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2° Bimestre – 2020-1

Bacharelado em Enfermagem Atividade avaliativa


Semestre: 2ºº Turno: noturno Data: 17.06.2020
Disciplina: Saúde Coletiva I Valor: --
Professora: Maria Fernanda Aderne Almeida Nota:
Aluno (a): Rafaela Silva Peixoto

RESPOSTA DO ESTUDO DE CASO CLÍNICO – ANA


1. XI - DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICO-ADMISTRATIVA / HIERARQUIZAÇÃO
Existe uma distribuição de serviços de acordo com as necessidades de
determinado território, tendo em vista sua população e suas necessidades. Isso
explica a ausência de serviços mais especializados no município de Ana, fazendo
com que ela se desloque para a capital várias vezes ao longo do seu tratamento.
Quando Ana apresenta os sintomas, em um sábado, ela vai até o Pronto
Atendimento por ausência de funcionamento da Unidade de Saúde da Família nos
finais de semana. Um atitude que é corriqueira no dia a dia das pessoas devido ao
temor aos sintomas e principalmente a falta de informação do que é ou não
considerado sinais de urgência e emergência. Desta forma, acabam se dirigindo ao
pronto-socorro em situações que não competem a este modelo de atendimento.
Muitas vezes isso acaba dificultando o atendimento de outros pacientes ou
causando insatisfação de muitos que alo estão devido a espera. Esta falha da
atenção básica que reflete na sobrecarga das outras portas de entrada está
relacionada com a descentralização e a hierarquização dos serviços de saúde.
2. INTEGRALIDADE DE ASSISTÊNCIA
Com o histórico de câncer de mama na família, Ana deveria começar o
rastreamento a partir dos seus 35 anos. Aos 53, nunca havia realizado a
mamografia. Infere-se que a promoção e manutenção de saúde, bem como a
prevenção de doenças relacionados a este princípio não estão sendo ofertados de
forma correta.
3. V - DIREITO A INFORMAÇÃO
É um direito do paciente ter informações a respeito da sua saúde e ao que se
corresponde a mesma. A falta de informação além de afligir Ana, faz com que ela vá
para casa sem noção de como dar continuidade ao diagnóstico do seu problema.
4. IV - IGUALDADE DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Essa diretriz preserva a assistência sem preconceitos ou privilégios de
qualquer espécie. Entretanto, no caso de Ana, temos uma situação na qual é
necessário uma intervenção de terceiros para que a marcação aconteça.
Percebe-se um certo privilégio que apesar da situação de Ana ser crítica não
deveria existir. A atitude do médico em intervir com intenção de acelerar o processo
é injusta para com os outros pacientes.
5. "PORTARIA Nº 55, DE 24 DE FEVEREIRO DE 1999
Dispõe sobre a rotina do Tratamento Fora de Domicilio no Sistema Único de
Saúde - SUS, com inclusão dos procedimentos específicos na tabela de
procedimentos do Sistema de Informações Ambulatoriais do SIA/SUS e dá outras
providências.
O Estado deve garantir o direito a saúde independente do local onde o
paciente realiza seu tratamento. Porém, fica vedado o pagamento de TFD em
deslocamentos menores do que 50 Km de distância e em regiões metropolitanas.
Ana não fazia ideia de que essa ajuda de custo existia, mas ainda que
tivesse, ela realizou o seu tratamento na capital. Logo, o benefício seria negado.
6. XI - CONJUGAÇÃO DE RECURSOS
Nas idas de Ana à capital é notório a dificuldade que se tem em garantir o
bom funcionamento das ações de saúde, pois o mesmo também apresenta
problemas complexos.
Na reunião do conselho fica evidente a falta de recursos que englobam
diversas esferas e dificultam a preservação das estruturas que garantem a província
das ações de saúde no município de Ana.
7. PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017 / EQUIDADE
Esta portaria aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a
revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS). O estado de saúde de Ana demandava agilidade em
diagnóstico e tratamento, mas demorou muito tempo para conseguir, de fato, que
este segundo fosse iniciado. Segundo as atribuições do Art.4, compete a Secretaria
Municipal de Saúde realizar um mecanismo de encaminhamento de acordo com as
necessidades de saúde das pessoas de forma que garantisse também o princípio da
equidade.
8. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 / UNIVERSALIDADE / XII - CAPACIDADE
DE RESOLUÇÃO
Apesar do tratamento do câncer ter sido iniciado, dona Ana não teve
assistência financeira, psicológica e social ao longo desse processo e além de não
assegurar a o direito a saúde de proposto pela Constituição, fere o princípio da
Universalidade que confere o acesso aos serviços de saúde em todos os níveis e
assistência.
Claramente, o caso de Ana foi apenas mais um caso nas estatísticas que,
apesar de ser levado a uma reunião como pauta, será ignorado como tantos outros.

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