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Aluno (a): ___________________________________ Nº______ Turma: ___

Professor: Pedro Diego da Silva Rocha


Data: _____/_____/_____
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º Ano do Ensino Médio

Intertextualidade
Uma das grandes dificuldades das pessoas, em relação ao estudo da Língua Portuguesa, é a
interpretação textual. Apesar de termos a noção de que um texto não é apenas um conjunto de
palavras soltas, ainda sim temos dúvidas ao nos depararmos com situações nas quais nos é
exigida a capacidade de associar textos diferentes, por exemplo.

A coerência e a coesão, duas propriedades que os textos têm, nos ajudam na leitura e no
entendimento das mensagens que nos cercam. E é justamente a coerência que se conecta com a
nossa capacidade de perceber e compreender um texto. Ela permite a nossa identificação com o
que lemos, ouvimos e absorvemos.

Para que um texto, não importando o gênero, seja compreendido como “coerente”, ele precisa
fazer sentido. Além disto, o leitor necessita ter conhecimento de mundo, para que saiba
exatamente do que está sendo falado e processe as informações, chegando assim ao
entendimento. Exemplo: se você não sabe muito de Gastronomia, como vai entender as
informações muito técnicas e específicas em um programa de TV que fale deste assunto?

Agora vamos pensar: como acontece este processo de entendimento textual quando, em vez
de um texto, somos apresentados a dois, que, ainda por cima, estão interligados?

Quando um texto faz referência, implícita ou explícita, direta ou indireta a outro texto,
ocorre o que se chama de intertextualidade. Analisando a palavra “intertextualidade”, notamos a
presença do prefixo –inter, que dá a ideia de correspondência entre partes, reciprocidade.

Em outras palavras, os textos dialogam entre si e, nesta relação, para que se entenda melhor a
finalidade ou intenção comunicativa de um texto, é preciso que se leia um elemento externo a
ele: outro texto, chamado de texto fonte. Cria-se uma rede de textos, pois estes podem se ligar
a outros e outros.

Para você visualizar e entender este conceito, vamos comparar estes dois textos que se interligam
a duas pessoas: a pessoa A e a pessoa B. Elas iniciam uma conversa. Para que haja comunicação
eficaz entre as duas, estas pessoas precisam falar de um mesmo assunto, ou seja, de um tema
comum entre elas. A pessoa A e a B vão conversar de um mesmo tema. Assim acontece quando
ocorre intertextualidade: os dois textos envolvidos falam de um mesmo tema e é possível achar
elementos de um mesmo assunto entre eles.

De acordo com o material Língua Portuguesa - Interpretação de Texto e Conteúdo Literário -


Objetivo = Formação de Base Conceitual, escrito pela professora Maria Betânia Ferreira (no

1
prelo)1, as fontes de intertextualidade podem ser:

“a) textos literários, textos bíblicos, filosóficos e mitológicos;


b) referências ao folclore; lendas, magia e mitos populares;
c) histórias para o imaginário infantil, como os contos de fada;
d) cultura e linguagem popular: frases feitas, adágios, máximas, provérbios, ditados;
e) referências a outras artes: teatro – artes plásticas: pintura – desenho – música – fotografia;
f) adaptação de textos de circulação social: jornais, revistas, publicidade, documentos;
g) influências e recriações de um estilo de época dentro de outro posterior;
h) citação e referências baseadas em fatos históricos e políticos;
i) menção e recriação de espaços geográficos”.

Como já mencionado, pode ocorrer intertextualidade implícita e explícita. A professora Flávia


Neves, do site Norma Culta, explica as nuances entre as duas modalidades2:

“A intertextualidade explícita

 é facilmente identificada pelos leitores;


 estabelece uma relação direta com o texto fonte;
 apresenta elementos que identificam o texto fonte;
 não exige que haja dedução por parte do leitor;
 apenas apela à compreensão do conteúdos.

A intertextualidade implícita

 não é facilmente identificada pelos leitores;


 não estabelece uma relação direta com o texto fonte;
 não apresenta elementos que identificam o texto fonte;
 exige que haja dedução, inferência, atenção e análise por parte dos leitores;
 exige que os leitores recorram a conhecimentos prévios para a compreensão do conteúdo”.

Vamos ver agora quais as mais conhecidas relações que os textos podem ter. São elas:

- citação: acontece quando há a reprodução total de outro texto ou de um trecho de outro


texto. É um exemplo de intertextualidade direta ou indireta.

Exemplo: De acordo com Evanildo Bechara (2015, p.276), "o verbo se diz pronominal quando o
pronome oblíquo se refere ao pronome reto" ou Evanildo Bechara, em seu livro “Moderna
Gramática Portuguesa”, comenta que o verbo pronominal ocorre em orações quando o pronome
pessoal do caso reto se refere ao pronome oblíquo.

- estilização: acontece quando o sentido original de um texto é complementado por outro.


Rubem Alves escreveu em um texto seu o seguinte pensamento: “Terminando a minha crônica

1
FERREIRA, Maria Betânia. Língua Portuguesa - Interpretação de Texto e Conteúdo Literário - Objetivo = Formação de Base Conceitual. 2017. No prelo.
2
NEVES, Flavia. Intertextualidade: O que é? Quais os tipos de intertextualidade?. Site Norma Culta. Disponível em
<https://www.normaculta.com.br/intertextualidade-o-que-e-quais-os-tipos-de-intertextualidade/>. Acesso em 15 set 2019.

2
do último domingo eu me referi a Ravel que, ao final da vida, dizia, como um lamento: “Mas há
tantas músicas esperando ser escritas!” E acrescentei um comentário meu: “Com certeza o tempo
não se detém para esperar que a beleza aconteça...”. Podemos notar que, ao citar Ravel, Rubem
Alves complementa o que escreveu em seu texto. A partir do texto da Ravel, o autor aumentou
seu pensamento. Trata-se de um processo de estilização.

- paródia: acontece quando o sentido original de um texto é alterado por outro. Paródia é
uma palavra vinda do grego que significa “canto ou poesia semelhante à outra”. Pode ser
entendida como uma releitura humorada ou crítica do texto fonte, que tem seu sentido invertido.

Vejamos a letra de “Beijinho no ombro”, da cantora Valesca Popozuda3:


“Beijinho no ombro pro recalque passar longe
Beijinho no ombro só pras invejosas de plantão
Beijinho no ombro só quem fecha com o bonde
Beijinho no ombro só quem tem disposição”

Agora note a criação de outro texto, a paródia, a partir do original. O nome da versão é “Cara no
livro”, de autor desconhecido e facilmente achada na Internet4.

“Cara no livro, para o zero passar longe!


Cara no livro para o estudantes de plantão!
Cara no livro pra quem fecha com o bonde
Cara no livro só quem tem disposição!”

- paráfrase: acontece quando o sentido original de um texto é mantido. Paráfrase é uma


palavra vinda do grego que significa a “reprodução de uma sentença”. Vamos comparar dois
textos5. O primeiro, de autoria desconhecida, é “Devemos ser persistentes como a água na
pedra”. O segundo é o ditado popular “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.
Podemos notar que o primeiro parafraseou o segundo. O sentido foi mantido, apesar de os textos
não terem as mesmas palavras.

Da teoria para uma análise prática:


Novamente vamos comparar dois textos: o primeiro é a obra Acidente de trabalho (1944,
eucástica sobre tela, 131 x 95 cm), do artista plástico brasileiro Eugênio de Proença Sigaud 6 e o
segundo é a letra da música Construção de Chico Buarque de Holanda, lançada em 1971.

Texto 1: “Acidente de trabalho”, de Eugênio de Proença Sigaud

3 Vagalume. Beijinho no ombro. Disponível em <https://www.vagalume.com.br/valesca-popozuda/beijinho-no-ombro.html>. Acesso em 15 set 2019.


4 Ouvir Música. Cara no Livro. Disponível em <https://www.ouvirmusica.com.br/parodias/cara-no-livro/>. Acesso em 15 set 2019.
5 Sistema de apoio pH: ensino médio: caderno 1 a 4: humanas, 3ª série: aluno - 1ª ed. - São Paulo: SOMOS Sistema de Ensino, 2017.
6 SIGAUD . In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em:
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9338/sigaud>. Acesso em: 20 de Set. 2019. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7

3
Disponível em <http://conexaoplaneta.com.br/blog/eugenio-sigaud-ateu-comunista-e-pintor-de-
mural-em-catedral/>. Acesso em 15 set 2019.

Já viu ou ouviu aquela frase "Uma imagem vale mais que mil palavras"? Então. Quando você se
depara com uma imagem, muitas vezes ela exige de você e da sua capacidade de interpretação
textual mais conclusões, referências e entendimentos do que um texto escrito.

Ao olhar e analisar esta obra, notamos o seguinte: um canteiro de obras com prédios ao fundo da
imagem. Um homem caído com muitos outros o olhando. Podemos entender que ele estava
trabalhando e caiu. O nome do quadro já indica a causa da morte: acidente de trabalho. O ponto
de vista do espectador (nós, no caso) pode ser entendido como se fosse de cima de um prédio ou
andaime, que fazem parte do imaginário trazido pela ambientação da imagem. O corpo do
homem morto é o ponto mais iluminado da imagem, o que pode trazer uma ligação com a
questão religiosa de o homem ter encontrado a luz divina após ter morrido.

As cores são opacas, nada vivas, o que traz um clima apático, melancólico e desolado, bem como
se imagina que as pessoas da cena devem estar com a morte do homem em seu ambiente de
trabalho. A intenção do autor, com o quadro, é denunciar como as pessoas que constroem os
prédios onde a população mora são tratadas: com péssimas condições de trabalho, ausência ou
pouca segurança e equipamentos de proteção. Lançado durante o governo de Getúlio Vargas, que
foi considerado ditatorial, o quadro retrata o lado desumano do capitalismo e da vida comum.

Eugênio de Proença Sigaud era conhecido como o pintor dos operários, justamente por sua arte
engajada, militante e denunciativa. Uma curiosidade: ele também era engenheiro e arquiteto, ou
seja, criava suas obras para abordar o ambiente de trabalho pelo qual passava: o canteiro de
obras, que dava palco ao povo anônimo e desconhecido e seus dramas. Suas telas tinham
algumas características em comum: o ângulo escolhido para a perspectiva do espectador, o
contraste de cores, as alterações nas fisionomias e corpos dos personagens e quadros quase
sempre verticais, remetendo prédios.

Vamos para o segundo texto7, escrito 27 anos depois do primeiro:

7
Disponível em http://www.luizamerico.com.br/fundamentais-chico-buarque.php. Visitado em 07/08/19.

4
Texto 2: “Construção”, de Chico Buarque

Amou daquela vez como se fosse a última


Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido

Subiu a construção como se fosse máquina


Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima

Sentou pra descansar como se fosse sábado


Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música

E tropeçou no céu como se fosse um bêbado


E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público

Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último


Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado

Subiu na construção como se fosse sólido


Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego

Sentou pra descansar como se fosse um príncipe


Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo

E tropeçou no céu como se ouvisse música


E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão como um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago

Morreu na contramão atrapalhando o público

5
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado

Morreu na contramão atrapalhando o sábado

A narrativa criada por Chico conta a rotina quase robótica de um homem que se despede da
família e parte para o trabalho. Cansado, ele almoça, se diverte com os amigos, perde o equilíbrio
e cai de cima da construção que ajudou a erguer. Na primeira vez que é contada, a história do
homem tem um ar mais realista, com os versos apresentando a história e ajudando o leitor a
montá-la na sua imaginação. Notamos o ritmo dos versos da música, que dão ideia de
movimento, algo que começa, fica agitado e se acalma ao final da estrofe. Algo interessante a ser
destacado: a estrutura das estrofes lembra blocos e pelo fato de a letras ser longa, ao ser
visualizada por completo em uma folha, lembra um prédio alto.

Ao ser contada pela segunda vez, a narrativa se apresenta toda metafórica, criando situações
fantasiosas, aproximando o texto de algo quase como se fosse um sonho, com comparações que
causam encanto por serem emotivas e profundas. Já na terceira vez que é narrada, a história se
resume a uma única estrofe: há pressa em contá-la, como se fosse uma fofoca sendo espalhada.
Sem mais acontecimentos detalhados, só os fatos importantes são contados. Com a estrofe de
sete versos, a história ganha muita velocidade e um único fôlego. A presença dos verbos amou,
beijou, ergueu, sentou, flutuou e acabou resume de forma urgente toda a poesia da história,
trazendo ainda mais drama ao fato.

Um texto que atinge direto o emocional de quem lê, que proporciona toda a montagem mental da
narrativa e nos coloca dentro da história de um homem que é tratado tanto como máquina como
príncipe, mas que, acima disto, é como todo mundo e tinha sua família, seu trabalho, suas
alegrias, cansaços, ilusões, amores e que encontra a morte de forma inesperada. Por não ter um
nome próprio, o eu lírico da música pode ser qualquer homem que tivesse família e trabalhasse
em uma obra, o que acaba por generalizar o texto.

As frases “Morreu na contramão atrapalhando o tráfego”, “Morreu na contramão atrapalhando o


público” e “Morreu na contramão atrapalhando o sábado” mostram o descaso com a morte do
homem que não era conhecido por ninguém; era um anônimo entre tantos outros considerados
mais importantes. E a morte de um anônimo não pode e nem deve atrapalhar a vida das pessoas.
Em reflexo direto com a realidade, notamos a intenção do compositor em criticar a forma como
se tratam as fatalidades de gente comum na sociedade: eles são obstáculos, bloqueios e
empecilhos na vida do restante da população, que não tem tempo para pensar nas classes menos
favorecidas.

Na época em que a música foi lançada, a ditadura militar estava no controle do país. Chico
Buarque estava fora do Brasil, no exílio. Se você já leu sobre Marx, pode notar bem o conceito
de consciência de classe no texto. Para este sociólogo, as pessoas são reunidas em grupos
conforme suas funções no funcionamento de uma sociedade capitalista. Alguns possuem o

6
comando dos meios de produção e outros são a mão de obra, a força de trabalho, que não têm
seus sentimentos expostos e muito menos respeitados, atuando de forma precária, sendo
explorado ao máximo até encontrar a morte inesperada, como o eu lírico da música.

Outra interpretação que se pode ter, agora ligada ao contexto social-histórico-político em que a
canção foi disponibilizada, é que a letra mostra, de forma geral, o brasileiro no contexto da
ditadura: ao mesmo tempo em que estava cansado, tinha seus sonhos e tentava sobreviver, mas
era impedido de ter direitos e acabava sufocado, sem poder enfrentar o sistema.

Disponível em < https://www.cafecomsociologia.com/analise-da-musica-construcao-


chico-buarque/> Acesso em 15 set 2019

Agora que já apresentamos uma grande análise do que cada um dos textos fala, vamos exercitar:

Os textos “Construção” e “Acidente de trabalho” apresentam intertextualidade. EXPLIQUE de


que como as obras dialogam entre si. APRESENTE de que modo o tema e as personagens são
tratados.

Resposta: O texto de Chico Buarque pode ser entendido como uma homenagem nítida à
obra de Sigaud, já que foi escrito bem depois do lançamento do quadro. Pode até ser
imaginado como uma teatralização do obra de Sigaud, pois, por meio da paródia que o
compositor fez, percebemos a aproximação da crítica que ambos os autores fizeram do
mesmo tema: a vida comum de um homem que morre no seu ambiente de trabalho. Na
música, o homem morto na obra do pintor ganha vida e movimento, mesmo que seja para
morrer de novo na letra da música. “Construção” se apresenta como uma expansão de
“Acidente de Trabalho”. A intertextualidade nas obras é explícita, sendo de imediata
conexão e percepção. Ambas as obras foram escritas em período de repressão militar, o que
aumenta o caráter de denúncia. Nos dois textos, podemos imaginar as péssimas condições
de trabalhos dos homens e suas vidas difíceis. Além disto, tanto a música quanto o quadro
despertam em quem tenta entendê-los a revolta e o pensamento crítico de que algo precisa
ser mudado na sociedade.

Referências bibliográficas

7
FERREIRA, Maria Betânia. Língua Portuguesa - Interpretação de Texto e Conteúdo Literário -
Objetivo = Formação de Base Conceitual. 2017. No prelo.

KOCH, Ingedore V. e ELIAS, Vanda M. Ler e Compreender os Sentidos do Texto. São Paulo:
Contexto, 2006.

Ouvir Música. Cara no Livro. Disponível em <https://www.ouvirmusica.com.br/parodias/cara-


no-livro/>. Acesso em 15 set 2019.
NEVES, Flavia. Intertextualidade: O que é? Quais os tipos de intertextualidade?. Site Norma
Culta. Disponível em <https://www.normaculta.com.br/intertextualidade-o-que-e-quais-os-tipos-
de-intertextualidade/>. Acesso em 15 set 2019.

Sistema de apoio pH: ensino médio: caderno 1 a 4: humanas, 3ª série: aluno - 1ª ed. - São Paulo:
SOMOS Sistema de Ensino, 2017.

SIGAUD . In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú
Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9338/sigaud>.
Acesso em: 20 de Set. 2019. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7.

Vagalume. Beijinho no ombro. Disponível em <https://www.vagalume.com.br/valesca-


popozuda/beijinho-no-ombro.html>. Acesso em 15 set 2019.

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