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ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS – UEA

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA - EST

BREVE ANÁLISE DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA DA ESCOLA NORMAL


SUPERIOR

Disciplina: Distribuição de Energia Elétrica


Professores: Israel Gondres Torné

Realizado por:

Italo Tony da Costa Alves

Código: 1515090575

Manaus, 01 de dezembro de 2021


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Sumário
Introdução ....................................................................................................................................1
1. Conceitos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica ...............................2
2. Características e limites de fornecimento ............................................................................3
3. Dimensionamento das unidades consumidoras ..................................................................4
4. Fornecimento de energia para a Escola Normal Superior ..................................................5
5. Subestação da Escola Normal Superior ..............................................................................7
6. Fator de demanda ..............................................................................................................10
7. Fator de carga ....................................................................................................................10
8. Fator de potência................................................................................................................11
9. Informações de carga da Escola Normal Superior ............................................................12
Referência bibliográfica .............................................................................................................13

Distribuição de Energia Elétrica


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Introdução

A Escola Normal Superior é um dos campus da Universidade do Estado do


Amazonas, responsável pela formação de diversos alunos em áreas da ciência. A
unidade está localizada na avenida Djalma Batista, número 2470, bairro Chapada,
cidade Manaus, estado Amazonas e cep 69050-010.
A visita até o local teve o intuito de levantar e registrar informações e imagens
sobre o sistema de potência na unidade. Foi possível averiguar os locais destinados a
subestação, gerador de energia, bem como os quadros de cargas gerais da unidade.
Dada a natureza da instituição, nem todos os dados foram levantados, pois
como se trata de uma instituição públicas, parte das informações encontram-se em
posse da reitoria da Universidade do Estado do Amazonas.
O objetivo deste relatório é apresentar os tipos de sistemas, distribuição elétrica,
bem como a subestação que fornece energia para a unidade.

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1. Conceitos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica

A geração de energia elétrica é realizada pela transformação de qualquer fonte


de energia em energia elétrica, podendo esse processo ocorrer em mais de uma etapa.
Os sistemas de transmissão, de maneira geral, constituem-se de linhas de
transmissão (LTs), sistemas de proteção (relés, disjuntores, etc.) e subestações, de
modo que as LTs são constituídas de cabos condutores, de isoladores e ferragens, de
torres e de cabos para-raios (também conhecidos como “cabos de guarda”).
Os sistemas de distribuição de energia elétrica são comumente inseridos como
parte dos sistemas elétricos de potência, cuja definição engloba desde a subestação
abaixadora de distribuição até os pontos em que estão conectados os consumidores
finais.

Figura 1 - Ilustração do sistema elétrico de potência.

As unidades consumidoras sejam residenciais, comerciais ou industriais, devem


ser atendidas através de uma única entrada de serviço, com apenas uma única
medição de energia.

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As edificações constituídas predominantemente por estabelecimentos


comerciais ou de prestação de serviços somente podem ser consideradas uma única
unidade consumidora, caso atendam ao disposto no artigo 18 da Resolução 414/2010,
da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, ou outra resolução em vigor. Caso
isto ocorra, o atendimento deve ser como previsto na norma NDEE-03 de
Fornecimento de Energia Elétrica em Média Tensão (Amazonas Energia). Caso
contrário, o atendimento deve ser como previsto na Norma NDEE-03 de Fornecimento
de Energia Elétrica em Baixa tensão (edificações de uso coletivo).
O dimensionamento, a especificação e construção da subestação e das
instalações internas da unidade consumidora devem atender às prescrições da NBR-
14039 e da NBR-5410, em sua última revisão/edição.
A norma NDEE -03 aplica-se ao fornecimento de energia elétrica em média
tensão com tensões nominais de 13,8kV e 34,5kV, sistema trifásico, até o limite de
2500 kW de demanda contratada ou estimada. A critério da Amazonas Energia, as
unidades consumidoras com a potência demandada superior a 2.500 kW poderão ser
atendidas em média tensão conforme previsto na Resolução da ANEEL 414/2010, ou
outra resolução em vigor.

2. Características e limites de fornecimento

No amazonas, segundo a norma NDEE-03, o fornecimento de energia é


efetuado em média tensão com os seguintes parâmetros:
a) Tensão fase-fase 13,8 kV, sistema trifásico, frequência 60 Hz;
b) Tensão fase-fase 34,5 kV, sistema trifásico, frequência 60 Hz.
A Amazonas Energia efetuará o fornecimento de energia elétrica em média
tensão nos seguintes casos:
a) Carga instalada superior a 75kW e a demanda a ser contratada pelo
interessado, para o fornecimento, for igual ou inferior a 2.500kW;
b) Cargas especiais que a Amazonas Energia julgar conveniente não
serem ligadas em tensão secundária para evitar perturbações no seu sistema

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e, consequentemente, prejudicar a qualidade do fornecimento de energia


elétrica para os demais consumidores.
A Amazonas Energia poderá fornecer energia elétrica em média tensão mesmo
que a unidade consumidora não tenha carga instalada superior a 75kW, mas que tenha
equipamentos que, pelas características de funcionamento ou potência, possa
prejudicar a qualidade do fornecimento a outros consumidores ou houver conveniência
técnica e econômica para o subsistema elétrico da Amazonas Energia, desde que haja
anuência do consumidor. Como exemplo desses equipamentos podemos citar o
aparelho de solda, raio-X, eletro galvanização e outros equipamentos que apresentem
condições diferentes das estabelecidas na presente norma. Esses casos exigem um
tratamento em separado e deverão ser encaminhados para Amazonas Energia para
análise prévia.

3. Dimensionamento das unidades consumidoras

A proteção, a seção dos condutores e barramentos devem ser dimensionadas


em função da potência do(s) transformador(es), transformador(e)s este(s) definido(s)
com base na demanda provável, exceto a medição que deverá ser dimensionada a
critério. Para todos os cálculos deve ser considerado o fator de potência de 0,92
conforme o Artigo 95 da Resolução 414/2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica
– ANEEL.
A amazonas Energia sugere que a demanda mínima e máxima a ser contratada
seja conforme a tabela abaixo, considerando fator de potência igual a 0,92:

Tabela 1 – Demanda mínima e máxima por transformador.

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4. Fornecimento de energia para a Escola Normal Superior

O fornecimento de energia elétrica é dado em média tensão 13,8 kVA, e levada


por meio de cabos em dutos subterrâneos até as instalações da subestação, onde o
nível de tensão é abaixado para 220V fase-fase.
Na figura 2 e 3, podemos observar a rede elétrica de média tensão utilizada
para alimentar a subestação da unidade. A rede está localizada no posto situado na
avenida Djalma Baptista, ao lado da passarela de pedestres.

Rede elétrica que


alimenta a ENS (13,8 kV)

Passarela de pedestre
Acesso para passagem
subterrânea até a
subestação

Figura 2 – Rede elétrica de média tensão que alimenta a subestação da ENS.

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Figura 3 – Poste de energia elétrica situado na avenida Djalma Baptista.

Na figura 4, temos a subestação abrigada e a lado a casa do gerador de


energia elétrica, o mesmo se encontra em manutenção.

SUBESTAÇÃO
GERADOR
2

Figura 4 – Subestação e gerador de energia elétrica.

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5. Subestação da Escola Normal Superior

A subestação é um conjunto de equipamentos elétricos, responsáveis por


adequar nível de tensão e corrente da rede elétrica, de acordo com as necessidades
de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica. Ela garante que
o fluxo de energia elétrica percorra toda a rede elétrica.
A subestação na Escola Normal Superior é classificada, de acordo com a NBR
14039:2003, como sendo abrigada no solo, uma vez que os componentes estão
protegidos do tempo, e sua edificação construída em alvenaria.

Figura 5 – Estrutura básica de uma subestação abrigada no solo.

A subestação da unidade ENS é composta pelo transformador, figura 6, os


disjuntores, figura 7, e os TPS e TCS, figura 8.

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Figura 6 – Transformador da SE da unidade ENS.

Figura 7 – Disjuntores da SE.

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Figura 8 – TPS junto aos isoladores.

A proteção, em subestação, contra choques elétricos deve ser prevista pela


aplicação de medidas de proteção contra contatos diretos e proteção por isolação das
partes vivas. A proteção contra contatos diretos deve ser assegurada por meio de
proteção por isolação de partes vivas, por meio de barreiras ou invólucros, além de
colocação de alcance das pessoas.
A isolação é destinada a impedir todo contato com as partes vivas da instalação
elétrica. As partes vivas devem ser completamente recobertas por uma isolação que
só possa ser removida através de sua destruição, sendo assim, devemos observar que
para os componentes montados em fabricas, a isolação deve atender às prescrições
relativas a esses componentes, para demais componentes, a proteção deve ser
garantida por isolação capaz de suporta as solicitações mecânicas, químicas, elétricas
e térmicas.
Também observamos que as tintas, vernizes, lacas e produtos análogos não
são, geralmente, considerados uma isolação suficiente no quadro da proteção contra
contatos diretos.

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6. Fator de demanda

O fator de demanda é a razão entre a demanda máxima de potência registrada


num intervalo de tempo especificado, ou potência de alimentação, e a potência
instalada na unidade consumidora, de acordo com a Resolução Normativa nº 414/2010
da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Demanda Máxima
FD =
Potência Instalada

Temos duas variáveis, a demanda máxima e demanda instalada, referente a


potência atingida pelos equipamentos da instalação elétrica em condições normais de
uso. O valor de potência da demanda máxima é encontrado fazendo o levantamento
da potência dos equipamentos elétricos pertencentes à instalação. Também podemos
fazer o levantamento por meio de tabelas, porém, é importante que se conheça os
reais equipamentos da instalação elétrica.

O valor de potência instalada é a soma de todas as potências nominais de todos


os equipamentos da instalação elétrica. É o valor de potência que será, de fato,
consumida pela instalação se todos os equipamentos estivessem em pleno
funcionamento.

7. Fator de carga

De acordo com a Resolução Normativa nº 414/2010 da Agência Nacional de


Energia Elétrica (ANEEL), o fator de carga é definido como a relação entre a demanda
média das unidades consumidoras de energia e a demanda máxima no mesmo
período especificado.

Demanda Média
FC =
Demanda Máxima

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Também pode ser lida como sendo a razão entre o consumo de energia ao
longo do tempo e a energia máxima do sistema durante esse período.

Consumo de Energia Ativa(kWh)


FC =
Demanda Máxima × N° de Horas

Podemos levantar conclusões, em função do fator de carga, no que diz respeito


aos pontos de pico de demanda da instalação elétrica, além de avaliar e buscar formas
de uso mais eficientes da energia elétrica.

8. Fator de potência

O fator de potência é a relação entre potência ativa e potência reativa. Ele indica
a eficiência com a qual a energia está sendo usada. Sendo assim, matematicamente,
é a razão entre a potência ativa e a aparente.

Potência Ativa (kW)


FC =
Potência Aparente (kVA)

Um baixo fator de potência indica que a energia paga não está sendo
plenamente utilizada. Para evitar o desperdício de energia elétrica, o antigo DNAEE
(Departamento Nacional de Energia Elétrica), fixou a portaria 1569/93 que estabeleceu
o fator de potência maior ou igual a 0,92. O não cumprimento dessa portaria acarreta
aos usuários, multas pesadas e desnecessárias.

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9. Informações de carga da Escola Normal Superior

Na figura 9, temos as informações referentes ao transformador da subestação.


O transformador foi produzido pela ITAM (Industria de Transformadores Amazonas
Ltda, cujo nº do CNPJ é 15.815.491.04) e registrado no número Nº L06219 no mês
05/2019.
Atendendo a NBR 5440, o Trafo apresenta o tipo de óleo isolante A e uma
potência aparente igual a 300 KVA (Impedância 4,29%). Segundo as informações
contidas na placa do Trafo, pelo lado de alta, o mesmo possui uma ligação em triangulo
com comutadores podendo converter numa faixa de 11.400 V à 13.800 V, realizando
a transformação e fornecendo na saída com ligação em estrela as tensões 220 V e
120 V, bifásica e monofásica, respectivamente. O Trafo apresenta uma massa total de
1180 kg, podendo comportar um volume de 180 litros destinados para o óleo isolante.

Figura 9 – Placa de identificação do transformador da subestação.

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Referência bibliográfica

[1] J. A. Pomilio, H. Kelis, J. Inácio, S. Maurer ; Eletrônica de Potência para


Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica; UNICAMP; 2021.

[2] Vasconcelos, Fillipe Matos de / Geração, transmissão e distribuição de energia


elétrica / Fillipe Matos de Vasconcelos. – Londrina: Editora e Distribuidora
Educacional S.A., 2017.

[3] TOSTES, M. E. L. Distribuição de Energia Elétrica. Departamento de


Engenharia Elétrica e de Computação. Notas de aula do curso de Engenharia
Elétrica da Universidade Federal do Pará, 2007.

[4] FUCHS, R. D. Transmissão de energia elétrica: Linhas Aéreas. v. 1. Rio de


Janeiro: LTC, 1977.

[5] Muzy, Gustavo Luiz Castro de Oliveira. Projeto de Graduação – UFRJ / Escola
Politécnica / Departamento de Engenharia Elétrica, 2012.

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