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ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

PARÓQUIA NOSSA SENHORA AUXILIADORA – PAU DA LIMA

ESCOLA DE FORM. PERMANENTE TEOLOGICO – DOUTRINAL

SÃO BERNARDO DE CLARAVAL

DISCIPLINA: MARIOLOGIA

Professor: Adson Silva

E-mail: adsonpaz@gmail.com

Tel.: (71) 91574526 – 97224108 – 87719842 - 81422073

MARIOLOGIA

Maria Mãe da Igreja


A Igreja sempre venerou Maria como sua mãe. Mesmo porque há uma razão lógica: ela é a Mãe de Jesus, cabeça da
Igreja e a Igreja é o corpo místico de Cristo, princípio e primogênito de todas as criaturas celestes e terrestres (Ef 1,18).
Por isso mesmo, Maria é a mãe de todos os que nasceram pelo Cristo, tornaram-se irmão de Cristo e em Cristo, e são
herdeiros de sua graça, sua vida e sua glória. Foi, porém, em pleno Concílio Ecumênico Vaticano II, no dia 21 de
novembro de 1964, que o Papa Paulo VI deu solenemente a Maria o título de “Mãe da Igreja”.
Os Bispos do mundo inteiro acabavam de assinar a Constituição Dogmática Lumen Gentium, sobre a Igreja, e o Papa
acabara de promulgar, em sessão pública, o novo documento, que implantaria os rumos futuros da eclesiologia e da
prática pastoral. Diferentemente do que se pensara na fase preparatória do Concílio, os Padres Conciliares não fizeram
um documento especial sobre o papel de Maria na história da salvação, mas inseriram a doutrina mariana, a pessoa de
Maria e sua função como co-redentora, no próprio documento sobre a Igreja, ressaltando a Mãe de Jesus como membro,
tipo e modelo da Igreja.
Maria é vista conexa ao mistério trinitário, em sua dimensão cristológica, pneumatológica (Espírito Santo) e eclesiológica.
Logo no início do capítulo VIII da Lumen Gentium, intitulado “A Bem-Aventurada Virgem Maria Mãe de Deus no mistério
de Cristo e da Igreja”, marca-se toda a linha de doutrina: “A Virgem Maria, que na Anunciação do Anjo recebeu o Verbo
de Deus no coração e no corpo e trouxe ao mundo a Vida, é reconhecida e honrada como verdadeira Mãe de Deus e do
Redentor. Em vista dos méritos de seu Filho, foi redimida de um modo mais sublime e unida a ele por um vínculo estreito
e indissolúvel, é dotada com a missão sublime e a dignidade de ser a Mãe do Filho de Deus, e por isso filha predileta do
Pai e sacrário do Espírito Santo. Por esse dom de graça exímia supera de muito todas as outras criaturas celestes e
terrestres. Mas, ao mesmo tempo, está unida, na estirpe de Adão, com todos os homens a serem salvos. Mais ainda: é
verdadeiramente a mãe dos membros (de Cristo), porque cooperou pela caridade para que, na Igreja, nascessem os fiéis
que são membros desta Cabeça. Por causa disso, é saudada também como membro supereminente e de todo singular da
Igreja, como seu tipo e modelo excelente na fé e caridade. E a Igreja Católica, instruída pelo Espírito Santo, honra-a com
afeto de piedade filial como mãe amantíssima” (n. 53). Este parágrafo contém os pontos desenvolvidos nessa parte do
documento.
Reconheceu o Papa Paulo VI naquele discurso de encerramento da terceira sessão do Concílio que era a primeira vez que
um Concílio Ecumênico apresentava síntese tão vasta da doutrina católica acerca do lugar que Maria Santíssima ocupa no
mistério de Cristo e da Igreja. E, emocionado, afirmou que queria consagrar à Virgem Mãe um título que sintetizasse o
lugar privilegiado de Maria na Igreja. E declarou: “Para a glória da Virgem e para o nosso conforto, proclamamos Maria
Santíssima Mãe da Igreja, isto é, de todo o povo de Deus, tanto dos fiéis quanto dos pastores, que a chamam de Mãe
amorosíssima. E queremos que, com este título suavíssimo, seja a Virgem doravante ainda mais honrada e invocada por

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todo o povo cristão”. Alguns anos mais tarde, no dia 15 de março de 1980, o título foi acrescentado à Ladainha
lauretana, logo depois da invocação “Mãe de Jesus Cristo”.
No mesmo solene discurso, Paulo VI lembrou que o título não era novo para a piedade dos cristãos, porque desde os
primórdios do Cristianismo Maria foi amada como mãe e o povo sempre recorreu a ela como um filho recorre à mãe. E
argumentou: “Efetivamente, assim como a maternidade divina é o fundamento da especial relação de Maria com Cristo e
da sua presença na economia da salvação, operada por Cristo Jesus, assim também constitui essa maternidade o
fundamento principal das relações de Maria com a Igreja, sendo ela Mãe daquele que, desde o primeiro instante de sua
encarnação, uniu a si, como cabeça, o seu corpo místico, que é a Igreja”.
Cito mais um trecho do discurso do Papa em que fala de Maria, imaculada, sim, mas ligada a nós pecadores por laços
estreitíssimos: “Embora na riqueza das admiráveis prerrogativas, com que Deus a ornou para fazê-la digna Mãe do Verbo
Encarnado, está ela pertíssimo de nós. Filha de Adão como nós e por isso nossa irmã por laços de natureza, ela é a
criatura preservada do pecado original em vista dos méritos do Salvador; aos privilégios obtidos, junta a virtude pessoal
de uma fé total e exemplar… Nela, toda a Igreja, na sua incomparável variedade de vida e de obras, acha a forma mais
autêntica da perfeita imitação de Cristo”.
Ninguém, que chega à Praça São Pedro, em Roma, deixa de se impressionar com a imensa colunata de Bernini,
construída em mármore e pedra, como um grande, afetuoso e festivo abraço de acolhimento aos peregrinos. Por cima da
colunata, 140 estátuas de tamanho natural, de santos e santas nascidos nas mais diferentes camadas sociais,
representam visivelmente a comunhão dos santos, que não é coisa do passado ou apenas do céu, mas a família viva que
se une aos cristãos que entram na Basílica. Ora, Nossa Senhora não figura entre os santos da colunata.
O Papa João Paulo II, em 1981, mandou colocar na parte externa e alta da Secretaria de Estado, que olha para a Praça
de São Pedro, a imagem de Maria Mãe da Igreja. Todos a vêem de qualquer ponto da Praça. Trata-se de uma cópia feita
em mosaico da conhecida como Nossa Senhora da Coluna. Assim chamada, porque seu original estava pintado numa
coluna de mármore da primitiva basílica de São Pedro. Quando essa foi destruída, em 1607, para dar lugar à grande
Basílica como a temos hoje, a parte da coluna com a imagem foi posta, na nova igreja, sobre o altar que abriga as
relíquias de três papas, os três com o nome de Leão (II, III e IV), onde está até hoje. Dessa pintura, de autor anônimo,
foi feito o mosaico que agora domina discretamente a Praça. Vestida de azul celeste, Maria tem nos braços, em gesto de
oferecimento ao povo, o Menino que, sorridente, abençoa com a mão direita, à moda grega. Ambos, Mãe e Filho, olham
para longe, como que contemplando a Praça, a Cidade e o mundo, derramando sobre todos um olhar de inefável
bondade, trazendo à memória a parte final da Lumen Gentium, onde Maria é considerada sinal de segura esperança e de
conforto ao povo de Deus em peregrinação (n. 68).
Sob a imagem, em grandes letras de bronze, legíveis da Praça, está escrito: “Mater Ecclesiæ” (Mãe da Igreja). Paulo VI,
que dera a Maria o título oficial de “Mãe da Igreja”, desenvolveu o tema na Exortação Apostólica sobre o Culto à Virgem
Maria, um dos documentos mais bonitos de seu pontificado. O Papa apresenta, através das festas marianas do calendário
litúrgico, Maria como modelo da Igreja, e pede que suas considerações de ordem bíblica, litúrgica, ecumênica e
antropológica sejam levadas em conta na orientação da piedade popular e na elaboração das novas orações marianas (n.
29). O Papa fala de Maria como modelo de quem sabe ouvir e acolher a Palavra de Deus com fé. Esta é uma missão
específica da Igreja: escutar, acolher, proclamar, venerar e distribuir a Palavra de Deus como pão de vida (n. 17). Fala
de Maria como modelo de pessoa orante e intercessora. Ora, a Igreja todos os dias apresenta ao Pai as necessidades de
seus filhos, louva sem cessar o Senhor e intercede pela salvação do mundo (n. 18). Fala de Maria Virgem e Mãe, modelo
da fecundidade da virgem-Igreja, que se torna mãe, porque, pelo batismo, gera os filhos concebidos pela ação do Espírito
Santo (n. 19). Fala de Maria, que oferece ao Pai o Verbo encarnado, sobretudo aos pés da Cruz, onde ela se associou
como mãe ao sacrifício redentor do filho. Diariamente a Igreja oferece o sacrifício eucarístico, memorial da morte e
ressurreição de Jesus (n. 20).
Quando falamos de Maria como modelo, há o perigo de vê-la longínqua, ou ao menos fora de nós, como vemos os nossos
heróis. Na verdade, Maria é parte essencial da Igreja. Podemos dizer que a Igreja está dentro de Maria e Maria está
dentro da Igreja. Essa verdade foi acentuada, sobretudo, pelo Papa João Paulo II na encíclica Redemptoris Mater, que
leva o sugestivo título: A Bem-aventurada Virgem Maria na vida da Igreja que está a caminho: “Existe uma

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correspondência singular entre o momento da Encarnação do Verbo e o momento do nascimento da Igreja. E a pessoa
que une esses dois momentos é Maria: Maria em Nazaré e Maria no Cenáculo de Jerusalém” (n. 24). Depois de acentuar
Maria no centro da vida da Igreja, conclui o Papa: “A Virgem Maria está constantemente presente na caminhada de fé do
Povo de Deus” (n. 35). “A Igreja mantém em toda a sua vida, uma ligação com a Mãe de Deus que abraça, no mistério
salvífico, o passado, o presente e o futuro; e venera-a como Mãe da humanidade” (n. 47).

TÍTULOS DE NOSSA SENHORA


Antes de tratarmos de Maria sob vários nomes ( títulos ) comecemos primeiro de falar da importância do nome na vida
da pessoa. É sabido que toda a relação humana criadora de paz se inspira na proximidade e na confiança. E o primeiro
elemento que nos garante segurança, e nos aproxima uns dos outros é o nome de cada um. Assim o nome marca a
nossa individualidade, as nossas relações sociais. O nome é uma atitude básica para que alguém viva em paz e na
tolerância com os demais, é a primeira referência de um indivíduo, é a primeira impressão, é o que antecipa, precede e
aparece anunciando a missão posterior dessa pessoa humana, ou seja, o nome de uma pessoa diz respeito à sua
identidade e mesmo tempo à missão a que ela está destina; assim, mais que identidade o nome revela o essência de
cada pessoa diante de Deus. É como dizia São Francisco de Assis: “O homem é o que é aos olhos de Deus e nada mais”.
Quer dizer Deus nos conhece e nos trata pelos nossos nomes. Chamar uma pessoa, por exemplo, pelo seu nome é dizer-
lhe que acreditamos e confiamos nela, que lhe queremos bem e a respeitamos. Dizer o nome dela é aceita-la tal como
ela é, é reconhecer a sua identidade e apóia-la para que seja ela mesma e se realize a sua missão entre nós. Voltando
para o nos interessa cabe dizer com o cantor Roberto Carlos em uma de suas canções: “Todas as nossas Senhoras são a
mesma Mãe de Deus”. A quem se deu o nome de Maria. Mas então porque tantos nomes: Nossa Senhora Aparecida, de
Fátima, da Guadalupe e???Quero deixar bem claro para você que muitas vezes já se perguntou deste assim. A Mãe de
Jesus só tem um nome: Maria, em hebraico: Miriam, como nos diz S. Lucas ao narrar a aparição do arcanjo Gabriel para
anunciar-lhe sua escolha para Mãe do Salvador: "E o nome da Virgem era MARIA" (Lc 1,27).Maria é única; seu significa:
senhora soberana; aquela que traz consigo a força da vida. Realmente, por sua missão e escolha de Deus, ela carrega
consigo alguns privilégios que a fazem participante direta da obra da redenção do seu Filho amado. Eis alguns privilégios
da Virgem: Imaculada Conceição, Santa mais que todas entre as mulheres; Mãe do Filho de Deus, Virgem Santíssima,
visto que traz, o Santo dos Santos, o Senhor dos senhores, o Rei dos reis, no Sacrário do seu Ventre; e por consequência
disso, ela é Medianeira de todas as graças e Mãe da Igreja. Veja que quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança
estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres
e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz
de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que
creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas”! (Lc 1,41-45).“E Maria disse: Minha alma
glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva. Por isto,
desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é
poderoso e cujo nome é Santo”. (Lc 1,46-49). IsA partir desta exclamação se conclui que todas as outras denominações
com que veneramos Nossa Senhora, não são nomes, mas títulos em função do lugar onde ela apareceu e da missão, o
desejo que ela quer que o povo viva naquele lugar e naquela época. Vemos isso desde o início. Ela recebe o nome de
Nossa Senhora de Nazaré em homenagem ao lugar onde viveu com Jesus e José. Chamamos sob o título de Nossa
Senhora Auxiliadora, porque de incomparável beleza ela está rodeada pelos Anjos, pelos Apóstolos e Evangelistas no céu
ela é Mãe da Igreja e Auxiliadora dos Cristãos. Nossa Senhora das Dores porque diante da Cruz de Seu Filho soube o
quanto dói sofrer no corpo e na alma e então agora estando lá no Céu melhor entende a nossa situação de dor, de luto e
lagrimas neste mundo em que vivemos. Poderíamos fazer uma lista enorme sobre os títulos de Nossa Senhora. Porque na
verdade o todo poderosos fez n’Ela maravilhas, santo é o Seu nome. Convém dizer somente que não faríamos outra coisa
senão manifestar através destas expressões o amor e carinho, com que queremos homenagear nossa Mãe espiritual,
procurando, de certa maneira, tornar mais pessoal o nosso relacionamento com Ela.

HISTÓRIA DE MARIA AUXILIADORA

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Maria Auxiliadora ganhou a invocação de Nossa Senhora Auxiliadora ou Auxílio dos Cristãos é uma invocação instituída
pelo Papa Pio V no ano de 1571, após a grande vitória dos cristãos sobre o exército muçulmano no estreito de Lepanto,
que era a porta de entrada para a Europa.

Situação dramática
Nos anos anteriores os turcos muçulmanos, conhecidos e temidos como o Império Otomano, estavam prestes a invadir a
Europa através do Estreito de Lepanto. Ali-Pachá, o grande líder otomano, vinha deixando um rastro de destruição do
cristianismo por onde passava: igrejas incendiadas, religiosos assassinados, crianças e mulheres violentadas e cidades
inteiras destruídas pelo simples fato de serem cristãs.
A Igreja Católica, por sua vez, passava por um momento difícil com o início do protestantismo e divisões dentro da
Europa. Esse ambiente tornava a Europa cristã frágil diante do poder do exército otomano. Depois de um grande esforço,
o Papa Pio V conseguiu unir novamente a Europa em vista do ideal de defender a vida e a fé do povo. Os defensores da
Europa formaram uma esquadra com 208 navios e cerca de 80 mil soldados, liderados por D. João da Áustria. Mas os
otomanos tinham 286 navios e mais de 120 mil soldados. Dentre estes, mais de 12 mil eram cristãos escravizados que
remavam os navios.

A preparação dos soldados


Todos os soldados católicos, sob as ordens de D. João da Áustria, confessaram-se, jejuaram e rezaram o Rosário durante
três dias. Depois disso, começou a maior batalha naval de todos os tempos, no dia 7 de outubro de 1571.

Um auxílio do céu: Maria Auxiliadora


Os otomanos começaram vencendo. Após 10 horas de um combate sangrento, os soldados cristãos começaram a temer a
derrota, que traria consequências horríveis para a Civilização Cristã. De repente, porém, ficaram surpresos ao verem os
otomanos, apavorados, bateram em retirada. Então, a batalha, que parecia perdida, se transformou em vitória.

Vitória documentada
Ao final, os otomanos perderam 224 navios, 130 dos quais capturados e mais de 90 afundados ou incendiados. Além
disso, quase 9.000 otomanos foram presos e 25.000 pereceram. As perdas católicas foram bem menores: cerca de 8.000
homens e 17 navios.
Mais tarde alguns otomanos presos confessaram que uma brilhante e majestosa Senhora tinha aparecido no céu fazendo
ameaças e causando tanto pavor a eles, que começaram a fugir. Tudo está documentado nas atas de cada navio.

Vitória pela oração a Maria Auxiliadora.


Um pouco mais de tempo e os soldados ficaram sabendo que enquanto acontecia a batalha em Lepanto, os cristãos em
Roma, liderados pelo Papa Pio V, não cessavam de rezar o Rosário de Nossa Senhora. Em todas as Igrejas fizeram
procissões, jejuns e orações na intenção de proteger e abençoar os soldados cristãos. Souberam também que, no começo
da vitória cristã em Lepanto, o Papa Pio V teve uma visão através da qual ficou sabendo da vitória dos soldados de
Cristo. A vitória foi confirmada duas semanas depois pelo correio da época.
Nossa Senhora Auxiliadora, a grande Intercessora
Em agradecimento à maravilhosa intervenção de Maria, o Papa introduziu a invocação Auxílio dos Cristãos na Ladainha de
Nossa Senhora. Daí o título de Nossa Senhora Auxiliadora e também Maria Auxiliadora.

Dom Bosco: grande divulgador de Maria Auxiliadora


A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora, porém, se popularizou ainda mais no ano de 1862, com as aparições de Maria
Auxiliadora na cidade de Spoleto para uma criança de cinco anos. Nesse ano, Dom Bosco, tocado pela história das
aparições, iniciou em Turim a construção de uma grande Basílica, dedicada a Nossa Senhora Auxiliadora. A partir desse
momento, Dom Bosco será o maior devoto e divulgador da devoção a Nossa Senhora Auxiliadora.

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Para eternizar seu amor e gratidão para com Nossa Senhora, Dom Bosco, juntamente com Santa Maria Domingas
Mazzarello, fundou a Congregação das Filhas de Maria Auxiliadora.
Ele dizia: Nossa Senhora deseja que a veneremos com o título de Auxiliadora: vivemos em tempos difíceis e
necessitamos que a Santíssima Virgem nos ajude a conservar e defender a fé cristã.
A partir de então, a devoção a Nossa Senhora Auxiliadora cresceu. O Papa Pio IX fundou uma Arquiconfraria em devoção
a ela no Santuário de Turim, em 5 de abril de 1870. O Papa enriqueceu esta confraria de muitas indulgências e favores
espirituais. No dia 17 de maio de 1903, por decreto do Papa Leão XIII, foi solenemente coroada a imagem de Maria
Auxiliadora, que se venera no Santuário de Turim.

Devoção à Maria Auxiliadora e o seu poder


Por tudo isso, a devoção a Nossa Senhora Auxiliadora torna-se uma grande bênção para todos aqueles que a procuram,
principalmente nos momentos mais difíceis, nas batalhas da vida, nas guerras, na luta contra o mal e nos momentos de
angústia. A oração do Rosário acompanhada da invocação a Nossa Senhora Auxiliadora tem feito maravilhas na vida de
muitos cristãos ao longo de séculos e continuará fazendo a todos aqueles que a invocarem com fé, esperança e amor.

Maria Auxiliadora, Nossa Senhora Auxiliadora e Protetora do lar


Pelas graças alcançadas, Maria Auxiliadora passou ser chamada também de A Protetora do Lar. Milhares de pessoas
testemunham graças alcançadas através da sua intercessão, protegendo as casas contra tragédias, catástrofes, guerras e
ajudando nos problemas de família, nas dificuldades domésticas, nas batalhas da vida.

Oração a Maria Auxiliadora, a Auxiliadora dos Cristãos


Santíssima Virgem Maria, a quem Deus constituiu Auxiliadora dos Cristãos. Nós vos escolhemos como Senhora e
Protetora desta casa. Dignai-vos mostrar aqui Vosso auxílio poderoso. Preservai esta casa de todo perigo: do incêndio,
da inundação, do raio, das tempestades, dos ladrões, dos malfeitores, da guerra e de todas as outras calamidades que
conheceis. Abençoai, protegei, defendei, guardai como coisa vossa as pessoas que vivem nesta casa. Sobretudo
concedei-lhes a graça mais importante, a de viverem sempre na amizade de Deus, evitando o pecado. Dai-lhes a fé que
tivestes na Palavra de Deus, e o amor que nutristes para com Vosso Filho Jesus e para com todos aqueles pelos quais Ele
morreu na cruz.
Maria, Auxílio dos Cristãos, rogai por todos que moram nesta casa que Vos foi consagrada.
Amém.
Maria no documento de aparecida
1. Maria, discípula e missionária. Introdução
(1) Maria , Mãe de Jesus Cristo e de seus discípulos, tem estado muito perto de nós, nos acolhido, cuidado de nós e de
nossos trabalhos, amparando-nos na dobra de seu manto, sob sua maternal proteção.• Temos pedido a ela, como mãe,
perfeita discípula e pedagoga da evangelização, que nos ensine a ser filhos em seu Filho e a fazer o que Ele nos disser(Jo
2,5).• (141) Maria é a imagem da conformação ao projeto trinitário que se cumpre em Cristo. Ela nos recorda que :a
beleza do ser humano está no vínculo do amor com a Trindade, a plenitude da liberdade está na resposta positiva que
damos a Deus.
2. Leitura de cenário: a religiosidade popular• (18) Conhecemos o papel que a religiosidade popular desempenha
especialmente a devoção mariana: contribuiu para nos tornar mais conscientes de nossa comum condição de filhos de
Deus e de nossa dignidade perante seus olhos. • (43) Valor incomparável do ânimo mariano de nossa religiosidade
popular: fundir as histórias latino-americanas diversas na mesma história compartilhada, que conduz a Cristo, Senhor da
vida, em quem se realiza a plenitude da vocação humana.
4. Devoção Popular e Maria• (261) A piedade popular penetra a existência pessoal de cada fiel. Nos diferentes
momentos da luta cotidiana, muitos recorrem a algum pequeno sinal do amor de Deus: (.) um rosário, (.) um olhar a
uma imagem querida de Maria... • (262) A fé encarnada na cultura pode penetrar cada vez mais nos nossos povos, se
valorizarmos positivamente o que o Espírito Santo já semeou ali.• (262b) A piedade popular é um ponto de partida para

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conseguir que a fé do povo amadureça e se faça mais fecunda. É preciso ser sensível a ela, saber perceber suas
dimensões interiores e seus valores inegáveis. É necessário evangelizá-la ou purificá-la, assumindo sua riqueza
evangélica. • (262c) Desejamos que todos, reconhecendo o testemunho de Maria e dos santos, procurem imitá-los.
Trata-se intensificar o contato com a Bíblia, a participação nos sacramentos e o serviço do amor solidário. Assim se
aproveitará o rico potencial de santidade e de justiça social que há na mística popular.
5. Maria e a devoção popular• (265)… Nossos povos também encontram a ternura e o amor de Deus no rosto de
Maria. Nela vem refletida a mensagem essencial do Evangelho. • Nossa Mãe querida, desde o santuário de Guadalupe,
faz sentir a seus filhos menores que eles estão na dobra de seu manto.• Agora, desde Aparecida, convida-os a lançaras
redes ao mundo, para tirar do anonimato aqueles que estão submersos no esquecimento e aproximá-los da luz da fé.•
Ela, reunindo os filhos, integra nossos povos ao redor de Jesus Cristo.
6. Evangelizar: caminhos possíveis• (300) Dar uma catequese apropriada, que acompanhe a fé já presente na
religiosidade popular. • Como: oferecer um processo de iniciação cristã em visitas às famílias, que as conduza à prática
da oração familiar, à leitura orante da Palavra de Deus e ao desenvolvimento das virtudes evangélicas.• (300b) É
conveniente aproveitar pedagogicamente o potencial educativo da piedade popular mariana. Um caminho educativo que,
cultivando o amor pessoal à Maria, educadora na fé, nos leva a nos assemelhar cada vez mais a Jesus Cristo, e provo que
a apropriação progressiva de suas atitudes.
7. Maria, peregrina na fé• (266) Maria é a máxima realização da existência cristã. Através de sua fé (Lc 1,45) e
obediência à vontade de Deus (Lc 1,38), assim como por sua constante meditação da Palavra e das ações de Jesus (Lc
2,19. 51), é a discípula mais perfeita do Senhor. • Interlocutora do Pai no projeto de enviar o verbo ao mundo para a
salvação humana, com sua fé, Maria é o primeiro membro da comunidade dos crentes em Cristo e também a
colaboradora no renascimento espiritual dos discípulos.• Sua figura de mulher livre e forte emerge do Evangelho,
conscientemente orientada para o verdadeiro seguimento de Cristo.• Ela viveu toda a peregrinação da fé como mãe de
Cristo e dos discípulos, na incompreensão e na busca constante do projeto do Pai.
8. Maria, mãe da Igreja (267) Com Maria, chega o cumprimento da esperança dos pobres e do desejo de salvação. A
Virgem de Nazaré teve uma missão única na história da salvação: concebeu, educou e acompanhou seu filho até a cruz.
Desde a cruz Jesus Cristo confiou a seus discípulos, representados por João, o dom da maternidade de Maria, que nasce
diretamente da hora pascal de Cristo (Jo 19,27). Perseverando junto aos apóstolos à espera do Espírito (cf. At1,13-14),
ela cooperou com o nascimento da Igreja missionária, imprimindo-lhe um selo mariano que a identifica profundamente.
Como mãe, fortalece os vínculos fraternos entre todos, estimula a reconciliação e o perdão e ajuda os discípulos de Jesus
Cristo a experimentarem como uma família, a família de Deus. Em Maria, encontramo-nos com Cristo, o Pai, o Espírito
Santo, e os irmãos.
9. Maria e a Igreja-mãe• (268) Como na família humana, a Igreja-família é gerada ao redor de uma mãe, que confere
“alma” e ternura à convivência familiar. • Maria , Mãe da Igreja, além de modelo e paradigma da humanidade, é artífice
de comunhão.• Um dos eventos fundamentais da Igreja é quando o “sim” brotou de Maria.• Ela atrai multidões à
comunhão com Jesus e sua Igreja, como nos santuários marianos.• Como Maria, a Igreja é mãe. Esta visão mariana da
Igreja é o melhor remédio para uma Igreja meramente funcional ou burocrática.
10. Maria: missionária e irmã nossa (269) Maria é a grande missionária, continuadora da missão de seu Filho e
formadora de missionários. Ela, da mesma forma como deu à luz ao Salvador do mundo, trouxe o Evangelho a nossa
América. Em Guadalupe, presidiu com João Diego o Pentecostes que nos abriu aos dons do Espírito. São incontáveis as
comunidades que encontraram nela a inspiração para aprender a serem discípulos e missionários de Jesus. Ela tem feito
parte do caminhar de nossos povos, entrando no tecido de sua história e acolhendo as ações mais significativas de sua
gente. Os diversos nomes e os santuários espalhados por todo o Continente testemunham a presença de Maria próxima
às pessoas e, ao mesmo tempo, manifestam a fé e a confiança que os devotos sentem por ela. Maria pertence a eles,
que a sentem como mãe e irmã.
11. Maria: imagem do seguidor/a de Jesus• (270) Quando se enfatiza em nosso continente o discipulado e a missão,
Maria brilha diante de nossos olhos como imagem acabada e fiel do seguimento de Cristo. • Esta é a hora da seguidora
mais radical de Cristo, de seu magistério discipular e missionário.

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12. Maria e a Palavra encarnada (271) Maria, que “conservava todas estas recordações e meditava em seu coração”(Lc
2,19.51), ensina-nos o primado da escuta da Palavra na vida do discípulo emissionário. O Magnificat está tecido pelos fios
da Sagrada Escritura. Em Maria, a Palavra de Deus se encontra em sua casa, de onde sai e entra com naturalidade. Ela
fala e pensa com a Palavra de Deus; a Palavra de Deus se faz a sua palavra e sua palavra nasce da Palavra de Deus.
Seus pensamentos estão em sintonia com os pensamentos de Deus, seu querer é um querer junto com Deus. Estando
intimamente penetrada pela Palavra de Deus, ela chega a ser mãe da Palavra encarnada (JP2).
13. Maria e o Rosário(271b) A familiaridade com o mistério de Jesus é facilitada pela reza do Rosário, onde o povo
cristão aprende de Maria a contemplar a beleza do rosto de Cristo e a experimentar a profundidade de seu amor.
Mediante o Rosário, o cristão obtém abundantes graças, como recebendo-as das próprias mãos da mãe do Redentor
(JP2).
14. Maria e a solidariedade com os pobres• (272) Com os olhos em seus filhos, como em Caná da Galiléia, Maria ajuda
a manter vivas as atitudes de atenção, de serviço, de entrega e de gratuidade nos discípulos de Jesus.• Ela indica a
pedagogia para que os pobres, em cada comunidade cristã, “sintam-se como em sua casa”. Cria comunhão e educa para
um estilo devida compartilhada e solidária, em fraternidade, em atenção e acolhida do outro, especialmente se é pobre
ou necessitado.
15. Maria e a solidariedade com os pobres• (272c) Em nossas comunidades, sua forte presença enriquece a dimensão
materna da Igreja e a atitude acolhedora, que a converte em “casa e escola da comunhão” e em espaço espiritual que
prepara para a missão.(524) A Igreja de Deus na América latina e no Caribe é sacramento de comunhão de seus povos,
(..) é casados pobres de Deus. Maria é a presença materna indispensável e decisiva na gestação de um povo de filhos e
irmãos, de discípulos e missionários de Jesus.
16. Maria e as mulheres• (451) A figura de Maria, discípula por excelência entre discípulos, é fundamental na
recuperação da identidade da mulher e de seu valor na Igreja.• O canto do Magnificat mostra Maria como mulher capaz
de se comprometer com sua realidade e de ter uma voz profética diante dela.
17. Maria na formação de consagrados (as) e presbíteros• 320. Ao longo da formação, procurar-se-á desenvolver um
amor terno e filial a Maria, de maneira que cada formando chegue a ter com ela uma espontânea familiaridade e a
“acolha em sua casa” como o discípulo amado. • Ela lhes oferecerá força e esperança nos momentos difíceis e os
estimulará a ser incessantemente discípulos missionários para o Povo de Deus.
18. Maria, imagem do discípulo-missionário de Jesus(364) Detemos o olhar em Maria e reconhecemos nela uma
imagem perfeita da discípula missionária. Ela nos exorta a fazer o que Jesus nos diz (cf. Jo 2,5) para que Ele possa
derramar sua vida na América Latina e no Caribe. Junto com ela queremos estar atentos uma vez mais à escutado
Mestre, e ao redor dela, voltarmos a receber com estremecimento o mandado missionário de seu filho: “Vão e façam,
discípulos de todos os povos” (Mt 28,19).Escutamos Jesus como comunidade de discípulos missionários que
experimentaram o encontro vivo com Ele e queremos compartilhar com os demais essa alegria incomparável todos os
dias.
19. Orando com Maria (553) Ajude-nos a companhia de Maria sempre próxima, cheia de compreensão e ternura. Que
ela nos mostre o fruto bendito de seu ventre e nos ensine a responder como ela fez no mistério da anunciação e
encarnação. Que nos ensine a sair de nós mesmos no caminho de sacrifício, de amor e serviço, como fez na visita a sua
prima Isabel, para que, peregrinos no caminho, cantemos as maravilhas que Deus tem feito em nós, conforme a sua
promessa. (554) Guiados por Maria, fixamos os olhos em Jesus Cristo, autor e consumador da fé e dizemos a Ele (..):
“Fica conosco, pois cai a tarde e o dia já se declina” (Lc 24,29) (…) Fortalece a todos em sua fé para que sejam teus
discípulos e missionários!

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