos força para ist o.
P - Est a frase é sua: "Há uma dif erença ent re o f raco, que f az isto cont ra a
sua própri a vontade por medo de perder a mulher et c. e o f orte que f az isto
por não preci sar dela. Somente este é que pode desf rutar do seu carinho."
Exp lique-a.
É que o homem fort e não se ident ifica com a relação. Est á dent ro da relação
mas se mant ém psico logicament e fora e iso lado. Ent ão deixa a mulher ag ir
266
Nã o e s t ou d e fe n d e n d o e n e m con d e n a n d o t a i s p r át i ca s ma s e x p l i ca n d o q u e e st e é u m d os
fa t or e s q u e at or me n t a m os ma r i d os t r aí d os . P a ra o e s p os o, o s e x o é o q u e a es p os a t e m d e ma is
p r e ci os o e o a t o d e d á -l o d a me l h or for ma p os s í ve l a ou t r o fe r e -o d ol or os a me n t e n os
s e n t i me nt os . O es p os o q u e r e x cl u s i vi d a d e t ot a l d a p e r for ma n ce e r ó t i ca d a e s p os a .
267
Op t e i, i gu a l me n t e , p or tr oca r a e x p re s s ã o “ i di ot a ” , c o n s t a n t e n a pr i me ir a e d i ç ã o vi r t ua l , p or
“ i n fe l i z” , a q u al me p a r e ce mai s a ce rt a d a.
210
Não . Queremos uma relação explicit ament e definida desde o iníc io para não
perder mos t empo esperando o que não virá. É por ist o que os ho mens mais
fraco s mat am as mulheres, agr idem et c. porque esperam uma co isa e vem
o ut ra. Como são débeis, não conseguem exer cer corret ament e o domín io
so bre a mulher do minando a si mesmos e a única saída que enco nt ram é a
agressão . Obvia ment e est ão errados, deveria m crescer e se tornar HOMENS
de verdade mas não são tot alment e culpados porque não t emos em nossa
so ciedade quem os ensine a sê- lo. Ho je a moda é ser ho mossexual e
"sensível". A masculinidade é vist a co mo um defeit o porque vivemos em
u ma so ciedade decadent e (...) 270. O máximo que vemo s são valent ões que
pensam que a masculinidade est á nos músculos dos braços e das per nas. São
ig no rant es po is a masculinidade est á no cérebro, no coração e no órgão
sexu al.
Caro ami go
268
S ob r e e s te p on t o, l e i a -s e Eu ge n e M on i ck ( 1 9 9 3 A; 1 9 9 3 B)
269
Ou s ej a , s ã o mot i va ç õ e s d i fe r e nt e s p a ra a mb os os ca s os . En t r e t a nt o, h á u m t e r ce ir o ca s o : o
d o fr a c o q u e t e n t a p r oi b ir . El a s e nt ã o b u r l a m t od a s a s p r oi b iç õ e s e d es fr u t a m d a s e ns a ç ã o d e
t r i u n fo, zomb a n d o d a i n comp e t ê n ci a d o ca n d i d a t o a p e q u e n o d it a d or .
270
Os va l or e s ma s cu l i n os s ã o ri d i cu l ar i za d os , ob j e t o d e p r e c on ce i t o e vê m s ofr e n d o
p r ogr e s s i va s t e n t at i va s d e d e st r ui ç ã o p or p a rt e da mod e r n a s oci e d a d e oci d e n t a l. S ob r e e s te
p or me n or , l e i a -s e F ar r el & St e r ba ( 20 0 7 ), Hi se (2 0 0 4 ), M on i ck ( 1 9 9 3 A) , S omme r s ( 2 0 0 1 ),
You n g & Na t h a n s on ( 2 0 0 2 ) e You n g & Na t h a n s on ( 2 0 0 6) .
271
A s i t u a ç ã o.
211
Tome cu i dado para n ão se pol ari zar n a f ri eza. O i deal é ser mai s
f ri o e, ao mesmo t empo, mai s cari n h oso do qu e el a. Ten t e u ni r
caract erí sti cas opost as: seja di st ant e mas prot et or, i n dif erent e mas
compreen si vo. Faça-a f al ar sobre si mesma, sobre os probl emas del a, e
t en h a-os como pau t a das conversas n as qu ai s você en t ão f ará su gest ões
e dará ori en t ações como qu em en t en de do probl ema m ai s do qu e el a.
272
No ca mp o d os a t r i b u t os i n t er n os ( comp r e e n s ã o, fi r me z a , a ut od o mí n i o e t c. )
273
No ca mp o d o a m or
274
Um ê x t a se es p i ri t ua l s e n ti d o n a ca b e ç a e na col u n a ve r t e b r a l .
212
* * * **
Ol á ami go
213
* * * **
1 0 /8 /20 0 4 0 0 :49 :2 3
Não con f u n da boa argu men t ação com seus at aqu es apel at ivos
emoci on ai s porqu e a di f eren ça é vi sível e f i cari a ri dí cu l o.
214
A vit óri a sobre o magn eti smo é dada ju st amen t e pel o k un dal in i
poi s o magn et i smo provém da at u ação i nverti da dest a f orça serpent in a.
O reverso do k u n dali ni , represent ado em mui t os cu l t os por uma serpent e
do mal , é u ma pol ari zação n egati va dest a en ergi a proveni ent e do sol e
f i xada n a Terra pel a f orça da gravi dade.
215
216
217
A t ent ament e
* * * **
Caro ami go
* * * **
[8 /8 /2 0 04 11 :4 0 :2 1
218
275
P s i col o gi ca me n t e
219
Por serem con t rári os e compl ement ares, os h omen s su port am sexo
sem amor mas n ão su port am amor sem sexo en qu ant o as mu l h eres
su port am amor sem sexo mas n ão su port am sexo sem amor. Al ém disso,
o amor mascu l in o n ecessi t a ser at i vo e o f emi ni n o passivo. U m amor
at i vo é desapegado e u m amor passivo é apegado e port an t o român t i co,
excl u si vi st a. O apai xon amen t o n ão é admi ssí vel ao h omem mas
276
i mprescin dí vel n a mul h er . I st o é tu do o qu e eu t i nh a a lh es di zer.
A t ent ament e
* * * **
[8 /8 /2 0 04 11 :1 8 :1 7
Col ega
276
P or vi a u n il a t er a l, e nt r et a nt o e n or ma l me n t e.
220
277
" Veja mo s a g o r a u ma es t r a t ég i a mui t o en g r a ç a d a p a r a q u e o s tí mi d o s e c o mp l ex a d o s
c o n s i g a m c o n q u is t a r mu l h er es : Qu a n d o u m h o mem s a i ac o mp a n h a d o p o r u ma mu l h er li n d a, a s
o u t r a s mu l h er es p a s s a m a p a q u er á - lo p o r s e s en t i r em i nf er i o r iz a d a s. As f ê mea s h u ma n a s s ã o
a l t a men t e c o mp et i t i v as . Po r t a n t o , b a st a p a ga r p ar a u ma a mi g a l i nd a a p ar ec er em p ú b l i c o
c o n o s c o p a r a qu e r a p i d a men t e a s o ut r a s fi q u em i n t er es s a d a s , s e q u es t i o n a n d o s o br e n o s s o s
a t r a ti v o s. Ob v i a men t e, a s mul h er es q u e l er em i s s o n eg a r ã o tu d o e i rã o d ep l o r ar es t a di v er t i da
es t r a t é g i a, ma s el a fu n c i o n a" ( me ns a ge m p os t a d a e m bl og p e s s oa l , e m 3/ 8 / 2 0 0 4, à s 0 0 :4 6 :3 2 ) .
278
Nã o s e tr a t a d e s e nt i r o or ga s m o e s i mu l ta n e a me n te r e t e r o s ê me n mas d e r e al me n t e s a cr i fi ca r
o or ga s m o, u ma fu n ç ã o me r a me n t e a n i ma l, pa r a e x p er i e n ci a r ou t r a mod a l i da d e de ê xt a s e : o
e s p i ri t u al .
279
Re fe r e -s e a u ma i n da ga ç ã o a r e s pe i t o d a oc or r ê n ci a d o e s t u p r o e n t r e os a n i ma is .
221
A l gumas mul h eres con cordam com mi nh as i déi as porqu e pen sam
em seu s f i lh os, mari dos, n amorados, i rmãos e pai s expost os ao peri go do
f at al magn et i smo f emin in o e t emem qu e os mesmos sejam arrast ados
pel o f u racão magn éti co e se percam. Nem t odas t ent am ocu lt ar a
real i dade si mu l an do se of en derem mas a t en dên ci a geral é di scordar,
como seri a n at ural .
A t ent ament e
* * * **
222
223
* * * **
7 /8 /2 00 4 00 :1 7 :1 9
I n t eressan t e.
A s adorávei s men i n as se ref eri ram repet idas vezes ao sexo como
al go secu n dári o em rel ação ao amor, ch egan do a se gl ori f i carem por su as
i n orgasmi as.
Os an i mai s segu em rit os de acasal ament o com crit éri os sel et ivos
mu it o rí gi dos. O estu pro at errori za qu al qu er f êmea an i mal , do mesmo
modo qu e qu al qu er out ro at o v i ol ent o. Não exi st e a li beral i dade.
224
* * * **
E st imado l ei t or
Nest es assun t os, con vém an al i sar n ão apen as as di f eren ças mas
t ambém as semel h an ças ent re os ani mai s raci on ai s, irraci on ai s e o
H omem. De t odas as espéci es an imai s, a hu man ói de é a qu e mel h or se
prest a à expressão da con sci ên ci a do E spí rit o n o mun do f í sico. A i n da
assi m, el a dif ere t ot alment e do H omem Aut ên ti co e do S u per-H omem.
Os vári os compl exos e agregados psí qui cos se ori gin am em n osso
passado an i mal i rraci on al . Qu an do adqu i ri mos men t e raci on al , os
f ort i f i camos com n ossa men t e abst rat a (a i magin ação mecâni ca). O
resu l t ado são as aberrações qu e somos poi s est an camos e prin ci pi amos
u ma regressão in vol ut i va ao in vés de prossegui rmos o camin h o ru mo ao
h omem. No passado, exi st i ram civi li zações verdadei ramen t e h u man as
mas se perderam, desapareceram.
* * * **
Ol á
225
Temos mui t o precon ceit o con t ra os pobres dos an i mai s pel a n ossa
i gn orân ci a. El es são apen as part e da n at ureza. Descon h ecemos a psi qu e
an i mal , su pon do qu e os an imai s n ão t en h am sent imen t os e con sci ên ci a, o
qu e é absu rdo poi s i sso depen derá da espéci e. Os ani mai s mai s próxi mos
ao h omem, i n clu in do aí o h uman ói de raci on al , possu em sen ti ment os de
vári as n atu rezas.
226
* * * **
Ol á
Os qu e se apai xon am "pel a carn e", como você di z, cost umam ver
n a mul h er al gu ma caract erí st i ca fí si ca qu e os f asci n a e qu e, se f or
perdi da, provocará o desl i gamen t o. Qu an t o mais “bon i t a” f or a mu lh er,
den t ro das con di ções do h omem em con segu i r mu lh eres boni t as, mais
magn ét i ca será. É por i sso qu e os h omen s n ão ol h am para as mu lh eres
mai s velh as ou para as con si deradas "f ei as". A qu el es qu e o f azem são os
qu e se sen t em rejeit ados e se t orn am men os exi gent es. A l ógi ca bási ca e
precon cei tu osa é: qu an t o mai or o dest aqu e soci al do h omem, mai s
bon i t as serão as mul h eres qu e el e con segu i rá. En t ret an t o, se el as f orem
i n di f eren t es ao sexo, resi st en t es ao erot i smo ou o con si derarem
di spen sável , est arão descl assi fi cadas em seu con cei t o e poderão ser
su bst it uí das.
227
A t é l ogo.
* * * **
[2 /8 /2 0 04 00 :4 9 :0 0
280
As s i m co m o o h ome m, p or é m a q u i e s tá va mos fa l a n d o d a s mu l h e r e s.
281
En t r et a nt o, p or s e r i n er e nt e me n t e con t r a d i t ó ri a , s e nt e -s e a t r aí d a p e l os ma is pr omí s cu os e
p e l os p ol í ga mos .
228
V ocê n ão embu rreceu . A cont radi ção qu e apon t a é mui t o real por
se t rat ar de u ma adapt ação à n at u reza i n eren t emen te con t radit óri a do
f emi ni n o. Nem mesmo as m ul h eres se ent en dem; l ogo, n ós h omen s é qu e
t emos qu e compreen dê-l as sem esperar qu e vocês o f açam. Pen so qu e
aos pou cos v ocê en t en derá m esmo qu e sem con cordar.
229
I n f eli zmen t e, n osso est ado precári o de con sci ên ci a n os l eva a crer
sempre o mel h or a respei t o de n ós mesmos. E st e é u m probl ema grave
porqu e t al cren ça n os est an ca espi ri tu al men t e. Qu an do acredi t amos que
su peramos a et apa an imal , n ão n os sen t imos in comodados com n ossa
con di ção e, como con seqü ên ci a, cessam n ossos esf orços n o sen t i do de
n os desen vol vermos i nt eri ormen t e em di reção ao H omem.
* * * **
1 /8 /2 00 4 01 :1 7 :2 9
Ten t arei con t empl ar t odas as qu est ões l evan t adas n a medi da do
possí vel e agu ardarei as respost as. Mu it o do qu e f oi pergun t ado
su ben t en de-se de afi rmações já f ei t as.
230
282
Es p i ri t ua l me n te .
283
In d o a o e n c on t r o, e n ã o d e e n con t r o, à s fa n t as i as fe mi n i n a s . Es t a i n va s ã o n ã o d e cor r e d a
op os i ç ã o a os d e s e j os fe mi n i n os ma s da al i a nç a com os me s m os . En t ã o n ã o h á com o r e s i st i r.
231
Caro ami go
284
Gr i fo d o a u t or p a r a a te r ce i r a e d iç ã o vi r t u a l. Nã o con s t a n a me n s a ge m or i gi n a l .
285
Ve j a -s e P ei r ce ( 18 8 7 / s / d) .
232
A braços
* * * **
Caro l ei t or
233
A int eligência emo cio nal da mulher pode inut ilizar o int elect o do
ho mem.
Não deve mos nut r ir sent iment alis mo s negat ivos de nenhuma espécie
(ranco r, vingança, ressent iment o et c.) com relação às mu lheres.
234
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