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SUMÁRIO
A Questão da Fome no Brasil ....................................................................................................................... 2
População abaixo da linha da pobreza triplica na pandemia ..................................................................... 2
ONG Ação da Cidadania ....................................................................................................................... 2
Panela Cheia ........................................................................................................................................ 3
a EXPANSÃO DA Fome em 2020 ............................................................................................................... 3
Proposta de redação .................................................................................................................................... 4

MUDE SUA VIDA!


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A QUESTÃO DA FOME NO BRASIL


A fome no Brasil vem sendo um problema ao longo das décadas, porém, atualmente nosso
cenário vem sendo ainda pior, afinal, o contexto da pandemia tem contribuindo muito para uma
piora acentuada no poder de compra dos brasileiros.

POPULAÇÃO ABAIXO DA LINHA DA POBREZA TRIPLICA NA


PANDEMIA
Ao longo do cenário da pandemia do coronavírus no Brasil, o número de brasileiros que
vivem abaixo da linha da pobreza triplicou, e já atinge cerca de 27 milhões de pessoas, ou seja,
12,8% dos habitantes do país. O levantamento dos dados foi realizado pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV), ademais, os índices também apontam que muitas famílias tentam
sobreviver com o valor de R$ 246,00 (US$ 43,95) por mês.
Deste modo, os pesquisadores afirmam que os altos níveis de desemprego e a ausência de
políticas públicas dificultaram o acesso à renda, conduzindo para o pior cenário da pobreza no
Brasil, nos últimos dez anos. Outrossim, segundo dados da Federação das Indústrias do
Estado do Rio de Janeiro (Firjan), somente no estado do Rio de Janeiro acumulou mais de um
milhão de demissões em postos de empregos formais de março de 2020 a fevereiro de 2021.
Uma nova pesquisa divulgada pela FGV, na quinta-feira (08/04/2021), mostra que como
o novo auxílio emergencial mais de 40% dos trabalhadores não conseguirão ter suas
perdas de renda compensadas após o tempo de interrupção. Considerando o repasse do
valor de R$ 150, a estimativa é que a perda de renda será de 2% para os homens e de 4% para
as mulheres, que pode agravar ainda mais a situação da fome.

Atenção!
O estudo ainda revela que trabalhadores de todos os estados sofrerão com
perdas de renda ainda que a família esteja apta a receber a parcela de R$250.

ONG AÇÃO DA CIDADANIA


Historicamente, o Brasil vem desenvolvendo muitas Organizações Não
Governamentais (ONGs), e nesse atual momento da pandemia, elas vêm se tornando
fundamentais para amenizar os danos sociais aos brasileiros. Nesse contexto, vale destacar a
ONG Ação da Cidadania, que há quase 30 anos vem ajudando muito a população.
A Ação da Cidadania tem núcleos de voluntários em todo o Brasil, está promovendo a
campanha Brasil sem fome, que conta com apoio da sociedade civil e o setor privado para levar
alimentos aos mais atingidos pela crise econômica. Até o momento, a iniciativa ajudou mais de
48.000 pessoas, distribuindo mais 12 mil cestas em todo o Brasil.
Ao longo de todo 2020, a ONG arrecadou mais de 10.000 mil toneladas de alimentos, que
apoiaram quase quatro milhões de brasileiros e brasileiras em todo o país. Neste ano, porém,
a situação financeira também causa impacto nas doações.
Sendo assim, a Ação da Cidadania comprava e distribuía cerca de 80 mil cestas por mês,
mas agora só está conseguindo distribuir 8 mil cestas por mês, 10% do que recebia no ano
passado. Com isso, o presidente da ONG, Daniel Souza, ressalta que em 28 anos de história
da instituição, nunca viu uma situação como a que o país está vivendo agora.

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“A campanha visa, de uma forma emergencial arrecadar o máximo de alimentos e


distribuir em todo o país. A gente está fazendo uma campanha para doar agora, hoje, amanhã,
e a gente precisa muito dos empresários e das empresas que doem, porque numa pandemia o
remédio que a gente tem é a solidariedade. “– destacou o representante da ONG.

PANELA CHEIA
A Central Única das Favelas (CUFA), tem um movimento social que foi criado para
combater a fome. Esse movimento chamado de Panela Cheia, foi lançado em 2021, em uma
parceria com a Frente Nacional Antirracista (FNA), e chancelo pela UNESCO.
Dentro do escopo central da ação, o movimento pretende arrecadar recursos para a
comprar duas milhões de cestas básicas que serão distribuídas em diversos estados.
Preto Zezé, presidente nacional da CUFA acredita que a situação é ainda pior pelo prazo
prolongado das medidas restritas impostas pela pandemia e destacou a escassez dos empregos
informais e afetou ainda mais a vida das mães solteiras que ainda precisam ficar com filhos e
idosos em casa, sem poder gerar renda.
“É um movimento pontual numa ação isolada, mas precisa ser uma atitude permanente.
As instituições se juntam para garantir panelas cheias quando temos mais de 15 milhões de
pessoas passando fome no Brasil. Nós temos com meta arrecadar dois milhões de cestas para
atingir dez milhões de pessoas. A gente precisa fazer da solidariedade um movimento forte e
permanente, mais contagioso que o vírus.”.

A EXPANSÃO DA FOME EM 2020


O Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da
Covid-19 foi realizado em 2.180 domicílios nas cinco regiões do país, em áreas urbanas e rurais,
entre 5 e 24 de dezembro de 2020.
Os resultados mostram que nos três meses anteriores à coleta de dados, apenas 44,8%
dos lares tinham seus moradores e suas moradoras em situação de segurança alimentar. Isso
significa que em 55,2% dos domicílios os habitantes conviviam com a insegurança
alimentar, um aumento de 54% desde 2018 (36,7%).
Em números absolutos: no período abrangido pela pesquisa, 116,8 milhões de brasileiros
não tinham acesso pleno e permanente a alimentos.
Desses, 43,4 milhões (20,5% da população) não contavam com alimentos em
quantidade suficiente (insegurança alimentar moderada ou grave) e 19,1 milhões (9% da
população) estavam passando fome (insegurança alimentar grave).
É um cenário que não deixa dúvidas de que a combinação das crises econômica, política e
sanitária provocou uma imensa redução da segurança alimentar em todo o Brasil.

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PROPOSTA DE REDAÇÃO
Nesta proposta, faça o que se pede, usando, caso deseje, o espaço para rascunho indicado
no presente caderno. Em seguida, transcreva o texto para a FOLHA DE TEXTO DEFINITIVO
DA PROVA DISCURSIVA, no local apropriado, pois não serão avaliados fragmentos de texto
escritos em locais indevidos.
 Qualquer fragmento de texto que ultrapassar a extensão máxima de linhas
disponibilizadas será desconsiderado.
 Na folha de texto definitivo, identifique-se apenas na primeira página, pois não
será avaliado o texto que apresentar qualquer assinatura ou marca
identificadora fora do local apropriado.
 Ao domínio do conteúdo serão atribuídos até 13,00 pontos, dos quais até 2,00
pontos serão atribuídos ao quesito apresentação (legibilidade, respeito às
margens e indicação de parágrafos) e estrutura textual (organização das ideias
em texto estruturado).

Mais de 116,8 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar ou


passando fome no Brasil, segundo pesquisa feita em dezembro de 2020 pela Rede Brasileira de
Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). O número, que é
mais da metade do número de brasileiros, engloba pessoas que não se alimentam como
deveriam, com qualidade e em quantidade suficiente.
Desses 116 milhões, cerca de 43 milhões (20,5% dos brasileiros) não contavam com
alimentos em quantidade suficiente e 19 milhões da população (9%) estavam passando fome,
maior taxa desde 2004. Além de ser o maior índice em 17 anos, é quase o dobro do registrado
em 2018, quando o IBGE identificou 10 milhões de brasileiros nessa condição.
A pesquisa ainda apontou qual o tipo de pessoa que está na linha da pobreza extrema:
mulheres de periferia, chefes de família, negras e com baixo nível de escolaridade. Pelo
levantamento realizado, a insegurança alimentar cresceu em todo o Brasil, mas desigualdades
regionais foram acentuadas, com cidades do Nordeste e Norte como as mais afetadas pela fome.
O índice de insegurança alimentar ficou acima dos 60% no Norte e 70% no Nordeste – a
média nacional é de 55,2%. A fome, por outro lado, atingiu 9% da população brasileira, mas
esteve presente em 18,1% dos lares do Norte e em 13,8% das casas no Nordeste.
A Rede Penssan entrevistou famílias em 2.180 domicílios em todo o País entre os dias 5 e
24 de dezembro de 2020.
Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br/mais-de-116-milhoes-de-brasileiros-nao-tem-comida-suficiente-
ou-passam-fome-diz-pesquisa/ - acessado 13/04/2021

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Considerando que o fragmento de texto acima tem um caráter exclusivamente motivador,


redija um texto dissertativo acerca do tema a seguir.

FOME NO BRASIL: COMO AMENIZAR ESSE PROBLEMA?

Ao edificar seu texto, aborde, necessariamente, os pontos a seguir:

 Aponte fatores para a persistência da fome no país; [valor 6,00 pontos]


 Relacione como a insegurança alimentar está atrelada a má distribuição de renda;
[valor 6,00 pontos]
 Identifique meios para combater a proliferação da fome no Brasil. [valor 6,00
pontos]

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