Na Igreja Ortodoxa, a Virgem Maria recebe grande importância e é honrada em títulos como "Mãe de Deus", mas diferentemente da Igreja Católica Romana, não são dados títulos ligados a aparições marianas específicas, como "Nossa Senhora de Fátima". A Igreja Ortodoxa não reconhece oficialmente tais "revelações particulares" ou o culto delas resultante.
Na Igreja Ortodoxa, a Virgem Maria recebe grande importância e é honrada em títulos como "Mãe de Deus", mas diferentemente da Igreja Católica Romana, não são dados títulos ligados a aparições marianas específicas, como "Nossa Senhora de Fátima". A Igreja Ortodoxa não reconhece oficialmente tais "revelações particulares" ou o culto delas resultante.
Na Igreja Ortodoxa, a Virgem Maria recebe grande importância e é honrada em títulos como "Mãe de Deus", mas diferentemente da Igreja Católica Romana, não são dados títulos ligados a aparições marianas específicas, como "Nossa Senhora de Fátima". A Igreja Ortodoxa não reconhece oficialmente tais "revelações particulares" ou o culto delas resultante.
Na Igreja Ortodoxa o culto à Mãe de Deus, a Virgem Maria, se reveste
de grande importância, devido a todas as definições doutrinárias, escritos dos Santos Padres, Tradição Eclesiástica, e, igualmente, à devoção da Igreja em relação a Nossa Senhora, o que se manifesta, de maneira especial, na Liturgia ortodoxa, haja vista a conclusão de toda Litania nela feita: “Comemorando a Santíssima, Puríssima, Bendita e Gloriosa Senhora Nossa, Mãe de Deus e Sempre Virgem Maria, com todos os Santos, encomendemo-nos mutuamente, uns aos outros, e toda a nossa vida a Cristo Deus”, e ainda Antífonas como: “Pelas intercessões da Mãe de Deus, ó Salvador, salva-nos”. Também é prova disto a colocação do ícone da Mãe de Deus em nossos templos, na iconostase (“parede” com ícones que separa o Altar do restante da igreja), obrigatoriamente à esquerda (de quem olha) da Porta Régia, a porta que dá acesso direto ao Santo Altar (à direita fica o ícone de Jesus Cristo). Mas fora os títulos doutrinários e litúrgicos dados à Santíssima Virgem (sendo o principal deles “Mãe de Deus”), não há muitos outros. Os que há são normalmente ligados a algum de seus ícones, como “Glykophilousa” ou “Eleousa” (a “Virgem da Doçura” ou “da Ternura”), pelo carinho que se mostra entre a Virgem e seu filho, Nosso Senhor; ou ainda “Odighitria” (“A Que Mostra o Caminho”), ícone no qual a Virgem aponta para o Salvador, ou ainda (de uso, inclusive, no Ocidente) “Acheropita” (que significa “não feito à mão”, claramente em relação ao ícone). Também é conhecida a “Virgem de Vladimir” (“Vladimirskaya”), que é um ícone de estilo “Glykophilousa”, que deve sua denominação ao fato de ter sido colocada, vindo de Constantinopla, na Catedral da cidade de Vladimir, na Rússia. Em relação a manifestações da Virgem Maria, não se costumou nem se costuma, na Ortodoxia, dar-lhes títulos, como é comum na Igreja irmão Católica Romana: Nossa Senhora de Fátima (que se manifestou na cidade de Fátima – Portugal), de Lourdes (que se manifestou na cidade de Lourdes – França), Aparecida (que apareceu no Rio Paraíba do Sul, no Estado de São Paulo), etc. Naturalmente, não há um reconhecimento oficial de tais aparições de Nossa Senhora, e do culto daí resultante, por parte da Igreja Ortodoxa, por se tratarem de “revelações particulares” ligadas diretamente à própria Igreja Católica Romana, o que, obviamente, permanece sempre sob o crivo e autoridade da mesma Igreja (Romana), seja no sentido de um reconhecimento oficial das aparições e manifestações, ou de aprovação do culto relacionado. Logo, nesse sentido, não cabe à Igreja Ortodoxa qualquer posicionamento a respeito, reconhecendo-se, no entanto, de maneira geral, o culto à Virgem, os pedidos, Liturgias e Ofícios por sua intercessão e em seu louvor, bem como seu amor e auxílio pelos que a honram. Tais devoções, portanto, próprias da Igreja Católica Romana, não são compartilhadas, pelo aqui exposto, pela Igreja Ortodoxa.
Pe. Gregório Teodoro
Igreja Ortodoxa Antioquina Catedral Metropolitana Ortodoxa – São Paulo - SP