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TEXTOS MOTIVADORES

TEXTO I

A alta no preço dos alimentos tem reduzido o poder de compra das famílias, e é um problema
sentido no mundo todo. Auxiliar de limpeza de um supermercado, no Brasil, Manuela está no
epicentro de um desafio global: a inflação dos alimentos. Para ela, uma lista de compras cada
vez menor. “Antes, sempre a gente comprava mais. Hoje, é sempre menos, porque realmente
subiu bastante”, relatou Manuela.

Parece extravagância. Em um ano, o quilo do arroz subiu quase 70%; o feijão preto, 51%; a
batata, 47%; a carne, quase 30%; leite, 20%; e no óleo de soja alta de 87%. “Itens que são a
base do consumo do brasileiro, a base da subsistência das famílias brasileiras”, pontuou Maria
Andréia Parente Lameira, pesquisadora do Ipea.

A escalada de preços no Brasil começa em maio de 2020, acelera de agosto a dezembro e


ainda testa os limites do orçamento das famílias. A parte mais pesada dessa conta ficou para
a parcela mais vulnerável da população. No Brasil, quase triplicou o número de pessoas
pobres ou extremamente pobres nos últimos seis meses. Hoje, três em cada dez brasileiros
vivem algum nível de insegurança alimentar, ou seja, falta dinheiro para comprar comida .

Disponível em: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/03/11/brasil-e-o-pais-onde-precos-dos-


alimentos-subiram-mais-depressa-na-pandemia-diz-estudo.ghtml. Acesso em: 23 de abril de 2021 (adaptado).

TEXTO II

Disponível em: http://umbrasil.com/charges/charge-25-05-2020/. Acesso em: 25 de abril de 2021.


TEXTO III

A taxa média anual de desemprego no Brasil foi de 13,5% em 2020, a maior já registrada
desde o início da série histórica em 2012. Os dados divulgados fazem parte da Pnad
(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística). A taxa de 13,5% verificada em 2020 corresponde a cerca de 13,4
milhões de pessoas na fila por um trabalho no país. O resultado para o ano interrompe a
queda iniciada em 2018, quando a taxa ficou em 12,3%. Em 2019, o desemprego foi de 11,9%.

No último trimestre de 2020, a taxa de desocupação atingiu 13,9%, depois de chegar a 14,6%
no terceiro trimestre, encerrado em setembro. "No ano passado, houve uma piora nas
condições do mercado de trabalho em decorrência da pandemia da COVID-19", disse a
analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

Disponível em: https://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2021/02/26/desemprego---


pnad-continua---dezembro-2020.htm. Acesso em: 24 de abril de 2021.

TEXTO IV

ONGs e voluntários alertam para o número crescente de famílias que procuram doação de
comida durante a pandemia em São Paulo. Uma única ONG chegou à marca de um milhão
de refeições distribuídas na pandemia. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), mais de 10 milhões de pessoas passam fome no Brasil.

Todas as segundas, o padre José sai da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no Tatuapé,
na Zona Leste da capital paulista, ao lado de outros 12 voluntários, para entregar 1.400
marmitas na praça da Sé, no centro da cidade. Segundo ele, hoje o número de refeições é
sete vezes maior que no início do ano.

Ele conta que percebeu não só um aumento no número de pessoas em busca das quentinhas,
mas também a chegada de um público diferente. “Não é mais só o pessoal de rua. A gente
está percebendo que muitas pessoas passam para buscar por estarem desempregadas e
estarem com fome. Ontem mesmo um senhor me disse que trabalhou o dia inteiro sem comer
e que estava nos esperando para pegar uma marmita que seria a única refeição dele”, disse
o padre em entrevista à BBC News Brasil. “Antes da pandemia, a gente doava cerca de 400
a 500 marmitas. Se a gente fizer 2 mil hoje, acaba tudo”, afirmou.

Disponível em: https://observatorio3setor.org.br/noticias/fome-cresce-a-fila-de-familias-em-busca-de-comida-em-


sao-paulo/. Acesso em: 24 de abril de 2021 (adaptado).
PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da
língua portuguesa sobre o tema Desafios para o acesso à alimentação durante a
pandemia, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa
de seu ponto de vista.

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