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17/11/2021 14:55 Empiricus - Área do Assinante

São Paulo , 17 de Novembro de 2021


Ano 8 - Edição nº 00212

Palavra do Estrategista

Introduzindo Metalúrgica Gerdau


(GOAU4) entre as Oportunidades de
Uma Vida

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Uma atualização da tese short em Via (VIIA3)

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Voltando o interesse às mineradoras de ouro

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Uma criptomoeda abaixo do radar com muito risco e muito potencial

O que a COP26 pode fazer pelo mercado de carbono

E um “save the date” para uma nova recomendação de renda fixa amanhã

Resumo: começamos esta edição com uma introdução sobre inflação e


temporada de resultados corporativos. Na sequência e nos ligando a isso,
introduzimos as ações de Metalúrgica Gerdau (GOAU4) na carteira
Oportunidades de Uma Vida, que entram no lugar dos papéis de Natura
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(NTCO3), por uma questão de preferência relativa para o momento. Atualizamos


a tese short em Via (VIIA3) depois de resultados corporativos bastante ruins.
Identificamos um bom momento para voltar a falar de mineradoras de ouro.
Trazemos uma recomendação de criptomoeda abaixo do radar no momento e
encerramos com considerações sobre os impactos positivos da COP26 sobre a
regulamentação do mercado de carbono no Brasil, com uma interessante
alternativa de diversificação para o investidor. Pedimos também que você,
assinante, fique ligado em uma atualização extraordinária do Palavra do
Estrategista que sairá nesta quinta-feira (18), com foco em uma sugestão de
renda fixa protegida da inflação, dada a importância do tema no momento. Boa
leitura!

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Índice

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Parte 1 — De olho em uma gigante de aço brasileira
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Parte 2 — Atualização sobre nosso short em Via

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Parte 3 — Em busca de mineradoras de ouro

Parte 4 — Uma cripto fora do radar: infraestrutura de IoT

Parte 5 — Resultado da COP26: mercado de crédito de carbono deverá voar

Oportunidades de Uma Vida

A Empiricus completou 12 anos de vida no começo de novembro, comemorados na


semana passada com uma série de encontros especiais. Se você não conseguiu
acompanhar, destaco duas conversas extraordinárias: este papo  com Pedro Malan,
Gustavo Franco e Edward Amadeo; e este diálogo com Daniel Goldberg.

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Encerramos as celebrações com a apresentação da peça “A Casa dos Budas Ditosos”,


um monólogo encenado por Fernanda Torres, de um texto de João Ubaldo Ribeiro.

É habitual concluirmos nosso aniversário oferecendo algum evento ligado à arte.


Talvez não pareça à primeira vista, mas existe nisso toda uma conexão com a
essência da Empiricus. 

Nossa vocação é oferecer as melhores recomendações de investimentos,


normalmente restritas aos grandes profissionais da área, para as pessoas físicas,
para que elas possam acumular patrimônio e juntar mais dinheiro. Essa foi a missão
que nos atribuímos há 12 anos e ela continua exatamente a mesma. Mas, em
hipótese alguma, ela acontece sob uma abordagem fetichista, do dinheiro pelo
dinheiro, em que a grande motivação é o acúmulo em si. Só no arcabouço teórico
marxista dinheiro vira mercadoria para depois se transformar em mais dinheiro,
num círculo fechado em si mesmo.  

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Sempre tratamos o dinheiro como um meio, para consumir mais liberdade, mais

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tranquilidade, mais bens e serviços propriamente ditos, claro, e coisas mais
interessantes como lazer e referências artísticas. O dinheiro se transformando em

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mais utilidade, a partir do consumo de coisas que efetivamente importam. 

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Além disso, penso também que o próprio ato de investir, se bem feito, é uma

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manifestação artística. Para retornos acima da média, como perseguimos aqui a
cada dia, precisamos de uma transgressão contra o status quo, contra a visão de
consenso, tal como a boa arte. Desafia-se uma interpretação ordinária para buscar
retornos extraordinários. “O preço desta ação está errado, muito barato, porque o
mercado lê mal e subestima o crescimento futuro da respectiva companhia.” “Tal
título está atraente porque o mercado contempla projeções exageradas para a Selic à
frente.” 

O bom investidor, como muito bem definiu Howard Marks na conversa que tivemos
este ano, tem uma leitura de sensibilidade aguçada da circunstância e consegue ter
uma capacidade de julgamento diferenciada. Não é planilha, é discernimento
sensível. 

No clássico livro “Central Banking in Theory and Practice”, Alan Blinder é


categórico: na gestão da política monetária, o banqueiro central precisa combinar

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ciência e arte. Não é diferente para os investimentos. E na comparação entre as duas


coisas, a balança pende para a segunda.

Se é recorrente trazermos eventos artísticos, a peça de sexta-feira é particularmente


especial. Ela trata da luxúria, aborda um pecado original com naturalidade e
profundidade, de maneira livre, a partir do fluxo próprio e individual de
pensamento, não pela exposição de uma visão alheia estereotipada. Como são raras
as pessoas que pensam com as próprias cabeças… e como são ainda mais raras
pessoas capazes de falar dos seus próprios defeitos e pecados.

Na era das redes sociais e da digitalização total, eu tenho certeza de que defeito
mesmo só eu tenho; os outros são todos perfeitos… Ah, eu me lembro de Fernando
Pessoa, sob o heterônimo de Álvaro de Campos: “Todos os meus conhecidos têm
sido campeões em tudo (…) Quem me dera ouvir de alguém a voz humana, que
confessasse não um pecado, mas uma infâmia, que contasse, não uma violência,

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mas uma cobardia; não, são todos o ideal, se os oiço e me falam; quem há neste

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largo mundo que me confesse que uma vez foi vil; ó príncipes, meus irmãos”.

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O investidor também precisa olhar para pecados e defeitos. Os seus, os dos outros,

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os da empresa investida, os das questões macro e sistêmicas.  Convivem dentro de

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nós o médico e o monstro. Aqueles incapazes de olhar para o lado escuro estarão em

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desvantagem. Negar as dificuldades, as mudanças de cenários e os riscos à frente,

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sem o autoquestionamento, levam a um excesso de concentração e alavancagem,
maximizando potenciais prejuízos. 

Essa introdução traz um médico e um monstro, com implicações práticas para a


alocação de investimentos. O monstro é a inflação — adaptando a frase clássica de
Milton Friedman, parece não haver nada tão permanente quanto uma inflação
transitória. O médico são os bons resultados corporativos, que pavimentam a via
para a manutenção de prognóstico positivo para as ações, sobretudo em nível
nominal — ou seja, sendo ações parte das empresas, elas representam ativos reais e,
portanto, deveriam caminhar nominalmente. Se o índice de ações cai 10% e a
inflação também é de 10%, o investimento médio na Bolsa torna o investidor 20%
mais pobre.

Primeiro, algumas palavras sobre a inflação global. A leitura predominante tem sido
de um caráter transitório da alta generalizada dos preços. “Quando passar a
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demanda reprimida pós-Covid e as cadeias de suprimento se normalizarem, a


inflação deve cair vertiginosamente.” Assim falam — ou falavam — dirigentes do Fed
e grandes economistas internacionais. Com efeito, faz sentido. 

Ocorre, porém, que a cada reunião do banco central norte-americano e a cada


referência de índice de preços, a tal persistência inflacionária se mostra maior e
mais disseminada. A inflação tem sistematicamente surpreendido as projeções. O
último índice de preços ao consumidor norte-americano foi sintomático: subiu 6,2%
no acumulado dos últimos 12 meses, o valor mais alto em 30 anos. 

Com comportamento semelhante, a inflação ao produtor chinês marcou 13,5% em


outubro em relação ao mesmo período do ano anterior, ritmo mais acelerado em 25
anos.

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Claro que ainda há elementos temporários na inflação global. Ocorre, porém, que o
adjetivo “transitório" admite certa elasticidade semântica. Pode representar algumas

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poucas semanas, quem sabe uns meses, ou talvez até anos… Objetiva e

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concretamente, o que se tem visto é uma inflação muito além do que a maior parte
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dos economistas e analistas poderia supor, incluindo aí a própria autoridade

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monetária norte-americana.

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As cadeias de suprimento demoram mais tempo do que se supunha para se

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normalizar. As dificuldades da transição energética em prol de uma matriz mais
limpa restringe a oferta de combustíveis fósseis e eleva os preços do petróleo, do
carvão e do gás natural para níveis muito além do razoável. A poupança acumulada
pelas empresas e famílias ao longo da pandemia sugere agora níveis altos de
consumo e investimento. 

Não à toa, o yield (rendimento) do título de dez anos do Tesouro americano voltou a
tocar a marca de 1,60%.

Internamente, o cenário inflacionário também gera preocupações. O IPCA de


outubro apontou alta de 1,25%, superando as projeções mais agressivas e, por mais
um mês, contrariou a expectativa de desaceleração da inflação na margem. O
relatório Focus subiu pela 32ª semana consecutiva suas estimativas para a inflação
oficial de 2021, agora em 9,77%.

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Há consequências macro e microeconômicas da inflação mais alta, com


desdobramentos para as alocações de portfólio. Em linhas gerais, sem querer entrar
demais em questões econômicas, falamos de uma transferência de renda do setor
privado para o setor público. Piora a distribuição de renda, diminui a renda
disponível e abre um pouco mais de espaço fiscal, porque a inflação corrói a dívida. 

Ativos reais e retornos protegidos da inflação devem ser preferidos frente a


rendimentos nominais. O aumento das taxas de juro de mercado impõe um
desconto maior sobre as empresas e os títulos cujos fluxos de caixa estão lá no
futuro. Há de se preterir casos de crescimento (“growth”) a outros de valor (“value”),
cujos fluxos já estão sendo gerados no presente. Empresas sem “pricing power”
(capacidade de repassar preços) e/ou muito endividadas devem ser evitadas.

Queremos nos proteger um pouco mais da inflação persistente. Esse é um dos


objetivos deste relatório, que visa também atualizar o investidor depois da

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temporada de resultados relativa ao terceiro trimestre.

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Em geral, os números foram bons — com exceções, é claro. O ambiente
microeconômico brasileiro, ao menos para a maior parte das empresas listadas,

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continua demonstrando resiliência. Cumpre também dizer que a inflação não é

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necessariamente ruim para as ações. Por definição, ações são pedaços de empresas

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e, portanto, representam ativos reais. 
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Um lucro de 10 no ano passado não é a mesma coisa que um lucro de 10 neste ano.
Se a inflação for mesmo de 10% em 2021, para ter o mesmo lucro, teríamos de fazer
11 agora. E, então, para manter estável a relação Preço/Lucro precisaríamos que o
numerador da fração também andasse nominalmente os mesmos 10%. Ou seja, o
Preço deveria aumentar em 10%. O raciocínio não vale, claro, para as empresas que
têm pressão de margens, para aquelas cujos consumidores enfrentam renda
comprimida e sofrem os efeitos da inflação. Se a companhia não consegue repassar
preços, o lucro cai, mesmo nominalmente.

Esse é um dos motivos para atualizarmos a carteira Oportunidades de Uma Vida.


Estamos retirando as ações de Natura (NTCO3) e introduzindo os papéis de
Gerdau (GOAU4) em seu lugar. 

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Ainda gostamos da tese de Natura para o longo prazo. E sabemos que o investidor se
incomoda com realizar prejuízos. Mas não podemos incorrer em vieses cognitivos
clássicos das finanças comportamentais. Se o cenário mudou e/ou se a empresa tem
entregado menos do que se esperava, com mudança objetiva no valor intrínseco e na
visão original, as decisões pragmáticas também precisam ser atualizadas. O menor
prejuízo é sempre o melhor. Se há espaço para recuperar o valor perdido com uma
nova ação de maneira mais certa e mais rápida, não há porque manter-se apegado
ao caso anterior. Se A (nova) está melhor do que B (velha), devemos partir para a
próxima, independentemente do nosso preço original. É uma virtude rara do
investidor olhar para a frente e cortar na própria carne. George Soros insiste neste
ponto. Segundo ele, sua maior qualidade é justamente reconhecer rapidamente
quando há necessidade de alterar o prejuízo e admitir posições equivocadas.

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Natura soltou resultados muito decepcionantes na última sexta-feira (12). Tanto o
crescimento de primeira linha (receita) quanto as margens operacionais

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decepcionaram, aqui, no exterior, no turnaround de Avon. Isso já seria ruim. Mas o

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problema maior não foi esse. A grande questão foi a comunicação muito ruim com o
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mercado. Nenhum player contemplava um resultado dessa natureza, porque não

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fora dada nenhuma sinalização nesse sentido. 

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Para um nome associado a qualidade (Natura é tida como um caso de quality

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clássico), este é um ponto nevrálgico: a perda de confiança na capacidade de o
management entregar. Natura é querida por boa parte do smart money local e
internacional, apreçada com múltiplos altos justamente por conta dessa confiança
histórica e da tradição de bons resultados, entrega de turnarounds, marca
reconhecida, alto retorno sobre o patrimônio, entre outros. No linguajar clássico de
mercado, é um “crowded trade” (uma posição muito detida). Se algo dá errado,
principalmente no quesito confiança, há uma venda pesada e dificuldade de se
atrair comprador marginal. 

Em resumo, se antes a maior parte se dispunha a “pagar na frente” pelo crescimento


de Natura, com destaque para a expectativa de bom resultado de Avon, agora a coisa
é diferente. Natura vai precisar entregar primeiro, para depois ver “re-rating” de
suas ações. Ou seja, vai levar tempo, necessariamente.

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A situação fica um pouco mais sensível porque, fazendo uma ponte com a narrativa
inicial, os impactos da inflação sobre os resultados de Natura são bastante claros. As
margens são pressionadas por mais custos de produtos vendidos e não há espaço
para repasse ao consumidor final, dada a renda disponível mais pressionada nessas
classes sociais.

Temos, ainda, a questão ligada às taxas de juro de mercado. Natura, conforme já


dito, por ser associada à qualidade, é um nome de múltiplos muito altos. Como
muito bem nos disse o gestor André Jakurski na semana passada, uma coisa é uma
companhia negociar a 40 vezes lucros com o juro de 2%. Outra, bem diferente, é
quando o juro vai a 12%. Os múltiplos precisam cair.

Seguimos admirando muito a companhia, identificamos um longo prazo ainda


positivo e achamos a empresa defasada frente aos seus pares globais. Entretanto, o
curto prazo deve continuar se mostrando especialmente desafiador, com juros

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subindo e inflação ainda muito alta. Nomes de alto crescimento têm sido preteridos

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frente àqueles cujos fluxos de caixa estão no presente, principalmente aqueles com

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resultados decepcionantes e nos quais os grandes fundos mantêm (mantinham)
posições relevantes.

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Importante também ter em mente que o investimento é sempre uma decisão

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relativa. O dinheiro alocado na ação X poderia estar em qualquer outra com uma

C
combinação risco-retorno diferente. E isso nos leva a Metalúrgica Gerdau (GOAU4),
que passa a ocupar o lugar anteriormente preenchido por Natura. 

Gerdau foi um dos destaques positivos de toda temporada de divulgação de


resultados. Talvez tenha sido o melhor trimestre da história da companhia,
combinando boa geração de caixa, crescimento e diversificação de receitas
geograficamente e em dólar. A companhia negocia a 2,5 vezes sua geração
operacional de caixa e, diferentemente dos cases de múltiplos altos e de fluxos
muito lá na frente, as ações de Gerdau são destino (e não origem) do chamado
“rotation trade”, em que o mercado vende o growth (afetado por inflação e taxas de
juros maiores) para comprar o value (grosso modo, commodities e bancos).
Apresentamos o case de Gerdau pormenorizado na seção seguinte. Poderíamos
resumi-lo aqui como uma reunião de valuation muito descontado, dividendos

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bastante razoáveis e gestão de qualidade, com receitas diversificadas em dólar e


mais blindadas das mazelas domésticas de muita inflação e juro mais alto.

Estamos optando pelas ações de Metalúrgica Gerdau (GOAU4) por conta do


desconto de holding. Mecanismo mais barato e com melhores dividendos. Existe
ainda uma possibilidade não desprezível de que a companhia venha a incorrer no
futuro numa reestruturação societária, em linha com outros conglomerados com
práticas mais atualizadas de governança corporativa e unificação das classes de
ações num mesmo veículo.

Ainda alinhado à ideia de proteção da inflação, mas já fora do ambiente de Bolsa,


achamos bastante atraentes algumas alternativas de investimento com altos juros
reais. Para destacar uma dessas opções, publicaremos uma edição extraordinária
do Palavra do Estrategista amanhã (dia 18 de novembro) com uma sugestão em
renda fixa pagando um juro real bastante atraente, dentro dos limites do FGC.

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Voltando à ideia de proteger a carteira com casos impactados negativamente pela

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inflação, atualizamos a tese short (vendida), anteriormente sugerida aqui, de Via
(VIIA3), após publicação de resultados trimestrais bastante ruins e da surpresa com

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novas contingências trabalhistas, o que feriu bastante a confiança no management
da empresa.
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Na sequência deste relatório, abordamos uma nuance dessa dinâmica de inflação e

C
taxas de juro nominais: apesar de os yields estarem subindo, esse incremento tem se
dado em ritmo menos intenso do que aquele da inflação. Ou seja, apesar do
aumento do juro nominal, os juros reais estão ainda mais negativos por conta da
inflação alta. Entre os corolários dessa dinâmica, aplicações em metais preciosos
voltam a ganhar atratividade na margem. Em particular, com algumas mineradoras
de ouro negociando a 7-8 vezes lucros e o setor voltando a observar uma atividade
intensa de M&A, apresentamos uma recomendação de investimento em empresas
desse setor.

Terminamos nos voltando mais uma vez com nossa defesa em prol da diversificação
em investimentos alternativos. Trazemos uma criptomoeda bem abaixo do radar e
debatemos as consequências da COP26 para o mercado de carbono — a
regulamentação do mercado de crédito é uma conquista brasileira e pode dar fôlego
adicional para esse segmento.
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Os detalhes estão abaixo. Aproveitem a leitura!

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Parte 1 — De olho em uma gigante de aço brasileira

Em substituição às ações da Natura (NTCO3), que saem da carteira pelas condições


de mercado e pela nossa avaliação negativa depois do último resultado corporativo

3
da empresa, aproveitamos o momento para utilizar os 4 pontos percentuais
liberados na carteira para comprar as ações da Metalúrgica Gerdau (GOAU4),

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2
holding que controla a gigante de siderurgia Gerdau.

31
O difícil equilíbrio doméstico — com alta dos juros e consequente rotação setorial —
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e internacional, em um mundo de mais inflação, vem reforçando nossa visão de que

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0
precisamos neutralizar, ao menos parcialmente, nossas posições em varejo e

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aumentar nossa exposição a dólar e metais. Diante dessa necessidade, GOAU serve

CP
como uma luva na carteira Oportunidades de Uma Vida, se aproveitando da alta das
commodities, da força de moedas fortes (como o dólar), e do crescimento dos EUA.

Alguns breves comentários sobre a companhia. A Metalúrgica Gerdau (GOAU4) é


líder no segmento de aços longos nas Américas e uma das principais fornecedoras
de aços longos especiais do mundo – no Brasil, também produz aços planos e
minério de ferro, atividades que ampliam o mix de produtos oferecidos ao mercado
e a competitividade das operações.

Possui operações em mais de dez países espalhados por três continentes (América,
Ásia e Europa), totalizando uma capacidade instalada superior a 25 milhões de
toneladas de aço por ano. Além disso, é a maior recicladora da América Latina e, no
mundo, transforma, anualmente, milhões de toneladas de sucata em aço,
reforçando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável das regiões em
que atua.

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A receita líquida no último trimestre foi de R$ 21,3 bilhões, 74% acima do reportado
no mesmo período do ano anterior. Do total, 34,4% são provenientes das atividades
na América do Norte, 51,8% de atividades na América do Sul (incluindo o Brasil) e o
restante é proveniente do segmento de aços especiais.

Uma geral sobre o histórico da companhia

Há alguns anos, porém, a situação da companhia não era das mais atraentes. Após
erros na condução estratégica e da própria crise econômica local, entre 2015 e 2016,
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quando os setores que mais consomem aço (construção civil, automobilístico e


infraestrutura) estavam totalmente estagnados e o consumo global da commodity
atingia as mínimas históricas, os resultados começaram a sofrer. Isso sem falar nas
operações nos EUA, que também sofreram devido à maior competição chinesa e
turca. Essa tempestade perfeita trouxe grande pressão vendedora para os papéis e
dúvidas em relação à capacidade de a companhia se reerguer.

Porém, esses problemas foram endereçados e o cenário descrito acima ficou apenas
na lembrança. A Gerdau passou por muitas mudanças nos últimos anos e as ações
da companhia foram, aparentemente, esquecidas pelos investidores.

Entre 2018 e 2019, período em que as ações ficaram abandonadas, o top


management trabalhou duro para reverter o cenário, preparando a empresa para
um próximo ciclo, tornando o balanço da Gerdau mais enxuto e mais rentável.

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O primeiro passo foi uma importante transformação na cultura organizacional da
empresa. Gustavo Werneck, que não faz parte da família Gerdau, assumiu o

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comando da companhia com a meta de implementar novas tecnologias no processo
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produtivo da empresa e reduzir os ativos menos produtivos. 

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Para atingir esse último objetivo, realizou um programa de venda de ativos ao redor

F
do mundo que não eram estratégicos para a empresa. O movimento trouxe à

endividamento.
CP
companhia um bom fluxo de caixa e permitiu a redução acentuada do nível do

Paralelamente, a companhia fez o dever de casa e reduziu de forma significativa as


despesas administrativas, trazendo a relação entre despesas e receita ao menor nível
da história da Gerdau.

Esses fatores colocaram a companhia em um outro patamar, como podemos ver no


gráfico acima.

Agora, ela não é só mais uma indústria, mas uma companhia altamente tecnológica,
muito mais enxuta e, consequentemente, pronta para surfar o crescimento da
demanda, tanto nacional como internacional. Adicionalmente, a Gerdau está com
objetivos claros de melhoria de rentabilidade de suas operações por meio da
utilização de mini-mills e de redução de seu endividamento.

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O setor de atuação: perspectivas para o aço

De 2019 para cá, o cenário local começou a apresentar leve melhora e a competição
externa sofrida pelas operações norte-americanas estão blindadas com as medidas
do governo daquele país. 

Tal aprimoramento está relacionado ao mercado de aço, tanto nacional quanto


internacional. A demanda pela commodity está se recuperando e o preço do aço
voltou a subir. Adicionalmente, vale dizer, a infraestrutura, um setor da economia
consumidor de aço, está entrando em um momento positivo do ciclo, tanto aqui

3
como lá fora.

No Brasil, são mais centenas de bilhões contratados em investimento em

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infraestrutura para os próximos anos. Os últimos leilões e os novos marcos

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regulatórios, como o de saneamento e o do gás, permitirão um fluxo renovado em

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investimento, que surfará a aprovação das concessões e dos projetos de rodovias,

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ferrovias e aeroportos. Para ilustrar, de acordo com o Projeto Infra2038, se o Brasil

F
quiser se posicionar entre os 20 primeiros países no pilar “infraestrutura” do Global

CP
Competitiveness Index (GCI) 4.0 do Fórum Econômico Mundial em 2038 (avanço de
58 posições), serão necessários investimentos adicionais da ordem de R$ 3 trilhões.

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Lá fora, por sua vez, destaque para os EUA, em que o setor ganhou tração com a

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aprovação do pacote de infraestrutura de US$ 1,2 trilhão de Joe Biden. Os dados

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econômicos americanos continuam fortes e o principal indicador antecedente, o

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ISM Purchasing Managers Index (PMI), cuja construção remete às condições de

F
mercado esperada pela indústria, tem se mantido em níveis elevados.

P
C

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O plano de infraestrutura aprovado pelo Congresso americano é o mais relevante


em décadas. Mais de US$ 400 bilhões devem ser destinados diretamente para ativos
reais, como pontes e estradas (US$ 110 bilhões), ferrovias (US$ 66 bilhões), serviços
de utilidade pública (como saneamento e energia, US$ 110 bilhões), transporte e
logística (US$ 81 bilhões), além de outros segmentos, como comunicações (US$ 112
bilhões em banda larga e Cybersecurity) e estações para abastecimento de veículos
elétricos (US$ 7,5 bilhões).

O efeito multiplicador desse volume de recursos é enorme e deve dar um suporte


para a manutenção do crescimento da economia americana para os próximos
anos.  Com efeito, enxergamos uma demanda crescente para GOAU4 nos próximos
anos.

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O contexto financeiro da companhia hoje

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No último trimestre, a Metalúrgica Gerdau (GOAU4) divulgou seus resultados

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referentes ao terceiro trimestre do ano, que vieram mais uma vez acima das

F
expectativas do mercado.

CP
As vendas de aço no 3T21 avançaram 2% na comparação anual e 1% na comparação
com o trimestre anterior, alinhadas à retomada dos principais setores consumidores
nos países onde a companhia mantém suas operações. A produção de aço avançou
7%, de modo que a utilização da capacidade de produção ficou em torno de 80%,
melhor nível desde 2018, indicando demanda saudável em suas principais
operações.

A receita líquida do trimestre foi superior tanto ao registrado no 2T21 (+11%) quanto
ao reportado no mesmo período do ano anterior (+74%), acompanhando o
crescimento dos volumes vendidos e a maior receita por tonelada vendida — reflexo
do momento favorável da indústria do aço combinado com o portfólio de produtos
de maior valor agregado. 

Por outro lado, o maior volume de vendas somado ao crescente encarecimento das
principais matérias-primas utilizadas pela companhia (sucata e minério de ferro,

https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/palavra-do-estrategista/lista/relatorios-palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/intro… 15/51
17/11/2021 14:55 Empiricus - Área do Assinante

por exemplo) foram os principais motivos dos maiores custos (+42%). De todo modo,
a margem bruta evoluiu 16 pontos percentuais. Além disso, as despesas com vendas,
gerais e administrativas (SG&A) seguiram sua trajetória descendente para o
equivalente a 2,5% da receita líquida, de modo que a companhia seguiu capturando
bastante alavancagem operacional.

Dado o bom desempenho operacional, o Ebitda da companhia alcançou R$ 7


bilhões, recorde trimestral histórico para a companhia, enquanto a margem Ebitda
foi de 33% (recorde histórico também). No trimestre, o fluxo de caixa livre foi de R$
3,8 bilhões. Diante da forte geração de caixa, a alavancagem da companhia também
caiu de forma significativa, para 0,4 vez Dívida líquida/Ebitda, deixando o balanço
bastante saudável e possibilitando a distribuição recorde de dividendos para um
trimestre. 

A companhia vive seu melhor momento dos últimos anos, favorecida pelos esforços

2 3
de eficiência realizados pela gestão e pelo bom momento do seu mercado de

92 0
1
atuação. Entendemos que, mesmo em uma eventual normalização do segmento e

3
dos preços das commodities, GOAU4 seguirá sendo uma excelente pedida,

57
principalmente devido ao valuation demasiadamente descontado contra seu

1
0
histórico.

P F
C
Quanto vale a Metalúrgica Gerdau?

Duas coisas precisamos ponderar aqui. O primeiro ponto é o do desconto de holding


que surfamos por meio de GOAU4. Não custa lembrar que, hoje, a estrutura da
empresa está organizada da seguinte forma: a Metalúrgica Gerdau (GOAU3 e GOAU4)
é uma holding que controla a Gerdau S.A. (GGBR3 e GGBR4) com 33% de
participação. Já a Gerdau S.A. é outra holding que controla as diversas operações de
siderurgia do grupo.

https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/palavra-do-estrategista/lista/relatorios-palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/intro… 16/51
17/11/2021 14:55 Empiricus - Área do Assinante

2 3
92 0
7 31
015
A nossa preferência pela holding (GOAU4) em vez da empresa Gerdau (GGBR4) se dá

F
por dois motivos principais:

 
CP
i) A base acionária possui uma participação maior de investidores brasileiros, o que
reduz a oscilação provocada pelos estrangeiros em tempos de maior volatilidade na
Bolsa;

ii) As ações da Metalúrgica Gerdau (GOAU4) estão negociando com um desconto


excessivo em relação às ações da Gerdau (GGBR4).

O segundo ponto, por sua vez, é o desconto da própria Gerdau contra seus
resultados, os quais, como podemos ver abaixo, são consideráveis. A empresa
negocia a 3,1 vezes seu valor de firma (EV) sobre sua proxy geração de caixa

https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/palavra-do-estrategista/lista/relatorios-palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/intro… 17/51
17/11/2021 14:55 Empiricus - Área do Assinante

potencial (Ebitda) para os próximos 12 meses, contra uma média histórica de cinco
anos na casa dos 6,3 vezes. É um desconto considerável para um player premium
como esse.

Pela holding, os descontos são da mesma ordem. Neste sentido, entendemos que a
Metalúrgica Gerdau (GOAU4) é uma combinação perfeita (posição conservadora e

2 3
nome tradicional) neste momento para a nossa carteira Oportunidades de Uma

92 0
1
Vida. Além de ter grande parte de sua receita dolarizada (mais de 50%% do

57 3
faturamento é proveniente das operações internacionais), é uma aposta na
recuperação da economia global, mais especificamente dos segmentos ligados ao
setor de infraestrutura.

01
 

P F
C
Parte 2 — Atualização sobre nosso short em Via

Nos últimos 30 dias, janela de tempo em que voltamos a falar de maneira ainda mais
enfática sobre o espaço para hedges na carteira, montando outras operações que
vão além do convencional, como compra de put (opção de venda) de SMAL11 e
alguns shorts, já conseguimos colher alguns frutos para nossos assinantes. Foi o
caso de AMER3, que cai mais de 14% desde a recomendação de short em 20 de
outubro, e de VIIA3, que entrega quase 24% de retorno em nosso short.

Nenhuma das duas posições, vale dizer, deveria ser encarada isoladamente, mas,
sim, dentro de um book de ações, diluindo a posição líquida comprada não só no
portfólio, mas no segmento de varejo, no qual preferimos outras posições.

https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/palavra-do-estrategista/lista/relatorios-palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/intro… 18/51
17/11/2021 14:55 Empiricus - Área do Assinante

Desde a recomendação, entendemos que as duas posições renderam bons frutos,


o que nos permite realizar parcialmente os lucros, recomprando uma parte e
mantendo apenas metade do short das operações originalmente estruturadas —
permanecemos com um pedaço das operações, pois ainda entendemos que cabe
uma desvalorização adicional dos papéis.

Há dois fatores que gostaríamos de destacar que justificam a boa performance do


short nesse curto período, falando aqui especificamente de Via (VIIA3). O resultado
trimestral da companhia veio ruim, em linha com o que esperávamos e abaixo do
consenso de mercado, que projetava números mais otimistas que os nossos, mesmo
que já incorporassem um trimestre ruim para a empresa.

O cenário macroeconômico composto de inflação e juros em alta e de retração do


nível de confiança do consumidor, aliado às questões internas da companhia, tornou
o trimestre bastante desafiador — vide os dados de varejo divulgados na semana

2 3
passada. Ainda, veja abaixo os dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) que

92 0
1
acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas

3
realizadas em 18 setores mapeados pela companhia. Descontada a inflação e com o

57
ajuste de calendário, os macrossetores Bens Duráveis e Semiduráveis e Serviços

1
0
sofreram desaceleração na comparação com o mês anterior, enquanto Bens Não

F
Duráveis (drogarias e farmácias) experimentou aceleração. No todo, com os dados

P
divulgados ontem (16), o índice interrompeu seis meses seguidos de crescimento.

https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/palavra-do-estrategista/lista/relatorios-palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/intro… 19/51
17/11/2021 14:55 Empiricus - Área do Assinante

O volume bruto de mercadorias (GMV) da Via cresceu 6% na comparação anual,


para R$ 11 bilhões, com destaque negativo para o GMV das lojas físicas, que
decresceu 14% no período, fruto do descasamento entre a retomada do plano de
expansão da empresa e a mudança do padrão de consumo dos clientes. Com isso, a
participação das vendas online em relação ao todo subiu 13 pontos percentuais, para
60%.

Adicionalmente, a mudança de mix causada pelo mau desempenho das lojas físicas
fez com que a receita líquida consolidada da companhia caísse 6% no período, para
R$ 7,3 bilhões, e afetou também a margem bruta, que diminuiu 6 pontos percentuais
na comparação anual, para 29,5%.

O ponto de atenção do resultado foi a readequação da provisão para demandas


judiciais trabalhistas em face da evolução do estágio processual da carteira legada da
Via e de novos processos.

2 3
De acordo com a varejista, houve um aumento de 32% no “ticket médio” para os

92 0
7 31
casos sentenciados em 2021 e de 82% no volume de novas reclamações, o que
adicionou à linha de provisão cerca de R$ 1,2 bilhão (no fim de setembro, o volume

15
total de recursos provisionados para essas demandas era de R$ 2,5 bilhões).

0
F
O avanço dessa linha limitou fortemente as benesses que seriam auferidas pela

anos. 
CP
empresa a partir do reconhecimento de novos créditos tributários nos próximos

Por conta dessas demandas trabalhistas, o Ebitda foi negativo em R$ 342 milhões,
enquanto o prejuízo do trimestre foi de R$ 638 milhões. Sob a ótica “ajustada”, que
desconsidera esse efeito do resultado, o Ebitda teria alcançado os R$ 669 milhões,
alta de 6,7% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, e o lucro líquido teria
ficado em R$ 101 milhões — praticamente estável em relação ao 3T20.

Contudo, ao longo do trimestre houve um consumo aproximado de R$ 1,4 bilhão do


caixa, sendo que um pouco mais de um terço disso se deveu à queima de caixa
operacional (R$ 489 milhões). Ou seja, em nosso entendimento, apesar do impacto
relevante das questões trabalhistas, há um problema grave na capacidade de
conversão do marketing em receita — gastou muito dinheiro para segurar o share e
queimou caixa com isso.

https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/palavra-do-estrategista/lista/relatorios-palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/intro… 20/51
17/11/2021 14:55 Empiricus - Área do Assinante

Logo, não nos parece que a Via conseguirá entregar números excepcionais que
justifiquem os preços de tela. Tanto é verdade que o mercado já começa a perceber
isso, movimento materializado na queda de mais de 25% dos últimos 30 dias.

Posicionada em um segmento de mercado desafiador, composto de dois grandes


players dominantes — Mercado Livre e Magazine Luiza (MGLU3) — e de novos
entrantes bastante capitalizados (Shopee e Amazon), a Via apresentou um resultado
fraco e que corrobora nossa tese pessimista para o case.

Entendemos, portanto, como vantajosa a colheita de parte dos resultados obtidos


até aqui, com realização parcial (reduzir pela metade) do short anteriormente
recomendado.

Parte 3 — Em busca de mineradoras de ouro

2 3
 

92 0
7 31
Para os assinantes que tiveram a oportunidade de acompanhar nosso evento

15
“Investidor 3.0” na semana passada, muitas informações interessantes foram dadas,

0
com destaque especial para algumas falas, como a de André Jakurski, fundador do

P F
antigo Pactual e da JGP, uma das maiores gestoras brasileiras e uma das mais

C
respeitadas no âmbito internacional. Se você ainda não conseguiu dar uma
olhadinha na conversa que batemos com Jakurski, fica aqui nosso convite.

Curioso foi ver uma das teses que temos discutido com certa frequência aqui na
Empiricus transparecer nas palavras do gestor. E é justamente disso que falaremos
nesta parte da edição de hoje. As condições dos últimos 20 meses, desde o início do
gigantesco expansionismo monetário e fiscal ao redor do mundo, proporcionaram o
início de uma nova realidade para os investimentos, a qual entendemos que poderá
ser benéfica para as empresas ligadas à mineração de ouro. 

A verdade é que os investidores parecem ter ficado desacostumados com a inflação e


ainda custam a aceitar que nos próximos anos conviveremos com mercados
operando sob o véu de mais inflação do que a verificada desde a crise de 2008, que
esterilizou o potencial de crescimento e de inflação de muitos países, em especial os
desenvolvidos ocidentais, até antes da pandemia.

https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/palavra-do-estrategista/lista/relatorios-palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/intro… 21/51
17/11/2021 14:55 Empiricus - Área do Assinante

Nos EUA, por exemplo, a inflação tem sido um tema quente. O recente relatório do
Índice de Preços ao Consumidor (IPC) mostrou que a inflação foi pior do que o
esperado em outubro, com o número cheio indicando um aumento de 6,2%, a maior
leitura desde 1990, e o núcleo da inflação, que exclui os itens mais voláteis, como
alimentos e energia, subindo 4,6%, o maior desde 1991.

Todo esse nervosismo em torno da inflação elevou as expectativas de inflação de


equilíbrio para os próximos cinco e dez anos aos níveis mais altos em décadas,
levando os investidores a acreditar que o Federal Reserve (Fed) aumentará as taxas
de juros muito mais rápido do que se pensava anteriormente.

A verdade, porém, é mais sofisticada do que isso.

Isso porque vivemos hoje em um possível novo paradigma para a política monetária,

3
derivado principalmente do novo framework (estrutura, em inglês) de atuação por
parte do Fed. Não falamos aqui especificamente da Teoria Monetária Moderna, que

02
foi parcialmente aplicada desde o início da pandemia e teve sua aplicação na prática

1
muito questionada, principalmente por gerar inflação. Tratamos, sim, da nova
92
7 3
abordagem da inflação, na qual a autoridade monetária tende a ser mais permissiva

5
1
para com ela.

F 0
Mas vamos por partes. Antes de mais nada, uma breve retrospectiva. A partir da

CP
crise do subprime, os bancos centrais dos mercados desenvolvidos, em especial o
dos EUA, passaram a se valer do chamado “afrouxamento quantitativo” (ou
“quantitative easing”, em inglês), para poder controlar os juros de maneira tal que os
ativos tivessem em paralelo uma valorização, criando uma espécie de efeito riqueza.

Mais recentemente, já sob a dinâmica da pandemia, vimos um gasto fiscal


gigantesco, sem precedentes, sendo monetizado pelos bancos centrais. O resultado
foi tão diferente do que estávamos acostumados que foi a primeira vez que, durante
uma recessão, a renda disponível foi maior do que antes do choque inicial da crise,
tudo financiado pelos programas de transferência de renda dos governos e
permitido pela política expansiva dos BCs.

Consequentemente, todo esse movimento, na reabertura da economia pós-


pandemia, possibilitou uma demanda muito grande por bens seguida de uma
demanda por serviços, o que gerou inflação. A princípio, as autoridades monetárias,

https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/palavra-do-estrategista/lista/relatorios-palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/intro… 22/51
17/11/2021 14:55 Empiricus - Área do Assinante

inclusive a brasileira, entenderam que o choque de preços tinha característica mais


transitória do que estrutural, mas eles estavam parcialmente errados.

De fato, parte da inflação que vemos hoje é derivada de problemas temporários que
estamos enfrentando. Contudo, devemos seguir com crescimento gradual de
alocação de mão de obra, o que continuará gerando pressão de demanda na
economia, bem como ainda enfrentamos problemas logísticos na cadeia de
suprimentos globais — gargalo na falta de capacidade de transportes para atender a
demanda criada, além de problema no lado da oferta, como na questão dos
semicondutores — e uma crise energética com contornos de inflação verde em um
processo de vingança da velha economia, como já conversamos recentemente.

A verdade é que, apesar de contarmos com uma normalização de parte desses


fatores ao longo de 2022, ainda teremos muito dinheiro na mão das pessoas em meio
à continuidade dos pacotes fiscais (vide o pacote de US$ 1 trilhão do presidente Joe

2 3
Biden aprovado na semana passada) e maior expectativa de crescimento para os

92 0
1
próximos anos. Curiosamente, é o início de uma recuperação cíclica com contornos

3
de um “late cycle” (ciclo tardio, em tradução literal) — uma situação
verdadeiramente única.

157
0
Neste cenário, no qual teremos mais inflação, vivemos também, como mencionado

F
P
anteriormente, um novo framework do Fed, em que a meta de inflação passa a ser

C
flexível e média, em vez de rígida e corrente. Em outras palavras, o mundo se tornou
mais flexível com a inflação, em um momento no qual também vemos as
autoridades monetárias mais preocupadas com emprego e com a inclusividade no
mercado de trabalho (BCs ESG).

Se haverá mais inflação, gostamos de pensar em ouro. Já falamos muito sobre ouro
no passado e entendemos que vale a pena resgatar essa ideia. O gráfico abaixo
compara a expectativa de inflação de dez anos com o preço do metal. Durante os
últimos 13 anos, o preço do ouro e as expectativas de inflação parecem subir e cair
juntos ao longo do tempo.

https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/palavra-do-estrategista/lista/relatorios-palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/intro… 23/51
17/11/2021 14:55 Empiricus - Área do Assinante

2 3
92 0
7 31
015
P F
C
A correlação não é perfeita e a cotação do ouro parece aumentar antes das
expectativas de inflação. Logo, se a commodity começar a subir aqui, isso pode
indicar que taxas de inflação mais altas estão vindo também. Além disso, o ouro tem
apresentado uma tendência de alta desde o início do ano e recentemente subiu
acima de uma tendência de baixa iniciada em agosto de 2020.

Consequentemente, os preços do ouro voltaram a ficar acima de US$ 1.870 por onça
troy, seu nível mais alto em cinco meses. O dólar americano, por sua vez, está
demonstrando o seu nível de força mais alto desde julho de 2020. Os catalisadores de
alta da inflação estão claramente se materializando e parecem improváveis de
desaparecer no curto prazo.

Se a inflação provavelmente será persistente e não transitória, como o Fed espera,


então seria de se esperar que o ouro levasse as expectativas de inflação para cima,
como fez no passado. Dada a tendência do metal, parece que os investidores
https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/palavra-do-estrategista/lista/relatorios-palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/intro… 24/51
17/11/2021 14:55 Empiricus - Área do Assinante

acreditam que a inflação ainda pode piorar antes de melhorar. Isso pode forçar o
Fed a se mover muito mais rápido do que o previsto anteriormente — não
acreditamos, pelo menos por enquanto, que seja o caso, mas sempre temos que
considerar a possibilidade.

2 3
92 0
7 31
015
P F
C
O ouro é o hedge favorito dos investidores que buscam se proteger contra os efeitos
de longo prazo da inflação. É um ativo tangível com oferta limitada, o que o torna
menos vulnerável à erosão do valor do dinheiro causada pelo aumento dos preços.

Agora, se a ideia é surfar ouro, por que não pensar em fluxo de caixa associado a
ele?

Em nosso entendimento, dada a conjuntura de excesso de poupança e pacote de


infraestrutura de Biden em meio às condições monetárias mais frouxas da história
— a redução do nível de compra pelo Fed deve seguir até meados do ano que vem, o
que daria ao menos uma janela interessante de entrada —, temos um espaço
convidativo para montarmos uma posição pequena, de algo como não mais de 3%
da carteira, em mineradoras de ouro.

https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/palavra-do-estrategista/lista/relatorios-palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/intro… 25/51
17/11/2021 14:55 Empiricus - Área do Assinante

Note que temos empresas de mineração de ouro ainda fora do radar dos grandes
investidores, uma vez que as alocações implícitas em mineradoras estão se
aproximando dos números mais baixos desde 2008 — a participação de mercado de
ETFs é inferior a 0,5%, abaixo do registrado há uma década, perto de 1,5%. O mês de
setembro de 2011 foi bom para as ações de metais preciosos, à medida que as ações
globais despencavam durante o rebaixamento de crédito dos EUA e a crise da zona
do euro. Ou seja, por um tempo, o ouro foi visto como uma jogada defensiva,
servindo de hedge no curto prazo.

Além disso, os valuations entre as mineradoras de ouro podem não parecer uma
enorme pechincha à primeira vista, mas, em relação ao S&P 500 e ao seu histórico,
são atraentes. Em termos de preço sobre lucro projetado para os próximos 12 meses,
as mineradoras estão cerca de um desvio-padrão mais baratas do que as ações dos

3
EUA em comparação com a média de longo prazo agora. Vale uma exposição via ETF
de mineradoras de ouro, como o VanEck Gold Miners ETF (NYSE: GDX).

02
1
Adicionalmente, nossos nomes preferidos, como Newmont Mining Corporation

92
3
(NYSE: NEM) e Barrick Gold (NYSE: GOLD) estão atrativos frente a seu histórico de

57
múltiplos nos últimos oito anos. Na razão valor da firma sobre Ebitda (EV/Ebitda)

1
0
projetada para os próximos 12 meses, temos em NEM algo como 7,3 vezes frente a

F
uma média histórica dos últimos cinco anos da ordem de 7,7 vezes, enquanto GOLD

CP
é ainda mais barata, negociando nessa mesma relação a 6, 6 vezes versus o histórico
de 7,2 vezes — se as duas buscassem ao menos um desvio-padrão acima da média, o
que já fizeram no passado, poderiam chegar a, respectivamente, 8,7 vezes e 8,5
vezes.

Ter exposição setorial e comprar empresas rodando a valuations atrativos, no nosso


entendimento, pode ser uma boa pedida para um 2022 com mais inflação — isso sem
falar do pagamento de dividendos, dos programas de recompras e da consolidação
potencial desse mercado nos próximos anos.

Aliás, exemplo de tal processo de consolidação foi a transação entre a Kirkland Lake
e a Agnico Eagle. Em anúncio recente, a Kirkland Lake Gold (ASX: KLA) anunciou
um acordo de para se combinar com a canadense Agnico Eagle (NYSE: AEM) em
uma megafusão. Será uma das maiores mineradoras de ouro do mundo, rivalizando
com o terceiro e quarto lugar (Polyus e AngloGold Ashanti) em escala, com um

https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/palavra-do-estrategista/lista/relatorios-palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/intro… 26/51
17/11/2021 14:55 Empiricus - Área do Assinante

perfil de produção anual de 3,4 milhões de onças por ano. A empresa terá uma base
de reserva mineral que mais do que dobrou na última década para 48 milhões de
onças, incluindo a grande mina Detour Lake de Kirkland Lake, no Canadá, e sua
operação de Fosterville perto de Bendigo, em Victoria. É a última de uma série de
fusões que foram anunciadas nos últimos anos, movimento que deve continuar a
agregar valor ao setor.

Assim, fica aqui nossa sugestão para que você abra uma conta no exterior para
separar recursos a serem destinados às sugestões internacionais de VanEck Gold
Miners ETF (NYSE: GDX), Newmont Mining Corporation (NYSE: NEM) e Barrick
Gold (NYSE: GOLD). Com relação à abertura de conta na Avenue, preparamos um
conteúdo exclusivo para te auxiliar nessa empreitada. Se, porventura, o leitor se
sentir perdido no processo de abertura de conta ou não se sentir confortável por

3
qualquer motivo com a sugestão de uma única corretora de nossa parte, preparamos
outra edição bem completa sobre o tema. Ela conta com uma visão geral do assunto,

02
e você pode ter acesso a ela clicando aqui.

1 92
3
Disponibilizamos um material de apoio para abertura de conta em corretoras

57
internacionais (Interactive Brokers, Charles Schwab, TD Ameritrade ou DIF

1
0
Markets), além de um guia de como enviar os seus recursos para o exterior. Esses e

F
demais guias podem ser acessados na aba “Perguntas frequentes” na Área do
assinante.

  CP
Parte 4 — Uma cripto fora do radar: infraestrutura de IoT

O Helium é um protocolo de Web 3.0, a qual é um conjunto de ideias, projetos e


protocolos que buscam criar a nova infraestrutura da internet, a fim de
descentralizar serviços disponibilizados nesta (armazenamento de dados,
fornecimento de banda larga, computação, etc.), dando ao usuário autonomia sobre
os próprios dados, ou seja, permite modelos de negócios digitais mais baratos,
acessíveis e transparentes.

https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/palavra-do-estrategista/lista/relatorios-palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/intro… 27/51
17/11/2021 14:55 Empiricus - Área do Assinante

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15
Retorno acumulado de Helium desde julho de 2021

0
F
Dentro dessa tese mais abrangente de Web 3.0, existem diversos protocolos que

CP
atacam diversos problemas inerentes à internet. No caso da Helium, o protocolo
permite que qualquer pessoa tenha acesso à internet sem fio, através da rede de
cobertura fornecida por hotspots da Helium ao redor do mundo. Eu, você, qualquer
pessoa pode comprar um hotspot, fornecer conexão à internet sem necessidade de
planos e ainda ser recompensado com o token nativo da rede (HNT).

https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/palavra-do-estrategista/lista/relatorios-palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/intro… 28/51
17/11/2021 14:55 Empiricus - Área do Assinante

2 3
92 0
Hotspot da Helium se conecta a qualquer aparelho que requer internet para funcionar

7 31 Fonte(s): Helium

15
A “token economics” da Helium é saudável: a cada dois anos, a emissão de HNT cai

0
pela metade (halving). Dessa forma, temos um token que é não só útil, como

P F
também é deflacionário. A escassez de oferta determinada por código, somada à

C
demanda calcada em utilidade, resulta em uma valorização do token.

Estamos progressivamente avançando em direção à Internet das Coisas (IoT, na sigla


em inglês), em que utensílios do nosso dia a dia estarão conectados à web —
geladeiras, carros, coleiras de cachorro, equipamentos agrícolas, radares, sensores,
carros, e por aí vai. A rede de cobertura da Helium permite que toda essa gama de
dispositivos se conecte e forneça dados para qualquer canto da internet de forma
barata e escalável.

Já existem usos de caso promissores:

O GeoViewer, da Nobel Systems, é um app que usa a rede da Helium para identificar
em tempo real se as vagas de estacionamento em áreas metropolitanas estão
ocupadas ou vazias.

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17/11/2021 14:55 Empiricus - Área do Assinante

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015 Software da GeoViewer

P F Fonte(s): Softpedia

C
A CareBand produz dispositivos vestíveis para geolocalização, que utilizam
conectividade da rede Helium. Durante a pandemia, a CareBand oferecia uma
solução para monitoramento de contato mapeando indivíduos contagiados pelo
coronavírus.

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7 31
015
P F
C
Pulseira e software da CareBand

Fonte(s): CareBand 

As mais novas integrações com a internet 5G também estão no roadmap da Helium,


o que possibilitará uma rede com um potencial de transmissão muito maior do que
o atual. 

https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/palavra-do-estrategista/lista/relatorios-palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/intro… 31/51
17/11/2021 14:55 Empiricus - Área do Assinante

2 3
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7 31
015
P F
C
Receita do protocolo desde novembro de 2020 (em milhares de US$)

Fonte(s): The Web3 Index 

https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/palavra-do-estrategista/lista/relatorios-palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/intro… 32/51
17/11/2021 14:55 Empiricus - Área do Assinante

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Em verde, hotspots da Helium ao redor do mundo

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Progressivamente, aparelhos eletrônicos se conectarão à internet, a fim de

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possibilitar maior conforto, informação e eficiência no nosso cotidiano. Tecnologias

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vestíveis, orientadas para fins de saúde e fitness — como relógios de exercício —,
geladeiras conectadas, smart homes, gestão energética, carros autônomos, entre
muitas outras aplicações, dependerão de uma rede com a qual possam se conectar e
trocar dados.

A Helium apresenta a melhor solução para essa demanda de mercado,


proporcionando uma rede transparente e imutável, através da tecnologia de
blockchain, ao mesmo tempo que tem um design de incentivos econômicos baseado
em uma token economics que faz total sentido. Além disso, os adventos da
tecnologia 5G também abriram novas possibilidades para o potencial deste
protocolo, nos fazendo acreditar que é, de fato, um ativo extraordinário para o longo
prazo – máxima de 1% da carteira.

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Mas como comprar Helium (HNT)?

A maneira mais fácil de comprar este ativo é utilizando os serviços de uma corretora
centralizada, como a Binance. Basta acessar o site (ou baixar o app na App
Store/Play Store), criar uma conta e realizar um rápido processo de verificação de
conta, conforme indicado pelo site. 

Para adicionar fundos à sua nova conta da Binance, você precisará acessar a aba
“carteira spot”, clicar em “depósito fiat”, indicar a quantidade de reais que deseja
depositar na sua conta e, em seguida, realizar um Pix com as informações de
transferência fornecidas pelo app. Dentro de minutos, o seu novo saldo na Binance
já deve estar atualizado.

 Segue uma breve demonstração: 

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Em seguida, para executar a compra de HNT, você precisará converter o saldo de


reais para dólares, pois HNT não possui um par de negociação direto com o real
brasileiro. Para isso, utilizamos stablecoins de dólar — moedas atreladas ao valor do
dólar americano. Basta acessar a aba “trade” e selecionar o par “USDT/BRL” para
comprar Tether, uma stablecoin de dólar. Coloque uma ordem ao preço de mercado
no valor de 100% do saldo em reais e clique em “comprar USDT”. 

  Pronto, agora, com um saldo em USDT, selecione na mesma aba “trade” o par
HNT/USDT e execute o mesmo processo para comprar Helium. 

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Parte 5 — Resultado da COP26: mercado de crédito de carbono deverá voar

Após duas semanas de negociações, mais de 190 nações chegaram a um acordo para
intensificar os esforços de combate ao aquecimento global — apesar de considerado
modesto por muitos progressistas, que criticam a falta de mecanismos de
fiscalização, é inegável que o mundo vem avançando de maneira considerável nos
últimos anos em relação ao debate sustentável e esta década deverá ser pautada,
entre outras coisas, pela economia verde.

https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/palavra-do-estrategista/lista/relatorios-palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/intro… 43/51
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O acordo da 26ª cúpula anual do clima da ONU (COP26) do último sábado (13), em
Glasgow, na Escócia, sinaliza uma nova determinação entre os governos mundiais
de abandonar os combustíveis fósseis. Infelizmente, na reta final, uma alteração por
insistência da China e da Índia, que dizem precisar de mais tempo para desenvolver
a indústria, enfraqueceu a promessa de “eliminar gradualmente” a energia do
carvão para “reduzir gradualmente” o consumo de carvão. Ainda, as iniciativas
dependem que os governos mundiais cumpram voluntariamente as regras para
reduzir suas emissões até o final de 2022, em vez de exigi-lo.

De todo modo, ainda que a questão semântica possa ter deixado muitos ativistas
enfurecidos, o direcionamento dos países parece bastante firme. Além disso, a
linguagem acordada marcou a primeira vez que “carvão” e “combustíveis fósseis”
foram oficialmente mencionados e responsabilizados em um documento das

3
Nações Unidas em prol do combate à mudança climática.

02
2
Entre outros avanços, podemos mencionar, em primeiro lugar, os compromissos de

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corte de emissões para se manter dentro do limite de aquecimento global de 1,5

3
grau Celsius. Em segundo lugar, alcançar a meta de US$ 100 bilhões por ano de

57
financiamento climático para países em desenvolvimento e vulneráveis. E, em

1
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terceiro lugar, chegar a um acordo sobre a questão do “livro de regras” para o

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cumprimento do Acordo de Paris.

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A China e os EUA, os dois maiores emissores de carbono do mundo, também
divulgaram uma declaração conjunta prometendo cooperar no combate às
mudanças climáticas. Adicionalmente, mais de cem países concordaram em reduzir
os níveis de metano, e o acordo inclui uma referência ao metano pela primeira vez
— mas não há nada vinculativo.

No final, esses países prometeram reduzir os níveis de emissão de metano em 30%


até 2030 e um conjunto de países que representam 85% das florestas do mundo
concordaram em terminar e reverter o desmatamento até 2030, apoiados por US$
19,2 bilhões em financiamento público e privado. Países como Índia e China
também se comprometeram, bem como muitas empresas dos mais diversos setores,
em especial do automobilístico e bancário, direcionarão esforços na próxima
década — foram 1.046 reunidas no pacto, sendo 30 do Brasil.

https://publicacoes.empiricus.com.br/minhas-assinaturas/palavra-do-estrategista/lista/relatorios-palavra-do-estrategista-por-felipe-miranda/intro… 44/51
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As nações participantes devem retornar à cúpula no próximo ano para relatar seu
progresso para alcançar suas metas para 2022.

Tudo considerado, chegamos ao grande destaque no nosso entendimento: os


avanços para padronizar um mercado internacional de comércio de carbono. A
ampla estrutura acordada entre líderes empresariais deverá incentivar o comércio
internacional de créditos de carbono entre as empresas, inclusive no Brasil, que teve
seu mercado de carbono criado.

Conhecido como Artigo 6 (“article 6.4 emission reductions”, em inglês, que dá nome
aos novos créditos chamados por enquanto de A6.4ERs), essa regulação sobre o
mercado global de carbono foi introduzida no Acordo de Paris, em 2015, mas só
ganhou contornos mais concretos agora. No último sábado, as autoridades em
Glasgow finalizaram as regras para todo o mercado, com a esperança de que isso
leve a uma explosão de comércio de carbono e investimentos em energia renovável.

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Apesar da regulamentação mínima e da falta de clareza sobre os preços, os

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mercados informais de carbono já estão prosperando. Especialistas estimam que
mais de US$ 1 bilhão em unidades de carbono já poderão ser comercializados com

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mais segurança jurídica até o final deste ano, apesar de muito trabalho ainda

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precisar ser feito para colocar de pé o mercado global de carbono.

 
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E como isso vai funcionar? C
 

Para os que já acompanham a série Palavra do Estrategista há algum tempo, créditos


de carbono não são algo novo. Tivemos a oportunidade de falar especificamente
sobre o tema em dois outros momentos. No primeiro deles, ainda em agosto de
2020, cobrimos toda a estrutura do mercado e seu potencial para o Brasil, e no
segundo, mais recentemente, atualizamos o case, falando da COP26 e da proposta
no Congresso que visava regulamentar o mercado em nosso país.

Resumidamente, um mercado de carbono permite que países e empresas privadas


comprem e vendam créditos de emissões, compensando sua pegada de emissão de
gases com esforços de remoção de carbono. Neste caso, se você é um país ou

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empresa que já está limitando as emissões abaixo de suas metas, você poderia
vender créditos para outro agente que está atrasado em alcançar seus objetivos
climáticos.

Para isso, um crédito de carbono deverá representar uma licença na qual será
indicado que 1 tonelada de dióxido de carbono ou equivalente foi removida da
atmosfera. Esses créditos são criados por meio de diferentes projetos que capturam,
reduzem ou eliminam a liberação de CO2 e outros gases de efeito estufa.

Por meio dessa dinâmica, entende-se que um mercado de carbono padronizado


permitirá a alocação eficiente de capital para propostas que melhor limitam as
emissões, destravando potencialmente trilhões de dólares em investimentos para
projetos de energia renovável e esforços de proteção ambiental, vitais para as metas
de descarbonização da próxima década.

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Para nós, brasileiros, a regulamentação dá segurança jurídica para que as empresas
negociem seus créditos de carbono, comprando créditos brasileiros (principalmente

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os de preservação, como os nossos amigos da MOSS Earth) — há efeitos retroativos
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de captura de carbono a partir de 2013; isto é, quem possui créditos pós 2013 poderá

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acessar o novo mercado para ajudar o cumprimento das metas. Com tais recursos,

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nosso país poderá investir ainda mais em práticas de preservação e projetos de

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captura — vale relembrar o potencial que as florestas brasileiras concedem para nós.

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Recentemente, a gestora global Schroders escreveu recentemente que o Brasil é a


Arábia Saudita do crédito de carbono. O potencial do Brasil para geração e
certificação de créditos de carbono, segundo esse estudo, é enorme: hoje, o Brasil
certifica cerca de 5 milhões de toneladas de CO2 ao ano, mas como detemos 40% das
florestas tropicais do mundo (em segundo lugar vem o Congo, com 13%), temos o
potencial de gerar mais de 1,5 bilhão de toneladas por ano.

Com a padronização de um mercado global de carbono, inclusive para o Brasil, e a


promessa de muitas grandes empresas financeiras de concentrar seus investimentos
em reduções de emissões, a COP26 será considerada um marco para o
financiamento do clima, visando limitar o aquecimento à meta de 1,5 grau Celsius
(2,7° F) acima dos níveis pré-industriais.

Se houve um vencedor nesta COP26, que frustrou um pouco em relação à verba


contra a crise climática, foi o mercado de carbono, cujo investimento já vínhamos

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defendendo há mais de um ano. Ainda verificamos atratividade nesse investimento,

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1
seja por compra direta de créditos de carbono, como nos tokens da MOSS Earth

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(MCO2), seja via investimento por ETF, como é o caso do KraneShares Global

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Carbon ETF (NYSE: KRBN), que pode ser comprado no exterior, ou ainda via fundos

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de investimento no Brasil, como o Vitreo Carbono.

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Oportunidades de Uma Vida

 
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Nossa sugestão é que você estruture a carteira inteira. Caso você não consiga
montar todo o portfólio, seguindo corretamente as indicações de pesos, uma boa
alternativa é investir pelo nosso fundo na Vitreo. Inserimos um acesso logo após as
tabelas para controle usuais das Oportunidades de Uma Vida, sempre devidamente
publicadas na área do assinante conforme exposto abaixo.

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Cotações indicadas na coluna "Último" foram registradas no dia 16/11/2021 às 23h30.

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Considerando o fechamento do dia 29/10/2021.

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Considerando o fechamento do dia 16/11/2021.

Para conferir o track record da carteira, clique aqui.

Com a ajuda da Vitreo, nossa parceira, criamos um fundo para reproduzir a carteira

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teórica, disponibilizada na série Palavra do Estrategista. O fundo seguirá as minhas

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1
indicações, com a devida diligência e validação da equipe da gestora. Caso você não

7 3
consiga seguir a carteira como um todo, o fundo pode ser uma oportunidade

5
1
interessante. Clique aqui para mais informações.

F 0
CP
QUERO CONHECER O FUNDO DAS OPORTUNIDADES DE UMA
VIDA
 

Felipe Miranda
Autor, Estrategista-Chefe

Cristiane Fensterseifer
Analista, CNPI

Matheus Spiess
Analista, CNPI

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Rafael Brandimarti
Editor

Sandra Guerreiro
Editora

Associada à: ANATEC e Câmara Brasileira do Livro

Disclosure

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A Empiricus é uma plataforma digital que produz e entrega publicações periódicas, regularmente constituída e credenciada perante CVM e APIMEC.

9
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Todos os nossos profissionais cumprem as regras, diretrizes e procedimentos internos estabelecidos pela Comissão de Valores Mobiliários em sua

3
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57
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Nossas funções são desempenhadas com absoluta independência, não sendo dotadas de quaisquer conflitos de interesse, e sempre comprometidas na

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busca por informações idôneas e fidedignas visando fomentar o debate e a educação financeira de nossos destinatários.

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