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o Designação (denominação de venda): apenas produtos em que a base láctea não contenha gordura e/ou
proteína de origem não láctea
Perfil do produto
o Nomenclaturas: Dulce de leche, milk jam, milk caramel and dairy confectionary;
o Maior parte dos artigos científicos são argentinos e brasileiros, poucos trabalham sobre a microestrutura do
produto tradicional, light e diet;
o Alto volume produzido, com baixa uniformidade;
o aW: cerca de 0,85;
o Elevados teores de sólidos: aW menor que 0,85 – proteção contra crescimento de bolores e leveduras;
o Tipos:
• Uso doméstico;
• Industrial: Confeitaria, Sorvetes;
• Formatos: cremoso, barras, pingos.
Legislação brasileira
o Portaria MAPA nº 354/1997 – RTIQ (regulamento técnico de identidade e qualidade);
o Portaria MAPA nº 855/2010 – altera o ítem 5.2 *inclusão de carbonato de sódio como coadjuvante de tecnologia;
o Harmonizada no Mercosul.
Classificação (RTIQ nº 354/1997)
o Quanto ao conteúdo de matéria gorda: o Quanto à adição de corantes:
• Doce de Leite ou Doce de Leite com creme; • Doce de Leite para Sorveteria;
o Quanto à adição ou não de outras substâncias: o Quanto ao uso de sais conservantes:
• Doce de Leite ou Doce de Leite com adições; • A partir de 600mg/kg até 1000mg/kg – “Uso
exclusivo industrial”;
o Quanto à adição de espessantes/estabilizantes
e/ou umectantes autorizados:
• Na adição: Doce de Leite para confeitaria;
Ingredientes (RTIQ nº 354/1997)
Opcionais:
o Ácido sórbico e seus sais – Na, K ou Ca
(conservador);
Obrigatórios: o Citrato de sódio (estabilizante);
o Sorbitol (umectante);
o Leite e/ou leite reconstituído
o Gomas diversas – alginato, carragena, ágar, CMC,
o Sacarose (máx. 30kg/100L de arábica, xantana, gelana, pectina e outras
leite) (espessantes) – quando em mistura não deverão
ultrapassar 20000 mg/kg;
o Lactase (betagalactosidase), bicarbonato de
sódio, hidróxido de sódio e de cálcio, carbonato
de sódio (coadjuvantes de tecnologia);
Padrões de identidade e qualidade:
FÍSICO QUÍMICOS: MICROBIOLÓGICOS INORGÂNICOS:
o Umidade máxima: 30 g/100g; o Enterotoxinas estafilocócicas; o Arsênio ≤ 0,10 mg/kg
o Matéria gorda: 6 – 9 g/100g ( n = 5, c = 0; m = ausente) o Chumbo ≤ 0,20 mg/kg
(maior que 9 – Doce de leite com o Estafilococos coagulase o Cádmio ≤ 0,10 mg/kg
creme); positiva;
o Cinzas máximo: 2g/100g; ( n = 5, c = 2; m = 10; M = 10²)
o Argentina:
• 92593 toneladas (2017) e 100575 toneladas (2018)
• Exportações para Brasil, Canada, Chile, Japão, Síria e EUA
Mercado Brasileiro
o 125.898 se destinam ao consumo interno e o restante a exportação – sendo quase 60% para indústria;
o Em 2008 o Chile exportou 5,7 milhões de dólares.
Tecnologia de processamento
INGREDIENTES: o Adicionar o leite e o bicarbonato de sódio
Matérias-Primas Quantidades o Aquecer o leite até 70° C
Leite Integral Pasteurizado 20L o Adicionar a sacarose e NaCl;
Bicarbonato de Sódio 7,5g o Não esquecer de colocar o cone no tacho;
Citrato de Sódio (0,2g/L) 4g o Deixar concentrar, quando estiver bem concentrado, fazer uma leitura no
Sacarose (25%) 5kg refratômetro;
NaCl (0,2g/L) 4g o Quando estiver em 68° Brix (70% sólidos totais), adicionar a glicose de
milho;
Glicose de Milho (2g/L) 40g
o Ponto final: teste da proveta com água fria;
Sorbato de Potássio (0,08g/L) 1,6g
o Adicionar o conservante Sorbato de Potássio;
Total
o Resfriar para 65-70° C e envasar em frascos de vidro.
Tecnologia de processamento
o Tempo; o Contínuo – 3 estágios:
• 1º Aquecimento: Formação de cor no estado
o Temperatura;
líquido – 85°C
o Aumento ou diminuição de pressão; • 2º Aquecimento: 110-150°C – 1min;
• 3º Resfriamento;
o Intensidade da pressão;
o Balanço de massa o Produção em larga escala;
Parâmetros interessantes:
• Tensão de escoamento “yield stress”: método direto e rápido
Tecnologia de processamento: fluxograma
o Agitador/misturador do tacho: tipo âncora para fluídos viscosos, com ou sem pás plásticas
(raspadores);
+
Sacarose diminui a solubilidade da
o cerca de 33% (em base seca)
o °C durante o processo:
o aprox. 93°C – lactose solúvel;
lactose o Após resfriar, diminui o limite de solubilidade;
o Formação de hidratos de α-lactose;
Cristalização da lactose
o Tamanho do cristal aceitável
sensorialmente: 10 – 20 µm
o Produtos com maior dureza (mais
densos)
o – menor mobilidade da lactose
o Maior temperatura – diminuição da
dureza -maior mobilidade da lactose
o + mobilidade + reorganização dos
cristais em aglomerações de cristais
Cristalização da lactose: tecnologias
Conforme o princípio utilizado:
o Enzimas hidrolíticas:
o Aumenta o custo do produto e tempo de processo;
o Semeadura:
o adição de lactose, agitação, resfriamento controlado – aumento de bolhas de ar, viscosidade,
contaminação e tempo de processo;
o Ultra filtração:
o Custo inicial elevado;
Cristalização da lactose: tecnologias
Inovações e pesquisas
o Adição de prebióticos – inulina, oligassacarídeos;
o Substituição da gordura por gordura com diferente perfis lipídicos;
o Doce de leite desidratado e com adição de probióticos.
Inovações e pesquisas
Referências
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08/09/1997 - Imprensa Nacional
BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria nº 855, de 27 de setembro de 2010. Disponível em: Diário Oficial da União - Seção 1, número 186, de
28/09/2010 - Imprensa Nacional.
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