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Análise Semiótica
Primeiramente é importante destacarmos que qualquer objeto possui uma infinidade de
significados dependendo do modelo de sociedade e seus valores. Ainda sim todo objeto é
acompanhado de um discurso, ou seja, o objeto sempre irá representar ou remeter a algum
discurso ou narração dele mesmo “o objeto já é um discurso em si” (Aumont, 2002:90). Ainda
em Aumont nos é apresentado um outro problema, que é a imagem figurativa do cinema, que
por estar sempre em movimento, passa por constantes transformações, podendo modificar
constantemente os discursos e significados apresentados, seguindo nessa lógica a imagem
cinematográfica é acompanhado de uma narrativa que é sempre desenvolvida em
transformações narrativas acompanhadas do início, meio e fim.
O filme apresenta uma infinidade de signos, para poder delimitar quais signos irei
abordar, irei apresentar alguns trechos iniciais que considerei importantes. Os primeiros
minutos do filme se inicia com a seguinte frase “E se eu pudesse colocá-lo em sua frente? O
homem que arruinou sua vida? Se eu garantisse que ficaria impune, você o mataria?” O
filme indica que a trama se passará em torno desse homem, que ainda é um mistério. A
próxima frase a aparecer no filme é “Nunca faça ontem o que deve ser feito amanhã. Se
finalmente foi bem-sucedido, nunca mais tente”.
Aos 5 min e 25 s do filme, nós temos uma avaliação psicológica do personagem
principal, no qual o diagnóstico é: psicose, mudanças de humor e depressão. Com ênfase na
psicose no qual seus sintomas são alteração do estado psicológico fazendo com que o
indivíduo viva em dois mundos, o real e do seu imaginário. Também nos é apresentado danos
em sua corda vocal e posteriormente o personagem diz “Eu mudei tanto, duvido que minha
própria mãe poderia me reconhecer” as mudanças em sua aparência e voz são nitidamente
apresentadas logo no início do filme. A próxima cena vai nos mostrar o personagem falando
com ele mesmo 7 anos atrás, através de uma gravação, nesse momento temos o primeiro
indício de um looping. Alguns minutos antes do nome do filme aparecer, o personagem diz a
seguinte frase “O tempo, chega para todos nós, mesmo para aqueles em nosso ramo, acho
que se pode dizer, que temos um dom(...) devo dizer que, nascemos para esse trabalho”
REFERÊNCIAS
PRADO, Maria Lígia Coelho. Natureza e Identidade Nacional nas Américas. In: PRADO, M.
L. C. América Latina no Século XIX. Tramas, Telas e Textos. São Paulo: Edusp, 2014.