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Manual 4442
Manual 4442
I.FP.016.02 – 12/2015 1 / 39
Formador: Rita Metelo
[dezembro, janeiro, abril] de [2021]
Índice
Índice ............................................................................................................................................. 2
Ficha Técnica................................................................................................................................ 3
Conteúdos: ................................................................................................................................... 4
Desenvolvimento: ......................................................................................................................... 5
Glossário: ....................................................................................................................................... 5
Escolha de espécies:.................................................................................................................. 13
Outras operações................................................................................................................... 28
Operações manuais............................................................................................................... 30
Nutrição e o solo:.................................................................................................................... 35
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Ficha Técnica
http://www2.icnf.pt/portal/florestas/gf/documentos-
tecnicos/resource/doc/Especies-florestais-zona-atlantica_EI-
322_Correia-Oliveira_DGF_2003b.pdf
http://www.scielo.mec.pt/pdf/slu/v16nEspecial/v16a08.pdf
file:///C:/Users/Rita/Downloads/formacaodepovoamentoflorestais
.pdf
http://drrf.azores.gov.pt/areas/silvicultura/Paginas/Controlo_da_V
Fontes egetacao_Espontanea.aspx
https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/284/o/Apostila-Praticas-
Silviculturais-UFMT.pdf
https://www.icnf.pt/api/file/doc/e550b62b6b44f397
https://acientistaagricola.pt/preparacao-do-solo/
https://www.jardineiro.net/como-proteger-suas-plantas-das-
geadas.html
https://www.icnf.pt/api/file/doc/e550b62b6b44f397
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962400058
Contactos
ritabelometelo@gmail.com
Conteúdos:
• Escolha de espécies
Regeneração natural
Regeneração artificial
Operações preparatórias
• Repovoamento florestal
Sementeiras florestais
Plantações florestais
Aprovisionamento em água
Arejamento do solo
Nutrição mineral
Resistência às geadas
- Objetivos
- Técnicas de controlo
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Desenvolvimento:
Glossário:
Abate: parte da operação onde a árvore é fixa, cortada próximo ao solo e tombada
pela cabeça processadora.
Altura dominante: Considera-se a altura dominante a altura média das cem árvores com
maior DAP, designadas por árvores dominantes, por ha (unidades: m).
Área de proteção: área mantida no estado natural ou sujeita a gestão específica com o
objetivo de conservar ou fomentar valores paisagísticos e/ou ecológicos; normalmente é
especificada num mapa.
Área de solos sensíveis: área que devido à natureza do solo e subsolo, declive e
dimensão da encosta e a outros fatores, tais como o coberto vegetal e práticas culturais,
está sujeita à perda de solo, deslizamentos ou quebra de blocos, compactação ou
degradação físico-química do solo.
Áreas Florestais Sensíveis: Áreas que, do ponto de vista da incidência da flora invasora e
de pragas e doenças, da sensibilidade à erosão e da importância ecológica, social e
cultural, impõem normas e medidas especiais de planeamento e intervenção, podendo
assumir designações diversas consoante a natureza da situação a que se referem.
Árvore: Planta perene lenhosa com um tronco principal, ou em caso de talhadias com
diversas varas, com uma copa sensivelmente definida.
Inclui palmeiras, bambus e outras plantas lenhosas que cumpram a definição (6.º
Inventário Florestal Nacional).
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determinado nível de observação.
DAP (Diâmetro à altura do peito): – Diâmetro do tronco de uma árvore medido sobre
casca a 1,30 m do solo (unidades: cm).
Desrama: parte da operação onde a árvore abatida passa pela cabeça processadora
para serem retirados os ramos e a folhagem.
Espaços Agroflorestais: Terrenos ocupados por uma matriz de uso do solo que se
caracteriza pela interpenetrabilidade, física e funcional, entre espaços florestais e
agrícolas.
Grau de coberto: Razão entre a área da projeção horizontal das copas das árvores
(média de duas medidas perpendiculares) e a respetiva área de terreno, expresso em
percentagem.
Incultos: Terrenos ocupados por matos e pastagens naturais, que ocupam uma área
superior ou igual a 0,5 ha e largura não inferior a 20 metros.
Linha de água: qualquer rio, ribeiro ou leito definido no qual corre água, de forma
contínua ou intermitente. Podem ser a) permanentes, no caso de terem água todo o
ano; b) temporárias, no caso de terem água apenas parte do ano; ou c) efémeras, no
caso de terem água apenas quando chove.
Locais de valor cultural: Benefícios que as pessoas obtêm, direta ou indiretamente, dos
ecossistemas, nomeadamente ao nível espiritual, recreativo, estético ou educativo, entre
outros. São exemplos de locais de valor cultural, zonas arqueológicas, árvores singulares,
áreas com significado histórico ou onde cerimónias tradicionais são realizadas, paisagens
de especial beleza, etc.
Povoamento Florestal: Porção bem demarcada duma mata que possui uma estrutura
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uniforme e é suficientemente limitada em extensão de modo a poder ser submetida a
tratamento independente (Alves, 1988).
Smith et al. (1997) in Alves, Pereira e Correia (2012), define povoamento como “um grupo
contínuo de árvores suficientemente uniforme em composição de espécies, arranjo de
classes de idade, qualidade do sítio e condições para ser uma unidade distinta”. Assim, é
uma área ocupada com árvores florestais com uma percentagem de coberto no mínimo
de 10%.
Povoamento florestal puro: Povoamento constituído por uma ou mais espécies de árvores
florestais, em que uma delas ocupa mais de 75% do coberto total (norma do Inventário
Florestal Regional e Nacional).
Pré-abate: corte das árvores feita com motosserra para possibilitar a desrama, descasque
(eventual), toragem e empilhamento a ser feito com máquina multifunções florestal
(harvester).
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diretamente na unidade de transporte, neste caso chamado carregamento (colocação
no camião).
Regime cultural: Refere-se á forma como se obtém a regeneração das árvores ou dos
povoamentos.
Secção: Parte da unidade de gestão que tem a mesma função dominante e que está
sujeita a um determinado tipo de tratamento. Pode não coincidir exatamente com o
limite dos talhões, mas vir a ser constituída por conjuntos de parcelas,
independentemente da sua distribuição no espaço e nos talhões.
Servidão administrativa: Ónus ou encargo imposto por uma disposição legal sobre uma
propriedade e limitadora do exercício do direito da propriedade, por razões de utilidade
pública. Resulta imediatamente da Lei e do facto de existir um objeto que a Lei
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considere como dominante sobre os prédios vizinhos.
Talhão: Divisão elementar da mata para a sua administração. É uma unidade territorial
de planeamento e de seguimento da gestão, sendo utilizada como quadro de
referência geográfica. Os talhões são identificados através de numeração árabe.
Unidade de exploração: composta por uma ou mais (geralmente apenas uma) unidades
de gestão contíguas e agrupadas para efeitos de exploração florestal.
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Povoamento florestal:
Escolha de espécies:
A floresta fornece inúmeros bens e serviços, desde os bens diretos, como por exemplo
madeira ou os frutos florestais, passando pelo bens indiretos (a caça, os cogumelos, ….)
ate aos serviços:
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Esta escolha deve incidir fundamentalmente sobre os seguintes aspetos:
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sucesso da plantação. As plantas a utilizar não devem apresentar sinais de doença ou
descoloração, devem possuir um sistema radical proporcional a parte aérea, com uma
raiz principal robusta, não bifurcada ou enrolada, e raízes secundárias abundantes. A parte
aérea não deve apresentar feridas não cicatrizadas, deve ser constituída por um caule
único e direito e respeitar os diâmetros mínimos do colo e de altura da planta, quando tal
for exigido por lei.
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Regeneração dos povoamentos florestais
Regeneração natural
A regeneração natural, pelos seus baixos custos e adaptabilidade das jovens plantas, é
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indicada para povoamentos existentes, especialmente os irregulares, ou os regulares
desde que haja fornecimento de semente
(para mais detalhes ver HARMER, 1995, 1994a, b; PIUSSI, 1994; DAVIS e JOHNSON, 1987;
AYANZ, 1986; LANIER et al., 1986). A sua utilização nos povoamentos mistos deve ter em
atenção o grau e forma de mistura.
A natureza tem um grande poder de se regenerar. Mesmo áreas que sofreram profundas
alterações ou desmatamento podem conseguir, dependendo das condições, tornarem-
se florestas novamente, só com a ajuda do tempo e de processos ecológicos naturais, sem
a necessidade de intervenção humana – especialmente se essa área estiver perto de
outros fragmentos florestais.
Uma área pode ser restaurada se aproveitando da regeneração natural de duas formas:
• quando é necessária uma cobertura rápida do solo para evitar erosão e quando,
apesar de ocorrer regeneração natural, esta não ocorre no momento desejado.
❖ os povoamentos implantados por este método são mais uniformes e regulares, pois
a divisão em talhões, o planejamento de aceiros, estradas e acessos permite um
fluxo mais fácil de máquinas e implementos, do controle e das execução das
práticas para condução desses povoamentos;
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ocorrem na área ou no povoamento colhido, se isto for desejável.
A remoção da vegetação pode ser feita através de tratamento mecanizado, pelo uso da
queima controlada, por tratamento químico, por tratamento manual ou através de
tratamento combinado.
❖ Quanto à queima controlada, apesar de ser uma prática usual e barata, existem
muitas restrições quanto ao seu uso, principalmente pelo perigo potencial se houver
qualquer descontrole, pela queima de material orgânico com aumento da taxa de
dióxido de carbono na atmosfera. Esta técnica é mais indicada para remover
vegetação secundária de menor porte, culturas e restos agropecuários
abandonados, devendo ser utilizada em áreas sem perigo de erosão, sem
regeneração natural, além de seguir as recomendações técnicas do órgão de
fiscalização ambiental e sua respetiva autorização.
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❖ O tratamento químico, semelhante à queima controlada, também apresenta
inúmeras restrições, sendo o custo uma das principais, além de ser indicado mais
para cultura ou pastagem abandonadas. Esta técnica consiste em utilizar
herbicidas para matar a vegetação.
• Nas áreas envolventes das linhas de água o risco de erosão é frequentemente muito
elevado, uma vez que se trata de áreas de concentração do escoamento de águas
pluviais. Nestas faixas (a que por norma é atribuída uma largura mínima de 10 metros para
cada lado, decorrendo tal facto das definições e condição jurídica de margem expressas
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legalmente (Decreto-Lei n.º 468/71, de 5 de Novembro)) deve ser feita uma rigorosa
prevenção dos fenómenos erosivos, pelo que é fundamental a adoção de medidas que
visem a sua proteção, de entre as quais se destacam, pela sua particular conveniência, a
manutenção da totalidade ou de uma parte significativa da vegetação espontânea e a
não realização de quaisquer mobilizações do solo, com exceção das localizadas;
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Quanto à forma de execução:
❖ Operações manuais;
❖ Operações motomanuais;
❖ Operações mecanizadas.
❖ Operações mecânicas;
❖ Operações químicas.
Nas operações manuais são usados utensílios manuais de corte (podoas, roçadouras e
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machados para vegetação lenhificada, e foices e gadanhas para vegetação herbácea)
ou de corte e arranque (enxadas).
Nas operações motomanuais são usadas motorroçadouras (variando o tipo com o grau
de lenhificação da vegetação) e mesmo motosserras (para vegetação lenhificada muito
desenvolvida).
Operações mecanizadas
As operações mecanizadas podem ser de dois tipos:
O primeiro grupo é constituído pelas operações que recorrem à utilização de diversos tipos
de corta-matos, enquanto no segundo grupo, ainda que abrangendo operações
relativamente diversas, se destacam, pela maior frequência com que são usadas, a
gradagem e a lavoura.
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Uso de corta-matos
A destruição exclusivamente da parte aérea
da vegetação é feita utilizando corta-matos,
e é uma operação com um efeito tanto mais
duradouro quanto menor for a capacidade
de regeneração da vegetação através da
emissão de rebentos de toiça ou de raiz.
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❖ Quando a formação de uma cobertura morta seja considerada favorável
(nomeadamente em termos de redução da evaporação da água do solo e de
retardamento ou inibição da regeneração e desenvolvimento de vegetação
espontânea);
Gradagem e lavoura
A destruição das componentes aéreas e radicais das plantas com simultânea mobilização
do solo pode ser feita recorrendo a diversas operações. As mais comuns são:
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Ainda que a gradagem seja realizada mais frequentemente como operação prévia de
limpeza – antecedendo, portanto, outras operações exclusivamente ou dominantemente
de mobilização do solo –, a sua execução pode proporcionar, em certas situações, uma
mobilização do solo suficiente, ao mesmo tempo que faz o controlo da vegetação
espontânea.
É o que acontece, por exemplo, quando o perfil do solo não apresente níveis compactos
ou endurecidos e quando a ausência de aridez ou os nulos ou baixos riscos de erosão não
tornem necessária a construção de vala e cômoro em todas as linhas de plantação ou
sementeira (sem prejuízo de aquela poder ser construída com o espaçamento
considerado suficiente para a prevenção da erosão).
A lavoura (incluindo a sua variante conhecida como vala e cômoro), por outro lado,
apesar de ser mais frequentemente utilizada como operação de mobilização do solo,
pode, se o tipo de vegetação o permitir – o que acontece sobretudo com vegetação
herbácea ou arbustiva pouco densa e pouco desenvolvida, como já foi referido –,
funcionar como operação única de controlo da vegetação e de mobilização do solo.
Além disso, não deve ser esquecido que ocorrem situações – como, por exemplo, pousios
recentes – em que o fraco porte e a pouca abundância de vegetação espontânea
tornam desnecessária qualquer operação destinada ao seu controlo, podendo realizar-se
de imediato as operações de mobilização do solo consideradas necessárias,
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independentemente de estas afetarem muito ou pouco a vegetação.
Outras operações
Existem ainda outras operações que, para além de mobilizarem o solo, podem ser
utilizadas simultaneamente como operações de controlo da vegetação espontânea:
Operações preparatorias
Após o terreno estar desimpedido serão efetuadas as operações de preparo físico de solo,
que consistem em aração, gradagem, nivelamento e terraceamento, bem como o
preparo químico, que trata da correção do solo.
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Arar - consiste em lavrar o solo e melhorar suas características físicas. Após a aração o solo
fica lavrado e com bastante torrões, sendo em seguida executada a operação de
gradagem para aplainar e destorroar o solo, pela passagem de grade também
tracionada por trator pneumático.
Esta operação pode ser melhorada com a operação de nivelamento, pela passagem de
grade niveladora, principalmente quando as operações seguintes forem também
mecanizadas.
A mobilização do solo tem por objetivos fornecer às jovens plantas as melhores condições
possíveis de desenvolvimento:
Mobilização do solo
Com as intervenções sobre o solo pretende-se – além do controlo da vegetação
espontânea, quando as operações sirvam também este objetivo – melhorar algumas das
suas características físicas, nomeadamente a porosidade e as capacidades de retenção
e infiltração hídricas, e facilitar ou melhorar o desenvolvimento do sistema radical das
plantas a instalar.
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Quanto à forma de execução:
❖ Operações manuais;
❖ Operações mecanizadas.
❖ Operações que provocam a inversão dos horizontes do solo (ou uma alteração
significativa da disposição dos mesmos horizontes).
Operações manuais
À semelhança das operações manuais de controlo da vegetação espontânea, são
sobretudo usadas em situações onde a utilização de meios mecanizados se revela
problemática, devido quer ao declive elevado (superior a 30-35%), quer à existência de
afloramentos rochosos abundantes, quer ainda à reduzida dimensão da área a preparar.
Operações preparatorias
Ao término do preparo físico do solo, pode ser necessário alguma alteração química,
como a correção do solo, pela aplicação de calcário para aumentar o pH e melhorar as
condições nutricionais do solo.
Esta operação depende da análise prévia do solo para quantificar o produto e o tipo de
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calcário.
https://www.yumpu.com/pt/document/read/12850564/operacao-de-preparacao-do-
terreno
Sementeiras florestais
É uma das formas de utilizar a regeneração artificial e consiste na deposição das sementes
diretamente na área onde será estabelecido o povoamento florestal. Indicada para
espécies com sementes grandes, com intensa produção e fáceis de coletar, ou que
desenvolvem mal em viveiro.
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Condições de aplicação
❖ Edafo-climáticas
❖ Do material vegetal
– Utilizar com espécies que produzam pouca semente ou em que a semente tenha baixa
capacidade germinativa;
– O material de reprodução utilizado ser melhorado, o que, face ao seu custo elevado,
torna necessária uma gestão rigorosa desse material.
Tipo de plantas:
❖ Planta de raiz nua - Neste tipo de plantas, o sistema radicular, à saída do viveiro,
não apresenta terra a envolvê-lo, pelo que se encontra a descoberto. O utilizador
das plantas deve certificar-se, ainda no viveiro, de que os respetivos sistemas
radiculares não foram danificados durante o arranque. Os custos de produção, de
transporte e de plantação são inferiores aos das plantas de torrão. Utilizam-se,
normalmente, em situações favoráveis de temperatura e humidade, variáveis
consoante a espécie. Por serem mais sensíveis às crises de transplantação, os
períodos de plantação são mais curtos do que os das plantas de torrão.
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sistema radicular sempre envolto num substrato. O conjunto constituído pelas raízes
e pelo substrato forma o torrão. Os períodos de plantação são mais longos que os
das plantas de raiz nua, já que o substrato, protegendo as raízes, possibilita a
conservação da humidade à sua volta e torna-as menos suscetíveis às crises de
transplantação.
Plantações florestais
Aprovisionamento em água
Os pontos de água são zonas alagadas artificialmente, com água proveniente de
qualquer forma de precipitação atmosférica ou de cursos de água, e podem ser formados
por pequenas barragens de terra batida, tanques de alvenaria ou betão, reservatórios
metálicos e charcas escavadas com ou sem revestimento. Estas estruturas são construídas
ou colocadas no interior dos povoamentos florestais para melhorar as condições de
combate aos incêndios florestais e, em simultâneo, contribuir para aumentar a
biodiversidade nos locais onde são colocados.
Arejamento do solo
1º Evitar as estagnações de água
Se o seu terreno apresenta zonas com má drenagem: modifique o seu perfil, coloque um
dreno e plante nessas zonas apenas as espécies que aí se adaptem (são pouco numerosas,
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não oferecendo, portanto, uma escolha muito vasta).
Se o seu solo for de tipo arenoso ou saibroso, seja de areia branca ou de argila, tem uma
estrutura fraca, podendo tornar-se asfixiante para as raízes ou não permitir a retenção da
humidade suficiente para o seu desenvolvimento. O composto orgânico é constituído,
essencialmente, por turfa, possuindo fibras mais ou menos longas que permitem melhorar
a estrutura do solo. Ao misturar um composto orgânico na terra, torná-la-á mais arejada, o
que irá favorecer o enraizamento das suas árvores ou arbustos e, consequentemente, o
seu crescimento.
3º Colocar a planta
Para melhorar o arejamento do solo a terra deve ser revolvida, podendo ser utilizados
diferentes utensílios - pá, broca ou até charrua. A quantidade de terra a remover também
tem importância: tente trabalhar a terra até 30 ou 40 cm de profundidade e em largura.
Nutrição mineral
A nutrição mineral é o estudo das formas como as plantas utilizam e obtêm os nutrientes
minerais obtidos através do solo.
As quantidades demandadas de cada nutriente são variáveis, mas todos eles são
igualmente importantes. Entretanto, para fins didáticos, os elementos essenciais podem ser
assim classificados:
Macronutrientes
Micronutrientes
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Nutrição e o solo:
O conceito de solo como meio para o crescimento vegetal é uma noção antiga desde os
primórdios da agricultura. De facto, as características físicas e químicas dos solos
condicionam o crescimento vegetal, ao fazer variar a capacidade de retenção de água,
a solubilidade dos elementos minerais, as transformações minerais e bioquímicas, a
lixiviação dos nutrientes e o pH. O solo é importante para o crescimento vegetal pois supre
as plantas com fatores de crescimento, permite o desenvolvimento e distribuição das suas
raízes e possibilita o movimento dos nutrientes, de água e ar nas superfícies radiculares. O
conjunto de propriedades do solo que propiciam o desenvolvimento vegetal é chamado
fertilidade do solo.
Resistência às geadas
As geadas podem ser bastante destrutivas. Elas são eventos climáticos que costumam
ocorrer quando temos a junção de três fatores, tais como noites extremamente frias, com
temperaturas ao nível do solo inferiores a 0°C, somadas a céu limpo e alta Umidade do ar
(100%).
Nestas condições a geada se forma (e não cai, como você poderia pensar), através da
sublimação do vapor d’água (a água passa do estado gasoso diretamente para o estado
sólido). A geada é branca, pois nada mais é do que um depósito de cristais de gelo sobre
as plantas.
De forma geral, devemos proteger as plantas sensíveis ao frio, tais como a grande maioria
das plantas tropicais, suculentas, folhagens, floríferas, hortaliças de folhas delicadas, assim
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como árvores frutíferas tropicais como manga e banana. As sementeiras, assim como as
bandejas com estacas e outras mudas jovens também devem ser protegidas das geadas.
Plantas que foram podadas recentemente e estão com brotação nova, mesmo que de
espécies resistentes à geadas, podem estar sensíveis nesta fase do crescimento destrutiva.
Tipos de geada
Geada branca – Termo que se refere aos cristais de gelo que se formam na planta devido
à congelação do orvalho ou à sublimação do vapor de água.
Geada negra – Termo que resulta do aspeto necrótico das plantas afetadas, que parecem
ter sido “queimadas.” A necrose pode ocorrer quando o ponto de orvalho é mais baixo
do que a temperatura negativa atingida pelas plantas ou após a ocorrência de uma
geada branca que causou danos.
Em todo o território Nacional, incluindo a Região Autónoma dos Açores, ao longo dos anos,
temos vindo a verificar um aumento de espécies exóticas, muitas delas
invasoras/infestantes. Estas espécies, quando instaladas, causam muitos impactos
negativos de natureza económica, ambiental, social e cultural.
Devido ao aumento das espécies invasoras em todo o mundo, bem como aos impactos
negativos causados por estas, os países começaram a dar mais importância a este
problema.
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