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Jumapili Ligoma
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2021
Florinda A. Jumapili Ligoma
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2021
Índice
Pág.
Conteúdo.
1. Introdução ........................................................................................................................... 3
2. Metodologia ..................................................................................................................... 3
4. Conclusão .......................................................................................................................... 14
5. Bibliografia ....................................................................................................................... 15
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1. Introdução
As experiências vivenciadas em sala de aula, quando estagiávamos em escolas privadas e
públicas dos municípios de Vitória e Serra durante o curso de Pedagogia, nos levaram à
abordagem deste tema. O período de observação das aulas, tanto quanto nossas participações
em cada uma delas, nos fez perceber as dificuldades que envolvem o processo de ensino e
aprendizagem. As práticas pedagógicas e as metodologias de ensino, que nem sempre são
compatíveis com o perfil de aluno, são algumas dessas dificuldades. E a avaliação como
ponto de partida para a construção e reflexão de novas metodologias de ensino, que propiciem
ao aluno uma maior abstração dos conteúdos.
Nas salas de aula, os perfis de aluno variam, tanto em relação às estruturas físicas,
gêneros e classes sociais quanto de modos de abstração e aprendizado. A partir dessa
premissa, os professores devem estar qualificados para atenderem a uma demanda de alunos
com diferentes níveis de dificuldades e diferentes tempos de aprendizado. Sendo assim as
questões abordadas, que perpassam as reflexões apresentadas nesse estudo, são relacionadas
às atividades em grupo desenvolvidas pela professora; sobre como ensinar para uma classe
heterogênea, com vários níveis de aprendizado e de dificuldade; e sobre como é feito o
planejamento de aula considerando a heterogeneidade da turma.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Avaliar os Cenarios Pedagógicos decorrentes do Processo de Ensino e Aprendizagem
1.2. Específicos
Caracterizar os Cenários Pedagógicos decorrentes do Processo de Ensino e
Aprendizagem
Descrever os Cenários Pedagógicos decorrentes do Processo de Ensino e
Aprendizagem
2. Metodologia
Para Libanio (2000), A metodologia é o caminho usada para alcançar um determinado
objetivo. Pra realização do presente trabalho foi necessário o uso da metodologia do tipo
revisão bibliográficas com finalidade de alcançar os objetivos pretendidos e orientados pelo
docente.
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Tal como qualquer ser humano, o professor deverá evoluir, e não é lógico nem natural que
estabilize ou estagne no início de carreira ” (p.92), já na perspectiva, citado em “o estagiário
deverá coloca-lo no limiar do tal processo contínuo e sempre mais alargado, devendo
promover no professor a vontade de investigar na sua autoformação”.
Se, por um lado, é o que cada um já possui de conhecimento que explica as diferentes
formas e tempos de aprendizagem de determinados conteúdos que estão sendo trabalhados,
por outro sabemos que a intervenção do professor é determinante nesse processo. Seja nas
propostas de atividade, seja na forma como encoraja cada um de seus alunos a se lançar na
ousadia de aprender, o professor atua o tempo inteiro.
Segundo Zabala (1998, p. 13) o objetivo de qualquer bom profissional consiste em ser cada
vez mais competente em seu ofício, mediante o conhecimento e a experiência: o
conhecimento das variáveis que intervêm na prática e a experiência para dominá-las.
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De acordo com Zabala (1998, p.13-14) “a atividade docente, como todas as demais, passa
pela análise do que se faz da prática utilizada e do contraste com outras práticas.” Mas a
comparação com outros professores não é suficiente, pois, frente a duas ou três práticas
diferentes, necessitamos de critérios que nos permitam realizar uma avaliação racional e
fundamentada.
Ainda segundo Zabala (1998, p.16) “são necessários meios teóricos que contribuam
para que a análise da prática seja verdadeiramente reflexiva.” Segundo o autor, os referenciais
teóricos, permitem fundamentar nossa prática, dando pistas acerca dos critérios de análise e
acerca da seleção das possíveis alternativas de mudança.
Assim, pois, partindo dessa visão processual da prática, em que estão estreitamente
ligados o planejamento, a aplicação e a avaliação, teremos que delimitar a unidade de análise
que representa este processo. Se examinarmos uma das unidades mais elementares que
constitui os processos de ensino\ aprendizagem e que ao mesmo tempo possui em seu
conjunto todas as variáveis que incidem nestes processos veremos que se trata do que se
denomina atividade ou tarefa. Desta maneira, podemos definir as atividades ou tarefas como
uma unidade básica do processo de ensino\aprendizagem, cujas diversas variáveis apresentam
estabilidade e diferenciação: determinadas relações interativas professor\alunos e
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E para que isso ocorra é preciso que o professor tenha o entendimento de como o aluno está
reagindo diante da metodologia aplicada. Diante disso, avaliação deve ser pensada como
instrumento que possibilita a aprendizagem, que possibilita ao aluno a possibilidade de
confrontar seus conhecimentos e reconstruí-los. A avaliação ajuda ao professor a repensar sua
prática pedagógica, propiciando a melhoria do processo de ensino-aprendizagem.
O micro - ensino, nome por que é conhecida a técnica psicopedagógica utilizada nesse
programa nos anos 60, assenta na ideia de que todos os professores executam determinadas
tarefas. Através da análise seria possível identificar algumas, analisá-las nos seus
componentes, explicá-las aos novos professores e demonstrá-las.
Não se pretendia substituir o estagia pedagógico pelo micro - ensino, mas preparar o
futuro professor para entrar no estágio com conhecimentos que lhe permitisse identificar, na
actuação dos seus supervisores nas escolas, os bons e os maus momentos. E ainda facilitar-
lhes uma certa prática em tarefas de ensino e na utilização de determinadas técnicas que lhe
permitissem enfrentar com mais à-vontade a complexidade do ensino na situação real numa
sala de aula normal e autêntica.
Neste modelo de supervisão, Cogan (1973 citado em Formosinho, 2002) aborda o modelo
clínico que:
1. A supervisão constitui uma continuação da educação profissional do professor;
2. As variadas fases da supervisão são interdependentes;
3. A supervisão deveria acabar com o isolamento da sala de aula;
4. A supervisão é um processo de tomada de decisões partilhado,
Na perspectiva de supervisão defendida por Stone (1984) citado por Alarcão & Tavares
(2010) “ensinar os professores a ensinar deve ser o objectivo principal de toda a supervisão
pedagógica’’ A ideia não é nova, mas a novidade reside no facto de Stone ter apoiado a sua
teoria de ensino num corpo de conhecimento derivados da psicologia do desenvolvimento e
da aprendizagem e de essa teoria ser comum a dois mundos que se relacionaram:
a) O mundo da relação de ensino/aprendizagem que se estabelece entre o supervisor e o
professor;
b) O mundo da relação de ensino/ aprendizagem que existe entre o professor e os seus
alunos.
O objectivo final do processo de ensino/aprendizagem reside no desenvolvimento da
capacidade de resolver problemas e tomar decisões conscientes que permitam uma adaptação
e acomodação às exigências da vida e do meio ambiente.
É nessa perspectiva que o Stone (1984), citado por Alarcão & Tavares (2010), vê a
formação inicial psicopedagógica dos professores como passando por três fases:
conhecimento, observação, aplicação. A supervisão da prática pedagógica propriamente dita
vem após o conhecimento e a observação e assenta numa relação dialéctica entre a teoria e a
prática. A teoria informa a prática pedagógica e esta, por sua vez, ilumina os quadros teóricos
porque exigem um aprofundamento cada vez maior e a uma observação cada vez mais fina.
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Na perspectiva de observação reflexiva, Schön (1983, 1987 citado em Alarcão & Tavares,
2010, p.35) refere que o cenário reflexivo, baseia-se no valor da reflexão na e sobre a acção
com vista à construção situada do conhecimento profissional que apelidou de epistemologia
da prática. A abordagem reflexiva, de natureza construtivista, assenta na consciência da
imprevisibilidade dos contextos de acção profissional e na compreensão da atividade
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Alarcão & Tavares (2010) defendem sobre as dinâmicas sociais e, sobretudo, a dinâmica do
processo sinergética que se estabelece na interacção que se cria entre a pessoa, em
desenvolvimento, e o meio que a envolve, também ele em permanente transformação.
Para este cenário há três aspectos importantes: o primeiro diz respeito à homologia entre o
desenvolvimento do próprio professor e educador e o desenvolvimento das crianças que ele
educa. O segundo refere-se às excepcionais condições de articulação entre formação inicial e
formação contínua que esta concepção de formação e de articulação interinstitucional
oferecem. Finalmente, o terceiro põe em relevo a articulação entre a instituição de formação
inicial e as instituições onde se realiza a prática pedagógica, interligando assim dois mundos
que não podem ser desconexos.
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4. Conclusão
Desta feita, conclui-se que, a reflexões na acção promove no professor uma progressão no
desenvolvimento profissional, perspectivando as novas acções do futuro, ao conduzir uma
reflexão sobre os problemas e as respectivas soluções. Nesta perspectiva, nosso ponto de vista
sobre os cenários de supervisão, recorremos o modelo clínico, porque constitui um modelo
que é caracterizado pela colaboração entre professores para melhorar a prática pedagógica, é
apropriado no contexto de formação de inicial, analisa os pressupostos do ensino e analisa os
processos de aprendizagem do aluno e o comportamento que influi ou o que inibe a
aprendizagem do aluno. e reflectimos no discurso da própria acção, sem a interrompermos,
embora com breves instantes de distanciamento, e reformulamos o que estamos a fazer
enquanto estamos a realizá-lo tal como fazemos na interacção verbal em situação de
conversação, estamos perante um fenómeno de reflexão na acção, entabulamos uma conversa
com a situação. Se reconstruímos mentalmente a acção para tentar analisá-la
retrospectivamente, então estamos a fazer uma reflexão sobre a acção.
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5. Bibliografia
1. ARANHA. Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia, Geral e do
Brasil. Ed. Moderna, 3º ed. São Paulo, 2006.
2. BRUNER, J. O Processo da educação Geral. 2ª ed. São Paulo: Nacional, 1991.
3. ELTZ, Patrícia Thoma. Formação Continuada: Descontinuidades e desafios na
transformação da prática dos professores. Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre, 2008.
4. FLICK, Uwe. Introdução à pesquisa qualitativa. 3º ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
5. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a pedagogia do
oprimido. 13. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006.
6. GIUSTA, Agnela da Silva. Concepções de aprendizagem e práticas pedagógicas.
Educ. rev. vol.29 no.1, UFMG, Belo Horizonte, Mar. 2013.
7. LOPES, Antonia Osima. Planejamento do ensino numa perspectiva de educação. In:
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Repensando a didática, 16ª. Ed. Campinas: Papirus,
2000. P.158.
8. MALINOSKI, Marlei Gomes da Silva, Um olhar sobre o cotidiano escolar: Prática
docente e compromisso discente. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 2014.
9. MIRALHA, Jussara Oliveto, A prática pedagógica dos professores do ensino
fundamental na perspectiva da educação de qualidade para todos. UNESP,
Presidente Prudente : [s.n], 2008.
10. POZO. Aprendizes e mestres: a nova cultura da aprendizagem. Porto Alegre:
Artmed, 2002.
11. SAVIANI, Dermeval. Educação socialista, pedagogia histórico-crítica e os desafios
da sociedade de classes. In: LOMBARDI, José Claudinei; SAVIANI, Dermeval
(Org.) Marxismo e Educação: debates contemporâneos. Campinas: Autores
Associados, 2005.