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O poder constituinte derivado pode ser utilizado para atualizar ou reformar a

Constituição atual, seja por meio de revisões periódicas, seja por meio de emendas
constitucionais. Devido a essas várias possibilidades de modificação, surgiram, ao longo
da nossa trajetória constitucional, diversos limites, cujo objetivo é impedir que o poder
de reforma constitucional seja exercido discriminadamente, respeitando, assim, os
princípios essenciais da Constituição brasileira de 1988. 

Um exemplo de dificuldade encontrada no limite formal, é hoje alvo de controvérsias,


pois, embora seja essencial para a aprovação das emendas constitucionais, ele impede
que haja uma maior agilidade durante a votação dos projetos legislativos, que, muitas
vezes, ficam “parados”, sem serem votados por muitos anos, simplesmente por não
terem cumprido os requisitos formais do processo de reforma constitucional. 

No mais, a titularidade do poder constituinte, que pertence ao povo, conforme prevê o


artigo 1º, parágrafo único, da CRFB/88, também seria um limite material implícito, não
permitindo que fosse aprovada uma emenda constitucional transferindo esse poder de
mãos. E, o próprio artigo 60, aqui tratado, que é o núcleo da rigidez constitucional,
também seria uma limitação material implícita, não se admitindo emenda que viesse a
alterar tal artigo para facilitar o processo de reforma da Constituição (afinal, isso
desestabilizaria a rigidez constitucional).

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